• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 30
  • Tagged with
  • 33
  • 33
  • 33
  • 17
  • 14
  • 12
  • 9
  • 7
  • 6
  • 6
  • 6
  • 6
  • 6
  • 5
  • 5
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
21

Estudo dos níveis e da administração de ômega-3 na dependência de nicotina / Titulo em ingles: Studying the levels and the administration of omega-3 fatty acids on nicotine dependence

Zaparoli, Juçara Xavier [UNIFESP] January 2014 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-12-06T23:46:40Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2014 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Associação Fundo de Incentivo à Psicofarmacologia (AFIP) / Objetivo: Inicialmente avaliar os efeitos da exposicao em longo prazo a fumaca do cigarro na peroxidacao lipidica, em especial aos acidos graxos da serie omega-3 de tabagistas saudaveis, atraves da quantificacao plasmatica dos principais representantes destes acidos graxos. Em um segundo momento, investigar os efeitos do tratamento da compulsao e dependencia de nicotina de tabagistas saudaveis por meio de um suplementacao alimentar com omega-3. Metodos: Esta pesquisa compreendeu dois estudos. O primeiro estudo consistiu em uma avaliacao transversal no qual comparou-se os niveis de omega-3 de uma amostra de 171 fumantes e nao fumantes, pareada para idade, sexo, altura, peso e indice de massa corporal. O tratamento consistiu em um estudo clinico, duplo-cego, randomizado, placebo controlado, no qual 39 tabagistas saudaveis receberam tratamento diario (capsulas com 3g de oleo de peixe (fonte de omega-3) ou oleo mineral (como placebo) por 90 dias. A avaliacao do efeito do tratamento foi realizada utilizando medidas psicometricas e biologicas, incluindo auto-relato de consumo. As avaliacoes foram realizadas no inicio do tratamento e mensalmente. Resultados: A avaliacao do perfil lipidico da serie omega-3 demonstrou que os fumantes possuem concentracoes inferiores de um dos representantes da serie omega-3, o acido docosahexaenoico, um dos principais lipidios com acao no Sistema Nervoso Central. Apos o termino da intervencao clinica o grupo tratado com omega-3 apresentou reducao significativa nas avaliacoes dos niveis de dependencia, contudo sem alteracoes nas demais avaliacoes utilizadas ao longo do tratamento. Conclusao: Tabagistas possuem concentracoes perifericas reduzidas de omega-3, o que pode refletir alteracoes dos niveis deste composto em todo o organismo e comprometer o funcionamento normal de diferentes sistemas, tendo como um exemplo o sistema de neurotransmissao dopaminergica. Por sua vez, o tratamento com 3g/dia de omega-3 por 90 dias ocasionou reducao no nivel da dependencia de nicotina, contudo nao apresentou melhoras nos demais parametros analisados, bem como nao resultou na cessacao do consumo de cigarros / BV UNIFESP: Teses e dissertações
22

Caracterização físico-química e capacidade antioxidante de pitanga (Eugenia uniflora L.) / Phisicochemical characterization and antioxidant capacity of pitanga (Eugenia uniflora L.)

Bagetti, Milena 06 February 2009 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Due to the scarce amount of studies on the physicochemical composition and antioxidant capacity of pitanga fruits (Eugenia uniflora L.) this study was performed, with objective of increase data on pitanga fruits from Rio Grande do Sul state (Brazil) by determining the composition and antioxidant capacity of flesh and seeds from pitanga. We analyzed pitanga fruits with different flesh colors (purple, red and orange) from tree selections cultivated at Embrapa Clima Temperado (RS-Brazil). The quality parameters of pitanga fruits (pH, brix, acidity) were within the legal limits established for frozen pulp and only slight differences were observed in these parameters and in the proximate and fatty acid composition among fruits with different flesh color. Orange fleshed pitanga had higher carotenoid content than red samples. The extracts from purple fleshed color pitanga had the highest total phenolic and anthocyanin content along with the highest antioxidant capacity. Antioxidant capacity (DPPH and FRAP assay) of methanolic pitanga extracts was highly correlated to the total phenolic content, but in ethanolic extracts anthocyanin content was correlated only to FRAP antioxidant capacity. These results indicate that pitanga cultivated in the Rio Grande do Sul state, specially the purple fleshed fruits, can be considered sources of bioactive compounds. Pitanga seeds had antioxidant capacity that was partially correlated to their high phenolic content and showed some variation according to the pitanga flesh colors. Accordingly, we suggest that this low value waste of pitanga processing, could be used as a source of natural antioxidants. No relevant differences were found in the proximate composition among seeds from pitanga of different colors. Results revealed that pitanga seeds are a good source of dietary fiber, which could be explored for use in animal and/or human nutrition. However, more studies are necessary to determine if some antinutritional factor like cyanogenic glycosides could be a limit for this application. / Devido à escassa quantidade de trabalhos sobre a composição físico-química de frutos de pitanga (Eugenia uniflora L.), este estudo teve como objetivo a caracterização de pitangas do Rio Grande do Sul (Brasil) através da determinação da composição e capacidade antioxidante da polpa e das sementes de pitanga. Foram analisadas pitangas de diferentes colorações de polpa (roxa, vermelha e laranja) de seleções que estão sendo cultivadas na Embrapa Clima Temperado (RS-Brasil). Os parâmetros de qualidade das pitangas (pH, brix e acidez) ficaram dentro dos limites estabelecidos pela legislação brasileira para polpas congeladas. Foram observadas apenas pequenas diferenças nestes parâmetros, na composição centesimal e de ácidos graxos entre as frutas com diferentes colorações de polpa. As pitangas de cor laranja apresentaram maior conteúdo de carotenóides que as de cor vermelha. Os extratos de pitangas roxas apresentaram o maior conteúdo de fenólicos totais e de antocianinas, bem como, a maior capacidade antioxidante. A capacidade antioxidante (valores de DPPH e FRAP) dos extratos metanólicos de pitanga apresentou alta correlação com o conteúdo de fenólicos totais, mas nos extratos etanólicos o conteúdo de antocianinas correlacionou-se apenas com a capacidade antioxidante avaliada pelo método de FRAP. Os resultados indicam que as pitangas cultivadas no Rio Grande do Sul, especialmente as de cor roxa, podem ser consideradas fontes de compostos bioativos. As sementes de pitanga apresentaram também capacidade antioxidante, que foi parcialmente correlacionada com o alto teor de fenólicos, apresentando variação de acordo com a coloração das pitangas. Assim, sugere-se que este resíduo de baixo valor do processamento da pitanga, poderia ser usado como uma fonte natural de antioxidantes. Não foram encontradas diferenças relevantes na composição de sementes de pitanga de diferentes colorações. Os resultados revelaram que a pitanga é uma boa fonte de fibra dietética, que poderia ser explorada para uso na nutrição animal e/ou humana. No entanto, mais estudos são necessários para determinar se a presença de algum fator antinutricional como glicosídios cianogênicos poderia limitar esta aplicação.
23

Consumo alimentar de ácidos graxos em gestantes com insuficiência placentária / Food intake of fatty acids in pregnant women with placental insufficiency

