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Depressão e abuso de álcool em pacientes com síndrome coronariana aguda: avaliação prospectiva no Estudo de Estratégia de Registro de Insuficiência Coronariana (ERICO) / Depression and alcohol abuse in patients with Acute Coronary Syndrome: prospective evaluation study in the Strategy of Registry of Acute Coronary Syndrome (ERICO Study)Morilha, Abner 29 May 2014 (has links)
Introdução: A ocorrência de episódios depressivos e abuso ou dependência de álcool após um evento agudo de insuficiência coronariana pode representar um marcador independente de mau prognóstico. Portanto, investigamos a presença de sintomas depressivos, transtorno depressivo maior (TDM) e abuso ou dependência de álcool em uma subamostra de uma coorte prospectiva de Síndrome Coronariana Aguda (SCA), Estratégia de Registro de Insuficiência Coronariana Aguda (ERICO) em andamento no pronto-socorro do Hospital Universitário. Métodos: Foi realizado um estudo observacional em 146 participantes do estudo ERICO. A gravidade dos sintomas depressivos foi avaliada em três momentos: 1ª) na admissão hospitalar pelo Patient Health Questionnaire (PHQ-9 itens); 2º) 30 dias pós-SCA pelo PHQ-9, Inventário de Depressão de Beck (BDI) e Escala de Depressão de Hamilton (HDRS-21 itens); e 3º) 180 dias pós-SCA pelo PHQ-9 e BDI. O abuso e uso nocivo de álcool foram avaliados pelo AUDIT e CAGE em 30 e 180 dias pós-SCA. Resultados: Ao longo do estudo as frequências de sintomas depressivos variaram entre 40% e 60% e de TDM entre 28% e 33%. Na admissão hospitalar houve maior predominância de sintomas depressivos entre os homens (58%; p=0,03) e sedentários (72,1%; p=0,02), entretanto, TDM foi mais frequente na população feminina (55,1%; p < 0,001) com uma razão de chances [(RC) 4,5; intervalo de confiança IC 95% 1,85-10,98]. Após 30 dias do evento agudo constatou-se um maior risco de sintomas depressivos entre os tabagistas (RC 5,8; IC 95% 1,81-18,72) e diabéticos (RC 3,6; IC 95% 1,40-9,60). Os diabéticos também apresentaram (RC 3,5; IC 95% 1,39-8,71) para desenvolver TDM. No seguimento de 180 dias verificou-se que indivíduos com angina instável (AI) (RC 4, 46; IC 95% 1,39-14,32) e infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCST) (RC 3,40; IC 95% 1,30-8,87) apresentaram maior probabilidade de desenvolverem sintomas depressivos em relação aos indivíduos que apresentaram IAMSST. Os únicos fatores de risco que se mantiveram associados a um maior risco de sintomas depressivos após 180 dias foi o sexo feminino (RC 3,9; IC 95% 1,54-9,73) e o tabagismo (RC 5,34; IC 95% 1,64-17,44). Em relação à TDM, encontramos uma RC de 14 (IC 95% 2,94-67,51) para associação com tabagismo. Quanto ao abuso e uso nocivo de álcool as frequências variaram ao longo do estudo pelo AUDIT e CAGE entre 18,3% e 33,6%. Verificamos na populacão masculina uma frequência de 88,2% (p=0,001) e entre os tabagistas de 55,9% (p=0,003) e foi encontrada uma RC de 51,64 para população mais jovem (35-44 anos) e uma RC de 42,95 para tabagistas. Finalmente, não foi encontrada nenhuma associação entre abuso de álcool e depressão de acordo com os subtipos de SCA nos períodos analisados. Conclusão: A frequência de depressão variou entre 40% e 60% da admissão até 180 dias pós-SCA. Indivíduos que desenvolveram AI ou IAMCST, além de mulheres e tabagistas apresentaram maiores chances de desenvolver depressão ao longo do seguimento de 180 dias e indivíduos entre 35 e 44 anos e tabagistas apresentaram maior possibilidade de abusar do álcool / Introduction: The occurrence of depression and alcohol abuse or dependence after an acute coronary insufficiency may represent an independent marker of poor prognosis. Therefore, we investigated the presence of depressive symptoms, major depressive disorder (MDD) and alcohol abuse or dependence in a subsample of a prospective cohort of Acute Coronary Syndrome (ACS), Strategy of Registry of Acute Coronary Syndrome Study (ERICO study), which is still ongoing in the emergency room of the Hospital Universitário. Methods: We conducted an observational study in 146 participants of the ERICO study. The severity of depressive symptoms was evaluated in 3 moments: 1st) at the hospital admission using The Patient Health Questionnaire (PHQ-9 items); 2nd) 30 days post-ACS using the PHQ-9, the Beck Depression Inventory (BDI) and the Hamilton Depression Rating Scale (HDRS -21 items), and 3rd) 180 days post -ACS through PHQ-9 and BDI. The abuse and harmful alcohol consumption were assessed by the AUDIT and the CAGE 30 and 180 days post-ACS. Results: Along the study, the frequencies of depressive symptoms ranged from 40% to 60% and MDD from 28% to 33%. At the hospital admission there was a higher prevalence of depressive symptoms among men (58%, p= 0.03) and sedentary patients (72.1%, p= 0.02), however, MDD was higher among women (55.1%, p < 0.001) with an increased risk of [odds ratio [(OR) 4.5; confidence interval CI 95% 1.85-10.98]. After 30 days of the acute event, we observed an increased risk of depressive symptoms among smokers (OR 5.8; CI 95%, 1.81-18.72) and among diabetics (OR 3.6; CI 95%, 1.40-9.60) the diabetics were also more likely to develop MDD (OR 3.5; IC 95% 1,39-8,71). At 180 days follow-up, individuals with unstable angina (UA) (OR 4.46; CI 95% 1.39-14.32) and ST elevation myocardial infarction (STEMI) (OR 3.40; CI 95% 1.30-8.87) were more likely to develop depressive symptoms compared with patients who had NSTEMI. The only two factors that remained associated with a higher risk of depressive symptoms after 180 days were female gender (OR 3.9; CI 95% 1.54-9.73) and smokers (OR 5.34; CI 95% 1.64-17.44). Regarding MDD we found an OR of 14 (CI 95% 2.9-67.51) for smokers. In relation to abuse and hazardous consumption of alcohol, the frequencies for CAGE and AUDIT ranged from 18.3% to 33.6% along the study. We found among the male population a frequency of 88.2% (p=0.001) and smokers 55.9% (p=0.003). We also found OR of 51.64 among younger (aged 35-44 years) and OR of 42.95 for smokers. Finally, no association between alcohol abuse and depression according to ACS subtypes was observed. Conclusion: The prevalence of depression post-ACS ranged from 40% to 60% during the follow-up (admission hospital to 180 days). Individuals who developed UA or STEMI, besides women and smokers were more likely to develop depression during follow-up of 180 days and individual aged between 35-44 years and smokers were more likely to abuse of alcohol
