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A VIOLÊNCIA CONTRA MULHER COMO FATOR DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DO TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO / Violence against women as a risk factor for the development of Post Traumatic Stress Disorder.

Souza, Celia Mendes de 17 May 2017 (has links)
Submitted by Noeme Timbo (noeme.timbo@metodista.br) on 2017-06-01T18:55:08Z No. of bitstreams: 1 Celia Mendes de Sousa.pdf: 1112765 bytes, checksum: c120510735266288b8fb36111eeaa8ce (MD5) / Made available in DSpace on 2017-06-01T18:55:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Celia Mendes de Sousa.pdf: 1112765 bytes, checksum: c120510735266288b8fb36111eeaa8ce (MD5) Previous issue date: 2017-05-17 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This study aimed to investigate violence against women as a risk factor for the development of Post Traumatic Stress Disorder (PTSD) and its associations with the psychodynamics of these subjects. The participants were five women, aged over 18 years, victims of violence and attended at a Reference and Support Center for Women in the metropolitan region of São Paulo. At first, a questionnaire was used to collect sociodemographic data, past history of the subject and crime (violence suffered). The other instruments used were: the Childhood Trauma Questionnaire (QUESI), the Traumatic Stress Symptom Screening Instrument (Portuguese version of the Screen for Posttraumatic Stress Symptoms - SPTSS) And the Thematic Apperception Test. For the development of the present study the qualitative descriptive combined with a quantitative analysis was carried out as a research method, based on the data obtained in the questionnaire and the scale. The results indicate that four of the five participants present symptoms compatible with the disorder, confirming the hypothesis that the violence committed against women contributes to the development of symptoms related to Post Traumatic Stress Disorder, evidencing itself as one of the risk factors For the occurrence of the disorder. The experience of the situation of violence in a chronic and / or prolonged way appears as aggravating in the appearance and maintenance of the symptoms; On the other hand, social support, favorable family history and perception of aggression as violence and crime are considered as protective factors in this condition. / Este estudo teve como objetivo investigar a violência contra a mulher como fator de risco para o desenvolvimento do Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) e suas associações com a psicodinâmica destes sujeitos. Os participantes foram cinco mulheres, com idade acima de 18 anos, vítimas de violência e atendidas em um Centro de Referência e Apoio à Mulher da região metropolitana de São Paulo. Num primeiro momento foi aplicado um questionário para coleta de dados sociodemográficos, história passada do sujeito e o crime (violência sofrida). Os demais instrumentos utilizados foram: o Childhood Trauma Questionnaire (Questionário Sobre Traumas na Infância (QUESI) – tradução para o português), o Instrumento de Rastreio para Sintomas de Estresse Pós-Traumático (versão em português do Screen for Posttraumatic Stress Symptoms – SPTSS) e o Teste de Apercepção Temática. Para o desenvolvimento do presente estudo adotou-se como método de pesquisa o descritivo-qualitativo combinado a uma análise quantitativa, realizada a partir dos dados obtidos no questionário e na escala. Os resultados apontam que quatro das cinco participantes apresentam sintomas compatíveis com o transtorno, confirmando a hipótese de que a violência cometida contra a mulher contribui para o desenvolvimento de sintomas relativos ao Transtorno de Estresse Pós-Traumático, evidenciando-se como um dos fatores de risco para a ocorrência do transtorno. A vivência da situação de violência de forma crônica e/ou prolongada aparece como agravante no surgimento e manutenção dos sintomas; por outro lado, o apoio social, histórico familiar favorável e percepção das agressões enquanto violência e crime são tidos como fatores protetivos nesta condição.
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Estudo de efetividade de intervenção psicológica de apoio na prevenção de sintomas de Transtorno de Estresse Pós-Traumático em pacientes submetidos à sedação e internados em Unidade de Terapia Intensiva / Effectiveness study of support psychological intervention in the prevention of Posttraumatic Stress Disorder in intensive care unit sedated patients

Caiuby, Andrea Vannini Santesso [UNIFESP] 25 August 2010 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-07-22T20:50:08Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2010-08-25. Added 1 bitstream(s) on 2015-08-11T03:26:26Z : No. of bitstreams: 1 Publico-301.pdf: 567906 bytes, checksum: 6cfd080470547890d2fe14fae851a1fa (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Objetivo: avaliar a efetividade de intervenção psicológica de apoio na prevenção de Transtorno de Estresse Pós-traumático (TEPT) em pacientes sedados e internados em Unidade de terapia intensiva (UTI). Método: ensaio clínico randomizado (grupo intervenção - GI e controle - GC). Foram alocados pacientes adultos em UTI geral, sedados, por mais de 24 horas, e com memórias ilusórias. A intervenção psicológica de apoio fundamentou-se na teoria psicodinâmica com técnicas cognitivocomportamental, sendo aplicada em UTI. Foram coletados: dados demográficos, histórico clínico prévio à internação, eventos traumáticos primários, dados da atual internação. Após o retorno da consciência, os instrumentos de avaliação foram: Intensive Care Unit Memory Tool e a Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS) - tempo 1 (após a alta da UTI); Impact Event Scale – Revised (IES-R), Bond´s Defense Style Questionnaire e HADS- tempo 2 (12 semanas após o retorno da consciência) e tempo 3 (24 semanas após o retorno da consciência). Resultados: a amostra contou com 11 pacientes no GI e 10 no GC. Os grupos apresentaram diferença significante quanto ao uso de ansiolítico na UTI (p=0,01), bem como aos mecanismos de defesas: inibição (p=0,01), onipotência (p=0,04), formação reativa (p=0,02), negação (p=0,007), isolamento (p=0,04) e anulação (p=0,001). A análise do efeito destas variáveis no resultado da IES no tempo 3 mostrou que apenas a variável onipotência interferiu nos resultados, sendo o grupo intervenção aquele que apresentou média superior. Conclusões: a intervenção psicológica não foi efetiva ao final dos seis meses, não procedendo a indicação desta, no contexto específico de UTI. Vale ressaltar que o possível caráter ansiogênico da intervenção administrada é variante importante na compreensão do resultado, bem como o mecanismo de defesa onipotência demonstrou ser um fator de proteção ao desenvolvimento da sintomatologia de TEPT. Portanto, novas propostas de estudo de efetividade de intervenção psicológica em UTI na prevenção de TEPT devem considerar as configurações dos fenômenos psicológicos diante da complexidade de variáveis atuantes em contexto clínico específico. / Goal: To evaluate the effectiveness of support psychological intervention in the prevention of Posttraumatic Stress Disorder (PTSD) in intensive care unit (ICU) sedated patients. Method: Randomized controlled clinical trial (treatment group – G1 and control group – G2). Adult sedated patients in ICU for more than 24 hours and with a history of delusional memories were allocated. The psychological support intervention was based on psychodynamic theory and on cognitive-behavioral techniques, being administered in the ICU. Date regarding the demographic profile, clinical history before commitment, primary traumatic events and actual commitment of patients were collected. After the return of consciousness, the following assessment tools were administered: Care Unit Memory Tool and the Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS) – time 1 (after ICU discharge); Impact Event Scale – Revised (IES-R), Bond´s Defense Style Questionnaire and HADS – time 2 (12 weeks after the return of consciousness) and in time 3 (24 weeks after the return of consciousness). Results: The sample was constituted of 11 patients in G1 and 10 patients in G2. Significant differences between groups were found in regard to the use of anxiolytic in the ICU (p=0.01) and to the intensity of some defensive mechanisms: inhibition (p=0.01), omnipotence (p=0.04) and annulation (p=0.001). The analysis regarding the effects of these variables in the results of the IES in time 3 showed that only omnipotence interfered and treatment group displayed superior means. Conclusion: The psychological intervention was not effective at the end of six months, therefore the indication of such intervention in the context of ICU is not recommended. It is worth of note that the anxiogenic character of the administered intervention is an important variable in the understanding of results and the defense omnipotence is regarded as a protective factor for the development of PTSD symptomatology. Therefore, new studies related to the effectiveness of psychological intervention in ICU for the prevention of PTSD must consider the configuration of psychological phenomenon taking into account the complexity of variables affecting specific clinical contexts. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Indicadores psicológicos e comportamentais na perícia de crianças com suspeita de abuso sexual

Schaefer, Luiziana Souto January 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-30T14:06:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000467090-Texto+Parcial-0.pdf: 720773 bytes, checksum: aef79a62304812380b000df0c31e38bd (MD5) Previous issue date: 2014 / The processes of investigation and production of evidence in cases of suspected sexual abuse are complex, given the frequent absence of eye witnesses and physical and biological signs, as well as the possibility of false allegations. Thus, a set of techniques and tools is required for assessing the child or adolescent with suspected sexual abuse, providing professionals with valid investigative resources for identifying abusive situations as well as their impact on the health of victims. The aim of this study was to assess psychological and behavioral indicators in forensic assessment of children with suspected sexual abuse. The thesis is divided into four studies, two theoretical and two empirical. Theoretical Study 1, entitled “Forensic psychological examination in child and adolescent sexual abuse”, reviewed the role of forensic psychological assessment in sexual molestation of children and adolescents. Theoretical Study 2, named “Post-traumatic reactions in children: How, why and which aspects assess?”, discussed the clinical assessment of posttraumatic reactions in children and adolescents exposed to traumatic events, including issues related to symptom manifestation, long-term consequences and availability of assessment instruments. Empirical Study 1 investigated the use of psychological and behavioral indicators in forensic assessment of children with suspected sexual abuse. Empirical Study 2 aimed to identify factors associated with the development of posttraumatic stress symptoms in child and adolescent victims of maltreatment. The set of theoretical and empirical studies indicate that (1) forensic psychological assessment should integrate different sources of information and indicators, for some of the latter may be contradictory or nonspecific; (2) the early assessment of posttraumatic reactions is key for detecting risk factors and indicating different interventions, serving as a source of secondary prevention; (3) assessment of sexual concerns should be included, among other indicators, in forensic procedures for children with suspected sexual abuse; and (4) investigation of posttraumatic cognitions should be included in assessment protocols of posttraumatic symptoms, even for children exposed to recurrent trauma, as is the case in sexual abuse and other situations of maltreatment. Therefore, the findings of this study comprehensively indicate the need for caution when considering the high individual variability in reactions associated with sexual abuse. Although there is no single symptom framework for characterizing victims, it is pertinent to assess physical, emotional and behavioral alterations triggered or aggravated by abusive events, as well as the child report and familiar and social contexts. Thus, utilizing multiple indicators and information sources may increment forensic evidence by adding conviction elements to accept or reject hypotheses, minimizing the occurrence of both false-positive and false-negative errors. / A investigação e a produção de prova em casos de suspeita de abuso sexual são processos complexos, tanto pela frequente ausência de testemunhas oculares, vestígios físicos e biológicos, como pela possibilidade de falsas denúncias. Assim, um conjunto de técnicas e instrumentos precisa ser empregado na avaliação da criança ou do adolescente supostamente vítimas de abuso sexual, munindo os profissionais de recursos investigativos válidos para a identificação da situação abusiva, bem como o seu impacto na saúde das vítimas. O objetivo geral deste trabalho foi avaliar indicadores psicológicos e comportamentais na perícia de crianças com suspeita de abuso sexual. A tese de doutorado está organizada em quatro estudos, sendo dois teóricos e dois empíricos. O Estudo Teórico 1 intitulado “Perícia psicológica no abuso sexual de crianças e adolescentes” revisou o papel da perícia psicológica no abuso sexual infanto-juvenil. O Estudo Teórico 2 denominado “Reações pós-traumáticas em crianças: Como, por que e quais aspectos avaliar?” discutiu a avaliação clínica das reações pós-traumáticas em crianças e adolescentes expostos a situações traumáticas, incluindo questões relacionadas à manifestação dos sintomas, às consequências a longo prazo e aos instrumentos de avaliação disponíveis. O Estudo Empírico 1 avaliou indicadores psicológicos e comportamentais na perícia de crianças com suspeita de abuso sexual. O Estudo Empírico 2 identificou fatores associados com o desenvolvimento de sintomas de estresse pós-traumático em crianças e adolescentes vítimas de maus-tratos.O conjunto de estudos teóricos e empíricos aponta para: (1) a avaliação psicológica no contexto forense deve integrar diferentes fontes de informação e indicadores, já que alguns destes são contraditórios e inespecíficos; (2) a avaliação precoce das reações pós-traumáticas é fundamental para a detecção de fatores de risco e indicação de diferentes intervenções, servindo como fonte de prevenção secundária; (3) a avaliação da presença de preocupações sexuais deve ser incluída, entre outros indicadores, nos procedimentos periciais de crianças com suspeita de abuso sexual; e (4) a investigação das cognições pós-traumáticas deve ser incluída nos protocolos de avaliação de sintomatologia pós-traumática, mesmo em crianças expostas a traumas recorrentes, como é o caso do abuso sexual e outras situações de maus-tratos. De uma forma global, os achados do presente estudo indicam a necessidade de cautela ao se considerar a elevada variabilidade individual nas reações associadas ao abuso sexual. Ainda que não haja um quadro sintomatológico único que caracterize as vítimas, é pertinente avaliar as alterações físicas, emocionais e comportamentais desencadeadas ou agravadas pelos episódios de abuso, assim como o relato da criança e o seu contexto familiar e social. Portanto, o uso de múltiplos indicadores e fontes de informação pode incrementar a prova pericial, na medida em que adiciona elementos de convicção para se aceitar ou rejeitar hipóteses, minimizando não apenas os casos falso-positivos, mas também os falso-negativos.
