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Vigilância da replicação do poliomavírus humano BK (BKPyV) e evolução para Nefropatia Associada ao BKPyV (NABKPyV) em pacientes submetidos a transplante renal / Surveillance of BK human polyomavirus (BKPyV) replication and progression to BKPyV Associated Nephropathy (BKPyVAN) in patients undergoing kidney transplantation

Camila da Silva Bicalho 29 August 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: O BKPyV está associado à inflamação e perda da função do enxerto em pacientes transplantados renais. Nos pacientes transplantados renais, aproximadamente 40% dos receptores desenvolvem viruria pelo BKPyV em até 3 meses e 20% desenvolvem viremia em até 1 ano pós-transplante. Os pacientes que desenvolvem viremia têm o risco de evolução para nefropatia associada ao BKPyV (NABKPyV), com prevalência em torno de 1 a 10%, e evolução para perda do enxerto renal bastante variável, de 0 a 100%, dependendo dos estudos e das intervenções realizadas. Embora a vigilância de replicação do BKPyV seja recomendada, existem diferenças de metodologia e periodicidade entre as recomendações publicadas. Adicionalmente, tem sido discutida a importância do cut-off de viremia para o manejo clínico desses pacientes na prevenção de evolução para nefropatia. Os objetivos primários deste estudo foram determinar a prevalência de decoy cell na urina, viremia e viremia sustentada pelo BKPyV e NABKPyV, nos receptores de transplante renal do Serviço de Transplante Renal do HCFMUSP, e os possíveis fatores de risco associados à presença a viremia sustentada pelo BKPyV e NABKPyV. MÉTODOS: Trata-se de um estudo de coorte prospectivo no qual foram incluídos todos os receptores e os doadores de transplante renal intervivos submetidos a transplante de agosto de 2010 a dezembro de 2011. Todos os participantes foram avaliados no momento imediato pré-transplante e os receptores foram monitorados para detecção de viremia de BKPyV e desenvolvimento de NABKPyV durante o período de até 2 anos pós-transplante. Os receptores colheram amostras de urina mensalmente, durante o primeiro ano, e a cada 3 meses durante o segundo ano pós-transplante para a pesquisa de viruria (realizada por decoy cell e/ou q-PCR). A detecção de viruria indicava o início de monitorização mensal de viremia por q-PCR, viremia era mantida até obtenção de três amostras de viremia negativas consecutivas. A detecção da primeira viremia positiva deveria ser confirmada por uma segunda amostra colhida após intervalo de duas semanas; se o exame repetido confirmasse a viremia positiva, os pacientes eram submetidos à biópsia renal percutânea para investigação de NABKPyV. RESULTADOS: No período do estudo foram realizados 326 transplantes e foram incluídos 246 pacientes. A prevalência de viruria foi de 36,9%, a de viremia 22,3% e a de nefropatia 3,2%. O tempo médio entre o transplante e a viruria positiva pela decoy cell foi de 7,2 meses, entre o transplante e a viremia positiva de 7,6 meses, e entre o transplante e o diagnóstico de NABKPyV de 8,5 meses. O único fator de risco encontrado para viremia sustentada e para nefropatia foi gênero masculino. O valor de cut-off de viremia que melhor discrimina a evolução para NABKPyV foi 44.955 cópias/mL. CONCLUSÕES: As prevalências de viruria, viremia e nefropatia foram semelhantes às reportadas na literatura. O gênero masculino foi o único fato de risco encontrado para viremia sustentada e nefropatia. O valor de cut-off de viremia que melhor discrimina o risco de evolução para nefropatia foi maior que o valor usualmente recomendado pela literatura, que é de 10.000 cópias/mL / INTRODUCTION: BKPyV is associated with inflammation and loss of graft function in kidney transplant patients. In kidney transplantation, approximately 35-47% of recipients develop viruria by BKPyV within 3 months post-transplantation, and 20% develop viremia within one year post-transplantation. Patients who develop viremia are at risk of progression to BKPyV-associated nephropathy (BKPyVAN), with prevalence around 1 to 10%, and a quite variable prevalence of progression to kidney graft loss, ranging from 0 to 100%, depending on the studies and the interventions. Although BKPyV surveillance is recommended, there are differences in methodology and frequency between published recommendations. In addition, the importance of viremia cutoff for clinical management of these patients in the prevention of progression for nephropathy has been discussed. The objectives of this study were to determine the prevalence of decoy cell in urine, BKPyV viremia, BKPyV sustained viremia, and BKPyVAN, in kidney transplant recipients of HCFMUSP Kidney Transplant Service. Additionally, the aim was to determine the possible risk factors associated with the presence of BKPyV sustained viremia and BKPyVAN. METHODS: This is a prospective cohort study. From August 2010 to December 2011, all recipients and donors of kidney transplant who underwent transplantation were enrolled. All participants were evaluated at immediate pre-transplant and recipients were monitored for detection of BKPyV viremia and development of BKPyVAN for up to two years post-transplantation. All recipients collected urine samples monthly during the first year and every three months during the second year post-transplant for viruria screening (performed by decoy cell and/or q-PCR). Viruria detection indicated the initiation of monthly viremia monitoring by q-PCR. Viremia was maintained until three consecutive negative viremia samples were obtained. The detection of the first positive viremia should be confirmed by a