Saffioti, Renata Felipe 12 March 2014 (has links)
Objetivo: analisar o consumo alimentar de energia, macronutrientes e ácidos graxos, de gestantes com insuficiência placentária, comparando com gestantes sem esta complicação obstétrica. Métodos: Estudo prospectivo, transversal e caso-controle realizado no período de fevereiro de 2012 a setembro de 2013, que incluiu gestantes que preencheram os seguintes critérios: gestação com feto único e vivo; idade gestacional superior a 26 semanas completas; diagnóstico de insuficiência placentária caracterizada pelo exame de Doppler de artéria umbilical com índice de pulsatilidade acima do p95; morfologia fetal normal ao exame de ultrassonografia; ausência de diagnóstico de diabetes; não suplementação pré-natal com ácidos graxos. Foram adotados os seguintes critérios de exclusão: diagnóstico pós-natal de anomalia do recém-nascido. O estado nutricional da gestante foi avaliado pelo índice de massa corporal (IMC) e o consumo dietético foi investigado pela aplicação do questionário de frequência alimentar, analisado pelo programa Avanutri Revolution versão 4.0, pelo qual se obteve o consumo de energia, macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídios) e de ácidos graxos (saturados, poli-insaturados e monoinsaturados). Foram analisados os valores absolutos obtidos e a % do valor energético total (VET) da dieta. Resultados: Foram incluídas 21 gestantes no grupo com insuficiência placentária e 21 gestantes no grupo controle. Não se constatou diferença na mediana do IMC na comparação entre os grupos (grupo estudo=26,5 kg/m2, grupo controle=28,0kg/m2; P=0,563). Houve diferença significativa na comparação do grupo com insuficiência placentária com o grupo controle na análise do consumo alimentar de: energia (2002 kcal vs. 1515 kcal, p= 0,021). Com relação ao consumo de ácidos graxos, houve diferença significativa na comparação da % do VET entre os grupos com insuficiência placentária e controle: saturados (11,5% vs. 9,3%; p=0,043); poli saturados (2,7% vs. 3,6%; p=0,029); monoinsaturados (1,2 % vs. 2,1%; p= 0,005). Não foram encontradas diferenças significativas na qualidade da dieta entre os grupos quanto ao consumo avaliado de acordo com a % do VET: carboidratos (51,5% vs. 51,8%; p= 0,831); proteínas (15,3% vs. 16,1%; p= 0,458); lipídios totais (37,8% vs. 33,0%; p=0,831). Conclusão: Gestantes com o diagnóstico de insuficiência placentária relatam consumo alimentar diferente de gestantes que não apresentam esse diagnóstico, com dieta de ácidos graxos com qualidade inferior, notadamente com maior consumo de ácidos graxos saturados, e menor consumo de poli-insaturados e monoinsaturados, além de maior consumo de energia / Objective: To analyze the dietary intake of energy, macronutrients and fatty acids of pregnant women with placental insufficiency, and to compare with pregnant women without this obstetric complication Methods : A prospective, cross-sectional and case -control study from February 2012 to September 2013, which included women who met the following criteria: singleton pregnancy with fetus alive; above 26 weeks gestation; diagnosis of placental insufficiency characterized by umbilical artery Doppler presenting pulsatility index above the p95; normal fetal morphology at ultrasound, absence of diabetes, absence of prenatal supplementation with fatty acids. We used the following exclusion criteria: neonatal diagnosis of malformation. The maternal nutritional status was assessed by body mass index (BMI) and dietary intake was investigated by applying the food frequency questionnaire analyzed by the program Avanutri Revolution version 4.0 , which was obtained by the consumption of energy, macronutrients (carbohydrates, proteins and lipids) and fatty acids (saturated, polyunsaturated and monounsaturated). We analyzed the absolute values and the % of total energy value (TEV). Results: We included 21 pregnant women in the study group with placental insufficiency and 21 pregnant women in the control group. There was no difference in median BMI between the groups (study group = 26.5 kg/m2, control group = 28.0 kg/m2, P = 0.563). Significant difference was found when the group with placental insufficiency was compared with the control group in food consumption of energy (2002kcal vs. 1515 kcal, p = 0.021). With regard to the consumption of fatty acids, there was a significant difference in the percentages of daily energy intake between the group with placental insufficiency and control group: saturated fatty acids(11.5% vs. . 9.3% , p = 0.043), polyunsaturated fatty acids(2.7 % vs. 3.6% , p = 0.029), monounsaturated fatty acids(1.2% vs. 2.1% , p = 0.005). There were no significant differences in diet quality between the groups regarding the consumption evaluated according to the % of VET: carbohydrates ( 51.5 % vs. 51.8 %, p = 0.831 ), protein (15.3 % vs. 16.1 %, p = 0.458), total fat (37.8 % vs. 33.0 %, p = 0.831) . Conclusion: Pregnant women with the diagnosis of placental insufficiency reported food consumption other than pregnant women who do not have this diagnosis with lower quality of dietary fatty acids consumption, especially with higher intake of saturated fatty acids , and lower intake of polyunsaturated and monounsaturated fatty acids, and greater energy consumption
24

Modificação de uma refeição brasileira com componentes mediterrâneos induz benefícios cardiometabólicos / Modification of a Brazilian meal including Mediterranean components induces cardiometabolic benefits

Pires, Milena Monfort 15 December 2015 (has links)
Introdução: Mudanças na alimentação e atividade física das populações elevaram a incidência de doenças crônicas não-transmissíveis associadas à adiposidade corporal. Este quadro contribui para mortalidade cardiovascular, motivando iniciativas em saúde pública visando à prevenção. Há evidências de que populações que consomem a dieta mediterrânea apresentam menor mortalidade por todas as causas, inclusive cardiovasculares. Os benefícios desta dieta, rica em fibras, gorduras insaturadas e polifenóis, parecem decorrer da atenuação da inflamação, envolvida na gênese de doenças cardiometabólicas. Objetivo: Este estudo investigou os efeitos da modificação de uma refeição diária, o desjejum, de forma a incluir alimentos mediterrâneos, sobre o metabolismo lipídico, glicídico, inflamação subclínica e expressão de genes inflamatórios. Métodos: Foi um ensaio clínico cruzado com duração total de 10 semanas, incluindo 80 adultos com excesso de peso, não-diabéticos. Os participantes passaram por 2 intervenções de 4 semanas no desjejum, com wash-out de 2 semanas entre elas. Os desjejuns, brasileiro e modificado, foram isocalóricos, diferindo quanto ao conteúdo de fibras e tipos de ácidos graxos. Antes e após cada intervenção foi realizado teste de sobrecarga de gorduras (FTT) com refeição rica em gorduras (saturadas e insaturadas MUFA e PUFA, dependendo da intervenção) e coletas sanguíneas seriadas até 240 minutos para determinação de glicose, insulina, lípides e marcadores inflamatórios. Foram também analisadas as expressões de genes inflamatórios, antes e após cada intervenção. Para comparar as respostas às intervenções foram usados teste t de Student ou os correspondentes não-paramétricos e ANOVA para medidas repetidas. Para as expressões dos genes foi utilizado o método delta ct e a expressão relativa calculada tendo como base valores de jejum e pré-intervenção. Valor de p <0,05 foi considerado significante. Resultados: No Artigo 1 (Modification in a single meal is sufficient to provoke benefits in inflammatory responses of individuals at low-tomoderate cardiometabolic risk), o FTT com desjejum brasileiro comparada ao modificado provocou maiores concentrações de IL-6 e IL-8, e esta resposta se acentuou após intervenção. As concentrações de selectina E, TNF-, IFN-, IL-10 e IL-17 se elevaram apenas após intervenção brasileira. No Artigo 2 (Inflammatory and metabolic response to dietary intervention differs among individuals at distinct cardiometabolic risk levels), a intervenção com desjejum modificado reduziu (p<0.05) a circunferência da cintura e pressão arterial e aumentou as concentrações de HDL. Indivíduos com síndrome metabólica melhoraram fatores clássicos (pressão arterial e glicemia, além de apolipoproteína B) após desjejum modificado, enquanto aqueles sem a síndrome melhoraram marcadores inflamatórios. O Artigo 3 (Comparison of inflammatory genes expression and their circulating products after short-term fatty acids interventions in humans) mostrou que o FTT com desjejum rico em gordura saturada induziu maior expressão pós-prandial de IL-1 quando comparado ao rico em insaturadas, antes e após as intervenções. Houve tendência à maior expressão de IFN- e IL-6 após intervenção com desjejum brasileiro. Na metanálise do Artigo 4 (Impact of the content of fatty acids of oral fat tolerance tests on postprandial triglyceridemia: systematic review and meta-analysis) foram incluídos 18 estudos buscando comparar as respostas dos triglicérides a ácidos graxos saturados e insaturados. Verificou-se que após 8 horas de refeição rica em MUFA há menor trigliceridemia. As menores concentrações observadas após ingestão de PUFA em relação à de saturados não atingiu significância. Conclusões: Pequenas modificações na dieta podem, em período relativamente curto, promover benefícios ao perfil de risco cardiometabólico. Tais benefícios foram evidentes em parâmetros clínicos habituais e reforçados pelos efeitos na expressão de genes inflamatórios e em marcadores circulantes. Vislumbra-se potencial de aceitação da introdução de componentes da dieta mediterrânea em população não-mediterrânea como a brasileira, o que poderia melhorar o perfil de risco cardiometabólico no longo prazo. / Introduction: Changes in dietary pattern and physical activity of populations have elevated the incidence of chronic non-communicable diseases associated with increased adiposity. Evidence has shown that populations consuming Mediterranean diets have lower mortality from all causes, including cardiovascular diseases. The benefits of this diet rich in fiber and unsaturated fats, derived in part on the effects of these nutrients on inflammatory condition that triggers cardiometabolic diseases. Objective: This study investigated the effects of changing a meal of Brazilian menu, the breakfast, in order to approximate it to the Mediterranean pattern on lipid and glucose metabolism, subclinical inflammation and also on the expression of inflammatory genes. Methods: This study was a crossover trial lasting a total of 10 weeks, including 80 overweight adults, nondiabetic without drug treatment for dyslipidemia. Participants who met the inclusion criteria underwent two 4-week interventions in breakfast, with wash-out of two weeks between them. The breakfasts (Brazilian and modified) were isocaloric, differing according to fiber and types of fatty acids contents. Before and after each intervention, fat tolerance tests with meals rich in fat (saturated and unsaturated depending on the intervention) were perfomed, with blood sample collections for glucose, insulin, lipids and inflammatory markers up to 240 minutes. Also, expression of inflammatory genes before and after each intervention was analyzed. To compare the acute and sub-acute responses to interventions were used Student t test or the corresponding nonparametric test and ANOVA for repeated measures. For expression of the genes, delta CT method was used and the relative expression calculated based on fasting and pre-intervention values. P value <0.05 was considered significant. Results: In Article 1 (Modification in a single meal is sufficient to provoke benefits in inflammatory responses of Individuals at low-to-moderate cardiometabolic risk), we observed higher IL-6 and IL- 8 concentrations after ingestion of the Brazilian FTT compared with the modified one, whose elevations were even more pronounced after the intervention period. Higher concentrations of E-selectin, TNF-, IFN-, IL-10 and IL-17 were found at fasting and in postprandial state only after the Brazilian intervention. In Article 2 (Inflammatory and metabolic response to dietary intervention Differs Among Individuals at distinct cardiometabolic risk levels), the intervention with the modified breakfast decreased waist circumference and blood pressure and increased the concentrations HDL (p <0.05). Participants with metabolic syndrome showed improvements in traditional risk factors (blood pressure and plasma glucose and apolipoprotein B) whit the modified breakfast, while those without the syndrome improved inflammatory markers. Article 3 (Comparison of inflammatory gene expression and their circulating products after short-term interventions fatty acids in humans) showed that the Brazilian FTT induced higher expression of IL-1 compared to the modified one, before and after the interventions. A tendency for higher postprandial expression of IFN- and increased IL-6 expression after intervention with Brazilian breakfast were also detected. In the meta-analysis of Article 4 (Impact of the content of fatty acids in oral fat tolerance tests on postprandial triglyceridemia: systematic review and metaanalysis) a total of 18 studies were included. When comparing the triglycerides responses to saturated and unsaturated fatty acids, lower areas under the curve with the meals rich in MUFA were observed. Postprandial triglyceridemia after PUFA was lower, but not significantly different from meals rich in saturated fat. Conclusions: Small changes in diet are able to induce benefits in cardiometabolic risk profile in a relatively short period. Such benefits are seen in routine clinical parameters, which are compatible with the favorable effects on the expression of inflammatory genes and circulating biomarkers. There is a potential acceptance of introducing components of the Mediterranean diet in non-Mediterranean populations like Brazil, which could improve the cardiometabolic risk profile in the long term.
25

