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Associação entre antecedentes morbidos, dopplervelocimetria de arterias uterinas, anticorpos antifosfolipideos e resultados perinatais adversos em um grupo de gestantes / Association between history of morbity, utrine artery Doppler flow, antiphospholipid antibodies and adverse perinatal outcome in a group of pregnant womenSarno, Manoel Alfredo Curvelo. 02 June 2009 (has links)
Orientador: Ricardo Barini / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-12T18:24:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2009 / Resumo: Introdução: A presença de anticorpos antifosfolipídeos freqüentemente está associada a complicações obstétricas como aborto de repetição, óbito fetal, descolamento prematuro da placenta e pré-eclâmpsia grave e precoce. Objetivo: avaliar associação dos antecedentes mórbidos, da Dopplervelocimetria de artérias uterinas, dos anticorpos antifosfolipídeos (AAF) e resultados obstétricos/perinatais em um grupo de gestantes. Sujeitos e Métodos: foi conduzido um estudo de coorte e corte transversal, onde foram analisadas gestantes atendidas nos Ambulatórios de Pré-Natal da Unicamp que aceitaram participar do estudo. Foi aplicado um questionário sobre os antecedentes mórbidos, realização de dosagem dos AAF, realizada Dopplervelocimetria de artérias uterinas e analisada correlação com resultados obstétricos/perinatais. Resultado: foram avaliadas 385 gestantes com média de idade de 26,6 (±6,3) anos. A anticardiolipina (aCL) e o anti-ß2 glicoproteína I (anti-ß2-gpI) foram avaliados em 382 gestantes, dos quais 4,4% apresentaram o anti-ß2gpI IgM positivo, 4,7% IgG, 6,2% aCL IgG e 6,7% IgM. O anticoagulante lúpico (AL) foi avaliado em 137 gestantes com positividade em 2,3%. 33,4% das gestantes tinham, pelo menos, um antecedente obstétrico desfavorável (aborto recorrente, óbito fetal, pré-eclâmpsia, parto prematuro, filho anterior nascido com peso menor que 2.500g ou descolamento prematuro de placenta) e 2,6% tinham eventos trombóticos (infarto, acidente vascular cerebral, tromboembolismo pulmonar ou trombose venosa profunda). 16,5% tinham pelo menos um antecedente e um AAF positivo, contra 13,3% sem antecedente (p=0,44). 10% apresentavam antecedente trombótico e AAF positivo contra 14,4% sem história de evento trombótico e AAF negativo (p=0,88). As complicações obstétricas/perinatais foram avaliadas em 305 gestantes sendo que no grupo com antecedentes 31,7% evoluíram para alguma complicação obstétrica na gestação em curso contra 28,4% do grupo sem antecedente (p=0,59). Analisando o desfecho pré-eclâmpsia com pelo menos um antecedente, 7,7% x 4,5% (p=0,29), índice Apgar no 5º minuto menor ou igual a 7, 4,9% x 5,6% (p=0,57), peso abaixo de 2.500g, 15,5% x 12% (p=0,47). Quando separados os grupos com e sem antecedentes e comparados ao Doppler de artérias uterinas as mulheres que relataram peso inferior a 2.500g tiveram 4,0 [IC95: 1,16-13,7] vezes mais chance de apresentar índice de pulsatilidade acima do percentil 95 (IP>P95) e 4,68 [IC95: 1,37-15,9] quando apresentavam antecedente de elevação da pressão arterial antes das 34 semanas em gestação anterior. Não foram encontradas correlações dos outros antecedentes com o Doppler. Quando o IP>P95 houve um risco relativo (RR) de 2,77 [IC95: 1,87-4,11] para pelo menos uma complicação obstétrica/perinatal, 5,19 [IC95: 1,41-19,1] para Apgar do 5º minuto menor que 7 e 6,94 [IC95: 4,31-11,1] de peso abaixo de 2.500g. Quando associado IP>P95 e pelo menos um antecedente o RR para peso abaixo de 2.500g foi de 6,06 [IC95: 3,19-11,5] e 6,61 [IC95: 3,46-12,6] para parto antes das 37 semanas. Quando comparados os dois grupos não foi encontrada significância estatística no desfecho de pré-eclâmpsia com RR de 4.70 [IC95: 0,80-27,4]. Na avaliação do IP>P95 e AAF, 11,1% tinham o IP>P95 e pelo menos um AAF, contra 14,4% no grupo sem essas características, com Razão de Prevalência (RP)=0,77 [IC95: 0,11-4,96]. A RP para o grupo com IP>P95 e pelo menos um antecedente para a presença de pelo menos um AAF, foi de 1,75 [IC95: 0,31-9,75]. Conclusão: os antecedentes obstétricos desfavoráveis, assim como o Doppler de artérias uterinas não se correlacionaram com os AAF. O aumento da resistência ao Doppler nas artérias uterinas, isoladamente ou em associação aos antecedentes mórbidos, apresentou maior chance de complicações obstétricas/perinatais. Não foram encontradas diferenças estatísticas quando avaliado o Doppler associado com antecedentes e AAF / Abstract: The presence of antiphospholipid antibodies is often associated with obstetrical complications such as recurrent miscarriage, fetal death, placental abruption and severe early preeclampsia. Objective: To evaluate the association between a history of morbidity, uterine artery Doppler flow, serum antiphospholipid antibodies (APA) and perinatal/obstetric outcomes in a group of pregnant women. Subjects and methods: A cross-sectional cohort study evaluated pregnant women receiving care at Unicamp's prenatal clinic, who agreed to participate in the study. A questionnaire was applied to obtain data on the patient's history of morbidity, serum antiphospholipid antibodies were measured and a Doppler scan of the uterine arteries was performed. Results were correlated with obstetrical/perinatal outcome. Results: A total of 385 pregnant women with a mean age of 26.6 ± 6.3 years were evaluated. Anticardiolipin (aCL) and anti-ß2 glycoprotein I (anti-ß2-gpI) were evaluated in a group of 382 pregnant women, 4.4% of whom tested positive for anti-ß2-gpI IgM, 4.7% for IgG, 6.2% for ACL IgG and 6.7% for IgM. Lupus anticoagulant (LA) was evaluated in 137 pregnant women, 2.3% of whom tested positive. Overall, 33.4% of patients had a medical history that included recurrent miscarriage, fetal death, preeclampsia, prematurity, previous pregnancy resulting in an infant with birthweight of <2.500g or placental abruption. In addition, 2.6% had experienced a thrombotic event such as myocardial infarction, stroke, pulmonary thromboembolism or deep vein thrombosis. Overall, 16.5% of patients had at least one of the above-mentioned conditions and tested positive for APA compared to 13.3% of those with no medical history of any of these conditions (p=0.44). Ten percent of the women had experienced a thrombotic event and tested positive for APA while 14.4% had never had a thrombotic event and tested negative for APA (p=0.88). Obstetric and perinatal outcomes were analyzed in 305 women, and results showed that 31.7% of the women with a medical history of morbidities suffered at least one obstetrical complication in the current pregnancy compared to 28.4% in the group of women who had no medical history of morbidity (p=0.59). When each outcome was correlated with a history of at least one medical condition, preeclampsia was found in 7.7% of cases versus 4.5% in the group with no medical history (p=0.29), 5th minute Apgar score = 7 in 4.9% compared to 5.6% (p=0.57) and birthweight <2.500g in 15.5% compared to 12% (p=0.47). When the groups of women with and without a medical history of complication were analyzed separately and correlated with uterine artery Doppler, the women who reported having had an infant with a birthweight <2.500 grams were four times more likely (95%CI: 1.16-13.7) to have a pulsatility index (PI) above the 95th percentile and 4.68 times more likely (95%CI: 1.37-15.9) if they had a history of increased blood pressure prior to 34 weeks in their previous pregnancy. No significant correlations were found between other medical conditions and PI above the 95th percentile. When the PI was above the 95th percentile, there was a relative risk (RR) of 2.77 (95%CI: 1.87-4.11) of developing at least one obstetrical/perinatal complication, a RR of 5.19 (95%CI: 1.41-19.1) of 5th minute Apgar score being = 7 and a RR of 6.94 (95%CI: 4.31-11.1) of birthweight <2.500 grams. When PI above the 95th percentile was associated with at least one prior complication, the RR for birthweight <2.500 grams was 6.06 (95%CI: 3.19 - 11.5) and 6.61 (95%CI: 3.46 - 12.6) for delivery prior to 37 weeks. When the two groups were compared, no statistically significant correlation was found with respect to eclampsia (RR 4.70; 95%CI: 0.80 - 27.4). In the evaluation of PI above the 95th percentile and APA, 11.1% of patients had PI above the 95th percentile and at least one APA compared to 14.4% in the group without these characteristics (prevalence ratio [PR] 0.77; 95%CI: 0.11-4.96). The PR for the group with PI above the 95th percentile and at least one previous medical condition was 1.75 (95%CI: 0.31-9.75). Conclusion: Neither history of morbidity nor uterine artery Doppler was found to be associated with antiphospholipid antibodies. A significant correlation was found between increased uterine artery Doppler resistance, both when analyzed alone or in association with medical history, and obstetric/perinatal complications. No statistically significant differences were found between uterine artery Doppler associated with medical history and antiphospholipid antibodies / Doutorado / Tocoginecologia / Doutor em Tocoginecologia