second sample collected after a two-week interval. If repeated examination confirmed positive viremia, the patients underwent percutaneous kidney biopsy to investigate BKPyVAN. RESULTS: During the study period, 326 transplants were performed and 246 patients were included. The prevalence of viruria, viremia, and nephropathy was, respectively, 36.9%, 22.3%, and 3.2%. The mean time between transplantation and positive viruria by decoy cell was 7.2 months, between transplantation and positive viremia was 7.6 months, and between transplantation and diagnosis of BKPyVAN was 8.5 months. The only risk factor for sustained viremia and nephropathy was male. Viremia cutoff value that best discriminates the progression to BKPyVAN was 44,955 copies/mL. CONCLUSIONS: The prevalence of viruria, viremia, and nephropathy were similar to those reported in the literature. Male was the only risk factor found for sustained viremia and nephropathy. Viremia cutoff value that best discriminates the risk of progression to nephropathy was greater than the value usually recommended in the literature, which is 10,000 copies/mL
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Avaliação de risco informatizado e prevenção primária na assistência à saúde das mulheres da cidade de São Paulo / Evaluation of informed risk and primary prevention in assistance to healthy in women in Sao Paulo

Patrícia Romano 27 March 2007 (has links)
Introdução: O Programa Global de Avaliação de Risco Informatizado - PAISM, através de um questionário com 91 perguntas, permite prever o risco de 9 grupos importantes de doenças, que afetam as mulheres. O Programa examinou 15.538 mulheres determinando o risco para: câncer de mama, endométrio, colo de útero, ovário e pulmão; osteoporose; endometriose; DST/AIDS e dislipidemias e foram classificadas em baixo, médio e alto risco para estas doenças. Baseado no risco de avaliação, o programa ofereceu para as mulheres conselho individualizado com relação a hábitos e comportamentos. Objetivos: Avaliar os fatores sócio-demográficos, de acordo com diferentes grupos de risco para cada doença; o estilo e hábitos de vida para os riscos de determinadas doenças e o conhecimento da importância da educação para a saúde, o desempenho e a aceitação do programa. Pacientes e Métodos: Foram estudadas retrospectivamente 320 mulheres selecionadas, sem critérios previamente estabelecidos apenas com a condição de ter participado do Programa Global de Avaliação de Risco Informatizado e não ter câncer. A coleta de dados foi realizada a partir de um outro questionário, constituído de 30 questões que foi aplicado no Ambulatório de Ginecologia do Hospital das Clínicas da FMUSP e em ações existentes nas comunidades carentes da região da Cidade de São Paulo. Esta pesquisa foi delineada inicialmente com base em um modelo conceitual-operativo de natureza quantitativa e, posteriormente, qualitativa. Resultados e conclusões: Existem fatores sócio-demográficos e as variáveis atitudinais, que demonstram o estilo de vida da paciente, também, traçam os grupos de alto risco e colaboram para a observação de determinadas doenças. O nível de conscientização das entrevistadas em relação a algumas variáveis de risco é alto, no entanto, essa conscientização nem sempre se reflete em atitudes e esses fatores acabam influenciando o alto risco nas doenças pesquisadas. As entrevistadas afirmam: o programa é bom, o questionário de avaliação é fácil, a interpretação do risco e as orientações de qualidade de vida são muito boas, demonstrando a importância da educação para a saúde. / Introduction: The Global Program of Evaluation of Informed Risks - GPEIR, through one questionnaire with 91 questions, allows foresee the risk of 9 important groups of disease, which affects women. The Program examined 15.538 women determining the risk to: breast cancer, endometrium, uterus col, ovarian and lung; osteoporosis, endometriosis; DST/AIDS and dislipidemias and were classified below, medium and high risk to those illnesses. Based on the risk of the evaluation, this program offered to women individual advises related to habits and behavior. Objectives: Evaluate the socio-demographic factors, in agreement with different groups of risks to each illness; the stile and habits of life to risks of determined illness and the knowledge of the importance of education to healthy, development and acceptation of the program. Patients and methods: 320 women selected had been studied, without criteria established only with the condition of these women have participated in the Global Program of Evaluation of Informed Risks and don\'t have cancer. The collects of data was realized on base of another questionnaire, with 30 questions that were applied in the \"Ambulatório de Ginecologia do Hospital das Clínicas da FMUSP\" and in actions in devoid communities in São Paulo. This research was delineated initially with base on a conceptual-operative model of nature quantity and lately, quality. Results and conclusion: there are socio-demographic factors and variable attitudinal, which demonstrate the stile of life of patients, also, trace the groups of high risk and collaborate to observe determined illness. The level of awareness of the interviewed in relation to some variable of risk is high, however, this awareness nor always reflects in attitudes and this factors finish influencing a high risk on the illness that have been researched. The interviewed affirm: the program is good, the questionnaire is easy, the interpretation of risk and orientations of quality of life are very good, showing the importance of education to healthy.
