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O fluxo de paciente séptico dentro da instituição como fator prognóstico independente de letalidade / The route of septic patients as an independent prognostic factor for mortalityShiramizo, Sandra Christina Pereira Lima 18 September 2014 (has links)
Sepse é causa comum de óbito, e vários fatores prognósticos têm sido identificados. Entretanto, é possível que a rota do paciente séptico no hospital também tenha efeito sobre o prognóstico. Nosso objetivo foi verificar se a rota do paciente séptico antes da admissão na UTI tem efeito sobre a letalidade hospitalar. Métodos Foi realizado um estudo de coorte retrospectiva com 489 pacientes com sepse grave ou choque séptico (idade >=18 anos), internados na Unidade de Terapia Intensiva. Analisamos se a rota está associada a mortalidade hospitalar usando modelo de regressão de Cox com variância robusta. Resultados Dos 489 pacientes, 207 (42,3%) foram diagnosticados com sepse na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), 185 (37,8%) em unidade de internação clínica ou cirúrgica (Clínica Médica Cirúrgica - CMC), 56 (13,3%) em Unidade Semi-Intensiva (USI) e 32 (6,5%) em Unidade Terapia Intensiva.(UTI). A maioria (56,6%) dos pacientes era do sexo masculino, a idade média foi de 66,3 anos, 39,8% tinham APACHE II de 25 ou mais, e 77,5% tinham o diagnóstico de choque séptico. A letalidade foi 41,9%. Na análise multivariada com ajuste para diversos fatores prognósticos, incluindo tempo de internação hospitalar antes da admissão na UTI, não houve diferença estatisticamente significativa no risco de óbito entre pacientes com sepse grave diagnosticada na UPA ou CMC (risco relativo [RR] 1,36; intervalo de confiança [IC] 95% 1,00 a 1,83). Porém, o risco de óbito hospitalar foi maior nos pacientes em que a sepse grave foi diagnosticada na USI ou UTI (RR 1,64; IC 95% 1,20 a 2,25). Conclusão A mortalidade dos pacientes com sepse grave ou choque séptico atendidos na CMC é similar à de pacientes com sepse diagnosticada na UPA. Entretanto, o risco de óbito hospitalar foi maior nos pacientes que desenvolveram sepse na USI ou UTI / Sepsis is a common cause of death. Several predictors of hospital mortality have been identified. However, it is possible that the route the septic patient takes within the hospital may also affect endpoints. Thus, our main objective was to verify whether the routes of septic patients before being admitted to ICU affect their in-hospital mortality. Methods Retrospective cohort study of 489 patients with severe sepsis or septic shock (age >= 18 years) admitted to the Intensive Care Unit. We analyzed the impact of route on in-hospital mortality using Cox regression with robust variance. Results Of 489 patients, 207 (42.3%) presented with severe sepsis in the ED, 185 (37.8%) were diagnosed with severe sepsis in the ward, 56 (13.3%) in the step down unit and 32 (6.5%) in the ICU. The mortality rate was 41.9%. The mean age was 66.3 years, and 56.6% were men. APACHE II scores were >25 in 39.8% of patients, and 77.5% were diagnosed with septic shock. In the multivariate analysis, with adjustment for several prognostic factors including length of hospital stay before ICU admission, there was no statistically significant difference in the risk of death between patients who had severe sepsis diagnosed in the ED compared to CMC (relative risk [RR] 1,36; IC 95% 1,00 a 1,83). However, the risk of death was increased in patients who had severe sepsis diagnosed in the step-down unit or ICU (RR 1,64; IC 95% 1,20 a 2,25). Conclusion Patients who have severe sepsis or septic shock diagnosed in the CMC have in-hospital mortality similar to those who present with severe sepsis or septic shock in the ED. However, patients who develop severe sepsis in the step-down unit or ICU have higher mortality
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O hidrogênio molecular potencializa a hipotermia e previne a hipotensão e a febre durante a inflamação sistêmica induzida por LPS / Molecular hydrogen potentiates hypothermia and prevents hypotension and fever in LPS-induced systemic inflammationSaramago, Eduardo Alves 29 November 2018 (has links)
O hidrogênio molecular (H2) exerce efeito antioxidante, anti-apoptótico e antiinflamatório. Nesse estudo testamos a hipótese que o H2 modula as mudanças cardiovasculares, inflamatórias e termorregulatórias na inflamação sistêmica (IS) induzida por lipopolissacarídeo (LPS) em diferentes doses (0,1 ou 1,5 mg/kg, intravenoso, induzindo IS moderada ou severa) em ratos machos Wistar (250-300 g). LPS ou salina foi injetada imediatamente antes do início dos 360 minutos de inalação do H2 (2% H2, 21% O2, balanceado com nitrogênio) ou ar ambiente (21% O2, balanceado com nitrogênio). A temperatura corporal (Tc) foi mensurada por datalogger pré-implantados na cavidade peritoneal. O H2 não causou mudança nos parâmetros cardiovasculares, inflamatórios e na Tc dos ratos controle (tratados com salina). Durante a IS moderada o H2 reduziu o surgimento das citocinas pró-inflamatórias no plasma (TNF-? e IL-6) enquanto causou um aumento da IL-10 plasmática (citocina anti-inflamatória) e preveniu a febre. Durante a IS severa o H2 potencializou a hipotermia e preveniu a febre e a hipotensão. Além disso, o H2 causou uma redução no surgimento das citocinas pró-inflamatórias (TNF-? e IL-1? do plasma) e prostaglandina E2 [(PGE2), no plasma e no hipotálamo], e um aumento da IL-10 plasmática. Esses dados são consistentes com o entendimento que o H2 atenua a febre na IS moderada e durante a IS severa potencializa a hipotermia, previne a hipotensão e exerce um efeito antiinflamatório forte o suficiente para prevenir a febre alterando a sinalização febrigênica e alterando a produção hipotalâmica de PGE2 / Molecular hydrogen (H2) exerts anti-oxidative, anti-apoptotic, and anti-inflammatory effects. Here we tested the hypothesis that H2 modulates