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Avaliação da resposta broncodilatadora imediata ao formoterol em doença pulmonar obstrutiva crônica (dpoc) com pouca reversibilidadeSouza, Fábio José Fabrício de Barros January 2008 (has links)
O formoterol é um fármaco beta-agonista de ação prolongada com rápido início de ação e eficácia broncodilatadora que podem determinar melhora significativa e imediata da função pulmonar. Pacientes com DPOC apresentam pouca ou nenhuma resposta ao broncodilatador (BD) no volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1), podendo apresentar reversibilidade em outras variáveis se avaliados por pletismografia. O objetivo do estudo é avaliar por pletismografia a eficácia broncodilatadora do formoterol após 30 minutos de sua aplicação em portadores de DPOC. Foram estudados 40 pacientes portadores de DPOC com pobre resposta ao BD de curta ação. Encontravam-se no estágio II ou III da DPOC (SBPT/GOLD) e apresentavam VEF1 menor que 70% do valor previsto. Foram randomizados em dois grupos de 20 pacientes, com características clínicas semelhantes, recebendo cada um formoterol ou placebo, através de inalador de pó seco (aerolizer) com repetição das provas funcionais após 30 minutos. Foram observados aumentos significativos do VEF1 (12,4%) grupo formoterol (F) em relação ao grupo placebo (P) que foi de 0,1% (p=0,00065), da capacidade inspiratória (7,4% X 2,7%;p=0,05) e capacidade vital forçada (12,8% X 5,1%; p=0,017), redução importante da resistência das vias aéreas (-14% X 2,6% ; p=0,010). Foram ainda detectadas no grupo F modificações não expressivas do volume residual, da condutância das vias aéreas e da capacidade vital. Concluindo, em portadores de DPOC com pobre reversibilidade ao BD no teste espirométrico simples, o formoterol levou a uma melhora significativa da função pulmonar por pletismografia após 30 minutos de sua administração. / Formoterol is a long-acting ß2 agonist drug with rapid onset of action and the bronchodilator efficacy determine a prompt improvement in lung function. Patients with COPD may show minimal improvement after bronchodilator (BD) on volume in first second (FEV1), but they can show reversibility in other parameters if plethysmography was realized. The objective of this study was to evaluate, by plethysmography, the effectiveness of formoterol as a bronchodilator after 30 minutes of administration to patients with COPD. Forty COPD patients with poorly reversible obstruction confirmed by shortacting bronchodilator use at the spirometric test were prospectively evaluated. All patients were classified as having stage II or III SBPT/GOLD, presenting FEV1 lower than 70% of predict. The patients were randomized in two groups of 20, both with similar clinical characteristics, each group receiving either formoterol or placebo by dry powder device (aerolizer) and the lung function tests were repeated in 30 minutes after the drug administration. Significant increases in FEV1 (12,4%) in formoterol group (F) and 0,1% in placebo group (P) (P=0,00065), in inspiratory capacity (7,4% X 2,7% ; p=0,05) and in forced vital capacity (12,8% X 5,1%; p=0,017) and decrease in airway resistence (p=0,010) were observed in the F= -14% when compared with P= 2,6%. Residual volume decreased while specific airways condutance and vital capacity increased less important. In conclusion COPD patients with poor reversibility, formoterol promoted significant improvement in lung function by plethysmography after 30 minutes of its administration.
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Supplémentation en DHA et muscle squelettique de rat adulte en hypoxie / DHA supplementation and skeletal muscle of adult rat in hypoxiaLe Guen, Marie 25 October 2013 (has links)
Le maintien ou le renforcement de la masse et de la fonction musculaire, altérées chez les patients BPCO, est un objectif primordial pour préserver, voire améliorer leur tolérance à l'effort, leur qualité de vie et leur survie. Afin d'optimiser la prise en charge de cette dysfonction musculaire, la réhabilitation est complétée par des interventions nutritionnelles, encore appelées réhabilitations nutritionnelles. Dans ce contexte, l'apport d'acides gras polyinsaturés de la série n-3, et plus particulièrement d'acide docosahexaénoïque (DHA), pourrait s'avérer intéressant en raison de leurs effets bénéfiques démontrés dans plusieurs pathologies chroniques. L'objectif de ce travail était donc de caractériser les effets d'une supplémentation en DHA sur la tolérance à l'effort et sur le métabolisme énergétique des muscles squelettiques de rats adultes exposés à une hypoxie comme modèle de muscle de patient BPCO au stade de l'insuffisance respiratoire chronique. La tolérance à l'effort est améliorée par le DHA, que les rats soient conditionnés en normoxie ou en hypoxie. En normoxie, les mécanismes impliqués seraient liés à un effet du DHA mimétique de celui d'un exercice d'endurance, avec une activation de l'AMPK et une amélioration de la fonction mitochondriale étudiée sur fibres musculaires perméabilisées. En hypoxie, le DHA agirait différemment, réduisant les effets de l'hypoxie sur le muscle, sans que les mécanismes mimétiques de l'exercice d'endurance ne soient clairement retrouvés. La prise de DHA chez des rats entrainés et conditionnés en hypoxie permet également un gain d'endurance mais les mécanismes à l'origine de cet effet ne sont pas élucidés et nécessitent des travaux complémentaires. Au vu des résultats sur le muscle, la supplémentation en DHA pourrait donc être bénéfique dans la prise en charge de la dysfonction musculaire dans les maladies chroniques telles que la BPCO. / The maintenance and reinforcement of skeletal muscle mass and function, impaired in COPD patients, is a crucial aim to preserve, and even improve, their exercise tolerance, quality of life and survival. In order to optimize the management of such a muscular dysfunction, rehabilitation could be completed by nutritional interventions, also called nutritional rehabilitation. In this context, the intake of polyunsaturated fatty acids of the n-3 class, and particularly of docosahexaenoic acid (DHA), could be interesting, due to their benefic effects demonstrated in many chronic pathologies. Therefore, the aim of our work was to characterize the effects of DHA supplementation on exercise tolerance and skeletal muscle metabolism in rats exposed to hypoxia as a model of muscle dysfunction as seen in COPD patients suffering chronic respiratory failure. Results showed that exercise tolerance was improved by DHA in both normoxia and hypoxia conditions. In normoxia, the involved mechanisms may rely on an endurance exercise mimetic effect of DHA, including AMPK activation and improved mitochondrial function studied on permeabilized muscular fibers. In hypoxia, DHA acts differently, probably by minimizing hypoxia effects on muscle. However, the endurance exercise mimetic mechanisms were not clearly found. In hypoxia exposed-endurance trained-rats, DHA improved endurance exercise capacity but the involved mechanisms were not fully characterized and need further work. In conclusion, our results on muscle suggest that DHA supplementation could be beneficial in management of muscular dysfunction induced by chronic diseases such as COPD.
