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Cariri e Tarairiú?: culturas tapuais nos sertões da Paraíba

Santos, Juvandi de Souza January 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2013-08-07T18:59:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000417686-Texto+Completo-0.pdf: 4165971 bytes, checksum: 1b6749a905cedfee1b01b5756cd2d12c (MD5) Previous issue date: 2009 / This paper aims to trace the Tapuia, Cariri and Tarairiú, cultural profiles that inhabited the territory of Paraíba to the nineteenth century. Overall, the historiography has shown distortions about the Indians of Paraíba of postcontact period, with masking on these human groups, in many cases denying the existence of the Indians Tarairiús or confuse them with Cariris. Not exist support to affirm the two groups have existed in Paraíba. Thus, we launched two bias to study them, and from there, do or do not verify the existence of such groups, their literature and documentation certifying the time so poorly reliable and distorted, the existence of Cariri and Tarairiú in the Sertões of Paraíba, and activities of archaeological nature, digging up archaeological sites in four likely places inhabited by these groups, two sites for each ethnicity: Pinturas I e Furna dos Ossos – Cariri; Cabaças I and Tanque do Capim - Tarairiú. This activity aims to collect traces of material culture of these human groups. From the junction of two bias, we grant to trace the cultural profile of each group, and seek the means of presentation. The research becomes relevant to the paraiban people in that extent of recover, also the cultural legacy inherited by these groups in the formation of contemporary society. Thus, we identified that the Indians Cariris and Tarairiús, finally took up the Sertões of Paraíba were distinct groups, so giving them different characteristics that serve as forms of presentation. In general, we see a strong heritage socio / economic / cultural / environmental assimilated by paraiban people from these groups, with our search retrieves the image of these ethnic groups, making them talk, meeting with a gift that is to honor the history of Cariri and Tarairiú and their descendants in Paraíba, muted by the ferocity of the colonizing process. / O presente trabalho visa traçar o perfil cultural dos Tapuias Cariris e Tarairiús que habitaram o território da Paraíba até o século XIX. De forma geral, a historiografia tem mostrado distorções acerca dos índios da Paraíba do póscontato, existindo encobrimento acerca desses grupos humanos, em muitos casos, negando-se a existência dos índios Tarairiús ou confundindo-os com os Cariris. Inexistem suportes que afirmem terem existidos esses dois grupos na Paraíba. Dessa forma, lançamos mão de dois vieses para estudá-los, e a partir daí, comprovarmos ou não a existência desses grupos: literatura e documentação da época que atestam, de forma pouco confiável e distorcida, a existência dos Cariris e Tarairiús nos Sertões da Paraíba, e atividades de cunho arqueológico, escavando-se quatro sítios arqueológicos em prováveis lugares habitados por esses grupos, sendo dois sítios correspondentes a cada etnia: Pinturas I e Furna dos Ossos - Cariri; e Cabaças I e Tanque do Capim - Tarairiú. Essa atividade visa à coleta de traços da cultura material desses grupos humanos. A partir da junção dos dois vieses, conseguimos subsídios para traçar o perfil cultural de cada grupo, bem como, buscar seus meios de apresentações. A pesquisa torna-se relevante para o povo paraibano na medida em que resgatamos, também, o legado cultural herdado por esses grupos no processo de formação da sociedade contemporânea. Assim, identificamos que os índios Cariris e Tarairiús, definitivamente, ocuparam os Sertões da Paraíba, eram grupos distintos; portanto, apresentando características diferentes que lhes servem como formas de apresentações. No geral, percebemos a forte herança sócio/econômico/cultural/ambiental que o povo paraibano assimilou desses grupos, sendo que nossa pesquisa recupera a imagem desses grupos étnicos, fazendo-os falar, cumprindo com uma dádiva que se honra com a história dos Cariris e Tarairiús e com os seus descendentes na Paraíba, emudecidos pela ferocidade do processo colonizador.
