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Perfil das mães com história de repetição de cesárea no Estado de São Paulo / Profile of mothers with repeat cesarean delivery in São PauloKaroline Honorato Brunacio 05 March 2015 (has links)
Introdução: A cesárea vem aumentando progressivamente no Brasil e no mundo. Dentre os fatores associados a esse evento, destaca-se a cesárea prévia. Embora a maioria dos partos realizados em mulheres com história de cesárea seja cirúrgico, autores tem demonstrado altos índices de partos vaginais após cesárea - PVAC com baixa incidência de complicações. Diante do alarmante crescimento das taxas de cesárea, o presente estudo objetiva identificar a proporção e o perfil das mães com história de repetição de cesárea - RC no Estado de São Paulo, em 2012. Métodos: Os dados provenientes do Sistema de Informações Sobre Nascidos Vivos foram vinculados aos do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde. Os resultados a respeito das características das mães com história de RC foram analisados segundo características da gestação, do recém-nascido RN e segundo tipo do hospital do parto. Os dados foram descritos na forma de medidas de proporção (frequências), com diferenças entre variáveis de interesse verificadas pelos testes de proporção e de médias (nível de significância de 5 por cento ). Resultados: Foram estudados 273.329 nascidos vivos de mães com pelo menos um filho anterior. Destes, 43 por cento nasceram por RC e 7,4 por cento por PVAC. As mães que realizaram CR são mais velhas e mais escolarizadas e os RNs nascidos desse grupo apresentaram menor proporção de baixo peso ao nascer. O início do pré-natal no primeiro trimestre e a realização de 7 ou mais consultas de pré-natal foi mais frequente no grupo CR. Termo precoce foi a classificação mais frequente para idade gestacional dos que nasceram por CR. Em contrapartida, os RNs por parto vaginal apresentaram maiores proporções de termo tardio do que aqueles por repetição de cesárea. A RC foi mais frequente nos hospitais sem vínculo com o Sistema Único de Saúde - SUS (44,1 por cento ). Dentre esses, a maioria (54,3 por cento ) teve idade gestacional classificada como termo precoce. Somente o grupo SUS alcança uma melhor proporção de termo pleno (46,5 por cento ), contudo esse grupo tem a frequência mais elevada de termos tardios (10,9 por cento ). Conclusão: As altas taxas de cesárea de repetição, principalmente no setor privado, evidenciam a necessidade de melhoras no modelo de atenção ao parto no Estado de São Paulo. / Background: Cesarean section has been progressively increasing in Brazil and worldwide. Among the factors associated with this event stands out a prior cesarean delivery. Although most deliveries in women with a prior cesarean delivery is surgical, authors have demonstrated high levels of vaginal births after cesarean - VBAC with low incidence of complications. Given the alarming increase in cesarean rates, this study aims to identify the proportion and profile of mothers with repeat cesarean delivery - RCD in the State of São Paulo, in 2012. Methods: Data from Live Births Information Systems were linked to the National Health Establishments Registration. The results about the characteristics of mothers with RCD were analyzed according to characteristics of pregnancy, newborn and type of maternity hospital. Data were presented in the form of proportion measures (frequencies), with differences between variables of interest verified by the proportion and average tests (5 per cent significance level). Results: 273 329 live births of mothers with at least one previous child were studied. 43 per cent of these were born by RCD and 7.4 per cent by PVAC. Mothers who underwent RCD are older and more highly educated and newborn infants in this group had a lower incidence of low birth weight. The beginning of prenatal care in the first trimester and the realization of 7 or more prenatal visits was more frequent in the RCD group. Early term was the most frequent rating for gestational age born by RCD. In contrast, newborns by vaginal delivery had greater proportions of late term than those by repeat cesarean. The RCD was more common in hospitals not affiliated with the Unified Health System - UHS (44.1 per cent ). In these, the majority (54.3 per cent ) of newborn had gestational age of early term. Only the UHS group achieves a better proportion of full term (46.5 per cent ), however, this group has the highest frequency of late terms (10.9 per cent ). Conclusion: The high repeat cesarean rates, especially in the private sector, highlight the need for improvements in childbirth care model in São Paulo.
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O papel das duchas higiênicas vaginais sobre a prevalência das infecções genitais em mulheres profissionais do sexoAmaral, Rose Luce Gomes do 03 December 2010 (has links)
Orientadores: Paulo César Giraldo, Ana Katherine da Silveira Gonçalves / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-16T20:57:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2010 / Resumo: O uso de duchas vaginais é comum em diferentes povos e culturas. Entre as mulheres que a praticam, a maioria a faz após a menstruação, antes ou após a relação sexual, com a finalidade de evitar o odor desagradável ou para eliminar corrimentos, refrescar a genitália ou prevenir a gravidez. Não está claro na literatura se as duchas poderiam causar problemas às usuárias. Objetivo: Verificar se o uso habitual de duchas vaginais associa-se à infecção genital por Chlamydia trachomatis/ Neisseria gonorrhoeae e Papilomavírus humano (HPV) em mulheres profissionais do sexo. Sujeitos e Métodos: Estudo de corte transversal avaliou 200 mulheres - 111 profissionais do sexo (PS) e 89 não profissionais do sexo (NPS) - assistidas em uma Unidade Básica de Saúde de Campinas, São Paulo, Brasil. Todas as mulheres foram entrevistadas e examinadas por um único pesquisador. A anamnese abordou os antecedentes demográficos, higiênicos, sexuais e médicos, como idade, cor, paridade, escolaridade, tabagismo, estado civil, uso de duchas vaginais, idade da primeira relação sexual, número de parceiros sexuais, número de coitos por semana, práticas sexuais, uso de preservativo e lubrificante. Amostras de células cervicais foram coletadas para testes de captura híbrida objetivando Chlamydia trachomatis/Neisseria gonorrhoaea e HPV. Na análise estatística usou-se o teste exato de Fisher ou X2 para as variáveis discretas, e Mann-Whitney para as variáveis não-paramétricas. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (no 902/2009) e contou com a colaboração da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo e Laboratório Digene. Resultado: Cerca de 40% das mulheres investigadas praticavam duchas vaginais três ou mais vezes por semana (61,7% das PS e somente 14,6% das NPS). A infecção por CT/NG foi positiva em 10,5% do total dos casos, 17 casos (15,3%) em PS e em quatro casos (4,5%) das NPS (p=0,01), porém não houve diferenças significativas entre usuárias de duchas vaginais (14,81%) e não usuárias (7,6%), (p=ns). As PS não usuárias de duchas vaginais tiveram quase o dobro de infecção CT/NG que as NPS usuárias de duchas vaginais (13,9% vs 7,7%). O HPV foi positivo em 40,5% dos casos, sendo 55,8% da PS e em 21,3% das NPS (p=0,001), contudo DNA-HPV não foi significativamente diferente (p=0,47) entre PS usuárias de duchas vaginais (54,4%) e em não usuárias (58,1%). HPV de alto risco foi positivo em 16,2% e 11,6% (p=ns) e o HPV de baixo risco em 23,5% e 30,2% (p=ns) em usuárias e não usuárias de duchas vaginais respectivamente. Os HPV de alto e baixo riscos foram encontrados simultaneamente em 14,7% e 16,2% das usuárias e não usuárias de duchas vaginais, respectivamente (p=ns). Conclusão: O uso de duchas vaginais não se associou às infecções genitais por CT/NG e HPV de alto ou baixo grau nas mulheres estudadas (profissionais do sexo e não profissionais do sexo) / Abstract: The use of vaginal douching (VD) is widespread around the world, and is more common than is to be expected. The majority of women douche after menses, before or after sexual intercourse to prevent odor, to alleviate vaginal symptoms, or to prevent pregnancy, however it is not clear in the literature if this habit can cause damages for women. Objective: Establish whether high frequency VD favors Chlamydia trachomatis (CT)/Neisseria gonorrhoeae (NG) and Papilomavírus humano (HPV) infection in female sex workers (SW). Subjects and Methods: A clinical cross-sectional study involving 200 women, 111 SW and 89 non-sex workers (NSW) in a Health Center in Brazil. The subjects were submitted to an interview and examined by a single researcher. A questionnaire was filled out with data that included, medical and demographic history (age, race, parity, education, smoking, marital status), hygiene (use of VD, frequency and the solution used) and sexual behaviour (first sexual relation, number of sexual partners, frequency, sexual practices, homosexual relationships, use of condom and lubricant). Cervical samples were collected for CT and NG testing by hybrid capture 2 assay. Statistical analysis used the Fisher's exact test or qui square for discrete variables and Mann-Whitney test for nonparametric variables. The study was approved by Committee the Ethics in Research (no 902/2009) and received the cooperation of São Paulo Secretariat of Health and Digene laboratory. Results: Approximately 40% of women practiced douche three or more times per week (61.7% of SW and only 14.6% of the NSW). Infection with CT / NG was positive in 10.5% of the total cases, 17 cases (15.3%) in SW and in four cases (4.5%) of the NSW (p = 0.01). However, It was in 14.81% of D and but in and 7.6% of ND (p = ns). SW douchers had almost double CT and NG infections than NSW douchers (13.9% vs 7.7%). HPV infection was detected in 40.5% of cases, 55.8% of SW and 21.3% of NSW of (p = 0.001), despite of DNA HPV was not different (p = 0.47) between SW douchers (54.4%) and non-douchers (58.1%). High-risk DNA-HPV was positive in 16.2% and 11.6% (p = ns) and low-risk DNA-HPV in 23.5% and 30.2% (p = ns) in douchers and non-douchers respectively. High and low risk DNA-HPV were found simultaneously in 14.7% and 16.2% of douchers and non-douchers respectively (p = ns). Conclusion: The use of VD is not a causal factor for cervical CT/NG and High-/low risk HPV infection in women studied (SW and NSW) / Doutorado / Tocoginecologia / Doutor em Tocoginecologia
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As praticas preventivas para o cancer de mama e do colo do utero pelas mulheres de 40 anos ou mais de idade no municipio de Campinas, SP / Preventive practices for cervical and breast cancer for women 40 years old and over in the city of Campinas, SPAmorim, Vivian Mae Schmidt Lima 08 November 2005 (has links)
Orientador: Marilisa Berti de Azevedo Barros / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-06T03:54:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2005 / Resumo:Justificativa: O câncer de mama e do colo de útero são neoplasias com altas taxas de incidência e mortalidade no Brasil e que dispõem de métodos eficazes de rastreamento para detecção precoce, oferecidos pelo Sistema Único de Saúde. Existe a necessidade de se identificar os subgrupos de mulheres que não realizam as práticas preventivas para esses agravos, como forma de se desenvolver estratégias, nas três esferas de governo, que venham minimizar as desigualdades ainda existentes em relação ao acesso aos serviços de saúde, a oferta de cuidados básicos, ao diagnóstico, tratamento e reabilitação nas questões relativas à saúde da mulher. Objetivos: Analisar as práticas de detecção precoce para o câncer de mama e do colo uterino, segundo características sociodemográficas, morbidade e comportamentos relacionados à saúde. Material e Métodos: Estudo do tipo transversal, de base populacional, tendo como população de estudo todos os indivíduos do sexo feminino com idade igual ou superior a 40 anos, não institucionalizados, residentes na área urbana de Campinas. Para a obtenção da amostra, os setores censitários do município de Campinas, foram agrupados em três estratos, segundo o percentual de chefes de família com nível universitário. Foram sorteados 10 setores censitários de cada estrato, e de cada setor censitário foram sorteados os domicílios e selecionados os indivíduos que seriam entrevistados, segundo os domínios de sexo e idade. As informações foram obtidas por meio de questionário estruturado em 19 blocos temáticos, com a maioria das questões fechadas, aplicado diretamente à pessoa sorteada.. O presente estudo incluiu 290 indivíduos pertencentes a dois domínios: mulheres de 20 a 59 anos e mulheres de 60 anos ou mais. Foram incluídos na análise dois grupos de variáveis: as independentes, compostas por variáveis sociodemográficas, comportamentos relacionados à saúde e estado da saúde e as dependentes, referentes à realização das práticas preventivas para a detecção do câncer de mama e do colo de útero. Para as análises estatísticas foi utilizado o programa STATA 7.0, que possibilitou levar em consideração as variáveis do plano de amostragem e o efeito de delineamento. As análises incluíram estimativas de prevalência, de razões de odds brutas e modelos de regressão logística múltipla. Resultados: O presente estudo possibilitou verificar que 83,3% das mulheres com 40 anos ou mais de idade, residentes em Campinas, encontram-se com a prática adequada em relação ao exame de Papanicolaou; 8,5% das mulheres entre 40 e 59 anos de idade e 11,1% das mulheres com 60 anos ou mais nunca haviam realizado o exame de Papanicolaou. Entre os principais motivos alegados pelas mulheres que nunca realizaram o exame citológico, destacam-se: achar que a realização deste exame não é necessária (43,5%), sentir vergonha (28,1%) e dificuldades relacionadas ao serviço prestador do exame (13,7%). Foram detectados, na análise univariada, os seguintes fatores associados à não-realização do exame citológico: idade, raça/cor, escolaridade, número de pessoas no domicílio, posse de bens, a não realização de exames preventivos para o câncer de mama. Os resultados da análise de regressão logística múltipla hierarquizada apontaram que não estar com a prática adequada quanto ao exame de Papanicolaou é mais freqüente nas mulheres entre 40 a 59 anos de idade, com escolaridade de até 4 anos, não brancas, e que não tiveram consulta odontológica no último ano. Verificou-se que 43,2% das mulheres que haviam feito o Papanicolaou tinham-no realizado em serviços do SUS. Em relação às práticas relativas à detecção precoce do câncer de mama, 50,8% das mulheres não fizeram mamografia nos últimos dois anos e dessas, 42,5% nunca haviam feito a mamografia e 8,3% realizaram-na há mais de 2 anos; 38,2 % não foram submetidas ao exame físico das mamas no ano que antecedeu a entrevista. Entre as mulheres com 70 anos ou mais de idade foram encontradas as maiores proporções de não realização da mamografia (67,7%) e do exame clínico das mamas (56,5%). Para a não realização do exame físico anual das mamas, nas análises univariadas, foram encontradas associações com: idade, raça/cor, situação conjugal, escolaridade, posse de bens, consumo de bebidas alcoólicas, prática de atividade física, do auto exame da mama, da mamografia e da citologia oncótica, e o uso de serviços odontológicos. Para a não realização da mamografia nos dois anos que antecederam a entrevista foram encontrados, nas análises univariadas, os seguintes fatores associados: idade, raça/cor, renda familiar per capita, posse de bens, consumo de bebidas alcoólicas, a prática do exame físico anual das mamas e da citologia oncótica. Os resultados do modelo de regressão logística múltipla mostraram que a não-realização do exame clínico das mamas foi mais freqüente entre as mulheres que vivem sem companheiro, que residem em domicílios com mais de quatro moradores, que não ingerem bebidas