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Estimulação magnética transcraniana: um estudo controlado do padrão da ativação cerebral na depressão maior utilizando a tomografia por emissão de pósitrons / A TMS/PET study on brain activity and connectivity in recurrent major depressionLeandro Augusto Paula da Silva 27 February 2008 (has links)
Falhas na conectividade cerebral e na atividade córtico-límbica podem estar envolvidas no Transtorno Depressivo Maior (TDM). O uso simultâneo da Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) e a Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET) é um eficiente método não-invasivo para estudar a conectividade funcional interregional do cérebro humano e os mecanismos envolvidos na ação precisa da EMT sobre o córtex préfrontal dorso-lateral (CPFDL), componente do modelo neuroanatômico da depressão. O presente estudo avaliou o padrão de ativação das áreas envolvidas neste modelo, como o CPFDL, tálamo, hipocampo, amígdala, giro do cíngulo e cerebelo, em pacientes com Transtorno Depressivo Maior (TDM), comparados a controles. Dezessete pacientes com TDM e 17 controles foram estudados. A EMT foi aplicada em uma frequência de 3 Hz no CPFDL esquerdo. Um braço robótico para localização precisa do estímulo foi utilizado. Cada indivíduo foi submetido a duas sessões de EMT em três intensidades (90% do Limiar Motor (LM), 100% do LM e 110% do LM) e duas sessões de EMT \"placebo\" (aplicadas como clicks auditivos). Durante a EMT, as imagens foram realizadas em uma câmera GE 4096 e o fluxo sanguíneo cerebral foi medido através da PET utilizando H2 15O. Imagens por Ressonância Magnética (RMI) foram adquiridas para co-registro da PET-RMI, possibilitando a localização precisa do CPFDL. Mudanças significativas no Fluxo Sanguíneo Cerebral (FSC) indicando atividade neural foram detectadas utilizando uma estratégia de subtração sem áreas de interesse prévias. Os pacientes, comparados a controles, apresentaram uma resposta diminuída do FSC na área estimulada (CPFDL esquerdo) na intensidade de 100% do LM. Áreas não diretamente estimuladas que apresentaram uma diminuição do FSC, em pacientes, foram o giro do cíngulo anterior direito (90% do LM) e, dentre as regiões sub-corticais, globo pálido esquerdo (90% e 110% do LM) e tálamo direito (100% do LM). O giro do cíngulo posterior, bilateralmente, e a vermis cerebelar direita apresentaram aumento do FSC em todas as intensidades de estimulação. Este estudo sugere que pacientes com depressão maior podem apresentar um limiar mais alto para a estimulação com EMT do CPFDL esquerdo, e uma resposta córtico-límbica distinta à EMT, quando comparados aos resultados dos indivíduos controles. Estes achados devem ser considerados em estudos que utilizarem EMT para tratamento da depressão. Este estudo sugere que a fisiopatologia do TDM envolve um prejuízo da conectividade córtico-límbica. / Disturbed corticolimbic activity and connectivity may underlie major depressive disorder. The simultaneous use of transcranial magnetic stimulation (TMS) and positron emission tomography (PET) is a powerful noninvasive method to study interregional functional connectivity of the dorsolateral prefrontal cortex (DLPFC), a major component of the neuroanatomic model of depression. Seventeen unmedicated patients with recurrent major depression and 17 healthy volunteers were studied. TMS was delivered at 3 Hz to the left DLPFC by image guided robotic TMS (irTMS) system. Each subject underwent two trials of TMS at each of three intensities (90% MT (motor threshold), 100% MT, 110% MT), and two trials of sham TMS (delivered as auditory clicks). During the TMS, cerebral blood flow (CBF) was measured with H2 15O-Positron Emission Tomography (PET). An anatomical MR scan was acquired for PET-MRI co-registration to facilitate precise location of the DLPFC. Significant changes in cerebral blood flow indicating neural activity were detected using a ROI-free image subtraction strategy. Patients had a decreased response in regional CBF (rCBF) in left DLPFC in the intensity of 100% of MT. Left and right posterior cingulate demonstrated increased CBF across all intensities in depressed patients. Patients also had a decreased response in the right anterior cingulate at 90% of MT and right cerebellar vermis in response to left DLPFC stimulation across all intensities, compared to healthy volunteers. Among subcortical regions, only left globus pallidus and right thalamus showed a significant de-activation across varying TMS intensities. Patients with major depression may have a higher threshold for the TMS stimulation of the left DLPFC and a different corticolimbic response to TMS stimulation than healthy controls, a finding that must be taken into consideration in studies utilizing TMS as a treatment for depression. These findings suggest impaired cortico-limbic connectivity in unipolar depression, which could underlie illness pathophysiology.