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Papel da resposta celular antígeno-específica na tolerância operacional / The role of antigen-specific cellular response in operational tolerance

Priscila Carmona 30 September 2016 (has links)
A tolerância operacional (TO) é um raro fenômeno que ocorre em indivíduos transplantados, que permanecem com função estável do aloenxerto, sem rejeição, após a suspensão de drogas imunossupressoras, por pelo menos um ano. A compreensão de mecanismos envolvidos na tolerância operacional poderá contribuir para a elaboração de novas terapias imunorreguladoras, na clínica do transplante. Investigamos se, no estado de tolerância operacional, há um perfil funcional diferencial de resposta imune celular antígeno-específica, dirigida a três grupos de antígenos relevantes no alotransplante: aloantígenos do doador (peptídeos HLA-DR), antígenos de patógenos (peptídeos do CMV - citomegalovírus) e autoantígenos (peptídeos da Hsp60 - Proteína de choque térmico 60, com funções imunológicas, imunorreguladora (REGULA) e pró-inflamatória (INFLAMA). Analisamos a produção de citocinas (por Luminex) e a proliferação de diferentes subpopulações de células T CD4+ (por FACS), com funções, predominantemente, REGULA ou INFLAMA, frente aos três tipos de antígenos, comparativamente entre TO (n=6) e Rejeição Crônica (RC: n=8), indivíduos com função estável do enxerto, usando imunossupressores (EST: n=8) e indivíduos saudáveis (SAU: n=7). Em concordância com nossa hipótese, a resposta celular é modulada, de forma diferencial, na tolerância operacional, ocorrendo um desvio funcional da resposta a peptídeos HLA-DR do doador para um perfil REGULA, enquanto é preservado o perfil INFLAMA na resposta a peptídeos do patógeno (CMV). Apesar das diferenças nas respostas aos peptídeos do CMV entre TO e RC (p=0,02 e p=0,02 para citocinas e subpopulações regula e p=0,008 e p=0,003 para citocinas e subpopulações inflama), houve preservação do perfil INFLAMA na TO, em relação ao estado fisiológico, com indução/aumento das citocinas inflamatórias IL-1B, IL-17, IFNy, MCP-1 e MIP-1B, com algum grau de inibição de citocinas imunorreguladoras, e inibição da proliferação de células Tregs, sugerindo serem importantes mecanismos na preservação da imunocompetência, na tolerância operacional. Na resposta celular a autoantígenos, destacamos o peptídeo N6 que induziu um perfil significativamente diferente na TO (mais REGULA), em relação à RC (mais INFLAMA) (p=0,001 para citocinas regula; p=0,04 para citocinas inflama), principalmente pelo aumento/indução da produção de IL-4, IL-5, IL-10 e IL-13, na TO, sugerindo que o peptídeo N6 possa ter uma contribuição nos mecanismos na TO, favorecendo a produção dessas citocinas com atividade imunorreguladora. Considerando a diferença significativa do perfil funcional de resposta aos aloantígenos do doador entre TO (REGULA) e RC (INFLAMA) (p=0,0007 para citocinas regula e p < 0,0001 para citocinas inflama), principalmente pela inibição das citocinas próinflamatórias, como IL-1B, IL-8, IL-12, IL-17, G-CSF, IFN-y e MCP-1, na TO, concluímos que o desvio REGULA da via indireta de alorreconhecimento dirigida a peptídeos HLA-DR do doador, com inibição dessas citocinas, tenha um papel importante nos mecanismos envolvidos na tolerância operacional. Em conclusão os mecanismos em curso na tolerância operacional, modulam a resposta celular antígeno-específica dirigida a desafios antigênicos no transplante, envolvendo o desvio REGULA da resposta a peptídeos HLA-DR do doador, a participação da autoimunidade imunorreguladora à Hsp60, ao mesmo tempo em que há preservação da resposta inflamatória a patógenos / Operational tolerance (OT) is a rare phenomenon, taking place in transplanted individual who do not reject, following the complete withdrawal of immunosuppressive drugs for at least one year. Understanding the mechanisms involved in operational tolerance will contribute to opening new pathways for the development of novel immunoregulatory therapies, in transplantation. We investigated whether the state of operational tolerance displays a functionally differential profile of the antigen-specific cellular response, directed to three groups of antigens, relevant in the context of allotransplantation: donor alloantigens (HLA-DR peptides), pathogen-derived antigens (cytomegalovirus peptides - CMV) and autoantigens (peptides derived from the Hsp60 - selfantigen displaying immunoregularory (REG) and proinflammatory (INFLAMMA) properties). We determined cytokine production (by Luminex) and the proliferative response of different CD4+ T cell subsets (by FACS), displaying predominantly REG or INFLAMMA activities, in response to the three types of antigens, comparing OT (n=6) with Chronic Rejection (CR: n=8), individual with stable graft function, taking conventional immunosuppression (Sta: n=8), and healthy individuals (HI: n=7). In concordance with our hypothesis, the cellular immune response is differentially modulated in operational tolerance, giving rise to an immunoregulatory deviation in the response to HLA-DR donor peptides, preserving the proinflammatory response to pathogen peptides (CMV). Despite significant differences in the responses to CMV peptides, between OT and CR (p=0.02 and p=0.02 for REG cytokines and CD4+ subsets; p=0.008 and p=0.003 for INFLAMMA cytokines and CD4+ subsets), OT is able to preserve the INFLAMMA response in relation to the physiologic state (HI). This INFLAMMA profile of the response to CMV peptides is maintained by the induction/increase of the proinflammatory cytokines, IL-1B, IL-17, IFN-y, MCP-1 and MIP-1B, some inhibition of REG cytokines and inhibition of Treg proliferation, suggesting that these are important mechanisms in the preservation of immunocompetence to deal with pathogens, in OT. In the cellular response to autoantigens, we highlight the N6 peptide that induced a differential profile in OT (REG profile) compared to CR (INFLAMMA profile) (p=0.001 for REG cytokines; p=0.04 for INFLAMMA cytokines), due to the induction/increase of IL-4, IL-5, IL-10 e IL-13, in OT, suggesting that N6 may contribute to the underlying mechanisms in OT, favoring the production of these immunoregulatory cytokines. Taken the marked differences in the response to donor alloantigens, between OT (predominantly REG) and CR (predominantly INFLAMMA) (p=0.0007 for REG cytokines and p < 0.0001 for INFLAMMA cytokines), due to the inhibition of the proinflammatory cytokines, IL-1B, IL-8, IL- 12, IL-17, G-CSF, IFN-y and MCP-1, in OT, we conclude that the immunoregulatory deviation in the indirect pathway of allorecognition, directed to donor HLA-DR peptides, leading to the inhibition of these cytokines, has an important role in the mechanisms of tolerance. In conclusion, the ongoing immunoregulatory mechanisms in operational tolerance, modulate the antigenspecific cellular response to relevant antigenic challenges in allotransplantation, involving a REG deviation in the response to donor HLA-DR peptides, together with the participation of immunoregulatory autoimmunity to Hsp60, while preserving the proinflmammatory response to pathogens