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Estudo experimental de memórias intrusivas: adaptação e implementação do paradigma de trauma-análogo

Rigoli, Marcelo Montagner January 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-08T02:02:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000468125-Texto+Parcial-0.pdf: 374211 bytes, checksum: 5e99315c08730b339f10b6dc91527930 (MD5) Previous issue date: 2015 / The exposure to potentially traumatic events are part of life, however, these events may produce Stress Disorder Posttraumatic (PTSD). PTSD has been regarded as a memory disorder due to the centrality of the intrusions symptoms, often in the form of unintentionally recovered memories. However, there is still no consensus on the mnemonic mechanisms involved in such intrusions. To better understand the phenomenon studies have used the Trauma Analogue-Paradigm (TAP). The TAP consists in a non-clinical sample watching intense content videos, usually with scenes involving a physical strain and recording intrusions over seven days. In order to better understand PTSD’s intrusions this dissertation is divided into two studies, one theoretical and one empirical. The theoretical study entitled "Post-Traumatic Stress Disorder: the role of memory and its Implications for clinical practice" is a critical literature review which aimed to delineate the role of memory in the theoretical models of PTSD and its clinical implications. Through this research, it was evident that although there is a growing interest in the mnemonic mechanisms of PTSD these are still unclear regarding their role in the development and maintenance of PTSD. We highlight that studies in experimental cognitive psychopathology can contribute theoretically and with the emergence of new interventions. The empirical study entitled "Talking about it or playing Tetris? The role of verbal and visuospatial interference in memory consolidation and trauma intrusions" contains two experiments that aimed to establish a TAP adapted to the Brazilian population and through it investigate the effect of cognitive tasks in the incidence of intrusive memories. Experiment 1 demonstrated that the modified protocol is viable and capable of eliciting intrusive memories with a trauma-analogue. The second experiment showed that the use of cognitive tasks, regardless of whether, tend to increase the number of intrusions; differences between the verbal and the visuospatial tasks were not statistically significant. When considered altogether, the results of the second experiment do not support a perspective of specific mechanisms in PTSD but suggest a processing in line with the general functioning of memory and attention. Although these cognitive tasks have not been effective in reducing the intrusion, the search for new cognitive and prophylactic interventions should continue. It is recommended that the methodological rigor should be kept without losing sight of the possible use of these cognitive tasks in a more ecological context as interventions. / A exposição a eventos potencialmente traumáticos faz parte da experiência de vida, porém, estes eventos podem desencadear o Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT). O TEPT tem sido considerado como um transtorno principalmente relacionado ao funcionamento da memória devido à centralidade dos sintomas de intrusão, que frequentemente se manifestam na forma de memórias recuperadas involuntariamente. Porém, ainda não existe um consenso sobre como se dão os mecanismos mnemônicos envolvidos nessas intrusões. Para melhor compreender o fenômeno tem-se empregado o Paradigma de Trauma-Análogo (PTA). O PTA consiste na visualização por participantes não-clínicos de vídeos de conteúdo intenso, usualmente com cenas envolvendo ameaça à integridade física e no registro das intrusões ao longo de sete dias. Com a finalidade de melhor compreender as intrusões no TEPT a presente dissertação de mestrado tem como objetivo contribuir para a compreensão dos mecanismos mnemônicos do TEPT e está dividida em dois estudos. O estudo teórico intitulado “Post-Traumatic Stress Disorder: the role of memory and its implications for clinical practice” é uma revisão crítica da literatura que teve como objetivo delinear o papel da memória nos modelos teóricos do TEPT e suas implicações clínicas. Através dessa revisão, foi possível constatar que ainda que haja um crescente interesse nos mecanismos mnemônicos do TEPT ainda não há consenso acerca do papel destes no desenvolvimento e manutenção do TEPT. Destaca-se que estudos em psicopatologia cognitiva experimental podem contribuir tanto teoricamente como na descoberta de novas intervenções. O estudo empírico intitulado “Talking about it or playing Tetris? The role of verbal and visuospatial interference in trauma memory consolidation and intrusions” é composto de dois experimentos e teve como objetivos estabelecer um PTA adaptado à população brasileira e através dele investigar o efeito de tarefas cognitivas na incidência de memórias intrusivas. O Experimento 1 demonstrou que o protocolo adaptado de PTA é viável, sendo capaz de eliciar memórias intrusivas através de um análogo de trauma. O segundo experimento demonstrou que a utilização de tarefas cognitivas tende a aumentar o número de intrusões, sem diferença estatisticamente significativa entre a tarefa verbal e a tarefa visuoespacial. Quando observados em conjunto, os resultados do segundo experimento não corroboram uma perspectiva de mecanismos específicos no TEPT e sim sugerem um processamento via funcionamento geral da memória e atenção. Ainda que as presentes tarefas cognitivas não tenham sido efetivas em reduzir as intrusões, a busca por novas intervenções profiláticas de caráter cognitivo devem continuar sendo alvo de futuros estudos. Recomenda-se manter o rigor metodológico sem perder de vista a possível transposição dos achados para um contexto mais ecológico de intervenção.