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Biomarcadores em líquor e em leucócitos no transtorno depressivo maior, comprometimento cognitivo leve e doença de Alzheimer / Biomarkers in cerebrospinal fluid and leukocytes in Major Depressive Disorder, Mild Cognitive Impairment and Alzheimer\'s diseaseJéssyka Maria de França Monezi Bram 18 April 2017 (has links)
O acelerado processo de envelhecimento tem trazido não só mudanças no perfil demográfico, mas também no perfil epidemiológico da população. Entre os problemas de saúde encontrados em idosos, merecem destaque os transtornos mentais, visto que acometem cerca de um terço dessa população, sendo os transtornos depressivos e a demência os problemas de saúde mental mais prevalentes. O transtorno depressivo maior (TDM), bem como o comprometimento cognitivo leve (CCL), tem sido associado prejuízo das funções cognitivas, além de aumentar o risco de desenvolvimento de demência, principalmente doença de Alzheimer (DA). Sendo assim, é importante que haja identificação preventiva de pessoas com maior risco para o desenvolvimento de DA a fim de proporcionar um tratamento precoce. Dessa maneira este estudo objetivou comparar os marcadores biológicos envolvidos na cascata amiloide, expressos em leucócitos e líquor, nas condições clínicas TDM, CCL, DA e controles saudáveis. Para tanto, foi determinada a expressão proteica das secretases ADAM10, BACE1 e PSEN1 e do peptídeo A? em leucócitos e líquor pelos métodos de Western Blotting, ELISA e Luminex. Ao analisarmos a expressão das secretases e do peptídeo Abeta em leucócitos não observamos diferenças estatisticamente significantes entre os grupos, exceto pela expressão da proteína PSEN1, que apresentou menores níveis em DA em relação à TDM. Em relação ao líquor, observamos uma significativa diminuição do peptídeo A? no grupo DA quando comparado aos grupos CCL, TDM e também a controles saudáveis; porém não foram observadas diferenças de expressão desse peptídeo entre CCL, TDM e controles saudáveis. Esses resultados sugerem que a matriz leucocitária, apesar de expressar os componentes desta via, sugerindo dispor da maquinaria enzimática necessária para o processamento da proteína precursora do amiloide (APP), não é a ideal para estudos sobre a cascata amiloide. Além disso, os resultados obtidos em amostras de líquor, de acordo com a casuística analisada, reforçam os dados da literatura que estabelecem a redução da concentração do peptídio Abeta no líquor como um biomarcador da DA, sem termos detectado alterações nos demais grupos estudados. Nossos resultados (negativos) em relação à expressão das APP-secretases no líquor acrescentam dados a este domínio ainda controverso da literatura. Assim sendo, mais estudos devem ser realizados para que possamos compreender melhor as vias relacionadas ao desenvolvimento da DA / The accelerated aging process has brought not only changes in the demographic profile, but also in the epidemiological profile of the population. Among the health problems found in the elderly, mental disorders are worth mentioning, since they affect about a third of this population, being the depressive disorders and dementia the most prevalent mental health problems. Major depressive disorder (MDD), as well as mild cognitive impairment (MCI), have been associated with higher levels of cognitive symptoms and increased risk of developing dementia, especially Alzheimer\'s disease (AD). Therefore, it is important to identify individuals at greater risk for the development of AD in order to provide treatment at early stages of the disease process. In this way, this study aimed to compare the biological markers involved in the amyloid cascade under the clinical conditions TDM, CCL, DA and healthy controls expressed in leukocytes and CSF. We determined the protein expression of ADAM10, BACE1 and PSEN1 and A? peptides in leucocytes and CSF using the Western Blotting, ELISA and Luminex methods. When analyzing the expression of the secretases and the A? peptide in leukocytes, we did not observe statistically significant differences between the groups, except for the expression of the PSEN1 protein, which presented lower levels in AD in relation to MDD. In relation to CSF, we observed a significant reduction of the Abeta peptide in AD when compared to MCI, TDM and also to healthy controls, but no differences in expression of this peptide were observed between MCI, MDD and healthy controls. These results suggest that the leukocytes, although expressing the key components and the enzymatic machinery necessary for the proteolytic processing of the amyloid precursor protein (APP), may not represent an adequate biological matrix for studies addessing the amyloid cascade. In addition, results obtained in CSF samples, according to the analyzed series, reinforce the literature data that establish the reduction of A? peptide concentration in CSF as a biomarker of AD, without detecting alterations in the other groups studied. Our (negative) results in relation to the expression of APP-secretases in CDescriptors: MSF add data to this still controversial domain of the literature. Therefore, more studies should be done so that we can better understand the pathways related to the development of AD
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Estimulação magnética transcraniana: um estudo controlado do padrão da ativação cerebral na depressão maior utilizando a tomografia por emissão de pósitrons / A TMS/PET study on brain activity and connectivity in recurrent major depressionSilva, Leandro Augusto Paula da 27 February 2008 (has links)
Falhas na conectividade cerebral e na atividade córtico-límbica podem estar envolvidas no Transtorno Depressivo Maior (TDM). O uso simultâneo da Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) e a Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET) é um eficiente método não-invasivo para estudar a conectividade funcional interregional do cérebro humano e os mecanismos envolvidos na ação precisa da EMT sobre o córtex préfrontal dorso-lateral (CPFDL), componente do modelo neuroanatômico da depressão. O presente estudo avaliou o padrão de ativação das áreas envolvidas neste modelo, como o CPFDL, tálamo, hipocampo, amígdala, giro do cíngulo e cerebelo, em pacientes com Transtorno Depressivo Maior (TDM), comparados a controles. Dezessete pacientes com TDM e 17 controles foram estudados. A EMT foi aplicada em uma frequência de 3 Hz no CPFDL esquerdo. Um braço robótico para localização precisa do estímulo foi utilizado. Cada indivíduo foi submetido a duas sessões de EMT em três intensidades (90% do Limiar Motor (LM), 100% do LM e 110% do LM) e duas sessões de EMT \"placebo\" (aplicadas como clicks auditivos). Durante a EMT, as imagens foram realizadas em uma câmera GE 4096 e o fluxo sanguíneo cerebral foi medido através da PET utilizando H2 15O. Imagens por Ressonância Magnética (RMI) foram adquiridas para co-registro da PET-RMI, possibilitando a localização precisa do CPFDL. Mudanças significativas no Fluxo Sanguíneo Cerebral (FSC) indicando atividade neural foram detectadas utilizando uma estratégia de subtração sem áreas de interesse prévias. Os pacientes, comparados a controles, apresentaram uma resposta diminuída do FSC na área estimulada (CPFDL esquerdo) na intensidade de 100% do LM. Áreas não diretamente estimuladas que apresentaram uma diminuição do FSC, em pacientes, foram o giro do cíngulo anterior direito (90% do LM) e, dentre as regiões sub-corticais, globo pálido esquerdo (90% e 110% do LM) e tálamo direito (100% do LM). O giro do cíngulo posterior, bilateralmente, e a vermis cerebelar direita apresentaram aumento do FSC em todas as intensidades de estimulação. Este estudo sugere que pacientes com depressão maior podem apresentar um limiar mais alto para a estimulação com EMT do CPFDL esquerdo, e uma resposta córtico-límbica distinta à EMT, quando comparados aos resultados dos indivíduos controles. Estes achados devem ser considerados em estudos que utilizarem EMT para tratamento da depressão. Este estudo sugere que a fisiopatologia do TDM envolve um prejuízo da conectividade córtico-límbica. / Disturbed corticolimbic activity and connectivity may underlie major depressive disorder. The simultaneous use of transcranial magnetic stimulation (TMS) and positron emission tomography (PET) is a powerful noninvasive method to study interregional functional connectivity of the dorsolateral prefrontal cortex (DLPFC), a major component of the neuroanatomic model of depression. Seventeen unmedicated patients with recurrent major depression and 17 healthy volunteers were studied. TMS was delivered at 3 Hz to the left DLPFC by image guided robotic TMS (irTMS) system. Each subject underwent two trials of TMS at each of three intensities (90% MT (motor threshold), 100% MT, 110% MT), and two trials of sham TMS (delivered as auditory clicks). During the TMS, cerebral blood flow (CBF) was measured with H2 15O-Positron Emission Tomography (PET). An anatomical MR scan was acquired for PET-MRI co-registration to facilitate precise location of the DLPFC. Significant changes in cerebral blood flow indicating neural activity were detected using a ROI-free image subtraction strategy. Patients had a decreased response in regional CBF (rCBF) in left DLPFC in the intensity of 100% of MT. Left and right posterior cingulate demonstrated increased CBF across all intensities in depressed patients. Patients also had a decreased response in the right anterior cingulate at 90% of MT and right cerebellar vermis in response to left DLPFC stimulation across all intensities, compared to healthy volunteers. Among subcortical regions, only left globus pallidus and right thalamus showed a significant de-activation across varying TMS intensities. Patients with major depression may have a higher threshold for the TMS stimulation of the left DLPFC and a different corticolimbic response to TMS stimulation than healthy controls, a finding that must be taken into consideration in studies utilizing TMS as a treatment for depression. These findings suggest impaired cortico-limbic connectivity in unipolar depression, which could underlie illness pathophysiology.
