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Promoção da saúde: percepção dos agentes comunitários de saúde a partir da sua formação e da sua prática / Health promotion: perceptions of community health workers from their training and their practice

Silva, Marcia Mulin Firmino da 30 September 2009 (has links)
Introdução A promoção da saúde visa à melhoria da qualidade de vida, por meio de políticas públicas favoráveis ao desenvolvimento da saúde e do reforço da capacidade dos indivíduos e das comunidades. A estratégia da Saúde da Família trabalha com os referenciais da promoção da saúde e o agente comunitário de saúde é o elemento que agrega esse potencial na equipe de saúde. Objetivo Analisar a percepção dos agentes comunitários de saúde sobre a Promoção da Saúde, a partir da sua formação e da sua prática e discutir sobre as possibilidades e limitações da atuação desses trabalhadores. Metodologia Foi utilizada a pesquisa-ação, que possibilita uma estreita associação entre a investigação e a resolução de um problema coletivo. O estudo envolveu como sujeitos os agentes comunitários de saúde das Unidades Básicas de Saúde, a partir de um grupo composto por dezoito agentes comunitários de saúde, representativos das unidades envolvidas. O trabalho foi construído em conjunto com o grupo, através de: a) oficinas de reflexão, nas quatro unidades de saúde, com o conjunto dos ACS, identificando a percepção dos mesmos em relação ao conceito de promoção da saúde e em relação ao trabalho realizado nessa área; b) oficinas com o grupo de representantes dos ACS, sistematizando os conteúdos; e c) seminário para apresentação e discussão dos resultados obtidos. Para a sistematização dos conteúdos foi utilizada técnica de análise de discurso. Resultados e discussão: Os agentes comunitários conceituam a promoção da saúde relacionando-a aos determinantes sociais do processo saúde-doença, porém foram identificadas várias dificuldades para desenvolver ações nesse âmbito, como ações educativas e coletivas; de articulação intersetorial e de participação ou cidadania. Nessas categorias, as limitações apreendidas dizem respeito ao processo de empowerment individual e coletivo, na perspectiva da autonomia e do exercício do poder para a transformação social. O processo reflexivo identificou também outros desafios a serem superados, relativos ao trabalho em equipe e a gestão do cuidado, organização trabalho, capacitação ou formação, suporte emocional, e condições de trabalho, os quais foram organizados em uma proposta de trabalho. Considerações finais: A pesquisa-ação possibilitou, de forma coletiva e participativa, compreender e analisar o trabalho dos agentes comunitários na promoção da saúde, refletindo sobre as limitações existentes e possibilidades de sua superação. O desenvolvimento de um plano de ação, que contempla a abordagem das categorias analisadas, tem como alvo as equipes de saúde da família, através da supervisão técnica e das reuniões das equipes. Sistematizar o processo de reflexão e problematização da realidade com o grupo envolvido produziu conhecimentos e conteúdos que podem contribuir para instrumentalizar os processos de formação e educação permanente do expressivo contingente de agentes comunitários de saúde no Brasil / Introduction Health promotion aims at better quality of life, through public policies that favor health development and enhance the capacity of individuals and communities. The strategy of Family Health deals with health promotion references and the community health agent (CHA) is the element who adds this potential to the healthcare team. Objective To analyze the perception of community health agents about Health Promotion, based on their background and practice, and to discuss about possibilities and limitations related to their work. Methods Research-action was used and allowed a close association between investigation and resolution of a collective problem. The subjects of the study were community health agents working at Primary Healthcare Units, comprising a group of 18 agents representing the units involved. The study was conducted together with the group by means of a) reflection workshops, in four healthcare units, with the group of CHA, identifying their perception about the concept of health promotion and the work carried out in this area; b) workshops with the group of CHA representatives, systematizing the contents; and c) seminar to present and discuss the results obtained. The discourse analysis technique was used to systematize the contents. Results and discussion: The community agents define health promotion relating it to the social determinants of the health-disease process; however several difficulties were identified in terms of developing education and collective actions; intersectoral articulation and participation/citizenship. In such categories, the limitations learned are related to the process of individual and collective empowerment, considering autonomy and exercise of power for social transformation. The reflexive process also identified other challenges to be overcome, related to team work care management, work organization, capacity-building/training, emotional support, and work conditions, which were organized in a work plan. Final considerations: research-action enabled in a collective and participatory manner to understand and analyze the work of the community agents in health promotion, considering the existing limitations and possibilities to overcome them. The development of plan of action, addressing the analyzed categories, targets at family health teams through technical supervision and team meetings. Systematizing the process of reflection and problematization of the reality with the group involved produced knowledge and contents that may contribute by providing tools to the processes of permanent training and education of an expressive group of community health agents in Brazil
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Riscos ocupacionais existentes no trabalho dos enfermeiros que atuam na rede básica de atenção à saúde do município de Volta Redonda-RJ / Occupational Risks in the work of Nurses active in the Basic Care Network of Volta Redonda - RJ,

Nunes, Marcia Batista Gil 30 November 2009 (has links)