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Fatores associados à ocorrência de exacerbação em pacientes com DPOC /Faganello, Marcia Maria. January 2007 (has links)
Orientador: Irma de Godoy / Banca: Hugo Hyung Bok Yoo / Banca: Fabio de Oliveira Pitta / Banca: Maria Christina L. O. Machado / Banca: Alberto Cukier / Resumo: Nos últimos anos, vários estudos avaliaram os marcadores da doença associados à freqüência de exacerbação, hospitalização, readmissão e mortalidade em pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Entretanto, estudos que avaliaram os marcadores associados à ocorrência de exacerbação em pacientes ambulatoriais são limitados. Assim, o objetivo deste estudo foi identificar os fatores de predição da ocorrência de exacerbação no período de um ano em 120 pacientes com DPOC atendidos no Ambulatório de Pneumologia da Faculdade de Medicina de Botucatu - Unesp. Os pacientes tiveram o diagnóstico de DPOC confirmado e foram submetidos às seguintes avaliações: espirometria pré e pós-broncodilatador, composição do corpo (antropometria e bioimpedância), qualidade de vida por meio do Saint Georges Respiratory Questionnaire (SGRQ), intensidade da dispnéia por meio da escala modificada Medical Research Council (MMRC) e do índice basal de dispnéia (BDI) e tolerância ao exercício (distância percorrida em 6 minutos DP6). Em seguida foi calculado o índice BODE de acordo com os pontos de corte do volume expiratório no primeiro segundo (VEF1), do índice de massa do corpo, do MMRC e da DP6. Durante o período de acompanhamento de um ano, 60 pacientes (50%) apresentaram pelo menos um episódio de exacerbação da doença e, em conseqüência da agudização, 25 pacientes foram hospitalizados. Comorbidades extra-pulmonares foram causa de hospitalização em oito pacientes e de óbito em cinco pacientes. Na avaliação inicial, os pacientes que exacerbaram tinham maior comprometimento da função pulmonar e da troca gasosa, valores mais elevados do índice BODE e maior proporção de pacientes com DPOC III e IV. Além disso, apresentavam menores valores de DP6, maior sensação de dispnéi... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Markers of disease severity have been associated with mortality, occurrence and frequency of hospitalization and readmission due disease exacerbation in chronic obstructive pulmonary disease (COPD) patients. However, information about predictor factors for the occurrence of exacerbation in ambulatory COPD patients is scarce. Therefore, the aim of the present study was to identify predictor factors for the occurrence of exacerbation in 120 patients with COPD followed during one year in the outpatient clinic at Universidade Estadual Paulista (UNESP, Paulista State University) School of Medicine at Botucatu, located in the State of São Paulo, Brazil. The patients had the diagnosis of COPD confirmed and underwent to the following evaluations: pre- and postbronchodilator spirometry, body composition (anthropometry and bioimpedance), health-related quality of life (Saint Georges Respiratory Questionnaire -SGRQ), dyspnea scores (Medical Research Council MMRC and basal dispnea index -BDI) and exercise tolerance (6MWD). Bode index was calculated taking in consideration the cutt off points for forced volume in the first second (FEV1), body mass index, MMRC and 6MWD. During the followup period 60 patients (50%) presented at least one exacerbation episode and, as consequence, 25 patients were hospitalized. Eight patients were hospitalized and five died due to non-pulmonary comorbidities. At baseline, patients with exacerbations during the follow-up period presented lower values of airway obstruction indexes and of arterial blood gases and higher values of BODE score and proportion of COPD patients class III and IV. In addition, the values of 6MWD were lower, dyspnea sensation was higher and the health- related quality of life was more deteriorated in these patients. No significative associations were found between gender, corticosteroid use... (Complete abstract click electronic access below) / Doutor
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Oxigenoterapia domiciliar prolongada: estudo das características dos pacientes atendidos, das indicações, do fornecimento e uso de oxigênio realizado no HC-UNESP-BotucatuAlves, Maria Virgínia Martins Faria Faddul [UNESP] January 2001 (has links) (PDF)
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alves_mvmff_me_botfm.pdf: 428727 bytes, checksum: ffc24ac43727b5a65da27cb740b706f8 (MD5) / Várias doenças pulmonares são associadas ou apresentam na sua evolução a hipoxemia crônica. A mais comum é a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), que é caracterizada pela obstrução ao fluxo aéreo devido a bronquite crônica e/ou enfisema. O tratamento para esta condição é a administração de oxigênio. A oxigenoterapia domiciliar prolongada (ODP) melhora a expectativa de vida, reduz a policitemia, aumenta o peso do corpo, melhora a atividade cardíaca e a função neuropsicológica e aumenta a capacidade para realização de exercícios e atividades da vida diária. Os objetivos desta pesquisa foram levantar as características dos pacientes cadastrados no Serviço de Oxigenoterapia, avaliar as condições de fornecimento e uso do oxigênio e orientá-los quanto ao manuseio dos materiais e equipamentos para o tratamento com oxigênio. Foi realizado estudo retrospectivo e prospectivo no período de janeiro de 1997 a janeiro de 1999, que avaliou o total de 70 pacientes. Foram analisados dados da avaliação clínica e nutricional, de exames laboratoriais e de função pulmonar, questionário geral e de qualidade de vida e visita domiciliar. Os resultados mostraram que maior prevalência era do sexo masculino (59%), idade de 61 ? 12 anos, com mínimo de 20 e o máximo de 89 anos, sendo que a maioria dos pacientes (58%) tinha idade acima dos 61 anos. A avaliação nutricional apontou peso médio do corpo de 63,6 ? 