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Medo e Sofrimento Social: uma anÃlise das narrativas de policiais militares em atendimento clÃnico. / Fear and social suffering: an analysis of narratives of Military Police Officers undergoing mental health treatmentLarissa Jucà de Moraes Sales 31 July 2014 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Este estudo parte da perspectiva subjetiva de policiais militares no que se refere a sua atividade laboral. A pretensÃo à compreender como se estabelece a lÃgica explicativa sobre a atividade fim como parte do adoecimento do sujeito, sendo revelada por estes atores sociais, caracterizados pelos discursos de medicalizaÃÃo, como sujeitos em crise, âdiagnosticadosâ como portadores de doenÃas de cunho psicolÃgico. Para tanto, foi realizado trabalho de campo de sete meses intensivos em uma unidade de tratamento da prÃpria instituiÃÃo militar, o Centro Biopsicossocial da CorporaÃÃo. O acesso a estes sujeitos, bem como parte de seus tratamentos foi privilegiado, neste contexto interacional. Nas categorizaÃÃes simbÃlicas destes sujeitos, parte de seu adoecimento se deve a dois tipos de problemas detectados como constituintes de sua rotina de trabalho, primeiro como problemas que afetam diretamente o corpo do indivÃduo como, em alguns casos, as condiÃÃes de trabalho insalubres, falta de equipamentos de seguranÃa deixando o sujeito exposto ao imprevisÃvel, Ãs escalas de trabalho exaustivas, com horas consecutivas em pÃ, em pelo sol, entre outros. O segundo problema està baseado em violÃncias simbÃlicas que incidem diretamente na mente do indivÃduo, provocando uma dor invisÃvel capaz de gerar sofrimentos, como o assÃdio moral, humilhaÃÃo, abuso de autoridade e as puniÃÃes veladas, este segundo problema à o mais recorrente nas narrativas destes sujeitos. Para estes agentes sociais tais problemas incidem em seus corpos em forma de doenÃas, sendo reverberadas em pressÃo profissional agindo diretamente nos modos de ser e de estar em sociedade. Para alguns, sÃo usadas tambÃm como justificativa para aÃÃes de violÃncia. Como aporte metodolÃgico, parte-se da experiÃncia etnogrÃfica nesse Centro de tratamento sobre a qual foram selecionadas as trajetÃrias de vida de trÃs militares e fragmentos de histÃrias de vida como fontes explicativas dessa problemÃtica. As justificaÃÃes se iniciam pelas condiÃÃes elencadas como propiciadoras de adoecimentos, passando pelo processo de acompanhamento terapÃutico e a adesÃo a grupos religiosos como possibilidade de cura. Em Ãltimo caso destaca-se um dos casos cujo fim trÃgico se configura como suicÃdio. Nesta perspectiva, categorias como humilhaÃÃo, sofrimento e medo sÃo usadas pelo prÃprio indivÃduo e pelos colegas de farda para explicar os seus dramas. Por fim pretende-se compreender como estes sujeitos entendem seu trabalho a partir desta condiÃÃo. / This research builds up from the subjective perspective of Military Police Officers in regards to their working activity. The intention is to understand how to establish an explanatory logic featuring work as a part of the subjectâs illness â as it is revealed by these social actors, characterized by the discourse of medicalization as âsubjects in crisisâ and âdiagnosedâ as carriers of psychological diseases. For such an enterprise, an intensive fieldwork research of seven months was conducted inside one of the military institutionâs treatment unit in Fortaleza, Brazil: the Corporationâs Biopsychosocial Center. Within this interactional context, the access to these subjects and a part of their treatments were selected as the focus. Following these subjectsâ symbolic categories, they attribute a share of their illness to two kinds of problems perceived as constituents of their work routine. First, as problems directly affecting the individualâs body, such as unhealthy working conditions, lack of security equipment leaving the subject vulnerable to the unpredictable, and the exhausting work schedules, with long hours standing on foot under the sun, among others. The second problem is based on the symbolic violence that directly affects an individualâs mind, inflicting an invisible pain capable of generating suffering, such as moral harassment, humiliation, abuse of authority and covert punishment. The second problem is the most recurring in these subjectsâ narratives. For these social agents, such problems affect their bodies in the form of illnesses, which reverberate as professional pressure directly influencing their ways of being in society. For some of them, these illnesses are also used for justifying acts of violence. An ethnographic experience was carried out as a methodological approach inside this treatment Center, from which the life trajectories of three military police officers and fragments of life stories were selected to feature as clarifying sources of this problem. The justifications are initiated by the aforementioned conditions conducive to illness, passing to therapeutic monitoring and concluded by adherence to religious groups as a possible path of cure. Another case to be highlighted is one of tragic outcome, which led to suicide. In this perspective, categories of humiliation, suffering and fear are mobilized by the individuals and their colleagues in uniform to explain their dramas. Ultimately, we aim to promote comprehension of how these subjects understand their work considering this condition.