Trata-se de pesquisa sobre riscos do trabalho dos Enfermeiros que atuam na Rede Básica de Atenção a Saúde em um município do estado do Rio de Janeiro que apresentou como objetivo geral: analisar os riscos existentes no trabalho dos Enfermeiros que atuam na Rede Básica de Atenção a Saúde, vinculados a Estratégia Saúde da Família (ESF), na cidade de Volta Redonda; e específicos: (1) descrever o trabalho dos Enfermeiros que atuam na Rede Básica de Atenção a Saúde vinculados a ESF; (2) identificar o conceito de risco apresentado por esses Enfermeiros; (3) descrever os riscos ocupacionais identificados por eles e (4) descrever as estratégias utilizadas por eles para minimização dos riscos ocupacionais. A investigação foi de abordagem qualitativa, de natureza descritiva e social, realizada em nove unidades de Saúde, com a participação de vinte Enfermeiros. Os dados foram obtidos por meio de técnica de entrevista semiestruturada, realizadas no período de dezembro de 2008 a março de 2009 e analisados com base na Análise de Conteúdo de Bardin, tendo como unidade de registro o \"tema\". Os resultados revelam: dos vinte Enfermeiros 90%, são do sexo feminino; 55% encontram-se na faixa etária, de 30 a 34 anos; 20%, na faixa de 25 a 34 anos. Com relação à variável tempo de graduação, 50% têm de 1 a 5 anos e, no mesmo intervalo, 60% dos Enfermeiros atuam na rede básica. Constatou-se que 60% possuem curso de pós-graduação lato sensu e 25% estão cursando. A maioria apresenta qualificação especifica para a área de atenção básica (75%), após a realização de cursos de especialização. O trabalho dos Enfermeiros é caracterizado como intenso e de equipe; com ações articuladas e complementares de natureza gerencial, assistencial e educativa, vinculadas a equipe e a comunidade, com ênfase nos princípios de promoção e prevenção em saúde. O conceito de risco emergiu na categoria perigo, associada as diferentes naturezas; emergiram seis categorias em relação aos riscos ocupacionais existentes no trabalho dos Enfermeiros (biológico, mecânico, psicossocial, ergonômico, de acidente de trajeto; negação/mecanismo de defesa); apresentaram como estratégias para minimização dos riscos: capacitação para o trabalho; planejamento/organização do serviço; uso de equipamento de segurança; realização de atividade de lazer/vida saudável; negação/mecanismo de defesa. Conclui-se que: o Enfermeiro que atua na estratégia de saúde da família não conhece em sua totalidade os riscos ocupacionais, assim como as estratégias apontadas por eles para a minimização dos riscos não são eficazes para a execução de um trabalho seguro. Destaca-se a presença significativa da educação seja como ação ou recurso de defesa do Enfermeiro. Recomenda-se a ampliação de estudos acerca dessa temática de maneira que possibilite a construção de recursos que favoreçam a informação sobre os riscos ocupacionais. / This research looks at the occupational risks of Nurses active in the Basic Health Care Network of a city in Rio de Janeiro State; the general aim was to analyze existing risks in the work of Nurses active in the Basic Health Care Network, affiliated with the Family Health Strategy (FHS), in Volta Redonda. The specific aims were to: (1) describe the work of Nurses active in the Basic Health Care Network affiliated with the FHS; (2) identify the risk concept these Nurses present; (3) describe the occupational risks they identify and (4) describe the strategies these Nurses use to minimize occupational risks. This descriptive and social qualitative research was carried out at nine Health units, involving twenty Nurses. Data were collected through semistructured interviews, held between December 2008 and March 2009. Analysis was based on Bardin\'s content analysis, using the \"theme\" as the recording unit. The results reveal that: 90% of the twenty Nurses are women; 55% are between 30 and 34 years old; 20% between 25 and 34 years of age. Fifty percent have graduated between 1 and 5 years ago and, in the same interval, 60% of Nurses are active in the basic care network. Sixty percent have finished and 25% are taking a lato sensu graduate course. Most participants are specifically qualified for basic care (75%), after taking a specialization coruse. The Nurses\' work is characterized as intense and performed in teams; involving articulated and complementary management, care and educative actions, linked to the team and the community, emphasizing the principles of health promotion and prevention. The risk concept emerged in the danger category, associated with different types; six categories emerged related to occupational risks in Nursing work (biological, mechanic, psychosocial, ergonomic, labor traffic accident; denial/defense mechanism). Participants presented the following risk minimization strategies: training for work; service planning/organization; use of safety equipment; practice of leisure/healthy life activity; denial/defense mechanism. It is concluded that: Nurses active in the family health strategy do not know the full range of occupational risks, and the strategies they appoint to minimize risks are not effective to perform safe work. The significant presence of education is highlighted, either as Nurses\' actions or defense mechanisms. Research on this theme should be expanded so as to construct resources to provide information about occupational risks.
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"Representação social da saúde mental no programa de saúde da família (PSF) - Estudo em um núcleo do PSF coordenado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP)" / “The social representation of mental disorders in Family Health Program Centers.”

Ramos, Carolina de Carvalho 22 January 2003 (has links)
Esta pesquisa visou investigar as representações sociais de transtornos mentais e conflitos psicossociais, que constituem-se enquanto determinantes simbólicos de condutas de promoção ou não de saúde mental em núcleos do Programa de Saúde da Família. A investigação esteve referenciada no método de análise das representações sociais, proposto por Moscovici (1978), que se baseia na análise das práticas discursivas dos profissionais envolvidos na dinâmica institucional dos núcleos do PSF. Enquanto procedimento foi realizado 7 entrevistas individuais em profundidade, com a equipe de um núcleo do PSF em Ribeirão Preto. Com intuito de conhecer as formas pelas quais a doença mental é simbolizada no PSF, neste sentido, percebeu-se que existem relevantes dificuldades e necessidades da equipe em seus vários segmentos profissionais, as quais influenciam no tratamento das famílias e nas estratégias de promoção de saúde mental. / The aim of this survey was investigate the social representation of mental disorders and psychosocial disturbs. The social representation is a health mental promotion symbolic determinant in Family Health Program Centers (PSF). The investigation was based on social representation analysis method proposed by Moscovici (1978). The method is due to the professional discursive practice analyses involved on institutional PSF Centers. Seven individual interviews were made by PSF Centers group on Ribeirão Preto. The objectives was knowing the ways witch the mental disease are symbolized at PSF. We realized that the several professional segment groups had important difficulties and needing witch influences on family treatments and health mental promotion strategies.