alcoólicas, que não realizaram o auto-exame das mamas e que não fizeram consulta odontológica no último ano. A não-realização da mamografia foi mais prevalente nas mulheres idade igual ou superior a 70 anos, não brancas, e que não ingeriam bebida alcoólica. Dos exames relatados, 28,8% das mamografias e 38,1% dos exames clínicos de mamas foram realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Conclusão: Esse estudo mostrou importantes características das mulheres que não realizam de forma adequada as práticas preventivas para o câncer de colo de útero e o de mama e que estratégias necessitam serem desenvolvidas pelos gestores da saúde, nos três níveis de governo, com o objetivo de minimizar as desigualdades de acesso, garantindo-se os princípios da equidade e da integralidade das ações pertinentes ao programa da saúde da mulher / Abstract: Background: Brazil has high incidence and mortality rates of breast and cervical cancer even though effective screening methods for early detection are provided by the Unified Health System-SUS. There is a need to identify subgroups of women who do not undergo preventive practices for these conditions, so as to develop strategies at the three levels of government in order to minimize the inequalities that still exist in terms of access to health services, offer of basic care, diagnosis, treatment and rehabilitation in issues related to women¿s health. Objectives: To analyze early detection practices for breast and cervical cancer, according to socio-demographic characteristics, morbidity and health-related behaviors.
Methods: Cross-sectional, population-based study of all non-institutionalized women, 40 years old and over, and living in the urban area of Campinas. The sample was constructed by dividing the census sectors of Campinas into three strata groups according to the percentage of heads of households with college education. Ten census sectors were drawn from each stratum, and households were drawn and individuals selected for interviews from each census sector, according to gender and age. Information was derived from a questionnaire structured in 19 theme blocks, mostly with closed questions asked directly to the individual drawn. The present study included 290 individuals as follows: women, 20 to 59 years old and women 60 and over. Two groups of variables were analyzed: independent variables, encompassing socio-demographic variables, health-related behaviors and individual and family members¿ health status in terms of undergoing preventive practices to detect breast and cervical cancer. Statistical analysis was performed by using the STATA 7.0 program, which enabled taking into account the variables of the sample plan and design effect. Analyses included prevalence estimates, overall odds ratio and multiple regression logistic models. Results: The present study made it possible to verify that 83.3% of women 40 years and over, living in Campinas, have an inappropriate practice in relation to Pap smears; 8.5% of women between 40 and 59 years of age and that 11.1% of women 60 and over had never undergone a Pap smear. Among the major reasons pointed out by the women that had never had oncotic cytology, the following stand out: believing the test is not necessary (43.5%), being embarrassed (28.1%), and obstacles related to the service performing the test (13.7%). The univariate analysis detected the following factors associated with not having a cytology smear: age, race/color, schooling, number of individuals in the household, having assets, not doing preventive exams for breast cancer. The result of the hierarchy multiple regression logistic analysis pointed out that not having an appropriate practice in relation to Pap smears is more frequent in non-white women between 40 and 59 years of age, with up to 4 years of schooling and that had not had a dental appointment in the past year. The study verified that 43.2% of women that had been submitted to a Pap smear had done so in a SUS service. Regarding practices related to early detection of breast cancer, 50.8% of women had not had a mammogram in the past two years, and of these, 42.5% had never had a mammogram, and 8.3% had had one more than 2 years before; 38.2% had not been submitted to a breast examination in the year preceding the interview. The largest ratios of not having a mammogram (67.7%) and of not having a clinical breast exam (56.5%) were found among women 70 years old and over. The following associations were found in the univariate analyses for not having an annual breast exam: age, race/color, marital status, schooling, having assets, liquor consumption, exercising, breast self-examination, mammogram and cytology, and utilization of dental services. The following associated factors were found in the univariate analyses for not having a mammogram in the two years preceding the interview: age, race/color, per capita family income, having assets, liquor consumption, having had an annual breast exam and cytology. The results of the multiple regression logistic model showed that not having a clinical breast exam was more frequent among women that: live without a companion or in households with more than four residents, do not drink liquor, do not perform self breast examination and did not have a dental appointment in the past year. Not having a mammogram was more prevalent in non-white women 70 years or over, and that did not drink liquor. Of the tests mentioned, 28.8% of mammograms and 38.1% of clinical breast exams were performed by the SUS. Conclusion: The study showed the major features of women that did not have appropriate preventive practices for cervical and breast cancer, and that health managers should develop strategies at the three levels of government in order to minimize access inequalities and to guarantee the principles of equity and integrality of the actions of women¿s health programs / Mestrado / Mestre em Saude Coletiva
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Influencia da eletroestimulação intravaginal e na qualidade de vida da mulheres com incontinencia urinaria / The influence of intravaginal electrical stimulation on vaginal ecosystem and quality of life on female urinary incontinenceRett, Mariana Tirolli 13 August 2018 (has links)
Orientador: Paulo Cesar Giraldo / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-13T17:48:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2009 / Resumo: Objetivos: Avaliar o ecossistema vaginal e a qualidade de vida (QV) de mulheres com incotinência urinária (IU) submetidas a tratamento fisioterápico com eletroestimulção intravaginal (EEIV). Métodos: Estudo de ensaio clínico realizado entre setembro de 2006 a novembro de 2008 envolveu 67 mulheres com queixa clínica de IU. O tratamento fisioterápico consistiu de 8 sessões (2x/semana) de EEIV (frequência=35Hz, largura de pulso=0,5ms e tempo=20min), orientações comportamentais e exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico. O ecossistema vaginal foi avaliado quanto ao tipo de flora, inflamação e pH da mucosa vaginal antes e após a EEIV. O conteúdo coletado do terço médio vaginal foi corado pela técnica de Gram e analisado sob microscopia óptica em flora bacilar ou normal, intermediária e, cocóide/ cocobacilar ou vaginose bacteriana (VB). A intensidade da inflamação foi determinada contando-se o número médio de células de defesa (polimorfonucleares neutrófilos e linfócitos) encontradas em 10 campos de grande aumento (400X). A QV foi avaliada pelo questionário "Consultation on Incontinence Questionnaire-Short Form" antes e após o tratamento. Os dados foram coletados pelo mesmo investigador e analisados por apenas um microbiólogo de forma cega. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa etodas as pacientes assinaram termo de consentimento livre e esclarecido. Resultados: Foram selecionadas 78 mulheres, sendo 11 excluídas para a análise microbiológica e 6 para análise da QV. Das 67 mulheres incluídas, a média de idade foi de 51,3 (±11,8) anos, a maioria branca, do lar, pós-menopausada e com sintomas de IUM (76,4%) e IUE (23,6%). Antes da EEIV, 43 mulheres apresentaram microbiota normal, 24 intermediária e nenhum caso de VB ou candidíase vaginal (CV). Após as 8 sessões de EEIV não houve mudança significativa da flora vaginal, sendo que das 43 mulheres que apresentaram flora normal, 36 permaneceram na mesma categoria, 5 apresentaram flora intermediária e 2 apresentaram VB. Das 24 identificadas com microbiota intermediária, 15 permaneceram na mesma categoria, 7 foram identificadas com microbiota normal e 2 com VB. O aparecimento de 4 casos de VB foi estatisticamente significativo (p<0,05). A análise do processo inflamatório identificou que 60 mulheres não apresentavam inflamação, 4 tinham inflamação leve/moderada e 3 inflamação intensa. Após o tratamento não houve mudança significativa, sendo que 58 mulheres não apresentavam inflamação, 6 apresentaram inflamação leve/moderada e 3 inflamação intensa. Também não foram encontradas diferenças significativas nos valores do pH antes e após cada sessão de EEIV. Para a avaliação da QV foram incluídas 72 mulheres. Encontrou-se uma redução significativa dos escores da frequência de perda urinária de 3,4(±1,4) para 1,4(±5,9) [p<0,03], da quantidade de perda urinária de 3,6(±1,6) para 2,0(±1,3) [p<0,04] e do impacto da IU na QV de 7,7(±2,4) para 3,8(±2,9) [p<0,001]. O escore total do ICIQ-SF diminuiu de 14,6(±4,2) para 7,2(±4,5) [p<0,001]. Conclusões: O ecossistema vaginal neste estudo não foi significativamente influenciado pela EEIV quanto ao tipo de flora vaginal, inflamação da mucosa vaginal, mudança do pH vaginal e aparecimento de CV, apesar de terem aparecido 4 casos de VB. A EEIV proporcionou uma melhora significativa na QV de mulheres com IU. / Abstract: Objectives: To evaluate vaginal ecosystem and quality of life (QOL) of women submitted to intravaginal electrical stimulation (IVES) as physicaltherapy treatment. Methods: A clinical trial was carried out from September 2006 to November 2008 including 67 women presenting IU as symptom. Physicaltherapy treatment consisted in 8 IVES sessions during 4 weeks (frequency=35Hz, pulse width=0,5ms, duration=20min), pelvic floor muscle exercises (PFME) and behavioral orientation. Vaginal ecosystem was assed concerning type of flora, inflammation and pH before and after treatment. Vaginal bacterioscopy swab was collected from e middle third of the vagina (vaginal smear was collected for subsequent Gram stain). The inflammatory process intensity was determined by the average number of white defense cells (neutrophils and limphocytes) found in 10 observation fields (magnified 400X). Consultation on Incontinence Questionnaire-Short Form (ICIQ-SF) was used to asses QoL. All data was collected by a single investigator and analyzed by the same microbiologist. This study was approved by Institutional Ethitics Committee and every patient signed an agreement term. Results: 78 women were selected and 11 were excluded from microbiologic analyzes and 6 from QoL analyses. Of the 67 women included, the mean age was 51.3(±12.2), most were white, housewives, post menopausal, presenting symptoms of MUI (76.4%) and SUI (23.6%). Before IVES 43 women had a normal vaginal flora, 24 presented intermediary flora and none had bacterial vaginoses (BV) or vaginal candidiasis (VC). After 8 sessions of IVES no significant alteration was noticed, 43 were unaltered, 36 remained in the same category, 5 showed intermediary microbiota and 2 were identified as having VB. Of those 24 initially identified as intermediary, 15 remained in the same category, 7 were normal and 2 with VB. Four cases of BV was statistically significant (p<0,05). The inflammatory process analyses identifiyed that 60 women did not present any inflammation, 4 had slight-moderate and 3 showed it as intense. No significant changes in pH were observed in the measurements before and after each IVES session. Also, it was observed a significant reduction in scores of frequency of leakage from 3.4(±1,4) to 1.4(±5.9) [p<0.03], amount of leakage from 3.6(±1.6) to 2.0(±1.3) [p<0.04] and impact of UI in Qol from 7.7(±2.4) to 3.8(±2.9) [p<0.001]. Total score ICIQ-SF decreased from 14.6(±4.2) to 7.2 (±4.5) [p<0.001]. Conclusion: No significant influence was observed in the vaginal ecosystem, inflammatory process, and vaginal pH after IVES, but 4 cases of BV were reported. The IVES provided a significant improvement in QoL of women with UI. / Doutorado / Tocoginecologia / Mestre em Tocoginecologia
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Diagnóstico molecular das infecções por Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae: avaliação do desempenho do swab vaginal / Molecular diagnosis of Chlamydia trachomatis and Neisseria gonorrhoeae infections: evaluation of vaginal swab performanceCardoso, Fernanda Alves de Brito e 14 December 2010 (has links)
Submitted by Cláudia Bueno (claudiamoura18@gmail.com) on 2015-10-27T17:20:50Z
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Previous issue date: 2010-12-14 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / The introduction of the nucleic acid amplification tests (NAATs) was a major breakthrough in the screening for the sexually transmitted diseases (STD) caused by Chlamydia trachomatis and Neisseria gonorrhoeae because they are highly sensitive and they can be used with noninvasive specimens, such as urine. The use of urine has made it far easier to test asymptomatic individuals and has also made it possible to perform epidemiological studies in places other than clinical settings. Many studies have shown also that vaginal swab can be used for detection of both infections, however, just the NAAT Aptima Combo 2 has been cleared by Food and Drug Administration for this specimen use. In Brazil, the most widely used NAAT for the diagnosis of chlamydia and neisseria is the kit Amplicor CT/NG (Roche) and, up to date, there isn’t any study which evaluates the use of vaginal swabs. Objectives: To evaluate the performance of the kit AMPLICOR CT/NG (Roche) in the diagnosis of C. trachomatis and N. gonorrhoeae using urine, endocervical and vaginal swabs and to analyze the agreement of results between the different biological specimens. Methods: The target population was sexually active adolescents and young women between 15 and 24 years from Inhumas, Goias. Socio-demographic and sexual behavior were obtained through a face-to-face interview. The diagnosis was performed by PCR using the AMPLICOR CT/NG (Roche) assay in urine, vaginal swab (VS) and endocervical swab (ES) specimens. For the performance evaluation were calculated the sensitivity, specificity, positive predictive value and negative predictive value. The kappa coefficient was calculated to assess agreement between the samples. It was considered a true-positive result when at least two of three biological samples from the same patient were positive for chlamydia and/or gonococcus. Results:Among the 428 participants the mean age was 19,4 years. The three biological specimens were collected from 309 adolescents (72.2%). Among these, the prevalence rates were 8.7% (IC95% 5,8-12,4) for C. trachomatis and 2.3% (IC95% 0,9-4,6) for N. gonorrhoeae.For chlamydia the sensitivities observed with the different samples were above 80% and specificities exceeding 97% with positive predictive values (PPV) between 78.8% and 84.6% and negative predictive values (VPNs) >98%. For the gonococcus the sensitivities were 42.8% for urine, 71.4% for ES and 100% for VS with specificities >96% for the three samples. The two types of swab showed low PPVs for gonococcus (≈40%) and urine showed PPV of 100%. VPNs were >98%. The agreement of results between specimens was around 94% for the detection of both infections. However, the values of kappa (κ) coefficient ranged from 0.68 to 0.73 for chlamydia, which means substantial agreement between samples. For gonococcal infection, the agreement was slight or fair