Indicadores inflamatórios, função endotelial e outros marcadores de risco cardíaco em pacientes idosos com sobrepeso e obesidade: resposta à suplementação de azeite de oliva, óleo de linhaça e óleo de girassol / Inflammatory indicators, endothelial function and other markers of cardiac risk in overweight and obese elderly patients: response to supplementation with olive oil, linseed oil and sunflower oil

Oliveira, Patrícia Amante de 10 May 2017 (has links)
A obesidade é uma doença crônica com complicações para a qual se busca o tratamento e a prevenção. A gordura visceral é um órgão endócrino de armazenamento hormonal e produtor de adipocinas inflamatórias, tornando o obeso portador de inflamação crônica, que por sua vez é uma das características da aterogênese e do envelhecimento. Os níveis aumentados de interleucina-6 e fator de necrose tumoral-alfa, citocinas multifuncionais, estão associados à morbi-mortalidade em idosos e à patogênese da aterosclerose. Nos dias atuais, a alimentação mundial é caracterizada pelo aumento do consumo de gordura saturada e gorduras trans, bem como pela redução do consumo de ácidos graxos ômega-3. O desequilíbrio na relação ômega-6/ômega-3 propicia um ambiente de inflamação crônica, sendo o estímulo inicial para doenças degenerativas. A substituição de gorduras saturadas por ácidos graxos poliinsaturados, de ácido alfa- linolênico (ALA) - ômega-3, e de ácido graxo monoinsaturado (ácido oléico - ômega- 9), parece estar associada à redução do risco de doença cardiovascular. Entre duas fontes de ácido eicosapentaenóico e ácido docosahexaenóico, os ácidos graxos ômega-3 provenientes de peixes e o ALA das fontes vegetais, este último é mais acessível financeiramente e amplamente disponível no mundo todo. Este estudo foi desenhado para avaliar comparativamente o efeito do aumento do consumo de ALA proveniente de fontes vegetais sobre os indicadores inflamatórios e a reatividade endotelial em pacientes idosos e obesos ou com sobrepeso. Foram selecionados 79 pacientes para receber doses diárias de óleo de linhaça, óleo de oliva e óleo de girassol por 12 semanas consecutivas. Foram realizadas medidas antropométricas, bioquímicas e de reatividade endotelial antes e após a intervenção, sem nenhuma modificação na dieta dos participantes ou em suas medicações utilizadas, não havendo mudanças antropométricas após a conclusão do estudo. Houve melhora em alguns parâmetros bioquímicos com o óleo de linhaça, que reduziu os níveis de PCRus, C3, C4 e fibrinogênio; com o óleo de girassol, que reduziu os níveis de leptina, ApoB e também a relação Apo B/ApoA1; e com o óleo de oliva que beneficiou a relação Apo B/ApoA1 e os níveis de C4. A espessura da artéria carótida também teve melhora significativa com os três óleos suplementados, mais acentuada com o óleo de linhaça e o óleo de oliva. Além disto, o óleo de girassol melhorou significativamente a distensibilidade da parede arterial e da vasodilatação fluxo-mediada (VFM) e o óleo de oliva apresentou tendência de melhora na VFM. Concluímos que a suplementação de ácidos graxos insaturados provenientes dos três óleos vegetais atenuou o quadro pró-inflamatório e pró-trombótico. Ocorreu melhora do perfil de marcadores bioquímicos e resultados significativos estatisticamente nos marcadores de reatividade endotelial como redução da espessura da íntima-média da artéria carótida, melhora da distensibilidade da parede arterial e melhora da funcionalidade medida pela VFM. Foi benéfica sua introdução à dieta, a fim de reduzir o risco cardiovascular em idosos portadores de obesidade ou sobrepeso / Obesity is a chronic disease with complications for which treatment and prevention are sought. Visceral fat is an endocrine organ of hormonal storage and a producer of inflammatory adipokines, leading to chronic inflammation in the obese person, which in turn is one of the characteristics of atherogenesis and aging. Increased levels of multifunctional cytokines, interleukin-6 and tumor necrosis factor-alfa are associated with morbidity and mortality in the elderly, and in the pathogenesis of atherosclerosis. Currently, food worldwide is characterized by increased consumption of saturated and trans fats, as well as reduced consumption of omega-3 fatty acids. Imbalance in the omega-6/omega-3 ratio provides an environment of chronic inflammation, and the initial stimulus for degenerative diseases. The substitution of saturated fats by polyunsaturated fatty acids, alfa-linolenic acid (ALA)- omega-3, and mono-unsaturated fatty acid (omega-9 fatty acids), seems to be associated with reduced risk of cardiovascular disease. Obtaining alfa-linolenic acid from vegetable sources is more financially accessible and widely available worldwide than omega-3 fatty acids from fish; both are sources of eicosapentaenoic acid and docosahexaenoic acid. This study was designed to comparatively evaluate the effect of increased ALA consumption, derived from vegetables, on inflammatory indicators and the endothelial reactivity in obese or overweight elderly patients. Seventy nine patients were selected to receive daily doses of linseed oil, olive oil and sunflower oil for 12 consecutive weeks. Anthropometric, biochemical and endothelial reactivity measurements were performed before and after the intervention, without any changes in the participants\' diet or in their medications, and no anthropometric changes were identified after the conclusion of the study. Improvement in some biochemical parameters were identified with linseed oil, which reduced the levels of C-reactive protein, C3, C4 and fibrinogen; with sunflower oil, which reduced levels of leptin, ApoB and also ApoB/ApoA1 ratio; and with the olive oil that improved the ApoB/ApoA1 ratio and the C4 levels. Carotid artery thickness also showed a significant improvement with the three supplemented oils, and was more accentuated with linseed oil and olive oil. In addition, sunflower oil significantly improved the distensibility of the arterial wall and its flow-mediated dilatation (FMD), and olive oil showed a tendency for improvement in FMD. We concluded that the supplementation of unsaturated fatty acids from the three vegetable oils attenuated the pro-inflammatory and prothrombotic conditions. An improvement in the profile of biochemical markers and statistically significant results was identified in markers of endothelial reactivity, such as reduction of carotid artery intima-media thickness, improvement of the arterial wall distensibility and the endothelial function measured by FMD. The introduction of unsaturated fatty acids in the diet was beneficial, in order to reduce cardiovascular risk in obese or overweight elderly
26

