Spelling suggestions: "subject:"transtornos depressivos maior"" "subject:"transtornos depressive maior""
51 |
Eficácia terapêutica do exercício físico associado à farmacoterapia na depressão maior / Therapeutic efficacy of physical exercise associated with pharmacotherapy in maior depressionSiqueira, Cristiana Carvalho 23 July 2015 (has links)
INTRODUÇÃO: O Transtorno depressivo maior (TDM) acarreta malefícios na saúde física e na vida social do paciente levando-os ao isolamento, reduzindo sua capacidade física e profissional e aumentando o risco de morte. Sabe-se também da importância do exercício físico na manutenção da qualidade de vida e, mais recentemente sugerido como terapêutica adjuntiva na depressão. A maioria dos indivíduos deprimidos pode ser beneficiada com a prática de exercícios físicos, uma vez que sob o ponto de vista fisiológico, estes indivíduos apresentam uma capacidade aeróbica debilitada e alta propensão para a síndrome metabólica. Neste sentido, evidências apontam para o papel do exercício físico aeróbio como regulador dos níveis de monoaminas, cortisol e fatores neurotróficos, mecanismos semelhantes aos dos antidepressivos. Também são conhecidos seus efeitos na melhora de parâmetros cardiopulmonares, funções cognitivas, promoção da autoestima, interação social, entre outros benefícios na promoção do estado de saúde desses indivíduos. Entretanto, a maioria dos estudos realizados com objetivo de entender a real condição do exercício físico frente à melhora dos sintomas de depressão é criticada por falhas metodológicas e limitações, além de serem imprecisos quanto ao período e intensidade necessária de treino para que ocorram adaptações positivas. Portanto, este estudo propôs-se a minimizar estas críticas recorrentes avaliando uma amostra homogênea de pacientes com TDM e observando eventuais modificações em parâmetros biológicos, após treinamento físico aeróbio sistematizado associado à farmacoterapia. OBJETIVO: Avaliar a eficácia clínica do exercício físico supervisionado associado à farmacoterapia no tratamento da depressão maior. MÉTODOS: 40 pacientes de ambos os sexos (31 mulheres), idades entre 18 e 55 anos (38,65±9,96) iniciaram monoterapia com sertralina e foram avaliados por quatro semanas. A amostra foi dividida em grupo intervenção (GI- n=20) que foram medicados e participaram do treinamento físico aeróbio, e grupo controle (GC- n=20) que utilizou apenas a farmacoterapia. Os pacientes foram avaliados no início e fim do programa por meio da escala de Hamilton-17 itens (HAM-D-17), Inventário de Depressão de Beck (BDI), escala de Impressão Clínica Global (CGI) e parâmetros de aptidão cardiorrespiratória. Para se obter a melhor expressão dos índices de avaliação funcional dos pacientes de ambos os grupos usamos a ergoespirometria, teste que determinou as variáveis respiratórias, metabólicas e cardiovasculares de cada paciente. RESULTADOS: Após 4 semanas de exercício aeróbio supervisionado houve redução significativa (p < 0,05) nas escalas de HAM-D-17 e BDI, entre os momentos inicial e final, tanto no GI como no GC. Não foi encontrada diferença significante entre os grupos quanto à resposta ao tratamento (p > 0,99) ou remissão do episódio depressivo (p = 0,695). Entretanto, a redução dos sintomas de depressão foi mais acentuada no GI (- 43,2%) mesmo este grupo tendo utilizado uma dose de antidepressivo menor que o GC (p = 0,004). Houve alteração significativa dos parâmetros cardiopulmonares no GI [ (VO2máx- p < 0,001, PO2- p= 0,008, LV2 (VO2) - p=0,010) ]. Não foi encontrado correlação entre o delta HAM-D-17 e o delta VO2máx. (r = -0,179; p = 0, 270; n = 40), mas, uma correlação significativa (p < 0,05) foi observada entre as variáveis delta LV2 (VO2) e delta BDI, no GI (r = -0,458; p= 0,042). Quanto à predição de resposta, o índice de massa corpórea (IMC) inicial apresentou relação linear com o delta HAM-D-17 (p=0,01). CONCLUSÃO: Embora não tenha havido uma associação significativa entre o programa regular de exercício supervisionado e a melhora dos escores de depressão, estes dados preliminares mostraram efeitos diretos do exercício físico na aptidão cardiorrespiratória dos pacientes com TDM. Entretanto, cabe ressaltar que a diferença encontrada na dose de antidepressivo utilizada nos grupos (p=0,04) pode significar uma interferência positiva do exercício físico / INTRODUCTION: Major depressive disorder (MDD) causes harmful effects on physical health and social life of the patient taking them to isolation, reducing their physical and professional capacity and increasing the risk of death. It is also known the importance of supervised exercise in maintaining quality of life and, most recently as adjunctive therapy in depression. Most depressed individuals could have benefits with physical exercises training, once under the physiological point of view, these individuals have an impaired aerobic capacity and high propensity for metabolic syndrome. In this sense, evidences links the role of aerobic exercise as a factor regulating the levels of monoamines, cortisol and neurotrophic factors, mechanisms similar to those of antidepressants. It is also known its effects on improvement of cardiopulmonary parameters, cognitive functions, promoting self-esteem, social interaction, among other benefits in promoting health state of these individuals. However, most studies conducted in order to understand the underlying mechanisms of physical exercise to improve symptoms of depression is criticized for methodological flaws and limitations, in addition to inaccuracy about the period and intensity needed for training leading to positive adaptations. Therefore, this study proposed to minimize these criticisms by assessing a homogeneous sample of patients with MDD and evaluating changes in biological parameters, after systematized aerobic physical training associated with antidepressant pharmacotherapy. OBJECTIVE: To evaluate the clinical efficacy of physical exercise associated with pharmacotherapy in the treatment of MDD. METHODS: 40 patients of both genders (31 women), aged between 18 and 55 years (38, 65 ± 9, 96), in monotherapy treatement with sertraline were evaluated for four weeks. The sample was divided into intervention group (IG n = 20) that receive exercise training and antidepressant pharmacotherapy, and control group (CG n = 20) only with pharmacotherapy. Patients were evaluated at the beginning and at the end of the program by the Hamilton Depression Rating Scale - 17 items (HAM-D-17), Beck Depression Inventory (BDI) Global Clinical impression (CGI) and scale parameters of cardiorespiratory fitness. To obtain the best expression of functional evaluation indexes we used ergospirometry to determine respiratory, metabolic and cardiovascular each patient. RESULTS: After 4 weeks of supervised aerobic exercise, there was a significant reduction (p < 0.05) in the scale of HAM-D-17 and BDI between the initial and final evaluations. There was no significant difference between groups regarding response to antidepressant pharmacotherapy (p > 0.99) and episode remission (p = 0.695). The reduction of symptoms of depression was more marked in the IG (-43.2 percent) even though this group having used a dose of antidepressant less than the CG (p = 0.004). There was a significant change of cardiopulmonary parameters in IG [(VO2max- p < 0.001, PO2- p = 0.008, LV2 (VO2) - p = 0.010)]. No correlation was found between the delta HAM-D-17 and delta VO2max. (r = -0.179; p = 0.270; n = 40), but a significant correlation (p < 0.05) was observed between variables delta LV2 (VO2) and delta BDI, in IG (r = -0.458 p=0.042). As for the prediction of response, initial body mass index presented linear relationship with the Delta HAM-D-17 (p = 0.01). CONCLUSION: Although there has not been a significant association between regular supervised exercise program and improvement of depression scores, our results shows a direct effects of supervised physical exercise on cardiorespiratory fitness of patients with MDD. However, it is noteworthy that the difference found in the dose of an antidepressant used in the groups (p= 0.04) can be due to a positive interference of supervised physical exercise