cardiovascular, inflammatory, and thermoregulatory changes in systemic inflammation (SI) induced by lipopolysaccharide (LPS) at different doses (0.1 or 1.5 mg/kg, intravenously, to induce mild or severe SI) in male Wistar rats (250-300 g). LPS or saline was injected immediately before the beginning of 360- minute inhalation of H2 (2% H2, 21% O2, balanced with nitrogen) or room air (21% O2, balanced with nitrogen). Deep body temperature (Tb) was measured by dataloggers preimplanted in the peritoneal cavity. H2 caused no change in cardiovascular, inflammatory parameters, and Tb of control rats (treated with saline). During mild SI, H2 reduced plasma surges of proinflammatory cytokines (TNF-? and IL-6) while caused an increase in plasma IL-10 (anti-inflammatory cytokine) and prevented fever. During severe SI, H2 potentiated hypothermia, and prevented fever and hypotension. Moreover, H2 caused a reduction in surges of proinflammatory cytokines (plasma TNF-? and IL-1?) and prostaglandin E2 [(PGE2), in plasma and hypothalamus], and an increase in plasma IL-10. These data are consistent with the notion that H2 blunts fever in mild SI, and during severe SI potentiates hypothermia, prevents hypotension and exerts anti-inflammatory effects strong enough to prevent fever by altering febrigenic signaling and ultimately down-modulating hypothalamic PGE2 production
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Associação entre a degradação muscular e a força muscular em pacientes que desenvolveram sepse grave e choque séptico / Association between muscle wasting and muscle strength in patients who developed severe sepsis and septic shockBorges, Rodrigo Cerqueira 02 April 2018 (has links)
INTRODUÇÂO: A sepse representa aproximadamente 25% dos pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e com taxas de mortalidade de 20 a 40%. Além disso, os pacientes sépticos podem apresentar aguda e tardiamente disfunções de órgãos e alterações da musculatura esquelética comprometendo a recuperação na UTI e, posteriormente, a sua saúde relacionada à qualidade de vida. Atualmente, a ultrassonografia tem demonstrado ser uma ferramenta capaz de avaliar a degradação da musculatura esquelética em pacientes críticos. Em pacientes sépticos não se estudou a relação de degradação muscular com testes clínicos de força muscular e aferições bioquímicas. OBJETIVOS: Quantificar a área de secção transversa do reto femoral e a força muscular a beira leito em pacientes que desenvolveram sepse grave e choque séptico. Avaliar associação entre a área de secção transversa do reto femoral e a força muscular em pacientes sépticos. MÉTODOS: Coorte prospectiva que avaliou 37 pacientes na UTI com sepse grave ou choque séptico. A medida da área de secção transversa do reto femoral foi realizada através da ultrassonografia no dia seguinte ao início da sepse e acompanhada durante a internação. Os pacientes foram submetidos a testes clínicos de força muscular (escala do Medical Research Council e a força de preensão palmar) à medida que pudessem compreender comandos verbais. Amostras de sangue foram coletadas para análise de enzimas e hormônio após a admissão no estudo e durante a internação. RESULTADOS: Houve um declínio da área de secção transversa do reto femoral de 5,1 (4,4-5,9)cm2 no 2° dia de UTI para 4,4 (3,6-5,0)cm2 e 4,3 (3,7-5,0)cm2 na alta da UTI e na alta hospitalar, respectivamente (p<0,05). Por outro lado, os testes clínicos de força apresentaram um aumento na escala do Medical Research Council de 48,0 (36,0-56,0) pontos para 60,0 (48,0-60,0) pontos na alta da UTI, este aumento foi mantido até a alta hospitalar em 60,0 (52,0-60,0) pontos (p < 0,05). Em relação à força de preenssão palmar os pacientes apresentavam média de 42,1±21,9 % do predito no 1° dia de avaliação e este valor aumentou para 65,9±20,3 % do predito no dia da alta hospitalar (p < 0,05). Houve uma associação da área de secção transversa do reto femoral e das avaliações clínicas de força muscular durante a permanência na UTI. Aumentos no escore de lesão orgânica (SOFA) no 3° dia e ser do sexo masculino apresentaram-se como fatores independentes para a degradação muscular, assim como, o SOFA do 3° dia com a fraqueza muscular. CONCLUSÃO: O estudo demonstrou que a sepse pode levar a uma degradação muscular em apenas alguns dias de UTI, associada há uma recuperação incompleta da força muscular ao longo da internação. Além disso, testes clínicos de força muscular se associaram com a degradação muscular durante a internação hospitalar / INTRODUCTION: Sepsis represents 25% of patients in the intensive care unit (ICU) with mortality rate of 20 to 40%. In addition, septic patients can present early or lately organ dysfunction and skeletal muscles alterations that reduce patient recovery and compromises health-related to quality of life. Currently, ultrasound has been shown to be a tool capable of evaluating skeletal muscle degradation in critical patients. There are no studies in septic patients about the relation of muscle degradation with clinical tests and blood biochemistry analysis. OBJECTIVES: To quantify the rectus femoris cross-sectional area and muscle strength at the bedside in patients who developed severe sepsis and septic shock. To assess the association between the rectus femoris cross-sectional area and muscle strength in septic patients. METHODS: Prospective cohort who evaluated 37 patients in the intensive care unit with severe sepsis or septic shock. The measurement of rectus femoris cross-sectional area was performed by ultrasonography on the day after the onset of sepsis and followed up during hospitalization. Patients underwent clinical tests of muscle strength (Medical Research Council scale and handgrip strength) as they could understand verbal commands. Blood samples were collected for enzyme and hormone analysis after admission to the study and during hospitalization. RESULTS: There