Consumo alimentar de ácidos graxos em gestantes com insuficiência placentária / Food intake of fatty acids in pregnant women with placental insufficiency

Renata Felipe Saffioti 12 March 2014 (has links)
Objetivo: analisar o consumo alimentar de energia, macronutrientes e ácidos graxos, de gestantes com insuficiência placentária, comparando com gestantes sem esta complicação obstétrica. Métodos: Estudo prospectivo, transversal e caso-controle realizado no período de fevereiro de 2012 a setembro de 2013, que incluiu gestantes que preencheram os seguintes critérios: gestação com feto único e vivo; idade gestacional superior a 26 semanas completas; diagnóstico de insuficiência placentária caracterizada pelo exame de Doppler de artéria umbilical com índice de pulsatilidade acima do p95; morfologia fetal normal ao exame de ultrassonografia; ausência de diagnóstico de diabetes; não suplementação pré-natal com ácidos graxos. Foram adotados os seguintes critérios de exclusão: diagnóstico pós-natal de anomalia do recém-nascido. O estado nutricional da gestante foi avaliado pelo índice de massa corporal (IMC) e o consumo dietético foi investigado pela aplicação do questionário de frequência alimentar, analisado pelo programa Avanutri Revolution versão 4.0, pelo qual se obteve o consumo de energia, macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídios) e de ácidos graxos (saturados, poli-insaturados e monoinsaturados). Foram analisados os valores absolutos obtidos e a % do valor energético total (VET) da dieta. Resultados: Foram incluídas 21 gestantes no grupo com insuficiência placentária e 21 gestantes no grupo controle. Não se constatou diferença na mediana do IMC na comparação entre os grupos (grupo estudo=26,5 kg/m2, grupo controle=28,0kg/m2; P=0,563). Houve diferença significativa na comparação do grupo com insuficiência placentária com o grupo controle na análise do consumo alimentar de: energia (2002 kcal vs. 1515 kcal, p= 0,021). Com relação ao consumo de ácidos graxos, houve diferença significativa na comparação da % do VET entre os grupos com insuficiência placentária e controle: saturados (11,5% vs. 9,3%; p=0,043); poli saturados (2,7% vs. 3,6%; p=0,029); monoinsaturados (1,2 % vs. 2,1%; p= 0,005). Não foram encontradas diferenças significativas na qualidade da dieta entre os grupos quanto ao consumo avaliado de acordo com a % do VET: carboidratos (51,5% vs. 51,8%; p= 0,831); proteínas (15,3% vs. 16,1%; p= 0,458); lipídios totais (37,8% vs. 33,0%; p=0,831). Conclusão: Gestantes com o diagnóstico de insuficiência placentária relatam consumo alimentar diferente de gestantes que não apresentam esse diagnóstico, com dieta de ácidos graxos com qualidade inferior, notadamente com maior consumo de ácidos graxos saturados, e menor consumo de poli-insaturados e monoinsaturados, além de maior consumo de energia / Objective: To analyze the dietary intake of energy, macronutrients and fatty acids of pregnant women with placental insufficiency, and to compare with pregnant women without this obstetric complication Methods : A prospective, cross-sectional and case -control study from February 2012 to September 2013, which included women who met the following criteria: singleton pregnancy with fetus alive; above 26 weeks gestation; diagnosis of placental insufficiency characterized by umbilical artery Doppler presenting pulsatility index above the p95; normal fetal morphology at ultrasound, absence of diabetes, absence of prenatal supplementation with fatty acids. We used the following exclusion criteria: neonatal diagnosis of malformation. The maternal nutritional status was assessed by body mass index (BMI) and dietary intake was investigated by applying the food frequency questionnaire analyzed by the program Avanutri Revolution version 4.0 , which was obtained by the consumption of energy, macronutrients (carbohydrates, proteins and lipids) and fatty acids (saturated, polyunsaturated and monounsaturated). We analyzed the absolute values and the % of total energy value (TEV). Results: We included 21 pregnant women in the study group with placental insufficiency and 21 pregnant women in the control group. There was no difference in median BMI between the groups (study group = 26.5 kg/m2, control group = 28.0 kg/m2, P = 0.563). Significant difference was found when the group with placental insufficiency was compared with the control group in food consumption of energy (2002kcal vs. 1515 kcal, p = 0.021). With regard to the consumption of fatty acids, there was a significant difference in the percentages of daily energy intake between the group with placental insufficiency and control group: saturated fatty acids(11.5% vs. . 9.3% , p = 0.043), polyunsaturated fatty acids(2.7 % vs. 3.6% , p = 0.029), monounsaturated fatty acids(1.2% vs. 2.1% , p = 0.005). There were no significant differences in diet quality between the groups regarding the consumption evaluated according to the % of VET: carbohydrates ( 51.5 % vs. 51.8 %, p = 0.831 ), protein (15.3 % vs. 16.1 %, p = 0.458), total fat (37.8 % vs. 33.0 %, p = 0.831) . Conclusion: Pregnant women with the diagnosis of placental insufficiency reported food consumption other than pregnant women who do not have this diagnosis with lower quality of dietary fatty acids consumption, especially with higher intake of saturated fatty acids , and lower intake of polyunsaturated and monounsaturated fatty acids, and greater energy consumption
27

Interações entre exposição a trauma no início da vida e deficiências de ácidos graxos poliinsaturados N-3 em marcadores biológicos de transtornos psiquiátricos / Interactions between early life trauma exposure and polyunsaturated fatty acid n-3 deficiency in biological markers of psychiatric disorders

