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Análise da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) em cirurgias de exodontia de terceiros molares inferiores / Analysis of heart rate variability (HRV) in lower third molar surgeries

Renata Martins da Silva Prado 10 December 2013 (has links)
Embora amplamente utilizados no monitoramento durante o tratamento odontológico, pesquisas questionam a sensibilidade de medidas como da Pressão Arterial e Frequência Cardíaca na detecção precoce de anormalidades cardiocirculatórias iniciais e, sobretudo, das respostas autonômicas ao estresse mental e às drogas administradas durante procedimentos cirúrgicos. A Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC), isto é, a variação do intervalo RR batimento-a-batimento, é reconhecida como uma sensível preditora de eventos cardiovasculares graves como arritmias, isquemia miocárdica e morte súbita, além de trazer informações sobre a atividade do sistema nervoso autônomo. O objetivo deste estudo foi avaliar a aplicabilidade da análise da VFC (obtida a partir da utilização de frequencímetro portátil) na mensuração de respostas fisiológicas durante cirurgias odontológicas. 33 pacientes, ASA 1, com indicação de extração de terceiros molares inferiores foram avaliados em 3 momentos: entrevista, cirurgia e pós-operatório, com intervalos de uma semana. Também foi avaliada a ansiedade ao tratamento odontológico e relato de evento traumático prévio. A VFC foi obtida após processamento dos intervalos RR registrados com o frequencímetro Polar RS800. Foram analisadas as variáveis do domínio tempo (SDNN e rMSSD) e frequência (razão LF/HF). Concomitantemente foram medidas Pressão Arterial Sistólica (PAS), Diastólica (PAD), Média (PAM), Frequência Cardíaca (FC) e variáveis eletrocardiográficas. Nesta amostra de voluntários saudáveis, a ansiedade ao tratamento odontológico e o antecedente de experiências traumáticas não se mostraram correlacionados à maior intensidade de dor pós-operatória. Não foram observadas alterações da PAS, PAD, PAM, FC, tampouco alterações eletrocardiográficas relevantes ao longo das fases cirúrgicas. Com relação à VFC, houve redução do SDNN entre a fase basal e a fase anestesia. Gênero, idade, ansiedade e tabagismo passivo não determinaram comportamentos diferentes nas variáveis estudadas. O presente estudo demonstrou viabilidade da inclusão do estudo da VFC em protocolos clínicos de avaliação do comportamento do aparelho cardiovascular em procedimentos odontológicos. O estudo da VFC através de frequencímetros de pulso, instrumentos de baixo custo, ampla disponibilidade e fácil manuseio, pode prestar-se como uma ferramenta útil em estudos de segurança cardiovascular de novos fármacos e procedimentos. / Although widely used in monitoring during dental treatment, researches question the sensitivity measures such as Blood Pressure and Heart Rate (HR) in the early detection of cardiovascular abnormalities early and especially of autonomic responses to mental stress and drugs administered during surgical procedures. The Heart Rate Variability (HRV), the variation of the RR interval beat-to-beat, is recognized as a significant predictor of serious cardiovascular events such as arrhythmias, myocardial ischemia and sudden death, in addition to providing information about the activity of autonomic nervous system. The aim of this study was to evaluate the applicability of HRV analysis (obtained from the use of portable frequency meter) in measuring physiological responses during dental surgery. 33 patients, ASA 1, indicating the extraction of third molars were evaluated in three stages: interview, surgery and postoperatively at intervals of a week. Was also assessed anxiety during dental treatment and reported prior traumatic event. HRV was obtained after processing of RR intervals recorded with the frequency meter Polar RS800. The variables analyzed were in the time domain (SDNN and rMSSD) and frequency (LF / HF ratio). Concomitantly were measured systolic blood pressure (SBP), diastolic (DBP), Medium (PAM), HR and electrocardiographic variables. In this sample of healthy volunteers, anxiety during dental treatment and previous traumatic experiences were not correlated to the intensity of postoperative pain. No changes were observed in SBP, DBP, MAP, HR, nor relevant electrocardiographic changes along the surgical stages. Regarding to HRV, the SDNN decreased between the baseline phase and phase anesthesia. Gender, age, anxiety, and passive smoking didnt determine different behaviors in studied variables. The present study demonstrated feasibility of including the study of HRV in clinical protocols for assessing the behavior of the cardiovascular system in dental procedures. The study of HRV by pulse frequency meters, instruments low cost, wide availability and easy handling, it may lend itself as a useful tool in studies of cardiovascular safety of new drugs and procedures.
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Influência do ambiente sobre os limiares de percepção e de tolerância à dor dentária: um estudo psicofísico. / Influence of environment on pain perception and pain tolerance thresholds: a psychophysics study.