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Promoção da saúde: percepção e prática de profissionais da Estratégia Saúde da Família / Health promotion: perceptions and practice of professionals in the Family Health Strategy

Lasmar, Marcela Monteiro de Oliveira 20 August 2010 (has links)
O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado, a partir do movimento da Reforma Sanitária, como uma necessidade do país em atender às novas demandas em saúde colocadas pelo contexto social. A Estratégia Saúde da Família surgiu como um meio de avançar na construção dos princípios do novo sistema, na busca de romper com antigas concepções na área que centravam na doença, em detrimento de uma visão integral dos sujeitos e comunidades. Neste cenário, a promoção da saúde aparece como um conceito inovador das práticas sanitárias, lançando um novo paradigma com o foco nos aspectos saudáveis dos indivíduos e ambientes, ou seja, o foco na saúde. O presente estudo, de natureza qualitativa, investigou as concepções e práticas de promoção da saúde de profissionais dos Núcleos de Saúde da Família (NSF) da Universidade de São Paulo (USP). Foram entrevistados treze sujeitos de três equipes, a saber: três enfermeiros, três médicos, dois auxiliares e um técnico de enfermagem, dois dentistas e dois agentes comunitários de saúde (ACS). Foi utilizada entrevista semi-estruturada. Foi feita uma descrição das comunidades atendidas pelas respectivas equipes. Ficou evidente a importância do vínculo entre equipe e usuários como subsídio para o trabalho. As atividades denominadas como ações de promoção da saúde, com ênfase para os trabalhos em grupo, mostraram-se entrelaçadas à concepção de saúde do profissional, o que sinalizou para uma dificuldade de consolidação da ESF no que diz respeito à promoção da saúde em sua amplitude. A participação comunitária apareceu como algo distante da realidade, e a intersetorialidade foi apontada como um meio de buscar atender às demandas do contexto. O trabalho em equipe mostrou-se como um ponto marcante do fazer em promoção da saúde, com seus aspectos positivos e desafiadores. Os resultados apontaram para uma lacuna entre a concepção teórica e a implementação do conceito no cotidiano dos profissionais. / The National Health System (NHS) was created from the Sanitary Reform movement, as a need to meet the new demands placed on health by the country social context. The Family Health Strategy (FHS) has emerged as a means of advancing in the construction of the principles of the new system, seeking to break with old conceptions in the area that focused on disease, rather than a comprehensive view of individuals and communities. In this scenario, health promotion appears as an innovative concept of sanitary practices, launching a new paradigm with the focus on health aspects of individuals and environments, in the focus on health. This study was qualitative and investigated the concepts and practices of health promotion of professionals from the Nucleus for Family Health (NFH) of the University of São Paulo (USP). Thirteen individuals by team were interviewed, namely: three nurses, three doctors, two assistants and a practical nurse, two dentists and two community health agents (CHA). IT was used semi-structured interview and a description of the communities served by the respective teams was made. It was evident the importance of the link between staff and users as a tool for the job. The activities referred to as actions to promote health, with emphasis on group work, were intertwined with the concept of health professional, which signaled a difficulty in consolidating the FHS in respect to health promotion in its amplitude . Community participation appeared as something distant from reality, and intersectionality was identified as a means of seeking to meet the demands of context. Teamwork proved to be a turning point of doing in health promotion, with its positive and challenging. The results point to a gap between design theory and implementation of the concept in the everyday work of the professionals.
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Reabilitação psicossocial e estratégia saúde da família: desafios no cuidado à saúde mental / Psychosocial Rehabilitation and Family Health Strategy: Challenges in mental health care.

Frateschi, Mara Soares 04 December 2014 (has links)
A Estratégia Saúde da Família (ESF) tem se destacado como uma importante alternativa para a (re)inserção da pessoa em sofrimento mental na sociedade, em conformidade com a Reforma Psiquiátrica. A Reabilitação Psicossocial é compreendida como uma abordagem que visa a emancipação da pessoa, a redução da discriminação, a valorização das capacidades individuais e sociais e a criação de um sistema de apoio de longa duração. Este estudo objetivou conhecer e compreender as ações desenvolvidas pela ESF no que se refere à Reabilitação Psicossocial em saúde mental, a partir da perspectiva dos profissionais, usuários e familiares. A coleta de dados foi realizada em duas Unidades de Saúde da Família (USF) de Ribeirão Preto-SP e os participantes foram 26 profissionais, 3 usuárias e 2 familiares. Os instrumentos utilizados para a coleta foram a entrevista individual aberta e a observação participante. O material foi submetido à análise seguindo a abordagem qualitativa e utilizou-se como ferramenta a Análise de Conteúdo Temática. A análise possibilitou a construção de seis categorias temáticas, a saber: 1) Contextos e relações: Necessidades apontadas como sendo o motivo pela procura por ajuda na USF; 2)Ações: o desafio de cuidar da saúde mental no território- indica as ações desenvolvidas pelas USFs, ou seja, estratégias tradicionais, escuta qualificada, cuidado longitudinal, trabalho em equipe e estratégias coletivas; 3) O contato com o sofrimento mental e o preparo para o trabalho: caminhos para a transformação das práticas - sugere que o olhar para a pessoa em sofrimento mental, em sua múltipla e complexa existência, oportuniza transformações das práticas por meio da desmistificação da loucura; 4) Dificuldades encontradas no processo de cuidado da saúde mental - aponta a falta de preparo técnico e psicológico, o excesso de demanda e a insuficiência da rede, como possíveis entraves dos processos de trabalho; 5) Avaliação do cuidado ofertado em saúde mental pelas USFs - indica que, numa perspectiva clínica tradicional, os serviços foram considerados efetivos e adequados, entretanto, os entrevistados evidenciaram um processo de transformação das práticas, indicando a necessidade de avançar em estratégias psicossociais; 6) Transformações do cuidado em saúde mental: Concepções dos participantes acerca da pessoa em sofrimento mental e da viabilização da desinstitucionalização e da Reabilitação Psicossocial - aborda os significados atribu¬ídos pelos entrevistados ao sofrimento mental e aos processos de cuidado, indicando que tais compreensões interferem nas práticas e posturas instituídas. Os resultados apontaram que o sofrimento mental é correlato ao contexto e às relações estabelecidas pelas pessoas. Destaca-se que os serviços estão avançando em direção a estratégias mais dialógicas e espontâneas, todavia, estas ainda são colocadas em prática de forma individual. Conclui-se que o processo de transformação das práticas é lento e implica a superação de armadilhas cotidianas que dificultam o investimento em ações que transcendam as estratégias tradicionais, avançando para o coletivo, buscando novas formas de pensar e fazer saúde. Neste sentido, este