|
52 |
Transtorno Depressivo Maior (TDM) com e sem sintomas psicóticos: investigação neuroquímica por espectroscopia de próton / Major depressive disorder with and without psycotic symptoms: neurochemical investigation by proton ressonance spectroscopyHelena Pinho de Sá 25 November 2011 (has links)
Introdução. O Transtorno Depressivo Maior (TDM) é um dos mais prevalentes e incapacitantes entre os transtornos mentais. Apesar disso, sua classificação ainda é baseada em sinais e sintomas, uma vez que suas causas e fisiopatologia ainda não foram totalmente esclarecidas. A presença de sintomas psicóticos é relativamente comum durante um episódio depressivo e está associada a particularidades clínicas e biológicas, mas é subdiagnosticada na prática clínica e os processos fisiopatológicos que caracterizam este tipo de depressão foram insuficientemente estudados, ainda mais ao se considerar a extensa literatura acerca das formas não psicóticas de depressão. O objetivo principal deste estudo foi o de investigar a neuroquímica do giro do cíngulo anterior (CA), região cerebral constituinte da neurocircuitaria relacionada à fisiopatologia do TDM, na forma psicótica deste transtorno. Para este objetivo, foram comparadas as concentrações absolutas dos metabólitos entre os grupos portadores de TDM com e sem sintomas psicóticos e controles saudáveis por meio de espectroscopia de próton por ressonância magnética de hidrogênio (1H-ERM). Secundariamente, analisou-se a interferência de variáveis sócio-demográficas e clínicas na medida desses metabólitos. Esperava-se que os pacientes com sintomas psicóticos (TDM-P) apresentassem alterações neuroquímicas tanto em relação ao grupo de controles saudáveis quanto a pacientes com depressão sem sintomas psicóticos (TDM-NP), independentemente da gravidade dos sintomas depressivos. Casuística e métodos. Os pacientes portadores de episódio depressivo maior (com e sem sintomas psicóticos), segundo o DSM-IV, foram recrutados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HC-FMRP) e avaliados através da Entrevista Clínica Estruturada para o DSM-IV (SCID). A gravidade de sintomas depressivos e psicóticos, bem como o nível de funcionamento global foram avaliados por meio das escalas de Hamilton, BPRS e GAF (respectivamente). Foram coletadas informações a respeito de histórico de tentativas de suicídio, tratamento medicamentoso, comorbidades psiquiátricas e clínicas. Controles saudáveis da comunidade geral foram recrutados por convite da equipe de pesquisa. Utilizou-se 1H-ERM de voxel único, com tempo de eco (TE) curto (31ms), em campo magnético de 3 Tesla para a avaliação do CA de 20 pacientes com TDM-P, 22 com TDM-NP e 20 voluntários saudáveis. Foram analisados valores absolutos do glutamato (Glu), glutamato mais glutamina (Gln+Glu), N-acetilaspartato mais N-acetilaspartato-glutamato (NAA + NAAG), Fosforilcolina mais Glicerol-fosforilcolina (PC + GPC), mio-inositol (Myo) e Creatina (Cr). Dados sócio-demográficos e clínicos foram analisados através de ANOVA e qui-quadrado, enquanto os níveis de metabólitos foram comparados através de MANOVA. Correlações bivariadas entre dados clínicos e metabólitos foram analisadas por teste de Pearson ou Spearman. O nível de significância estatística empregado foi o de p <0,05. Resultados. Pacientes com TDM-P apresentaram menor escolaridade e pior funcionamento global, tanto em relação aos controles quanto em relação aos pacientes sem psicose. Os grupos de pacientes não diferiram entre si em relação à gravidade dos sintomas depressivos. Em relação aos metabólitos, houve diferença significativamente estatística entre os grupos diagnósticos. O grupo com TDM-P apresentou níveis de Glu inferiores tanto em relação ao grupo TDM-NP quanto ao grupo controle e níveis de PC + GPC e de NAA + NAAG inferiores ao grupo controle (a redução deste último metabólito atingindo significância estatística em nível de tendência apenas. Entre os sexos, os níveis de Glu e de NAA+NAAG dos participantes do sexo masculino foram inferiores aos do feminino. Por fim, os níveis de Glu e Gln+Glu foram inferiores no sexo masculino do TDM-P em relação aos demais grupos e os de Cr foram inferiores no sexo masculino no TDM-NP também em relação aos outros grupos. No entanto, as diferenças em relação ao sexo não atingiram significância estatística, possivelmente por limitações do tamanho amostral. Conclusão.Os níveis de metabólitos do CA sofreram interferência do diagnóstico e os resultados apontaram para efeito do sexo e da interação diagnóstico-sexo. As diferenças dos níveis de Glu, NAA+NAAG e PC+GPC entre os diagnósticos sugerem alterações de neurotransmissão glutamatérgica, metabolismo de membrana e integridade neuronal na TDM-P e corroboram os achados de outras áreas de estudo em depressão em psicose, que sugerem que a forma psicótica da depressão estaria mais associada ao estado de hipercortisolemia, e esta, por sua vez, levaria às alterações cerebrais compatíveis com as alterações encontradas no CA neste estudo. Além disso, os resultados apontam para a interferência do sexo nos níveis de Glu e NAA+NAAG, sugerindo um papel protetor dos hormônios femininos para o sistema glutamatérgico e ciclo do NAA. Ainda, este estudo não confirma hipóteses prévias de que as alterações biológicas entre os tipos de depressão seriam secundárias a maior gravidade de sintomas depressivos nos pacientes com TDM-P. / Introduction: Major depressive disorder (MDD) is one of the most prevalent and disabling of mental disorders. Nevertheless, its classification is still based on signs and symptoms, since its causes and pathophysyology has not been fully clarified. The presence of psychotic symptoms are relatively common during a depressive episode and is associated with clinical and biological peculiarities, but is underdiagnosed and its pathophysiology have been insufficiently studied, especially when considering the extensive literature on non-psychotic forms of depression. The aim of this study is to investigate the neurochemistry of the anterior cingulated gyrus (AC), a brain\'s neurocircuitry constituent related to the pathophysiology of MDD with psychosis/in the form of psychotic disorder. For this propose, we compared/ were compared the results of the metabolites between groups of patients with MDD with and without psychotic symptoms and controls by- proton resonance spectroscopy imaging of hydrogen (1rH-MRS). Secondly, the interference of socio-demographic and clinical on the cerebral metabolites. It was expected that patients with psychotic symptoms (MDD-P) present neurochemical changes in relation to the group of health controls and patients with