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Soberania no Rio Branco e a demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol

Destro, Marcio Antonio January 2006 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Relações Internacionais, 2006. / Submitted by Alexandre Marinho Pimenta (alexmpsin@hotmail.com) on 2009-11-15T18:20:58Z No. of bitstreams: 1 2006_MarcioAntonioDestro.pdf: 2124984 bytes, checksum: 67f110c58e17a5f35a7372bb1b799c68 (MD5) / Approved for entry into archive by Gomes Neide(nagomes2005@gmail.com) on 2010-06-14T17:33:20Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2006_MarcioAntonioDestro.pdf: 2124984 bytes, checksum: 67f110c58e17a5f35a7372bb1b799c68 (MD5) / Made available in DSpace on 2010-06-14T17:33:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2006_MarcioAntonioDestro.pdf: 2124984 bytes, checksum: 67f110c58e17a5f35a7372bb1b799c68 (MD5) Previous issue date: 2006 / O objeto deste estudo é a análise histórica da evolução da fronteira setentrional brasileira, ressaltando questões contemporâneas, com a finalidade de contribuir para uma visão sistêmica e atual do processo de ocupação da região amazônica, tendo como cerne a demarcação da Reserva Raposa Serra do Sol. As delimitações da Reserva Raposa Serra do Sol decorreram como fruto de trabalhos de pesquisa relativa à presença histórica de índios das etnias Macuxi, Taurepang, Ingarikó e Wapichana na região do rio Branco, em meio a colonizadores portugueses, holandeses, espanhóis e ingleses que passaram ao longo dos séculos desde o descobrimento da América. O processo que levou à demarcação da reserva no ano de 2005 foi, além de demorado, extremamente complexo devido aos interesses políticos e econômicos naquela área, que abarcaram desde a esfera local até uma rede internacional de contatos entre organizações da sociedade civil. A ameaça à soberania nacional, no que concerne a demarcação de ‘forma contínua’ daquela reserva e não em ‘ilhas’, foi uma bandeira constantemente levantada pelos atores nacionalistas das esferas regional e nacional, contrapondo o peso da ascensão das minorias étnicas na agenda internacional e, por conseguinte, a influência internacional nos assuntos internos do Estado, sobrevindo efeitos nos campos social, econômico e político. O tema estudado termina por abarcar o mérito da discussão em questões contemporâneas relacionadas a globalização, etnia e poder. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT / The object of this study is the historic analysis on the evolution of the Brazil’s northern frontier, emphasizing contemporary questions aiming to provide an actual systemic vision of the occupation process in the Amazon, with the kernel in the demarcation of the Indian’s Area Raposa Serra do Sol. The delimitations of this area was due a research work related to the historic presence of Macuxi, Taurepang, Ingarikó and Wapichana Indians in the region of Branco River, among Portuguese, Dutch, Spanish and English settlers along the centuries since America’s discovery. The process that led the demarcation of the Indian’s area in 2005 took a long time and was extremely complex due to political and economic interests on that area, as it covered from the local sphere an international net of contacts between civil organizations. The threat to the national sovereignty, concerning to the demarcation in ‘continuous shape’ of the Indian’s area and not in ‘islands shape’, was an argument constantly argued by the nationalist actors of the regional and national spheres, against the international influence in the State internal subjects related to the ethnical ascension in the international scene and the arisen effects product of the changes in the systemic forces that influence the social, economic and political fields. This historic study is linked to the discussion about contemporary questions related to globalization, ethnics and power.
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A proteção constitucional das terras indígenas brasileiras no período republicano: evolução e estagnação / The protection of indigenous rights to their land in Brazil during the Republic evolution and stagnation

Marchini, Rodrigo Sérgio Meirelles 23 January 2012 (has links)
A proteção das terras indígenas sofreu, durante o período republicano, grandes modificações. No começo da República não havia uma política nacional voltada ao índio, é apenas no ano de 1934 que normas relativas às terras indígenas atingiram guarida constitucional. O Serviço de Proteção ao Índio (SPI), criado em 1910, que atuou no sentido de demarcar as terras indígenas, teve que se confrontar com os estados membros para proteger as terras indígenas. Durante este período, a política para os povos indígenas foi de educar os povos indígenas a um modo de vida ocidental, persuadindo os a abandonar seus costumes originais. Isso levou a redução do território necessário para a subsistência dos índio, já que a caça e coleta foram substituídos com a agricultura. Assim, a terra abandonada poderia ser vendida ou utilizada pelo governo federal. Hoje em dia, apesar de essas metas não serem mais apoiadas pela Constituição de 1988, as leis ordinárias não foram alteradas para refletir estes novos objetivos: o respeito à forma original de vida dos indígenas, de acordo com o direito internacional. O que mostra que há contradições no sistema jurídico brasileiro, no que diz respeito aos índios. / The protection of indigenous rights to their land in Brazil has greatly evolved since the early twentieth century. Back then Brazil was a newly established republic divided in states, each of which were responsible for the administration of the indigenous people that occupied their territory. Therefore there was no common policy towards the administration of the indigenous people. Changes began in 1910 when a federal organization, the Indian Protection Service, was created to protect the indigenous people nationwide. During this period the federal policy toward indigenous people was to progressively educate the indigenous people to a western way of life, persuading them to abandon their original customs. One of the achievements of this policy was to reduce the size of the land needed for the indigenous subsistence as hunting and gathering were substituted with farming. Thus, the superfluous land could be sold or otherwise used by the government. Nowadays, although these goals are no longer endorsed in the 1988 constitution, statute law has not changed to reflect these new objectives, namely respect of the original indigenous way of life, in accordance to international law.