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Manda quem pode, obedece quem tem juízo : prazer e sofrimento psíquico em cargos de gerênciaAlmeida, Letícia Laurino January 2006 (has links)
O debate envolvendo questões ligadas ao trabalho é alvo de grande interesse no meio acadêmico, tendo se tornado um tema multidisciplinar que apresenta problematizações ainda longe de serem esgotadas. Neste contexto o trabalho dos gerentes surge como um tema vasto à medida que estes profissionais transitam pelo cenário contemporâneo do trabalho, com todos os seus desafios, ao mesmo tempo em que vivenciam as contradições de uma posição que lhes permite mandar e lhes exige obedecer. Desta forma esta pesquisa, que tem caráter qualitativo, aborda o tema do prazer e do sofrimento psíquico presentes no trabalho desta categoria, despindo o cargo de gerente do glamour que reveste as posições de comando e dando-lhe voz para falar sobre o conteúdo do seu trabalho, sobre as relações que atravessam sua rotina profissional e sobre o papel que o trabalho desempenha em suas vidas. Os resultados apontam uma grande demanda por autonomia e reconhecimento, o ressentimento pelo tempo em demasia dedicado ao trabalho e, conseqüentemente, o desequilíbrio entre a vida pessoal e profissional e chamam a atenção pela importância das relações interpessoais no trabalho como um fator capaz de fazê-lo pender para uma vivência positiva ou negativa. / The debate regarding working questions is one of a great interest in the academic environment, turned into a multidisciplinary theme that brings issues still far from being solved. In this context the managers’ work rise like a vast theme once these professionals are inserted in the contemporary work scenario, with all its challenges, and at the same time experience the contradictions of a position that allows them to order, but also requires them to obey. Thus this research, a qualitative one, approaches the theme of psychic suffering and pleasure present in this group’s work, putting aside the glamour that covers command positions and giving them voice to talk about their work contents, about the relations involved in their professional routine and about the role that work represents in their life. The results indicate a great demand for autonomy and recognition, the resentment for the too much time dedicated to work and, as a consequence, the unbalance between personal and professional life, and call the attention for the importance of the interpersonal relations at work as a factor that can make it tend to a negative or a positive experience.