Ferreira, Charles Francisco January 2015 (has links)
As exposições precoces às diferentes intervenções, como dietas e estresse, estão associadas a persistentes alterações sobre aspectos neuroquímicos e comportamentais, podendo este ser considerado um gatilho de transtornos psiquiátricos na vida adulta. O presente trabalho objetivou determinar se estas intervenções neonatais poderiam interagir com uma dieta deficiente em ácidos graxos poliinsaturados n-3 (n-3 PUFA), aplicados durante o desenvolvimento, com foco nos níveis centrais (hipocampo) e séricos do fator neurotrófico derivado do encéfalo (BDNF), bem como sobre a atividade enzimática e aspectos morfológicos (e.g. massa, potencial) mitocondriais do hipocampo de ratos machos adultos. Em nossa abordagem experimental animal, as ninhadas foram distribuídas aleatoriamente nos grupos intactos, manipulados neonatalmente [MN, separação mãe-filhote durante 10min/dia, entre o 1° e o 10° dia pós-natal (DPN)] e separado maternalmente [SM, separação mãe-filhote durante 3h/dia, entre o 1° e o 10° DPN]. No DPN 35, os filhotes machos foram agrupados em dieta n-3 PUFA adequada ou deficiente, por 17 semanas de tratamento. O peso e o consumo de ração foram aferidos semanalmente. Após este tratamento, soro e hipocampo foram coletados. Kits comerciais foram utilizados para a medição dos níveis hipocampais e séricos de BDNF (ELISA), bem como a atividade dos complexos da cadeia respiratória mitocondrial (método enzimático, análise espectrofotométrica), massa e potencial mitocondriais (MitoTracker, citometria de fluxo). A expressão gênica de BDNF no hipocampo também foi medido por RT-qPCR. Os testes estatísticos utilizados foram ANOVA de duas vias ou de medidas repetidas. Os níveis de significâncias foram fixados em p<0,05. A dieta deficiente em n-3 PUFA, associada aos estressores neonatais deste estudo (MN, SM) foram capazes de alterar o peso corporal e a ingestão de alimentos de um modo específico, uma vez que os níveis mais elevados destes parâmetros foram encontrados em animais submetidos a SM. Animais submetidos a MN alimentados com uma dieta n-3 PUFA deficiente exibiram uma maior atividade exploratória em resposta a um psicoestimulante (dietilpropiona). Embora os níveis proteicos séricos e hipocampais de BDNF permaneceram inalterados pelos tratamentos aplicados, fomos capazes de demonstrar a redução de sua expressão gênica em animais alimentados com uma dieta n-3 PUFA deficiente. Considerando os padrões mitocondriais e parâmetros de estresse oxidativo, as atividades das enzimas antioxidantes glutationa peroxidase (GPx) e catalase (CAT), bem como a produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) se encontraram aumentadas no hipocampo de animais submetidos a uma deficiência crônica em n-3 PUFA. Esta deficiência mostrou interações com o fator estresse neonatal em alguns destes parâmetros (e.g. atividade da GPx, produção de EROs), indicando um possível sinergismo entre estressores neonatais e a deficiência em n-3 PUFA. Os níveis de tióis foram significativamente menores nos grupos estressados (MN, SM), sendo a dieta n-3 PUFA deficiente capaz de aumentar a quantidade de tiol no hipocampo. Por outro lado, animais estressados tratados cronicamente com uma dieta deficiente em n-3 PUFA apresentaram níveis mais elevados de tiol. Contudo, a MN per se foi capaz de diminuir o potencial mitocondrial hipocampal. Adicionalmente, um estudo com humanos teve como objetivo correlacionar os níveis de BDNF periféricos ao consumo de n-3 PUFA em adolescentes. Para este estudo, 137 adolescentes de uma amostra enriquecida para psicopatologias de ansiedade foram submetidos a um questionário de frequência alimentar (QFA), para uma análise quantitativa do consumo de macronutrientes e micronutrientes de n-3 PUFA. As correlações de Spearman foram realizadas para avaliar possíveis associações entre o consumo de n-3 PUFA e os níveis periféricos de BDNF. As amostras de sangue foram coletadas entre 7 a 10h após o período de 10-12h de jejum, sendo o soro armazenado para medir os níveis de BDNF. Todas as análises de BDNF foram realizadas no mesmo dia por ELISA, utilizando anticorpos monoclonais específicos para o BDNF, de acordo com as instruções do fabricante. Os efeitos de possíveis confundidores (e.g. consumo total de gordura, idade, sexo e medida de ansiedade) foram examinados por modelos de regressões lineares. Apesar de algumas limitações apresentadas (e.g. o tamanho reduzido da amostra, alta incidência de adolescentes ansiosos), o que poderia limitar a validade externa deste resultado, fomos capazes de detectar uma correlação entre o consumo de n-3 PUFA e os níveis séricos de BNDF em adolescentes. Como conclusão geral, esta tese demonstra que a manipulação neonatal e separação materna, associada com uma deficiência em n-3 PUFA, são capazes de alterar parâmetros comportamentais e neuroquímicos na idade adulta. Este sinergismo foi capaz de diminuir a expressão gênica de BDNF no hipocampo, embora não apresentando qualquer alteração deste parâmetro perifericamente. A correlação entre os níveis consumidos de n-3 PUFA, em uma população de adolescentes em idade escolar, com os níveis séricos de BDNF também foi encontrada. Ainda, as alterações nas atividades enzimáticas mitocondriais observadas no hipocampo destes animais reforçam a importância da participação desta estrutura, além de sua possível relação com o desenvolvimento de desordens psiquiátricas e de humor. Considerando-se a nossa abordagem metodológica em ratos, a mesma pode ser um protocolo útil para se estudarem as interações entre o ambiente precoce e a nutrição ao curso de vida em diferentes desfechos neuroquímicos. / Early exposure to different interventions, as diets and stress, are associated with persistent alterations in neurochemistry and behavior, and can be considered a trigger of psychiatric disorders in adulthood. This study investigated whether neonatal interventions interact with a diet deficient in n-3 polyunsaturated fatty acids (n-3 PUFA) applied during development, focusing on central (hippocampus) and serum brain-derived neurotrophic factor (BDNF), as well as mitochondrial enzymatic activity and morphology (e.g. mass, potential) in adult male rats. In our animal study, litters were randomized into non-handled (NH), handled [H, mother-offspring separation for 10min/day from 1st-10th postnatal day (PND)] and separated (S, separation for 3h/day from the 1st-10th PND) groups. On PND 35, male pups were randomized into adequate or deficient diet in n-3 PUFA for 17 weeks. The weight and food intake were measured weekly. Serum and hippocampi were collected after this n-3 PUFA treatment. Commercial kits were used for measuring hippocampal and serum BDNF (ELISA), as well as mitochondrial chain respirator complexes (enzymatic method, spectrophotometric analysis), mitochondrial mass and potential (MitoTracker, flow citometry). Hippocampal BDNF gene expression was also measure by RT-qPCR. Statistical testes used were Two-Way or repeated measures ANOVA. Significance levels were set at p<0.05. A n-3 PUFA deficient diet, in association with neonatal stressors used in this study (H, MS) were able to alter body weight and food intake in a specific way, since higher levels of these parameters were found in animals subjected to MS. Animals subjected to H fed an n-3 PUFA deficient diet displayed enhanced exploratory activity in response to a psychostimulant (diethylpropion). Although serum protein levels and hippocampus BDNF remained unchanged by the treatments applied, we were able to demonstrate its gene expression reduction in the hippocampus of animals fed an n-3 PUFA deficient diet. Considering mitochondrial and oxidative stress parameters, the activities of antioxidant enzymes glutathione peroxidase (GPx) and catalase (CAT) and the production of reactive oxygen species (ROS) were increased in the hippocampus of rats subjected to a deficiency n-3 PUFA. This deficiency displayed interactions with neonatal stress factor in some of these parameters (e.g. GPx activity, ROS), indicating a possible synergism between neonatal stressors and n-3 PUFA deficiency. Thiol levels were significantly decreased by neonatal stressors (H and MS), and the n-3 PUFA deficient diet was able to increase its total amount in hippocampus. On the other hand, chronically stressed animals treated with an n-3 PUFA deficient diet showed higher thiol levels. However, H per se was able to decrease mitochondrial potential in hippocampus. Additionally, a clinical study aimed to correlate peripheral BDNF levels and n-3 PUFA consumption in adolescents. For this study, 137 adolescents from a sample enriched for psychopathology of anxiety were subjected to a food frequency questionnaire (FFQ), in order for measuring the quantitative analysis of n-3 PUFA macronutrients and micronutrients consumption. Spearman correlations were performed to assess the association between n-3 PUFA consumption and serum BDNF levels. Blood samples were collected between 7 and 10h after fasting period of 10-12h, and serum was stored in order to measure BDNF levels. All BDNF measurements were performed in the same day by sandwich-ELISA using monoclonal antibodies specific for BDNF, according to the manufacturer’s instructions. Effects of potential confounders (e.g. total fat consumption, age, gender, anxiety) were examined using linear regression models. Although some limitations were presented (e.g. small sample size with high incidence of eager teenagers), which could limit the external validity of this result, we were able to detect a correlation between the consumption of n-3 PUFA and BDNF serum levels in adolescents. As a general conclusion, this thesis reports that neonatal handling and maternal separation, associated with a nutritional deficiency in n-3 PUFA, were able to change behavioral and neurochemical parameters in adulthood. This synergism was able to decrease BDNF gene expression in the hippocampus, while not presenting any change of this parameter peripherally. A correlation between the consumption levels of n-3 PUFA, in a population of schoolchildren with BDNF serum levels was also found. Still, changes in mitochondrial enzymatic activities observed in the hippocampus of these animals reinforce the importance of this structure participation and its relation to the development of psychiatric and mood disorders. Considering our rat methodological approach, it can be a useful tool for studying the interactions between early life environment and life-course nutrition on different neurochemical outcomes.
28