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Cristãos e infiéis nos espaços de fronteira, Chiquitania/Bolívia e Pantanal/Brasil: conflitos, reciprocidade, mestiçagem e mobilidade social (1770 – 1800)

Arruda, Ariane Aparecida Carvalho de January 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2016-01-15T01:05:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000477023-Texto+Completo-0.pdf: 4462513 bytes, checksum: 8997165d42fb546d03a2324890b81ef3 (MD5) Previous issue date: 2015 / The issue of the thesis is to understand the cultural dynamics and the multiple strategies used by natives and blacks in the border spaces of the Chiquitanía/Bolivia and the Pantanal/Brazil, between 1770 and 1800, in an attempt to manipulate the "other" and create survival chances before the intense sociocultural changes and the own pressure exerted by the experienced historical context. Our attempt is to highlight the logic of indigenous and black societies, through official sources or colonial manuscripts. Although the information of historical sources are fragmented and not very descriptive, this study aims to break with the permanent confrontation perspective between ethnic groups, after all, the border spaces also offer opportunities for exchanges of people and ideas. The linkages between the spaces provided mobility between the characters who used, besides confrontations, especially the negotiation and reciprocity to act and assimilate the colonial historical reality, from their own logic. The research seeks to demonstrate the realization that social groups and individuals formulated actions and strategies to develop specific activities, thus promoting the transfer and dialogue between different people and spaces. As mediators these characters contributed to the interaction, binding and permeabilization of their borders."Infidels" groups took advantage of the deficiencies, the system demands and the disputes between the empires to make raids to the colonized areas where they subtracted, especially, cattle, horses and captives to use in the development of daily activities, facilitating transportation, mobility, dispersion and trade. The miscegenation and cultural exchanges nurtured from the relationship with the Other, taking place in different ways: leakage, desertions, communications and negotiations. Therefore, in the mestizos’ spaces, as well as in the emerging new social groups, occur new relationships, ascension opportunities and social participation of different ethnic groups. / A problemática da tese está em compreender as dinâmicas culturais e as multiplicidades de estratégias utilizadas por indígenas e negros nos espaços de fronteira da Chiquitania/Bolívia e do Pantanal/Brasil, entre 1770 e 1800, na tentativa de manipular o “outro” e criar possibilidades de sobrevivência diante das intensas transformações socioculturais e da própria pressão exercida pelo contexto histórico vivenciado. Nossa tentativa está em elevar as lógicas das sociedades indígenas e negras, através de fontes oficiais ou manuscritos coloniais. Apesar das informações das fontes históricas se mostrarem fragmentadas e pouco descritivas, esse estudo se propõe a romper com a visão de enfrentamento permanente entre os grupos étnicos, afinal, os espaços de fronteira também oferecem possibilidades de intercâmbios de pessoas e de ideias. As vinculações entre os espaços proporcionaram a mobilidade entre os personagens, que utilizavam além de confrontos, sobretudo, a negociação e a reciprocidade para atuarem e apreenderem a realidade histórica colonial, a partir de suas próprias lógicas.A pesquisa busca demonstrar a percepção de que grupos e indivíduos sociais formularam ações e estratégias para desenvolver atividades específicas, favorecendo assim a transferência e o diálogo entre pessoas e espaços diferentes. Como mediadores esses personagens contribuíram para a interação, a vinculação e a permeabilização de suas fronteiras. Os grupos “infiéis” aproveitaram as deficiências, as demandas do sistema e as disputas entre os Impérios para realizar incursões aos espaços colonizados, onde subtraíram, especialmente, gados, cavalos e cativos para usar no desenvolvimento das atividades do cotidiano, facilitando o transporte, a mobilidade, a dispersão e o comércio. A mestiçagem e os intercâmbios culturais nutriram-se da relação com o Outro, produzindo-se de diferentes formas: fugas, deserções, comunicações e negociações. Diante disso, nos espaços de fronteira, além de surgir novos grupos sociais, ocorrem novas relações e possibilidades de ascensão e participação social de distintos grupos étnicos.