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Compreendendo o Sofrimento Decorrente do Trabalho nos Motoboys de Fortaleza-CEAndressa Alencar Gondim 13 March 2009 (has links)
FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico / O trabalho dos motoboys tem ganhado espaÃo na contemporaneidade pela agilidade desses profissionais em realizar serviÃos em tempo reduzido â o que os torna indispensÃveis quando deles se necessita. Em contrapartida, esses trabalhadores sÃo rotulados de irresponsÃveis em virtude dos riscos a que se expÃem. Por isso, tÃm uma imagem negativa para a maioria dos atores do trÃnsito. Considerando, pois, que os motoboys se encontram sob condiÃÃes laborais precarizadas, trabalhando na informalidade e submetendo-se a riscos constantes, o presente estudo buscou compreender a relaÃÃo entre essa situaÃÃo de precarizaÃÃo laboral vivenciada por esses profissionais e os riscos de acidentes e de violÃncia a que estÃo expostos, assim como as conseqÃÃncias desse cenÃrio para esses trabalhadores e as estratÃgias que desenvolvem para permanecer na ocupaÃÃo. Para isso, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com cinco motoboys de Fortaleza (CE), seguindo o paradigma qualitativo. Posteriormente, os dados foram analisados a partir da AnÃlise de ConteÃdo TemÃtica. Foi possÃvel perceber que a organizaÃÃo do trabalho està diretamente relacionada aos riscos a que os motoboys estÃo submetidos em seu cotidiano. Essa organizaÃÃo laboral provoca um aumento de pressÃo sobre esses profissionais, jà que, visando à reduÃÃo de tempo na realizaÃÃo das atividades, faz com que os trabalhadores conduzam suas motocicletas em velocidade elevada, muitas vezes infringindo as leis de trÃnsito. O trabalho por produÃÃo, uma vez que nÃo hà salÃrio fixo, tambÃm à outro fator que potencializa os riscos de acidentes no trabalho dos motoboys, que aceleram suas motos para aumentar a renda e garantir a subsistÃncia. A violÃncia urbana à outro relevante elemento de risco para os motoboys, causando-lhes medo e obrigando-os a desenvolverem estratÃgias de defesa para continuarem na profissÃo. / Contemporaneously, motorcycle delivery workers â also known as motoboys â have become popular due to their capacity of accomplishing tasks in a short period of time. Nonetheless, because of the risks the motoboys accept to take, they have been labeled as irresponsible riders by drivers and pedestrians. Hence considering that this group is formed by subcontracted workers who have to perform their job under dangerous circumstances, the present study aimed to research the link between the labor precarization experienced by the motoboys and the accident/violence risks theyâre subject to. Their strategies to remain employed as well as the consequences of this relation were also discussed. Semi-structured interviews were undertaken with five motoboys from Fortaleza-CE, adopting the qualitative paradigm. The interviews were analyzed using thematic content analysis, methodology through which we came to understand that the job demands are directly related to the risks the motoboys are subject to on a regular basis. Since they need to optimize their time, trying to perform as much tasks as they can, in the shortest period of time possible, it turns out that they work under pressure and eventually violate traffic laws. The fact that they have no stable salary and that their income is proportional to their production is also another factor that increases the potential risks of work accidents. Urban violence is another important risk element against the motoboys, causing them to fear their work and forcing them to adopt defense strategies to remain on the job.
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O significado do sofrimento do paciente oncológico: narrativas dos profissionais de saúde / The meaning of suffering to an oncology patient: health professionals declarations.Maria Helena Pinto 07 February 2003 (has links)
Este estudo teve o propósito de compreender como os profissionais de saúde constroem o significado do sofrimento do paciente oncológico, segundo suas experiências. A investigação foi desenvolvida segundo as propostas da antropologia interpretativa de Clifford Geertz, a antropologia médica de Arthur Kleinman e no conceito de sofrimento de Morse. A amostra constou de doze profissionais, membros da equipe interdisciplinar que atuam com pacientes oncológicos. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semi - estruturadas e de observações participantes, no contexto sociocultural hospitalar. A análise dos dados foi realizada segundo os pressupostos referencial metodológico de narrativas. Com as experiências relatadas pelos informantes foi possível compreender que os significados do sofrimento do paciente oncológico são construídos segundo os sistemas de cuidado cultural profissional e não profissional. O estudo levou a compreensão de que a experiência de sofrimento do paciente pelos profissionais leva a construção de significados comuns, integrados em temas que destacam a empatia, a emoção, o conflito, a individualização dos papéis, as estratégias de intervenção e que estão embasados nos conhecimentos culturais dos profissionais. / The purpose of this study was to understand how health professionals construct the meaning of oncology patients suffering based on their experiences. The research was conducted according to the Clifford Geertz proposal of interpretative anthropology and Arthur Kleinman medical anthropology and Morse?s suffering model. The sample was formed by twelve professionals, members of an interdisciplinary team that work with oncology patients. Data were collected through semi-structured interviews and participant observation at a hospital socio-cultural context. Data analysis was performed according to the presuppositions of the narrative method. Based on the experiences of suffering reported by the professionals, the author understood that the meanings of suffering to the oncology patients are constructed according to the professional and non-professional cultural care systems. The author concluded that the experience of suffering results in common meanings, integrated in themes such as empathy, emotion, conflict, role individualization, intervention strategies and that they are based on the professionals? cultural knowledge.