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O fator de von Willebrand, ligação com fator VIII e estudo da atividade da ADAMTS-13 em pacientes com síndrome antifosfolípide primária / Study of von Willebrand factor activity, binding with factor VIII and ADAMTS-13 activity in patients with primary antiphospholipid syndromeNatalia Mastantuono Nascimento de Vita 09 December 2014 (has links)
A Síndrome Antifosfolípide (SAF) é uma doença autoimune na qual há presença de anticorpos antifosfolípides [anticoagulante lúpico (AL), anticardiolipina (ACL), anti-beta2glicoproteína I (a-beta2GPI)]. É caracterizada por eventos trombóticos e/ou perdas gestacionais de repetição. Existe um ambiente pró-coagulante na SAF, pois os antifosfolípides (AFL) são capazes de induzir disfunção endotelial aumentando a expressão de moléculas de adesão como o fator de von Willebrand (FVW). Entre os inúmeros elementos envolvidos neste processo, o FVW e a relação com: sua principal enzima proteolítica, a ADAMTS-13, e com o FVIII são relativamente menos conhecidos. Os objetivos deste estudo foram: 1-verificar alterações no endotélio de pacientes com SAF primária (SAFP), através do marcador de lesão endotelial, o FVW, da ADAMTS-13 e do FVIII, avaliando a concentração antigênica, a atividade e a correlação entre estas proteínas; 2- Verificar se alguma destas variáveis é capaz de diferenciar os tipos de eventos trombóticos ocorridos nestes pacientes e se a presença dos AFL influenciam estas proteínas. O estudo, do tipo transversal, envolveu 39 pacientes com SAF primária, com idade mediana de 43 anos, em tratamento no ambulatório de Reumatologia do Hospital das Clínicas, e 39 controles sadios doadores da Fundação Pró-Sangue Hemocentro de São Paulo, pareados por sexo e idade com os pacientes. Os títulos de ACL e a-beta2GPI, as determinações antigênicas e de atividade das proteínas FVW, ADAMTS-13, FVIII e PF4 foram realizados por ELISA, e a atividade do FVIII foi determinada pelo método cromogênico. A análise das subunidades do FVW foi realizada por Western immunoblotting. AL foi detectado utilizando ensaios de coagulação de acordo com as recomendações da Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia. Os resultados foram apresentados em: 1- pacientes SAFP e controles, e 2- pacientes SAFP agrupados em relação ao tipo de evento e ao tipo de AFL presente. Os pacientes apresentaram aumento da concentração antigênica do FVW (74±6 x 69±11 UI/dL; p=0,016), ADAMTS-13 (1,3±0,34 x 0,82±0,12 Ug/mL; p < 0,0001), FVIII (106±19 x 91±15 UI/dL; p=0,0003),da ligação FVW:FVIII (144±17 x 134±20%; p=0,082) e da atividade do FVIII (117±38 x 98±30%; p=0,0021) comparado aos controles. O PF4 apresentou-se diminuído nos pacientes em relação aos controles (96±12 x 101±8 UI/mL; p=0,014). Os pacientes com trombose arterial apresentaram correlação positiva e significante entre a atividade e o antígeno do FVW (r=0,468; p=0,028) e da ADAMTS-13 (r =0,635; p=0,001); os pacientes com trombose venosa apresentaram esta correlação positiva e significante na ADAMTS-13 (r=0,635; p=0,001). Quando os pacientes foram analisados pelo tipo de antifosfolípide, não se observou diferenças nas variáveis estudadas. Os pacientes com SAFP parecem apresentar disfunção endotelial. No entanto, aparentemente existe um mecanismo de equilíbrio para evitar a formação de um novo trombo. O papel do FVW e a sua relação com a ADAMTS-13, em diferentes doenças, ainda é relativamente pouco conhecido, mas está sendo apontado como importante na patogênese de estados pró-trombóticos como os presentes em pacientes com SAF / Antiphospholipid syndrome (APS) is an autoimmune disease, characterized by vascular thrombosis and /or pregnancy morbidity, in association with antiphospholipid antibodies (aPL) (lupus anticoagulant (LA), anticardiolipin (ACL), anti-beta2glicoprotein I (a-beta2GPI). Antiphospholipid (APL) seems to induce endothelial dysfunction by increasing the expression of adhesion molecules such as von Willebrand factor (VWF). This results in a prothrombotic state in APS. Among the several elements involved in this process, some are relatively less known, such as VWF and its relationship with ADAMTS-13, its main proteolytic enzyme. The aim of this study was to evaluate endothelial dysfunctions in patients with primary APS (PAPS), by examining correlation among the soluble endothelial marker, VWF, the enzyme ADAMTS-13, and FVIII protein. The relationship of these proteins and the presence of arterial and/or venous thrombosis, and presence of APL was also evaluated. This cross-sectional study involved 39 PAPS patients, with a median age of 43 years, who have been treated in the Outpatient Clinics, Department of Rheumatology, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, and 39 healthy subjects blood donors from the Fundação Pró-Sangue Hemocentro de São Paulo, matched for sex and age with patients. Levels of APL (ACL and a-beta2GPI), concentration and activities of VWF, ADAMTS-13, FVIII and PF4 proteins were measured with ELISA. LA was detected with coagulation assays according to updated guidelines from the International Society on Thrombosis and Haemostasis, and FVIII activity was measured by chromogenic method. Analysis of VWF subunits was performed by Western immunoblotting. The results were evaluated according to:1- PAPS patients and controls, and2- PAPS patients grouped in relation to type of event and the type of APL. Patients showed higher VWF antigen concentration (74±6 x 69±11 IU/dL, p=0.016), ADAMTS-13 (1.3±0.34 x 0.82±0.12 Ug/mL, p < 0.0001), FVIII (106±19 x 91 ± 15 IU/dL, p=0.0003), VWF binding to FVIII (144±17 x 134 ± 20%, p=0.082) and activity of FVIII (117±38 x 98±30%, p=0.0021) than controls. The PF4 was decreased in patients compared to controls (96±12 vs. 101±8 IU/mL, p=0.014). VWF antigen and activity correlated well (Pearson´s r =0.468; p=0.028) as well as ADAMTS-13(Pearson´s r=0.635; p=0.001) in patients with arterial thrombosis. However, in patients with venous thrombosis only ADAMTS-13 had a good correlation (Pearson´s r =0.492; p=0.045). When patients were analyzed by the type of aPL, no differences in the studied variables were observed. Patients with PAPS seem to present endothelial dysfunction. However, apparently there is an attempt to balance mechanism to prevent a new thrombus formation. The role of VWF and its relation with ADAMTS-13 in different diseases is still relatively unknown. However it has been considered as important in the pathogenesis of prothrombotic states such as those present in patients with APS
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Adipocitocinas na síndrome antifosfolípide primária: potenciais marcadores de inflamação, resistência insulínica e síndrome metabólica / Adipocytokines in primary antiphospholipid syndrome: potential markers of inflammation, insulin resistance and metabolic syndromeRodrigues, Carlos Ewerton Maia 23 May 2011 (has links)