Luiz Henrique Mourão do Canto-Pereira 09 September 1997 (has links)
O objetivo principal do presente estudo foi verificar a influência do ambiente sobre o limiar de percepção de dor (LPD) e limiar de tolerância à dor (LTD),através da estimulação elétrica da polpa dentária no incisivo central superior hígido. Os experimentos foram realizados em dois ambientes, o de atendimento odontológico (Odonto) e uma situação neutra (Neutro), desprovida de equipamentos odontológicos. Foram utilizados 50 pacientes, entre 30 e 40 anos de idade, em atendimento na clínica odontológica da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, distribuídos em 4 grupos Odonto-Questionário- Experimento (OQE), Neutro-Questionário-Experimento (NQE), Odonto-Experimento-Questionário (OEQ) e Neutro-Experimento-Questionário (NEQ). Foram utilizados os testes psicométricos Escala de Ansiedade Dentária e Inventário de Ansiedade Traço-Estado para mensuração da ansiedade. Foram realizadas 5 séries de estimulação elétrica para a determinação do LPD e uma única série ascendente para a determinação do LTD. À base dos dados experimentais obtidos pode-se concluir que: - A situação que simula a de atendimento odontológico provoca maior sensibilidade dolorosa e menor tolerância à dor nos sujeitos; existindo correlação positiva entre LPD e LTD. - A razão de tolerância à dor (LTD / LPD) encontrada se situa entre 1,36 a 1,48:1. - Há maior sensibilidade dolorosa frente à 1ª série de estimulação sugerindo a participação do foco de atenção do sujeito frente à estimulação dolorosa, talvez como o principal fator na modulação da resposta dolorosa. - A Escala de Ansiedade Dentária é o instrumento psicométrico que permite a identificação de pacientes que apresentem níveis de ansiedade dentária exacerbada. / The main purpose of the present study was to verify the influence of the enviroment on the pain perception threshold (PPT) and pain tolerance threshold (PTT), through tooth pulp electrical stimulation performed at the intact superior central incisor. Experiments were performed in two enviroments: at the dental office (Dental) and at neutral room (Neutral) without any dental equipment. Fifty patients, between 30 to 40 years old, currently under dental treatment at the dental clinic of the Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, were distributed into 4 groups: Dental-Questionnaire-Experiment (DQE), Neutral-Questionnaire-Experiment (NQE), Dental-Experiment-Questionnaire (DEQ) and Neutral-Experiment-Questionnaire (NEQ). The psychometric test - Dental Anxiety Scale and State-Trait Anxiety Inventory - were used to measure the anxiety level of the patients. Five series of electrical stimulation were performed to measure PPT and one upward series to measure PTT. On the basis of the experimental data it is concluded that: - The situation that simulated a dental treatment promote more pain sensitivity and less pain tolerance; there is a positive correlation between PPT and PTT. - The tolerance pain ratio (PTT/PPT) found is located at the interval 1,36 and 1,48:1. - There is more pain sensitivity in the first stimulation series suggesting that the attention focus towards the painful stimulation has an important role in pain sensitivity, possibly as a major aspect in the modulation of pain response. - The Dental Anxiety Scale was found to be the psychometric test that allowed the identification of patients with high dental anxiety levels.
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Níveis de cortisol salivar de crianças em tratamento odontológico / Salivary cortisol levels in children attending dental care service

Curcio, Wanessa Botega 27 February 2012 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-06-08T14:57:50Z No. of bitstreams: 1 wanessabotegacurcio.pdf: 3050911 bytes, checksum: fc44145eba4b29f1c21404d1b3f42dd5 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2016-07-13T13:29:39Z (GMT) No. of bitstreams: 1 wanessabotegacurcio.pdf: 3050911 bytes, checksum: fc44145eba4b29f1c21404d1b3f42dd5 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-07-13T13:29:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1 wanessabotegacurcio.pdf: 3050911 bytes, checksum: fc44145eba4b29f1c21404d1b3f42dd5 (MD5) Previous issue date: 2012-02-27 / A avaliação do nível de cortisol na saliva pode fornecer meios para o odontopediatra personalizar o atendimento, de forma a reduzir e/ou modular a ansiedade e o estresse induzidos pelo tratamento odontológico. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar os níveis de cortisol salivar de crianças submetidas a uma consulta odontológica para exame e diagnóstico e comparar estes níveis com as variáveis comportamento, sexo, experiência odontológica e necessidade de tratamento. Quatro amostras de saliva foram coletadas de 43 crianças voluntárias, 29 meninos e 14 meninas, com idade entre 7 e 10 anos. Duas amostras foram coletadas em um dia de consulta odontológica para exame e diagnóstico (antes da realização do exame físico e após o término da consulta); duas amostras foram coletadas em dia habitual sem consulta, uma 30 minutos após o despertar e outra no período da tarde. Os participantes foram divididos em dois grupos de acordo com o comportamento exibido durante a consulta (Grupo I: colaborador; Grupo II: não colaborador). As amostras de saliva foram coletadas através do kit Salivettes® e analisadas por meio de ensaio de quimioluminescência. Os resultados obtidos foram expressos em μg/dl. A análise estatística foi realizada através do teste U de Mann-Whitney, teste de Friedman e teste de Wilcoxon para comparar os níveis de cortisol salivar nos diferentes momentos de avaliação entre grupos diferentes de crianças e nas crianças de um mesmo grupo. Adotou-se o nível de significância de 5%. Na amostra total foram observados valores médios de cortisol pré-consulta próximos aos obtidos na ACR, diferentemente de valores obtidos em dia sem intervenção odontológica. Observou-se redução significativa do cortisol salivar após o término da consulta odontológica entre as crianças do Grupo II e entre as crianças do sexo masculino. Os resultados obtidos demonstraram que o período de antecipação de uma consulta odontológica pode gerar maior ansiedade/estresse do que a própria consulta para crianças com comportamento não colaborador e para meninos. / The evaluation of salivary cortisol levels may provide a means for the dentist to customize the service so as to reduce and/or modulate anxiety and stress induced by dental treatment. Therefore, this study aimed to assess the levels of cortisol in saliva in children undergoing a dental appointment for examination, diagnosis and to compare those levels with the variables behavior, gender, previous dental experience and treatment needs. Four saliva samples were collected from 43 volunteer children, 29 boys and 14 girls aged between 7 and 10 years. Two samples were collected in one day for a dental visit for examination and diagnosis (one prior and one after the dental examination); two samples were collected on a routine day without dental visit (one 30 minutes after awakening and another in the afternoon period). Participants were divided into two groups according to the behavior exhibited during the appointment (Group I: cooperative behavior, Group II: uncooperative behavior). Saliva samples were collected with Salivettes® and analyzed by chemiluminescence assay. The results were expressed as μg/dl. The Mann-Whitney U test, Friedman’s test and Wilcoxon test were used to compare salivary cortisol levels in different moments in different groups of children and in children of a same group. The significance level adopted was 5%. In the total sample were observed mean values of prior consultation cortisol close of that observed on ACR, differently of values obtained on a day without consultation. There was significant reduction in salivary cortisol level after the dental visit among children in Group II and among male children. The results showed that the period of anticipation of a dental visit can generate greater anxiety/stress than the appointment itself for children with uncooperative behavior and boys.