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Prevalência e impacto do transtorno do estresse pós-traumático na qualidade de vida de mulheres recém diagnosticadas com câncer de mama / Prevalence and impact of the post traumatic stress disorder on the quality of life of women newly diagnosed with breast cancer

Sara Mota Borges Bottino 29 June 2009 (has links)
O diagnóstico de câncer é uma experiência traumática que pode precipitar sintomas do Transtorno de Estresse Pós Traumático TEPT. São poucos os estudos que avaliaram a prevalência e o impacto do TEPT na qualidade de vida de mulheres com câncer de mama, antes do início dos tratamentos. Este trabalho teve como objetivos estimar a prevalência e o impacto dos sintomas do TEPT Agudo na qualidade de vida de mulheres recém diagnosticadas com câncer de mama, investigando as variáveis sócio-demográficas e clínicas associadas ao TEPT. Foi realizado um estudo do tipo corte transversal no Centro de Referência da Saúde da Mulher Hospital Pérola Byington. Os sintomas de TEPT foram avaliados com a Post-Traumatic Stress Disorder Checklist- Civilian Version, os sintomas de Ansiedade e Depressão com a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão, e a Qualidade de Vida com o SF-36. Comparamos as variáveis sócio-demográficas e clínicas nas mulheres com TEPT, TEPT Subsindrômico e sem TEPT. Foi feita uma análise de co-variância, com comparação pos-hoc pelo método de Tukey, para avaliar o impacto do TEPT sobre a qualidade de vida. Identificamos que 81% das mulheres apresentaram ao menos um sintoma de estresse pós-traumático clinicamente significativo, 17,9% tinham sintomas de TEPT e 24,5% de TEPT subsindrômico. As características sóciodemográficas e estadiamento do câncer não estavam associadas ao TEPT. História de tratamentos psiquiátricos mostrou uma tendência de associação (p<0,056), enquanto os escores das escalas de ansiedade e depressão estavam significativamente associados ao TEPT (p<0,001). Pacientes com TEPT tinham prevalência de Ansiedade seis vezes maior (Razão de Prevalência - RP = 6,56), e de Depressão quatorze vezes maior (RP = 14,41), do que as pacientes sem TEPT. As mulheres com TEPT e TEPT subsindrômico apresentaram os piores escores em todos os domínios da qualidade de vida, comparadas àquelas sem TEPT, mesmo controlando para a influência das variáveis sócio-demográficas e clínicas. Os domínios Capacidade Funcional e Aspecto Social estavam significativamente reduzidos nas mulheres com TEPT e com TEPT subsindrômico comparados ao grupo sem TEPT (p < 0,05) quando adicionamos no modelo os sintomas de ansiedade e depressão. Os sintomas de TEPT foram prevalentes e repercutiram negativamente na qualidade de vidas das mulheres recém diagnosticadas com câncer de mama, sugerindo que a avaliação destes sintomas nessa fase da doença é importante, pelas possibilidades de intervenção precoce. / Receiving a diagnosis of cancer is a traumatic experience which may trigger Post Traumatic Stress Disorder PTSD. To date, few studies have assessed the prevalence and impact of PTSD on the quality of life in women with breast cancer prior to commencement of treatment. The present study aimed to estimate the prevalence and impact of Acute PTSD symptoms on the quality of life in women recently diagnosed with breast cancer, while investigating the socio-demographic and clinical variables associated to PTSD. A transversal, cross-sectional type study was conducted at a Reference Center for Womens Health Byington Pérola Hospital. The PTSD symptoms were assessed using the Post-Traumatic Stress Disorder Checklist - Civilian Version, the Anxiety and Depression symptoms were evaluated with the Hospital Anxiety and Depression Scale, while Quality of Life was evaluated by the SF-36 questionnaire. The socio-demographic and clinical variables of the women with PTSD, Subsyndromal PTSD, and without PTSD were compared. Co-variance analysis was performed to assess the impact of the symptoms of PTSD on quality of life, independently from the potential effects of socio-demographic and clinical variables or psychiatric comorbidities, followed by Tukeys post-hoc comparison. We found a high prevalence of clinically significant post-traumatic stress symptoms. A total of 81% of women presented at least one symptom, 17.9% were diagnosed with PTSD, and 24.5% with subsyndromal PTSD. The sociodemographic characteristics and clinical staging of cancer were not associated with PTSD. Prior history of treatment and consultations for psychiatric problems presented a tendency toward association (p<0.056), while scores on the anxiety and depression scales were significantly associated with PTSD (p<0.001). We identified high comorbidity among PTSD, Anxiety and Depression. Patients with PTSD had a six-fold higher prevalence of Anxiety (Prevalence Ratio PR = 6.56), and a fourteen-fold higher rate of Depression (PR = 14.41) compared to patients without PTSD. Scores on domains of the quality of life scale were significantly lower in women with PTSD and subsyndromal PTSD. After controlling for influence of socio-demographic variables, cancer staging and psychiatric history, scores across all domains of the quality of life scale remained significantly lower in PTSD and subsyndromal PTSD groups. In the final step of the co-variance analysis, when anxiety and depression symptoms were included, the scores on the Functional Capacity and Social Aspect domains remained significantly lower in PTSD and subsyndromal PTSD groups than in the group without PTSD (p < 0.05). PTSD symptoms were prevalent and had a negative impact on the quality of life of women recently diagnosed with breast cancer, suggesting that the assessment of these symptoms during this stage of the disease is important to enable early intervention.