with κ coefficients ranging from 0.13 to 0.33. Conclusions:The performances of the specimens and the κ values suggest that the vaginal swab appears to be equivalent to urine and endocervical swab for detection of chlamydia and may be suitable for screening studies. The three samples showed different performance in the detection of gonococcus and did not present good agreement of results, suggesting that they are not equivalent in the diagnosis of this infection with the PCR kit used. / A introdução dos testes de amplificação de ácidos nucléicos (NAATs) foi um grande avanço no rastreamento das doenças sexualmente transmissíveis (DST) causadas por Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae, pois apresentam alta sensibilidade e permitem a utilização de amostras de coleta não invasiva, como a urina. O uso da urina facilitou o diagnóstico em indivíduos assintomáticos e possibilitou a realização de estudos epidemiológicos em locais fora do ambiente clínico. Vários estudos mostram que o swab vaginal também pode ser utilizado na detecção de ambas as infecções, porém a Food and Drug Administration restringe o seu uso apenas pelo NAAT Aptima Combo 2. No Brasil, o NAAT mais utilizado no diagnóstico de clamídia e neisseria é o kit Amplicor CT/NG (Roche) e, até o momento, nenhum estudo avaliou a utilização do swab vaginal. Objetivos:Avaliar o desempenho do kit AMPLICOR CT\NG (Roche) no diagnóstico de C. trachomatis e N. gonorrhoeae empregando urina, swabs endocervical e vaginal e analisar a concordância de resultados entre as diferentes amostras biológicas. Métodos: A população alvo foi constituída de adolescentes e jovens sexualmente ativas, com idade entre 15 e 24 anos, residentes em Inhumas, Goiás. Os dados sócio-demográficos e de comportamento sexual foram obtidos através de entrevista. O diagnóstico foi realizado empregando o kit Amplicor CT/NG (Roche) em amostras de urina, swab endocervical (SE) e swab vaginal (SV). Para avaliação do desempenho foram calculadas a sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo dos testes. O coeficiente kappa foi calculado para avaliar a concordância entre as amostras. Considerou-se um resultado como verdadeiro-positivo quando pelo menos duas das três amostras biológicas da mesma paciente fossem positivas para clamídia e/ou gonococo. Resultados: Entre as 428 participantes a média de idade foi de 19,4 anos. Os três espécimes biológicos foram coletados de 309 adolescentes (72,2%). Entre estas, as prevalências foram de 8,7% (IC95% 5,8-12,4)para C. trachomatis e de 2,3% (IC95% 0,9-4,6) para N. gonorrhoeae. Para clamídia as sensibilidades observadas com as diferentes amostras foram superiores a 80% e as especificidades superiores a 97%, com valores preditivos positivos (VPPs) entre 78,8% e 84,6% e valores preditivos negativos (VPNs) >98%. Para o gonococo as sensibilidades foram de 42,8% na urina, 71,4% no SE e de 100% no SV com especificidades >96% nas três amostras. Os dois tipos de swab apresentaram baixos VPPs para o gonococo (≈ 40%) e a urina apresentou VPP de 100%. Os VPNs foram >98%. A concordância de resultados da PCR empregando as diferentes amostras foi de cerca de 94% para ambas as infecções. Entretanto, os valores do coeficiente kappa (κ) variaram de 0,68 a 0,73 para clamídia, o que significa concordância substancial entre as amostras. Para a infecção gonocócica, a concordância foi fraca ou razoável com valores de κ variando de 0,13 a 0,33. Conclusões: Os desempenhos das amostras e os valores do κ sugerem que o swab vaginal parece ser equivalente à urina e ao swab endocervical na detecção da clamídia podendo ser recomendado para estudos de triagem. As três amostras diferiram quanto ao desempenho na detecção da infecção gonocócica e não apresentaram boa concordância de resultados sugerindo que não são equivalentes no diagnóstico desta infecção com o kit de PCR utilizado.
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Caracterização e relação de leveduras do gênero Candida isoladas das mucosas oral e vaginal de mulheres com lesões causadas por HPV de alto risco para câncer do colo do útero / Characterization and relation of yeasts of the genus Candida isolated from the oral and vaginal mucosa e of women with lesions caused by high risk HPV for cervical cancerAna Clara de Souza 17 March 2017 (has links)
Este estudo caracterizou e relacionou as leveduras do gênero Candida isoladas das mucosas oral e vaginal de mulheres com lesões causadas por HPV de alto risco para câncer do colo do útero. Foram examinadas 42 mulheres tratadas no ambulatório de Patologia do Trato Genital Inferior do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo sendo, 30 com lesões uterinas de alto grau (G1) com média de idade de 36,5 anos ± 11,1 e 12 com lesões uterinas de baixo grau (G2) com média de idade de 34,75 anos ± 15,5. Condições clínicas e dados laboratoriais sobre HPV foram coletados do prontuário médico das pacientes; os dados sócio-demográficos obtidos a partir de um questionário apropriado. Para o estudo de associação entre as variáveis foi utilizada a análise de razão de chance (Odds Ratio) a partir do programa STATA 13.1. Foram identificadas associação entre lesões uterinas de baixo grau com cultura positiva em mucosa oral (OR= 0,215) e com presença de doenças crônicas (OR = 0,167), sendo que pacientes com lesões uterinas de alto grau possuem maior prevalência para diabetes e os resultados indicaram 23% de prevalência de Candida spp. em mucosa oral e 27% em mucosa vaginal, em pacientes do G1,no G2 foi de 42% em mucosa oral e de 33% em mucosa vaginal. Entre as espécies encontradas em mucosa oral e vaginal das pacientes, Candida albicans foi a mais isolada com 88%, seguida de C. tropicalis (8%)e C. glabrata (4%). As cepas de C. albicans isoladas de ambas as mucosas apresentaram sensibilidade a todos os antifúngicos testados, ao contrário da cepa de C. tropicalis isolada no Grupo 2, em mucosa vaginal, que apresentou um perfil de resistência ao fluconazol. Assim, torna-se importante o acompanhamento e supervisão por meio de exames clínicos e laboratoriais das pacientes com HPV, reforçando a necessidade sobre cuidados, tratamento e prevenção de infecções relacionadas ao HPV e a Candida spp. / This study characterized and related yeasts of the genus Candida isolated from the oral and vaginal mucous membranes of women with lesions caused by high-risk HPV for cervical cancer. Forty-two women treated at the Lower Genital Tract Pathology Clinic of the University of São Paulo Medical School\'s Hospital of Clinics were examined, with 30 high-grade (G1) uterine lesions with a mean age of 36.5 years ± 11, 1 and 12 with low grade (G2) uterine lesions with a mean age of 34.75 years ± 15.5. Clinical conditions and laboratory data on HPV were collected from patients\' medical records; the socio-demographic data obtained from an appropriate questionnaire. For the study of association between the variables, Odds Ratio analysis was used from the STATA 13.1 program. An association between low grade uterine lesions with positive culture in oral mucosa (OR = 0.215) and presence of chronic diseases (OR = 0.167) was identified. Patients with high grade uterine lesions had a higher prevalence for diabetes and the results indicated 23% prevalence of Candida spp. In oral mucosa and 27% in vaginal mucosa, in G1 patients, in G2 it was 42% in oral mucosa and 33% in vaginal mucosa. Among the species found in oral and vaginal mucosa of patients, Candida albicans was the most isolated with 88%, followed by C. tropicalis (8%) and C. glabrata (4%). The strains of C. albicans isolated from both mucosa presented sensitivity to all tested antifungal agents, unlike the C. tropicalis strain isolated in Group 2, in vaginal mucosa, which presented a resistance profile to fluconazole. Thus, monitoring and supervision through clinical and laboratory testing of HPV patients is important, reinforcing the need for care, treatment and prevention of HPV-related infections and Candida spp.