Interações entre exposição a trauma no início da vida e deficiências de ácidos graxos poliinsaturados N-3 em marcadores biológicos de transtornos psiquiátricos / Interactions between early life trauma exposure and polyunsaturated fatty acid n-3 deficiency in biological markers of psychiatric disorders

Ferreira, Charles Francisco January 2015 (has links)
As exposições precoces às diferentes intervenções, como dietas e estresse, estão associadas a persistentes alterações sobre aspectos neuroquímicos e comportamentais, podendo este ser considerado um gatilho de transtornos psiquiátricos na vida adulta. O presente trabalho objetivou determinar se estas intervenções neonatais poderiam interagir com uma dieta deficiente em ácidos graxos poliinsaturados n-3 (n-3 PUFA), aplicados durante o desenvolvimento, com foco nos níveis centrais (hipocampo) e séricos do fator neurotrófico derivado do encéfalo (BDNF), bem como sobre a atividade enzimática e aspectos morfológicos (e.g. massa, potencial) mitocondriais do hipocampo de ratos machos adultos. Em nossa abordagem experimental animal, as ninhadas foram distribuídas aleatoriamente nos grupos intactos, manipulados neonatalmente [MN, separação mãe-filhote durante 10min/dia, entre o 1° e o 10° dia pós-natal (DPN)] e separado maternalmente [SM, separação mãe-filhote durante 3h/dia, entre o 1° e o 10° DPN]. No DPN 35, os filhotes machos foram agrupados em dieta n-3 PUFA adequada ou deficiente, por 17 semanas de tratamento. O peso e o consumo de ração foram aferidos semanalmente. Após este tratamento, soro e hipocampo foram coletados. Kits comerciais foram utilizados para a medição dos níveis hipocampais e séricos de BDNF (ELISA), bem como a atividade dos complexos da cadeia respiratória mitocondrial (método enzimático, análise espectrofotométrica), massa e potencial mitocondriais (MitoTracker, citometria de fluxo). A expressão gênica de BDNF no hipocampo também foi medido por RT-qPCR. Os testes estatísticos utilizados foram ANOVA de duas vias ou de medidas repetidas. Os níveis de significâncias foram fixados em p<0,05. A dieta deficiente em n-3 PUFA, associada aos estressores neonatais deste estudo (MN, SM) foram capazes de alterar o peso corporal e a ingestão de alimentos de um modo específico, uma vez que os níveis mais elevados destes parâmetros foram encontrados em animais submetidos a SM. Animais submetidos a MN alimentados com uma dieta n-3 PUFA deficiente exibiram uma maior atividade exploratória em resposta a um psicoestimulante (dietilpropiona). Embora os níveis proteicos séricos e hipocampais de BDNF permaneceram inalterados pelos tratamentos aplicados, fomos capazes de demonstrar a redução de sua expressão gênica em animais alimentados com uma dieta n-3 PUFA deficiente. Considerando os padrões mitocondriais e parâmetros de estresse oxidativo, as atividades das enzimas antioxidantes glutationa peroxidase (GPx) e catalase (CAT), bem como a produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) se encontraram aumentadas no hipocampo de animais submetidos a uma deficiência crônica em n-3 PUFA. Esta deficiência mostrou interações com o fator estresse neonatal em alguns destes parâmetros (e.g. atividade da GPx, produção de EROs), indicando um possível sinergismo entre estressores neonatais e a deficiência em n-3 PUFA. Os níveis de tióis foram significativamente menores nos grupos estressados (MN, SM), sendo a dieta n-3 PUFA deficiente capaz de aumentar a quantidade de tiol no hipocampo. Por outro lado, animais estressados tratados cronicamente com uma dieta deficiente em n-3 PUFA apresentaram níveis mais elevados de tiol. Contudo, a MN per se foi capaz de diminuir o potencial mitocondrial hipocampal. Adicionalmente, um estudo com humanos teve como objetivo correlacionar os níveis de BDNF periféricos ao consumo de n-3 PUFA em adolescentes. Para este estudo, 137 adolescentes de uma amostra enriquecida para psicopatologias de ansiedade foram submetidos a um questionário de frequência alimentar (QFA), para uma análise quantitativa do consumo de macronutrientes e micronutrientes de n-3 PUFA. As correlações de Spearman foram realizadas para avaliar possíveis associações entre o consumo de n-3 PUFA e os níveis periféricos de BDNF. As amostras de sangue foram coletadas entre 7 a 10h após o período de 10-12h de jejum, sendo o soro armazenado para medir os níveis de BDNF. Todas as análises de BDNF foram realizadas no mesmo dia por ELISA, utilizando anticorpos monoclonais específicos para o BDNF, de acordo com as instruções do fabricante. Os efeitos de possíveis confundidores (e.g. consumo total de gordura, idade, sexo e medida de ansiedade) foram examinados por modelos de regressões lineares. Apesar de algumas limitações apresentadas (e.g. o tamanho reduzido da amostra, alta incidência de adolescentes ansiosos), o que poderia limitar a validade externa deste resultado, fomos capazes de detectar uma correlação entre o consumo de n-3 PUFA e os níveis séricos de BNDF em adolescentes. Como conclusão geral, esta tese demonstra que a manipulação neonatal e separação materna, associada com uma deficiência em n-3 PUFA, são capazes de alterar parâmetros comportamentais e neuroquímicos na idade adulta. Este sinergismo foi capaz de diminuir a expressão gênica de BDNF no hipocampo, embora não apresentando qualquer alteração deste parâmetro perifericamente. A correlação entre os níveis consumidos de n-3 PUFA, em uma população de adolescentes em idade escolar, com os níveis séricos de BDNF também foi encontrada. Ainda, as alterações nas atividades enzimáticas mitocondriais observadas no hipocampo destes animais reforçam a importância da participação desta estrutura, além de sua possível relação com o desenvolvimento de desordens psiquiátricas e de humor. Considerando-se a nossa abordagem metodológica em ratos, a mesma pode ser um protocolo útil para se estudarem as interações entre o ambiente precoce e a nutrição ao curso de vida em diferentes desfechos neuroquímicos. / Early exposure to different interventions, as diets and stress, are associated with persistent alterations in neurochemistry and behavior, and can be considered a trigger of psychiatric disorders in adulthood. This study investigated whether neonatal interventions interact with a diet deficient in n-3 polyunsaturated fatty acids (n-3 PUFA) applied during development, focusing on central (hippocampus) and serum brain-derived neurotrophic factor (BDNF), as well as mitochondrial enzymatic activity and morphology (e.g. mass, potential) in adult male rats. In our animal study, litters were randomized into non-handled (NH), handled [H, mother-offspring separation for 10min/day from 1st-10th postnatal day (PND)] and separated (S, separation for 3h/day from the 1st-10th PND) groups. On PND 35, male pups were randomized into adequate or deficient diet in n-3 PUFA for 17 weeks. The weight and food intake were measured weekly. Serum and hippocampi were collected after this n-3 PUFA treatment. Commercial kits were used for measuring hippocampal and serum BDNF (ELISA), as well as mitochondrial chain respirator complexes (enzymatic method, spectrophotometric analysis), mitochondrial mass and potential (MitoTracker, flow citometry). Hippocampal BDNF gene expression was also measure by RT-qPCR. Statistical testes used were Two-Way or repeated measures ANOVA. Significance levels were set at p<0.05. A n-3 PUFA deficient diet, in association with neonatal stressors used in this study (H, MS) were able to alter body weight and food intake in a specific way, since higher levels of these parameters were found in animals subjected to MS. Animals subjected to H fed an n-3 PUFA deficient diet displayed enhanced exploratory activity in response to a psychostimulant (diethylpropion). Although serum protein levels and hippocampus BDNF remained unchanged by the treatments applied, we were able to demonstrate its gene expression reduction in the hippocampus of animals fed an n-3 PUFA deficient diet. Considering mitochondrial and oxidative stress parameters, the activities of antioxidant enzymes glutathione peroxidase (GPx) and catalase (CAT) and the production of reactive oxygen species (ROS) were increased in the hippocampus of rats subjected to a deficiency n-3 PUFA. This deficiency displayed interactions with neonatal stress factor in some of these parameters (e.g. GPx activity, ROS), indicating a possible synergism between neonatal stressors and n-3 PUFA deficiency. Thiol levels were significantly decreased by neonatal stressors (H and MS), and the n-3 PUFA deficient diet was able to increase its total amount in hippocampus. On the other hand, chronically stressed animals treated with an n-3 PUFA deficient diet showed higher thiol levels. However, H per se was able to decrease mitochondrial potential in hippocampus. Additionally, a clinical study aimed to correlate peripheral BDNF levels and n-3 PUFA consumption in adolescents. For this study, 137 adolescents from a sample enriched for psychopathology of anxiety were subjected to a food frequency questionnaire (FFQ), in order for measuring the quantitative analysis of n-3 PUFA macronutrients and micronutrients consumption. Spearman correlations were performed to assess the association between n-3 PUFA consumption and serum BDNF levels. Blood samples were collected between 7 and 10h after fasting period of 10-12h, and serum was stored in order to measure BDNF levels. All BDNF measurements were performed in the same day by sandwich-ELISA using monoclonal antibodies specific for BDNF, according to the manufacturer’s instructions. Effects of potential confounders (e.g. total fat consumption, age, gender, anxiety) were examined using linear regression models. Although some limitations were presented (e.g. small sample size with high incidence of eager teenagers), which could limit the external validity of this result, we were able to detect a correlation between the consumption of n-3 PUFA and BDNF serum levels in adolescents. As a general conclusion, this thesis reports that neonatal handling and maternal separation, associated with a nutritional deficiency in n-3 PUFA, were able to change behavioral and neurochemical parameters in adulthood. This synergism was able to decrease BDNF gene expression in the hippocampus, while not presenting any change of this parameter peripherally. A correlation between the consumption levels of n-3 PUFA, in a population of schoolchildren with BDNF serum levels was also found. Still, changes in mitochondrial enzymatic activities observed in the hippocampus of these animals reinforce the importance of this structure participation and its relation to the development of psychiatric and mood disorders. Considering our rat methodological approach, it can be a useful tool for studying the interactions between early life environment and life-course nutrition on different neurochemical outcomes.
29