was a decline in rectus femoris cross-sectional area from 5.1 (4.4-5.9) cm2 on the 2nd day of ICU to 4.4 (3.6-5.0) cm2 and 4.3 (3.7-5.0) cm2 at ICU discharge and at hospital discharge, respectively (p < 0.05). In contrast, strength tests showed an increase in the scale of the Medical Research Council from 48.0 (36.0-56.0) to 60.0 (48.0-60.0) points in ICU discharge, this increase was maintained until hospital discharge reaching 60.0 (52.0-60.0) points (p < 0.05). In relation to the handgrip strength, patients presented a mean of 42.1 ± 21.9% of predicted on the 1st day of evaluation and this value increased to 65.9 ± 20.3% of predicted on the day of hospital discharge ( p < 0.05). There was an association between the rectus femoris cross-sectional area and clinical assessments of muscle strength during ICU stay. Increases in the organic lesion score (SOFA) on the 3rd day and being male presented as independent factors for muscle degradation, as well as the SOFA of the 3rd day with muscle weakness. CONCLUSION: The study demonstrated that sepsis can lead to muscle degradation in only a few days of ICU, associated with an incomplete recovery of muscle strength throughout hospitalization. In addition, clinical trials of muscle strength were associated with muscle degradation during hospital stay
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Insulina regula a translocação nuclear de NF-κB p65, inflamação e morte celular em modelo experimental de sepse em camundongos diabéticos / Insulin regulates NF-κB p65 nuclear translocation, inflammation and cell death in septic diabetic miceNolasco, Eduardo Lima 19 May 2017 (has links)
Sepse é uma resposta sistêmica e deletéria do indivíduo a uma infecção, sendo um importante problema de saúde pública. Pacientes diabéticos são bastante afetados representando cerca de 22% de todos os pacientes sépticos. A suscetibilidade para o desenvolvimento de sepse no diabetes, bem como a ação da insulina em modular alguns parâmetros imunológicos necessitam de maiores esclarecimentos O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do tratamento com insulina em um modelo murino de diabetes e sepse. Camundongos C57BL/6 foram tornados diabéticos por administração de aloxana. Os seguintes parâmetros foram analisados vinte e quatro horas após a ligadura cecal e punção (CLP): (a) interleukine (IL)-6, IL-10, chemokine (C -C motif) ligand 2 (CCL2) e tumor necrosis fator (TNF ) -α no soro; (b) os níveis de IL-1β, IL-6, TNF-α, IL-10, chemokine (C -X-C motif) ligand (CXCL)-1 e CXCL2 no lavado peritoneal (LPe) e broncoalveolar (LBA), bem como nos rins e fígado; (c) contagens celulares totais e diferenciais em LPe e LBA; (d) capacidade endocítica de neutrófilos e produção de espécies reactivas de oxigénio (ERO); (e) níveis de apoptose e necrose no baço e níveis relativos de células CD4+ e CD8+; (f) resultados histopatológicos de pulmão, rim e fígado; e (g) níveis de translocação nuclear de NF-κB p65. Camundongos diabéticos-CLP exibiram concentrações séricas aumentadas de TNF-α, IL-6, CCL2, IL-1, IL-6, CXCL1, CXCL2 e IL-10 e contagens de neutrófilos em LPe. A capacidade endocítica dos neutrófilos e a produção de ERO apresentavam-se reduzidas em animais CLP-diabéticos e os níveis de IL-6, TNF-α, CXCL1 e CXCL2 em LBA e IL-1β, IL-6, CXCL1 e CXCL2 nos homogenados renais aumentaram diabéticos -CLP. O tratamento destes com insulina reduziu os nívies de citocinas séricas, aumentou a concentração de citocinas e a migração celular para o Lpe, restaurou a capacidade endocítica e a produção de ERO e reduziu a translocação nuclear NF-κB p65 no tecido renal. Estes dados sugerem que a insulina modula a produção/libertação de citocinas, regula a migração celular, a apoptose, a necrose e a translocação nuclear de NF-κB p65 na sepse induzida por CLP em camundongos diabéticos. / Sepsis is a systemic and harmful response of the individual to infection and is an important public health problem. Diabetic patients are greatly affected representing about 22% of all septic patients. The susceptibility to sepsis development in diabetic individuals and insulin action in modulating some immunological parameters require further clarification. The aim of this study was to evaluate the effects of insulin treatment in a mouse model of diabetes and sepsis. C57BL/6 mice were rendered diabetic by alloxan administration. The following parameters were analyzed twenty-four hours after a cecal ligation and puncture (CLP): (a) interleukin (IL)-6, IL-10, chemokine (C-C motif) ligand 2 (CCL2), and tumor necrosis factor (TNF) - α levels in serum; (b) IL-1β, IL-6, TNF-α, IL-10, chemokine (C-X-C motif) ligand (CXCL)1 and CXCL2 levels in peritoneal lavage (PeL) and bronchoalveolar lavage (BAL) fluid, as well as in the kidneys and liver; (c) total and differential cell counts in PeL and BAL fluid; (d) neutrophil endocytic capacity and reactive oxygen species (ROS) production; (e) spleen cell apoptosis and necrosis levels and relative CD4+ and CD8+ T cell levels; (f) lung, kidney, and liver histopathological results; and (g) NF-kB p65 nuclear translocation levels. Diabetic-CLP mice exhibited increased serum TNF-α, IL-6, CCL2, IL-1, IL-6, CXCL1, CXCL2 and IL-10 concentrations and neutrophil counts in PeL fluid. Neutrophil endocytic capacity and ROS production were decreased in diabetic-CLP mice, and IL-6, TNF- α, CXCL1 and CXCL2 leves in BAL fluid and IL-1β, IL-6, CXCL1 and CXCL2 levels in kidney homogenates were increased in diabetic-CLP mice. Treatment of these mice with insulin reduced serum cytokine levels increased cytokine and cell migration into PeL fluid, and restored neutrophil endocytic capacity and ROS production and NF-kB p65 nuclear translocation in the kidney. These data suggest that insulin modulates cytokine production/release, regulates cellular migration, apoptosis, necrosis and NF-kB p65 nuclear translocation in CLP-induced sepsis in diabetic mice.