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Expressão dos genes de ativação imediata c-fos e egr-1 em encéfalos de ratos submetidos ao modelo do desamparo aprendido / Expression of the immediate early genes, c-fos and egr-1, in the rat brain in the learned helplessness model

Angélica Yochiy 06 July 2010 (has links)
O desamparo aprendido (DA) corresponde à dificuldade de aprendizagem operante em função de exposição prévia a choques incontroláveis. Esse efeito vem sendo proposto como modelo animal de depressão e também defendido por alguns pesquisadores como modelo animal para o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). O objetivo do presente trabalho foi examinar a ativação dos genes c-fos e egr-1 em áreas do encéfalo de ratos submetidos ao tratamento que induz o desamparo aprendido, priorizando estruturas consideradas funcionalmente importantes para os distúrbios de aprendizagem, como a amígdala (AMI), o hipocampo (HIP) e o córtex pré-frontal medial (CPFm). Considerado importante para o desenvolvimento do desamparo aprendido por alguns autores, o núcleo septal lateral (NSL) também foi analisado. No estudo, ratos machos Wistar adultos, sujeitos do grupo Incontrolável (INC), após período de adaptação ao ambiente laboratorial, receberam 60 choques inescapáveis de 1,0 mA, 10 segundos de duração, ministrados nas patas a intervalos médios de 1 minuto. Após 24 horas, estes animais e os controles ingênuos (ING), que não receberam choques no tratamento, foram submetidos à contingência de fuga. Critérios de aprendizagem previamente estabelecidos foram aplicados para selecionar os animais do grupo ING que aprenderam, e para separar os sujeitos do grupo INC nos subgrupos dos animais que não aprenderam (DES) e dos que aprenderam normalmente (NDE). Grupos controle sem adaptação e sem choque (BIO), ou com adaptação e sem choque (ADA), também foram manipulados. Após o teste de aprendizagem, os animais foram anestesiados, perfundidos, e seus encéfalos extraídos. Os cortes dos encéfalos foram tratados para imunoperoxidase para revelar as proteínas Fos e Egr-1. Os resultados evidenciaram características distintas de expressão dos genes c-fos e egr-1 nas diferentes estruturas. Foi observado um aumento na imunorreatividade para Fos nas áreas CA1 do HIP e CPFm para o grupo ING, e uma redução do marcador Fos no CPFm do grupo DES se comparado ao grupo NDE. Um aumento na imunorreatividade para Egr-1 foi evidenciado no giro denteado (GD) do HIP do grupo DES em relação a todos os grupos, à exceção do grupo ING. Na região central da AMI o aumento para Egr- 1 ocorreu no grupo DES em relação ao grupo ING, e na região basolateral, entre o grupo DES e os grupos BIO e ING. Os coeficientes de correlação de Pearson mostraram covariação entre os dados das duas regiões da AMI e entre os dados do GD para Egr-1 e NSL para Fos e Egr-1. Também foi evidenciada uma maior correlação entre os dados dos dois marcadores no grupo DES, seguido do NDE e do ING, nesta sequência. Os dados indicam que circuitos neurais relacionados à aprendizagem e memória estão envolvidos no desenvolvimento do desamparo aprendido / The learned helplessness (LH) phenomenon corresponds to difficulties in operant learning as a result of previous exposure to uncontrollable shocks. This effect has been suggested as an animal model of depression and posttraumatic stress disorder (PTSD). The purpose of this work was to examine the activation of c-fos and egr-1 genes in brain areas of rats exposed to treatment which induces the LH behavior, especially in some structures recognized as functionally important to learning disorders, such as the amygdala (AMI), the hippocampus (HIP), and the medial prefrontal cortex (mPFC). Cited as important to LH development the lateral septal nucleus (LSN) was also examined. In the experiment, adult male Wistar rats from the uncontrollable group (INC), after a 3-day exposure to the experimental conditions, received 60 inescapable 1.0 mA footshocks lasting 10 seconds each, applied at an average interval of 1.0 minute. After 24 hours, these animals and the naive controls (ING), which did not receive footshocks during treatment, were tested in a shuttlebox. Previously established criteria were applied to select the ING animals that learned the escape response, and also to sort the INC animals into nonlearning (DES) and learning (NDE) subgroups according to their performance during the escape test. Subjects not exposed to adaptation or footshocks (BIO), and subjects adapted but not exposed to footshocks (ADA) were also manipulated. All animals received anesthesia and after transcardiac perfusion had their brains removed, sectioned and immunohistochemically treated to reveal Fos and Egr-1 proteins. The results showed distinct attributes for c-fos and egr-1 gene expression in the brain structures examined. Data analysis revealed significantly higher Fos immunoreactivity in the HIP CA1 and mPFC in the ING group than in the other groups. A decrease was detected in Fos-positive nuclei in the DES group mPFC compared with the NDE group. An increase in the Egr-1 positive nuclei was found in the HIP dentate gyrus (DG) in the DES group compared with all the groups, except the ING group. An increment in Egr-1 imunoreactivity was also detected in the central AMI in the DES group in relation to ING group, and in the basolateral AMI in the DES group against the BIO and ING groups. Pearsons correlation test indicated covariation between data from central and basolateral AMI regions. A high correlation coefficient was found between data from DG for Egr-1 and from NSL for both Fos and Egr-1. A high correlation was observed between the two markers for the DES group, followed by the NDE and ING groups, in that sequence. The results suggest that the neural circuits underlying memory and learning are implicated in the development of the LH effect
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Parto traumático e transtorno de estresse póstraumático

ZAMBALDI, Carla Fonseca 31 January 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T22:59:12Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo6771_1.pdf: 2504469 bytes, checksum: e41386dcb2ff93a2461bcb7468af403d (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2011 / Um evento traumático é definido pela 4ª edição do Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-IV) como uma situação na qual: a pessoa vivenciou, testemunhou ou foi confrontada com um ou mais eventos que envolveram morte ou grave ferimento, reais ou ameaçados, ou uma ameaça à integridade física, própria ou de outros e cuja resposta da pessoa envolveu intenso medo, impotência ou horror. Esta definição é mais abrangente do que a do DSM-III e valoriza mais a percepção e resposta do indivíduo ao evento do que a natureza do acontecimento em si permitiu. Por isso, a partir do DSM-IV, o parto pode ser considerado como um evento traumático. Estudos de diversas partes do mundo tem mostrado que 1% a 6% das mulheres com parto traumático podem, consequentemente, desenvolver o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Como ainda não havia estudos indexados na área com