estudo traz avanços relativos à viabilização das práticas de cuidado em saúde mental no território visando o comprometimento com a pessoa em seu percurso de vida. / The Family Health Strategy (FHS) has stood out as an important alterative for (re)inserting people in mental suffering into society, in accordance with the Brazilian Psychiatric Reform. Psychosocial rehabilitation is understood as an approach aiming at the subjects emancipation, reduction of discrimination, appreciation of individual and social capabilities and the creation of a long-term support system. The objective of this study was to learn and understand the actions developed by the FHS in terms of psychosocial rehabilitation in mental health, from the perspective of professionals, users and families. Data were collected from two Family Health Units (FHUs) in Ribeirão Preto, São Paulo state, and study participants were 26 professionals, 3 users and 2 family members. Open individual interviews and participant observation were the instruments used for data collection. The material was submitted to analysis following the qualitative approach, and the Thematic Content Analysis was used. The analysis allowed for the construction of six categories, namely: 1) Contexts and relationships: Needs pointed as being the reason for reaching the FHS for help; 2)Actions: the challenge of delivering mental health care in the units territory- indicating the actions developed by the FHUs, that is, traditional strategies, qualified listening, longitudinal care, teamwork, and collective strategies; 3) The contact with mental suffering and the training for this work: paths to transform the practices suggesting that looking at the person in mental suffering, in his/her multiple and complex existence, enables transformations in the practices by demystifying madness; 4) Difficulties found in the mental health care process pointing to the lack of technical and psychological preparation, the excessive demand and the insufficient network as possible hindrances in the work processes; 5) Evaluation of the mental health care provided by the FHUs indicating that, from a traditional clinical perspective, the services were considered effective and appropriate, however, the interviewees evidenced a process of transformation of the practices, demonstrating the need for making progress in psychosocial strategies; 6) Transformations in mental health care: Conceptions of the participants regarding the person in mental suffering and the process of making deinstitutionalization and psychosocial rehabilitation feasible approaching the meanings attributed by the interviewees to mental suffering and to the care processes, showing that such understandings interfere in the established practices and conducts. The results showed that mental suffering is correlated to the context and to the relationships established among people. Services are advancing towards more dialogical and spontaneous strategies, however, these strategies are still placed into practice individually. In conclusion, the process of transforming practices is slow and implies overcoming the daily traps that make it difficult to invest in actions that transcend traditional strategies, advancing towards the collective and searching for new ways of thinking and doing health. In this sense, this study provides progress regarding the feasibility of care practices in mental health in the territory of FHUs, aiming at committing to people throughout their life journey.
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Anemia e alimentação em crianças atendidas pela Estratégia de Saúde da Família no Maranhão / Anemia and feeding in children attended by Family Health Strategy in Maranhão

Alleo, Luciana Galve 07 February 2018 (has links)
Introdução - A anemia é um problema de saúde pública dos mais relevantes pela elevada frequência com que ocorre e pelas consequências deletérias decorrentes. A alimentação insuficiente e/ou inadequada em ferro é seu principal determinante. Objetivos - Avaliar a prevalência de anemia e seus determinantes entre crianças de 2 a 5 anos de idade, atendidas pelo programa Estratégia Saúde da Família (ESF); analisar a prática alimentar maranhense por meio de marcadores de alimentação saudável e não saudável; avaliar a sensibilidade e a especificidade de fatores alimentícios associados à deficiência de ferro (carnes, feijão, alimentos fortificados com ferro) bem como fatores sociais que interferem no consumo alimentar (inserção no programa Bolsa Família, insegurança alimentar e número de filhos menores do que 5 anos) para identificar a anemia diagnosticada pela concentração da hemoglobina. Método - Estudo transversal, de base populacional, com amostra representativa de famílias com filhos com idades entre 2 e 5 anos, atendadas pela ESF no Estado do Maranhão. A amostra foi composta por 568 crianças cujo consumo alimentar foi obtido de inquéritos alimentares de frequência alimentar e recordatório de 24 horas. Foram calculadas médias e desvios padrão de variáveis que caracterizam a criança, sociodemográficas e de consumo. Realizaram-se regressão de Poisson e testes de sensibilidade e especificidade entre variáveis que interferiram na absorção de ferro em relação à anemia. Resultados - Observou-se que 42 por cento das crianças estudadas eram anêmicas. Pela razão de prevalência, verificou-se associação da anemia com escolaridade materna, mais de uma crianças menor de 5 anos na residência, inserção no Bolsa Família e índice antropométrico peso para a idade (p>0,05). A dieta das crianças apresentou frequência insignificante de verduras e hortaliças, frutas sem presença rotineira e o feijão como único marcador de alimentação saudável frequente (77 por cento dos questionários). Alimentos não saudáveis tiveram aumento nas referências conforme a idade, mostrando a influência da transição celular já na infância. Os valores de sensibilidade e especificidade encontrados para diferentes fatores dietéticos e sociodemográficos não permitiram utilizá-los como indicadores precoces da anemia. Conclusão - Fatores sociodemográficos são indicadores importantes na determinação da ocorrência da anemia. Escolaridade da mãe, receber Bolsa Família e ausência de anemia na mãe foram fatores de proteção contra a anemia. Morar na capital e ter mais de um filho aumentaram o risco da desnutrição. A qualidade alimentar avaliada por marcadores de dieta saudável e não saudável mostra que a transição alimentar esteve presente mesmo entre a população infantil: baixo consumo de frutas, verduras e hortaliças e consumo cada vez mais frequente de alimentos processados, ricos em sal, gorduras e açúcar. A educação alimentar é destacada como indispensável, juntamente da suplementação de ferro para lactentes na expectativa de intervenções mais efetivas para o controle da anemia. Consumo de alimentos fontes de ferro, Bolsa Família, número de filhos e insegurança alimentar não foram indicadores da anemia, possivelmente porque a deficiência marcial é um fenômeno multifatorial, que envolve situações fisiológicas, socioeconômicas, bioquímicas que interagem num mesmo tempo. / Introduction - Anemia is a relevant public health problem because of its high frequency and due to its deleterious consequences. An inadequate and/or inadequate diet in iron is its main determinant. Objectives - To evaluate the prevalence of anemia and its determinants among children 2 to 5 years of age, assisted by the Family Health Strategy (FHS) program; analyze the food practice in the State of Maranhão