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Medo de dentista na infância: prevalência e fatores associados em uma coorte de nascimentos no sul do Brasil / Dental fear in childhood: prevalence and associated factors in a birth cohort in the south of Brazil

Ferro, Renata da Luz 20 May 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2014-08-20T14:30:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertacao_Renata_da_Luz_Ferro.pdf: 537227 bytes, checksum: c6dbeec35b5302c762696a77a85ede3b (MD5) Previous issue date: 2011-05-20 / Dental fear is considered a barrier for the achievement of dental treatments and it can effect negatively in the oral health of children. It is important to investigate the most associated factors to this condition. Objective: Describe the prevalence of dental fear in 5-year-old children and to explore its association with directly related factors to the child and the indirect variables, which are especially related to the mother. Methods: A crosssectional study in a birth cohort initiated in 2004 in Pelotas, Brazil. In the fifth year of life, a sample (n = 1129) on dental fear was investigated and measured through the use of the Dental Anxiety Question (DAQ). Socioeconomic, demographic and behavioral characteristics and dental service use of the mother were investigated as well as the dental experience and oral conditions of the children were assessed. Results: The prevalence of dental fear in children was 16.8%. In the final model, the following variables associated with the outcome were included: maternal education, family income, child gender, past dental experience, the presence of caries and pain, and reasons, location and the age of the child during the first dental visit, After the adjustment, the outcome was associated with the following conditions: the presence of caries, female gender and low family income. Maternal conditions, such as oral health, dental experiences and dental fear were not associated with the feeling of the child. Conclusion: the dental fear at the age of 5 was more associated with conditions directly related to the child itself. Among the indirect variables which are related to the mother, only the household income seems to be associated with the dental fear at the age of 5 / Devido o medo ao tratamento odontológico ser considerado uma barreira para a realização de tratamentos dentários e influenciar negativamente a saúde bucal das crianças, é importante investigar quais os fatores estão mais associados a esta condição. Objetivo: Descrever a prevalência do medo de dentista em crianças de 5 anos de idade e explorar sua associação com os fatores relacionados diretamente à criança e com as varáveis indiretas, especialmente relacionadas à mãe. Métodos: Realizou-se um estudo transversal, aninhado em uma coorte de nascimentos iniciada em 2004 em Pelotas, RS, Brasil. No quinto ano de vida uma amostra (n=1129) foi investigada sobre medo ao tratamento odontológico mensurado através do instrumento Dental Anxiety Question (DAQ). Investigou-se as características socioeconômicas, demográficas, comportamentais e uso do serviço odontológico da mãe, além das variáveis demográficas, experiências odontológicas e condições bucais da criança. Resultados: A prevalência do medo de dentista da criança foi de 16,8%. No modelo final foram incluídas as seguintes variáveis, associadas ao desfecho: escolaridade materna e renda familiar, sexo da criança, motivo, local e idade da criança durante a primeira consulta com o dentista, ter tido alguma experiência odontológica, além da presença de cárie e dor. Após análise ajustada, mostraram-se associadas ao desfecho as seguintes condições: a presença de cárie, o sexo feminino e a baixa renda familiar. As condições maternas, como a saúde bucal, as experiências odontológicas e o medo de dentista não estiveram associados a este sentimento da criança. Conclusão: o medo de dentista aos 5 anos de idade esteve mais associado às condições diretamente relacionadas à própria criança. Entre as variáveis indiretas, relacionadas à mãe, apenas a renda familiar parece influenciar o medo de dentista aos 5 anos de idade
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Comportamento infantil durante consultas odontológicas sequenciais : influência de características clínicas, psicossociais e maternas / Children behavior during sequential dental visits: influence of clinical, psychosocial and maternal characteristics

Cademartori, Mariana Gonzalez 29 April 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2014-08-20T14:30:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertacao_Mariana_Gonzalez_Cademartori.pdf: 1009109 bytes, checksum: f7a1cdb587856deab8b6fedd92a4a820 (MD5) Previous issue date: 2014-04-29 / One of the most challenging aspects faced by pediatric dentists is behavior management. Child behavior in the dental setting is a multifactorial phenomenon and studies have suggested that some factors may predict children s behavior in dental settings. Thus, this dissertation aimed to assess the behavior of children during sequential dental visits according to the treatment the child received, as well as to investigate the factors that can influence the behavior of children during dental treatment. A convenience sample of children aged from 7-to-13 years old attending a Pediatric Dentistry Clinic was accompanied during 4 sequential visits. Behavior was classified according to Frankl s scale. Mothers and children were interviewed previously to the 1st visit to collect information on demographic, socioeconomic and psychosocial characteristics. The complexity of treatment in each visit was classified as minimally invasive, invasive or very invasive. Behavior trajectory following the visits was assessed. To test the association of the independent variables and behavior Chi-squared and Fisher s exact tests were used. To determine the effect of the variables on the outcome behavior, crude and adjusted Poisson regression analyses were used (Relative Risk; 95% Confidence Interval). The level of significance was set at 5%. A total of 111 mother-child dyads were included. The behavior at the first visit was 100% positive for all children. In the trajectory of behavior during the sequential visits, the majority of children (over 55%) showed positive behavior. Negative behavior was influenced by complexity of treatment, dental pain, dental fear and maternal education, after adjustments. Anesthesia, extraction of primary teeth, use of rubber dam and endodontics were the procedures associated with negative behavior. Dental fear may be considered a predictor of child behavior, evidencing that besides the treatment procedure, maternal and children characteristics should also be considered by the dentist to predict and better manage behavior / Um dos aspectos mais desafiadores na Odontopediatria é o manejo do comportamento infantil. O comportamento infantil no consultório odontológico é um fenômeno multifatorial e estudos têm sugerido que alguns fatores podem predizer o comportamento da criança durante uma consulta odontológica. Assim, esta dissertação teve por objetivo avaliar o comportamento de crianças durante consultas odontológicas sequenciais, bem como investigar os fatores que podem influenciar o comportamento durante o tratamento odontológico. Uma amostra de conveniência com crianças de 7 a 13 anos de idade, atendidas na Clínica de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Pelotas foi acompanhada