INTRODUÇÃO: Síndrome antifosfolípide está associada com aterosclerose acelerada. Embora adipocitocinas exerçam um papel fundamental na interface entre obesidade, inflamação, resistência insulínica e aterosclerose, a exata natureza e relativa contribuição das adipocitocinas, como potenciais marcadores, requer investigação na síndrome antifosfolípide primária (SAFP). OBJETIVO: Este estudo foi desenvolvido para avaliar a possível associação das adipocitocinas com síndrome metabólica (SM), inflamação e outros fatores de risco cardiovascular na SAFP. MÉTODOS: 56 pacientes com SAFP e 72 controles saudáveis pareados por sexo e idade foram incluídos. Adiponectina, leptina, visfatina, resistina, inibidor do ativador de plasminogênio-1 (PAI-1), lipoproteina (a), glicemia, insulina, VHS, PCR, ácido úrico e perfil lipídico foram dosados. SM foi definida de acordo com os critérios da Federação Internacional de Diabetes (IDF) e resistência insulínica foi estabelecida pelo índice de homeostasis model assessment (HOMA). RESULTADOS: Leptina [21,5 (12,9- 45,7) vs 12,1 (6,9-26,8) ng/mL, P=0.001] foi maior em SAFP do que em controles. Adiponectina (P=0,10), resistina (P=0,23), visfatina (P=0,68) and PAI-1 (P=0,77) não diferiu entre os grupos. Em SAFP, leptina e PAI-1 foram positivamente correlacionada com IMC (r=0,61 and 0,29), HOMA-IR (r=O,71 and 0,28) and CRP (r=0,32 and 0,36). Adiponectina foi negativamente correlacionada com IMC (r=-0,28), triglicérides (r=-0,43), HOMA-IR (r=-0,36) e positivamente correlacionada com HDL (r=0,37), aCL IgG (r=0,41), anti- 2GPI IgG (r=0,31) e anti- 2GPI IgM (r=0,38). A análise de pacientes com e sem SM revelou uma associação positiva com leptina (P=0,002) e PAI-1 (P=0,03) e uma associação negativa com adiponectina (P=0,042). No modelo de regressão linear múltipla, observamos que as variáveis que independentemente influenciam a adiponectina foram triglicérides (P<0,001), VLDL-c (P=0,002) e anti-2GPI IgG (P=0,042), leptina foram IMC (P<0,001), glicemia (P=0,046), HOMA-IR (P<0,001) e VHS (P=0,006) e PAI-1 foram PCR (P=0,013) e SM (P=0,048). CONCLUSÕES: O presente estudo demonstra que as adipocitocinas podem estar envolvidas com inflamação, resistência insulínica e SM em pacientes com SAFP / INTRODUCTION: Antiphospholipid syndrome is associated with accelerated atherosclerosis. Although adipocytokines play a key role in the interface between obesity, inflammation, insulin resistance and atherosclerosis, the exact nature and relative contribution of adipocytokines as potential markers warrant further investigation in primary antiphospholipid syndrome (PAPS). OBJECTIVE: This study was undertaken to evaluate a possible association of adipocytokines with metabolic syndrome (MetS), inflammation and other cardiovascular risk factors in PAPS. METHODS: Fifty-six PAPS patients and 72 age- and gender-matched healthy controls were included. Sera samples were tested for adiponectin, leptin, visfatin, resistin, plasminogen activator inhibitor-1 (PAI-1), lipoprotein (a), glucose, insulin, ESR, CRP, uric acid and lipid profiles. MetS was defined according to the guidelines of the International Diabetes Federation (IDF) and insulin resistance was established using the homeostasis model assessment (HOMA) index. RESULTS: Concentrations of leptin [21.5 (12.1-45.7) vs 12.1 (6.9-26.8) ng/mL, P=0.001] were higher in PAPS than in controls. Concentrations of adiponectin (P=0.10), resistin (P=0.23), visfatin (P=0.68) and PAI-1 (P=0.77) did not differ between patients and controls. In PAPS, leptin and PAI-1 levels were positively correlated with BMI (r=0.61 and 0.29), HOMA-IR (r=0.71 and 0.28) and CRP (r=0.32 and 0.36). Adiponectin was negatively correlated with BMI (r=-0.28), triglycerides (r=-0.43) and HOMA-IR index (r=-0.36) and positively correlated with HDL (r=0.37), aCL IgG (r=0.41), anti- 2GPI IgG (r=0.31) and anti- 2GPI IgM (r=0.38). Further analysis of patients with and without MetS revealed a positive association of the syndrome with leptin (P=0.002) and PAI-1 (P=0.03) and a negative association with adiponectin (P=0.042). In the multiple linear regression model, we observed that the variables that independently influence the adiponectin were triglycerides (P<0.001), VLDL-C (P=0.002) and anti-2GPI IgG (P=0.042), leptin were BMI (P<0.001), glucose (P=0.046), HOMA-IR (P <0.001) and ESR (P=0.006) and PAI-1 were CRP (P=0.013) and MetS (P=0.048). CONCLUSION: The findings of the present study provide evidence that adipocytokines may be involved in inflammation, insulin resistance and metabolic syndrome of PAPS patients
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Assinatura de interferon tipo I na síndrome antifosfolípide primária / Type I Interferon signature in primary antiphospholipid syndromeLopes, Michelle Remião Ugolini 03 September 2018 (has links)
Introdução: a síndrome antifosfolípide (SAF) primária é uma vasculopatia autoimune mediada por autoanticorpos com trombose como sua principal manifestação clínica. A presença de anticorpos antifosfolípides (aPL), embora relevante para confirmar o diagnóstico, não parece ser suficiente para explicar completamente a fisiopatologia da doença e um segundo gatilho é usualmente necessário. Além das hipóteses de infecções virais e insulto inflamatório como possíveis desencadeantes, parece que os receptores toll like (TLR) e o Interferon (IFN) tipo I são possíveis protagonistas nesse processo, contribuindo para o início da trombose. Recentemente, dois pequenos estudos demonstraram que uma porcentagem relevante de pacientes com SAF primária tem uma regulação positiva de genes IFN em células mononucleares do sangue periférico (CMSP). Entretanto, 20% e 28% dos pacientes nessas duas coortes tiveram anticorpos anti-dsDNA positivos, um autoanticorpo altamente específico do lúpus eritematoso sistêmico (LES). Objetivo: avaliar se os pacientes com SAF bem caracterizados apresentam assinatura para interferon nas células mononucleares periféricas. Secundariamente foram avaliadas possíveis associações clínico laboratoriais com a assinatura de IFN. Métodos: foram selecionados 53 pacientes do sexo feminino com diagnóstico de SAF primária de acordo com os critérios de Sidney, com idade igual ou maior a 18 anos, selecionados no Ambulatório de SAF da Disciplina de Reumatologia do HCFMUSP, pareados por sexo e idade com 50 controles saudáveis. Um terceiro grupo com 29 paciente com antecedente de trombofilias não imunomediadas também foi incluido. Após a coleta de sangue as CMSPs foram purificadas por metodologia de Ficoll. A expressão gênica das CMSPs foi realizada através do TaqMan® RNA Assay em placas TLDA. Foram pesquisados 41 genes induzidos por IFN (GIIs). Uma análise de componente principal (ACP) foi realizada para determinar quais genes deveriam compor a assinatura de IFN. O teste de z-score foi utilizado para normalizar e calcular a assinatura de IFN para cada paciente. O cutoff da assinatura de IFN foi definido por uma curva ROC, e foi escolhido o ponto que maximizava a sensibilidade e especificidade. Características demográficas, clínicas e laboratoriais foram analisadas buscando por associações com a assinatura de IFN. Resultados: 11 genes estavam superexpressos nos pacientes com SAF em comparação aos controles. Após a análise de ACP foram escolhidos 6 genes que representavam mais de 95% do comportamento da amostra para compor a assinatura de IFN: DNAJA1, IFI27, IFI6, IFIT5, MX1 e TYK2. O cutoff encontrado pela curva ROC foi de 3,9 folds (AUC = 0,706, S = 0,49, E = 0,86, VPP = 0,79, VPN = 0,61). A assinatura de IFN estava presente em 49% dos pacientes com SAF primário vs. 14% dos controles saudáveis e 17% dos controles positivos (p < 0,001). Foi encontrada associação entre a assinatura de IFN e uma ocorrência mais precoce do primeiro evento clínico (p = 0,023), e com ocorrência de eventos obstétricos (em especial pré-eclâmpsia, p = 0,032). Não foi econtrada nenhuma associação entre a assinatura de IFN e número de eventos trombóticos, exames laboratoriais, comorbidades, antecedentes familiares de doenças