19,3 Kg, o IMC foi de 24,7 ? 7,2 kg/m e a pocentagem do peso ideal era de 103,1 ? 42,1%. O diagnóstico de DPOC ocorreu em 70% dos pacientes estudados. O resultado de gasometria arterial mostrou valores de PaO2 de 46,12 ? 9,10 mmHg, PaCO2 de 44,68 ? 8,75 mmHg e SaO2 de 79,30 ? 11,91%. O resultado da prova de função pulmonar mostrou que a maioria dos pacientes apresentava distúrbios ventilatórios restritivos ou obstrutivos... / Several pulmonary diseases are associated or in it's evolution is presented chronic hypoxemia. The most common is the chronic obstructive pulmonary disease (COPD): witch is characterized by the obstruction of the airflow due to a chronic bronchitis or na emphysema. The long term domiciliary oxygen therapy (LTOT) improves the life expectation, reduces the polycythemia and the neuropsychological and also increases the patient's faculty for exercises and daily activities. This research has as main objectives to study the registered patient's on Oxygen Therapy Services, evaluate the oxygen supplyng and using condictions and orientates these patients for the correct use of the materials and oxygen equipment used in treatment. A retrospective and prospective study was made in the period of January of 1997 to January of 1999; witch evaluated the total of 70 patients. Clinical and nutritional data were analysed and the patient's laboratory exams and pulmonary function, domiciliary visits survey and life conditions were as well analysed. The results shown a prevalence of male gender (59%) ages of 61 ? 12 years with the minimum average of 20 and the maximum average of 89 years, that the greatest part of the patients (58%) had their ages above 61 years. The nutritional evaluations shown a medium weigh average of 63,6 ? 19,3 Kg, the body mass index (BMI) was 24,7 ? 7,2Kg/m2 and the percentile of the patients with the ideal body weigh was 103,1 ? 42,1%. The COPD diagnoses occurred in 70% of the evaluated patients. The arterial gasometry results shown PaO2 levels of 46,12 ? 9,10 mmHg, PaCO2 levels of the 44,68 ? 8,75 mmHg and SaO2 levels of 79,30 ? 11,91%. The results of the pulmonary function testing shown that the greatest part of the studies patients has presented restrictives or obstructives ventilatory disturbs. The patient's characteristics results shown... (Complete abstract click electronic address below)
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Identificação de dinapenia em pacientes com DPOC exacerbada e sua relevância no prognóstico clínicoSousa, Fernanda Cristina de 22 February 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-02-22 / Não recebi financiamento / In chronic obstructive pulmonary disease (COPD) the marked disuse of the
peripheral musculature due to bed rest decreases peripheral muscle strength and muscular
performance, known as dynapenia. However, the presence of this condition in patients with
COPD in the acute phase of the exacerbation, as well as its consequences in the prognosis of
the disease, were still little explored. Objectives: To identify the prevalence of dynapenia in
patients with exacerbation and post-exacerbation COPD, to assess peripheral muscle strength
30 days after the exacerbation, and to compare it with acute exacerbation and one another
group of patients in the stable phase of the disease, in addition to verifying if the decrease in
hand grip strength could predict worsening of quality of life, new exacerbations and death in a
period of 30 days post-exacerbation. Method: This was a longitudinal observational study in
which 40 patients of both genders (age> 50 years) with moderate to very severe obstruction
COPD were divided into two groups: exacerbated group (GEx) and your follow-up (GEx
follow-up) and stable group (GEst). The patients were submitted to strength tests of the
peripheral musculature, using manual isometric dynamometers, in order to quantify the
muscular strength between the groups. Results: Dinapenia was identified in 95% in the GEx,
86% in the GEx follow-up and 47% in the GEst. In the assessment of peripheral muscle
strength, when comparing the GEx and GEx follow-up groups, no significant differences were
identified. In the GEx follow-up and GEst groups a significant difference was seen in the
following evaluations: knee extension (p = 0.003), percentage of knee extension (p = 0.013),
elbow flexion (p = 0.015), shoulder flexion P = 0.004), hand grip strength (p = 0.004) and
percentage of hand grip strength (p = 0.011). As a predictor of poor outcomes, hand grip
strength showed a statistically significant degree of accuracy (area = 0.94) when lower than
14 kgf. In addition, we found difference in the distance walked in the 6MWT when comparing
the groups GEx and GEx follow-up (p = 0.018). And when comparing the GEx follow-up and
GEst groups with a statistically significant difference in the distance walked on the 6MWT (p
= 0.020), on the percentage of distance covered in the 6MWT (p = 0.007), in CAT (p = 0.01)
and SGRQ (p <0.0001). Conclusion: From the results found, it can be verified that patients
with exacerbated and post-exacerbation COPD present a significantly higher percentage of
dynapenia when compared to patients in a more stable state of the disease, besides presenting
a lower peripheral muscle strength. Furthermore, it can be observed that exacerbated patients
presenting a handgrip strength of less than 12 kgf are more likely to present poor outcomes
within 30 days post-exacerbation. / Na doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) o acentuado desuso da
musculatura periférica devido ao repouso no leito, diminui a força muscular periférica e
desempenho muscular, conhecido como dinapenia. Entretanto, a presença desta condição, em
pacientes com DPOC na fase aguda da exacerbação, bem como suas consequências no