durante quatro consultas sequenciais. O comportamento foi classificado conforme a Escala de Frankl por avaliadores calibrados. Mães e crianças foram entrevistadas na primeira consulta. A complexidade do tratamento realizado em cada visita foi classificada como: Minimamente invasivo, Invasivo ou Muito invasivo. As mudanças na trajetória do comportamento a cada consulta foram incluídas. Para determinar a associação entre as variáveis independentes e o comportamento, os testes Qui Quadrado e Exato de Fisher foram usados. Para determinar o efeito das variáveis no desfecho comportamento, as análises de Regressão de Poisson bruta e ajustada foram realizadas (Risco Relativo; Intervalo de confiança 95%). O nível de significância adotado foi 5%. Um total de 111 díades mãe-criança foi incluído. O comportamento na primeira visita foi 100% positivo para todas as crianças. Na trajetória do comportamento ao longo das visitas sequenciais, a maioria das crianças (acima de 55%) apresentou comportamento positivo. A anestesia, a extração de dente decíduo, o uso de isolamento absoluto e a endodontia foram os procedimentos associados com comportamento negativo. Na análise ajustada, a presença de comportamento negativo foi influenciada pela complexidade do tratamento, dor dentária prévia, medo odontológico e baixa educação materna. Medo odontológico pode ser considerado um preditor do comportamento infantil, evidenciando que além do tipo de procedimento, as características da criança e maternas deveriam ser consideradas pelo dentista para predizer e manejar da melhor maneira o comportamento
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Medo, ansiedade e dor de dente em adolescentes: impacto na qualidade de vida, na saúde bucal e no acesso aos serviços de saúde / Fear, anxiety and dental pain in adolescents: impact on quality of life, oral health and access to health services

Fábio Silva de Carvalho 29 June 2012 (has links)
O medo e a ansiedade odontológica estão frequentemente associados a experiências traumáticas ocorridas no ambiente odontológico durante a infância. A dor de dente parece ser o problema de saúde bucal de maior impacto sobre o bemestar dos indivíduos, interferindo diretamente na qualidade de vida, pois provoca desordens no sono, diminuição do rendimento no trabalho, faltas escolares e dificuldades na alimentação. Além disso, tem sido identificada como forte preditor de restrição ao acesso aos serviços de saúde bucal, bem como importante elemento no planejamento dos serviços de saúde. O presente estudo teve como objetivos verificar a prevalência e intensidade do medo, da ansiedade e da dor de dente em adolescentes e estimar o impacto dessas variáveis na qualidade de vida, na saúde bucal e no acesso aos serviços de saúde. A amostra foi composta por 101 adolescentes, matriculados na única escola estadual do município de Reginópolis- SP. Foram aplicados cinco questionários para verificar a prevalência e intensidade do medo (Dental Fear Survey), da ansiedade (Modified Dental Anxiety Scale) e da dor de dente, além de verificar o impacto na qualidade de vida (Oral Health Impact Profile, OHIP-14) e o acesso aos serviços de saúde. Para avaliar as condições de saúde bucal foram utilizados os índices CPOD (cárie dentária) e CPI (doença periodontal). O teste de Mann-Whitney foi usado para verificar as diferenças entre os grupos (idade, sexo, etnia e local da moradia) quanto ao medo, ansiedade, qualidade de vida, cárie dentária e doença periodontal. Para verificar a associação com a dor de dente e acesso ao serviço de saúde foi usado o teste do qui-quadrado. A correlação entre medo, ansiedade e dor de dente com qualidade de vida, saúde bucal e acesso ao serviço foi feita por meio do Coeficiente de Correlação de Spearman. Em todos os testes foram adotados níveis de significância de 5%. A prevalência do medo e da ansiedade foram 55,45% e 84,16%, respectivamente. O baixo nível de ansiedade foi maior nos adolescentes de 11 a 13 anos de idade (p=0,028). Cerca de 71,00% dos adolescentes teve dor de dente alguma vez na vida e a faixa etária de 11 a 13 anos teve maior experiência de dor de dente (p=0,014). A média do CPOD foi de 4,52, sendo que a prevalência de cárie dentária foi maior nos adolescentes de 14 a 16 anos de idade e nas meninas (p<0,05). Poucos adolescentes apresentaram condições periodontais saudáveis (14,85%). A procura por atendimento odontológico foi feita por 70,30% há menos de um ano, na maioria das vezes para prevenção. Grande parte apresentou impacto da saúde bucal na qualidade de vida (88,12%), porém fraco (79,21%). Houve correlação significativa do medo e da prevalência e severidade da dor de dente com a média geral do OHIP-14 (p<0,010). Neste estudo, verificou-se que medo e a dor de dente tiveram impacto na qualidade de vida dos adolescentes. / Dental fear and anxiety are often associated with traumatic experiences that occurred in the dental environment during childhood. Dental pain seems to be the problem of oral health with the greatest impact on the well-being of individuals, directly interfering with quality of life; it causes sleep disorders, decreased performance at work, school absences and difficulties in feeding. Moreover, it has been identified as strong predictor of restriction of access to oral health services, as well as an important element in the planning of health services. This study aimed to determine the prevalence and intensity of fear, anxiety and dental pain in adolescents and to estimate the impact of these variables on quality of life, oral health and access to health services. The sample consisted of 101 adolescents enrolled in the only state school in the city of Reginópolis-SP. Five questionnaires were used to determine the prevalence and intensity of fear (Dental Fear Survey), anxiety (Modified Dental Anxiety Scale) and dental pain, and check the impact on quality of life (Oral Health Impact Profile, OHIP-14) and access to health services. To assess the oral health status DMFT (dental caries) and CPI (periodontal disease) were used. The Mann-Whitney test was used to investigate the differences between the groups (age, gender, ethnicity and place of residence) as to fear, anxiety, quality of life, dental caries and periodontal disease. To verify the association with the dental pain and access to health services was used the chi-square test. The correlation between fear, anxiety, and dental pain with quality of life, oral health and access to the service was performed by the Spearman correlation coefficient. In all tests it was adopted level of significance of 5%. The prevalence of fear and anxiety were 55.45% and 84.16% respectively. The low level of anxiety was higher in adolescents 11-13 years-old (p = 0.028). About 71.00% of adolescents had dental pain sometime in their lives and the age range 11-13 years had greater experience of dental pain (p = 0.014). The mean DMFT was 4.52, and the prevalence of dental caries was higher in adolescents 14-16 years-old and in girls (p <0.05). Few adolescents had healthy periodontal conditions (14.85%). Searching for dental care was done by 70.30% less than a year, mostly for prevention. Most adolescents showed impact of oral health on quality of life (88.12%), but weak (79.21%). There was a significant correlation of fear and the prevalence and severity of dental pain with the total mean OHIP-14 (p <0.010). In this study, it was noted that fear and dental pain had impact on quality of life of adolescents.