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Estudo da influência da cafeína sobre o efeito antidepressivo da privação de sono em pacientes deprimidosSchwartzhaupt, Alexandre Willi January 2008 (has links)
Introdução: A privação de sono (PdS) tem sido utilizada como um estratégia alternativa para o tratamento do Transtorno Depressivo Maior (TDM), contudo sua eficácia e efetividade carecem de estudos homogêneos e de bom delinemento para dar um grau de evidência científica para seu uso na prática diária. Assim sendo, desde a primeira publicação, em 1971, num relato de caso de um paciente com TDM grave tipo melancólico, por Plug e Tölle, o mesmo estava assintomático no dia seguinte à privação total de sono. Contudo, na noite seguinte de sono seus sintomas depressivos retornaram. Nestes quase 40 anos desde esta publicação houve dezenas de estudos em sua maioria relatos de caso, série de casos ou até estudos abertos só que misturando pacientes com TDM com Depressão Bipolar sem mesmo distinguir se tipo I ou II. A cafeína com seu efeito estimulador poderia ser uma alternativa para facilitar a privação de sono. No entanto, não há dados sobre o sua potencial influência no efeito antidepressivo da PdS. O objetivo deste estudo é avaliar o efeito da cafeína na PdS em pacientes deprimidos unipolares moderados a graves não psicóticos. Métodos: Ensaio Clínico randomizado, duplo cego, cruzado, comparando cafeína contra placebo em pacientes deprimidos moderados a graves submetidos à privação total de sono (PdS). Os pacientes foram avaliados por itens da escala de Lader, HAMD- 6 itens, CGI Severidade e Melhora Global. Resultados: Foram avaliados 20 pacientes. Os pacientes que usaram cafeína mantiveram o mesmo escore de energia pré e pós-privação de sono (item energético-letárgico da escala de Lader) enquanto os do grupo placebo diminuíram o escore de energia pós-privação de sono. (p = 0,0045). Não houve diferença entre o grupo cafeína e placebo nos demais itens da escala de Lader. Conclusão: O uso combinado de cafeína e PdS pode ser uma estratégia útil para manter os pacientes mais acordados sem o prejuízo do cansaço da PdS em pacientes ambulatoriais deprimidos. Contudo, mais estudos envolvendo pacientes que tenham 10 respondido à PdS são necessários para verificar se a cafeína também não interfere nos resultados deste grupo. / Introduction: Sleep deprivation (SD) has been used as an alternative approach to treat major depressive disorder (MDD), however the efficacy and the effectiveness needs studies with homogeneity and better delineament to strengthen the evidence based medicine to the use in the practical daily use. Besides, since the 1° puplication in 1971 of a case report, by Plug and Tölle, in that one patient with severe melancholic depressive disorder achieved remission in the next day after a total sleep deprivation. However his depressive sintomtology was back after the next night of sleep. Since this almost 40 years, a lot of papers were puplished, and the majority where case report, case reports and open trials with patients with MDD, bipolar depression without make difference between tipe I or II. Caffeine, due to its stimulating effect, could be an alternative to promote sleep deprivation. However, there are no data about its potential influence on the antidepressive effect of SD. The objective of this study is to assess the effect of caffeine on SD in non-psychotic patients with moderate to severe unipolar depression. Methods: Randomized, double-blind, crossover clinical trial comparing caffeine and placebo in moderate to severe depressed patients who underwent total sleep deprivation (SD). The patients were assessed with items of the Bond-Lader Scale, the 6-item Hamilton Depression Rating Scale (HAMD-6), and the Clinical Global Impression (CGI)-Severity/Improvement. Results: Twenty patients participated in this study. The patients who consumed caffeine presented the same score of energy before and after sleep deprivation (lethargicenergetic item of the Bond-Lader scale), while the patients in the placebo group had a reduced score of energy after sleep deprivation (p = 0.0045). There was no difference between the caffeine and placebo groups in the other items of the Bond-Lader scale. Conclusion: The combined use of caffeine and SD can be a useful strategy to keep the 12 patient awake without impairing the effect of SD on depressed outpatients. However, further studies involving patients who have responded to SD are needed in order to verify if caffeine also does not interfere with the results in this group.