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O discurso da depressão: quando dizer é sofrer / The discourse of depression: when saying is sufferingDulce Ricciardi Coppedê 12 December 2016 (has links)
A depressão é a categoria psicopatológica que expressa, de forma privilegiada, o sofrimento psíquico na atualidade, adquirindo estatuto de epidemia. Examinamos a depressão enquanto objeto de discurso em nossa cultura, a partir de diversas ordens discursivas médica, religiosa, econômica, psicanalítica, socioantropológica e investigamos como esses discursos se singularizam produzindo efeitos clínicos e discursivos naqueles que, a seu modo, o reproduzem. Partimos da hipótese de que o discurso constitui, condiciona, altera e determina a própria experiência de sofrimento. Baseando-nos na psicanálise de Lacan e em sua acepção de sujeito, nossa proposta é a de verificar efeitos de indução e modalização sintomáticas produzidos pela exposição ao discurso da depressão. Analisamos um conjunto de sete relatos, obtidos através de entrevistas semidirigidas, nas quais a presença do significante depressão apresentava-se prevalente para a designação do sofrimento. Nossos achados apontam para a existência de marcas discursivas que se repetem nos relatos analisados, a despeito da diversidade e heterogeneidade de experiências compreendidas em cada um deles. O significante depressão se articula intradiscursivamente e interdiscursivamente, recuperando incidências históricas heterogêneas e descontínuas pelas quais efeitos transformativos são descritos. Conclui-se que há uma absorção identificatória do discurso da depressão em nossa cultura, passando a constituir, ele mesmo, uma catacrese ou seja, uma metáfora já absorvida ao uso comum da língua, de emprego tão corrente que há pouca equivocação semântica em jogo no seu uso. Nesse sentido, depressão é termo que praticamente supre a falta de palavras específicas para designar um sofrimento que resiste à nomeação e faz convergir discursos de diferentes procedências: saúde, trabalho, desejo e religião. Esse resultado é compatível com o estatuto criacionista do significante, bem como o estatuto performativo do ato diagnóstico, além dos efeitos de autoconfirmação clínica dos sintomas / Depression is the psychopathological category that expresses, in a privileged way, the psychic suffering nowadays, acquiring epidemic status. In this work, we examine depression as an object of discourse in our culture, from different discursive orders - medical, religious, economic, psychoanalytic, and social-anthropological - and we investigate how these discourses singularize themselves producing clinical and discursive effects upon those who, in their way, reproduce them. Our hypothesis is that speech constitutes, conditions, changes and determines the very experience of suffering. Based on Lacans psychoanalysis and on his conception of the subject, the proposal is to verify symptomatic induction and modalization effects produced by the exposure to the discourse of depression. We analyze a set of seven reports, obtained through semi-structured interviews, in which the presence of the significant \"depression\" became prevalent for the appointment of suffering. Our findings pointed to the existence of discursive marks that repeat themselves in the analyzed reports, despite the diversity and heterogeneity of the experiences comprised in each of them. The significant \"depression\" is articulated intra-discoursively and inter-discoursively, recovering heterogeneous and discontinuous historical incidences through which transformative effects are described. The conclusion is that there is an identificatory absorption of the discourse of depression in our culture, passing itself to constitute a catachresis that is, a metaphor already absorbed in the common use of language, an employment so current there is little semantic equivocation at stake in its use. In this sense, \"depression\" is a term that almost makes up for the lack of specific words for suffering that resists the appointment and converges speeches from different sources: health, work, desire and religion. This result is consistent with the creationist status of the signifier and the performative status of the diagnostic act, in addition to the effects of clinical auto-commitment of symptoms
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Imagens da infância e da adolescência em Otto Lara Resende / Images of the childhood and of the adolescence in Otto Lara ResendeJuarez Donizete Ambires 04 June 2007 (has links)