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MensuraÃÃo ultra-sonogrÃfica do colo uterino versus Ãndice de bishop na prediÃÃo do parto vaginal apÃs induÃÃo com misoprostol / The transvaginal ultrasound cervical assessment and Bishop score, in the prediction of vaginal delivery after induction of labor with misoprostolJose Richelmy Brazil Frota AragÃo 19 December 2008 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Objetivos: comparar a mensuraÃÃo ultra-sonogrÃfica transvaginal do colo uterino e o Ãndice de Bishop, na prediÃÃo do parto vaginal apÃs induÃÃo do trabalho de parto com misoprostol 25mcg, assim como, determinar os principais fatores relacionados à evoluÃÃo para parto vaginal. Sujeitos e MÃtodos: realizou-se estudo de validaÃÃo de tÃcnica diagnÃstica na Maternidade-Escola Assis Chateaubriand da Universidade Federal do CearÃ, com 126 gestantes com indicaÃÃo para induÃÃo do trabalho de parto que foram avaliadas pelo Ãndice de Bishop e ultra-sonografia transvaginal para mensuraÃÃo cervical. As pacientes foram submetidas à ultra-sonografia obstÃtrica transabdominal, para avaliaÃÃo da estÃtica e peso fetais e Ãndice de lÃquido amniÃtico, e à cardiotocografia basal para avaliaÃÃo da vitalidade fetal. Procedeu-se à induÃÃo do trabalho de parto com misoprostol vaginal e sublingual, um dos comprimidos contendo 25mcg da droga e o outro apenas placebo. Os comprimidos foram administrados a cada seis horas, em um numero mÃximo de oito. A anÃlise estatÃstica foi realizada com o programa SPSS 10.0 (SPSS Co, Chicago, IL, USA), utilizando-se distribuiÃÃo de frequÃncias, mÃdias, desvios-padrÃo e medianas; assim como, anÃlise univariada e construÃÃo de curvas ROC, correlacionando Ãndice de Bishop e parto vaginal, e medida ultra-sonogrÃfica do colo uterino e parto vaginal. Em anÃlise multivariada foram pesquisadas outras variÃveis relacionadas ao parto vaginal. Resultados: atravÃs de curva ROC correlacionando a mensuraÃÃo do colo uterino por ultra-sonografia transvaginal e a evoluÃÃo para o parto vaginal, evidenciou-se uma Ãrea sob a curva de 0,513 com p=0,801. Outra curva ROC, analisando a relaÃÃo da avaliaÃÃo cervical pelo Ãndice de Bishop com o parto vaginal, demonstrou Ãrea sob a curva de 0,617 com p=0,025. AtravÃs de anÃlise de regressÃo logÃstica mÃltipla, evidenciou-se paridade ≥ 1, escore de Bishop ≥ 4 e presenÃa de lÃquido amniÃtico claro como associados à evoluÃÃo para o parto vaginal. ConclusÃes: a medida ultra-sonogrÃfica transvaginal do colo uterino nÃo foi boa preditora da evoluÃÃo para parto vaginal em pacientes com trabalho de parto induzido com misoprostol. O Ãndice de Bishop foi melhor preditor para parto vaginal nestas circunstÃncias. Os fatores preditivos mais importantes para parto vaginal, apÃs induÃÃo com misoprostol, foram paridade ≥ 1, Ãndice de Bishop ≥ 4 e presenÃa de lÃquido amniÃtico claro
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Avaliação dos fatores epidemiológicos, diagnósticos e terapêuticos associados à gemelaridade e o impacto dos mesmos sobre os resultados neonatais / Evaluation of the epidemiological, diagnostic and therapeutic factors associated with the twins and their impact on the neonatal outcomesRodrigo Soler Coltro 15 September 2017 (has links)
Introdução: as gestações gemelares estão associadas a elevadas taxas de morbimortalidade tanto maternas quanto perinatais. Algumas intervenções tem o potencial de reduzir essas cifras, tais como a administração de corticosteroides pré- natal, a idade gestacional (IG) de resolução e a via de parto. Porém, a magnitude com que isso ocorre ainda se mantém incerta. Objetivos: comparar os resultados neonatais das gestações gemelares (GG) com os de gestações únicas (GU), levando-se em consideração características demográficas maternas, aquelas relacionadas à gestação atual, bem como sua idade e forma de resolução. Métodos: trata-se de um estudo caso-controle retrospectivo que incluiu 864 gestantes e seus 1298 filhos (430 únicos e 868 gemelares). As pacientes foram pareadas segundo IG de resolução da gestação, de modo que para cada gestação gemelar foi selecionada uma paciente com gestação única, de mesma IG, no mesmo período. O desfecho primário considerado foi resultado adverso perinatal. Características demográficas maternas, antecedentes obstétricos, intercorrências gestacionais, administração de corticosteroides, via de parto e corionicidade foram avaliados como fatores de risco para índices de Apgar no 1º e 5º minutos, morbidade neonatal composta, óbito fetal, óbito neonatal, hipoglicemia e icterícia neonatal. Resultados: tanto nas gestações únicas como nas gemelares, prematuridade foi fator de risco para todos os resultados adversos neonatais, especialmente em IG< 32 semanas. Sofrimento fetal agudo (SFA) aumentou o risco de Apgar de 1º e 5º minuto<7 nas GU. A corticoindução reduziu o risco de índices de Apgar<7, tanto no 1º como no 5º minuto nas GG e apenas no 1º minuto nas GU. Por outro lado, parto vaginal (PV) reduziu o risco de Apgar<7 no 1º minuto nas GU, mas aumentou o risco para os dois resultados adversos na GG. Esse efeito relacionado ao PV não ocorreu sobre a morbidade composta, mas SFA e a monocorionicidade entre os gemelares aumentou o risco desse resultado. SFA também aumentou o risco de óbito neonatal no grupo de GG. Em ambas as populações de RN, o PV foi protetor contra hipoglicemia neonatal. A monocorionicidade, corticoindução e a prematuridade aumentaram o risco de icterícia nos RN de GG. A ausência de doenças maternas protegeu os RN dos resultados adversos considerados. Conclusões: estratégias que visam reduzir prematuridade, doenças maternas e situações de hipoxemia fetal aguda contribuirão para melhores resultados obstétricos, assim como o uso do corticóide pré-natal, tanto nas GU quanto nas GG. A via de parto adequada na gemelaridade permanece controversa. / Introduction: The twin pregnancies are associated with high rates of morbidity and mortality in both mothers and perinatal deaths. Some interventions have the potential to reduce these figures, such as the administration of corticosteroids prenatal care, gestational age (GA) of resolution and the delivery route. However, the magnitude with which this occurs still remains uncertain. Objectives: To compare the neonatal results of the pregnancies of twins (TP) with those of singleton gestations (SG), taking into account maternal demographic characteristics, those related to the current pregnancy, as well as their age and form of delivery. Methods: This was a retrospective case-control study that included 864 pregnant women and their 1298 children (430 single and 868 twins). The patients were paired according to GA for a resolution of the pregnancy, so that for each twin pregnancy, a patient was selected with single pregnancy, of the same GA, during the same period. The primary outcome was considered perinatal adverse result. Demographic characteristics of the mother, obstetric history, complications of pregnancy, administration of corticosteroids, delivery route and chorionicity were evaluated as risk factors for Apgar scores at 1 and 5 minutes, neonatal morbidity composed, fetal death, neonatal death, hypoglycemia and neonatal jaundice. Results: In both pregnancies, prematurity was a risk factor for all adverse results, especially in GA< 32 weeks. Acute fetal distress (AFD) increased the risk of an Apgar score of 1 and 5 minute<7 in SG. The corticoindution reduced the risk of higher Apgar scores<7, both on the 1st and 5th minute in TP and only in the 1st minute in SG. On the other hand, vaginal delivery (VD) reduced the risk of an Apgar score<7 in the 1st minute in SG, but increased the risk for the two adverse results in TP. This effect is related to the VD did not occur on morbidity composed, but AFD and monochorionicity between the twins increased the risk of that result. AFD also increased the risk of neonatal death in the group of TP. In both populations of newborn (NB), the VD was protective against neonatal hypoglycemia. The monochorionicity, corticoindution and prematurity increased the risk of jaundice in NB of TP. The absence of maternal diseases protected the NB of adverse results considered. Conclusions: Strategies that aim to reduce prematurity, maternal diseases and situations of acute fetal hypoxemia will contribute to better outcomes, as well as the use of corticosteroids antenatal care, both in SG and in TP. The delivery route in multiple births remains controversial.