through healthy and unhealthy food markers; to evaluate sensitivity and specificity of food factors associated with iron deficiency (meat, beans, and fortified foods with iron) as well as social factors that interfere with food consumption (inclusion in the Bolsa Família program, food insecurity and number of children under 5 years at home) to identify anemia diagnosed by hemoglobin concentration. Method - A cross-sectional, population-based study with a representative sample of families with children between the ages of 2 and 5, attended by the FHS in the state of Maranhão. The sample consisted of 568 children whose food intake was obtained through food surveys of food frequency and 24-hour recall. Means and standard deviations of variables that characterized the child, sociodemographic variables and consumption variables were calculated. Poisson regression, and sensitivity and specificity tests were performed between variables that interfered with iron absorption in relation to anemia. Results - We observed that 42 per cent of the children studied were anemic. For the prevalence ratio, there was an association of anemia with: maternal schooling, more than one child under 5 years of age at residence, insertion into the Bolsa Família Program and weight-for-age anthropometric index (p>0.05). The children\'s diet presented insignificant frequency of vegetables; fruits without a routine presence; and beans as the only marker of frequent healthy eating (77 per cent of the questionnaires). Unhealthy foods had an increase in the references according to age, showing the influence of cellular transition already in childhood. The sensitivity and specificity values found for different dietary and sociodemographic factors did not allow them to be used as early indicators of anemia. Conclusion - Socio-demographic factors are important indicators in determining the occurrence of anemia. Schooling of the mother, receiving Bolsa Família Program and absence of anemia in the mother were protective factors against anemia. Living in the capital and having more than one child increased the risk of malnutrition. Food quality evaluated by healthy and unhealthy diet markers shows that the food transition was present even among children: low consumption of fruits, vegetables and increasingly frequent use of processed foods rich in salt, fats and sugar. Food education is highlighted as indispensable, as well as iron supplementation for infants in the expectation of more effective interventions to control anemia. Food consumption of iron sources, Bolsa Família Program, number of children and food insecurity were not indicators of anemia, possibly because martial deficiency is a multifactorial phenomenon, involving physiological, socioeconomic, biochemical situations that interact at the same time.
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Aprazamento das visitas domiciliares dos agentes comunitários de saúde a partir do olhar da equidade / Scheduling of home visits by Community Health Workers from the perspective of equity

Guzella, Renata Casagrande 15 December 2015 (has links)
Introdução: A Estratégia de Saúde da Família, a partir de 2009, se tornou a principal proposta de modelo de Atenção Primária no Brasil. Tem ocupado uma posição de centralidade no sistema de saúde, não só como porta de entrada, mas também como coordenadora do cuidado. Através da estruturação deste nível de atenção há maior possibilidade de efetividade e equidade nos serviços de saúde. Este estudo foi realizado em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) da Zona Leste do município de São Paulo com um quantitativo de famílias maior do que o preconizado pelos documentos oficiais. Objetivo Geral: Propor critérios para priorizar a realização das visitas domiciliarias dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) a partir da identificação da vulnerabilidade familiar. Metodologia: Trata-se de um estudo de caso, em que os dados foram coletados do Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) para aplicação da Escala de Risco Familiar de Coelho- Savassi. Posteriormente, os dados foram tabulados no Programa do Software Microsoft Excel® e analisados após a criação de um escore, que sistematizou a dimensão quantitativa e qualitativa das necessidades desta população. A partir do referencial teórico da equidade, foi sugerido um aprazamento das visitas domiciliares (VD) dos ACS considerando as vulnerabilidades familiares apresentados e posteriormente, foi produzido uma ferramenta para o planejamento das visitas nas diferentes realidades. Neste estudo, o termo risco foi interpretado como vulnerabilidade dado que a escala considera, além das perspectivas epidemiológicas, os aspectos voltados para as condições sociais de vida dos sujeitos. Resultados: A população atendida por esta UBS é 2611 famílias com 9265 pessoas, em que 97,5% são dependentes exclusivamente do SUS. A totalidade das famílias foi avaliada sendo que, 1350 (52%) apresentaram risco familiar habitual (R0), 599 (23%) foram classificadas com risco baixo (R1), 341 (13%) risco médio (R2) e 321 (12%) risco alto (R3). A Equipe 1 apresentou maior número de famílias em risco em comparação com a Equipe 2, evidenciando a heterogeneidade dentro da mesma UBS, padrão que se repetiu ao analisar as microáreas separadamente. Por exemplo, a microárea 3 apresentou maior proporção de famílias classificadas com maior risco, diferentemente da microárea 7, que tem a menor quantidade de famílias e menor proporção de risco familiar. Assim, partindo das singularidades, foram propostos cinco clusters de microáreas para diferentes aprazamentos de visita. Os cronogramas tiveram o tempo fixado em trinta minutos por VD, não ultrapassando a 101 horas mensais para esta atividade, e sendo fixadas em visitas quinzenais para as famílias em R3. A fim de reproduzir este estudo nas diferentes realidades, uma planilha no Software Microsoft Excel® está disponibilizada para a realização do aprazamento das visitas domiciliares a partir dos distintos riscos familiares. Conclusões: Para um atendimento que respeite o princípio do SUS da equidade, é necessário identificar as condições de vulnerabilidade das famílias para o enfermeiro planejar em conjunto com o ACS as visitas domiciliares, de forma a atender as necessidades de saúde da população considerando as várias dimensões individuais e coletivas do processo saúdedoença. / Introduction: The Family Health Strategy, since 2009, became the main proposal for primary care model in Brazil. It has occupied a position of centrality in the health system, not only as a gateway but also as care coordinator. Through the organization of this level of attention there is a greater chance of effectiveness and equity in health services. This study was conducted in a primary care unit (PCU) in eastern São Paulo area with a number of families higher than recommended by official documents. General Objective: To develop criteria for prioritizing Community Health Workers (CHW) from the identification of familial risk. Methodology: This was a case study, in which data were collected from the Primary Care Information System (PCIS) for implementation of the Coelho-Savassis Family Risk Scale, tabulated in Microsoft ExcelTM program and analyzed after the creation of a score, which systematized the quantitative and qualitative dimension of the needs of this population. From the theoretical framework of equity, it was suggested the scheduling of home visits (HV) of the ACS considering the risks presented family and