O presente ensaio trata de um resgate do tema \"imagens da infância e da adolescência em Otto Lara Resende\". Para tanto, no cinqüentenário de seu lançamento, destacamos Boca do inferno, segundo livro da obra do autor mineiro. Composto de sete contos, ele o livro - torna-se nosso substrato para a apreensão da vida de um grupo de crianças e adolescentes marcados pela dor. Nas imagens que se oferecem, intimismo, introspecção, recôndito definem um estilo. No trato da mesma infância, o pacto romântico se quebra. Crianças e adolescentes recebem o mal e estão aptos (alguns deles) a praticá-lo e de modo competente. No menos explícito das cenas, a estrutura familiar em suas falhas se evidencia. O masculino que brutaliza também recebe especial atenção. A voz solidária aos que sofrem oculta-se na ação do narrador. / This essay rescues the theme \"Images of the Childhood and of the Adolescence in Otto Lara Resende\". In order to do that, when we celebrate fifty years after it was published, we draw the attention to Boca do Inferno (Hell\'s mouth), second book of the work of the author from the Brazilian state of Minas Gerais. Made up of seven short stories, it becomes our basis for the understanding of the life of a group of children and adolescents tainted by pain. In the images that are offered, intimism, instrospection, recondite define a style. In the way the author creates the circumstances of the same childhood, the romantic pact is broken. Children and adolescents receive the evil and are apt (some of them) to practice it in a very competent way. The evidence of the failure of the family structure is implicit in the scenes. The masculine that brutalizes also receives special attention. The voice that is sympathetic to those who suffer is in between the lines of the narrator.
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Construção de uma escala dedor utilizando estimativas de magnitude / Scaling of pain using themagnitude estimation methodSâmia Aguiar Brandão Simurro 13 December 1999 (has links)
Conceitos e fenômenos subjetivos, como a dor, sempre foram difíceis de serem medidos com precisão. A metodologia psicofísica, especialmente os procedimentos de estimativa de magnitude desenvolvidos por S.S. Stevens (1950), tem contribuído para o desenvolvimento de técnicas, para a criação de instrumentos, para escalonar fenômenos subjetivos. O objetivo do trabalho foi de construir uma escala psicofísica de medida da dor, utilizando julgamentos subjetivos de dor provocada por diferentes eventos. O trabalho foi realizado com 40 sujeitos adultos (30 mulheres e 10 homens) com idades entre 20 e 79 anos, para o grupo experimental e com 24 sujeitos do grupo controle com características de sexo, faixa etárias, estado conjugal e escolaridades semelhantes às do grupo experimental. Todos os sujeitos do grupo experimental eram doentes com dor crônica que se encontrava em tratamento, no ambulatório de dor da Clínica Neurológica do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Investigou-se a concordância dos julgamentos obtidos entre o grupo experimental (com dor) e o controle (sem dor), procurando-se averiguar se existe ou não concordâncias entre os grupos, no que diz respeito à forma de avaliação da dor. Os dados coletados foram obtidos mediante entrevistas individuais, em que os sujeitos faziam julgamentos da magnitude de cada evento doloroso apresentado. Para obter uma escala objetiva de dor, utilizou-se de três listas com três conjuntos distintos de eventos dolorosos: dores do cotidiano (dor de cabeça, dor nas costas, etc.), dores por doenças físicas (lombalgia, câncer, etc.), dores por eventos dolorosos de vida ou eventos psicossociais (morte de filho, diagnóstico grave, perda de emprego, etc.). A partir dessas estimativas da sensação da dor, procurou-se encontrar a magnitude física da dor estimada, aplicando-se a função de Stevens (S=kIn). Os resultados permitiram observar que existe coerência entre os sujeitos desta população, nos julgamentos da magnitude do fenômeno doloroso, sendo possível se construir uma escala geral de dor a partir desses julgamentos. O conjunto de dores no qual houve maior correlação foi o de dores do cotidiano. Trata-se de situações que a maioria das pessoas conhece e já experienciou, encontrando, portanto, maior facilidade para dimensionar e estimar a magnitude. Por serem as dores do cotidiano, situações já vivenciadas, acredita-se que estas formam o conjunto de dores mais confiáveis para serem utilizadas numa escala geral de dor. / Concepts and subjective phenomena such as pain have always been difficult to measure accurately. The psychophysical methodology, mainly the magnitude estimation method developed by S.S. Stevens (1950), provides techniques for the development of precise scaling instruments for subjective phenomena. The present study intends to build a tool for the measure of pain using the psychophysical method of subjective magnitude estimation. Forty subjects (30 women and 10 men) with ages between 20 and 79 years were selected for the experimental group and