autoimunes, e escores de risco de retrombose. De todos os tratamentos em uso a única associação encontrada foi entre uma menor assinatura de IFN e o uso de estatinas (p = 0,026). Conclusão: esse estudo indica que pacientes com SAF primária bem caracterizados apresentam uma assinatura de IFN tipo I, não observada em outras trombofilias não imunidade-mediadas ou em controles saudáveis. Também demonstrou-se que essa superexpressão de genes regulados por IFN tipo I está associada a um início mais precoce dos eventos e pré-eclâmpsia. Mais estudos são necessários para determinar se este subgrupo de pacientes se beneficiará de intervenções terapêuticas direcionadas à via de sinalização IFN tipo I / Introduction: primary antiphospholipid syndrome (PAPS) is an autoimmune vasculopathy mediated by autoantibodies with thrombosis as its main clinical manifestation. The presence of antiphospholipid antibodies, while relevant to confirm the diagnosis, does not seem to be sufficient to fully explain the pathophysiology and a second trigger is usually needed. Besides the hypotheses of viral infections and inflammatory insult as possible triggers, type I Interferon (IFN) has been pointed as a possible protagonist. Recently, two studies have demonstrated that a relevant percentage of PAPS patients have an up-regulation of IFN genes in peripheral blood mononuclear cells (PBMC). However, 20% and 28% of patients in these 2 cohorts, had antidsDNA positive antibodies, a highly specific Systemic Lupus Erythematosus (SLE) autoantibody. Objective: The aim of this study is to determine the prevalence of type I IFN signature in PBMC of patients with PAPS without specific SLE autoantibodies and search for it with clinical and laboratorial associations. Methods: 53 PAPS patients (according to Sydney´s criteria) were consecutively selected and age-matched with 50 healthy controls. A third group, with non-immune-mediated thrombophilia patients, was also included. The expression of 41 IFN induced genes was analysed using real time quantitative PCR (TaqMan Low Density Array). A principal component analysis (PCA) was used to determine which genes should compose the IFN signature and z-score was calculated. The IFN signature score cut-off was defined with a ROC curve, as the point that maximized both the specificity and sensitivity. Clinical and laboratorial features were analysed searching for associations with IFN signature. Results: 11 IFN genes were highly expressed in primary APS patients. After PCA, 6 genes remained in the IFN signature: DNAJA1, IFIT5, IFI27, MX1, IFI6, TYK2. The ROC cutoff was 3,9 folds (AUC = 0.706, S = 0.49, E = 0.86, VPP = 0.79, VPN = 0.61). The type I IFN signature was present in 49% of patients with primary APS compared to 14.0% of healthy controls and 17% of non-immune-mediated thrombophilia patients (p < 0.0001). The mean IFN score was significantly higher in PAPS patients (4.0 fold higher, p < 0.0001) than in controls. A higher IFN signature was associated with a younger age at the first APS event (p = 0.023) and with the presence of obstetric events, especially with preeclampsia (p = 0.032). There was no association between IFN signature and number of thrombotic events, laboratory exams, comorbidities, family history of autoimmune diseases, and thrombosis risk scores. Treatment with statins was associated with lower levels of IFN scores (p = 0.026). Conclusion: our result indicates that PAPS patients, without lupus specific antibodies, have an enhanced type I IFN gene signature, not observed in non-immune mediated thrombophilia. We also provide novel data demonstrating that this overexpression of type I IFN-regulated genes is associated with an earlier onset of APS events and preeclampsia. Further studies are necessary to determine if this subgroup of patients will benefit of interventions targeting the type I IFN signalling pathway
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Adipocitocinas na síndrome antifosfolípide primária: potenciais marcadores de inflamação, resistência insulínica e síndrome metabólica / Adipocytokines in primary antiphospholipid syndrome: potential markers of inflammation, insulin resistance and metabolic syndromeCarlos Ewerton Maia Rodrigues 23 May 2011 (has links)
INTRODUÇÃO: Síndrome antifosfolípide está associada com aterosclerose acelerada. Embora adipocitocinas exerçam um papel fundamental na interface entre obesidade, inflamação, resistência insulínica e aterosclerose, a exata natureza e relativa contribuição das adipocitocinas, como potenciais marcadores, requer investigação na síndrome antifosfolípide primária (SAFP). OBJETIVO: Este estudo foi desenvolvido para avaliar a possível associação das adipocitocinas com síndrome metabólica (SM), inflamação e outros fatores de risco cardiovascular na SAFP. MÉTODOS: 56 pacientes com SAFP e 72 controles saudáveis pareados por sexo e idade foram incluídos. Adiponectina, leptina, visfatina, resistina, inibidor do ativador de plasminogênio-1 (PAI-1), lipoproteina (a), glicemia, insulina, VHS, PCR, ácido úrico e perfil lipídico foram dosados. SM foi definida de acordo com os critérios da Federação Internacional de Diabetes (IDF) e resistência insulínica foi estabelecida pelo índice de homeostasis model assessment (HOMA). RESULTADOS: Leptina [21,5 (12,9- 45,7) vs 12,1 (6,9-26,8) ng/mL, P=0.001] foi maior em SAFP do que em controles. Adiponectina (P=0,10), resistina (P=0,23), visfatina (P=0,68) and PAI-1 (P=0,77) não diferiu entre os grupos. Em SAFP, leptina e PAI-1 foram positivamente correlacionada com IMC (r=0,61 and 0,29), HOMA-IR (r=O,71 and 0,28) and CRP (r=0,32 and 0,36). Adiponectina foi negativamente correlacionada com IMC (r=-0,28), triglicérides (r=-0,43), HOMA-IR (r=-0,36) e positivamente correlacionada com HDL (r=0,37), aCL IgG (r=0,41), anti- 2GPI IgG (r=0,31) e anti- 2GPI IgM (r=0,38). A análise de pacientes com e sem SM revelou uma associação positiva com leptina (P=0,002) e PAI-1 (P=0,03) e uma associação negativa com adiponectina (P=0,042). No modelo de regressão linear múltipla, observamos que as variáveis que independentemente influenciam a adiponectina foram triglicérides (P<0,001), VLDL-c (P=0,002) e anti-2GPI IgG (P=0,042), leptina foram IMC (P<0,001), glicemia (P=0,046), HOMA-IR (P<0,001) e VHS (P=0,006) e PAI-1 foram PCR (P=0,013) e SM (P=0,048). CONCLUSÕES: O presente estudo demonstra que as adipocitocinas podem estar envolvidas com inflamação, resistência insulínica e SM em pacientes com SAFP / INTRODUCTION: Antiphospholipid syndrome is associated with accelerated atherosclerosis. Although adipocytokines play a key role in the interface between obesity, inflammation, insulin resistance and atherosclerosis, the exact nature and relative contribution of adipocytokines as potential markers warrant further investigation in primary antiphospholipid syndrome (PAPS). OBJECTIVE: This study was undertaken to evaluate a possible association of adipocytokines with metabolic syndrome (MetS), inflammation and other cardiovascular risk factors in PAPS. METHODS: Fifty-six PAPS patients and 72 age- and gender-matched healthy controls were included. Sera samples were tested for adiponectin, leptin, visfatin, resistin, plasminogen activator inhibitor-1 (PAI-1), lipoprotein (a), glucose, insulin, ESR, CRP, uric acid and lipid profiles. MetS was defined according to the guidelines of the International Diabetes Federation (IDF) and insulin resistance was established using the homeostasis model assessment (HOMA) index. RESULTS: Concentrations of leptin [21.5 (12.1-45.7) vs 12.1 (6.9-26.8) ng/mL, P=0.001] were higher in PAPS than in controls. Concentrations of adiponectin (P=0.10), resistin (P=0.23), visfatin (P=0.68) and PAI-1 (P=0.77) did not differ between patients and controls. In PAPS, leptin and PAI-1 levels were positively correlated with BMI (r=0.61 and 0.29), HOMA-IR (r=0.71 and 0.28) and CRP (r=0.32 and 0.36). Adiponectin was negatively correlated with BMI (r=-0.28), triglycerides (r=-0.43) and HOMA-IR index (r=-0.36) and positively correlated with HDL (r=0.37), aCL IgG (r=0.41), anti- 2GPI IgG (r=0.31) and anti- 2GPI IgM (r=0.38). Further analysis of patients with and without MetS revealed a positive association of the syndrome with leptin (P=0.002) and PAI-1 (P=0.03) and a negative association with adiponectin (P=0.042). In the multiple linear regression model, we observed that the variables that independently influence the adiponectin were triglycerides (P<0.001), VLDL-C (P=0.002) and anti-2GPI IgG (P=0.042), leptin were BMI (P<0.001), glucose (P=0.046), HOMA-IR (P <0.001) and ESR (P=0.006) and PAI-1 were CRP (P=0.013) and MetS (P=0.048). CONCLUSION: The findings of the present study provide evidence that adipocytokines may be involved in inflammation, insulin resistance and metabolic syndrome of PAPS patients