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Estudo da influência da cafeína sobre o efeito antidepressivo da privação de sono em pacientes deprimidosSchwartzhaupt, Alexandre Willi January 2008 (has links)
Introdução: A privação de sono (PdS) tem sido utilizada como um estratégia alternativa para o tratamento do Transtorno Depressivo Maior (TDM), contudo sua eficácia e efetividade carecem de estudos homogêneos e de bom delinemento para dar um grau de evidência científica para seu uso na prática diária. Assim sendo, desde a primeira publicação, em 1971, num relato de caso de um paciente com TDM grave tipo melancólico, por Plug e Tölle, o mesmo estava assintomático no dia seguinte à privação total de sono. Contudo, na noite seguinte de sono seus sintomas depressivos retornaram. Nestes quase 40 anos desde esta publicação houve dezenas de estudos em sua maioria relatos de caso, série de casos ou até estudos abertos só que misturando pacientes com TDM com Depressão Bipolar sem mesmo distinguir se tipo I ou II. A cafeína com seu efeito estimulador poderia ser uma alternativa para facilitar a privação de sono. No entanto, não há dados sobre o sua potencial influência no efeito antidepressivo da PdS. O objetivo deste estudo é avaliar o efeito da cafeína na PdS em pacientes deprimidos unipolares moderados a graves não psicóticos. Métodos: Ensaio Clínico randomizado, duplo cego, cruzado, comparando cafeína contra placebo em pacientes deprimidos moderados a graves submetidos à privação total de sono (PdS). Os pacientes foram avaliados por itens da escala de Lader, HAMD- 6 itens, CGI Severidade e Melhora Global. Resultados: Foram avaliados 20 pacientes. Os pacientes que usaram cafeína mantiveram o mesmo escore de energia pré e pós-privação de sono (item energético-letárgico da escala de Lader) enquanto os do grupo placebo diminuíram o escore de energia pós-privação de sono. (p = 0,0045). Não houve diferença entre o grupo cafeína e placebo nos demais itens da escala de Lader. Conclusão: O uso combinado de cafeína e PdS pode ser uma estratégia útil para manter os pacientes mais acordados sem o prejuízo do cansaço da PdS em pacientes ambulatoriais deprimidos. Contudo, mais estudos envolvendo pacientes que tenham 10 respondido à PdS são necessários para verificar se a cafeína também não interfere nos resultados deste grupo. / Introduction: Sleep deprivation (SD) has been used as an alternative approach to treat major depressive disorder (MDD), however the efficacy and the effectiveness needs studies with homogeneity and better delineament to strengthen the evidence based medicine to the use in the practical daily use. Besides, since the 1° puplication in 1971 of a case report, by Plug and Tölle, in that one patient with severe melancholic depressive disorder achieved remission in the next day after a total sleep deprivation. However his depressive sintomtology was back after the next night of sleep. Since this almost 40 years, a lot of papers were puplished, and the majority where case report, case reports and open trials with patients with MDD, bipolar depression without make difference between tipe I or II. Caffeine, due to its stimulating effect, could be an alternative to promote sleep deprivation. However, there are no data about its potential influence on the antidepressive effect of SD. The objective of this study is to assess the effect of caffeine on SD in non-psychotic patients with moderate to severe unipolar depression. Methods: Randomized, double-blind, crossover clinical trial comparing caffeine and placebo in moderate to severe depressed patients who underwent total sleep deprivation (SD). The patients were assessed with items of the Bond-Lader Scale, the 6-item Hamilton Depression Rating Scale (HAMD-6), and the Clinical Global Impression (CGI)-Severity/Improvement. Results: Twenty patients participated in this study. The patients who consumed caffeine presented the same score of energy before and after sleep deprivation (lethargicenergetic item of the Bond-Lader scale), while the patients in the placebo group had a reduced score of energy after sleep deprivation (p = 0.0045). There was no difference between the caffeine and placebo groups in the other items of the Bond-Lader scale. Conclusion: The combined use of caffeine and SD can be a useful strategy to keep the 12 patient awake without impairing the effect of SD on depressed outpatients. However, further studies involving patients who have responded to SD are needed in order to verify if caffeine also does not interfere with the results in this group.
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Depressão e abuso de álcool em pacientes com síndrome coronariana aguda: avaliação prospectiva no Estudo de Estratégia de Registro de Insuficiência Coronariana (ERICO) / Depression and alcohol abuse in patients with Acute Coronary Syndrome: prospective evaluation study in the Strategy of Registry of Acute Coronary Syndrome (ERICO Study)Abner Morilha 29 May 2014 (has links)
Introdução: A ocorrência de episódios depressivos e abuso ou dependência de álcool após um evento agudo de insuficiência coronariana pode representar um marcador independente de mau prognóstico. Portanto, investigamos a presença de sintomas depressivos, transtorno depressivo maior (TDM) e abuso ou dependência de álcool em uma subamostra de uma coorte prospectiva de Síndrome Coronariana Aguda (SCA), Estratégia de Registro de Insuficiência Coronariana Aguda (ERICO) em andamento no pronto-socorro do Hospital Universitário. Métodos: Foi realizado um estudo observacional em 146 participantes do estudo ERICO. A gravidade dos sintomas depressivos foi avaliada em três momentos: 1ª) na admissão hospitalar pelo Patient Health Questionnaire (PHQ-9 itens); 2º) 30 dias pós-SCA pelo PHQ-9, Inventário de Depressão de Beck (BDI) e Escala de Depressão de Hamilton (HDRS-21 itens); e 3º) 180 dias pós-SCA pelo PHQ-9 e BDI. O abuso e uso nocivo de álcool foram avaliados pelo AUDIT e CAGE em 30 e 180 dias pós-SCA. Resultados: Ao longo do estudo as frequências de sintomas depressivos variaram entre 40% e 60% e de TDM entre 28% e 33%. Na admissão hospitalar houve maior predominância de sintomas depressivos entre os homens (58%; p=0,03) e sedentários (72,1%; p=0,02), entretanto, TDM foi mais frequente na população feminina (55,1%; p < 0,001) com uma razão de chances [(RC) 4,5; intervalo de confiança IC 95% 1,85-10,98]. Após 30 dias do evento agudo constatou-se um maior risco de sintomas depressivos entre os tabagistas (RC 5,8; IC 95% 1,81-18,72) e diabéticos (RC 3,6; IC 95% 1,40-9,60). Os diabéticos também apresentaram (RC 3,5; IC 95% 1,39-8,71) para desenvolver TDM. No seguimento de 180 dias verificou-se que indivíduos com angina instável (AI) (RC 4, 46; IC 95% 