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Caracterização sociodemográfica e clínica e variabilidade glicêmica de pacientes com sepse grave e choque séptico internados em uma Unidade de Terapia Intensiva / Sociodemographic and clinical and glycemic variability in patients with severe sepsis and septic shock admitted to an Intensive Care UnitSilveira, Laura Menezes 09 October 2014 (has links)
A sepse é uma patologia que desperta interesse crescente em virtude dos altos índices de morbidade e mortalidade e pelo impacto socioeconômico decorrente dos diversos cuidados dispensados ao paciente acometido pela doença. Pressupõe-se que a implementação de cuidados específicos embasados em diretrizes poderiam ser inseridos, avaliados e difundidos no campo da saúde a fim de se obter diagnóstico precoce com maior efetividade terapêutica, minimizando danos a saúde e aumentando a sobrevida dos pacientes sépticos. Dentre esses cuidados, destaca-se nesse estudo o controle da glicemia durante o quadro séptico e a relação da variabilidade glicêmica com desfecho clínico da doença. O objetivo desse estudo foi traçar o perfil sociodemográfico e clínico e verificar a variabilidade glicêmica dos pacientes com diagnóstico de sepse grave e choque séptico em uma unidade de terapia intensiva (UTI). O método do estudo teve delineamento de abordagem descritiva, exploratório, retrospectivo. Os dados foram obtidos por meio de revisão de prontuários dos pacientes internados em uma UTI para adultos, de um hospital público de cuidados terciários e diagnosticados com sepse grave ou choque séptico no ano de 2012. A variabilidade glicêmica foi avaliada por dois métodos: desvio padrão (DP) e a amplitude média das excursões glicêmicas (MAGE). Foram incluídos no estudo 116 pacientes. A caracterização sociodemográfica e clínica mostrou que a maioria dos pacientes era do sexo masculino (57,8%), com média de idade de 59 anos, 81,9% era da raça branca e 50,9% viviam em união consensual. A comorbidade prevalente foi a hipertensão arterial sistêmica (51,7%) e o tratamento cirúrgico foi a causa mais frequente de internação (55,2%). A maioria apresentou infecção de origem comunitária (66,3%), sendo os fungos leveduriformes os microrganismos mais frequentes (13,7%). A duração média da internação foi de 36,4 (DP = 27,9, mediana=31) dias. A condição dos pacientes ex-tabagistas foi associada ao óbito (p=0,004). Entre os pacientes sobreviventes a análise da glicose corporal média mostrou média de 134,6 mg/d e entre os pacientes não sobreviventes a média foi de 154,8 mg/dl. Dos pacientes não sobreviventes 39,8% apresentaram um episódio de hipoglicemia < 60 mg/dl. A ocorrência de episódios de hipoglicemia e hipoglicemia grave foi mais frequente nos pacientes não sobreviventes. Quando comparados com os pacientes não diabéticos os diabéticos apresentaram maior VG. Este estudo demonstrou características semelhantes a outros que investigaram a população crítica com diagnóstico de sepse grave e choque séptico, mostrou que apesar dos avanços no cuidado a esses pacientes, o número de óbitos continua inaceitavelmente alto. Há necessidade do controle glicêmico no paciente com sepse grave e choque séptico, a fim de evitar grande variabilidade nos valores da glicemia / Sepsis is a condition that arouses increasing interest because of the high morbidity and mortality and the socioeconomic impact of the various treatment provided to patients affected by the disease. It is assumed that the implementation of care grounded in specific guidelines could be inserted, evaluated and disseminated in the health field in order to obtain early diagnosis with greater therapeutic effectiveness while minimizing damage to health and increasing survival of septic patients. Among such care, stands out in this study glycemic control during sepsis and the relationship of glycemic variability with clinical outcome of the disease. The aim of this study was to trace the sociodemographic and clinical profile and verify glycemic variability in patients with severe sepsis and septic shock in the intensive care unit (ICU). The method of the study design was descriptive, exploratory and retrospective approach. The data were obtained through review of medical records of patients admitted to an adult ICU of a public tertiary hospital care and diagnosed with severe sepsis or septic shock in 2012 Glycemic variability was assessed by two methods. Standard deviation (SD) and the mean amplitude of glycemic excursions (MAGE). 116 patients were included in the study. The sociodemographic and clinical characterization showed that most patients were male (57.8%), mean age 59 years, 81.9% were white and 50.9% lived in a consensual union. A prevalent comorbidity was hypertension (51.7%) and surgical treatment was the most frequent cause of hospitalization (55.2%). Most patients with infection of Community origin (66.3%), and the yeast fungi the most frequent microorganisms (13.7%). The mean duration of hospitalization was 36.4 (SD = 27.9, median 31) days. The condition of former smokers was associated with death (p = 0.004). Among the surviving patients the analysis of average body glucose showed a mean 134.6 mg / from non-surviving patients, the mean was 154.8 mg / dl. Of not surviving patients 39.8% had an episode of hypoglycemia <60 mg / dl. The occurrence of hypoglycemia and severe hypoglycemia was more frequent in non-survivors. Compared with nondiabetic patients, diabetics had higher VG. This study showed similar characteristics to others who investigated the critical population with severe sepsis and septic shock, showed that despite the advances in the care of these patients, the number of deaths remains unacceptably high. There is need of glycemic control in patients with severe sepsis and septic shock, in order to avoid large variability in blood glucose values