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Assinatura de interferon tipo I na síndrome antifosfolípide primária / Type I Interferon signature in primary antiphospholipid syndromeMichelle Remião Ugolini Lopes 03 September 2018 (has links)
Introdução: a síndrome antifosfolípide (SAF) primária é uma vasculopatia autoimune mediada por autoanticorpos com trombose como sua principal manifestação clínica. A presença de anticorpos antifosfolípides (aPL), embora relevante para confirmar o diagnóstico, não parece ser suficiente para explicar completamente a fisiopatologia da doença e um segundo gatilho é usualmente necessário. Além das hipóteses de infecções virais e insulto inflamatório como possíveis desencadeantes, parece que os receptores toll like (TLR) e o Interferon (IFN) tipo I são possíveis protagonistas nesse processo, contribuindo para o início da trombose. Recentemente, dois pequenos estudos demonstraram que uma porcentagem relevante de pacientes com SAF primária tem uma regulação positiva de genes IFN em células mononucleares do sangue periférico (CMSP). Entretanto, 20% e 28% dos pacientes nessas duas coortes tiveram anticorpos anti-dsDNA positivos, um autoanticorpo altamente específico do lúpus eritematoso sistêmico (LES). Objetivo: avaliar se os pacientes com SAF bem caracterizados apresentam assinatura para interferon nas células mononucleares periféricas. Secundariamente foram avaliadas possíveis associações clínico laboratoriais com a assinatura de IFN. Métodos: foram selecionados 53 pacientes do sexo feminino com diagnóstico de SAF primária de acordo com os critérios de Sidney, com idade igual ou maior a 18 anos, selecionados no Ambulatório de SAF da Disciplina de Reumatologia do HCFMUSP, pareados por sexo e idade com 50 controles saudáveis. Um terceiro grupo com 29 paciente com antecedente de trombofilias não imunomediadas também foi incluido. Após a coleta de sangue as CMSPs foram purificadas por metodologia de Ficoll. A expressão gênica das CMSPs foi realizada através do TaqMan® RNA Assay em placas TLDA. Foram pesquisados 41 genes induzidos por IFN (GIIs). Uma análise de componente principal (ACP) foi realizada para determinar quais genes deveriam compor a assinatura de IFN. O teste de z-score foi utilizado para normalizar e calcular a assinatura de IFN para cada paciente. O cutoff da assinatura de IFN foi definido por uma curva ROC, e foi escolhido o ponto que maximizava a sensibilidade e especificidade. Características demográficas, clínicas e laboratoriais foram analisadas buscando por associações com a assinatura de IFN. Resultados: 11 genes estavam superexpressos nos pacientes com SAF em comparação aos controles. Após a análise de ACP foram escolhidos 6 genes que representavam mais de 95% do comportamento da amostra para compor a assinatura de IFN: DNAJA1, IFI27, IFI6, IFIT5, MX1 e TYK2. O cutoff encontrado pela curva ROC foi de 3,9 folds (AUC = 0,706, S = 0,49, E = 0,86, VPP = 0,79, VPN = 0,61). A assinatura de IFN estava presente em 49% dos pacientes com SAF primário vs. 14% dos controles saudáveis e 17% dos controles positivos (p < 0,001). Foi encontrada associação entre a assinatura de IFN e uma ocorrência mais precoce do primeiro evento clínico (p = 0,023), e com ocorrência de eventos obstétricos (em especial pré-eclâmpsia, p = 0,032). Não foi econtrada nenhuma associação entre a assinatura de IFN e número de eventos trombóticos, exames laboratoriais, comorbidades, antecedentes familiares de doenças autoimunes, e escores de risco de retrombose. De todos os tratamentos em uso a única associação encontrada foi entre uma menor assinatura de IFN e o uso de estatinas (p = 0,026). Conclusão: esse estudo indica que pacientes com SAF primária bem caracterizados apresentam uma assinatura de IFN tipo I, não observada em outras trombofilias não imunidade-mediadas ou em controles saudáveis. Também demonstrou-se que essa superexpressão de genes regulados por IFN tipo I está associada a um início mais precoce dos eventos e pré-eclâmpsia. Mais estudos são necessários para determinar se este subgrupo de pacientes se beneficiará de intervenções terapêuticas direcionadas à via de sinalização IFN tipo I / Introduction: primary antiphospholipid syndrome (PAPS) is an autoimmune vasculopathy mediated by autoantibodies with thrombosis as its main clinical manifestation. The presence of antiphospholipid antibodies, while relevant to confirm the diagnosis, does not seem to be sufficient to fully explain the pathophysiology and a second trigger is usually needed. Besides the hypotheses of viral infections and inflammatory insult as possible triggers, type I Interferon (IFN) has been pointed as a possible protagonist. Recently, two studies have demonstrated that a relevant percentage of PAPS patients have an up-regulation of IFN genes in peripheral blood mononuclear cells (PBMC). However, 20% and 28% of patients in these 2 cohorts, had antidsDNA positive antibodies, a highly specific Systemic Lupus Erythematosus (SLE) autoantibody. Objective: The aim of this study is to determine the prevalence of type I IFN signature in PBMC of patients with PAPS without specific SLE autoantibodies and search for it with clinical and laboratorial associations. Methods: 53 PAPS patients (according to Sydney´s criteria) were consecutively selected and age-matched with 50 healthy controls. A third group, with non-immune-mediated thrombophilia patients, was also included. The expression of 41 IFN induced genes was analysed using real time quantitative PCR (TaqMan Low Density Array). A principal component analysis (PCA) was used to determine which genes should compose the IFN signature and z-score was calculated. The IFN signature score cut-off was defined with a ROC curve, as the point that maximized both the specificity and sensitivity. Clinical and laboratorial features were analysed searching for associations with IFN signature. Results: 11 IFN genes were highly expressed in primary APS patients. After PCA, 6 genes remained in the IFN signature: DNAJA1, IFIT5, IFI27, MX1, IFI6, TYK2. The ROC cutoff was 3,9 folds (AUC = 0.706, S = 0.49, E = 0.86, VPP = 0.79, VPN = 0.61). The type I IFN signature was present in 49% of patients with primary APS compared to 14.0% of healthy controls and 17% of non-immune-mediated thrombophilia patients (p < 0.0001). The mean IFN score was significantly higher in PAPS patients (4.0 fold higher, p < 0.0001) than in controls. A higher IFN signature was associated with a younger age at the first APS event (p = 0.023) and with the presence of obstetric events, especially with preeclampsia (p = 0.032). There was no association between IFN signature and number of thrombotic events, laboratory exams, comorbidities, family history of autoimmune diseases, and thrombosis risk scores. Treatment with statins was associated with lower levels of IFN scores (p = 0.026). Conclusion: our result indicates that PAPS patients, without lupus specific antibodies, have an enhanced type I IFN gene signature, not observed in non-immune mediated thrombophilia. We also provide novel data demonstrating that this overexpression of type I IFN-regulated genes is associated with an earlier onset of APS events and preeclampsia. Further studies are necessary to determine if this subgroup of patients will benefit of interventions targeting the type I IFN signalling pathway