mulheres brasileiras, este presente estudo teve como objetivo de estudar a frequência e as características do parto traumático em uma amostra de mulheres em Recife/PE. Foram avaliadas 328 mulheres usuárias de duas maternidades do SUS de Recife, com até 72 horas de pós-parto, de julho a novembro de 2010. As mulheres nas quais foi identificado um parto traumático foram avaliadas posteriormente com seis semanas de pósparto para verificar a ocorrência de TEPT e/ou depressão. A média de idade nesta amostra foi de 25 anos, a média da escolaridade 8,8 anos de estudo, 78,6% tinham um companheiro (casadas ou moravam junto), 51,5% primíparas e 22,1% eram oriundas de pré-natal de alto risco. Observamos que o parto traumático ocorreu em 53 mulheres (16,2% da amostra), onde foi identificado que elas tiveram medo intenso de morrer ou de seu bebê morrer, perceberam o parto como uma agressão física ou uma experiência humilhante, tiveram alguma notícia terrível como complicação obstétrica ou com o bebê e reagiram com medo intenso, impotência ou horror. Anos de estudo, o escore de dor durante o parto, experiência dissociativa no periparto, gestação de alto risco, complicações na gestação, ser primípara, uso de fórceps, episiotomia, complicações obstétricas durante o parto, complicações com o recémnascido, insatisfação com o atendimento da equipe de saúde e traumas prévios foram fatores associados à ocorrência do parto traumático. Foi feito uma avaliação prospectiva de 25 mulheres que tiveram parto traumático. Foi identificado que 12 mulheres (48%) tiveram sintomas do TEPT e duas (8%) completaram critérios para TEPT. As duas mulheres com diagnóstico de TEPT apresentavam concomitantemente depressão. É importante que profissionais de saúde estejam atentos para o fato que TEPT pode ocorrer em consequência de um parto traumático. Os aspectos emocionais da mulher durante e logo após o parto devem recebem atenção tanto quanto os aspectos físicos
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Associação entre recaída do tabagismo e transtorno de estresse pós-traumático em adultos adscritos ao programa médico de família de Niterói-RJ, Brasil a partir do estudo Camelia

Fortes, Julciney Trindade January 2016 (has links)
Submitted by Ana Lúcia Torres (bfmhuap@gmail.com) on 2017-09-19T14:43:53Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertacao_Julciney 100117 Juntada (1).pdf: 3403872 bytes, checksum: 28c5845618df3ef9e51842da6dcf5554 (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Lúcia Torres (bfmhuap@gmail.com) on 2017-09-19T14:46:33Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertacao_Julciney 100117 Juntada (1).pdf: 3403872 bytes, checksum: 28c5845618df3ef9e51842da6dcf5554 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-09-19T14:46:33Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertacao_Julciney 100117 Juntada (1).pdf: 3403872 bytes, checksum: 28c5845618df3ef9e51842da6dcf5554 (MD5) Previous issue date: 2016 / Projeto Médico de Família de Niterói / Introdução: Apesar do Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e do tabagismo serem prevalentes, não há estudos no Brasil sobre a associação entre recaída, cessação do tabagismo e TEPT em comunidades de baixa renda. Objetivos: Avaliar a frequência de recaída na tentativa de abandonar o hábito de fumar em indivíduos com e sem TEPT, bem como analisar os fatores a ela associada. Métodos: Estudo transversal de adultos vinculados ao PMF (Programa Médico de Família) selecionados entre julho de 2006 a dezembro de 2007 conduzido a partir do Estudo CAMELIA (cardio-neuro-metabólico-renal familiar em Niterói). As associações foram estimadas através do modelo de Equações de Estimação Generalizadas. Resultados: O estudo foi representado por uma população de 320 indivíduos que já fumaram pelo menos 100 cigarros em suas vidas, dos quais 20% nunca tentaram parar de fumar, 52,2% eram ex-fumantes e 27,8% eram recidivantes. A prevalência de TEPT foi de 23,8% e dos três grupos de sintomas do TEPT (revivescência, evitação e hiperestimulação) foi de 22,2%, 25% e 20,6% respectivamente. Cor da pele (parda), frequência de consumo de álcool (nunca) e a pontuação PCL-C geral e grupo de sintomas (maior que o percentil 75) mostraram associação univariada estatisticamente significativa (p ≤0,15) com recaída de tabagismo. Sexo (mulheres), cor da pele (branca), IMC (< 25) e depressão (escore BDI > 19) apresentaram associação univariada (p ≤0,15) com TEPT (maior que percentil 75 na pontuação PCL-C geral e grupos de sintomas). As associações entre recaída e PCL-C geral, revivescência e hiperestimulação foram semelhantes para ambos, homem e mulher, cor de pele preta e não preta, e até 5 anos de estudo e 5 ou mais anos de estudo, indicando que não há interação. Para o grupo da evitação, as diferenças foram maiores, apontando para a existência de uma interação para sexo, cor da pele e escolaridade. Nos modelos estatísticos múltiplos testados apenas a recaída e a depressão foram fatores associados de forma significativa ao TEPT. Conclusão: A associação entre a recaída e o TEPT foi confirmada nesta investigação. / Introduction: Although posttraumatic stress disorder (PTSD) and smoking are prevalent, there are no studies in Brazil on the association between relapse, smoking cessation and PTSD in low-income communities. Objectives: To evaluate the frequency of relapse in the attempt to quit smoking in individuals with and without PTSD, as well as to analyze the factors associated with it. METHODS: Cross-sectional study of adults enrolled in the Family Medical Program selected from July 2006 to December 2007, conducted from the CAMELIA Study (cardio-neuro-metabolic-renal family in Niterói). The associations were estimated using the Generalized Estimation Equation model. Results: The study was represented by a population of 320 individuals who had smoked at least 100 cigarettes in their lives, of whom 20% never tried to quit smoking, 52.2% were ex-smokers and 27.8% were relapsed. The prevalence of PTSD was 23.8% and of the three symptom clusters (re-experiencing, avoidance and hyperarousal) were 22.2%, 25% and 20.6%, respectively. Skin color (brown), frequency of alcohol consumption (never) and overall PCL-C score and symptom clusters (greater than the 75th percentile) showed a statistically significant univariate association (p ≤0.15) with smoking relapse. Gender (women), skin color (white), BMI (<25) and depression (BDI score> 19) had a univariate association (p ≤0.15) with PTSD (greater than 75th percentile in the general PCL-C score and symptom clusters). The associations between relapse and general PCL-C, re-experiencing and hyperarousal were similar for both male and female, skin color black and not black, and up to 5 years of study and 5 or more years of study, indicating that there was no interaction. For the avoidance group, the differences were greater, pointing to the existence of an interaction for sex, skin color and schooling. In multiple, fully-tested models, only relapse and depression were significantly associated with PTSD. Conclusion: The association between relapse and PTSD was confirmed in this investigation.