prognóstico da doença ainda foram pouco exploradas. Objetivos: Identificar prevalência de
dinapenia em pacientes com DPOC em fase de exacerbação e pós-exacerbação, avaliar a força
muscular periférica 30 dias após a exacerbação e compará-la com a exacerbação aguda e a
outro grupo de pacientes na fase estável da doença, além de verificar se a diminuição da força
de preensão palmar poderia predizer piora da qualidade de vida, novas exacerbações e óbito
em um período de 30 dias pós-exacerbação. Método: Trata-se de um estudo observacional
longitudinal onde foram avaliados 40 pacientes, de ambos os gêneros (idade >50 anos), com
DPOC de moderada a muito grave obstrução, divididos em dois grupos: grupo exacerbado
(GEx), GE follow-up (GEx follow-up) e grupo estável (GEst). Os pacientes foram submetidos
a avaliações de força da musculatura periférica, com auxílio de dinamômetros isométricos
manuais, a fim de quantificar a força muscular entre os grupos. Resultados: A dinapenia foi
identificada em 95% no GEx, em 86% no GEx follow-up e em 47% no GEst. Na avaliação de
força muscular periférica, quando comparado os grupos GEx e GEx follow-up, não foram
identificadas diferenças significativas. Já nos grupos GEx follow-up e GEst foi vista diferença
significativa nas seguintes avaliações: extensão de joelho (p=0,003), porcentagem da extensão
de joelho (p=0,013), flexão de cotovelo (p=0,015), flexão de ombro (p=0,004), força de
preensão palmar (p=0,004) e porcentagem de força de preensão palmar (p=0,011). Como um
preditor de desfechos ruins, a força de preensão palmar apresentou um grau de acurácia
estatisticamente significante (área=0,94) quando menor que 14 kgf. Além disso, encontramos
diferença na distância percorrida no TC6 ao comparar os grupos GEx e GEx follow-up
(p=0,018); e quando comparados os grupos GEx follow-up e GEst, com diferença
estatisticamente significativa para distância percorrida no TC6 (p=0,020), na porcentagem da
distância percorrida no TC6 (p=0,007), no CAT (p=0,01) e no SGRQ (p<0,0001). Conclusão:
A partir dos resultados encontrados pode-se verificar que os pacientes com DPOC exacerbada
e pós-exacerbação apresentam uma porcentagem significativamente maior de dinapenia
quando comparado a pacientes em um estado mais estável da doença, além de apresentarem
uma força da musculatura periférica menor. Ainda, pode-se observar que os pacientes
exacerbados apresentando uma força de preensão palmar menor que 12 kgf, têm mais
probabilidade de apresentar desfechos ruins dentro de 30 dias pós exacerbação.
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Associações entre as variações de adipocinas, citocinas inflamatórias e composição corporal em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica no período de um ano / Associations between variations of adipokines, cytokines and body composition in patients with chronic obstructive pulmonary disease in one yearMesquita, Carolina Bonfanti 22 February 2018 (has links)
Submitted by CAROLINA BONFANTI MESQUITA null (carollmesquita@hotmail.com) on 2018-04-08T02:56:34Z
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Previous issue date: 2018-02-22 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Introdução: Estudos recentes mostram que o tecido adiposo também contribui para a inflamação sistêmica em pacientes com DPOC. Entretanto, não há dados na literatura que avaliem a variação das adipocinas e suas associações com marcadores inflamatórios, exacerbações e mortalidade em um ano nos pacientes com DPOC. Objetivo: Avaliar as variações das adipocinas, citocinas inflamatórias e composição corporal em pacientes com DPOC no período de um ano. Pacientes e Métodos: Foram avaliados 57 pacientes com DPOC leve a muito grave, destes 6 pacientes morreram, 6 não foram contatados após a avaliação e 5 não quiseram participar da segunda fase estudo, logo realizamos análise de dois momentos dos 40 pacientes que completaram um ano de acompanhamento. No momento basal e após 1 ano foram realizados espirometria pré e pós-broncodilatador, gasometria arterial, exames laboratoriais, oximetria de pulso, dosagem plasmática sérica de interleucina (IL)-6, fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), adiponectina e leptina e avaliação sérica laboratorial. Também foi realizado avaliação da composição do corpo, força muscular do quadríceps (FMQ) (MicroFet 2), sensação de dispneia, por meio do Índice de Dispneia Basal (BDI), Escala de Borg e Medical Research Council Modificado (mMRC), avaliação do estado geral de saúde, por meio do questionário de Qualidade de Vida na Doença Respiratória do Hospital Saint George (SGRQ) e Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HAD), calculado índice de BODE e Teste de caminhada de 6 minutos. Resultados: Na análise da variação dos 40 pacientes nos dois momentos observamos associação da variação da leptina com a variação de IMC (R:0,43; p=0,006), variação de FMQ E (R:0,42; p=0,008), variação do índice BODE (R:0,39; p=0,024) e variação da IL-6 (R:-0,33; p=0,003). Na análise de regressão linear múltipla apenas observamos associação negativa da variação da IMMC com a variação da adiponectina (coef: -0,35; p=0,03). Não observamos associação das adipocinas na frequência de exacerbação ou mortalidade em um ano. Conclusão: O presente estudo mostrou que a leptina está associada positivamente com a IMC, força muscular periférica e índice BODE e associada negativamente com a IL-6. Novos estudos sobre a variação das adipocinas e suas associações com as variações dos marcadores inflamatórios e do estado nutricional devem ser realizados para melhor esclarecimento. / Introduction: Recent studies show that adipose tissue also contributes to systemic inflammation in chronic obstructive pulmonary disease (COPD). However, there are no data in the literature evaluating the