Modelos Experimentais de inflamação: Ação preventiva de dietas ricas em óleo de Soja ou Peixe na asma e nova estratégia para identificar drogas com proproedades pró-resolução / Experimental Models of inflammation: Preventive action of diets rich in oil Soy or Fish in asthma and a new strategy to identify drugs with proproedades pro-resolution

Xavier, Roberta Araújo Navarro [UNIFESP] 30 September 2009 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-07-22T20:50:26Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2009-09-30 / A asma é uma doença crônica das vias aéreas caracterizada por obstrução do fluxo aéreo e intenso processo inflamatório, no qual, muitas células estão envolvidas, principalmente os eosinófilos. O processo inflamatório na asma pode induzir o aparecimento de alterações estruturais caracterizadas por fibrose subepitelial, hiperplasia da musculatura lisa das vias aéreas, neoformação vascular e remodelamento das vias aéreas. O aumento na prevalência da asma tem sido associado ao elevado consumo de ácidos graxos poliinsaturados do tipo Omega 6. A melhora dos sintomas apresentados por indivíduos asmáticos, por outro lado, foi observada em pacientes tratados com ácidos graxos poliinsaturados Omega 3. No mesmo segmento, alguns trabalhos da literatura têm relacionado efeitos antiinflamatórios benéficos à utilização de dietas enriquecidas com ácidos graxos poliinsaturados Omega 3, em processos inflamatórios agudos e crônicos. Nosso grupo não encontrou evidências do efeito pró-inflamatório dos ácidos graxos poliinsaturados Omega 6, previamente sugerido por vários autores. Nossos dados demonstram que a dieta rica em ácidos graxos poliinsaturados Omega 3, bem como a dieta rica em ácidos graxos poliinsaturados Omega 6, exercem efeito antiinflamatório sobre a inflamação aguda induzida por carragenina. Esse efeito antiinflamatório foi associado aos elevados níveis de corticosterona encontrados nesses animais. Neste trabalho, avaliamos a resposta inflamatória e a liberação de mediadores inflamatórios envolvidos na asma, em ratos alimentados com dietas enriquecidas com óleo de soja, ácidos graxos poliinsaturados Omega 6, ou óleo de peixe, ácidos graxos poliinsaturados Omega 3. Os resultados obtidos demonstram que, a dieta rica em ácidos graxos poliinsaturados Omega 6 não foi pró-inflamatória. Ao contrário, foi tão antiinflamatória quanto a dieta rica em ácidos graxos poliinsaturados Omega 3. Ambas diminuiram o infiltrado celular no lavado broncoalveolar, citocinas associadas ao perfil Th2, redução dos níveis de bradicina e aumento dos níveis de óxido nítrico. Além disso, a dieta rica em óleo de soja, aumentou os níveis de corticosterona e lipoxina A4 no pulmão dos animais alimentados com essa dieta. Com base nesses resultados, acreditamos que essas dietas possam contribuir para o estudo de terapias alternativas ou complementares, atuando em conjunto com as drogas utilizadas para o tratamento da asma. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
30

Interações entre exposição a trauma no início da vida e deficiências de ácidos graxos poliinsaturados N-3 em marcadores biológicos de transtornos psiquiátricos / Interactions between early life trauma exposure and polyunsaturated fatty acid n-3 deficiency in biological markers of psychiatric disorders