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Depressão, ansiedade e transtorno de estresse pós-traumático em mulheres que vivenciaram um episódio de morbidade materna grave / Depression, anxiety disorder and posttraumatic stress disorder in women who experienced an episode of severe maternal morbidity

Claudia Rios Cataño 26 January 2012 (has links)
A morbidade materna grave é um continuum que se inicia com a ocorrência de uma complicação materna, durante a gestação, parto ou puerpério, e que pode terminar em morte. Situações de altos níveis de estresse têm sido relatadas como disparadoras de alterações emocionais e mentais, portanto, através desta pesquisa questiona-se se a morbidade materna grave, durante a gestação e/ou puerpério, está relacionada com o desenvolvimento de alterações mentais. O objetivo deste estudo foi analisar a depressão, ansiedade e os transtornos de estresse em mulheres que vivenciaram um episódio de morbidade materna grave. Realizou-se um estudo epidemiológico, descritivo, transversal de base hospitalar, com dados primários coletados por meio de entrevistas. As variáveis foram analisadas através de frequências e percentuais. Para as associações, utilizou-se o exato do qui-quadrado com um nível de significância de ?<=0,05. Para as variáveis em que foi rejeitada a hipótese de normalidade, foi utilizado o teste não paramétrico de Mann-Whitney. A amostra constituiu-se de 78 mulheres, sendo as morbidades mais frequentes as síndromes hipertensivas, apresentadas em 65 (83,3%) participantes, os transtornos hemorrágicos em sete (9,0%) e os indicadores de gravidade em seis (7,8%). Quanto à depressão, foram encontradas 12 participantes (15,4%) com diagnóstico positivo e 66 (84,6%) sem depressão. Em relação à Ansiedade-Estado, encontrou-se baixa ansiedade em sete (9,0%) participantes, ansiedade controlada em 64 (82,1%), alta ansiedade em sete (9,0%), Quanto à Ansiedade-traço, 25 (32,1%) participantes foram pouco ansiosas, 43 (55,1%), ansiosas e dez (12,8%), muito ansiosas. Em relação aos transtornos de estresse, observou-se a presença de estresse em 17 (21,8%) pacientes e 78,2% não apresentaram. Encontrou-se diferença significativa entre a depressão e o lugar de procedência (p= 0,04<= 0,05). Houve associação estatisticamente significativa entre Ansiedade-Traço e ocorrência de depressão (p=0,001<= 0,05), e Ansiedade-Traço e transtorno de estresse (p=0,001<= 0,05). Conclui-se que a ocorrência de alterações mentais é determinada pelas características psicológicas e avaliação individual do evento, e não propriamente por vivenciar um episódio de morbidade materna grave. / The severe maternal morbidity is a continuum that begins with the occurrence of a maternal complication during pregnancy, childbirth or the postpartum period, and that can end in death. Situations of high stress levels have been reported as triggers of emotional and mental changes. Therefore, this research questions whether severe maternal morbidity during pregnancy and/or postpartum is related to the development of mental changes. The objective of this study was to assess depression, anxiety and stress disorders in women who experienced an episode of severe maternal morbidity. It was an epidemiological, descriptive, cross-sectional hospital-based study with primary data collected through interviews. The variables were analyzed using frequencies and percentages. For associations it was used the exact chi-square test with a significance level of ? <= 0,05. For variables in which the hypothesis of normality was rejected it was used the nonparametric Mann-Whitney test. The sample consisted of 78 women and the most frequently morbidities were hypertensive syndromes presented in 65 (83,3%) participants, bleeding disorders in seven (9,0%) and severity indicators in six (7,8%). As for depression were found 12 participants (15,4%) with positive diagnosis and 66 (84,6%) without depression. In relation to anxiety-state a low anxiety was found in seven (9,0%) participants, controlled anxiety in 64 (82,1%), high anxiety in seven (9,0%). As for anxiety-trait 25 (32,1%) participants were less anxious, 43 (55,1%) anxious and ten (12,8%) very anxious. In relation to stress disorders it was observed the presence of stress in 17 (21,8%) patients and 78,2% did not present stress. A significant difference was found between depression and place of provenance(p=0,04). There was a significant association between trait anxiety and the occurrence of depression (p=0,001), and between trait anxiety and stress disorder (p=0.001). It is concluded that the occurrence of mental disorders is determined by psychological characteristics and individual evaluation of the event and not exactly by experiencing an episode of severe maternal morbidity. Key-
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Sensibilização dependente de tempo em paulistinhas adultos como modelo de transtorno de estresse pós-traumático: papel do óxido nítrico

LIMA, Monica Gomes 11 August 2015 (has links)
Submitted by Cássio da Cruz Nogueira (cassionogueirakk@gmail.com) on 2017-03-22T12:39:55Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Tese_SensibilizacaoDependenteTempo.pdf: 3802322 bytes, checksum: 4d551ae62b6172f1523a4f782dd2f542 (MD5) / Approved for entry into archive by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2017-03-24T16:45:16Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Tese_SensibilizacaoDependenteTempo.pdf: 3802322 bytes, checksum: 4d551ae62b6172f1523a4f782dd2f542 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-03-24T16:45:16Z (GMT). 