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Avaliação do risco e intensidade da dor utilizando anestesia tópica em diferentes procedimentos odontológicos / Risk and pain assessment using topical anesthesia in different dental procedures.

Wambier, Letícia Maíra 30 June 2017 (has links)
Submitted by Eunice Novais (enovais@uepg.br) on 2017-09-01T18:47:07Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) Leticia Maira Wambier.pdf: 16422117 bytes, checksum: a3982694093e88d3d304fecbb64368a8 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-09-01T18:47:07Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) Leticia Maira Wambier.pdf: 16422117 bytes, checksum: a3982694093e88d3d304fecbb64368a8 (MD5) Previous issue date: 2017-06-30 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O objetivo deste trabalho foi realizar revisões sistemáticas e estudos clínicos randomizados para avaliar a efetividade dos anestésicos tópicos, para reduzir o risco e a intensidade de dor durante procedimentos odontológicos em crianças e adultos. Nos experimentos 1 e 2, revisões sistemáticas foram conduzidas para responder as perguntas PICO: “A anestesia tópica exerce influência na dor durante a raspagem radicular (RAP) em pacientes adultos?” e “A anestesia infiltrativa exerce influência na dor durante a raspagem radicular (RAP) em pacientes adultos?” A patente foi obtida com o gel anestésico fotoativado. Nos estudos 3 e 4, um dos géis anestésicos (lipossomal termossensível ou fotoativado versus placebo) foi aplicado ao redor da gengiva de primeiros molares permanentes inferiores para adaptação do grampo # 26, colocação do dique de borracha e aplicação de selante resinoso. No estudo 5, participaram adultos com lesões cervicais não cariosas, cujo tratamento foi realizado com o gel anestésico fotoativado versus placebo para a adaptação do grampo # 212. Os dados do estudo 1 evidenciaram que a anestesia tópica diminuiu o risco (p= 0,002), a intensidade da dor (VAS e Heft Parker, p= 0,002; VRS, p= 0,023) e a necessidade de anestesia resgate (p= 0,005) durante a sondagem e RAP comparada ao uso de um placebo. O estudo 2 mostrou que a anestesia infiltrativa foi melhor somente na avaliação da intensidade de dor (p = 0,03) comparada a anestesia tópica, sem diferença estatística para o risco de dor (p = 0,58), necessidade de anestesia de resgate (p < 0,0001) e preferência dos pacientes (p = 0,09). No estudo 3 não foram detectadas diferenças estatísticas para o risco de dor (p = 0,52) entre o gel anestésico lipossomal termossensível e o gel placebo em crianças, havendo diferenças para a intensidade de dor com resultados positivos para o gel anestésico (p= 0,023 para escala numérica e p= 0,013 para escala facial). O estudo 4 mostrou resultados positivos para o gel anestésico fotoativado versus placebo, com diferenças significativas para o risco de dor (p= 0,0002) e intensidade da dor nas diferentes escalas (P<0,001). Dados semelhantes foram observados no estudo 5, com resultados também favoráveis para o gel anestésico fotoativado versus placebo aplicado em adultos, sendo detectadas diferenças estatísticas para o risco de dor (p= 0,0339) e intensidade da dor nas diferentes escalas empregadas (VAS, p=0,005 e VRS, p=0,015). As revisões sistemáticas demonstraram que a anestesia tópica pode ser uma alternativa para substituir a infiltrativa na RAP, enquanto que os ensaios clínicos randomizados demonstraram que os anestésicos tópicos lipossomal termossensível e fotoativado são efetivos para diminuir a intensidade de dor em crianças e adultos, e são uma alternativa de trabalho para procedimentos odontológicos menos invasivos. / The objective of these researche was to conduct systematic reviews and randomized clinical trials to evaluate the effectiveness of topical anesthetics to reduce the risk and intensity of pain during dental procedures in children and adults. In the experiments, 1 and 2, systematic reviews were conducted to answer the PICO questions: "Does topical anesthesia influence pain during scaling and root planing (SRP) in adult patients?" and "Does infiltrative anesthesia influence pain during scaling and root planing (SRP) in adult patients?" The patent was obtained with the light-curred anesthetic gel. In the studies 3 and 4, one of the anesthetic gels (thermosensitive liposomal or light-curred gel versus placebo) was applied around the lower permanent first molars gingiva to adapted the clamp # 26, placement of the rubber dam and application of resin sealant. In the study 5, adults with non-carious cervical lesions, whose treatment was performed with the light-curred anesthetic gel versus placebo for the clamp # 212 adaptation,were enrolled.The data from study 1 showed that topical anesthesia reduced risk (p = 0.002), pain intensity (VAS and Heft Parker, p = 0.002; VRS, p = 0.023) and need for rescue anesthesia (p = 0.005) during the probing and RAP compared to the placebo. Study 2 showed that infiltrative anesthesia was better only in the assessment of pain intensity (p = 0.03) compared to topical anesthesia, with no statistical difference for pain risk (p = 0.58), need for rescue anesthesia (p<0.0001) and patients' preference (p = 0.09). In the study 3, no statistical differences were detected for the risk of pain (p = 0.52) between thermosensitive liposomal anesthetic and placebo gel in children, with differences for pain intensity with positive results for the anesthetic gel (p = 0.023 for numerical scale and = 0.013 for facial scale). Study 4 showed positive results for the light-curred anesthetic gel versus placebo, with significant differences for the risk of pain (p = 0.0002) and pain intensity at the different scales (p<0.001). Similar data were observed in study 5, with favorable results for light-curred anesthetic gel versus placebo applied in adults. Statistical differences were found for the risk of pain (p = 0.0339) and pain intensity in the different scales used (VAS, p = 0.005 and VRS, p = 0.015). Systematic reviews have demonstrated that topical anesthesia may be an alternative to replace infiltrative anesthesia in SRP, where as randomized clinical trials have demonstrated that thermosensitive liposomal and light-curred anesthetics gels are effective in reducing pain intensity in children and adults, and are an alternative for less invasive dental procedures.