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Identificação do vírus Epstein-Barr (EBV) e do papiloma vírus humano (HPV) através da técnica de hibridização in situ em hiperplasias gengivais medicamentosas de pacientes transplantados renais / In situ hibridization for Epstein-Barr virus (EBV) and Human Papiloma virus in drug-induced gingival overgrowth in renal transplantation patients

Nathalie Pepe Medeiros de Rezende 03 April 2007 (has links)
A fim de prevenir a rejeição do órgão transplantado pelo hospedeiro, se faz necessário o uso de drogas imunossupressoras, como a ciclosporina, que pode levar ao aparecimento de efeitos colaterais como hipertensão arterial, nefrotoxicidade, hepatotoxicidade, e hiperplasia gengival medicamentosa (HGM), que pode ser potencializada se bloqueadores de canal de cálcio como a nifedipina forem associados a fim de controlar a pressão arterial. A patogênese da HGM ainda é incerta, entretanto fatores como a presença de cálculo e placa, concentração plasmática da droga, idade e fatores hormonais podem influenciar as características clínicas e o desenvolvimento da HGM. Recentemente, alguns vírus têm sido associados com a HGM. O HPV (Papiloma Vírus Humano) tem sido associado com casos severos de HGM, enquanto que o EBV (Vírus Epstein-Barr) é associado ao aparecimento de desordens linfoproliferativas pós transplante, que se apresentam como HGM. O objetivo deste trabalho foi avaliar a freqüência e o grau da HGM em pacientes transplantados renais (TR), identificar o EBV e HPV na HGM destes pacientes, e correlacionar a HGM, índice de placa, presença de cálculo e presença do EBV e HPV nos pacientes TR. Foram examinados os prontuários de 58 pacientes TR atendidos no CAPEFOUSP, e os dados com relação à medicação imunossupressora em uso e presença ou ausência de HGM foram registrados. Foram contatados 15 pacientes TR, dos quais foram colhidos dados demográficos, história médica, drogas em uso e história dental. No exame intra-oral foram observados o índice de placa, grau da HGM e presença de cálculo. A HGM foi removida e enviada a Disciplina de Patologia Bucal para análise microscópica. Os espécimes removidos foram comparados com um grupo controle composto por 20 casos de hiperplasia gengival inflamatória. Ambos os grupos foram submetidos ao exame de rotina, enfatizando a presença de coilócitos e a análise molecular, com hibridização in situ para o EBV (sondas EBER e Lytic) e HPV (sonda de amplo espectro e tipos 6/11, 16/18 e 31/33 nos casos positivos para a sonda de amplo espectro). 42% dos pacientes apresentaram HGM grau 1, 50% grau 2 e 8% grau 3. Cálculo estava presente em 50% dos pacientes. O índice de placa médio encontrado foi de 72%. Todas as amostras gengivais removidas cirurgicamente apresentaram um quadro histopatológico compatível com HGM. Os coilócitos estavam presentes em 100% dos casos do grupo de estudo e em 80% dos casos do grupo controle. O HPV esteve presente em 20% dos casos do grupo de estudo e em 10% do grupo controle. O EBV estava presente em 100% dos casos do grupo de estudo e em 90% dos casos do grupo controle, para ambas as sondas, entretanto no grupo de estudo foi observada uma expressão maior do EBV, tanto em quantidade de células marcadas, como em áreas mais profundas. Concluímos que a maioria dos pacientes TR apresentou HGM leve a moderada; EBV foi encontrado em todos os pacientes TR, caracterizando uma infecção oportunista, enquanto que o HPV foi encontrado nas mesmas proporções nos pacientes TR e no grupo controle; não foi encontrada correlação entre índice da HGM, índoce de placa, presença de cálculo e presença do EBV e HPV. / In order to prevent graft rejection in organ transplantation, is necessary the use of immunosuppressive drugs, as cyclosporin, that has several side effects, such as high blood pressure, nephrotoxicity, hepatotoxicity and gingival overgrowth (GO), that can be increased if calcium channel blockers, such as nifedipine, are associated in order to control de blood pressure. The pathogenesis of GO is still uncertain, but some factors such as the presence of calculus and plaque, drug plasmatic concentration, age and hormonal factors can influence the clinical aspects and development of GO. Recently some virus have been associated to GO as well. HPV (Human Papilloma Virus) have been associated to severe cases of GO and EBV (Epstein-Barr Virus) have been associated to posttransplantation lymphoproliferative disorders presenting as GO. The aim of this work was to evaluate GO incidence and score in renal transplant patients (RTP), identify EBV and HPV in GO from RTP, and correlate GO, plaque score, presence of calculus, and presence of EBV and HPV in RTP. We reviewed 58 charts from RTP attending to Special Care Dentistry Center (CAPE-FOUSP). Immunosuppressant drugs and presence or absence of GO were registered. 15 RTP were asked to show up in order to be examined. We collected demographic data, medical history, drugs in use and dental history. In intra-oral exam we observed plaque score, GO score and presence of calculus. GO were removed and sent to Oral Pathology Department for microscopic analysis. GO was compared to a control group composed by 20 cases of inflammatory gingival hyperplasia and both groups were submitted to routine exam emphasizing the presence of koilocytes and to molecular analysis with in situ hybridization for EBV (EBER and Lytic probes) and for HPV (wide spectrum probe and 6/11, 16/18, 31/33 types in cases where wide spectrum were positive). 42% of the patients presented GO score 1, 50% score 2 and 8% score 3. Calculus were presented in 50% of the patients. The average of plaque score was 72%.All GO specimens removed had a histopathological exam compatible with drug induced gingival overgrowth. Koilocytes were presented in 100% of study group (SG) and in 80% of control group (CG). HPV were presented in 20% of the SG and in 10% of the CG. EBV was presented in 100% of SG and in 90% of CG, for both probes, but in SG it could be observed in deeper areas of the epithelium and in a more pronounced expression. We concluded that most RTP presented mild to moderate GO, EBV were found in all RTP, characterizing an opportunistic infection, while HPV were found in the same proportions than in the control group and there were no statistical correlation between GO, plaque score, presence of calculus and presence of EBV and HPV.