evolution of level of adipokines and their associations with systemic inflammation, exacerbations and mortality in COPD patients. Objective: Evaluate the variations of adipokines and their association with systemic inflammation and and body composition in patients with COPD during one year. Patients and Methods: Fifty-seven patients with mild to very severe COPD were evaluated. During the follow up, six patients died, six lost the follow up and five refused to participate in the second assessment. At baseline and after one year we performed post-bronchodilator spirometry, arterial blood gas analysis, laboratory tests, pulse oximetry, serum plasma levels of interleukin (IL)-6, tumor necrosis factor alpha (TNF-α), adiponectin and leptin. We also assessed body composition, peripheral muscle strength (quadriceps), Basal Dyspnea Index (BDI), Borg Scale, and Modified Medical Research Council (mMRC), general health status was evaluated by Saint George Respiratory Questionnaire (SGRQ), Hospital Anxiety and Depression Scale (HAD), BODE index and 6-minute walk test. Results: From the total of 40 patients, we analyzed the variation during one year and we observed a positive association between leptin and BMI (R:0.43; p=0.006), QMS L (R:0.42; p=0.008) and BODE index (R:0.39; p=0.024) and a negative association between IL-6 (R:-0.33; p=0.003). Multiple linear regression showed a negative association between the variation of IMMC and variation of adiponectin levels (coef:-0.35, p=0.03). We did not find association between the frequency of exacerbation and mortality with adipokines. Conclusion: The present study showed that leptin is positively associated with BMI, peripheral muscle strength and BODE index and negatively associated with the IL-6. Further studies on the variation of adipokines and their associations with variations in inflammatory markers and nutritional status should be performed for better clarification.
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Avaliação do papel do fator de Von Willebrand em pacientes portadores de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) / Evaluation of Von Willebrand factor in patients with Chronic Obstructive Pulmonary Disease (COPD)Thiago Prudente Bártholo 17 April 2013 (has links)
A doença pulmonar obstrutiva crônica é uma doença que leva à obstrução pulmonar geralmente irreversível e está intimamente relacionada com o hábito de fumar. Ao longo dos anos, ocorre destruição dos septos alveolares com a degradação das fibras elásticas e depósito do colágeno que compõe estes septos. Muito tem se discutido sobre a existência de inflamação sistêmica no paciente com DPOC e sobre as suas possíveis manifestações extra-pulmonares . O processo de aterosclerose pode fazer parte deste espectro inflamatório a partir da presença de dano endotelial. O fator de Von Willebrand é um marcador de dano endotelial e pode ser dosado de forma quantitativa e qualitativa. Este trabalho demonstra uma diferença estatisticamente significativa, qualitativa e quantitativamente, entre os níveis de fator de Von Willebrand em tabagistas e em pacientes com DPOC, quando comparados ao grupo controle. Ao analisarmos os pacientes com DPOC dividindo-os em subgrupos considerando quatro classificações distintas: GOLD 2006 (Anexo A), GOLD 2011 (Anexo B), grau de sintomatologia a partir da escala de dispneia MRC modificada (Anexo C) e número de exacerbações no último ano. Observamos uma diferença estatisticamente significativa, em relação ao nível qualitativo do fator de von Willebrand, apenas quando comparamos pacientes com DPOC sintomáticos e não sintomáticos. Demonstramos ainda uma correlação inversa entre o percentual predito de volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1%) com os níveis qualitativos de fator de von Willebrand. Desta forma, o fator de von Willebrand está aumentado no paciente com DPOC, sendo um possível marcador sérico de sintomatologia relacionado a esta doença. Apesar de não se conseguir definir gravidade dos pacientes com DPOC pelo GOLD, o fator de von Willebrand estabelece uma correlação inversa com os níveis de VEF1%, sugerindo algum tipo de participação na progressão da doença. / Chronic obstructive pulmonary disease (COPD) is an entity that leads to pulmonary obstruction generally irreversible. This is closely related to the smoking habit and leads to alveolar septal destruction with elastic fibres degradation and collagen fibres degradation. There are many argues about the presence of systemic inflammation in the COPD patients. The atherosclerosis process can be part of this inflammation spectrum from the presence of endothelial damage. The von Willebrand factor is a marker of endothelial damage and may be measured in a quantitative and qualitative form. This study demonstrates a significant statistically difference in both qualitative and quantitative form of von Willebrand factor in smokers and COPD patients compared to the control group. When analyzing subgroups in COPD patients considering four different classifications: GOLD 2006, GOLD 2011, degree of symptoms from the MRC dyspnea scale and number of exacerbations in the last year. We observed a significant statistically difference in the level of qualitative von Willebrand factor only in the subgroup of the degree of symptoms. Inverse correlation was observed with the percent of forced expiratory volume in one second (FEV1%) and the qualitative von Willebrand factor. Thus, the von Willebrand factor is increased in COPD patient and could be a possible serum marker of the presence of symptoms in this patient. We cannot identify the severity of COPD patients in GOLD classification using von Willebrand factor, but we established a inverse correlation between qualitative von Willebrand factor and FEV1%, what may suggest a participation in the progression of the disease.