depression without psychotic symptoms (MDD-Wo), regardless of the severity of depression symptons. Methods: The groups were diagnosed by the Structured Clinical Interview for DSM-IV (SCID). The severity of depressive and psychotic symptoms, as well as the level of overall functioning were assessed using the Hamilton Rating Scale, BPRS and GAF (respectively). We collected information about the history of suicide attempts, drug treatment, psychiatric and medical comorbidities.1\'H-MRS single voxel, with echo time (TE) short (3lms) in a magnetic field of 3.0 Tesla was used for the evaluation of CA in 20 patients with MDD-P, 22 with MDD-Wo and 20 healthy subjects. We analyzed the absolutevalues of glutamate (Glu), glutamate plus glutamine (Gln+Glu), N-acetylaspartate plus N-acetyl aspartate-glutamate (NAA+NAAG), glycerol phosphorylcholine plus phosphorylcholine plus choline (PC+GPC), myo-inositol (Myo) and creatine (Cr). Data on socio-demographic and clinical information were analyzed using ANOVA and chi-square, while the levels of metabolites were compared by MANOVA. The statistical significance level used was p <0.05. Results: Patients with MDD-P had less schooling and poorer overall functioning, both in relation to the controls as compared to patients without psychosis. Patient groups did not differ in the severity of depressive symptoms. Glu levels of MDD-P were lower than the MDD-Wo and the control group; NAA+NAAG levels of MDD-P were lower than in control and GPC+PC levels of MDDP were lower than the MDD-Wo. Between the sexes, Glu and NAA + NAAG levels of males were lower than females. Finally, Glu, Glu+Gln and Cr levels were different between the sexes within the groups. Conclusion:The group levels of metabolites of CA have been interfered with diagnosis and the effect of gender and gender-diagnosis interaction were close to be meaningful. The differences in the levels of Glu, NAA + NAAG and GPC + PC between diagnoses are possibly related to higher hypercortisolemia found in the MDD-P and the brain concentration of kynurenine metabolites imballance more similar with schizophrenia than MDD. The interference of sex for the levels of Glu and NAA + NAAG suggests a protective role of female hormones to glutamatergic system and cycle of the NAA. Still, probably the severity of the depressive episodes not implicated in the neurochemical differences between MDD-P and MDD-Wo
|
53 |
Polimorfismos gênicos do tipo indel: o papel da vulnerabilidade genética no desenvolvimento da neuroinflamação e na fisiopatologia do Transtorno Depressivo Maior / Indel polymorphisms: the role of genetic vulnerability in the development of neuroinflammation and pathophysiology of Major Depressive DisorderREIS, Deyvson Diego de Lima 26 July 2017 (has links)
Submitted by Hellen Luz (hellencrisluz@gmail.com) on 2017-08-10T18:18:49Z
No. of bitstreams: 2
license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5)
Dissertacao_PolimorfismosGenicosTipo.pdf: 1974852 bytes, checksum: aa3b04d35c7266ffc0e87975cc193ae5 (MD5) / Approved for entry into archive by Irvana Coutinho (irvana@ufpa.br) on 2017-08-11T13:15:55Z (GMT) No. of bitstreams: 2
license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5)
Dissertacao_PolimorfismosGenicosTipo.pdf: 1974852 bytes, checksum: aa3b04d35c7266ffc0e87975cc193ae5 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-08-11T13:15:55Z (GMT). No. of bitstreams: 2
license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5)
Dissertacao_PolimorfismosGenicosTipo.pdf: 1974852 bytes, checksum: aa3b04d35c7266ffc0e87975cc193ae5 (MD5)
Previous issue date: 2017-07-26 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A fisiopatologia da depressão ainda permanece não totalmente compreendida. E apesar das contribuições da hipótese monoaminérgica para a compreensão de parte dos aspectos neurobiológicos desse transtorno, surgiram estudos com o objetivo de investigar o papel da neuroinflamação, dos polimorfismos em genes que influenciam a atividade inflamatória e as funções dos receptores monoaminérgicos no desenvolvimento do transtorno depressivo maior (TDM). Contudo, são poucas as pesquisas que analisaram o papel de vias inflamatórias upstream (como o papel dos genes NFKB1 e PAR1, capazes de influenciar a transcrição gênica de citocinas pró-inflamatórias) e do polimorfismo do gene codificante do receptor alfa 2 adrenérgico (gene ADRA2B) em indivíduos com o diagnóstico de depressão. Portanto, o objetivo deste estudo foi analisar o papel dos polimorfismos do tipo INDEL dos genes NFKB1 (rs28362491), PAR1 (rs11267092) e ADRA2B (rs34667759) no desenvolvimento do transtorno depressivo maior. Doze pacientes com diagnóstico de TDM e 145 controles saudáveis tiveram amostras de sangue coletadas e os polimorfismos dos 3 genes foram genotipados por uma única reação multiplex. Os produtos do PCR multiplex foram separados por eletroforese capilar e os dados analisadas no software GeneMapper 3.7 (Applied Biosystems). Esta pesquisa encontrou uma associação estatisticamente significante entre a variável depressão e os portadores do genótipo Del/Del do gene ADRA2B (p = 0,002): esses indivíduos apresentaram uma chance 6,41 vezes maior de desenvolver depressão quando comparados aos portadores dos genótipos Del/Ins e Ins/Ins. Não houve significância estatística entre os polimorfismos INDEL dos genes NFKB1 e PAR1 e o fenótipo depressivo. Nossos resultados sugerem que o marcador INDEL do gene ADRA2B (rs34667759), especificamente o alelo deleção, seja um possível biomarcador genético de vulnerabilidade para o desenvolvimento do TDM. / The pathophysiology of depression still remains not fully understood. And despite the contributions of the monoaminergic hypothesis to the understanding of neurobiological aspects of this disorder, studies have been carried out to investigate the role of neuroinflammation, polymorphisms in genes that influence inflammatory activity and monoaminergic receptor functions in the development of major depressive disorder (MDD). However, few studies have analyzed the role of upstream inflammatory pathways (such as the role of NFKB1 and PAR1 genes, which are capable of influencing transcription of proinflammatory cytokines) and of the alpha 2 adrenergic receptor encoding gene's polymorphism (ADRA2B gene) in individuals diagnosed with depression. Therefore, the objective of this study was to analyze the role of the INDEL type polymorphisms of NFKB1 (rs28362491), PAR1 (rs11267092) e ADRA2B (rs34667759) genes in the development of major depressive disorder. Twelve patients diagnosed with MDD and 145 healthy controls had blood samples collected and the INDEL polymorphisms of these 3 genes were genotyped by a single multiplex reaction. The multiplex PCR products were separated by capillary electrophoresis and the data analyzed in GeneMapper 3.7 software (Applied Biosystems). This research found a statistically significant association between depression and Del/Del genotype of the ADRA2B gene (p = 0.002): these individuals presented a 6.41 times greater chance of developing depression when compared to Del/Ins and Ins/Ins genotypes. There was no statistical significance between the INDEL polymorphisms of NFKB1 and PAR1 genes and depressive phenotype. Our results suggest that the INDEL marker of the ADRA2B gene (rs34667759), specifically the deletion allele, is a possible genetic biomarker of vulnerability for the development of MDD.