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Tolerância operacional no transplante renal humano: repertório de linfócitos B e de alo e autoanticorpos / Operational tolerance in human kidney transplantation: repertoire of B lymphocytes and alo and autoantibodies

Hernandez Moura Silva 25 April 2011 (has links)
A indução de tolerância imunológica ao aloenxerto, no contexto clínico, permanece um grande desafio para pesquisa científica de tradução. A retirada da imunossupressão em indivíduos transplantados leva à rejeição do enxerto, na grande maioria dos casos. Entretanto, um grupo muito raro de indivíduos transplantados, chamados de tolerantes operacionais (TO), consegue manter a função estável do enxerto após a retirada dos imunossupressores. O estudo desses indivíduos pode contribuir para melhor compreensão dos mecanismos envolvidos na tolerância ao enxerto em humanos, assim como, para a determinação de biomarcadores desse estado de homeostase. Nosso objetivo foi determinar se o estado de tolerância operacional no transplante renal induz um perfil diferencial do componente humoral da resposta imune. Para tal, analisamos o perfil de reatividade de autoanticorpos dirigidos a peptídeos da proteína de choque térmico 60 (HSP60), de alo e autoanticorpos dirigidos às moléculas HLA, o repertório do receptor de células B (BCR) e o perfil funcional de células B supressoras CD19+CD24hiCD38hi (Bregs), comparativamente, nos indivíduos com: TO (n=5), Rejeição Crônica (RC, n=13), função estável do enxerto usando doses habituais de imunossupressores (Est, n=19) e nos indivíduos saudáveis (Sau, n=11). Não observamos um perfil diferencial claro de alo/autorreatividade de anticorpos dirigidos aos peptídeos da HSP60, nem às moléculas HLA, que diferenciasse os grupos do estudo. O estado de tolerância operacional apresentou uma diversidade do repertório do receptor de células B similar à observada em Sau e Est, enquanto o grupo RC teve uma menor diversidade desse repertório. Além disso, o grupo TO apresentou uma expansão de clones linfócitos B com expressão de 2 tamanhos distintos de CDR3 (de 16aa, família VH3 isotipo IgM, e de 5aa, família VH1 isotipo IgG), diferenciando-os dos grupos Sau, RC e Est (p<0,01 e p<0,05; e p<0,01, respectivamente para VH3M e VH1G). Os números de células B com fenótipo imunorregulador CD19+CD24hiCD38hi (Bregs) circulantes, no grupo TO e Sau, foram similares, enquanto o grupo RC apresentou menores números (p<0,05). Funcionalmente, após estímulo via CD40, o grupo TO teve capacidade de gerar células Breg ativadas para STAT3 semelhante ao grupo Sau, enquanto na rejeição crônica esta capacidade foi menor (p<0,05). Concluímos que o estado de tolerância operacional envolve, principalmente, a manutenção do perfil do componente imune humoral, similar ao apresentado por indivíduos saudáveis, em contraste com o estado de rejeição crônica. Além disso, o estado de tolerância foi o único que apresentou expansões expressivas de determinados tamanhos de CDR3, se destacando de todos os grupos. A expansão diferencial desses clones de células B pode ter uma relevância funcional no estado de tolerância operacional, além de potencial valor para o diagnóstico desse estado. Esses dados, em conjunto, nos indicam que a preservação do componente humoral da resposta imune desempenha um papel importante neste estado de homeostase no transplante humano / Operational tolerance in human kidney transplantation: repertoire of B lymphocytes and alo and autoantibodies Sta individuals (p<0.01 and p<0.05; and p<0.01, respectively for VH3M and VH1G). The circulating B cell numbers with the suppressive phenotype CD19+CD24hiCD38hi (Bregs) were similar between the OT and HI groups, while CR presented lower numbers (p<0.05). In addition, the OT group exhibited a similar capacity of generate activated cells for STAT3 to HI, whereas the CR group exhibited an impaired capacity (p<0.05). We conclude that the operational tolerance state involves the maintenance of the B cell compartment profile similar to the one observed in healthy individuals, in contrast with chronic rejection. In addition, the state of operational tolerance was the only one exhibiting expressive expansions of specific CDR3 lengths, which differentiated OT from all other groups. This indicates that the expansion of B cell populations expressing specific CDR3 lengths could play a relevant role in operational tolerance and may be potential biomarkers for OT. Taken together, we suggest that the preservation of the B cell component of the immune response can play an important role in this homeostatic state in human transplantation
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Doação renal: experiências de pessoas doadoras à luz da psicologia fenomenológica-existencial

Magalhães, Luana de Carvalho 23 May 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:38:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Luana de Carvalho Magalhaes.pdf: 2878758 bytes, checksum: 5cabbd769a7ce8774663f925f71aa031 (MD5) Previous issue date: 2013-05-23 / With the great achievements of biotechnology, there has been an increase in the number of kidney transplantations with live donors in Brazil. In the past decade, several studies focused in quantifying, analysing and describing the aspects of live kidney donation. Due to its complexity, it has conflicts in psychic, social, spiritual and existential aspects. The present study aims to describe the fantastic world of donors with the choice of donating a kidney and understand the possible choices of those who have performed the transplant. Meaning to describe the life of each donor, this is a phenomenologic qualitative research with an interview with six kidney donor adults living in São Paulo. The interviews were performed by questions followed by a trigger question considering the participant s answer and following its phenomenologic flow. For data analysis and synthesis, the following steps were put into practice: description, reduction and phenomenon interpretation. The lack of a psychological work on the