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Perfil dos pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica exacerbada internados em um hospital de referênciaJacques, Maria Angélica January 2011 (has links)
Introdução: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é um dos maiores problemas de saúde pública no mundo, tanto em termos de morbidade como de mortalidade Objetivos: Caracterizar o perfil dos portadores de DPOC internados em um hospital de referência em pneumologia no período de 1 (um) ano; avaliar o papel prognóstico de fatores como idade, sexo, tabagismo, presença de comorbidades, e internação na unidade de terapia intensiva. Métodos: Foram avaliados todos os pacientes internados no Pavilhão Pereira Filho (PPF) - Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre, entre janeiro/2008 e janeiro/2009, que apresentaram como principal motivo da internação a exacerbação da DPOC. Foram realizadas entrevista com o paciente ou com o familiar responsável e pesquisa no prontuário para preenchimento da ficha e questionário de avaliação. Foram analisados os primeiros exames de imagem e laboratoriais realizados na hospitalização. O Airway Questionnaire 20 (AQ20) foi utilizado para avaliação da qualidade de vida e deveria ser respondido somente pelo paciente. Os programas Excel e PASW 18.0 foram utilizados para armazenamento e tratamento estatístico dos dados. O nível de significância adotado foi de 5,0%. Resultados: Estudaram-se 142 pacientes, com média de 1,84 internações por paciente. A principal causa da exacerbação foi infecção respiratória (86,6%). A idade dos pacientes foi de 70,4 ± 9,9 anos; 51,4% eram homens, 53,6% tinham nível de escolaridade baixo, 33,1% eram do lar, e a maioria morava em casas de bairros residenciais de Porto Alegre ou em sua região metropolitana. Quanto ao hábito tabágico, 71,8% eram ex-tabagistas e 18,3% tabagistas ativos. As comorbidades estiveram presentes em 88,0% dos pacientes, especialmente hipertensão arterial sistêmica e Diabetes mellitus, e 76,8% apresentavam história prévia de alguma outra doença pulmonar, como asma ou pneumonia. A mediana de tempo de diagnóstico da DPOC foi de 6,5 anos. O oxigênio domiciliar era usado por 28,9% dos pacientes, a fisioterapia no domicílio era realizada por 15,5% deles, e apenas 3,5% participavam ou já haviam participado de algum programa de reabilitação pulmonar. Responderam o AQ20 130 pacientes. Quando perguntados se sentiam falta de ar ao subir escadas, 76,8% responderam afirmativamente. Além disso, 70,4% sentiam-se freqüentemente cansados, 69,7% tinham piora dos sintomas quando se incomodavam e 61,3% referiam não conseguir aproveitar sua vida devido à doença pulmonar. Durante a internação, 85,2% dos pacientes usaram oxigênio, 95.1% utilizaram broncodilatadores inalatórios, 74.6% corticoides sistêmicos, 72.5% antibióticos, 86.6% realizaram fisioterapia, e 16,9% necessitaram de internação em UTI. Foram a óbito 5 (3,5%) pacientes durante a primeira hospitalização e um total de 19 (13,4%) óbitos ocorreram durante o ano do estudo. Pacientes com comorbidades permaneceram mais tempo internados. A internação em UTI relacionou-se com o tempo de internação hospitalar e número de óbitos. Conclusões: As principais conclusões do estudo foram: infecção respiratória mostrou-se como causa mais freqüente da exacerbação; cada paciente internou cerca de duas vezes no período analisado; a média de idade da amostra foi relativamente alta; o nível de escolaridade foi baixo; história de tabagismo esteve presente na grande maioria (90,0%) dos pacientes; o tempo de diagnóstico de DPOC foi relativamente curto se considerada a idade dos indivíduos; uma pequena proporção de pacientes fazia uso de oxigênio domiciliar e/ou ventilação mecânica não-invasiva; poucos realizavam fisioterapia domiciliar ou participavam de um programa de reabilitação pulmonar. Durante a hospitalização, oxigenoterapia, broncodilatadores inalatórios, corticóides sistêmicos e antibióticos, bem como fisioterapia, foram as medidas terapêuticas mais vezes empregadas. Em relação à qualidade de vida, os indivíduos analisados apresentavam sintomas respiratórios que afetavam as atividades diárias (AVD’s). A necessidade de internação em UTI, bem como o gênero masculino dos indivíduos tiveram relação significativa com o número de óbitos. O tempo de internação hospitalar foi maior nos indivíduos que apresentavam comorbidades e naqueles que necessitaram de internação na unidade de terapia intensiva. / Introduction: Chronic obstructive pulmonary disease (COPD), in morbidity as well in mortality, is one of the major public health problems in the world. Objectives: To evaluate the profile of patients with COPD hospitalized in the pneumology reference hospital, in the period of one (1) year and to evaluate the prognostic role factors such as age, sex, smoking, comorbidities and hospitalization in intensive treatment unit. Methods: All patients admitted to PPF between 2008 and 2009, that showed COPD exacerbation as reason of hospitalization, were evaluated. Interviews with the patient or family responsible and research in the medical record were did to the completed questionnaire and assessment. The first laboratory and imaging exams were collected. The Airway Questionnaire 20 (AQ20) was used to assess quality of life and should be answered only by the patient. Excel and PASW 18.0 programs were used for storage and processing data. The level of significance was 5.0%. Results: The number of patients examined was 142, with an average of 1.84 hospitalizations per patient. The main exacerbation cause of COPD was respiratory infection (86,6%). Patients had a mean age of 70.4 ± 9.9 years, 51.4% were men, 53.6 had low education level, 33.1% were housewives, and the majority lived in residential homes Porto Alegre and its metropolitan area. As for smoking, 71.8% were former smokers and 18.3% were smokers. Comorbidities were present in 88% of patients, mainly arterial hypertension and diabetes, and 76.8% had a history of a previous other pulmonary disease, as asthma or pneumonia. The average time of COPD diagnosis was 6.5 years. The home oxygen therapy was used for 28.9% of patients and physical therapy at home was performed by only 15.5% of them, as only 3.5% was involved in some pulmonary rehabilitation program. Only 130 patients were able to answer the AQ20. When asked if they feel short of breath when climbing stairs, 76.8% answered affirmatively. Furthermore, 70.4% feel tired frequently due to pulmonary disease, 69.7% have worsening symptoms when they get bored, 61.3% report can not enjoy their life due to lung disease. During hospitalization, 95.1% used inhaled bronchodilators, 74.6% systemic steroids, 72,5% antibiotics, 85,2% oxygen and 86.6% held physiotherapy and 16.9% of subjects required intensive care unit (ICU) admission. In the year studied, a total of 19 (13.4%) deaths was registered and 3.5% of patients died during analyzed hospitalization. Patients with comorbidities and those admitted in ICU remained longer in hospital. Conclusions: The main conclusions of this study were: respiratory infection was the major cause of exacerbation, each patient was admitted in hospital almost twice during the year studied, the average age of the sample was relatively high and the educational level was low, smoking was decisive in the disease history of these individuals, the time of diagnosis of COPD was relatively short, is considered the age of individuals; a small proportion of patients used home oxygen therapy and / or non-invasive mechanical ventilation, few individuals received physiotherapy at home or attended a pulmonary rehabilitation program. During hospitalization, oxygen therapy, inhaled bronchodilators, systemic steroids and antibiotics, as well as physical therapy treatments have been used in large proportion. In relation to quality of life, individuals examined had respiratory symptoms that affected activities of daily living (ADLs). The need for ICU admission, as well as gender of the subjects had significant relation with the number of deaths. The hospital length of stay was higher in individuals with comorbidities and those who required admission to the intensive care unit.