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O óxido nítrico (NO) é um gasotransmissor que parece ter um papel importante na regulação de respostas neurocomportamentais ao estresse, inclusive no paulistinha. É diante deste cenário que propomos um modelo comportamental para TEPT, com a avaliação da sensibilização dependente de tempo do comportamento do paulistinha em decorrência da exposição à substância de alarme co-específica (SA) – um potente estressor. Com esse modelo, verificaremos o papel do sistema nitrérgico nesse processo de sensibilização. Os animais serão expostos à SA e mantidos livres de estresse por 24 h; após esse período, o comportamento dos animais será analisado. Realizaremos 5 experimentos que visam investigar: i) o efeito atrasado da substância de alarme sobre diferentes tarefas comportamentais em paulistinhas, ii) a comparação da sensibilização dependente de tempo nos fenótipos shortfin e longfin, iii) a aplicação de Critérios Comportamentais de Corte na sensibilização dependente de tempo, iv) a quantificação de glutamato extracelular e nitrito tecidual no telencéfalo após exposição à substância de alarme, e v) Participação do NO na iniciação e consolidação da sensibilização dependente de tempo. Nossos resultados revelaram que: i) a substância de alarme produz sensibilização atrasada da ansiedade (aumento da geotaxia, diminuição da habituação, aumento do nado errático, aumento da frequência de thrashing no teste de distribuição vertical eliciada pela novidade; diminuição do tempo no branco, aumento do nado errático, avaliação de risco e tigmotaxia, no teste de preferência por escuridão) e hiperexcitação (aumento da distância percorrida na primeira tentativa e a inclinação da habituação no teste de reatividade de sobressalto). ii) em relação aos animais shortfin, a exposição de animais longfin produziu maior sensibilização do tempo no compartimento branco, da avaliação V de risco e da tigmotaxia, enquanto os animais shortfin apresentaram frequência de nado errático maior. iii) 25,74% dos animais que foram expostos à SA alcançaram o critério de Resposta Comportamental Extrema (RCE) e 20% atingiram o critério para Resposta Comportamental Mínima (RCM); em animais não-expostos, apenas 4% alcançaram o critério de RCE e 96% alcançaram o critério de RCM. Animais classificados como RCE dispenderam menos tempo no compartimento branco, com entradas de menor duração, maior tigmotaxia e mais nado errático em relação a animais classificados como RCM e controles não-expostos; iv) o tratamento com L-NAME 30 minutos antes da exposição à SA não bloqueou a sensibilização comportamental no teste de preferência por escuridão; v) o tratamento com L-NAME 30 minutos após a exposição à SA bloqueou a sensibilização da escototaxia e da avaliação de risco; vi) o tratamento com L-NAME 90 minutos após a exposição à SA bloqueou a sensibilização da avaliação de risco, nado errático e tigmotaxia. Esses resultados sugerem que a sensibilização dependente de tempo no paulistinha pode ser um bom modelo para estudo do TEPT e apontam o NO com um importante mediador nesse processo. / Post-traumatic stress disorder (PTSD) is classified as a trauma- and stressor-related disorder, a set of severely debilitating neuropsychiatric disorders characterized by the disregulation of stress responses after a traumatic event. Zebrafish (Danio rerio Hamilton 1822) emerged as an important model organism for the study of genetic, neuropharmacological and behavioral functions, such as the study of anxiety and stress. Nitric oxide (NO) is a gaseous transmitter that appears to have an important role in the regulation of neurobehavioral responses to stresss, including in zebrafish. In this scenario, we propose a behavioral model for PTSD in the evaluation of the time-dependent sensitization of behavior in zebrafish as a consequence of the exposure to conspecific alarm substance (AS) – a potent stressor. Using this model, we will verify the role of the nitrergic system in this process of sensitization. Animals will be exposed to AS and kept stress-free for 24 h; after this interval, animals' behavior will be analyzed. 5 experiments will be made to investigate: i) the delayed effect of alarm substance on different behavioral tasks in zebrafish, ii) a comparison of time-dependent sensitization on shortfin and longfin phenotypes; a comparação da sensibilização dependente de tempo nas linhagens shortfin e longfin, iii) the application of Behavioral Cutoff Criteria on timedependent sensitization, iv) the quantification of extracellular glutamate and tissue nitrite in the telencephalon after exposure to alarm substance, and v) the participation of NO on the initiation and consolidation of time-dependent sensitization. Our results revealed that: i) alarm substancce produces a delayed sensitization of anxiety (increased geotaxis, decreased habituation, increased erratic swimming and thrashing in the novel tank test; decreased time on white, increased erratic swimming, risk assessment and thigmotaxis on the ligh/dark test) and arousal (increased swim distance on the first trial and increased habituation slope in the startle reactivity test). ii) In relation to shortfin animals, exposure of longfin zebrafish to AS sensitized time on white, risk assessment and thigmotaxis more, while shortfin animals had more erratic swimming. Iii) 25.74% of AS-exposed animals reached criteria for Extreme Behavioral Response (EBR), and 20% reached criteria for Minimal Behavioral Response VII (MBR); in non-exposed animals, only 4% reached criteria for EBR and 96% reached criteria for MBR. Animals classified as EBR spent less time in the white compartment, with shorter entries, more thigmotaxis and more erratic swimming than animals classified as MBR and non-exposed controls. iv) treatment with L-NAME 30 minutes before AS exposure did not block the behavioral sensitization in the light/dark test; v) treatment with L-NAME 30 minutes after AS exposure blocked the sensitization of scototaxis and risk assessment; vi) treatment with L-NAME 90 minutes after AS exposure blocked the sensitization of risk assessment, erratic swimming and thigmotaxis. Theses results suggest that time dependent sensitization is a good model to study PTSD and point to NO as a important mediator in this process.

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