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O Estado e a questão indígena: crimes e corrupção no SPI e na FUNAI (1964-1969)

BARBOSA, Rodrigo Lins 30 August 2016 (has links)
Submitted by Rafael Santana (rafael.silvasantana@ufpe.br) on 2018-01-24T18:31:46Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) Dissertação Rodrigo Lins.pdf: 14227653 bytes, checksum: d701cbd8702b97da52d66c36185fd2f2 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-01-24T18:31:46Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) Dissertação Rodrigo Lins.pdf: 14227653 bytes, checksum: d701cbd8702b97da52d66c36185fd2f2 (MD5) Previous issue date: 2016-08-30 / A dissertação “O Estado e a Questão Indígena: crimes e corrupção no SPI e na FUNAI (19641969)” tem foco na atuação do Estado em relação às populações indígenas durante as administrações do SPI e da FUNAI, com ênfase nos governos militares e seus aspectos políticos, econômicos e sociais. Nesse período, a imprensa brasileira e a internacional divulgavam casos de crimes contra indígenas, tais como de inoculação de doenças e alimentos contaminados, de prisões, de espancamentos, de cárcere privado, de massacres e de genocídios (com uso de dinamites, metralhadoras) envolvendo funcionários e diretores do SPI que exploravam terras indígenas para venda de gado, madeira, extração de minérios e arrendamentos, em negociatas com empresas. Este estudo verificou que, a partir do Golpe de 1964, governos autoritários e repressivos implantaram uma política desenvolvimentista e de expansionismo, principalmente nas regiões do Norte e Centro-Oeste do Brasil, prejudicando os indígenas e ocasionando mais invasões em suas terras por fazendeiros, madeireiros, seringalistas. Verifica-se ainda que, paralelamente à abertura de rodovias e a ampliação de outras vias, multiplicaram-se as instalações de empresas para a exploração de recursos naturais e extrativistas. Nesse contexto, a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), um órgão que seria associado a esta mesma política, surge baseada na Doutrina de Segurança Nacional. Neste sentido, com base em uma política indigenista, o governo militar estabeleceu mecanismos repressivos de controle e vigilância nos postos indígenas por meio da criação da Guarda Rural Indígena e do Reformatório Agrícola Indígena Krenak. Os indígenas, que resistiram às invasões de suas terras, tornaram-se “inimigos internos”. O recorte deste estudo foi escolhido devido à carência de pesquisas historiográficas relacionadas à História dos Povos Indígenas, no período das administrações do SPI e da FUNAI (entre 1910 a 1969), com destaque específico na década de 1960, nos governos dos Marechais Castelo Branco (19641967) e Costa e Silva (1967-1969). Para isso, utilizamos diversas fontes, desde jornais, imagens, mapas, legislação e relatórios até uma bibliografia de referência. Dentre esses, destacamos o Relatório Figueiredo, composto por Comissões de Inquérito e outros documentos investigativos dos casos-crimes de violência e de corrupção ocorridos no SPI, uma fonte “redescoberta” após mais de 40 anos pela Comissão Nacional da Verdade e base para esta monografia de dissertação. / The dissertation “The State and the Indian Question: crimes and corruption in the SPI and FUNAI (1964-1969)” is focused on the study about the action of the State in relation to the indian population during the management of SPI and FUNAI, emphasizing the military government and its politic, economic and social aspects. During this period, international and Brazilian press disclosed cases of crimes against indians, such as diseases inoculation and contaminated food, imprisonment, spanking, carnage and genocide (using dynamite, machine guns) involving administrative assistants and main directors of SPI, who explores of ore and lease in business deals with companies. This study has verified that since the coup of 1964, authoritarian and repressive governments implanted developmentalist and expanding policy mainly in the North and middle West of Brazil, impairing the indians and bringing on more invasion in their lands on behalf of the farmers lumberman. One can still verify that at the same time of the roads opening and enlargement of others ways companies exploitation for natural and extractive resoucers have multiplied. In this context the Indian National Foundation (FUNAI), a department that would be associated the policy developmentalist and of expansionism begins based on the National Security doctrine. In this sense, based on a policy indians, the military government repressive mechanisms of control and surveillance in the indian station with the creation of the indian rural guard and of the Krenak indian agricultural reformatory. The indians who resisted to the invasion of their lands became "internal enemies". The snippet of this study was chosen due to the need of historical researches about the indian peoples in the period of the administration of SPI and FUNAI (between 1910 e 1969). With specific focus in the 1960's, in the government of the marshals Castelo Branco (1964-1967) and Costa e Silva (1967-1969). For this purpose we have disposed of several soucers as newspapers, imagens, maps, legislation and report and even a bibliography as referency. Among this, we destak the Figueiredo report, composed of inquest commissions and other documents of investigation about the cases-crimes of violence and corruption ocurred in SPI, a source redescovered after than 40 years for the National commission of truth and basis of this.