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Prevalencia dos fatores trombofilicos em mulheres com infertilidade / Prevalence of trombophilic factors in fertile womenSoligo, Adriana de Goes e Silva, 1974- 30 August 2007 (has links)
Orientadores: Ricardo Barini, Egle Cristina Couto de Carvalho / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-08T19:49:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2007 / Resumo: Objetivo: determinar a prevalência dos fatores trombofílicos em mulheres inférteis. Método: estudo de corte transversal, no qual foram admitidas mulheres inférteis (atendidas em clínica privada) e submetidas à investigação de trombofilia, conforme protocolo da referida clínica, no período de março de 2003 a março de 2005. Foram incluídas mulheres em idade fértil com história de infertilidade, definida como um ano de coito sem método contraceptivo e sem concepção. Foram excluídas mulheres com hepatopatia e dados incompletos em prontuário, obtendo-se a amostra de 144 mulheres. Os fatores trombofílicos avaliados foram: o anticorpo anticardiolipina (ACL) e o anticoagulante lúpico (ACGL); a deficiência de proteína C (DPC), a deficiência de proteína S (DPS), a deficiência de antitrombina III (DAT), a presença do fator V de Leiden, uma mutação no gene da protrombina e a mutação da metileno tetrahidrofolato redutase (MTHFR). Resultados: os valores de prevalência obtidos para ACL e ACGL foram de 2%. A prevalência dos fatores trombofílicos hereditários foram: DPC 4%, DPS 6%, DAT 5%, fator V de Leiden 3%, mutação da protrombina 3%, mutação MTHFR 57%. Conclusões: das 144 pacientes selecionadas, 105 mulheres, ou seja, 72,9% apresentavam pelo menos um fator trombofílico presente. Isto reforça a importância e justifica a necessidade da investigação neste grupo / Abstract: Purpose: to establish the prevalence of thrombophilic factors in infertile women. Methods: a cross-sectional study was performed, in which infertile women were included, seen in a private clinic with investigation for thrombophilia, according to the protocol of the clinic, between March 2003 and March 2005, after the approval of the Research Ethics Committee of UNICAMP. One hundred and forty four infertile women without any liver disease were evaluated. Infertility is defined as one year of unprotected sexual intercourse without contraception and with no conception. The acquired and/or inherited thrombophilic factors are: anticardiolipin antibody (aCL) and lupus anticoagulant (LA); protein C deficiency (PCD), protein S deficiency (PSD), antithrombin III deficiency (ATD), presence of the factor V Leiden, mutation in the prothrombin gene, and mutation of Methylene tetrahydrofolate reductase (MTHFR). Results: the prevalence values obtained for aCL and LA were 2%. The prevalence of hereditary thrombophilic factors were: PCD 4%, PSD 6%, ATD 5%, factor V Leiden 3%, prothrombin mutation 3%, MTHFR mutation 57%. Out of the selected 144 patients, 105 women (72, 9%) presented at least one thrombophilic factor. This reinforces the importance and justifies the need of investigation in this grou / Mestrado / Tocoginecologia / Mestre em Tocoginecologia
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Nouveaux acteurs moléculaires de la dysfonction vasculo-placentaire / New molecular players in the placental vascular dysfunctionBouvier, Sylvie 04 July 2014 (has links)
La grossesse est une période de majoration du risque vasculaire, participant à une morbi-mortalité maternelle et fœtale pouvant justifier des mesures de prévention primaire et secondaire. Notre travail évalue l'impact de certains déterminants et l'apport de nouveaux acteurs moléculaires impliqués dans la dysfonction vasculo-placentaire. Le but ultime étant d'optimiser les prises en charge et de développer de nouvelles stratégies thérapeutiques. Nous avons étudié les complications vasculaires placentaires associées à des marqueurs biologiques connus : mutation du facteur V Leiden, mutation du gène de la prothrombine et marqueurs conventionnels du syndrome des anticorps anti-phospholipides (SAPL). Nos résultats montrent que les femmes à antécédents de fausses couches précoces répétitives et porteuses, soit du polymorphisme du facteur V, soit du polymorphisme du facteur II, soit d'un SAPL (traité par héparine et aspirine faible dose), ont un risque élevé de fausse couche tardive lors d'une nouvelle grossesse. Les femmes à antécédent de fausse couche tardive et porteuses des mêmes particularités biologiques, traitées pendant leur grossesse selon les recommandations (héparine pour l'anomalie du facteur V ou II, héparine plus aspirine faible dose pour le SAPL), ont un risque diminué de récidive de perte fœtale tardive mais demeurent, dans le groupe SAPL, fréquemment exposées aux complications tardives de la grossesse malgré la prophylaxie antithrombotique. Nous avons évalué l'apport de nouveaux marqueurs de la dysfonction vasculaire placentaire. Nous montrons que le polymorphisme Ile89Leu du gène de la phosphatase alcaline placentaire (PLAP), enzyme exprimée par les cellules du syncytiotrophoblaste -polymorphisme associé à une augmentation de l'activité PLAP-, exerce un effet protecteur sur l'échec d'implantation et la survenue d'une fausse couche primaire. Un facteur angiogénique (brevet en cours) a également été étudié (génétique, dosage plasmatique, fécondation in vitro) et nous montrons une association de ce marqueur avec les échecs d'implantation et les fausses couches idiopathiques. L'ensemble de ces travaux suggère que ces nouveaux marqueurs moléculaires pourraient contribuer au diagnostic des complications vasculaires de la grossesse et fournir des biomarqueurs d'implantation embryonnaire et/ou de développement placentaire. Ils pourraient suggérer de nouvelles cibles et stratégies thérapeutiques, répondant aux limites des traitements disponibles. / Vascular risk increases during pregnancy, contributing to maternal and foetal morbidity and mortality, and potentially justifying primary and secondary preventive measures. Our work evaluates the impact of some determinants and the contribution of new molecular actors implicated in placental vascular dysfunction. The ultimate aim is to optimize management and to develop new therapeutic strategies. We studied the placental vascular complications associated with known biological markers: the factor V Leiden or prothrombin polymorphisms, and conventional markers of the antiphospholipid antibody syndrome (APS). Women with previous recurrent abortions carrying polymorphisms of either factor V or factor II, or with APS (treated with heparin and low-dose aspirin), had an increased risk of foetal loss during subsequent pregnancies. Women with a previous foetal loss carrying these biological markers, treated according to recommendations during a new pregnancy (heparin for the polymorphisms, heparin plus low-dose aspirin for APS) had a lower risk of foetal loss, but an excess of late complications was observed in the APS group despite prophylaxis. We evaluated the contribution of new markers of placental vascular dysfunction. The placental alkaline phosphatase enzyme (PLAP) is synthesized and expressed by syncytiotrophoblastic cells. We found that the Ile89Leu polymorphism of the PLAP gene provides protection against implantation failure and primary miscarriage and induces increased PLAP activity. We also studied (genetics, plasma determinations, in vitro fertilisation) an angiogenic factor (patent application underway), which we showed to be associated with idiopathic implantation failure and miscarriage. These findings suggest that these molecular actors are potentially useful for the diagnosis of placenta-mediated pregnancy complications and may be relevant biomarkers of embryo implantation and/or placental development. They may indicate new targets for relevant therapeutic strategies, potentially overcoming the limitations of the currently available treatments.