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Medo, ansiedade e dor de dente em adolescentes: impacto na qualidade de vida, na saúde bucal e no acesso aos serviços de saúde / Fear, anxiety and dental pain in adolescents: impact on quality of life, oral health and access to health services

Carvalho, Fábio Silva de 29 June 2012 (has links)
O medo e a ansiedade odontológica estão frequentemente associados a experiências traumáticas ocorridas no ambiente odontológico durante a infância. A dor de dente parece ser o problema de saúde bucal de maior impacto sobre o bemestar dos indivíduos, interferindo diretamente na qualidade de vida, pois provoca desordens no sono, diminuição do rendimento no trabalho, faltas escolares e dificuldades na alimentação. Além disso, tem sido identificada como forte preditor de restrição ao acesso aos serviços de saúde bucal, bem como importante elemento no planejamento dos serviços de saúde. O presente estudo teve como objetivos verificar a prevalência e intensidade do medo, da ansiedade e da dor de dente em adolescentes e estimar o impacto dessas variáveis na qualidade de vida, na saúde bucal e no acesso aos serviços de saúde. A amostra foi composta por 101 adolescentes, matriculados na única escola estadual do município de Reginópolis- SP. Foram aplicados cinco questionários para verificar a prevalência e intensidade do medo (Dental Fear Survey), da ansiedade (Modified Dental Anxiety Scale) e da dor de dente, além de verificar o impacto na qualidade de vida (Oral Health Impact Profile, OHIP-14) e o acesso aos serviços de saúde. Para avaliar as condições de saúde bucal foram utilizados os índices CPOD (cárie dentária) e CPI (doença periodontal). O teste de Mann-Whitney foi usado para verificar as diferenças entre os grupos (idade, sexo, etnia e local da moradia) quanto ao medo, ansiedade, qualidade de vida, cárie dentária e doença periodontal. Para verificar a associação com a dor de dente e acesso ao serviço de saúde foi usado o teste do qui-quadrado. A correlação entre medo, ansiedade e dor de dente com qualidade de vida, saúde bucal e acesso ao serviço foi feita por meio do Coeficiente de Correlação de Spearman. Em todos os testes foram adotados níveis de significância de 5%. A prevalência do medo e da ansiedade foram 55,45% e 84,16%, respectivamente. O baixo nível de ansiedade foi maior nos adolescentes de 11 a 13 anos de idade (p=0,028). Cerca de 71,00% dos adolescentes teve dor de dente alguma vez na vida e a faixa etária de 11 a 13 anos teve maior experiência de dor de dente (p=0,014). A média do CPOD foi de 4,52, sendo que a prevalência de cárie dentária foi maior nos adolescentes de 14 a 16 anos de idade e nas meninas (p<0,05). Poucos adolescentes apresentaram condições periodontais saudáveis (14,85%). A procura por atendimento odontológico foi feita por 70,30% há menos de um ano, na maioria das vezes para prevenção. Grande parte apresentou impacto da saúde bucal na qualidade de vida (88,12%), porém fraco (79,21%). Houve correlação significativa do medo e da prevalência e severidade da dor de dente com a média geral do OHIP-14 (p<0,010). Neste estudo, verificou-se que medo e a dor de dente tiveram impacto na qualidade de vida dos adolescentes. / Dental fear and anxiety are often associated with traumatic experiences that occurred in the dental environment during childhood. Dental pain seems to be the problem of oral health with the greatest impact on the well-being of individuals, directly interfering with quality of life; it causes sleep disorders, decreased performance at work, school absences and difficulties in feeding. Moreover, it has been identified as strong predictor of restriction of access to oral health services, as well as an important element in the planning of health services. This study aimed to determine the prevalence and intensity of fear, anxiety and dental pain in adolescents and to estimate the impact of these variables on quality of life, oral health and access to health services. The sample consisted of 101 adolescents enrolled in the only state school in the city of Reginópolis-SP. Five questionnaires were used to determine the prevalence and intensity of fear (Dental Fear Survey), anxiety (Modified Dental Anxiety Scale) and dental pain, and check the impact on quality of life (Oral Health Impact Profile, OHIP-14) and access to health services. To assess the oral health status DMFT (dental caries) and CPI (periodontal disease) were used. The Mann-Whitney test was used to investigate the differences between the groups (age, gender, ethnicity and place of residence) as to fear, anxiety, quality of life, dental caries and periodontal disease. To verify the association with the dental pain and access to health services was used the chi-square test. The correlation between fear, anxiety, and dental pain with quality of life, oral health and access to the service was performed by the Spearman correlation coefficient. In all tests it was adopted level of significance of 5%. The prevalence of fear and anxiety were 55.45% and 84.16% respectively. The low level of anxiety was higher in adolescents 11-13 years-old (p = 0.028). About 71.00% of adolescents had dental pain sometime in their lives and the age range 11-13 years had greater experience of dental pain (p = 0.014). The mean DMFT was 4.52, and the prevalence of dental caries was higher in adolescents 14-16 years-old and in girls (p <0.05). Few adolescents had healthy periodontal conditions (14.85%). Searching for dental care was done by 70.30% less than a year, mostly for prevention. Most adolescents showed impact of oral health on quality of life (88.12%), but weak (79.21%). There was a significant correlation of fear and the prevalence and severity of dental pain with the total mean OHIP-14 (p <0.010). In this study, it was noted that fear and dental pain had impact on quality of life of adolescents.