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A proteção constitucional das terras indígenas brasileiras no período republicano: evolução e estagnação / The protection of indigenous rights to their land in Brazil during the Republic evolution and stagnation

Rodrigo Sérgio Meirelles Marchini 23 January 2012 (has links)
A proteção das terras indígenas sofreu, durante o período republicano, grandes modificações. No começo da República não havia uma política nacional voltada ao índio, é apenas no ano de 1934 que normas relativas às terras indígenas atingiram guarida constitucional. O Serviço de Proteção ao Índio (SPI), criado em 1910, que atuou no sentido de demarcar as terras indígenas, teve que se confrontar com os estados membros para proteger as terras indígenas. Durante este período, a política para os povos indígenas foi de educar os povos indígenas a um modo de vida ocidental, persuadindo os a abandonar seus costumes originais. Isso levou a redução do território necessário para a subsistência dos índio, já que a caça e coleta foram substituídos com a agricultura. Assim, a terra abandonada poderia ser vendida ou utilizada pelo governo federal. Hoje em dia, apesar de essas metas não serem mais apoiadas pela Constituição de 1988, as leis ordinárias não foram alteradas para refletir estes novos objetivos: o respeito à forma original de vida dos indígenas, de acordo com o direito internacional. O que mostra que há contradições no sistema jurídico brasileiro, no que diz respeito aos índios. / The protection of indigenous rights to their land in Brazil has greatly evolved since the early twentieth century. Back then Brazil was a newly established republic divided in states, each of which were responsible for the administration of the indigenous people that occupied their territory. Therefore there was no common policy towards the administration of the indigenous people. Changes began in 1910 when a federal organization, the Indian Protection Service, was created to protect the indigenous people nationwide. During this period the federal policy toward indigenous people was to progressively educate the indigenous people to a western way of life, persuading them to abandon their original customs. One of the achievements of this policy was to reduce the size of the land needed for the indigenous subsistence as hunting and gathering were substituted with farming. Thus, the superfluous land could be sold or otherwise used by the government. Nowadays, although these goals are no longer endorsed in the 1988 constitution, statute law has not changed to reflect these new objectives, namely respect of the original indigenous way of life, in accordance to international law.
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Soluções propostas pelo direito penal para o problema do homicídio infantil indígena na região amazônica

Portella, Alessandra Matos January 2016 (has links)
Submitted by Ana Valéria de Jesus Moura (anavaleria_131@hotmail.com) on 2017-03-28T12:34:51Z No. of bitstreams: 1 ALESSANDRA MATOS PORTELLA.pdf: 825885 bytes, checksum: bccf8c612597fb0bad34c6efa84fc56e (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Valéria de Jesus Moura (anavaleria_131@hotmail.com) on 2017-03-28T12:37:41Z (GMT) No. of bitstreams: 1 ALESSANDRA MATOS PORTELLA.pdf: 825885 bytes, checksum: bccf8c612597fb0bad34c6efa84fc56e (MD5) / Made available in DSpace on 2017-03-28T12:37:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 ALESSANDRA MATOS PORTELLA.pdf: 825885 bytes, checksum: bccf8c612597fb0bad34c6efa84fc56e (MD5) / A presente tese de doutoramento apresenta como objeto central o homicídio infantil existente em algumas comunidades indígenas da sociedade amazônica. Esta atitude decerto causa repulsa a uma parte da comunidade nacional, uma vez que os “olhos dos não índios” não conseguem entender tal prática, rotulando-a muitas vezes como bárbara e desumana e fazendo com que seja demandada a intervenção do Estado brasileiro nesta seara. Inclusive, tem quem advogue a favor da responsabilização penal do índio que assim age, basta somente observar o Projeto de Lei nº 1057 que se encontra tramitando no Congresso Nacional desde 2007 e já aprovado na Câmara dos Deputados. Surge a partir desta reflexão o problema suscitado no presente trabalho monográfico: Deve o índio que comete o homicídio infantil no interior de sua comunidade ser responsabilizado penalmente pelo Estado brasileiro? Para responder tal indagação, buscou-se realizar uma pesquisa qualitativa exploratória de modo que fossem percorridos caminhos seguros e aptos a desvelar tal problema. Por ser um tema interdisciplinar, além das fontes bibliográficas na área do Direito, também foram pesquisadas fontes bibliográficas no campo da