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Eficácia e segurança da suplementação de ômega 3 em pacientes com a síndrome do anticorpo antifosfolípide primário / Effect and safety of omega-3 supplementation in patients with primary antiphospholipid syndromeCerqueira, Sheylla Maryelleen Felau 23 November 2017 (has links)
A síndrome do anticorpo antifosfolípide (SAF) é uma doença autoimune sistêmica caracterizada por episódios trombóticos recorrentes e/ou complicações durante a gravidez e presença de anticorpos antifosfolípides séricos (aPL). Os pacientes com SAF apresentam maior risco de aterosclerose e doenças cardiovasculares (DCVs). Estudos sugerem que as células endoteliais desempenham um papel central na patogênese do SAF uma vez que pacientes com SAF apresentam comprometimento da função endotelial quando comparados a controles saudáveis. A suplementação de ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 (n-3 PUFA) parece melhorar a função endotelial em pacientes com diabetes tipo 2 (DM2), dislipidemia, e lúpus eritematoso sistêmico. Dessa forma, ela poderia ser de grande relevância clínica na SAF. Objetivo: Avaliar a eficácia da suplementação de PUFA n-3 na função endotelial (desfecho primário) de pacientes com SAF primária. Desfechos secundários incluíram inflamação sistêmica, perfil lipídico e segurança. Métodos: Foi realizado um estudo clínico randomizado de 16 semanas com 22 mulheres adultas com SAF primário. As pacientes foram alocadas aleatoriamente (1: 1) para receber suplementação com placebo (PL) ou n-3 PUFA (w-3). Antes (pré) e após (Pós) 16 semanas de intervenção, elas foram avaliadas quanto a função endotelial (usando tonometria da artéria periférica), marcadores de função endotelial (concentrações circulantes de adesão intercelular molécula-1 [ICAM-1], molécula de adesão vascular-1 [VCAM-1], e-selectina e fibrinogênio), marcadores inflamatórios (concentrações circulantes de proteína C reativa [PCR], IL-6, IL-10, TNF [fator de necrose tumoral] , IL-1ra e IL-1beta), perfil lipídico, segurança (razão internacional normalizada [INR] e efeitos adversos auto-relatados. Resultados: Após a intervenção, o grupo w-3 apresentou aumento significativos no RHI (Índice de Hiperemia reativa) e LnRHI (transformação logarítmica do Índice de hiperemia reativa)q uando comparados com PL (+13% versus -12%, p = 0,06, ES = 0,9 e +23% versus -22%, p = 0,02, ES = 1,0). Não foram observadas alterações nas concentrações de e-selectina, VCAM-1 e fibrinogênio (p > 0,05). Em contrapartida, grupo ?-3 apresentou diminuição nas concentrações circulantes de IL-10 (-4% vs. + 45%, p = 0,04, ES = -0,9) e concentração reduzida não significativa de TNF (-11% vs. + 0,3%, p = 0,12, ES = -0,7), IL-1beta (-22% vs. + 12%, p = 0,2, ES = - 0,7) e ICAM-1 (+ 3% vs. + 48%, p = 0,12, ES = -0,7) quando comparado ao PL após a intervenção. Apesar das concentrações aumentadas de colesterol total e LDL-colesterol (+ 6% vs. -2%, p = 0,07, ES = 0,7; + 11% vs. -0,3%, p = 0,02, ES = 0,8), não foram observadas diferenças entre w -3 e PL na relação LDL-colesterol/HDL-colesterol (+ 7% vs. + 1%, p = 0,4, ES = 0,3) e triglicerídeos (-20% vs. -18%, p = 0,5, ES = -0,06). Nenhuma alteração no INR foi observada e nenhum efeito adverso foi relatado. Conclusão: Suplementação de PUFA n-3 por 16 semanas levou a melhorias na função endotelial e à ligeira diminuição no millieu inflamatório de pacientes com SAF primária bem controlada. Esses resultados dão suporte à suplementação de PUFA n-3 como terapia adjuvante em SAF / Antiphospholipid Syndrome (APS) is a systemic autoimmune disease characterized by recurrent thrombotic episodes and/or complications during pregnancy, and persistent serum antiphospholipid antibodies (aPL). Patients with APS are at increased risk for atherosclerosis and cardiovascular diseases (CVDs). It has been suggested that endothelial cells play a central role in the pathogenesis of APS as patients with APS show impaired endothelial function when compared with their healthy peers. Omega-3 polyunsaturated fatty acid (n-3 PUFA) supplementation has been shown to improve endothelial function in type 2 diabetes (T2D), dyslipidemia, and systemic lupus erythematosus. Thus, it could be of high clinical relevance in APS. Objective: To evaluate the effectiveness of n-3 PUFA supplementation on endothelial function (primary outcome) of patients with primary APS. Secondary outcomes were systemic inflammation, lipid profile, safety, and clinical parameters. Methods: A 16-week randomized clinical trial was conducted with 22 adult women with primary APS. Patients were randomly assigned (1:1) to receive either placebo (PL) or n-3 PUFA (?-3) supplementation. Before (Pre) and after (Post) 16 weeks of the intervention patients were assessed for endothelial function (using peripheral artery tonometry), endothelial function markers (circulating levels of intercellular adhesion molecule-1 [ICAM-1], vascular adhesion molecule-1 [VCAM-1], e-selectin and fibrinogen), inflammatory markers (circulating levels of C-reactive protein [CRP], IL-6, IL-10, TNF, IL-1ra, and IL-1beta), lipid profile, safety (international normalized ratio [INR] and self-reported adverse effects. Results: Following the intervention, w-3 presented significant increases in RHI and LnRHI when compared with PL (+13% vs. -12%, p=0.06, ES=0.9; and +23% vs. -22%, p=0.02, ES=1.0). No changes were observed for e-selectin, VCAM-1 and fibrinogen levels (p > 0.05). In contrast, w-3 showed decreased circulating levels of IL-10 (-4% vs. +45%, p=0.04, ES=-0.9) and nonsignificant decreased levels of TNF (-11% vs. +0.3%, p=0.12, ES=-0.7), IL-1beta (-22% vs. +12%, p=0.2, ES=-0.7), and ICAM-1 (+3% vs. +48%, p=0.12, ES=-0.7) when compared with PL after the intervention. Despite increased levels of total cholesterol and LDL-cholesterol (+6% vs. -2%, p=0.07, ES=0.7; +11% vs. -0.3%, p=0.02, ES=0.8), no differences between ?-3 and PL were observed in LDL-cholesterol/HDL-cholesterol ratio (+7% vs. +1%, p=0.4, ES=0.3) and triglycerides (-20% vs. -18%, p=0.5, ES=-0.06). No changes in INR were observed and no adverse effects were reported. Conclusion: Sixteen weeks of n-3 PUFA supplementation led to improvements in endothelial function and a slight decrease in the inflammatory milieu of patients with well-controlled primary APS. These results support a role of n-3 PUFA supplementation as an adjuvant therapy in APS