later was made a tool for planning visits in the different realities. In this study, the term \"risk\" was interpreted as vulnerability for the scale to consider, addition to the epidemiological perspective, the targeted aspects as social living conditions of the subjects. Results: The population served by this PCU were 2,611 families with 9,265 people, of which 97.5% depends exclusively of the public health system. All of the families were assessed and, in 1,350 (52%) the family risk was usual (R0), 599 (23%) were classified as low risk (R1), 341 (13%) as medium risk (R2) and 321 (12 %) as high risk (R3). Team 1 had more risk in families compared to Team 2, showing the heterogeneity within the same PCU pattern that was repeated to analyze the micro areas separately. For example, the micro area 3 showed a higher proportion of families classified as high risk, unlike micro-area 7, which has the smallest number of households and smaller proportion of familial risk. Thus, based on the singularities we proposed five clusters of micro areas for different scheduling visit. Schedules have time set at thirty minutes per VD, not to exceed 101 hours per month for this activity, and biweekly visits for families in R3. In order to reproduce this study in the different realities, a Microsoft ExcelTM spreadsheet is available to carry out the scheduling home visits from different family risks. Conclusions: For a service that respects the Unified Health Systems principle of equity, its important to identify the risks and the most vulnerable families for nurses to plan together with the CHW home visits in order to meet the health needs of the population considering the various individual and collective dimensions of the health- disease process.
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Violência de gênero e necessidades em saúde: limites e possibilidades da estratégia saúde da família / Gender violence and health needs: limitations and possibilities of the Family Health Strategy

Oliveira, Rebeca Nunes Guedes de 12 December 2011 (has links)
Estudo exploratório, com abordagem qualitativa, que teve como objetivo geral compreender os limites e as possibilidades avaliativas no que tange ao reconhecimento e enfrentamento de necessidades em saúde de mulheres que vivenciam violência no espaço de concretização das práticas da Estratégia Saúde da Família (ESF). Foi realizado em uma Unidade Básica de Saúde que opera sob a ESF em São Paulo (SP). Os dados foram coletados por meio de entrevistas em profundidade com vinte e dois profissionais de saúde que compõem as equipes multiprofissionais e com treze mulheres usuárias do serviço que vivenciaram situações de violência de gênero. As entrevistas foram gravadas, transcritas e submetidas à análise de discurso. Os resultados foram analisados segundo as categorias analíticas gênero, violência de gênero e necessidades em saúde. Os resultados revelaram a violência enquanto problema que tem interfaces com o processo saúde doença das mulheres. Entretanto, o fenômeno raramente aparece enquanto uma demanda imediata sendo expressiva como demanda implícita e submersa em outras queixas. Houve o reconhecimento de necessidades relacionadas às condições de vida e o contexto de exclusão social do território; necessidades que remetem à autonomia; medicalização das necessidades em saúde revelando a dicotomia mente-corpo no trabalho em saúde; e necessidades relacionadas à escuta e à criação de vínculos enquanto possibilidade de fortalecimento das mulheres que vivenciam violência. A prática biologicista, ainda hegemônica, limita o campo de ação das práticas profissionais, levando usuárias e profissionais a não reconhecerem os serviços de saúde enquanto possibilidade de apoio e enfrentamento da violência. A medicalização foi constatada enquanto a limitação mais significativa das práticas profissionais. As possibilidades relacionadas ao vínculo propiciado pela lógica de atenção instaurada com a ESF encontram-se ainda cerceadas pelas limitações do modelo biomédico e a ausência de tecnologias específicas para lidar com a violência. Concluiu-se que é premente o reconhecimento da violência enquanto problema cuja atenção deve ser inerente aos serviços de saúde, assim como a tradução das demandas trazidas pelas mulheres nas necessidades que a produziram. O reconhecimento dessas necessidades pressupõe ainda considerar a violência e a subalternidade de gênero como generativos desse processo. O trabalho que qualifica a atenção à saúde das mulheres em situação de violência deve superar o modelo biomédico de atenção, o que implica rever a prática profissional, posto que, na perspectiva da emancipação da opressão das mulheres, o saber crítico sobre as necessidades em saúde como conseqüência da situação de opressão que a abordagem de gênero encerra, constitui um de seus elementos, um dos instrumentos que deve orientar todo o trabalho das práticas profissionais nessa área. / The general objective of this exploratory study with a qualitative approach was to understand the limitations and possibilities of the Family Health Strategy (EFS) to recognize and meet the health needs of women experiencing violence. The study was carried out in a Primary Health Care Unit working within the ESF in São Paulo, SP, Brazil. Data were collected through in-depth interviews with 22 health professionals who compose the multidisciplinary teams and with 13 women who use the service and had experienced violence. Interviews were recorded, transcribed and submitted to discourse analysis. The results were analyzed according to analytical categories of gender violence and health needs. The results revealed that violence is an issue that interfaces with the womens health-disease continuum, although the phenomenon rarely appears as an immediate demand; it rather emerges as an implicit demand underlying other complains. The following was identified: needs related to living conditions and the context on social exclusion; needs related to autonomy; medicalizalization of health needs revealing a dichotomy between body-mind in health care delivery; and the need related to active listening and the establishment of bonds as an alternative to empower women experiencing violence. The biologicist practice is still predominant and limits the field of actions of professional practices, hindering users and professionals the possibility to recognize health services as a space where to seek support to cope with violence. Medicalization was identified as the most significant limitation of professional practices. The possibilities related to bonds enabled by the logic of care delivery established within the ESF are still surrounded by the limitations of the biomedical model and the absence of specific technologies to deal with violence. We conclude that acknowledging violence as a problem whose care should be inherent to the health services is urgent as well as the need to translate the demands of these women into the needs that produce them. Acknowledging these needs requires considering violence and gender subordination as elements that generate such a process. The work that qualifies care delivered to women experiencing violence should overcome the biomedical model. It implies a review of professional practices since, from the perspective of emancipation of womens oppression, critical knowledge concerning health needs as a consequence of oppression implied in gender approach, constitutes one of the instruments that should guide the work of professional practice in this field.