twenty-four subjects with similar characteristics (sex, age, education and marital status) for the control group. Subjects from the experimental group were under treatment in the Pain Clinic of the University of São Paulo (Clínica Neurológica do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo). The differences between the judgements made by the experimental group (with pain) and the judgements made by the control group (without pain) were studied in order to investigate if those groups had different ways of estimating the pain aroused by different painful situations. Data was collected individually by means of written forms. Three different forms were used for each subject containing three different sets of painful situations grouped as follows: pain due to common situations (headache, back pain, a.s.o.); pain due to severe illness (back pain, cancer, a.s.o); pain aroused by emotional or psychosocial situations (death of the son/daughter, diagnostic of severe illness, lost of the job, a.s.o.). From these judgement, the physical magnitude of the pain was calculated using the reverse of the psychophysical function of S. S. Stevens (S=kIn). The results demonstrated that there is agreement between the magnitude judgements of pain by both groups, making it possible to construct a pain-measuring tool by this means. Highest correlation was obtained for pain due to common situations (r=0,896), probably because most of the subjects had experienced these situations before and could give an accurate estimation of the aroused pain. It is concluded, that a pain-measuring tool should use these kind of painful situations as references for the pain felt by the patients.
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Representações sociais de pacientes psiquiátricos sobre a loucura, a internação e o sofrer psíquico: a triste passagem e a triste paisagem / Social Representations of psychiatric patients on their insanity, internment and psyche suffering: the sad journey of the sad sceneryMaria Alice Ornellas Pereira 18 April 1997 (has links)
O objetivo deste trabalho foi identificar as Representações Sociais de pacientes psiquiátricos, sobre suas situações de vida após convívio com a loucura, a internação e o sofrer psíquico. A partir de uma abordagem qualitativa de pesquisa, utilizei a técnica de História de Vida para entrevistar individualmente quatro pacientes (mulheres) internadas no hospital psiquiátrico. Construí os procedimentos teórico-metodológicos desta pesquisa, através da observação, da realização de entrevistas abertas não diretivas, enriquecidas com o uso de Técnica Projetiva (o desenho-estória livre e com tema) e de consulta feita nos prontuários. Utilizei a Análise Temática para analisar os dados, constatando que as pacientes constroem conhecimentos acerca da loucura. Deste modo, pude identificar as Representações Sociais que se constituem em sistemas de pensamentos organizados em verdadeiras teorias psicopatológicas, que se articulam ao redor de concepções sobre a loucura e suas conseqüências. As pacientes, através de vivências concretas, elaboraram teorias que denotam seus difíceis percursos de vida os quais conduziram-nas à condição de doentes mentais. A expressão a triste passagem, a triste paisagem, utilizada por uma paciente, sujeito da pesquisa, traduz o drama daqueles que passaram pela sofrida experiência da loucura, que foram submetidos ao tratamento psiquiátrico e que, conseqüentemente, tiveram longas internações. / This study aimed to identify the Social Representations of psychiatric patients on their circumstances of life after being familiar with insanity, internment and psyche suffering. From a qualitative approach of research, i applied the technique of Life History to interview four female patients interned in a Psychiatric Hospital separately. I made the methodologicaltheoretical procedures of this research through observation, non-directive open interviews enriched with the application of prospective techique (free historydrawing and thematic drawing) and consultation in the reports. I applied the thematic analysys to analyze the data confirming that the patients build up certain knowledge about their insanity. In this way, I could identify the Social Representations which are made in methods of thinking organized in true psycho-pathological theories which are combined with conceptions about insanity and its consequences. Through real grasp of life experience the patients developed theories denoting their difficult ways of life which led them to the status of mentally sick people. The saying the sad journey, the sad scenery used by a patient in this study puts in lay terms the tragedy of those who went through the hard experience of insanity, who underwent psychiatric treatment and therefore had lengthy internments.