1,39-14,32) e infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCST) (RC 3,40; IC 95% 1,30-8,87) apresentaram maior probabilidade de desenvolverem sintomas depressivos em relação aos indivíduos que apresentaram IAMSST. Os únicos fatores de risco que se mantiveram associados a um maior risco de sintomas depressivos após 180 dias foi o sexo feminino (RC 3,9; IC 95% 1,54-9,73) e o tabagismo (RC 5,34; IC 95% 1,64-17,44). Em relação à TDM, encontramos uma RC de 14 (IC 95% 2,94-67,51) para associação com tabagismo. Quanto ao abuso e uso nocivo de álcool as frequências variaram ao longo do estudo pelo AUDIT e CAGE entre 18,3% e 33,6%. Verificamos na populacão masculina uma frequência de 88,2% (p=0,001) e entre os tabagistas de 55,9% (p=0,003) e foi encontrada uma RC de 51,64 para população mais jovem (35-44 anos) e uma RC de 42,95 para tabagistas. Finalmente, não foi encontrada nenhuma associação entre abuso de álcool e depressão de acordo com os subtipos de SCA nos períodos analisados. Conclusão: A frequência de depressão variou entre 40% e 60% da admissão até 180 dias pós-SCA. Indivíduos que desenvolveram AI ou IAMCST, além de mulheres e tabagistas apresentaram maiores chances de desenvolver depressão ao longo do seguimento de 180 dias e indivíduos entre 35 e 44 anos e tabagistas apresentaram maior possibilidade de abusar do álcool / Introduction: The occurrence of depression and alcohol abuse or dependence after an acute coronary insufficiency may represent an independent marker of poor prognosis. Therefore, we investigated the presence of depressive symptoms, major depressive disorder (MDD) and alcohol abuse or dependence in a subsample of a prospective cohort of Acute Coronary Syndrome (ACS), Strategy of Registry of Acute Coronary Syndrome Study (ERICO study), which is still ongoing in the emergency room of the Hospital Universitário. Methods: We conducted an observational study in 146 participants of the ERICO study. The severity of depressive symptoms was evaluated in 3 moments: 1st) at the hospital admission using The Patient Health Questionnaire (PHQ-9 items); 2nd) 30 days post-ACS using the PHQ-9, the Beck Depression Inventory (BDI) and the Hamilton Depression Rating Scale (HDRS -21 items), and 3rd) 180 days post -ACS through PHQ-9 and BDI. The abuse and harmful alcohol consumption were assessed by the AUDIT and the CAGE 30 and 180 days post-ACS. Results: Along the study, the frequencies of depressive symptoms ranged from 40% to 60% and MDD from 28% to 33%. At the hospital admission there was a higher prevalence of depressive symptoms among men (58%, p= 0.03) and sedentary patients (72.1%, p= 0.02), however, MDD was higher among women (55.1%, p < 0.001) with an increased risk of [odds ratio [(OR) 4.5; confidence interval CI 95% 1.85-10.98]. After 30 days of the acute event, we observed an increased risk of depressive symptoms among smokers (OR 5.8; CI 95%, 1.81-18.72) and among diabetics (OR 3.6; CI 95%, 1.40-9.60) the diabetics were also more likely to develop MDD (OR 3.5; IC 95% 1,39-8,71). At 180 days follow-up, individuals with unstable angina (UA) (OR 4.46; CI 95% 1.39-14.32) and ST elevation myocardial infarction (STEMI) (OR 3.40; CI 95% 1.30-8.87) were more likely to develop depressive symptoms compared with patients who had NSTEMI. The only two factors that remained associated with a higher risk of depressive symptoms after 180 days were female gender (OR 3.9; CI 95% 1.54-9.73) and smokers (OR 5.34; CI 95% 1.64-17.44). Regarding MDD we found an OR of 14 (CI 95% 2.9-67.51) for smokers. In relation to abuse and hazardous consumption of alcohol, the frequencies for CAGE and AUDIT ranged from 18.3% to 33.6% along the study. We found among the male population a frequency of 88.2% (p=0.001) and smokers 55.9% (p=0.003). We also found OR of 51.64 among younger (aged 35-44 years) and OR of 42.95 for smokers. Finally, no association between alcohol abuse and depression according to ACS subtypes was observed. Conclusion: The prevalence of depression post-ACS ranged from 40% to 60% during the follow-up (admission hospital to 180 days). Individuals who developed UA or STEMI, besides women and smokers were more likely to develop depression during follow-up of 180 days and individual aged between 35-44 years and smokers were more likely to abuse of alcohol
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Tratamento do transtorno depressivo maior pós acidente vascular cerebral com Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC): ensaio-clínico, randomizado, duplo-cego / Transcranial direct current stimulation for the treatment of poststroke depression: results from a randomized, sham-controlled, double-blinded trialLeandro da Costa Lane Valiengo 02 July 2015 (has links)
A depressão pós Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma condição desabilitante que ocorre em um terço dos casos. Há uma dificuldade no tratamento farmacológico devido a efeitos adversos e eficácia limitada. Recentemente, a estimulação trasncraniana por corrente contínua (ETCC) tem demonstrado eficácia no tratamento da depressão unipolar, apesar dos seus efeitos em depressões secundárias serem desconhecidos. O objetivo do estudo foi avaliar a eficácia e segurança da ETCC, uma intervenção não farmacológica, para depressão pós AVC (DPA), através de um ensaio clínico, randomizado, duplo-cego, sham-controlado. Foram incluídos quarenta e oito pacientes sem uso de antidepressivos com DPA foram igualmente divididos em 2 grupos que não diferiram em gênero, idade, gravidade do AVC ou da depressão e nem em outras variáveis clínicas. Foram realiadas 12 sessões de 30 minutos de ETCC com 2mA de corrente com ânodo à esquerda e cátodo à direita em córtex pré-frontal dorsolateral. Para a ETCC sham foi feita um minuto de estimulação somente, seguida por desligamento da máquina até um total de 30 minutos. Foi feita uma análise por intenção de tratamento, na qual o desfecho primário foi mudança na Hamilton Depression Rating Scale na sexta-semana (final). Resposta clínica e remissão foram desfechos secundários. Segurança foi avaliada usando um questionário de efeitos adversos, avaliação da cognição e a escala de mania de Young. A ETCC ativa foi significantemente superior a sham no desfecho final (diferença de médias de 4.7 pontos, IC95% de 2.1 a 7.3, P < 0.001). Taxas de resposta e remissão também foram estatisticamente maior no grupo ativo (37.5% e 20.8%, respectivamente) em relação ao grupo sham (4.1% e 0). O número necessário para tratar para resposta e remissão foi, respectivamente, 3 e 5. A região ou lado do AVC não predisse resposta. Nenhum efeito adverso grave foi relatado e a frequência dos efeitos adversos foi semelhante em ambos grupos. Pacientes e avaliadores foram cegados de forma