donors was noticed before, during and after donation. Finally, this essay reveals being a kidney donor has new challenges and confrontations to save the life of a family member, in addition to the subjective aspects in the choices and decisions of being a donor / Com o grande avanço da biotecnologia foi possível observar um crescente número de transplantes renais com doadores vivos no Brasil. Na última década, muitos estudos têm se preocupado em quantificar, analisar e descrever os aspectos do fenômeno da doação renal intervivos. Por sua complexidade, envolve conflitos nas suas dimensões psíquicas, sociais, espirituais e existenciais. Este estudo teve como objetivo descrever o que aconteceu no mundo fenomenal de pessoas doadoras com a escolha de doar um rim e apreender as possibilidades de escolhas dessas pessoas que realizaram o transplante. Com a intenção de descrever a vivência interna de cada doador, foi realizada uma pesquisa qualitativa de abordagem fenomenológica entrevistando seis participantes adultos que realizaram a doação renal na cidade de São Paulo. Foram realizadas entrevistas através da construção de perguntas seguidas à pergunta disparadora, a partir do discurso do doador participante, seguindo o seu fluxo de sentido fenomenológico. Para a análise e síntese dos dados, seguiu-se as seguintes etapas: descrição, redução e interpretação fenomenológica. Apurou-se a insuficiência do trabalho psicológico realizado com os doadores, que deve abranger as fases pré, durante e pós doação. Por fim, o presente estudo revelou que a experiência de ser um doador renal apresenta novos desafios e enfrentamentos em prol do desejo de salvar a vida de um familiar enfermo e ainda reflete aspectos subjetivos que permeiam nas escolhas e decisões de ser doador renal
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Estudo comparativo da resposta protetora do tecido renal em rins de doadores vivos submetidos à nefrectomia laparoscópica ou aberta na doação de órgãos / Comparative study of renal tissue protective response in living donors kidneys that undergone laparoscopic or open nephrectomy in organ donation

Machado, Christiano 13 February 2012 (has links)
INTRODUÇÃO: Estudos iniciais observaram um funcionamento mais lento do enxerto renal na primeira semana em rins retirados por laparoscopia. Todavia, a sobrevida do enxerto de cirurgia laparoscópica a longo prazo parece ser semelhante quando comparada à cirurgia aberta. Estudos experimentais sugerem que a cirurgia laparoscópica possa exercer uma ação sobre a lesão de isquemia e reperfusão, porém até o momento seus efeitos na expressão tecidual de fatores protetores e inflamatórios são pouco conhecidos. OBJETIVO: Avaliar a expressão tecidual de fatores protetores e inflamatórios em rins extraídos de doadores vivos, por cirurgia laparoscópica ou aberta, em dois diferentes momentos da cirurgia do transplante: após a retirada do rim e após a reperfusão e correlacionar estes achados com a função do enxerto renal por meio da medida da creatinina sérica no pósoperatório. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Foram analisados pacientes transplantados renais submetidos a biópsias renais em 2 momentos, logo após a retirada do rim (T-1) e 45 min após reperfusão (T+1). Compararamse dois grupos: pacientes que receberam rins de nefrectomia laparoscópica e receptores de rins provenientes de cirurgia aberta. Foram analisados os dados clínicos e a função renal através da medida da creatinina sérica do 1º ao 7º dia, 30º dia, 3º e 6º mês pós-operatório. A expressão de RNAm de Bcl- 2, Hsp70, HO-1, VEGF, TNF, IL-6 e HIF1 foi quantificada por PCR em tempo real, e a expressão protéica de HO-1, Bcl-2, Caspase 3 e BAx foram analisadas por imunoistoquímica. RESULTADOS: Foram analisados 55 receptores renais, dos quais em 29 pacientes o enxerto era proveniente de nefrectomia aberta e em 26 pacientes o rim doado foi retirado por via laparoscópica. O tempo de isquemia quente foi maior no grupo laparoscópico (p=0,005). A função renal medida pela área sob a curva de creatinina (ASCcr) e a incidência de retardo de função do enxerto renal no pós-operatório foi semelhante entre os grupos. Com relação à expressão dos fatores protetores ou inflamatórios não houve diferença entre os grupos aberta e laparoscópica. Porém, houve uma menor expressão gênica no grupo laparoscópico no momento após a reperfusão (T+1) dos fatores Bcl-2 (p=0,007) e VEGF (p=0,034). Observou-se uma correlação de VEGF e ASCcr (Pearson r=0,885; p=0,019) e de HO-1 e tempo de isquemia quente (Pearson r=0,773; p=0,042).CONCLUSÕES: Não houve diferença entre o grupo aberta e laparoscópica com relação à expressão de fatores protetores e inflamatórios da lesão de isquemia e reperfusão. No grupo laparoscópica, houve redução da expressão gênica de Bcl-2 e VEGF após reperfusão. Além disso, a expressão gênica de VEGF após reperfusão está associada a um declínio mais lento da creatinina / INTRODUCTION: Laparoscopically harvested kidneys regain normal function slowly than open recruited organs. However, long term graft survival seems to be similar between two approaches. Experimental studies suggest that laparoscopic surgery may play a role in ischemia reperfusion injury, but at this moment its effects in tissue expression of protective and inflammatory factors are unknown. OBJECTIVES: Evaluate tissue expression of protective and inflammatory factors in living donor kidneys harvested by laparoscopic or open surgery at two time points: after kidney retrieval and after reperfusion and correlate these findings with renal allograft function through postoperative serum creatinine level. METHODS: It was analyzed live renal recipients submitted to renal biopsies at two time points, after kidney retrieval (T-1) and 45 min after reperfusion (T+1). Two groups were compared: patients that received kidneys from laparoscopic nephrectomy and recipients of kidneys from open surgery. It was analyzed clinical data and renal function through serum creatinine level of 1st to 7th day, 30th day, 3rd and 6th postoperative