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Prevenção do câncer de colo do útero em uma área coberta pela estratégia de saúde da famíliaDuque , Kristiane de Castro Dias 28 February 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-02-28 / O câncer de colo de útero é um grave problema de saúde pública mundial. No Brasil, constitui-se na terceira causa de mortalidade após correções das taxas a partir das causas mal definidas. É um agravo passível de prevenção através da detecção precoce de lesões precursoras, por meio do exame de colpocitologia. A alta cobertura das mulheres pelo exame de rastreio pode reduzir as taxas de incidência de lesão invasora, assim, justifica-se a realização de pesquisas que contribuam para melhor avaliação do quadro epidemiológico da doença, determinando a prevalência, a cobertura de exames preventivos, fatores associados que esclareçam e fundamentem medidas de intervenção, além de análises que contribuam para maior esclarecimento das razões pelas quais algumas mulheres ainda são resistentes a realização do exame preventivo. Deste modo, foi realizado um estudo transversal com 776 mulheres na faixa etária de 20 a 59 anos, em uma Unidade de Saúde da Família, no município de Juiz de Fora, MG. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados um amplo questionário que possibilitou avaliar os hábitos e comportamentos de cuidado à saúde, permitindo estabelecer como objetivos: avaliar a prevalência e os fatores associados a não realização do exame de preventivo de câncer de colo de útero; analisar a cobertura destes exames; associar a não realização de exames preventivos de câncer de colo de útero a hábitos de cuidado à saúde realizados pelas mulheres. Os dados foram analisados pelo programa Stata 11,0 verificando as Razões de Prevalência (RP) com respectivos Intervalos de Confiança de 95% (IC 95%) e valores de p, utilizando-se na análise multivariada a regressão de Poisson. Verificou-se que 76,29% das mulheres estavam com exame Papanicolaou dentro dos critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde, as variáveis independentes que apresentaram associação com o desfecho foram: maior nível de escolaridade, prática regular de atividade física e procurar atendimento na Unidade de Saúde no último ano. O consumo de bebida alcoólica foi um fator de risco para não realização do exame. Ainda apresentou significância estatística possuir apoio social. Em relação à cobertura de exames, após a intensificação do rastreamento de câncer de colo do útero, através de estratégias de ação específicas, foi possível elevar a Razão de Exames citopatológicos na Unidade de Saúde de 0,1 para 0,4 no período de 1 ano. Observou-se também que as mulheres que apresentam como hábitos e comportamentos de cuidado à saúde, atitudes ligadas à prevenção e promoção, tem mais possibilidade em realizar o exame preventivo de câncer de colo do útero. Conclui-se que, ainda existe uma parcela da população, considerada epidemiologicamente de risco, que não realiza o exame de rastreio dentro dos critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde e que a análise das variáveis associadas a esta condição pode auxiliar na elaboração de estratégias de intervenção. O rastreamento organizado destas mulheres permite o alcance das metas estabelecidas, a organização das informações, a estruturação do serviço, a ampliação do acesso e o aprimoramento do vínculo com a comunidade adscrita. O maior conhecimento dos hábitos e comportamentos desta população possibilita o incentivo a atitudes de promoção e prevenção de cuidados à saúde, assim como, a intervenção específica nas situações potencialmente prejudiciais. Portanto, estudos sobre a prevenção do câncer de colo do útero são de extrema relevância, a fim de analisar a cobertura do rastreamento em áreas atendidas pela Estratégia de Saúde da Família e compreender os fatores associados a não adesão nas mulheres à realização do exame Papanicolaou. / Cancer of the cervix is a serious public health problem worldwide. In Brazil, constitutes the third leading cause of mortality after correction of rates from ill-defined causes. It is a grievance preventable through early detection of precursor lesions through Pap test. The high coverage of women by examining screening can reduce the incidence rates of invasive lesion thus justified conducting research that contributes to better assess the epidemiological situation of the disease, determining the prevalence, coverage of preventive tests, factors associated to clarify and justify intervention, and analysis that contribute to further clarification of the reasons why some women are still resistant to completion of screening. Thus, we conducted a cross-sectional study with 776 women aged 20-59 years in a Family Health Unit in the city of Juiz de Fora, MG. It was used as an instrument of data collection a comprehensive questionnaire that allowed us to evaluate the habits and behaviors of health care, establishing objectives: to evaluate the prevalence and factors associated with lack of test preventative of cancer of the cervix; analyzing the coverage of these tests; associate no preventive examinations of cancer of the cervix the habits of health care performed by women. Data were analyzed using Stata 11.0 checking Prevalence ratios (PR) with respective confidence intervals of 95% (95% CI) and p values, using the multivariate Poisson regression. It was found that 76.29% of women with Pap smear within the criteria established by the Ministry of Health, the independent variables that were associated with the outcome were: higher education level, regular physical activity and seek the Unit Health last year. The alcohol consumption was a risk factor for non-examination. Although statistical significance has social support. Regarding the coverage tests, following the intensification of cancer screening cervical cancer through specific strategies of action, it was possible to raise the ratio of cytological examinations at the Health Unit of 0.1 to 0.4 for the period 1 year. It was also observed that women have as habits and behaviors of health care, attitudes related to prevention and promotion, is more likely to perform preventive screening for cancer of the cervix. We conclude that there is still a portion of the population, considered epidemiologically risk, which does not perform screening examination within the criteria established by the Ministry of Health and the analysis of the variables associated with this condition can assist in developing intervention strategies. Tracing these women organized allows achievement of established goals, the organization of information, the structuring of the service, increasing access and improving the relationship with the community enrolled. Greater knowledge of the habits and behaviors of this population provides the incentive to attitudes of promotion and preventive health care, as well as a specific intervention in potentially harmful situations. Therefore, studies on the prevention of cervical cancer are extremely relevant in order to analyze the coverage of screening in areas served by the Family Health Strategy and to understand the factors associated with non-adherence in women with Pap smear.