|
54 |
Eficácia terapêutica do exercício físico associado à farmacoterapia na depressão maior / Therapeutic efficacy of physical exercise associated with pharmacotherapy in maior depressionCristiana Carvalho Siqueira 23 July 2015 (has links)
INTRODUÇÃO: O Transtorno depressivo maior (TDM) acarreta malefícios na saúde física e na vida social do paciente levando-os ao isolamento, reduzindo sua capacidade física e profissional e aumentando o risco de morte. Sabe-se também da importância do exercício físico na manutenção da qualidade de vida e, mais recentemente sugerido como terapêutica adjuntiva na depressão. A maioria dos indivíduos deprimidos pode ser beneficiada com a prática de exercícios físicos, uma vez que sob o ponto de vista fisiológico, estes indivíduos apresentam uma capacidade aeróbica debilitada e alta propensão para a síndrome metabólica. Neste sentido, evidências apontam para o papel do exercício físico aeróbio como regulador dos níveis de monoaminas, cortisol e fatores neurotróficos, mecanismos semelhantes aos dos antidepressivos. Também são conhecidos seus efeitos na melhora de parâmetros cardiopulmonares, funções cognitivas, promoção da autoestima, interação social, entre outros benefícios na promoção do estado de saúde desses indivíduos. Entretanto, a maioria dos estudos realizados com objetivo de entender a real condição do exercício físico frente à melhora dos sintomas de depressão é criticada por falhas metodológicas e limitações, além de serem imprecisos quanto ao período e intensidade necessária de treino para que ocorram adaptações positivas. Portanto, este estudo propôs-se a minimizar estas críticas recorrentes avaliando uma amostra homogênea de pacientes com TDM e observando eventuais modificações em parâmetros biológicos, após treinamento físico aeróbio sistematizado associado à farmacoterapia. OBJETIVO: Avaliar a eficácia clínica do exercício físico supervisionado associado à farmacoterapia no tratamento da depressão maior. MÉTODOS: 40 pacientes de ambos os sexos (31 mulheres), idades entre 18 e 55 anos (38,65±9,96) iniciaram monoterapia com sertralina e foram avaliados por quatro semanas. A amostra foi dividida em grupo intervenção (GI- n=20) que foram medicados e participaram do treinamento físico aeróbio, e grupo controle (GC- n=20) que utilizou apenas a farmacoterapia. Os pacientes foram avaliados no início e fim do programa por meio da escala de Hamilton-17 itens (HAM-D-17), Inventário de Depressão de Beck (BDI), escala de Impressão Clínica Global (CGI) e parâmetros de aptidão cardiorrespiratória. Para se obter a melhor expressão dos índices de avaliação funcional dos pacientes de ambos os grupos usamos a ergoespirometria, teste que determinou as variáveis respiratórias, metabólicas e cardiovasculares de cada paciente. RESULTADOS: Após 4 semanas de exercício aeróbio supervisionado houve redução significativa (p < 0,05) nas escalas de HAM-D-17 e BDI, entre os momentos inicial e final, tanto no GI como no GC. Não foi encontrada diferença significante entre os grupos quanto à resposta ao tratamento (p > 0,99) ou remissão do episódio depressivo (p = 0,695). Entretanto, a redução dos sintomas de depressão foi mais acentuada no GI (- 43,2%) mesmo este grupo tendo utilizado uma dose de antidepressivo menor que o GC (p = 0,004). Houve alteração significativa dos parâmetros cardiopulmonares no GI [ (VO2máx- p < 0,001, PO2- p= 0,008, LV2 (VO2) - p=0,010) ]. Não foi encontrado correlação entre o delta HAM-D-17 e o delta VO2máx. (r = -0,179; p = 0, 270; n = 40), mas, uma correlação significativa (p < 0,05) foi observada entre as variáveis delta LV2 (VO2) e delta BDI, no GI (r = -0,458; p= 0,042). Quanto à predição de resposta, o índice de massa corpórea (IMC) inicial apresentou relação linear com o delta HAM-D-17 (p=0,01). CONCLUSÃO: Embora não tenha havido uma associação significativa entre o programa regular de exercício supervisionado e a melhora dos escores de depressão, estes dados preliminares mostraram efeitos diretos do exercício físico na aptidão cardiorrespiratória dos pacientes com TDM. Entretanto, cabe ressaltar que a diferença encontrada na dose de antidepressivo utilizada nos grupos (p=0,04) pode significar uma interferência positiva do exercício físico / INTRODUCTION: Major depressive disorder (MDD) causes harmful effects on physical health and social life of the patient taking them to isolation, reducing their physical and professional capacity and increasing the risk of death. It is also known the importance of supervised exercise in maintaining quality of life and, most recently as adjunctive therapy in depression. Most depressed individuals could have benefits with physical exercises training, once under the physiological point of view, these individuals have an impaired aerobic capacity and high propensity for metabolic syndrome. In this sense, evidences links the role of aerobic exercise as a factor regulating the levels of monoamines, cortisol and neurotrophic factors, mechanisms similar to those of antidepressants. It is also known its effects on improvement of cardiopulmonary parameters, cognitive functions, promoting self-esteem, social interaction, among other benefits in promoting health state of these individuals. However, most studies conducted in order to understand the underlying mechanisms of physical exercise to improve symptoms of depression is criticized for methodological flaws and limitations, in addition to inaccuracy about the period and intensity needed for training leading to positive adaptations. Therefore, this study proposed to minimize these criticisms by assessing a homogeneous sample of patients with MDD and evaluating changes in biological parameters, after systematized aerobic physical training associated with antidepressant pharmacotherapy. OBJECTIVE: To evaluate the clinical efficacy of physical exercise associated with pharmacotherapy in the treatment of MDD. METHODS: 40 patients of both genders (31 women), aged between 18 and 55 years (38, 65 ± 9, 96), in monotherapy treatement with sertraline were evaluated for four weeks. The sample was divided into intervention group (IG n = 20) that receive exercise training and antidepressant pharmacotherapy, and control group (CG n = 20) only with pharmacotherapy. Patients were evaluated at the beginning and at the end of the program by the Hamilton Depression Rating Scale - 17 items (HAM-D-17), Beck Depression Inventory (BDI) Global Clinical impression (CGI) and scale parameters of cardiorespiratory fitness. To obtain the best expression of functional evaluation indexes we used ergospirometry to determine respiratory, metabolic and cardiovascular each patient. RESULTS: After 4 weeks of supervised aerobic exercise, there was a significant reduction (p < 0.05) in the scale of HAM-D-17 and BDI between the initial and final evaluations. There was no significant difference between groups regarding response to antidepressant pharmacotherapy (p > 0.99) and episode remission (p = 0.695). The reduction of symptoms of depression was more marked in the IG (-43.2 percent) even though this group having used a dose of antidepressant less than the CG (p = 0.004). There was a significant change of cardiopulmonary parameters in IG [(VO2max- p < 0.001, PO2- p = 0.008, LV2 (VO2) - p = 0.010)]. No correlation was found between the delta HAM-D-17 and delta VO2max. (r = -0.179; p = 0.270; n = 40), but a significant correlation (p < 0.05) was observed between variables delta LV2 (VO2) and delta BDI, in IG (r = -0.458 p=0.042). As for the prediction of response, initial body mass index presented linear relationship with the Delta HAM-D-17 (p = 0.01). CONCLUSION: Although there has not been a significant association between regular supervised exercise program and improvement of depression scores, our results shows a direct effects of supervised physical exercise on cardiorespiratory fitness of patients with MDD. However, it is noteworthy that the difference found in the dose of an antidepressant used in the groups (p= 0.04) can be due to a positive interference of supervised physical exercise
|
55 |
Características de temperamento e caráter no transtorno depressivo maior: um estudo transversal com grupo controle / Temperament and character traits in major depressive disorder a cross-sectional study with a control groupBarbara Schwair Nogueira 06 June 2016 (has links)