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Avaliação da eficácia da desinfecção de instrumentos usados durante o período transoperatório do tratamento endodôntico / Evaluation of the desinfection efficacy of instruments used during the transoperatory period in endodontic treatment

Shirley de Souza Pinto 10 January 2012 (has links)
Esta investigação objetivou a eficácia antimicrobiana de agentes desinfetantes utilizados na desinfecção dos instrumentos endodônticos, durante o período transoperatório do tratamento endodôntico. A atividade antimicrobiana dos desinfetantes álcool isopropílico, acetona e ácido peracético (PAA) foi avaliada sobre microrganismos planctônicos através de teste de contato (time kill assay), utilizando inóculo de 9,9 X 109 a 1,2 X 1012 unidades formadoras de colônia (UFC) e por determinação da concentração bactericida mínima (CBM), usando inóculo de aproximadamente 106 UFC. Os agentes químicos também foram avaliados sobre Enterococcus faecalis (E. faecalis) ATCC 29212 cultivada em matriz de dentina (ex vivo) visando a formação de biofilme. O biofilme (organismos sésseis) microbiano foi removido com limas tipo Kerr (LK), até as lâminas estarem visualmente preenchidas. As LK contaminadas foram usadas como carreadores (logo após a contaminação ou secas dentro de uma câmara de fluxo laminar por 10 minutos). As LK carreadoras foram imersas em álcool isopropílico ou acetona ambos a 80%, ou em Ácido peracético 2%, por 30 ou 60 segundos. As limas foram posteriormente colocadas em tubos de ensaio contendo caldo Enterococcosel para observar o crescimento dos enterococos viáveis. Depois, os experimentos in vivo foram realizados com LK contaminadas por material necrótico pulpar da região cervical de dentes indicados para tratamento endodôntico. As LK contaminadas foram imersas, por 30 ou 60 segundos, em 80% de acetona ou 80% de álcool isopropílico ou 2% de PAA. As limas foram então inoculadas em tubos de ensaio contendo meio tioglicolato. Os organismos que cresceram, foram identificados após o tratamento com PAA. A corrosão mediada pelos agentes químicos também foi testada, após a incubação de LK de aço inoxidável e de NiTi por 60 minutos, medindo o peso das LK antes e depois da imersão e por microscopia eletrônica de varredura (MEV). Todos os agentes químicos foram capazes de eliminar ou reduzir a viabilidade das bactérias de espécies planctônicas Gram-negativas e Gram-positivas, embora a atividade dos produtos químicos sobre E. faecalis sésseis em testes de carreadores de LK demonstrou que o álcool isopropílico ou acetona foram incapazes de eliminar a contaminação bacteriana, especialmente, quando as limas foram secas previamente à exposição aos produtos químicos, por 15 ou 30 segundos. O PAA demonstrou a melhor atividade antimicrobiana e eliminou a viabilidade das células sésseis E. faecalis de ambas as limas endodônticas tipo K úmidas ou secas, após exposição por 15 segundos (100% de eliminação). Os experimentos desenvolvidos in vivo demonstraram que o PAA foi o agente mais eficaz (p<0,05), capaz de eliminar a viabilidade dos organismos em 92% das LK imersas depois de 60 segundos, quando comparado com acetona (64%) ou com álcool isopropílico (50%). O crescimento microbiano após o contato com o PAA demonstrou que somente o grupo dos Lactobacillus sp foi resistente a essa substância química. Os agentes químicos não demonstraram ser corrosivos, após a imersão por 1 hora, tanto por pesagem quanto por MEV. Foi observado que o PAA foi o agente mais eficaz para ser utilizado como desinfetante de instrumentos, durante o período transoperatório do tratamento endodôntico. / This investigation aimed to evaluate the antimicrobial efficacy of disinfectant agents used to maintain the disinfection of endodontic instruments during the transoperatory period in endodontic treatment. The antimicrobial activity of disinfectants isopropyl alcohol, acetone and peracetic acid were evaluated upon planktonic micro-organisms by time kill assay (contact test) using inoculums from 9,9 X 109 to 1,2 X 1012 colony forming units (CFU) and determination of minimal bactericidal concentration (MBC), using inoculums of 106 CFU. Chemical agents were also evaluated upon Enterococcus faecalis (E. faecalis) ATCC 29212 strain grown on matrix dentin (ex vivo) for biofilm formation. Biofilm (sessile organisms) were removed with Kerr files until the blades were visually filled and contaminated K files used as carriers (shortly after contamination or dried inside a flow chamber for 10 minutes). K files carriers were immersed in 80% isopropyl alcohol, 80% acetone or in 2% peracetic acid for 30 or 60 seconds. The files were subsequently dispensed into test tubes containing Enterococcosel broth to observe the growth of viable enterococci. Thereafter, in vivo experiments were performed with K files contaminated with pulp necrotic material from cervical region of teeth indicated to endodontic treatment. The contaminated K files were immersed for 30 or 60 seconds in 80% acetone, 80% isopropyl alcohol and 2% peracetic acid. The files were then inoculated into test tubes containing tioglycolate medium. The organisms that grew after peracetic acid treatment were identified. The corrosion mediated by the chemical agents was also tested after incubation of stainless steel and NiTi K files for 60 minutes, by measuring the weight of K-files before and after immersion, and by scanning electron microscopy (SEM). All chemical agents were capable to eliminate or reduce bacterial viability of planktonic Gram-negative and Gram-positive species, though the activity of chemicals upon sessile E. faecalis in K-file carrier tests demonstrated that isopropyl alcohol or acetone were incapable to eliminate bacterial contamination, especially when the files were dried previously to the exposition to the chemicals for 15 or 30 seconds. Peracetic acid demonstrated the best antimicrobial activity, and eliminated the viability of sessile E. faecalis cells from both wet and dried K-endodontic files after exposition for 15 seconds (100% elimination). The experiments developed in vivo demonstrated that peracetic acid was the most effective agent (p<0,05), capable of eliminating the viability of organisms in 92% of K files immersed after 60 seconds, when compared to acetone (64%) or isopropyl alcohol (50%). The microbial grown after contact with peracetic acid demonstrated that only Lactobacillus sp group was resistant to this chemical. The chemical agents demonstrated to be non-corrosive after immersion for 1 hour, by both weighing and SEM. The results indicated that peracetic acid was the most effective agent to be used as disinfectant of instruments during transoperatory period of endodontic treatment.