month. The mRNA expression of Bcl-2, Hsp70, HO-1, VEGF, TNF, IL-6 e HIF1 were quantified by real time PCR, and protein expression of HO-1, Bcl-2, Caspase 3 and Bax were analyzed by immunohistochemistry. RESULTS: Fifty five recipients were analyzed, twenty nine patients from open nephrectomy and twenty six patients from laparoscopic nephrectomy. We observed warm ischemia time was longer in laparoscopic donor nephrectomy than open donor nephrectomy (p=0,005). The renal function measured by area under curve of creatinine and incidence of delayed graft function were similar in laparoscopic and open groups. There was no difference in protective and inflammatory gene expression between groups, but in laparoscopic group, mRNA expression of Bcl-2 and VEGF have been decreased after reperfusion in comparison to moment T-1(p=0,007, p=0,034, respectively). Furthermore, HO-1 was correlated with warm ischemia time (Pearson r=0,773, p=0,042) and VEGF was correlated with creatinine AUC (Pearson r=0,885; p=0,019).CONCLUSION: Protective and inflammatory factors of ischemia reperfusion injury were not different between open and laparoscopic groups. In laparoscopic group, there was a lower gene expression of Bcl-2 and VEGF after reperfusion. The mRNA expression of VEGF after reperfusion was correlated with slow decline of creatinine
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Tolerância operacional no transplante renal humano: repertório de linfócitos B e de alo e autoanticorpos / Operational tolerance in human kidney transplantation: repertoire of B lymphocytes and alo and autoantibodies

Silva, Hernandez Moura 25 April 2011 (has links)
A indução de tolerância imunológica ao aloenxerto, no contexto clínico, permanece um grande desafio para pesquisa científica de tradução. A retirada da imunossupressão em indivíduos transplantados leva à rejeição do enxerto, na grande maioria dos casos. Entretanto, um grupo muito raro de indivíduos transplantados, chamados de tolerantes operacionais (TO), consegue manter a função estável do enxerto após a retirada dos imunossupressores. O estudo desses indivíduos pode contribuir para melhor compreensão dos mecanismos envolvidos na tolerância ao enxerto em humanos, assim como, para a determinação de biomarcadores desse estado de homeostase. Nosso objetivo foi determinar se o estado de tolerância operacional no transplante renal induz um perfil diferencial do componente humoral da resposta imune. Para tal, analisamos o perfil de reatividade de autoanticorpos dirigidos a peptídeos da proteína de choque térmico 60 (HSP60), de alo e autoanticorpos dirigidos às moléculas HLA, o repertório do receptor de células B (BCR) e o perfil funcional de células B supressoras CD19+CD24hiCD38hi (Bregs), comparativamente, nos indivíduos com: TO (n=5), Rejeição Crônica (RC, n=13), função estável do enxerto usando doses habituais de imunossupressores (Est, n=19) e nos indivíduos saudáveis (Sau, n=11). Não observamos um perfil diferencial claro de alo/autorreatividade de anticorpos dirigidos aos peptídeos da HSP60, nem às moléculas HLA, que diferenciasse os grupos do estudo. O estado de tolerância operacional apresentou uma diversidade do repertório do receptor de células B similar à observada em Sau e Est, enquanto o grupo RC teve uma menor diversidade desse repertório. Além disso, o grupo TO apresentou uma expansão de clones linfócitos B com expressão de 2 tamanhos distintos de CDR3 (de 16aa, família VH3 isotipo IgM, e de 5aa, família VH1 isotipo IgG), diferenciando-os dos grupos Sau, RC e Est (p<0,01 e p<0,05; e p<0,01, respectivamente para VH3M e VH1G). Os números de células B com fenótipo imunorregulador CD19+CD24hiCD38hi (Bregs) circulantes, no grupo TO e Sau, foram similares, enquanto o grupo RC apresentou menores números (p<0,05). Funcionalmente, após estímulo via CD40, o grupo TO teve capacidade de gerar células Breg ativadas para STAT3 semelhante ao grupo Sau, enquanto na rejeição crônica esta capacidade foi menor (p<0,05). Concluímos que o estado de tolerância operacional envolve, principalmente, a manutenção do perfil do componente imune humoral, similar ao apresentado por indivíduos saudáveis, em contraste com o estado de rejeição crônica. Além disso, o estado de tolerância foi o único que apresentou expansões expressivas de determinados tamanhos de CDR3, se destacando de todos os grupos. A expansão diferencial desses clones de células B pode ter uma relevância funcional no estado de tolerância operacional, além de potencial valor para o diagnóstico desse estado. Esses dados, em conjunto, nos indicam que a preservação do componente humoral da resposta imune desempenha um papel importante neste estado de homeostase no transplante humano / Operational tolerance in human kidney transplantation: repertoire of B lymphocytes and alo and autoantibodies Sta individuals (p<0.01 and p<0.05; and p<0.01, respectively for VH3M and VH1G). The circulating B cell numbers with the suppressive phenotype CD19+CD24hiCD38hi (Bregs) were similar between the OT and HI groups, while CR presented lower numbers (p<0.05). In addition, the OT group exhibited a similar capacity of generate activated cells for STAT3 to HI, whereas the CR group exhibited an impaired capacity (p<0.05). We conclude that the operational tolerance state involves the maintenance of the B cell compartment profile similar to the one observed in healthy individuals, in contrast with chronic rejection. In addition, the state of operational tolerance was the only one exhibiting expressive expansions of specific CDR3 lengths, which differentiated OT from all other groups. This indicates that the expansion of B cell populations expressing specific CDR3 lengths could play a relevant role in operational tolerance and may be potential biomarkers for OT. Taken together, we suggest that the preservation of the B cell component of the immune response can play an important role in this homeostatic state in human transplantation
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Untersuchung von nierentransplantierten Patienten unter Berücksichtigung der HLA-Kompatibilität und der Dynamik der HLA-Antikörperbildung