Antropologia, visando compreender com maior profundidade a cultura do índio, sua cosmologia e afastando qualquer sombra de superficialidade que pudesse pairar sobre a presente pesquisa. A relevância deste tema indubitavelmente é enorme, uma vez que se confronta direitos fundamentais da pessoa humana, quais sejam, vida e cultura, ambos salvaguardados no art. 5º da Constituição da República Federativa do Brasil, não podendo por esta razão serem abolidos, já que receberam tratamento de cláusula pétrea pela própria Carta Magna brasileira de 1988 em seu art. 60, § 4º. A hipótese aventada desde o princípio é que o índio não pode ser responsabilizado penalmente por tal ação por se encontrar imersa em sua cultura, não sendo tal prática considerada criminosa pelo seu povo, o que de fato foi confirmado no decorrer da presente pesquisa. Para os povos indígenas da Amazônia, o conceito de pessoa não coincide com o de humanidade, existindo, assim, “pessoas humanas” e “pessoas não humanas”, sendo estas últimas concebidas como uma fonte de perigo para a sua organização social, o que justifica a necessidade imperativa de eliminação. A humanidade é adquirida em processos complexos determinados pela natureza da interação social, em sentido amplo, incluindo a interação com pessoas não humanas como animais, plantas e objetos. O fato de uma mulher dar à luz a um filho não quer dizer que ele seja “humano”, uma vez que ela pode ter sido fecundada por espíritos, animais e pessoas não humanas, que visam a avançar os interesses de suas espécies em detrimento de seus competidores. Desse modo, se pode afirmar que a humanidade é uma qualidade que diz respeito apenas a um tipo de ser, à “pessoa de verdade”. Este acaba sendo o parâmetro que norteia as condutas dos ameríndios da Amazônia e que os leva a praticar o que a Comunidade Nacional representa como homicídio. À luz desta realidade cultural, defende-se nesta tese doutoral a exclusão da responsabilidade penal do índio pelo erro de tipo culturalmente condicionado.
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Inventário científico do Brasil no século XVIII: a contribuição de Alexandre Rodrigues Ferreira para o conhecimento da natureza e dos índios

Verran, Rossana Samarani January 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2013-08-07T18:59:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000387370-Texto+Completo-0.pdf: 1400098 bytes, checksum: d792a4ac75b2ac0f240bd0c5b1f41f83 (MD5) Previous issue date: 2006 / The main objective of this research is to present a suggestion of analyzes of a documentation related to “Philosophical Trip to Jurisdictional Provinces in Grã-Pará, Rio Negro, Mato Grosso and Cuiabá” that was organized by the Portuguese Crown whose leader was Alexandre Rodrigues Ferreira - from 1783 to1792. We took into consideration the theoretical and methodological presuppositions of the History of Ideas. The object studied were the ideas that go beyond the individual person or the specific field of knowledge – its reflections can be observed in groups as well as in social movements. In the XVIII century, the conceptions of the modern science surpassed the limits of the specific science of nature – its reflections were of an ample spectrum. The new physics theories, after the summary of Newton’s thoughts, demonstrated a brand new way to explain the phenomenon of nature and also the prediction of the future that were not known before. The Portuguese Absolutist State based its political and administrative actions on the former ideas. In this study, we have to highlight the Reformation of Coimbra University as well as the creation of the Natural Philosophy Course. After the naturalist, Alexandre Rodrigues Ferreira, graduated, he was chosen the leader of the scientific expedition to Amazon and Central West regions in Brazil in order to inventory all natural resources in the country, to draw up maps, to fix the boundaries of the colonial territory that belonged to the Portuguese Crown and also to investigate the Indians’ culture. The naturalist had all the knowledge acquired at University of Coimbra to achieve his objectives. His research followed rigorous procedures of the scientific method that was being used at that time. The classifications of animals and plants were based on Lineu’s binary system of nomenclature, the empirical observation was based on the analysis and the descriptions showed objectivity. While analyzing the Indian culture, the same scientific parameters were applied. However, in the contact with the other, many complex questions were trigged that could not easily be explained by the scientific knowledge of the XVIII century. Thus, the empirical basis substituted the theory, and the naturalist just observed and