A Depressão é um transtorno mental grave e com alta prevalência, de difícil tratamento e fator de risco para inúmeras outras doenças e disfuncionalidades. Seus principais sintomas são o humor deprimido e a anedonia. Considera-se que a personalidade afeta a vulnerabilidade individual para a depressão além de influenciar os tipos de sintomas e complicações experimentadas pelo paciente. O presente trabalho aborda o tema do Transtorno Depressivo Maior em relação a características de temperamento e caráter, baseado no modelo psicobiológico de Cloninger. Questiona-se quais estariam associadas à Depressão Maior e ainda, quais outras se revelam protetoras da saúde e do bem estar físico, mental e social. Foi realizado um estudo transversal cujo objetivo foi comparar características de temperamento e caráter entre sujeitos com Transtorno Depressivo Maior moderado a grave e um grupo controle de sujeitos saudáveis, sem transtornos neuropsiquiátricos. Os pacientes deprimidos estavam sem uso de antidepressivos há pelo menos três semanas no momento da avaliação. Participaram 103 sujeitos (69 mulheres e 34 homens) em cada grupo, pareados por sexo e idade. Os mesmos preencheram o Inventário de Temperamento e Caráter (ITC), um teste autoaplicável e que avalia quatro dimensões de temperamento (Busca de Novidades, Evitação de Danos, Dependência de Recompensa e Persistência) e três de caráter (Autodirecionamento, Cooperatividade e Autotranscendência), cada qual com suas subdimensões. Foi realizada a comparação de dados sociodemográficos entre os grupos e a correlação entre as 7 dimensões de temperamento e caráter com escalas que avaliam afeto e humor no grupo de deprimidos e outras características do Transtorno Depressivo Maior, como tipo, idade de início da Depressão e número de episódios depressivos. Foi realizada a comparação das médias com o teste-t e das frequências com o chi-quadrado. Correlações foram realizadas para analisar as diferentes variáveis com o coeficiente de correlação de Pearson e nível de significância em 5% e com o teste de correção Bonferroni, estabelecendo nível de significância 0,007 para a comparação das 7 dimensões e 0,002 para as 25 subdimensões. Os resultados mostraram que pacientes com depressão apresentaram um escore maior de Evitação de Danos (M=25,58, DP=7,15) e um escore menor de Autodirecionamento (M=21,65, DP=8,03) comparados ao grupo controle (M=15,39, DP=6,09; M=33,43, DP=5,89, respectivamente, p<0,001). Por outro lado, sujeitos do grupo controle, além do Autodirecionamento, apresentaram também escores maiores em Cooperatividade (M=34,14, DP=4,85) comparados aos pacientes com depressão (M=29,44, DP=6,93, p<0,001). Por ser um estudo transversal não foi possível abordar a questão de traço ou estado-dependência destas dimensões de personalidade na Depressão Maior / Depression is a severe mental disorder of high prevalence, difficult treatment and risk factor for several other diseases and disorders. Its main symptoms are depressed mood and the anhedonia or loss of interest. There is evidence that personality affects the individual vulnerability for depression, as well as influences the types of symptoms and complications experimented by the patient. This work investigated the relationship between Major Depressive Disorder and temperament and character traits, based on Cloninger`s psychobiological model. We investigated which traits may be associated to Major Depression; furthermore, which others may reveal themselves protective of health and physical, mental and social welfare. A cross-sectional study was performed with the objective of comparing temperament and character traits between subjects with moderate to severe Major Depressive Disorder and a control group composed of healthy subjects without neuropsychiatric disorders. The depressed patients were antidepressant-free for at least three weeks at the time of the assessment. One hundred and three subjects (69 women and 34 men) participated in each group, matched by gender and age. These individuals filled out the Temperament and Character Inventory (TCI), a self-administered test which evaluates four dimensions of temperament (Novelty Seeking, Harm Avoidance, Reward Dependence and Persistence) and three of character (Self-Directedness, Cooperativeness and Self- Transcendence), each one with their own subscales. A comparison of sociodemographic data between the groups and the correlation between the seven dimensions of temperament and character was performed. Scales were used to assess affect and mood in the group of depressed individuals, as well as other characteristics of the Major Depressive Disorder, such as type, age of depression onset and the number of depressive episodes. The means were compared with t-tests and frequencies with the chi-square test. Correlations were made to analyze the different variables with Pearson correlation coefficient and the significance level at 5% threshold. The Bonferroni correction test was also applied, establishing the significance level in 0.007 for the comparison of the 7 dimensions and 0.002 for the 25 subscales. The results showed that patients with depression presented a higher Harm Avoidance score (M=25,58, SD=7,15) and a lower Self-Directedness score (M=21,65, SD=8,03) when compared to the control group (M=15,39, SD=6,09; M=33,43, SD=5,89, respectively, p<0,001). On the other hand, subjects from the control group, as well as increased Self- Directedness, also had significantly higher scores on Cooperativeness (M=34,14, SD=4,85) compared to patients with depression (M=29,44, SD=6,93, p<0,001). As this is a crosssectional study, it was not possible to approach the matter of trace or state-dependency of these dimensions of the Major Depression Personality
|
56 |
Avaliação da confiabilidade e validação da versão em português de uma escala de auto-avaliação de hipomania (HCL-32 hypomania checklist) / Reliability and validity of a brazilian version of the hypomania checklist (HCL-32)Odeilton Tadeu Soares 27 August 2010 (has links)
O HCL-32 é um questionário de 32 itens, de auto-aplicação, onde os sintomas são avaliados através de respostas do tipo \"sim\" (presente ou típico) ou \"não\" (não está presente ou atípico). Além disso, o HCL-32 tem 8 seções para avaliar a gravidade e o impacto dos sintomas sobre os diferentes aspectos da vida do paciente. A pontuação é obtida pela soma das respostas positivas para os 32 itens sobre hipomania. A versão original do HCL-32 foi traduzido e adaptado para o português brasileiro. A primeira versão do HCL-32 foi traduzida por nós, revisados por especialistas em transtornos de humor, bem como por um professor de português brasileiro. Foi então retro-traduzida por um professor de inglês americano. Dos indivíduos inicialmente selecionados, foram excluídos 27, 11 devido à presença de comorbidades com abuso de substância, e 16 devido à incapacidade de preencher corretamente o questionário. Assim, nossa amostra final ficou composta por 81 pacientes com TB (37 TBI; 44TBII), 42 com TDM, e 362 sujeitos de uma população não clínica. A consistência interna foi elevada, com um alfa de Cronbach de 0,793 para todo o HCL-32 VB, indicando que os itens do questionário são suficientemente homogêneos. Indivíduos com TB tiveram a maior pontuação no HCL-32 VB. A média de respostas afirmativas foi significativamente diferente de acordo com o diagnóstico. Analisamos a capacidade em diferenciar os diagnósticos através da curva ROC. A área sob a curva foi de 0.702, indicando a boa capacidade da escala para distinguir entre diagnósticos. A melhor combinação de sensibilidade (0.75) e especificidade (0.58) ocorreu com uma pontuação acima de 18. Esta pontuação distinguiu entre pacientes com TB e TDM. Para comparar as propriedades discriminativas do HCL-32 VB e MDQ VB, foram calculadas a sensibilidade e especificidade de ambos os questionários. A HCL-32 VB teve uma sensibilidade de 0.75 e especificidade de 0.58. O MDQ teve sensibilidade de 0.70 e especificidade de 0.58. Assim, a HCL-32 BV apresentou maior sensibilidade, mas a mesma especificidade que o MDQ. A análise fatorial resultou em nove fatores com autovalores > 1, explicando 53,1% da variância total. De acordo com o teste Scree, foi preferida uma solução com três fatores. O primeiro fator, com autovalor de 4,90, explicou 15,3% da variância e foi composto por 10 itens. Essa subescala reflete questões relacionadas com ativação/elação. O segundo fator, com autovalor de 3,48 (10,88% da variância), composto por 11 itens e sua estrutura inclui questões relacionadas com \"irritabilidade / comportamento de risco\". O terceiro fator, com autovalor de 1,56 (4,87% da variância), ficou composto por cinco itens e sua estrutura reflete questões relacionadas com \"desinibição / ativação sexual. Os parâmetros psicométricos de HCL-32 VB sugerem que é um instrumento útil para a detecção de hipomania em