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Avaliação da eficácia da desinfecção de instrumentos usados durante o período transoperatório do tratamento endodôntico / Evaluation of the desinfection efficacy of instruments used during the transoperatory period in endodontic treatment

Shirley de Souza Pinto 10 January 2012 (has links)
Esta investigação objetivou a eficácia antimicrobiana de agentes desinfetantes utilizados na desinfecção dos instrumentos endodônticos, durante o período transoperatório do tratamento endodôntico. A atividade antimicrobiana dos desinfetantes álcool isopropílico, acetona e ácido peracético (PAA) foi avaliada sobre microrganismos planctônicos através de teste de contato (time kill assay), utilizando inóculo de 9,9 X 109 a 1,2 X 1012 unidades formadoras de colônia (UFC) e por determinação da concentração bactericida mínima (CBM), usando inóculo de aproximadamente 106 UFC. Os agentes químicos também foram avaliados sobre Enterococcus faecalis (E. faecalis) ATCC 29212 cultivada em matriz de dentina (ex vivo) visando a formação de biofilme. O biofilme (organismos sésseis) microbiano foi removido com limas tipo Kerr (LK), até as lâminas estarem visualmente preenchidas. As LK contaminadas foram usadas como carreadores (logo após a contaminação ou secas dentro de uma câmara de fluxo laminar por 10 minutos). As LK carreadoras foram imersas em álcool isopropílico ou acetona ambos a 80%, ou em Ácido peracético 2%, por 30 ou 60 segundos. As limas foram posteriormente colocadas em tubos de ensaio contendo caldo Enterococcosel para observar o crescimento dos enterococos viáveis. Depois, os experimentos in vivo foram realizados com LK contaminadas por material necrótico pulpar da região cervical de dentes indicados para tratamento endodôntico. As LK contaminadas foram imersas, por 30 ou 60 segundos, em 80% de acetona ou 80% de álcool isopropílico ou 2% de PAA. As limas foram então inoculadas em tubos de ensaio contendo meio tioglicolato. Os organismos que cresceram, foram identificados após o tratamento com PAA. A corrosão mediada pelos agentes químicos também foi testada, após a incubação de LK de aço inoxidável e de NiTi por 60 minutos, medindo o peso das LK antes e depois da imersão e por microscopia eletrônica de varredura (MEV). Todos os agentes químicos foram capazes de eliminar ou reduzir a viabilidade das bactérias de espécies planctônicas Gram-negativas e Gram-positivas, embora a atividade dos produtos químicos sobre E. faecalis sésseis em testes de carreadores de LK demonstrou que o álcool isopropílico ou acetona foram incapazes de eliminar a contaminação bacteriana, especialmente, quando as limas foram secas previamente à exposição aos produtos químicos, por 15 ou 30 segundos. O PAA demonstrou a melhor atividade antimicrobiana e eliminou a viabilidade das células sésseis E. faecalis de ambas as limas endodônticas tipo K úmidas ou secas, após exposição por 15 segundos (100% de eliminação). Os experimentos desenvolvidos in vivo demonstraram que o PAA foi o agente mais eficaz (p<0,05), capaz de eliminar a viabilidade dos organismos em 92% das LK imersas depois de 60 segundos, quando comparado com acetona (64%) ou com álcool isopropílico (50%). O crescimento microbiano após o contato com o PAA demonstrou que somente o grupo dos Lactobacillus sp foi resistente a essa substância química. Os agentes químicos não demonstraram ser corrosivos, após a imersão por 1 hora, tanto por pesagem quanto por MEV. Foi observado que o PAA foi o agente mais eficaz para ser utilizado como desinfetante de instrumentos, durante o período transoperatório do tratamento endodôntico. / This investigation aimed to evaluate the antimicrobial efficacy of disinfectant agents used to maintain the disinfection of endodontic instruments during the transoperatory period in endodontic treatment. The antimicrobial activity of disinfectants isopropyl alcohol, acetone and peracetic acid were evaluated upon planktonic micro-organisms by time kill assay (contact test) using inoculums from 9,9 X 109 to 1,2 X 1012 colony forming units (CFU) and determination of minimal bactericidal concentration (MBC), using inoculums of 106 CFU. Chemical agents were also evaluated upon Enterococcus faecalis (E. faecalis) ATCC 29212 strain grown on matrix dentin (ex vivo) for biofilm formation. Biofilm (sessile organisms) were removed with Kerr files until the blades were visually filled and contaminated K files used as carriers (shortly after contamination or dried inside a flow chamber for 10 minutes). K files carriers were immersed in 80% isopropyl alcohol, 80% acetone or in 2% peracetic acid for 30 or 60 seconds. The files were subsequently dispensed into test tubes containing Enterococcosel broth to observe the growth of viable enterococci. Thereafter, in vivo experiments were performed with K files contaminated with pulp necrotic material from cervical region of teeth indicated to endodontic treatment. The contaminated K files were immersed for 30 or 60 seconds in 80% acetone, 80% isopropyl alcohol and 2% peracetic acid. The files were then inoculated into test tubes containing tioglycolate medium. The organisms that grew after peracetic acid treatment were identified. The corrosion mediated by the chemical agents was also tested after incubation of stainless steel and NiTi K files for 60 minutes, by measuring the weight of K-files before and after immersion, and by scanning electron microscopy (SEM). All chemical agents were capable to eliminate or reduce bacterial viability of planktonic Gram-negative and Gram-positive species, though the activity of chemicals upon sessile E. faecalis in K-file carrier tests demonstrated that isopropyl alcohol or acetone were incapable to eliminate bacterial contamination, especially when the files were dried previously to the exposition to the chemicals for 15 or 30 seconds. Peracetic acid demonstrated the best antimicrobial activity, and eliminated the viability of sessile E. faecalis cells from both wet and dried K-endodontic files after exposition for 15 seconds (100% elimination). The experiments developed in vivo demonstrated that peracetic acid was the most effective agent (p<0,05), capable of eliminating the viability of organisms in 92% of K files immersed after 60 seconds, when compared to acetone (64%) or isopropyl alcohol (50%). The microbial grown after contact with peracetic acid demonstrated that only Lactobacillus sp group was resistant to this chemical. The chemical agents demonstrated to be non-corrosive after immersion for 1 hour, by both weighing and SEM. The results indicated that peracetic acid was the most effective agent to be used as disinfectant of instruments during transoperatory period of endodontic treatment.

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