described his object of study – that was the Indian. / A tese apresenta uma proposta de análise da documentação referente à “Viagem Filosófica pelas capitanias do Grão-Pará, Rio Negro, Mato Grosso e Cuiabá” empreendida pela Coroa Portuguesa e chefiada por Alexandre Rodrigues Ferreira entre os anos de 1783 e 1792. Parte-se dos pressupostos teórico-metodológicos da História das Idéias, para a qual o objeto de estudo são as idéias que, para além de um indivíduo ou de um campo de conhecimento específico, atingem grupos e movimentos sociais. A idéia de ciência moderna, no século XVIII, havia ultrapassado os limites do campo específico das ciências da natureza, alcançando grande difusão. As novas teorias da física após a síntese newtoniana demonstraram uma capacidade de explicação dos fenômenos da natureza e de previsão do futuro anteriormente desconhecidas. O Estado Absolutista Português pautou suas ações político-administrativas nestas idéias, para o assunto da tese importa lembrar a Reforma da Universidade de Coimbra e a conseqüente criação do Curso de Filosofia Natural. Assim que se formou, o naturalista Alexandre Rodrigues Ferreira foi escolhido para chefiar uma expedição científica pelas regiões da Amazônia e Centro-Oeste do Brasil com o objetivo de inventariar todos os recursos naturais do país; de elaborar mapas e fazer a demarcação do território colonial pertencente à Coroa Portuguesa e de investigar a cultura indígena. Em sua bagagem o naturalista levou os conhecimentos obtidos nos anos de estudo em Coimbra. Sua pesquisa seguiu rigorosamente os procedimentos do método científico da época. As classificações de animais e plantas basearam-se no sistema de nomenclatura binária de Lineu, a observação empírica fundamentou as análises e as descrições demonstravam objetividade. Na análise da cultura indígena, os mesmos parâmetros científicos foram utilizados.O contato com a alteridade, no entanto, suscitou questões complexas que não poderiam facilmente ser elucidadas pelo conhecimento científico do século XVIII, nestes momentos a empiria substituiu a teoria e o naturalista limitou-se a observar e descrever seu objeto de estudo: o índio.
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A invenção do indio e as narrativas orais Tupi / The invention of the indigenous subject and the Tupi oral narratives

Neves, Ivania 14 August 2018 (has links)
Orientador: Wilmar da Rocha D'Angelis / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-14T23:06:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Neves_Ivania_D.pdf: 4388984 bytes, checksum: 8e8c4c7bc040b605ab6122fd653a9f15 (MD5) Previous issue date: 2009 / Resumo: Esta tese está dividida em duas partes complementares. Na primeira parte, o trabalho está voltado para as representações produzidas sobre os índios. Analiso como desde as primeiras representações ocidentais sobre os índios brasileiros, as cartas e as primeiras imagens, o sistema colonial inventou discursivamente um índio genérico, selvagem, antropófago que anda nu e que não produz conhecimento. Na segunda parte, a partir de um trabalho de campo que envolveu cinco grupos Tupi: Tembé, Suruí-Aikewára, Asuriní do Xingu, Mbyá-Guarani de Porto Alegre e de São Miguel das Missões, tomo como materialidades as representações produzidas pelos povos indígenas. Analiso dois grupos de narrativas orais destas sociedades e mostro que entre elas se desenha uma memória discursiva Tupi, marcada por regularidades e dispersões. A análise das narrativas propostas aqui faz uma abordagem discursiva das línguas indígenas. A fundamentação teórica desta tese se fundamenta nos princípios da análise do discurso, mas, por sua natureza interdisciplinar, transita pelos estudos de antropologia, de história cultural e da teoria literária. / Abstract: The invention of the indigenous subject and the Tupi oral narratives. This thesis is divided in two complementary parts. In the first, the work is focused on the representations produced about indigenous subjects. I analyze how, since the first western representations of indigenous people in Brazil, the letters and first images, the colonial system has discursively invented a general indigenous subject, wild, anthropophagous that walks naked; someone who does not produce knowledge. In the second part, based on a field work that involved five groups of the Tupi branch: Tembé, Suruí-Aikewára, Asuriní in Xingu, Mbyá-Guarani at Porto Alegre and São Miguel das Missões, I assume as historical materiality the representations produced by the indigenous people. I analyse two sets of oral narratives of these societies and show that among them there is a sketch of a Tupi discursive memory to be traced, marked with regularities and dispersions. The analysis of narratives makes a discursive approach of indigenous languages. The theoretical basis of this thesis are the principles of discourse analysis, but, by its interdisciplinary nature it transposes to anthropological studies, cultural history and literary theory. / Doutorado / Doutor em Linguística