efetiva. Este é o primeiro estudo controlado que mostra a eficácia da ETCC na DPA. Dessa forma, a ETCC pode ser uma opção terapêutica para esses pacientes / Depression after a stroke is a disabling condition that occurs in up to one-third of cases. Pharmacological treatment is challenging due to adverse effects and presents limited efficacy. Recently, transcranial direct current stimulation (tDCS) has shown efficacy in the treatment of unipolar depression, although its antidepressant effects in secondary depressions are unknown. The objective of the study was to assess the efficacy and safety of tDCS, a nonpharmacological intervention, for post-stroke depression (PSD) in a prospective, randomized, double blind, sham-controlled trial. Forty-eight antidepressant-free patients with PSD were equally divided in two groups that did not differ in gender, age, stroke and depression severity and other clinical variables. Twelve 30-minute sessions of 2-mA anodal left/cathodal right dorsolateral prefrontal tDCS applied over 6 weeks. For sham tDCS we performed 1-min of stimulation only, followed by no stimulation during the remaining period. Intention-to-treat analysis, in which the primary outcome measure was the change in Hamilton Depression Rating scale score at 6 weeks (endpoint). Clinical response and remission were secondary outcomes. Safety was assessed using an adverse effects questionnaire, cognitive assessment and the Young mania rating scale. Active tDCS was significantly superior to sham at endpoint (mean difference, 4.7 points; 95% CI, 2.1 to 7.3; P <.001). Response and remission rates were also statistically higher in active (37.5% and 20.8%, respectively) vs. sham (4.1% and 0) groups. The number needed to treat for response and remission was, respectively, 3 and 5. Stroke region or side did not predict response. No serious adverse effects were reported and the frequency of common adverse effects was similar in both groups. Patients and raters were effectively blinded. This is the first controlled study that demonstrates the safety and clinically meaningful efficacy of tDCS in patients with PSD. Therefore, tDCS could be an option for the treatment of these patients
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Estudo da influência da cafeína sobre o efeito antidepressivo da privação de sono em pacientes deprimidosSchwartzhaupt, Alexandre Willi January 2008 (has links)
Introdução: A privação de sono (PdS) tem sido utilizada como um estratégia alternativa para o tratamento do Transtorno Depressivo Maior (TDM), contudo sua eficácia e efetividade carecem de estudos homogêneos e de bom delinemento para dar um grau de evidência científica para seu uso na prática diária. Assim sendo, desde a primeira publicação, em 1971, num relato de caso de um paciente com TDM grave tipo melancólico, por Plug e Tölle, o mesmo estava assintomático no dia seguinte à privação total de sono. Contudo, na noite seguinte de sono seus sintomas depressivos retornaram. Nestes quase 40 anos desde esta publicação houve dezenas de estudos em sua maioria relatos de caso, série de casos ou até estudos abertos só que misturando pacientes com TDM com Depressão Bipolar sem mesmo distinguir se tipo I ou II. A cafeína com seu efeito estimulador poderia ser uma alternativa para facilitar a privação de sono. No entanto, não há dados sobre o sua potencial influência no efeito antidepressivo da PdS. O objetivo deste estudo é avaliar o efeito da cafeína na PdS em pacientes deprimidos unipolares moderados a graves não psicóticos. Métodos: Ensaio Clínico randomizado, duplo cego, cruzado, comparando cafeína contra placebo em pacientes deprimidos moderados a graves submetidos à privação total de sono (PdS). Os pacientes foram avaliados por itens da escala de Lader, HAMD- 6 itens, CGI Severidade e Melhora Global. Resultados: Foram avaliados 20 pacientes. Os pacientes que usaram cafeína mantiveram o mesmo escore de energia pré e pós-privação de sono (item energético-letárgico da escala de Lader) enquanto os do grupo placebo diminuíram o escore de energia pós-privação de sono. (p = 0,0045). Não houve diferença entre o grupo cafeína e placebo nos demais itens da escala de Lader. Conclusão: O uso combinado de cafeína e PdS pode ser uma estratégia útil para manter os pacientes mais acordados sem o prejuízo do cansaço da PdS em pacientes ambulatoriais deprimidos. Contudo, mais estudos envolvendo pacientes que tenham 10 respondido à PdS são necessários para verificar se a cafeína também não interfere nos resultados deste grupo. / Introduction: Sleep deprivation (SD) has been used as an alternative approach to treat major depressive disorder (MDD), however the efficacy and the effectiveness needs studies with homogeneity and better delineament to strengthen the evidence based medicine to the use in the practical daily use. Besides, since the 1° puplication in 1971 of a case report, by Plug and Tölle, in that one patient with severe melancholic depressive disorder achieved remission in the next day after a total sleep deprivation. However his depressive sintomtology was back after the next night of sleep. Since this almost 40 years, a lot of papers were puplished, and the majority where case report, case reports and open trials with patients with MDD, bipolar depression without make difference between tipe I or II. Caffeine, due to its stimulating effect, could be an alternative to promote sleep deprivation. However, there are no data about its potential influence on the antidepressive effect of SD. The objective of this study is to assess the effect of caffeine on SD in non-psychotic patients with moderate to severe unipolar depression. Methods: Randomized, double-blind, crossover clinical trial comparing caffeine and placebo in moderate to severe depressed patients who underwent total sleep deprivation (SD). The patients were assessed with items of the Bond-Lader Scale, the 6-item Hamilton Depression Rating Scale (HAMD-6), and the Clinical Global Impression (CGI)-Severity/Improvement. Results: Twenty patients participated in this study. The patients who consumed caffeine presented the same score of energy before and after sleep deprivation (lethargicenergetic item of the Bond-Lader scale), while the patients in the placebo group had a reduced score of energy after sleep deprivation (p = 0.0045). There was no difference between the caffeine and placebo groups in the other items of the Bond-Lader scale. Conclusion: The combined use of caffeine and SD can be a useful strategy to keep the 12 patient awake without impairing the effect of SD on depressed outpatients. However, further studies involving patients who have responded to SD are needed in order to verify if caffeine also does not interfere with the results in this group.