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O hidrogênio molecular potencializa a hipotermia e previne a hipotensão e a febre durante a inflamação sistêmica induzida por LPS / Molecular hydrogen potentiates hypothermia and prevents hypotension and fever in LPS-induced systemic inflammationEduardo Alves Saramago 29 November 2018 (has links)
O hidrogênio molecular (H2) exerce efeito antioxidante, anti-apoptótico e antiinflamatório. Nesse estudo testamos a hipótese que o H2 modula as mudanças cardiovasculares, inflamatórias e termorregulatórias na inflamação sistêmica (IS) induzida por lipopolissacarídeo (LPS) em diferentes doses (0,1 ou 1,5 mg/kg, intravenoso, induzindo IS moderada ou severa) em ratos machos Wistar (250-300 g). LPS ou salina foi injetada imediatamente antes do início dos 360 minutos de inalação do H2 (2% H2, 21% O2, balanceado com nitrogênio) ou ar ambiente (21% O2, balanceado com nitrogênio). A temperatura corporal (Tc) foi mensurada por datalogger pré-implantados na cavidade peritoneal. O H2 não causou mudança nos parâmetros cardiovasculares, inflamatórios e na Tc dos ratos controle (tratados com salina). Durante a IS moderada o H2 reduziu o surgimento das citocinas pró-inflamatórias no plasma (TNF-? e IL-6) enquanto causou um aumento da IL-10 plasmática (citocina anti-inflamatória) e preveniu a febre. Durante a IS severa o H2 potencializou a hipotermia e preveniu a febre e a hipotensão. Além disso, o H2 causou uma redução no surgimento das citocinas pró-inflamatórias (TNF-? e IL-1? do plasma) e prostaglandina E2 [(PGE2), no plasma e no hipotálamo], e um aumento da IL-10 plasmática. Esses dados são consistentes com o entendimento que o H2 atenua a febre na IS moderada e durante a IS severa potencializa a hipotermia, previne a hipotensão e exerce um efeito antiinflamatório forte o suficiente para prevenir a febre alterando a sinalização febrigênica e alterando a produção hipotalâmica de PGE2 / Molecular hydrogen (H2) exerts anti-oxidative, anti-apoptotic, and anti-inflammatory effects. Here we tested the hypothesis that H2 modulates cardiovascular, inflammatory, and thermoregulatory changes in systemic inflammation (SI) induced by lipopolysaccharide (LPS) at different doses (0.1 or 1.5 mg/kg, intravenously, to induce mild or severe SI) in male Wistar rats (250-300 g). LPS or saline was injected immediately before the beginning of 360- minute inhalation of H2 (2% H2, 21% O2, balanced with nitrogen) or room air (21% O2, balanced with nitrogen). Deep body temperature (Tb) was measured by dataloggers preimplanted in the peritoneal cavity. H2 caused no change in cardiovascular, inflammatory parameters, and Tb of control rats (treated with saline). During mild SI, H2 reduced plasma surges of proinflammatory cytokines (TNF-? and IL-6) while caused an increase in plasma IL-10 (anti-inflammatory cytokine) and prevented fever. During severe SI, H2 potentiated hypothermia, and prevented fever and hypotension. Moreover, H2 caused a reduction in surges of proinflammatory cytokines (plasma TNF-? and IL-1?) and prostaglandin E2 [(PGE2), in plasma and hypothalamus], and an increase in plasma IL-10. These data are consistent with the notion that H2 blunts fever in mild SI, and during severe SI potentiates hypothermia, prevents hypotension and exerts anti-inflammatory effects strong enough to prevent fever by altering febrigenic signaling and ultimately down-modulating hypothalamic PGE2 production
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Diabetes pregestacional y gestacional y su asociación con sufrimiento fetal agudo, taquipnea transitoria del recién nacido, sepsis neonatal y mortalidad neonatal en 2 hospitales de Lima (2000-2015)Palacios Revilla, Cecilia Daniella, Cateriano Alberdi, Maria Paula 10 December 2018 (has links)
Objetivos: El objetivo de este estudio es evaluar la asociación de la diabetes pregestacional y gestacional con las diferentes comorbilidades neonatales, como lo es el desarrollo de sufrimiento fetal agudo, taquipnea transitoria del recién nacido, sepsis neonatal temprana y mortalidad neonatal intrahospitalaria. Asimismo, cuantificaremos la incidencia de diabetes pregestacional y gestacional y la incidencia de las complicaciones neonatales. Métodos: En este estudio retrospectivo analítico tipo cohorte, se evalúo a la poblaciones materno-neonatal con antecedente de diabetes y diabetes gestacionaly las complicaciones neonatales en los años 2000-2015, registrados en el sistema de informática perinatal (SIP 2000) en el Hospital Nacional Dos de Mayo (HNDM) y en el Hospital Docente Madre Niño San Bartolomé (HSB), Lima, Perú. Resultados: Se obtuvo un total de 145 687 gestantes, una incidencia de 0,16% de diabetes pregestacional y 0,46% de diabetes gestacional. El SFA presentó una incidencia de 1,48%, la TTRN 0,51 %, la sepsis neonatal temprana de 2,62% y la mortalidad neonatal intrahospitalaria 0,66%. Se halló que la sepsis neonatal temprana, sufrimiento fetal agudo (SFA) y taquipnea transitoria del recién nacido (TTRN) no se asocian directamente a la diabetes pregestacional y gestacional en esta población. Por otro lado, la presencia de diabetes gestacional, la sepsis neonatal temprana y el sufrimiento fetal agudo sí se vieron asociados al aumento de la mortalidad neonatal intrahospitalaria. Conclusiones: En este estudio se encontró que la diabetes pregestacional presentó una incidencia de 0,16% y la gestacional una incidencia de 0,46%. Las complicaciones neonatales de sufrimiento fetal, taquipnea transitoria del recién nacido y sepsis neonatal temprana no se asociaron a la diabetes en la gestación. La diabetes gestacional, la sepsis neonatal temprana y el sufrimiento fetal agudo sí se vieron asociados a la mortalidad neonatal intrahospitalaria. / Objetives: The purpose of this study is to evaluate the association of pregestational and gestational diabetes and the development of different comorbidities such as fetal distress, transient tachypnea of the newborn, early neonatal sepsis and neonatal mortality. Also, quantify the incidence of pregestational and gestational diabetes and its outcomes. Methods: This retrospective analitic cohort evaluated maternal-perinatal population with a history of diabetes or gestational diabetes and neonatal complications through the years 2000-2015, recorded in the Perinatal Computer System (SIP 2000) of the “Hospital Nacional Dos de Mayo” and ”Hospital Docente Madre Niño San Bartolomé”, Lima, Perú. Results: A total of 145 687 pregnant women were analyzed, with an incidence of 0,16% for pregestational diabetes and an incidence of 0,46% for gestational diabetes. The incidence for fetal distress was 1,48%, 0,51% for transient tachypnea of the newborn, 2,62% for early neonatal sepsis and 0,66% for neonatal mortality. There was no direct association between pregestational and gestational diabetes and the previous outcomes. Conclusions: The incidence for pregestational diabetes in this study was 0,16%, and 0,46% for gestational diabetes. Complications such as fetal distress, transient tachypnea and early neonatal sepsis were not related to diabetes in this particular setting. / Tesis
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Efeito anticatabólico dos derivados de xantina no metabolismo de proteínas em músculos esqueléticos de ratos sépticos: um estudo de microdiálise.Lira, Eduardo Carvalho 20 April 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-04-20 / Introduction: The aim of the present study was to estimate the anticatabolic effect of xanthine derivatives on skeletal muscle protein metabolism from septic rats by using microdialysis. Methods: Sepsis was induced by cecal ligation and puncture (CLP). After 3, 6 and 10 hours of surgery, male Wistar rats (~250g) were anesthetized with thionembutal sodium (50mg/Kg body weight i.p.) and placed on heating pads to maintain adequate temperature (37oC). Microdialysis probe was inserted in the anterior tibial muscle and an equilibration period of 30 minutes was allowed. After connecting the catheter inlet to a microinjection pump, the system was perfused with 0,5% bovine serum albumin, 50 μM tyrosine and 1 mmol/l glucose in isotonic saline at a rate of 1.0 μl/min. Samples of the skeletal muscle interstitial fluid and arterial plasma from carotid artery were collected after 90 minutes of experiment and tyrosine was measured by fluorescence. The interstitial tyrosine concentration was estimated from the dialysate concentration. To calibrate catheters in vivo the internal reference calibration technique was used. The muscle blood flow was estimated by ethanol technique. Overall proteolysis was investigated in extensor digitorus longus (EDL) muscles from sham-operated and 3-hour septic rats (~70g) incubated in the presence or not of IBMX (1mM). Results: In sham-operated and septic rats, skeletal muscle interstitial tyrosine levels (μM) were significantly higher than arterial plasma tyrosine. Three-hour septic rats showed a 33% decrease in muscle blood flow and a 128% increase in the concentration of tyrosine in skeletal muscle interstitial (235 ± 16, n=10), when compared to
sham-operated rats (95,5 ± 5,5, n=10). Interstitial (I) minus arterial (A) plasma tyrosine concentrations difference was also significantly increased after 3 hours of sepsis (117 ± 7 vs. 31 ± 6 in sham-operated, n=10). Pentoxifylline (PTX; 50mg/Kg body weigh, e.v.) treatment, during 1 hour immediately after CLP, reduced in 25% and 50% the interstitial tyrosine concentration and I-A difference, respectively. In situ isobutylmethylxanthine (IBMX; 1mM), but not PTX, reduced the interstitial tyrosine concentration (30-46%) and I-A difference (43-48%) in both groups. The increase of proteolysis induced by sepsis in EDL muscles was abolished by in vitro addition of IBMX (1mM). Conclusions: The data show that: (1) microdialysis is a perfectly adapted tool to investigate in vivo regulation of muscle protein metabolism during acute catabolic states; (2) the catabolic effect of sepsis on rat skeletal muscle protein metabolism in vivo can be observed 3 hours after CLP; (3) the xanthine derivatives reduce the muscle protein catabolism induced by sepsis in rats. / Objetivo: investigar o efeito anticatabólico dos derivados de xantinas no metabolismo de proteínas de ratos sépticos utilizando a técnica de microdiálise. Materiais e métodos: Ratos machos Wistar (~250g) foram anestesiados com tiopental (50mg/Kg, i.p.) e mantidos em mesa cirúrgica aquecida (37°C). A sepse foi induzida pela ligadura e punção do ceco (CLP) e os músculos estudados após 3, 6 e 10 horas da cirurgia. O cateter de microdiálise foi inserido no tibial anterior, o qual foi perfundido a um fluxo constante de 1,0μl/min com solução salina enriquecida com albumina bovina (0,5%), 50 μM de tirosina fria, 1 mmol/l de glicose e [14C]-tirosina. A tirosina foi quantificada por fluorescência no dialisado, sangue arterial e solução de perfusão, após 90 minutos de microdiálise. O cateter foi calibrado in situ pela técnica da referencia interna. O Fluxo Sanguíneo Muscular (FSM) foi avaliado pela técnica do clearance de etanol. A proteólise foi quantificada no extensor digitorus longus (EDL) de ratos (~70g) sham ou sépticos por meio da liberação de tirosina in vitro. Resultados: A concentração intersticial de tirosina foi sempre maior que a concentração arterial. A sepse de 3 horas reduziu em 33% o FSM e aumentou em 127% a concentração intersticial de tirosina (235 ± 16, n=10) em relação ao sham (95 ± 5, n=10). A diferença I-A também foi maior no grupo séptico (117 ± 16 vs. 31 ± 6 no sham, n=10). A infusão sistêmica da pentoxifilina (PTX; 50mg/Kg, e.v.), durante a primeira hora pós-CLP, reduziu em 25% e 50% a concentração intersticial e a diferença I-A de tirosina, respectivamente. O tratamento in situ com isobutil-metil-xantina (IBMX; 1mM), mas não com PTX, reduziu a concentração intersticial (30-46%) e a diferença I-A (43-48%) de tirosina, em ambos os grupos. O aumento da proteólise muscular induzido pela sepse foi abolido pela ação in vitro da IBMX (1mM) que reduziu a proteólise em 41%. Conclusões: os resultados mostram que: (1) a microdiálise é uma técnica perfeitamente adaptada ao estudo do metabolismo de proteínas em situações catabólicas; (2) o modelo da CLP de 3 horas ativa o catabolismo de proteínas em músculos esqueléticos de ratos; (3) As ações sistêmicas, in situ e in vitro dos derivados de xantinas reduzem o catabolismo de proteínas em músculos de ratos sépticos.
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Qualidade de vida de sobreviventes de sepse grave após alta hospitalar: avaliação pelo EQ-5DContrin, Ligia Marcia 26 September 2011 (has links)
Submitted by Fabíola Silva (fabiola.silva@famerp.br) on 2017-04-26T14:08:21Z
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Previous issue date: 2011-09-26 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Background: Sepsis has acquired a great epidemiological importance due to its incidence in the last decade. Particularly long term outcomes are yet unknown. Sepsis continues to increase by 1.5% every year. The mortality rates from sepsis are increasingly high worldwide. The aim of this nested case-control study was to evaluate the quality of life in survivors from severe sepsis with EuroQol-5 Dimensions (EQ-5D) and “Visual Analogue Scale” (EQ-VAS). Methods. This nested case-control study was carried out in patients discharged from a tertiary teaching Hospital after been admitted in the ICU with severe sepsis. From the sepsis registry containing 349 patients, patients who survived and were discharged from the hospital were identified. Each patient with sepsis was considered as a case and the patient who was admitted immediately after was selected as a control as long as they did not have sepsis and survived ICU admission. Fifty patients from each group were eligible to take part in the study. Results: A total of 100 patients were included in the study. The patients in the sepsis group had higher mortality at 1 year (36.5%) compared to the critically ill patients without sepsis in the control group (19.7%) (RR 1.85; 1.07-3.19; p<0.05). Survivor’s mean age at hospitalization was 51.3 years in sepsis group and 52.2 years in the control group. The EQ-5D Index of the control group is 0.678 ± 0.427 in the sepsis group; 0.747 ± 0.327; (p=0.66). Older patients (>60 years old) in the sepsis group had a significantly higher prevalence of moderate to severe problems (levels 2 and 3) in all dimensions. There were no differences in EQ-VAS (79.7 ± 21.1, sepsis group and 72.7 ± 26.2, control group; p=0.19) between respondents from the both groups. A median value of 60 was obtained for septic patients older than 60 years in comparison to 88 obtained for the patients in the control group (p=0.09). Conclusion: After discharge from ICU survivors of sepsis had higher mortality rate than critically ill patients without sepsis. Older patients with sepsis had more moderate and severe problems in all dimensions evaluated for quality of life. / Introdução: Sepse adquiriu uma grande importância epidemiológica em função do aumento da incidência na última década. Resultados a longo prazo ainda são especificamente desconhecidos. A sepse continua a aumentar aproximadamente 1,5% a cada ano, com taxas de mortalidade decorrentes de sepse cada vez mais elevadas em todo o mundo. O objetivo deste estudo caso-controle aninhado foi avaliar a qualidade de vida de pacientes sobreviventes de sepse grave, usando os instrumentos de avaliação EuroQol-5 Dimensions (EQ-5D) e “Visual Analogue Scale” (EQ-VAS). Metodos: Este estudo caso-controle aninhado foi realizado em pacientes que receberam alta de um hospital de ensino, após admissão na UTI com sepse grave. A partir dos registros de sepse contendo 349 