pacientes com transtornos de humor. O HCL-32 VB é um questionário rápido de auto-aplicação e de fácil interpretação / The HCL-32 is a 32-item self-administered questionnaire where symptoms are assessed through yes (present or typical) or no (not present or untypical) answers. In addition, the HCL-32 has 8 other sections evaluating the severity and impact of the symptoms on different aspects of patient\'s life. The score is obtained by adding the positive responses to the 32 symptoms of hypomania. The original version of the HCL-32 was translated and adapted to Brazilian Portuguese .The first draft of the Brazilian version was translated by us, reviewed by experts in mood disorders, as well as by a Brazilian-Portuguese teacher. It was then back-translated by an English (American) teacher. Of the individuals initially enrolled, 27 individuals were excluded; 11 due to the presence of comorbidities with substance abuse, and 16 due to inability to properly fill the questionnaires. Accordingly, our final sample comprised of 81 patients with BP (37 BPI; 44 BPII), 42 with MDD, and 362 subjects from a nonclinical population. Internal consistency was high, with a Cronbach\'s alpha of 0.793 for the entire HCL-32 BV, indicating that the items of the questionnaire are sufficiently homogeneous. Individuals with BP had the highest HCL-32 BV scores. The mean number of affirmative responses to the list of symptoms was significantly different according to diagnosis. We analyzed the scale\'s discrimination for BP trough the ROC curve. The area under the curve was 0.702 indicating the good ability of this screening scale. The best combination of sensitivity (0.75) and specificity (0.58) happened with a score above 18. This score discriminates between BP patients and MDD. To compare the discriminative properties of HCL-32 BV and MDQ, we calculated the sensitivity and specificity of both questionnaires. The HCL-32 BV had a sensitivity of 0.75 and specificity of 0.58. The MDQ had sensitivity of 0.70 and specificity of 0.58. Hence, the HCL-32 BV showed higher sensitivity but the same specificity than the MDQ. The factor analysis resulted in 9 factors with eigenvalues > 1, explaining 53.1% of the total variance. According to the Scree test, a 3-factor solution was preferred. The first factor, with an Eigenvalue of 4.90, explained 15.3% of the variance and comprised 10 items . This subscales structure reflects questions related to active/elated symptoms. The second factor, with an Eigenvalue of 3.48 (10.88% of the variance), comprised 11 items and its structure includes questions associated with irritable/risk-taking items. The third factor, with an Eigenvalue of 1.56 (4.87% of variance), comprised 5 itens and its structure reflect questions related to disinhibition/activation sexual. The psychometric parameters of HCL-32 BV suggest it as a useful instrument for the detection of hypomania in patients with mood disorders. HCL-32 BV is a brief, self-administered questionnaire of easy application and interpretation
|
57 |
Biomarcadores em líquor e em leucócitos no transtorno depressivo maior, comprometimento cognitivo leve e doença de Alzheimer / Biomarkers in cerebrospinal fluid and leukocytes in Major Depressive Disorder, Mild Cognitive Impairment and Alzheimer\'s diseaseBram, Jéssyka Maria de França Monezi 18 April 2017 (has links)
O acelerado processo de envelhecimento tem trazido não só mudanças no perfil demográfico, mas também no perfil epidemiológico da população. Entre os problemas de saúde encontrados em idosos, merecem destaque os transtornos mentais, visto que acometem cerca de um terço dessa população, sendo os transtornos depressivos e a demência os problemas de saúde mental mais prevalentes. O transtorno depressivo maior (TDM), bem como o comprometimento cognitivo leve (CCL), tem sido associado prejuízo das funções cognitivas, além de aumentar o risco de desenvolvimento de demência, principalmente doença de Alzheimer (DA). Sendo assim, é importante que haja identificação preventiva de pessoas com maior risco para o desenvolvimento de DA a fim de proporcionar um tratamento precoce. Dessa maneira este estudo objetivou comparar os marcadores biológicos envolvidos na cascata amiloide, expressos em leucócitos e líquor, nas condições clínicas TDM, CCL, DA e controles saudáveis. Para tanto, foi determinada a expressão proteica das secretases ADAM10, BACE1 e PSEN1 e do peptídeo A? em leucócitos e líquor pelos métodos de Western Blotting, ELISA e Luminex. Ao analisarmos a expressão das secretases e do peptídeo Abeta em leucócitos não observamos diferenças estatisticamente significantes entre os grupos, exceto pela expressão da proteína PSEN1, que apresentou menores níveis em DA em relação à TDM. Em relação ao líquor, observamos uma significativa diminuição do peptídeo A? no grupo DA quando comparado aos grupos CCL, TDM e também a controles saudáveis; porém não foram observadas diferenças de expressão desse peptídeo entre CCL, TDM e controles saudáveis. Esses resultados sugerem que a matriz leucocitária, apesar de expressar os componentes desta via, sugerindo dispor da maquinaria enzimática necessária para o processamento da proteína precursora do amiloide (APP), não é a ideal para estudos sobre a cascata amiloide. Além disso, os resultados obtidos em amostras de líquor, de acordo com a casuística analisada, reforçam os dados da literatura que estabelecem a redução da concentração do peptídio Abeta no líquor como um biomarcador da DA, sem termos detectado alterações nos demais grupos estudados. Nossos resultados (negativos) em relação à expressão das APP-secretases no líquor acrescentam dados a este domínio ainda controverso da literatura. Assim sendo, mais estudos devem ser realizados para que possamos compreender melhor as vias relacionadas ao desenvolvimento da DA / The accelerated aging process has brought not only changes in the demographic profile, but also in the epidemiological profile of the population. Among the health problems found in the elderly, mental disorders are worth mentioning, since they affect about a third of this population, being the depressive disorders and dementia the most prevalent mental health problems. Major depressive disorder (MDD), as well as mild cognitive impairment (MCI), have been associated with higher levels of cognitive symptoms and increased risk of developing dementia, especially Alzheimer\'s disease (AD). Therefore, it is important to identify individuals at greater risk for the development of AD in order to provide treatment at early stages of the disease process. In this way, this study aimed to compare the biological markers involved in the amyloid cascade under the clinical conditions TDM, CCL, DA and healthy controls expressed in leukocytes and CSF. We determined the protein expression of ADAM10, BACE1 and PSEN1 and A? peptides in leucocytes and CSF using the Western Blotting, ELISA and Luminex methods. When analyzing the expression of the secretases and the A? peptide in leukocytes, we did not observe statistically significant differences between the groups, except for the expression of the PSEN1 protein, which presented lower levels in AD in relation to MDD. In relation to CSF, we observed a significant reduction of the Abeta peptide in AD when compared to MCI, TDM and also to healthy controls, but no differences in expression of this peptide were observed between MCI, MDD and healthy controls. These results suggest that the leukocytes, although expressing the key components and the enzymatic machinery necessary for the proteolytic processing of the amyloid precursor protein (APP), may not represent an adequate biological matrix for studies addessing the amyloid cascade. In addition, results obtained in CSF samples, according to the analyzed series, reinforce the literature data that establish the reduction of A? peptide concentration in CSF as a biomarker of AD, without detecting alterations in the other groups studied. Our (negative) results in relation to the expression of APP-secretases in CDescriptors: MSF add data to this still controversial domain of the literature. Therefore, more studies should be done so that we can better understand the pathways related to the development of AD
|
58 |
Disfunção neuroquímica na depressão periparto / Neurochemistry dysfunction in peripartum depressive disorderRosa, Carlos Eduardo 16 March 2016 (has links)