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Comorbidades e mortalidade na doença pulmonar obstrutiva crônicaBottega, Tiago Spiazzi January 2014 (has links)
Introdução: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é um importante problema de saúde pública, que apresenta morbimortalidade considerável. Objetivos: Identificar as principais comorbidades e causas de morte e estudar os fatores preditores de mortalidade na DPOC. Métodos: Estudo de coorte com inclusão de pacientes ambulatoriais com DPOC. Foram coletados dados antropométricos, clínicos e funcionais. As comorbidades foram avaliadas através de um índice elaborado somando-se um ponto para cada comorbidade que o paciente apresentasse e através do índice de Charlson. O método de regressão de Cox foi utilizado para estudar os fatores associados à mortalidade. Resultados: Dos 520 pacientes 303 (58,3%) eram homens, a idade foi de 65,1±9,6 anos e o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) foi de 1,18±0,57 l, 44,6±17,9% do previsto. Dezesseis pacientes (3,1%) não apresentavam comorbidades e 354 (68,1%) tinham três ou mais comorbidades, sendo a média de 3,63±1,95. O índice de Charlson foi 4,26±2,52. As principais comorbidades foram hipertensão arterial sistêmica (HAS; 46,5%), seguida por doença cardíaca (31,2%), dislipidemia (24,4%), diabetes mellitus (23,3%), obesidade (21,3%), desnutrição (21,3%), osteopenia/osteoporose (21,2%) e câncer (17,3%). Durante o tempo de seguimento de 38,3±20,8 meses 116 pacientes (22,3%) morreram. As principais causas de óbito foram respiratória (52,3%), câncer (22,4%), cardiovascular (10,3%) e abdominal (9,5%). Os fatores associados com a mortalidade na análise univariada foram idade, número de comorbidades, índice de Charlson, intensidade da dispneia, escore BODE (Body mass index, airway Obstruction, Dyspnea, and Exercise capacity), história de câncer, VEF1 (% do previsto) e distância percorrida no teste da caminhada de seis minutos (p<0,05). Na análise multivariada apenas o escore BODE e o índice de comorbidades de Charlson permaneceram significativos. Um escore de BODE de 5 apresentou uma hazard ratio (HR) de 2,96 (intervalo de confiança - IC 95% 1,54-5,68; p=0,0001) e um índice de Charlson de 4 uma HR de 1,78 (IC 95% 1,04-3,04; p=0,01). Conclusões: Comorbidades foram frequentes em pacientes com DPOC e a principal causa de morte foi respiratória. Tanto o escore de BODE como o índice de Charlson foram fatores preditores independentes de mortalidade. / Introduction: Chronic obstructive pulmonary disease (COPD) is a major public health problem involving considerable morbidity and mortality. Objectives: To identify major comorbidities and causes of death and to study the predictors of mortality in COPD. Methods: Cohort study including outpatients with COPD. Anthropometric, clinical and functional data were collected. Comorbidities were assessed through an index calculated by adding one point for each comorbidity the patient presented and using the Charlson index. The Cox regression method was used to study the factors associated with mortality. Results: Of the 520 patients 303 (58.3 %) were men, age was 65.1 ± 9.6 years and forced expiratory volume in one second (FEV1), was 1.18 ± 0.57 L, 44.6 ± 17.9 % of predicted. Sixteen patients (3.1 %) had no comorbidities and 354 (68.1 %) had three or more comorbidities, with an average of 3.63 ± 1.95. The Charlson index was 4.26 ± 2.52. The most common comorbidities were systemic arterial hypertension (46.5 %), followed by heart disease (31.2 %), dyslipidemia (24.4%), diabetes mellitus (23.3 %), obesity (21.3 %), low body weight (21.3%), osteopenia/osteoporosis (21.2 %) and cancer (17.3%). During the follow-up time of 38.3 ± 20.8 months 116 patients (22.3 %) died. The main causes of death were respiratory (52.3 %), cancer (22.4 %), cardiovascular (10.3%) and abdominal (9.5%). Factors associated with mortality in the univariate analysis were age, number of comorbidities, Charlson index, intensity of dyspnea, BODE score, history of cancer, FEV1 (% predicted) and distance on the six-minute walk test (p<0.05). In the multivariate analysis only the BODE score (Body mass index, airway Obstruction, Dyspnea, and Exercise capacity) and Charlson comorbidity index remained significant. A BODE score of 5 was associated with an hazard ratio (HR) of 2.96 (95% CI 1.54 to 5.68, p=0.0001) and a Charlson index of 4 with an HR of 1.78 (95% CI 1, 04 to 3.04, p=0.01). Conclusions: Comorbidities were common in patients with COPD and the main cause of death was respiratory. Both the BODE score and the Charlson index were independent predictors of mortality.