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Disfunção neuroquímica na depressão periparto / Neurochemistry dysfunction in peripartum depressive disorderCarlos Eduardo Rosa 16 March 2016 (has links)
A depressão periparto (PPD) é subtipo altamente prevalente e subdiagnosticado do transtorno depressivo maior (MDD), e causa um importante sofrimento para a mulher, sua família e seu filho. Uma interação complexa entre hormônios, neurotransmissores e fatores genéticos e ambientais pode estar envolvida na etiologia da PPD. Contudo, estudos de neuroimagem na PPD ainda são escassos, particularmente os que identificam alterações neuroquímicas. Sabe-se que a região do córtex pré frontal dorsolateral (dlPFC) está relacionada à funções executivas no circuito pré frontal, e juntamente com o giro do cíngulo anterior (ACG) faz parte das vias neuronais envolvidas no processamento emocional, desde a geração, regulação e reavaliação do estado afetivo. Existem evidências de que ambas as áreas estejam disfuncionais na MDD. A avaliação neuroquímica obtida pela espectroscopia de próton por ressonância magnética (MRS) permite inferir o metabolismo, a neurotransmissão e a viabilidade do tecido neuronal de interesse destas áreas fronto-límbicas. Objetivo: comparar puérperas com depressão periparto (grupo PPD) com puérperas saudáveis (grupo HP) quanto à avaliação neuroquímica no dlPFC esquerdo e no ACG bilateral. Métodos: 36 puérperas do grupo PPD e 25 puérperas do grupo HP foram submetidas à duas entrevistas psiquiátricas estruturadas e à aplicação de questionários e escalas psicométricas, sendo a segunda avaliação realizada seccionalmente à MRS. A MRS foi adquirida pro MRI com campo de 3 Tesla, estando o volume de interesse (VOI) posicionado no dlPFC esquerdo e no ACG bilateral e processada pelo software LCModel. Os resultados neuroquímicos expressos em valores absolutos e normalizados pela creatina (razão metabólito/creatina) foram analisados por ANCOVA, incluindo a idade, o tempo de puerpério e o tipo de contraceptivo, enquanto covariáveis. Resultados: No dlPFC, o grupo PPD apresentou menores valores de Glu/Cr (-0,17; p=0,05), Glx (-0,95 mM; p=0,04), Glx/Cr (-0,22; p=0,03), NAA (-0,60 mM; p<0,01), e NAA/Cr (-0,13; p=0,02) em relação ao grupo HP. No ACG, o uso de hormônios contraceptivos somente com progestágenos resultou em um aumento dos valores de Glu (2,18 mM; p=0,03), Glx (1,84 mM; p=0,03), e redução de Cho/Cr (-0,08; p=0,03) quando comparados ao grupo que não utilizou somente progestágenos, independentemente dos grupos HP e PPD. Conclusão: Os níveis reduzidos de Glu e NAA no grupo PPD estão relacionados, respectivamente, à disfunção metabólica glutamatérgica e neuroglial no dlPFC, o que pode explicar sintomas cognitivos também relacionados à PPD, tal como já verificado no MDD. O uso de hormônios contraceptivos com progestágenos isoladamente interferiu com a neuroquímica do ACG, mas não se relacionou com a PPD. Embora o aumento do glutamato possa sugerir uma hiperfuncionalidade do ACG, e a redução da Cho/Cr representar diminuição de \"turnover\" da membrana lipídica ou da transdução sináptica, seu significado clínico e fisiopatológico ainda é incerto. Estes resultados contribuem com a compreensão dos substratos neuroquímicos de PPD / Peripartum depression (PPD) is a highly prevalent subtype of major depressive disorder (MDD) related to a significant loss for mother, family and baby. An Interaction between hormones, genetic, and environmental factors must be involved in its etiology. However, neuroimaging studies on PPD are still rare, particularly those that identify neurochemical changes. However, neuroimaging studies in PPD are still rare, particularly those that identify neurochemical changes. It is known that the region of the dorsolateral prefrontal cortex (dlPFC) is related to executive functions in the prefrontal circuit, and together with the anterior cingulate gyrus (ACG) is part of the neural pathways involved in emotional processing, including the generation, regulation, and reappraisal of affective state. And, there is evidence that both areas are dysfunctional in MDD. The neurochemical evaluation obtained by spectroscopy of proton magnetic resonance (MRS) allows to infer metabolism, neurotransmission and the viability of the neuronal tissue of interest these frontal-limbic areas. Objective: Compare postpartum women with peripartum depression (PPD group) with healthy postpartum women (HP group) regarding the neurochemical evaluation in the left dlPFC and bilateral ACG. Methods: 36 postpartum women of PPD group and 25 postpartum women of the HP group were subjected to two structured psychiatric interviews and questionnaires and psychometric scales, with the second evaluation performed sectionally at MRS. The MRS was obtained by 3-T MRI system with the volume of interest (VOI) positioned on the left dlPFC and bilateral ACG and processed by LC Model software. The neurochemical results expressed in absolute values and normalized by creatine (reason metabolite/creatine) were analyzed using ANCOVA, including age, postpartum time, the type of contraceptive as covariates. Results: In the dlPFC, PPD group presented significantly lower values of Glu/Cr (-0.17; p=0.05), Glx (-0.95mM; p=0.04), Glx/Cr (-0.22; p=0.03), NAA (-0.60mM; p<0.01), and NAA/Cr (-0.13; p=0.02) than HP. In ACG, progestogens isolated contraceptive hormones use resulted in significantly increased Glu (2.18mM; p=0.03), Glx (1.84mM; p=0.03), and reduced Cho/Cr (-0.08; p=0.03), compared to women without use them, regardless of diagnostic groups. Conclusions: The reduced levels of Glu and NAA in the PPD group are related respectively to the glutamatergic and neuroglial metabolic dysfunction in the dlPFC, which may explain cognitive symptoms also related to PPD as already verified in MDD. Progestogens isolated contraceptive hormones use interfered with neurochemistry of ACG, but not associated with PPD. Although the increase of glutamate may suggest an overactive ACG, and lower Cho/Cr represent decrease of the lipid membrane turnover or synaptic transduction its clinical and pathophysiological significance remains uncertain. These results contribute to the understanding of the neurochemical substrates of PPD
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