Ferreira, Charles Francisco January 2015 (has links)
As exposições precoces às diferentes intervenções, como dietas e estresse, estão associadas a persistentes alterações sobre aspectos neuroquímicos e comportamentais, podendo este ser considerado um gatilho de transtornos psiquiátricos na vida adulta. O presente trabalho objetivou determinar se estas intervenções neonatais poderiam interagir com uma dieta deficiente em ácidos graxos poliinsaturados n-3 (n-3 PUFA), aplicados durante o desenvolvimento, com foco nos níveis centrais (hipocampo) e séricos do fator neurotrófico derivado do encéfalo (BDNF), bem como sobre a atividade enzimática e aspectos morfológicos (e.g. massa, potencial) mitocondriais do hipocampo de ratos machos adultos. Em nossa abordagem experimental animal, as ninhadas foram distribuídas aleatoriamente nos grupos intactos, manipulados neonatalmente [MN, separação mãe-filhote durante 10min/dia, entre o 1° e o 10° dia pós-natal (DPN)] e separado maternalmente [SM, separação mãe-filhote durante 3h/dia, entre o 1° e o 10° DPN]. No DPN 35, os filhotes machos foram agrupados em dieta n-3 PUFA adequada ou deficiente, por 17 semanas de tratamento. O peso e o consumo de ração foram aferidos semanalmente. Após este tratamento, soro e hipocampo foram coletados. Kits comerciais foram utilizados para a medição dos níveis hipocampais e séricos de BDNF (ELISA), bem como a atividade dos complexos da cadeia respiratória mitocondrial (método enzimático, análise espectrofotométrica), massa e potencial mitocondriais (MitoTracker, citometria de fluxo). A expressão gênica de BDNF no hipocampo também foi medido por RT-qPCR. Os testes estatísticos utilizados foram ANOVA de duas vias ou de medidas repetidas. Os níveis de significâncias foram fixados em p<0,05. A dieta deficiente em n-3 PUFA, associada aos estressores neonatais deste estudo (MN, SM) foram capazes de alterar o peso corporal e a ingestão de alimentos de um modo específico, uma vez que os níveis mais elevados destes parâmetros foram encontrados em animais submetidos a SM. Animais submetidos a MN alimentados com uma dieta n-3 PUFA deficiente exibiram uma maior atividade exploratória em resposta a um psicoestimulante (dietilpropiona). Embora os níveis proteicos séricos e hipocampais de BDNF permaneceram inalterados pelos tratamentos aplicados, fomos capazes de demonstrar a redução de sua expressão gênica em animais alimentados com uma dieta n-3 PUFA deficiente. Considerando os padrões mitocondriais e parâmetros de estresse oxidativo, as atividades das enzimas antioxidantes glutationa peroxidase (GPx) e catalase (CAT), bem como a produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) se encontraram aumentadas no hipocampo de animais submetidos a uma deficiência crônica em n-3 PUFA. Esta deficiência mostrou interações com o fator estresse neonatal em alguns destes parâmetros (e.g. atividade da GPx, produção de EROs), indicando um possível sinergismo entre estressores neonatais e a deficiência em n-3 PUFA. Os níveis de tióis foram significativamente menores nos grupos estressados (MN, SM), sendo a dieta n-3 PUFA deficiente capaz de aumentar a quantidade de tiol no hipocampo. Por outro lado, animais estressados tratados cronicamente com uma dieta deficiente em n-3 PUFA apresentaram níveis mais elevados de tiol. Contudo, a MN per se foi capaz de diminuir o potencial mitocondrial hipocampal. Adicionalmente, um estudo com humanos teve como objetivo correlacionar os níveis de BDNF periféricos ao consumo de n-3 PUFA em adolescentes. Para este estudo, 137 adolescentes de uma amostra enriquecida para psicopatologias de ansiedade foram submetidos a um questionário de frequência alimentar (QFA), para uma análise quantitativa do consumo de macronutrientes e micronutrientes de n-3 PUFA. As correlações de Spearman foram realizadas para avaliar possíveis associações entre o consumo de n-3 PUFA e os níveis periféricos de BDNF. As amostras de sangue foram coletadas entre 7 a 10h após o período de 10-12h de jejum, sendo o soro armazenado para medir os níveis de BDNF. Todas as análises de BDNF foram realizadas no mesmo dia por ELISA, utilizando anticorpos monoclonais específicos para o BDNF, de acordo com as instruções do fabricante. Os efeitos de possíveis confundidores (e.g. consumo total de gordura, idade, sexo e medida de ansiedade) foram examinados por modelos de regressões lineares. Apesar de algumas limitações apresentadas (e.g. o tamanho reduzido da amostra, alta incidência de adolescentes ansiosos), o que poderia limitar a validade externa deste resultado, fomos capazes de detectar uma correlação entre o consumo de n-3 PUFA e os níveis séricos de BNDF em adolescentes. Como conclusão geral, esta tese demonstra que a manipulação neonatal e separação materna, associada com uma deficiência em n-3 PUFA, são capazes de alterar parâmetros comportamentais e neuroquímicos na idade adulta. Este sinergismo foi capaz de diminuir a expressão gênica de BDNF no hipocampo, embora não apresentando qualquer alteração deste parâmetro perifericamente. A correlação entre os níveis consumidos de n-3 PUFA, em uma população de adolescentes em idade escolar, com os níveis séricos de BDNF também foi encontrada. Ainda, as alterações nas atividades enzimáticas mitocondriais observadas no hipocampo destes animais reforçam a importância da participação desta estrutura, além de sua possível relação com o desenvolvimento de desordens psiquiátricas e de humor. Considerando-se a nossa abordagem metodológica em ratos, a mesma pode ser um protocolo útil para se estudarem as interações entre o ambiente precoce e a nutrição ao curso de vida em diferentes desfechos neuroquímicos. / Early exposure to different interventions, as diets and stress, are associated with persistent alterations in neurochemistry and behavior, and can be considered a trigger of psychiatric disorders in adulthood. This study investigated whether neonatal interventions interact with a diet deficient in n-3 polyunsaturated fatty acids (n-3 PUFA) applied during development, focusing on central (hippocampus) and serum brain-derived neurotrophic factor (BDNF), as well as mitochondrial enzymatic activity and morphology (e.g. mass, potential) in adult male rats. In our animal study, litters were randomized into non-handled (NH), handled [H, mother-offspring separation for 10min/day from 1st-10th postnatal day (PND)] and separated (S, separation for 3h/day from the 1st-10th PND) groups. On PND 35, male pups were randomized into adequate or deficient diet in n-3 PUFA for 17 weeks. The weight and food intake were measured weekly. Serum and hippocampi were collected after this n-3 PUFA treatment. Commercial kits were used for measuring hippocampal and serum BDNF (ELISA), as well as mitochondrial chain respirator complexes (enzymatic method, spectrophotometric analysis), mitochondrial mass and potential (MitoTracker, flow citometry). Hippocampal BDNF gene expression was also measure by RT-qPCR. Statistical testes used were Two-Way or repeated measures ANOVA. Significance levels were set at p<0.05. A n-3 PUFA deficient diet, in association with neonatal stressors used in this study (H, MS) were able to alter body weight and food intake in a specific way, since higher levels of these parameters were found in animals subjected to MS. Animals subjected to H fed an n-3 PUFA deficient diet displayed enhanced exploratory activity in response to a psychostimulant (diethylpropion). Although serum protein levels and hippocampus BDNF remained unchanged by the treatments applied, we were able to demonstrate its gene expression reduction in the hippocampus of animals fed an n-3 PUFA deficient diet. Considering mitochondrial and oxidative stress parameters, the activities of antioxidant enzymes glutathione peroxidase (GPx) and catalase (CAT) and the production of reactive oxygen species (ROS) were increased in the hippocampus of rats subjected to a deficiency n-3 PUFA. This deficiency displayed interactions with neonatal stress factor in some of these parameters (e.g. GPx activity, ROS), indicating a possible synergism between neonatal stressors and n-3 PUFA deficiency. Thiol levels were significantly decreased by neonatal stressors (H and MS), and the n-3 PUFA deficient diet was able to increase its total amount in hippocampus. On the other hand, chronically stressed animals treated with an n-3 PUFA deficient diet showed higher thiol levels. However, H per se was able to decrease mitochondrial potential in hippocampus. Additionally, a clinical study aimed to correlate peripheral BDNF levels and n-3 PUFA consumption in adolescents. For this study, 137 adolescents from a sample enriched for psychopathology of anxiety were subjected to a food frequency questionnaire (FFQ), in order for measuring the quantitative analysis of n-3 PUFA macronutrients and micronutrients consumption. Spearman correlations were performed to assess the association between n-3 PUFA consumption and serum BDNF levels. Blood samples were collected between 7 and 10h after fasting period of 10-12h, and serum was stored in order to measure BDNF levels. All BDNF measurements were performed in the same day by sandwich-ELISA using monoclonal antibodies specific for BDNF, according to the manufacturer’s instructions. Effects of potential confounders (e.g. total fat consumption, age, gender, anxiety) were examined using linear regression models. Although some limitations were presented (e.g. small sample size with high incidence of eager teenagers), which could limit the external validity of this result, we were able to detect a correlation between the consumption of n-3 PUFA and BDNF serum levels in adolescents. As a general conclusion, this thesis reports that neonatal handling and maternal separation, associated with a nutritional deficiency in n-3 PUFA, were able to change behavioral and neurochemical parameters in adulthood. This synergism was able to decrease BDNF gene expression in the hippocampus, while not presenting any change of this parameter peripherally. A correlation between the consumption levels of n-3 PUFA, in a population of schoolchildren with BDNF serum levels was also found. Still, changes in mitochondrial enzymatic activities observed in the hippocampus of these animals reinforce the importance of this structure participation and its relation to the development of psychiatric and mood disorders. Considering our rat methodological approach, it can be a useful tool for studying the interactions between early life environment and life-course nutrition on different neurochemical outcomes.

Page generated in 0.1043 seconds