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Comportamento de parâmetros metabólicos e mecânicos da caminhada de indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônicaSanseverino, Marcela Alves, Bona, Renata Luisa January 2016 (has links)
Introdução. Os pacientes com DPOC apresentam capacidade de exercício reduzida e limitação funcional para realização de suas atividades diárias, impactando a qualidade de vida desses indivíduos. Além disso, foi demonstrado para esses indivíduos um maior risco de queda em comparação a indivíduos saudáveis da mesma idade. Contudo, não se sabe o papel da intolerância ao exercício em variáveis relacionadas a locomoção dos pacientes com DPOC como o custo de transporte (C), a velocidade autosselecionada (VAS) e a estabilidade dinâmica, que podem auxiliar na dimensão da influência dessa intolerância na vida diária desses indivíduos. Objetivo. O presente estudo se propôs a investigar o comportamento do C, da eficiência ventilatória, do conforto ventilatório e da estabilidade dinâmica em diferentes velocidades de caminhada de indivíduos com DPOC e comparar com indivíduos sem a doença, além de verificar a possível correspondência entre a VAS e a velocidade ótima. Materiais e Métodos. Onze participantes com DPOC fizeram parte desse estudo e foram comparados com onze controles pareados por sexo e idade. Eles foram primeiramente submetidos a um teste de exercício cardiopulmonar e, em um segundo momento, a uma avaliação do C. No protocolo submáximo, os participantes caminharam em cinco velocidades diferentes, sendo uma a VAS e outras quatro ±20% e ±40% da VAS. Além disso, os participantes foram avaliados em uma velocidade pré-determinada igual a todos (isovelocidade). Para todas as velocidades do protocolo os participantes caminharam durante cinco minutos. A partir dos valores de consumo de oxigênio (VO2) obtidos, foram calculados os valores de C. Simultaneamente, foram realizados registro de vídeos dos participantes para posterior análise cinemática da marcha. Foram calculados a frequência de passada (FP), o comprimento de passada (CP) e o coeficiente de variação (CoV) referente a FP, como medida da estabilidade dinâmica. Resultados. Não houve diferença do C dos pacientes com DPOC em relação aos controles, nem mesmo quando caminhavam em isovelocidade (p=0,623). Em todas as velocidades, os pacientes demonstraram menor eficiência ventilatória. A VAS dos pacientes foi menor, no entanto observou-se menor valor de C nas velocidades mais altas de caminhada. Apesar de os indivíduos com DPOC apresentarem menor FP e CP, a estabilidade dinâmica não demonstrou-se prejudicada na amostra estudada. Conclusão. Pacientes com DPOC caminham em velocidades reduzidas, em relação aos controles, especialmente devido à dispneia acompanhada de uma menor eficiência ventilatória. Embora o C seja semelhante ao de indivíduos saudáveis, os participantes com DPOC apresentaram o índice de reabilitação inferior, sugerindo, portanto, que o mecanismo pendular não esteja otimizado na VAS. Além de não encontrar diferenças na economia de caminhada, foram observadas alterações mínimas na estabilidade dinâmica da marcha destes indivíduos. Terapias que tratem do conforto ventilatório são potenciais ferramentas para a melhora da locomoção de pacientes com DPOC. / Background. Subjects with COPD present reduced exercise capacity and functional limitation to perform daily activities, which affects their quality of life. Furthermore, it is known that this population has increased risk of falls when compared to health subjects. However, it is still unknown the role of exercise intolerance on important variables to assess locomotion, as the cost of transport (C), the self-selected speed (VAS) and the dynamic stability, which might be able to help to dimension the exercise intolerance on their daily life. Objective. To investigate the behaviour of C ventilatory efficiency, ventilatory comfort and dynamic stability at different walking speeds in COPD subjects and compare them to healthy controls, as well as to verify the possible correspondence of VAS and optimal speed. Methods and Materials. 11 patients with COPD participated in this study and were matched with 11 control subjects in terms of gender and age. They underwent a cardiopulmonary exercise test and an evaluation of C. In this last evaluation, participants walked at five different walking speeds, among them VAS and the others ±20% and ±40% of the VAS. There was also a sixth predetermined walking speed (isovelocity). The participants walked during five minutes in each speed. The C values were calculated from the oxygen consumption (VO2) values. Simultaneously, the subjects were filmed for later analysis of gait kinematics. The stride frequency (FP), stride length (CP) and the coefficient of variation (CoV) from FP as a measure of dynamic stability, were calculated. Results. There was no significant difference between the C of participants with COPD and control subjects, not even when walking at isovelocity (p=0,623). For all speeds investigated, the ventilatory efficiency of COPD subjects was impaired when compared to healthy individuals. The participants in COPD group walked at a slower VAS, but the lower value of C was found during faster walking speeds. Even though the COPD group had less FP and shorter strides, their dynamic stability showed minimal impairment. Conclusion. The patients with COPD walked at a reduced walking speed when compared to control subjects, specially caused by dyspnea and a lower ventilatory efficiency. In spite of a similar C between groups, the COPD subjects presented an inferior rehabilitation index, therefore suggesting that their pendulum-like mechanism is not optimal at VAS. Furthermore, besides a walking economy with no differences between groups, minimal impairments were found for dynamic stability in COPD group. Therapies that treat ventilatory comfort are a potential tool to improve locomotion of COPD subjects.
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