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Prevalência e fatores associados a não realização do exame citopatológico do colo do útero na zona norte do município de Juiz de ForaRibeiro, Luciane 22 March 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-03-22 / Dentre os diversos tipos de neoplasias, o câncer do colo do útero é considerado um
problema de saúde pública no Brasil por apresentar elevada incidência e ser
responsável pelo óbito de uma parcela significativa de mulheres. Por ter uma história
natural conhecida, conta com um exame capaz de detectá-lo em fase inicial quando
há possibilidade de cura. No entanto observa-se que ao longo do tempo, a incidência
por esse tipo de neoplasia permanece elevada e o diagnóstico muitas vezes é feito
em estádios avançados, suscitando questionamentos quanto às ações de prevenção
do câncer do colo do útero. A partir dessa realidade, este estudo teve o objetivo de
estimar a prevalência de não realização do exame citopatológico do colo do útero na
Zona Norte do Município de Juiz de Fora/MG e identificar possíveis fatores
associados a esta não realização e à situação de estar com o exame em atraso
(último exame realizado há mais de três anos). Para tanto, optou-se por um estudo
de corte transversal por meio de um inquérito domiciliar. Como instrumento de coleta
dos dados foi utilizado um questionário padronizado buscando obter informações
referentes ao domicílio e à mulher. A amostra foi calculada através de amostragem
complexa com estratificação geográfica e conglomeração, perfazendo um total de
308 mulheres com filhos menores de 2 anos. Foram escolhidos dois desfechos: “não
realização do exame citopatológico” e “exame em atraso”. A análise estatística foi
realizada utilizando o pacote estatístico SPSS versão 15.0 que possibilitou a
utilização de um banco de dados ponderado que considerou o peso de cada unidade
amostral em amostra complexa. Inicialmente realizou-se uma análise bivariada
através da aplicação do teste do Qui-quadrado para medir a associação das
variáveis independentes com os desfechos. Para análise multivariada optou-se pelo
modelo de regressão logística buscando medir a associação de cada variável
independente com os desfechos, controlada pelas demais variáveis independentes.
Ao final do estudo encontrou-se uma prevalência de não realização do exame
citopatológico de 21,3% (IC95%: 17,0-26,4). A variável que mostrou associação
significativa com o desfecho não realização do exame, no modelo de regressão
logística, foi a escolaridade da mulher (OR:0,413; IC95%: 0,223-0,766). Já para o
desfecho exame em atraso, as variáveis que se apresentaram estatisticamente
significativas no modelo final foram: estado civil (OR: 0,152; IC95%: 0,027-0,845),
realização de exame ginecológico no pré-natal (OR 0,341; IC95%: 0,185-0,629) e
número de consultas de pré-natal (OR 0,092; IC95%: 0,034-0,252). Verificou-se que a
prevalência de realização do exame citopatológico encontrada está ligeiramente
abaixo do indicado pela Organização Mundial de Saúde e que esta variou conforme
algumas características das mulheres apontadas neste estudo. Além disso, merece
atenção especial o achado de que a realização do acompanhamento pré-natal não
foi determinante para garantir a realização do exame citopatológico segundo
periodicidade recomendada. / Among the various types of neoplasias, cervix cancer is considered a public health
problem in Brazil having high incidence and it is responsible for the death of a
significant number of women yearly. Since the disease natural evolution is well
known and its testing at early stages available (when there is chance of cure), it has
been observed that over time the incidence of this type of cancer remains high and
its diagnosis often made at advanced stages, raising concerns then as to how
effective the actions of prevention are. Based on this fact, this study aimed to
estimate the prevalence of non-performance of such tests in the population north of
the city of Juiz de Fora / MG and identify possible factors associated with such nonperformance
and the situation of not being up-to-date with Pap smear test (more than
three years overdue). As such, we opted to carry out a cross-sectional study through
a household survey. The data collection instrument used was a standardized
questionnaire seeking information focusing on the household and the woman. The
sample was calculated with complex geographical stratification and clustering totaling
308 women with children under two years. Two outcomes have been chosen: "no
Pap smear testing" and " test taken on delay." The bivariate statistical analysis was
performed by applying the chi-square statistic to measure the association between
independent variables and the outcomes. For multivariate analysis logistic regression
was adopted, seeking to measure the association of each independent variable with
outcomes controlled by other independent variables. At the end of the study it has
been found a prevalence of non-performance of such tests of 21.3% (IC95%: 17.0-
26.4). The variable that showed significant association with the outcome not
undergoing the test in the logistic regression model was the education of women
(OR:0,413; IC95%: 0,223-0,766). As to the outcome review in arrears, the variables
that were statistically significant in the final model were: marital status (OR: 0,152;
IC95%: 0,027-0,845), performing pelvic examination during prenatal care (OR 0,341;
IC95%: 0,185-0,629) and number of prenatal visits (OR 0,092; IC95%: 0,034-0,252). It
has been concluded that the prevalence of non-Pap smear testing in the above
population is slightly below than that indicated by the World Health Organization and
also that this varied according to some characteristics of women evaluated in this
study. Also special attention is the finding that the realization of prenatal care was not
crucial to attaining the second Pap smear frequency recommended.
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