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The noble path of socially-engaged pedagogy: connecting teaching and learning with personal and societal well-beingMcLeod, Clay 11 1900 (has links)
This thesis is an articulation of how the principles of socially-engaged Buddhism, a
spiritual practice rooted in the teachings of the historical Buddha that integrates Buddhist
practice and social activism, can enrich and enhance contemporary educational practice.
It discusses Buddhist epistemology, metaphysics, ontology, psychology, ethics, and
practice and relates these things to holistic education, critical pedagogy, SEL, and global
education. On the basis of the theoretical understanding represented by that discussion, it
articulates several theoretical principles that can be practically applied to the practice of
teaching and learning to make it resonate with the theory and approach of sociallyengaged
Buddhism. In integrating the implications of Buddhist teachings and practices
with teaching and learning practice, it draws from bell hooks’ notion of “engaged
pedagogy” in order to articulate a transformational, liberatory, and progressive approach
to teaching called “socially-engaged pedagogy.” Socially-engaged pedagogy represents
the notion that teaching and learning can be a practical site for progressive social action
designed to address the real problem of suffering, both in the present and in the future, as
it manifests in the world, exemplified by stress, illness, violence, war, discrimination,
oppression, exploitation, poverty, marginalization, and ecological degradation. / Education, Faculty of (Okanagan) / Graduate
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The role of the Holy Spirit in Christian suffering with reference to Paul's experience of suffering and to Korean church suffering, 1910-1953.Jang, Kwang Jin 09 January 2008 (has links)
This research has focused on the role of the Holy Spirit in Christian suffering. A broad concept of suffering is excluded in the study. Of particular concern to this research is suffering for the sake of Jesus Christ. Methods employed in the study are: 1) Narrative approach, an approach that allows the narratives to tell their story for the benefit of the Christian community and Christian believers. Stories and testimonies are viewed as valuable resources for the development of discussion on this subject matter. 2) Dialogical approach, the approach in which the biblical text, contemporary context, and contemporary theologian's reflections are brought into dialogue to achieve a theological understanding. 3) Synthesis, a way in which biblical data from the investigation on the subject and contemporary church context are incorporated and synthesized to propound an understanding of the role of the Holy Spirit in Christian suffering. The second chapter examines the role of the Holy Spirit in Christian suffering by surveying the testimony of the biblical documents of Old Testament prophets and of the New Testament, excluding the Pauline epistles. The third chapter examines the topic according to Paul's personal testimony and his teachings on the Spirit's role in Christian suffering. The fourth chapter examines the topic from a survey of the testimony of the Korean church and Christians. In the fifth chapter, this study has presented some crucial findings of the role of the Holy Spirit in Christian suffering in terms of a synthesis of the testimony of the biblical documents, especially the testimony in Pauline literature, and the testimony of the Korean church, brought into dialogue with contemporary pneumatologies. In this, the topic is discussed in four categories: individual setting, individual and church setting, church setting, and community/society setting. / Dr. M.S. Clark
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