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Avaliação da função gonadal em pacientes do sexo masculino com síndrome antifosfolípide / Evaluation of gonadal function in male patients with antiphospholipid syndromeRabelo Junior, Carlos Nobre 02 February 2012 (has links)
INTRODUÇÃO. A síndrome antifiosfolípide (SAF) é uma condição trombofílica autoimune associada a títulos elevados e persistentes de anticorpos antifosfolípides. Caracteriza-se por tromboses em diversos órgãos, incluindo os testículos. OBJETIVO. Realizar uma avaliação global da função gonadal em pacientes masculinos com SAF primária (SAFP) e SAF associada ao lúpus eritematoso sistêmico (SAF-LES). MÉTODOS. Estudo transversal realizado em 22 pacientes (12 com SAFP e 10 com SAF-LES) e 20 controles saudáveis pareados por sexo e idade. Os pacientes foram avaliados em relação a dados demográficos, exame urológico, ultrassonografia testicular, perfil hormonal, análise do sêmen, anticorpos antiespermatozóides e características clínicas e laboratoriais. RESULTADOS. A mediana da idade atual foi semelhante nos pacientes com SAFP e controles (p=0,27), assim como naqueles com SAF-LES e controles (p=0,31). Disfunção erétil foi significantemente maior nos pacientes com SAFP comparado aos controles (25% vs. 0%, p=0,044), e nos SAF-LES comparado aos controles (30% vs. 0%, p=0,029). Com relação à antropometria do pênis, a análise dos subgrupos de pacientes com (n=7) e sem (n=5) tromboses arteriais prévias demonstrou que a mediana da circunferência do pênis foi significantemente menor em SAFP com trombose arterial versus sem trombose arterial [8,1 (6-10) vs. 10,2 (10-11) cm, p=0,007], bem como também observado em pacientes com SAF-LES com (n=2) e sem (n=8) eventos arteriais prévios [7,5 (7-8) vs. 9,18 (8-10,5) cm, p=0,039]. A mediana da circunferência do pênis foi significantemente menor nos pacientes com SAFP com disfunção erétil versus sem essa alteração [7,5 (6-9,5) vs. 9,5 (7,5-11) cm, p=0,039], assim como no grupo de SAF-LES [8,17 (8-8,5) vs. 9,14 (7-10,5) cm, p=0,0397]. Com relação à avaliação da função testicular, todos os parâmetros foram semelhantes nos pacientes com SAFP e controles (p>0,05). Por sua vez, as medianas de concentração e de mobilidade dos espermatozóides foram significantemente menores nos pacientes com SAF-LES comparado aos controles [41,1 (0-145) vs. 120,06 (34,5-329) x 106/mL, p=0,003; 47,25 (0-87,5) vs. 65,42 (43-82)%, p=0,047; respectivamente], assim como a frequência de oligo/azoopermia (40% vs. 0%, p=0,007). A análise dos pacientes com SAF-LES mostrou que as medianas da concentração e da contagem total de espermatozóides foram significantemente menores nos que usaram ciclofosfamida endovenosa versus os que não usaram tal medicação [6,87 (0-23,5) vs. 63,9 (7,5-145) x 106/mL, p=0,04; 16,12 (0-55,5) vs. 226,25 (8,5-471) x 106, p=0,035; respectivamente]. CONCLUSÕES. Diminuição do tamanho peniano nos pacientes com SAFP e SAF-LES com disfunção erétil associada foi evidenciada, além de disfunção testicular secundária ao uso de agentes alquilantes nos pacientes com SAF-LES / INTRODUCTION. Antiphospholipid syndrome (APS) is an autoimmune thrombophilic condition associated with persistent high titers of antiphospholipid antibodies. It is characterized by thrombosis in various organs including the testes. OBJECTIVE. To perform a global testicular assessment in male primary antiphospholipid syndrome (PAPS) and secondary systemic lupus erythematosus-APS (SLE-APS) patients, and healthy controls. METHODS. A cross-sectional study was conducted in 22 APS (12 PAPS and 10 SLE-APS) male patients, and 20 healthy controls. They were assessed by demographic data, systematic urological examination, testicular ultrasound, hormone profile, sperm analysis, antisperm antibodies, clinical features and treatment. RESULTS. The median of current age was similar in PAPS patients and controls (p=0.27), likewise in SLE-APS and controls (p=0.31). Erectile dysfunction was significantly higher in PAPS patients compared than controls (25% vs. 0%, p=0.044), and in SLE-APS and controls (30% vs. 0%, p=0.029). Regarding the penile anthropometry, the analysis of subgroups of PAPS patients with (n=7) and without (n=5) previous arterial thrombosis demonstrated that the median circumference penis was significantly lower in PAPS with arterial thrombosis versus without [8.1 (6-10) vs. 10.2 (10-11) cm, p=0.007], as also observed in SLE-APS patients with (n=2) and without (n=8) previous arterial events [7.5 (7-8) vs. 9.18 (8-10.5) cm, p=0.039]. In addition, the median penis circumference was significantly lower in PAPS patients with erectile dysfunction versus without this alteration [7.5 (6-9.5) vs. 9.5 (7.5-11) cm, p=0.039], likewise in SLE-APS patients [8.17 (8-8.5) vs. 9.14 (7-10.5) cm, p=0.0397]. Regarding gonadal evaluation, these parameters were uniformly normal in PAPS versus controls (p>0.05). In contrast, the median of sperm concentration and sperm motility were significantly lower in SLE-APS patients compared to controls [41.1 (0-145) vs. 120.06 (34.5-329) x 106/mL, p=0.003; 47.25 (0-87.5) vs. 65.42 (43-82)%, p=0.047; respectively], likewise the frequency of oligo/azoopermia (40% vs. 0%, p=0.007).The analysis of SLE-APS patients showed that the median of sperm concentration and total sperm count were significantly lower in SLE-APS patients treated with intravenous cyclophosphamide versus untreated [6.87 (0-23.5) vs. 63.9 (7.5-145) x 106/mL, p=0.04; 16.12 (0-55.5) vs. 226.25 (8.5-471) x 106, p=0.035; respectively]. CONCLUSIONS. We have identified reduced penile size in PAPS and SLE-APS patients with deleterious erectile function, and testicular dysfunction due to alkylating agents in SLE-APS patients
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