A depressão periparto (PPD) é subtipo altamente prevalente e subdiagnosticado do transtorno depressivo maior (MDD), e causa um importante sofrimento para a mulher, sua família e seu filho. Uma interação complexa entre hormônios, neurotransmissores e fatores genéticos e ambientais pode estar envolvida na etiologia da PPD. Contudo, estudos de neuroimagem na PPD ainda são escassos, particularmente os que identificam alterações neuroquímicas. Sabe-se que a região do córtex pré frontal dorsolateral (dlPFC) está relacionada à funções executivas no circuito pré frontal, e juntamente com o giro do cíngulo anterior (ACG) faz parte das vias neuronais envolvidas no processamento emocional, desde a geração, regulação e reavaliação do estado afetivo. Existem evidências de que ambas as áreas estejam disfuncionais na MDD. A avaliação neuroquímica obtida pela espectroscopia de próton por ressonância magnética (MRS) permite inferir o metabolismo, a neurotransmissão e a viabilidade do tecido neuronal de interesse destas áreas fronto-límbicas. Objetivo: comparar puérperas com depressão periparto (grupo PPD) com puérperas saudáveis (grupo HP) quanto à avaliação neuroquímica no dlPFC esquerdo e no ACG bilateral. Métodos: 36 puérperas do grupo PPD e 25 puérperas do grupo HP foram submetidas à duas entrevistas psiquiátricas estruturadas e à aplicação de questionários e escalas psicométricas, sendo a segunda avaliação realizada seccionalmente à MRS. A MRS foi adquirida pro MRI com campo de 3 Tesla, estando o volume de interesse (VOI) posicionado no dlPFC esquerdo e no ACG bilateral e processada pelo software LCModel. Os resultados neuroquímicos expressos em valores absolutos e normalizados pela creatina (razão metabólito/creatina) foram analisados por ANCOVA, incluindo a idade, o tempo de puerpério e o tipo de contraceptivo, enquanto covariáveis. Resultados: No dlPFC, o grupo PPD apresentou menores valores de Glu/Cr (-0,17; p=0,05), Glx (-0,95 mM; p=0,04), Glx/Cr (-0,22; p=0,03), NAA (-0,60 mM; p<0,01), e NAA/Cr (-0,13; p=0,02) em relação ao grupo HP. No ACG, o uso de hormônios contraceptivos somente com progestágenos resultou em um aumento dos valores de Glu (2,18 mM; p=0,03), Glx (1,84 mM; p=0,03), e redução de Cho/Cr (-0,08; p=0,03) quando comparados ao grupo que não utilizou somente progestágenos, independentemente dos grupos HP e PPD. Conclusão: Os níveis reduzidos de Glu e NAA no grupo PPD estão relacionados, respectivamente, à disfunção metabólica glutamatérgica e neuroglial no dlPFC, o que pode explicar sintomas cognitivos também relacionados à PPD, tal como já verificado no MDD. O uso de hormônios contraceptivos com progestágenos isoladamente interferiu com a neuroquímica do ACG, mas não se relacionou com a PPD. Embora o aumento do glutamato possa sugerir uma hiperfuncionalidade do ACG, e a redução da Cho/Cr representar diminuição de \"turnover\" da membrana lipídica ou da transdução sináptica, seu significado clínico e fisiopatológico ainda é incerto. Estes resultados contribuem com a compreensão dos substratos neuroquímicos de PPD / Peripartum depression (PPD) is a highly prevalent subtype of major depressive disorder (MDD) related to a significant loss for mother, family and baby. An Interaction between hormones, genetic, and environmental factors must be involved in its etiology. However, neuroimaging studies on PPD are still rare, particularly those that identify neurochemical changes. However, neuroimaging studies in PPD are still rare, particularly those that identify neurochemical changes. It is known that the region of the dorsolateral prefrontal cortex (dlPFC) is related to executive functions in the prefrontal circuit, and together with the anterior cingulate gyrus (ACG) is part of the neural pathways involved in emotional processing, including the generation, regulation, and reappraisal of affective state. And, there is evidence that both areas are dysfunctional in MDD. The neurochemical evaluation obtained by spectroscopy of proton magnetic resonance (MRS) allows to infer metabolism, neurotransmission and the viability of the neuronal tissue of interest these frontal-limbic areas. Objective: Compare postpartum women with peripartum depression (PPD group) with healthy postpartum women (HP group) regarding the neurochemical evaluation in the left dlPFC and bilateral ACG. Methods: 36 postpartum women of PPD group and 25 postpartum women of the HP group were subjected to two structured psychiatric interviews and questionnaires and psychometric scales, with the second evaluation performed sectionally at MRS. The MRS was obtained by 3-T MRI system with the volume of interest (VOI) positioned on the left dlPFC and bilateral ACG and processed by LC Model software. The neurochemical results expressed in absolute values and normalized by creatine (reason metabolite/creatine) were analyzed using ANCOVA, including age, postpartum time, the type of contraceptive as covariates. Results: In the dlPFC, PPD group presented significantly lower values of Glu/Cr (-0.17; p=0.05), Glx (-0.95mM; p=0.04), Glx/Cr (-0.22; p=0.03), NAA (-0.60mM; p<0.01), and NAA/Cr (-0.13; p=0.02) than HP. In ACG, progestogens isolated contraceptive hormones use resulted in significantly increased Glu (2.18mM; p=0.03), Glx (1.84mM; p=0.03), and reduced Cho/Cr (-0.08; p=0.03), compared to women without use them, regardless of diagnostic groups. Conclusions: The reduced levels of Glu and NAA in the PPD group are related respectively to the glutamatergic and neuroglial metabolic dysfunction in the dlPFC, which may explain cognitive symptoms also related to PPD as already verified in MDD. Progestogens isolated contraceptive hormones use interfered with neurochemistry of ACG, but not associated with PPD. Although the increase of glutamate may suggest an overactive ACG, and lower Cho/Cr represent decrease of the lipid membrane turnover or synaptic transduction its clinical and pathophysiological significance remains uncertain. These results contribute to the understanding of the neurochemical substrates of PPD
|
59 |
Prevalência de episódio de depressão maior em áreas de abrangência da estratégia saúde da família em dois municípios do Amazonas / Prevalence of major depressive episode in areas covered by the family health strategy in two municipalities in the state of AmazonasSantos, Edinilza Ribeiro dos 13 August 2015 (has links)
Introcução: Estima-se que, no mundo, mais de 350 milhões de pessoas de todas as idades tenham depressão. Em 2010, a depressão foi a segunda principal causa de anos vividos com incapacidade. Embora haja tratamentos eficazes, a proporção de casos diagnosticados e tratados é baixa em todo o mundo, menor ainda nos países de média e baixa renda. Objetivos. Estimar a prevalência de Episódio de Depressão Maior (EDM) na população de 20 anos ou mais cadastrada na Estratégia Saúde da Família (ESF) em dois municípios do Estado do Amazonas (Coari e Tefé); avaliar a associação de EDM com características individuais e investigar a associação entre EDM e utilização de serviços de saúde. Método. Estudo de corte transversal conduzido entre agosto de 2013 e maio de 2014 com amostra representativa da população com 20 anos ou mais, cadastrada na ESF da área urbana dos municípios de Coari e Tefé. Os desfechos \"Depressão maior\" e \"Utilização de Serviços de Saúde\" foram avaliados com a escala Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9) e questões sobre uso de serviços de atenção primária, urgência ou emergência e atenção médica especializada. Foram avaliadas as seguintes exposições: características demográficas e socioeconômicas, apoio social, eventos de vida estressantes, uso de tabaco e álcool, morbidades físicas e tratamento para transtornos mentais. As entrevistas foram realizadas no domicílio do participante. Regressão de Poisson foi utilizada para examinar a associação entre EDM e os fatores de exposição; os resultados foram apresentados como razão de prevalência, com os respectivos intervalos de confiança de 95% (IC 95%). Resultados. A prevalência geral de EDM foi 19,1% (IC 95% 17,2-21,1), sendo 22,2% (IC 95% 19,3-25,0) para mulheres e 16,0 (IC 95% 13,4-18,5) para homens. As prevalências de EDM em Coari e Tefé foram 18,3% (IC 95% 15,7-21,0) e 19,9% (IC 95% 17,2-22,7), respectivamente. Sexo feminino, ausência de apoio social de amigos/colegas, maior número de eventos de vida produtores de estresse e de morbidades físicas foram associados independentemente com depressão maior. Baixa escolaridade e baixa renda, uso de tabaco e uso de risco de álcool foram associados com depressão maior nas análises não ajustadas. EDM foi independentemente associado com a utilização dos três tipos de serviço de saúde investigados. Menos que 4,0% da população estudada recebiam algum tipo de tratamento relacionado à saúde mental. Conclusão. O Estado do Amazonas tem altos índices de