pacientes, aqueles que sobreviveram e receberam alta hospitalar foram identificados. Cada paciente com sepse foi considerado como um caso e o paciente admitido imediatamente após a seleção foi relacionado como um caso controle, desde que não tivessem sepse e sobrevivessem à admissão na UTI. Cinquenta pacientes de cada grupo foram registrados para participarem do estudo. Resultados: Um total de 100 pacientes foi incluído no estudo. Os pacientes no grupo sepse tiveram uma mortalidade mais elevada em 1 ano (36,5%) comparados com pacientes críticos, porém, sem sepse no grupo controle (19,7%) (RR 1,85; 1,07-3,19; p<0,05). A média de idade dos sobreviventes, na hospitalização, foi de 51,3 anos no grupo sepse e 52,2 no grupo controle. O índice EQ-5D do grupo sepse é 0,678 ± 0,427 e do grupo controle é 0,747 ± 0,327; (p=0,66). Pacientes mais velhos (>60 anos de idade) no grupo sepse tiveram uma prevalência significativamente maior de problemas de moderados a graves (níveis 2 e 3) em todas as dimensões. Não houve diferenças no EQ-VAS (79,7 ± 21,1 no grupo sepse; 72,7 ± 26,2, grupo controle; (p=0,19)) entre os respondentes de ambos os grupos. Um valor mediano de 60 foi obtido para pacientes sépticos com idade acima de 60 anos, em comparação ao valor mediano de 88 obtido para pacientes no grupo controle (p=0,09). Conclusão: Após receberem alta da UTI, os pacientes que sobreviveram à sepse tiveram uma taxa de mortalidade mais elevada do que os pacientes críticos sem a doença. Pacientes idosos com sepse tiveram problemas variando de moderado a grave em todas as cinco dimensões avaliadas para qualidade de vida.
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Impacto do tratamento precoce guiado por metas sobre a morbidade e mortalidade da sepse grave e do choque séptico em crianças / Impact of early goal-directed therapy on morbidity and mortality of children with severe sepsis and septic shockOliveira, Claudio Flauzino de 06 April 2009 (has links)
Introdução: O fluxograma de tratamento ACCM/PALS objetiva a reversão precoce do choque séptico pediátrico utilizando medidas convencionais. Na evolução destas recomendações, foram adicionadas medidas indiretas do equilíbrio entre oferta e demanda de oxigênio utilizando saturação venosa central de oxigênio (ScvO2 70%), dentro de uma abordagem direcionada a metas. Entretanto, enquanto que estas recomendações adicionadas baseiam-se em evidências de estudos em adultos, a extrapolação para o paciente pediátrico permanece sem validação. Objetivo: O objetivo deste estudo é comparar o fluxograma ACCM/PALS com ou sem terapia guiada pela ScvO2 sobre a morbidade e a mortalidade de crianças com sepse grave e choque séptico. MÉTODOS: Crianças e adolescentes com sepse grave ou choque séptico refratário a volume foram randomizados para receber o tratamento ACCM/PALS com ou sem ressuscitação guiada pela ScvO2. Mortalidade em vinte e oito dias foi o desfecho primário. Resultados: Dos 102 paciente incluídos, 51 receberam tratamento ACCM/PALS guiado pela ScvO2 e 51 receberam tratamento ACCM/PALS sem orientação pela ScvO2. Tratamento guiado pela ScvO2 resultou em menor mortalidade (11,8% vs. 39,2%, p = 0,002), e menor incidência de disfunções orgânicas (p = 0,03). O tratamento guiado pela ScvO2 resultou em mais cristalóide (28 [20-40] vs. 5 [0-20] mL/kg, p < 0,0001), transfusões de hemáceas (45,1% vs. 15,7%, p = 0,002) e suporte inotrópico (29,4% vs. 7,8%, p = 0,01) nas primeiras seis horas. Conclusões: Este estudo reforça o fluxograma ACCM/PALS. Tratamento guiado pela ScvO2 70% possui impacto significativo e aditivo sobre o prognóstico de crianças e adolescentes com choque séptico. / Introduction: ACCM/PALS guidelines address early correction of pediatric septic shock using conventional measures. In the evolution of these recommendations indirect measures of the balance between systemic oxygen delivery and demands using central venous or superior vena cava oxygen saturation (ScvO2 70%) in a goal directed approach have been added. However, while these additional goal-directed endpoints are based on evidenced based adult studies, the extrapolation to the pediatric patient remains unvalidated. Objective: The purpose of this study is to compare ACCM/PALS guidelines performed with and without ScvO2 goal-directed therapy on the morbidity and mortality rate of children with severe sepsis and septic shock. Methods: Children and adolescents with severe sepsis or fluid-refractory septic shock were randomly assigned to ACCM/PALS with, or without ScvO2 goal directed resuscitation. Twenty-eight day mortality was the primary endpoint. Results: Of the 102 enrolled patients, 51 received ACCM/PALS with ScvO2 goal directed therapy and 51 received ACCM/PALS without ScvO2 goal directed therapy. ScvO2 goal directed therapy resulted in less mortality (28-day 11.8 vs. 39.2 percent, p = 0.002), and fewer new organ dysfunctions (p = 0.03). ScvO2 goal directed therapy resulted in more crystalloid (28 [20-40] vs. 5 [0-20] mL/kg, p < 0.0001), blood transfusion (45.1 vs. 15.7 percent, p = 0.002) and inotropic support (29.4 vs. 7.8 percent, p = 0.01) in the first 6 hours. Conclusions: This study supports the current ACCM/PALS guidelines. Goal directed therapy using the endpoint of a ScvO2 70% provides significant and additive impact on the outcome of children and adolescents with septic shock.
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