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Acompanhamento de usuários com câncer e seus cuidadores por trabalhadores de equipes de saúde da família: possibilidades e desafios / Follow-up of users with cancer and their caregivers by workers of the family health teams: possibilities and challenges.

Simino, Giovana Paula Rezende 25 August 2009 (has links)
O câncer é uma doença de importância para Saúde Pública e estima-se que 12,6% do total de mortes são causadas por este agravo no mundo. Essa estimativa é maior que as mortes causadas pelo HIV/AIDS, tuberculose e malária juntos, sendo imprescindível o conhecimento da epidemiologia da doença e de suas repercussões locais para o planejamento de combate à doença. A Política Nacional de Atenção Oncológica, do Ministério da Saúde do Brasil, determina que os cuidados ao usuário com câncer contemplem todos os níveis de atenção à saúde. À Atenção Básica cabem ações voltadas ao indivíduo e coletivo, com foco na família. Assim, as Equipes de Saúde da Família (ESF) devem constituir-se como a porta de entrada do sistema de saúde, oferecendo respostas aos problemas e necessidades dos usuários e possibilitando acesso a outros níveis de atenção do sistema de saúde, incluindo usuários com câncer. Desta maneira, o objetivo geral deste estudo é identificar e analisar as ações de acompanhamento desenvolvidas pelos trabalhadores de 13 ESF aos usuários com câncer no município de Ribeirão Preto-SP, segundo os trabalhadores destas equipes. Trata-se de um estudo de caráter descritivo exploratório, utilizando de abordagem quanti-qualitativa. Utilizou-se um questionário validado por 7 juízes na primeira fase do estudo para todos os trabalhadores das ESF do Distrito Oeste de Ribeirão Preto - SP, e na segunda fase foi realizada entrevista semi-estruturada com os trabalhadores de uma ESF. Participaram do estudo 101 trabalhadores das equipes mínimas de 13 ESF. Verificamos que 80,2% dos trabalhadores conheciam a presença de usuários com câncer na área de abrangência da unidade de saúde. Ainda, apenas 13,9% dos trabalhadores conheciam o total de usuários com câncer e 63,3% realizam atendimentos aos usuários. O apoio emocional ao cuidador do usuário com câncer é realizado por 43 trabalhadores, seguido pelos apoios: informativo, reforço e instrumental. Em relação à articulação da rede de serviços, 46,5% trabalhadores referiram não ter conhecimento de usuários contra-referenciados a ESF. O câncer mais prevalente nas unidades segundo os trabalhadores é o câncer de mama. A visita domiciliar é realizada por 93,1% dos trabalhadores que atendem usuários com câncer e 69,0% realizam discussão de caso de usuário com câncer em reuniões da equipe. Em relação ao atendimento, os trabalhadores referiram que as ESF são em sua maioria responsáveis pela busca do atendimento ao usuário com câncer. Foram identificados quatro temas emergentes na análise qualitativa: A identificação dos usuários com câncer pela ESF, Acompanhamento dos usuários com câncer e de seus cuidadores: possibilidades e dificuldades encontradas pela equipe, A (des)articulação da rede de atenção ao usuário com câncer e a seus cuidadores, Necessidades da ESF para o cuidado do usuário com câncer. Concluímos com esta pesquisa algumas necessidades e possibilidades dos trabalhadores das ESF para realizar o acompanhamento dos usuários e de suas famílias com câncer, sendo que este acompanhamento é realizado de modo não sistematizado. No entanto, as ESF trazem a coordenação da atenção e longitudinalidade como princípios que subsidiam o cuidado ao usuário com câncer e seus cuidadores e consideram o câncer uma doença complexa, que necessita de suporte para o usuário/cuidador, com possibilidades de ações desde o diagnóstico precoce aos cuidados paliativos. / Cancer is an important disease for Public Health and it is estimated to cause 12.6% of the total deaths in the world. This estimate is higher than deaths caused by HIV/AIDS, tuberculosis and malaria together. The knowledge of the disease epidemiology and its local repercussions, to plan the disease fight, is indispensible. The National Policy of Oncology Care, by the Brazilian Ministry of Health, determines that care to cancer patients includes all levels of health care. Individual and collective actions, focused in family, are due to Primary Care. Thus, the Family Health Teams (FHT) should be the entrance to the health system, offering answers to users problems and needs and enabling the access to other levels of care in the health system, including users with cancer. The general objective of this descriptive, exploratory, qualitative and qualitative study was to identify and analyze the actions of follow-up developed by workers of 13 FHT to users with cancer in the city of Ribeirão Preto, state of São Paulo, according to the workers of these teams. A questionnaire validated by 7 experts was used in the first stage of the study, applied to all workers of the FHT of the West District of Ribeirão Preto. In the second stage, a semi-structured interview was carried out with workers of one FHT. In total, 101 workers of the minimum teams of 13 FHT participated in the study. It was verified that 80.2% of workers knew users with cancer in the area ranged by the health unit. Only 13.9% of workers knew the total users with cancer and 63.3% delivery care to users. Emotional support to users caregivers is done by 43 workers, followed by informative, reinforcement and instrumental supports. Regarding the articulation of the services network, 46.5% of workers mentioned not knowing users who were sent to other health services and that were sent back to the FHT. Breast cancer is the most prevailing in the units, according to workers. Home visits are carried out by 93.1% of workers who provide care to users with cancer and 69.0% discuss cases of users with cancer during teams meetings. Regarding care, workers mentioned that most FHT are responsible to provide care to users with cancer. Four themes emerged in the qualitative analysis: Identification of users with cancer by the FHT, Follow-up of users with cancer and their caregivers: possibilities and difficulties found by the team, The articulation and disarticulation of the care network to users with cancer and their caregivers, FHT needs in care to users with cancer. Research evidenced some needs and possibilities of FHT workers to follow-up users with cancer and their families. The follow-up is done in a non systematized way. However, FHT evidence the coordination of care and longitudinality as principles that support care to users with cancer and their caregivers. They consider cancer a complex disease, which need support to users/caregivers, with possibilities of actions ranging from the early diagnosis to palliative care.