desemprego, pobreza e baixa escolaridade, fatores de risco conhecidos para depressão. Uma parcela dos habitantes de Coari e Tefé apresentou indicadores de desvantagem social. Neste contexto, a alta prevalência de EDM encontrada no estudo, cerca de um em cada cinco adultos, não surpreende. As características individuais associadas com EDM nestes municípios são similares aos fatores de risco para depressão no Brasil e em outras partes do mundo. Apesar dos participantes com depressão utilizarem com maior frequência os serviços de saúde, apenas uma pequena proporção da população estudada recebia tratamento para transtornos mentais. Existe uma grande lacuna para o tratamento de depressão no Estado do Amazonas. Programas de tratamento que incluam identificação e tratamento de depressão no contexto da atenção primária devem ser desenvolvidos / Introduction. It is estimated that more than 350 million people of all ages have depression. In 2010, depression was the second leading cause of years lived with disability. Although there are effective treatments, the proportion of cases diagnosed and treated is low around the world, and even smaller in low and middle income countries. Objective. To estimate the prevalence of Major Depressive Episode (MDE) in the population aged 20 years or over enrolled in Brazil\'s Family Health Strategy (FHS) in two municipalities in the state of Amazonas: Coari and Tefé; to evaluate the association of MDE with the individuals\' characteristics; and to investigate the association of MDE with use of health services. Method. Cross-sectional study conducted between August 2013 and May 2014 with a representative sample of the population aged 20 or over enrolled in the FHS in the urban area of Coari and Tefé. The outcomes \"major depression\" and \"use of health services\" were assessed with the Patient Health Questionnaire-9 scale (PHQ-9) and questions about the use of primary care services, as well as emergency and specialized medical care. The following exposure variables were evaluated: demographic and socioeconomic characteristics, social support, stressful life events, use of tobacco and alcohol, physical morbidities and treatment for mental disorders. Interviews were carried out at the participants\' home. Poisson regression was used to examine the association between MDE and exposure factors; results are presented as prevalence ratios, with its respective 95% confidence interval (95% CI). Results. The overall prevalence of MDE was 19.1% (95% CI 17.2 - 21.1) and 22.2% (95% CI 19.3 - 25.0) for women and 16.0 (95% 13.4 - 18.5) for men. The prevalence of MDE in Coari and Tefé were 18.3% (95% CI 15.7 - 21.0) and 19.9% (95% CI 17.2 - 22.7), respectively. Being a woman, lack of social support from friends/colleagues, increased number of stressful life events and physical morbidity were independently associated with major depression. Lower formal education and income, tobacco use and risk use of alcohol were associated with MDE in unadjusted analysis. MDE was independently associated with use of three types of health care investigated. Less than 4.0% of the study population received any type of treatment related to mental health. Conclusion. The state of Amazonas has high rates of unemployment, poverty and low education achievement, known risk factors for depression. A portion of the inhabitants of Coari and Tefé presented indicators of social disadvantage. In this context, the high prevalence of MDE - about one in five adults - is not surprising. Individual characteristics associated with MDE in these municipalities are similar to risk factors for depression in Brazil and worldwide. Although participants with depression used health services frequently, only a small proportion of the study population received treatment for mental disorders. There is a large treatment gap for depression in the state of Amazonas. Treatment programs that include identification and treatment of depression in the context of primary health care should be developed
|
60 |
Tratamento do transtorno depressivo maior pós acidente vascular cerebral com Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC): ensaio-clínico, randomizado, duplo-cego / Transcranial direct current stimulation for the treatment of poststroke depression: results from a randomized, sham-controlled, double-blinded trialValiengo, Leandro da Costa Lane 02 July 2015 (has links)
A depressão pós Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma condição desabilitante que ocorre em um terço dos casos. Há uma dificuldade no tratamento farmacológico devido a efeitos adversos e eficácia limitada. Recentemente, a estimulação trasncraniana por corrente contínua (ETCC) tem demonstrado eficácia no tratamento da depressão unipolar, apesar dos seus efeitos em depressões secundárias serem desconhecidos. O objetivo do estudo foi avaliar a eficácia e segurança da ETCC, uma intervenção não farmacológica, para depressão pós AVC (DPA), através de um ensaio clínico, randomizado, duplo-cego, sham-controlado. Foram incluídos quarenta e oito pacientes sem uso de antidepressivos com DPA foram igualmente divididos em 2 grupos que não diferiram em gênero, idade, gravidade do AVC ou da depressão e nem em outras variáveis clínicas. Foram realiadas 12 sessões de 30 minutos de ETCC com 2mA de corrente com ânodo à esquerda e cátodo à direita em córtex pré-frontal dorsolateral. Para a ETCC sham foi feita um minuto de estimulação somente, seguida por desligamento da máquina até um total de 30 minutos. Foi feita uma análise por intenção de tratamento, na qual o desfecho primário foi mudança na Hamilton Depression Rating Scale na sexta-semana (final). Resposta clínica e remissão foram desfechos secundários. Segurança foi avaliada usando um questionário de efeitos adversos, avaliação da cognição e a escala de mania de Young. A ETCC ativa foi significantemente superior a sham no desfecho final (diferença de médias de 4.7 pontos, IC95% de 2.1 a 7.3, P < 0.001). Taxas de resposta e remissão também foram estatisticamente maior no grupo ativo (37.5% e 20.8%, respectivamente) em relação ao grupo sham (4.1% e 0). O número necessário para tratar para resposta e remissão foi, respectivamente, 3 e 5. A região ou lado do AVC não predisse resposta. Nenhum efeito adverso grave foi relatado e a frequência dos efeitos adversos foi semelhante em ambos grupos. Pacientes e avaliadores foram cegados de forma efetiva. Este é o primeiro estudo controlado que mostra a eficácia da ETCC na DPA. Dessa forma, a ETCC pode ser uma opção terapêutica para esses pacientes / Depression after a stroke is a disabling condition that occurs in up to one-third of cases. Pharmacological treatment is challenging due to adverse effects and presents limited efficacy. Recently, transcranial direct current stimulation (tDCS) has shown efficacy in the treatment of unipolar depression, although its antidepressant effects in secondary depressions are unknown. The objective of the study was to assess the efficacy and safety of tDCS, a nonpharmacological intervention, for post-stroke depression (PSD) in a prospective, randomized, double blind, sham-controlled trial. Forty-eight antidepressant-free patients with PSD were equally divided in two groups that did not differ in gender, age, stroke and depression severity and other clinical variables. Twelve 30-minute sessions of 2-mA anodal left/cathodal right dorsolateral prefrontal tDCS applied over 6 weeks. For sham tDCS we performed 1-min of stimulation only, followed by no stimulation during the remaining period. Intention-to-treat analysis, in which the primary outcome measure was the change in Hamilton Depression Rating scale score at 6 weeks (endpoint). Clinical response and remission were secondary outcomes. Safety was assessed using an adverse effects questionnaire, cognitive assessment and the Young mania rating scale. Active tDCS was significantly superior to sham at endpoint (mean difference, 4.7 points; 95% CI, 2.1 to 7.3; P <.001). Response and remission rates were also statistically higher in active (37.5% and 20.8%, respectively) vs. sham (4.1% and 0) groups. The number needed to treat for response and remission was, respectively, 3 and 5. Stroke region or side did not predict response. No serious adverse effects were reported and the frequency of common adverse effects was similar in both groups. Patients and raters were effectively blinded. This is the first controlled study that demonstrates the safety and clinically meaningful efficacy of tDCS in patients with PSD. Therefore, tDCS could be an option for the treatment of these patients
|
Page generated in 0.1241 seconds