Seeger, Wolf-Adam 28 April 2005 (has links)
In dieser Arbeit wurde die Überlebenszeit von Nierentransplantaten untersucht und deren Abhängigkeit von zwei Faktoren: der HLA-Kompatibilität und der Antikörperdynamik. Hierzu konnten Daten von 327 Patienten gesammelt werden, die zwischen 1991 und 1996 eine postmortale Spenderniere erhielten. Eine konventionelle Gewebetypisierung erfolgte mittels serologischer und molekularbiologischer Untersuchungen. Eine neue Matchingmethode wurde durchgeführt auf Ebene von Aminosäuren. Ein Antikörperscreening erfolgte vor und nach Transplantation mittels Lymphozytotoxtest und ELISA. Zur statistischen Bewertung benutzten wir die Kaplan-Meier-Methode zur Berechnung der Überlebenszeit und eine Cox Regression zur Berechnung des relativen Risikos. Bezüglich der Gewebeübereinstimmung konnten wir beim konventionellen Matching eine Tendenz feststellen, daß Patienten mit einer guten Übereinstimmung eine längere Transplantatüberlebenszeit zeigten, als Patienten mit einer schlechten Übereinstimmung. Beim Matching auf Aminosäureebene konnten keine Unterschiede in der Transplantatfunktion nachgewiesen werden. Bei Betrachtung des Antikörperverhaltens der Empfänger konnten wir signifikante Unterschiede nachweisen dahingehend, daß Nierentransplantierte mit einer Antikörperbildung eine schlechtere Transplantatüberlebenszeit besaßen als Patienten ohne Antikörpernachweis. Außerdem konnte gezeigt werden, daß Patienten mit vielen Transfusionen vor Transplantation eine signifikant kürzere Transplantatüberlebenszeit zeigten, als Patienten mit wenigen Transfusionen. Anhand unserer Ergebnisse empfehlen wir ein konventionelles Matching als Grundlage der Nierentransplantation. Ein Matching auf Ebene von Aminosäuren könnte zukünftig das konventionelle Match ergänzen oder ablösen. Außerdem empfehlen wir ein generelles Antikörperscreening der Empfänger vor und nach Transplantation, da Aussagen möglich werden zum Verlauf nach Transplantation und die immunsuppressive Therapie angepaßt werden kann. / In this study we examined the survival of kidney transplants and the influence of two factors: the hla-compatibility and the dynamics of antibodies. For this we collected full data of 327 Patients, who were transplanted with a postmortal kidney transplant between the years 1991-1996. A conventional tissue typing was done with serological and molecular biological tests. A new matching method was done at the level of amino acids. A screening for antibodies was done before and after transplantation using lymphocytotoxtest and ELISA. For statistical valuation we used the Kaplan-Meier-method for the calculation of the transplant survival time and a cox regression for the calculation of the relative risk. Regarding the tissue similarities at the conventional match we saw the trend of a longer transplant survival time at patients with a good match compared to patients with more missmatches. At matching at amino acid-level we couldn´t show any differences in the transplant survival time. By observing the dynamics of antibodies of the receiver we could show a significant difference: kidney transplant receivers developing antibodies show a shorter transplant survival time than patients, who didn´t develop antibodies. Additionally we could show that patients with many transfusions before transplantation have a significantly worser transplant function than patients with less transfusions. Resulting from our examinations we recommend a conventional matching as a basic for kidney transplantation. In future a matching at amino acid-level could supplement or replace the conventional match. Additionally we recommend an antibodyscreening of the transplant receivers before and after transplantation. A prediction for the posttransplant course will be possible and an individual adjustment of the immunsuppressive therapy.
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Mechanisms and treatment options of chronic graft dysfunction : Experimental and clinical studies

Zezina, Lilija January 2001 (has links)
Chronic graft dysfunction (CGD) is an important post-transplant complication. CGD can be considered as an impaired repair process, which ultimately leads to the loss of graft function.To study non-immunological factors contributing to the development of CGD in kidney grafts we used in vitro and in vivo models, and clinical studies. We studied the actions of hyperlipidemia in vitro. LDL induced increased expression of TGF-β1 and TGF-β receptors type I and type II. Smad2 phosphorylation could be induced by conditioned medium from mesangial cells incubated with LDL. The effects of Fluvastatin and AT1 receptor blocker Candesartan cilexetil on aortic graft arteriosclerosis in the rat were evaluated. Fluvastatin neither alone nor in combination with Cyclosporine A affected allograft remodelling, but reduced neointima formation in isografts. Candesartan cilexetil treatment reduced graft arteriosclerosis. The effect is explained by the reduction of TGF-β1 expression. We investigated the effects of Carvedilol in patients with CGD. Carvedilol failed to alter the CGD progression despite the efficient control of blood pressure, and a beneficial effect on lipid pattern and oxidation. Close control of CyA blood levels is recommended due to interaction between CyA and Carvedilol. Measurement of Ab-oxLDL in kidney graft recipients demonstrated that these patients had lower Ab-oxLDL levels as compared with the control group. Decreased Ab-oxLDL levels were associated with graft loss due to acute rejection and with ischemic heart disease. In this thesis we have addressed several important complex issues, which are interconnected: (1) development of chronic graft dysfunction (2) lipoproteins and their role in inducing pathological conditions like atherosclerosis and graft damage, (3) oxidation, (4) TGF-β and its' role in different pathological conditions, including renal and vascular damage.

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