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Aprendendo com o \"nós\": o trabalho em saúde e as práticas corporais com base na comunidade / Learning with the \"we\": the work in health and the body practices in the community

Freitas, Fabiana Fernandes de 25 September 2012 (has links)
As discussões em torno do tema comunidade têm sido recorrentes devido, particularmente, às implicações do modo de vida contemporâneo que acentua valores como o individualismo. Do ponto de vista conceitual comunidade é muitas vezes limitada à associação com grupos carentes, desconsiderando uma série de questões imbricadas no contexto, como o território, as relações entre as pessoas e a organização de grupos. Essa discussão é relevante também na área da saúde, pois ao lidar com a comunidade supõe-se que diversos fatores operam e coexistem e podem estar vinculados a atuação dos profissionais específicos. Assim, o objetivo dessa pesquisa foi compreender o trabalho em saúde e as práticas corporais a partir da comunidade, tanto do ponto de vista conceitual como das relações que a constituem, para encontrar elementos que possam orientar nossos saberes e práticas. A investigação, de natureza qualitativa, compreendeu duas etapas: a primeira, com profissionais coordenadores de equipe de saúde da família de cinco UBSs, do Distrito Butantã/SP, totalizando 22 entrevistas; a segunda, com a observação da comunidade COHAB Raposo Tavares e das atividades desenvolvidas, especialmente com as práticas corporais, em seu Centro Comunitário. As entrevistas mostraram como principais desafios: superar a herança do modelo de atenção à saúde centrado no referencial biomédico e criar estratégias para lidar com a complexidade das dinâmicas familiares e dos problemas dos territórios. Os dilemas estiveram presentes no vínculo com a comunidade, variando entre uma aproximação positiva, de modo mais frequente, e o excesso dela; e, na composição das orientações, entre conhecimento técnico e modos de viver, valores e crenças das pessoas. As observações no Centro Comunitário indicaram, a despeito dos problemas que os moradores enfrentam, um potencial nos modos de ser da comunidade, sobretudo em relação ao apoio e a ajuda mútua. As práticas corporais não aparecem com destaque entre as ações, entretanto elas existem e se relacionam aos aspectos social e educativo, e sugerem a importância das atividades cotidianas e das relações estabelecidas entre as pessoas, reforçadas pela convivência no bairro, independente da faixa etária. É preciso considerar ainda o espaço do bairro para as práticas corporais, onde elas acontecem de maneira mais informal e espontânea. A referência da comunidade para pensar o trabalho em saúde e as práticas corporais orienta sobre os caminhos para um fazer mais compartido, reconhecido não só como uma técnica para obter resultados e mudanças que almejamos com as intervenções, mas, sobretudo, para ressignificá-las em meio à vida das pessoas e a maneira com que vemos nós mesmos no exercício profissional de convivência com o outro. O desafio que se coloca, portanto, não é pequeno, haja vista as dificuldades apontadas pelos profissionais nas entrevistas, mas que também expõem o valor do processo cotidiano de trabalho e das intervenções que fortalecem as relações entre profissional, serviço e comunidade. Potencial que se mostra possível diante dos modos de ser da comunidade COHAB Raposo Tavares, que nos ensinam sobre a possibilidade de uma existência a partir de relações e valores mais solidários / Discussions around the theme community have been repetitive due to, particularly, implications of the contemporaneous way of life which points out values such as the individualism. Conceptually speaking, community is many times limited to associations with in need groups, not considering a series of questions over put in the context, such as the area, the relationship between people, and group organizations. This discussion is also relevant in the health area, because when dealing with the community it is supposed that diverse factors operate and coexist in their environment and the performance of specific professional can be bounded. Thus, this study had the objective of understanding the health work and the body practices from the community as a reference, both from conceptual point of view and also from the relationships that constitute it, to meet elements to orient our knowledge and practices. The investigation, with a qualitative approach, comprehended two phases: the first one, with professionals coordinators of the family health team of five primary health care units at Butantã Neighborhood/SP, with a total of 22 interviews; the second, observing the activities developed at the Community Center, especially with body practices at Raposo Tavares COHAB Community. The interviews show as principal challenges: overcome the inheritance of the attention model centered in the biomedical reference and create strategies to deal with the complexity of family dynamics and the community problems. The dilemmas were present in the bound to the community, varying between a positive approach, in a more frequent way, and its excess; and in the composition of the orientations, between technical knowledge and peoples ways of life, values and beliefs. The observations at the Community Center indicated, in spite of the problems dwellers usually face, a potential in terms of living in the community, moreover, regarding the support and the mutual aid. The body practices are not highlighted among the actions, however they exist and suggest the importance of daily activities and the relationships established between people, reinforced by coexistence in the neighborhood, regardless the age group, and by the social and educational aspects. Its also necessary to consider the relation between the body practices and the neighborhood space, where those activities happen in a more informal and free way. The community as a reference to think of the work regarding health and the body practices teaches ways to make it more shared, acknowledged not only by its technique to receive results and changes we aim with the interventions, but also, to re-mean them with peoples lives and the way we see ourselves professionally coexisting with our surroundings. The challenge exposed, however, is not small, considering the difficulties pointed by professionals in the interviews, but it also exposes about the daily work process and the interventions which reinforce the relationship among the professional, the service, and the community. Potential that makes it possible due to the way of being at Raposo Tavares COHAB Community, which makes it possible to believe in the existence of more solidary relations and values

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