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Educação escolar e saúde indígena: uma análise comparativa das políticas nos níveis federal e local

Craveiro, Silvia da Silva 29 November 2004 (has links)
Made available in DSpace on 2010-04-20T20:53:14Z (GMT). No. of bitstreams: 3 62897.PDF.jpg: 13656 bytes, checksum: 5114c79c31fa1efff858c455c31363a0 (MD5) 62897.PDF: 1124579 bytes, checksum: ace320307a633b0fc371d13bcf803a4e (MD5) 62897.PDF.txt: 371278 bytes, checksum: 02db6a9dce0249e5bcca9315129de649 (MD5) Previous issue date: 2004-11-29T00:00:00Z / This work presents a study about the school education and health policies for indigenous people in Brazil. The main objective is to verify the presence of the tendencies of modification observed in the social policies in the country, from the decades of 1980 and 1990: decentralization of the policies for sub national levels; creation of institutional mechanisms for the participation of the civil society in the management of public policies; establishment of partnerships with private institutions; alteration in the content of the policies and enlargement of the reach of the policies. The study was carried out from a comparative analysis of the two policies in the federal and in the local level of government. The analysis in the local level was carried out from a case study of the Parque Indígena do Xingu (Indigenous Park of the Xingu). It sought be verified, in the path of the politics, the influence of the factors related to the trials of redemocratization and State Reform, of the own dynamics of the health and education areas, of the state agenda for indigenous issues. From the analysis, we verify, in the federal level, an improvement in the legislation in both areas, compared with the existing beginnings before of the Federal Constitution of 1988. In what refers to the legislation, the indigenous school education presents-itself more consolidated when compared to the health that still presents some questions. In the Indigenous Park of the Xingu we perceive an inflection in the two policies, from the decade of 1990, that pass seek it a growing one indigenous protagonism and to enhance of an intercultural approach. In the Xingu these advancements were turned out, especially, of the initiative of the native communities of the region, in co-owner with the Universidade Federal de São Paulo, in the area of the health, and with the Instituto Socioambiental, in the area of the education, and with resources, at the beginning, of international foundations. / Este trabalho apresenta um estudo sobre as políticas de educação escolar e saúde indígena no Brasil, buscando verificar a presença das tendências de modificação observadas nas políticas sociais do país, a partir das décadas de 1980 e 1990: descentralização das políticas para as esferas subnacionais de governo; criação de mecanismos de participação da sociedade civil nos processos decisórios; estabelecimento de parcerias com instituições privadas para a provisão de serviços públicos; institucionalização de canais de controle; alteração no conteúdo das políticas e ampliação de seu alcance. O estudo foi realizado a partir de uma análise comparativa das duas políticas no nível federal e no nível local de governo. A análise no nível local foi realizada a partir do estudo de caso do Parque Indígena do Xingu. Buscou-se verificar, na trajetória das políticas, a influência dos fatores relacionados aos processos de Redemocratização e Reforma do Estado, das dinâmicas próprias das áreas de saúde e educação, da questão indígena e da agenda estatal indigenista. A partir da análise, verificamos, no nível federal, um avanço na legislação de ambos os campos, comparado com os princípios existentes antes da Constituição Federal de 1988. No que se refere à legislação, a educação escolar indígena apresenta-se mais consolidada quando comparada à saúde que ainda apresenta muitas indefinições. No Parque Indígena do Xingu percebemos uma inflexão nas duas políticas, a partir da década de 1990, que passam a buscar um crescente protagonismo indígena e a valorização de uma abordagem intercultural. No Xingu estes avanços foram resultado, sobretudo, da iniciativa das comunidades indígenas da região, em parceria com a Universidade Federal de São Paulo, na área da saúde, e com o Instituto Socioambiental, na área da educação, e com recursos, a principio, de fundações internacionais.

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