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Alterações agudas da tireoide após radioterapia não dirigida à glândula em crianças e adolescentes, e dosimetria in vivo para a tireoide de diferentes regiões corporais irradiadas

Bonato, Cassiane Cardoso January 2012 (has links)
Purpose: To assess acute changes in thyroid function and volume in children and adolescents undergoing external radiation therapy for a variety of non-thyroid cancers. Methods and Materials: The study sample comprised 31 children and adolescents undergoing radiation therapy of various body areas in which the thyroid was outside the main beam. Thyroid-stimulating hormone (TSH), thyroxine (T4), free thyroxine (fT4), triiodothyronine (T3), anti-thyroperoxidase (anti-TPO) antibodies and thyroglobulin (Tg) were measured before radiation therapy, on the last day of irradiation, and 1 month and 3 months after the end of radiation therapy. Ultrasound and 6-hour and 24-hour 131I uptake were also performed before and after treatment. The scattered dose to the thyroid region was estimated with a treatment planning system (TPS) or measured with thermoluminescent dosimeters (TLDs). Results: The median radiation dose scattered to the thyroid was 296.6 cGy (IQR 16.7–1709.0). Levels of TSH (P=0.575), T4 (P=0.950), fT4 (P=0.510), T3 (P=0.842), Tg (P=0.620), and anti-TPO antibodies (P=0.546) were statistically similar at all four points in time. Younger subjects had higher T4, T3 and Tg levels, and T4 was highest in girls. There were no differences between pre- and post radiotherapy thyroid volume and 131I uptake (P=0.692 and 0.92, respectively). Conclusion: The radiation doses scattered to the thyroid in this sample were not associated with acute changes in thyroid function or volume. More sensitive methods may be required to ascertain whether acute injury to the follicular epithelium occurs with lower radiation doses.
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Associação entre felicidade e espiritualidade em crianças e adolescentes saudáveis de escolas de Porto Alegre

Valdivia, Lucianne Jobim January 2017 (has links)
Introdução: No contexto brasileiro, um levantamento nacional mostrou o alto nível de religiosidade da população brasileira, indicando que 83% dos brasileiros consideram religião como muito importante em suas vidas e mais de um terço frequenta um serviço religioso pelo menos uma vez por semana. Muitos estudos tem sido conduzidos no Brasil e no mundo investigando a relação espiritualidade e saúde, porém a imensa maioria em populações de adultos. O objetivo da atual dissertação é avaliar a associação entre as medidas das variáveis felicidade e espiritualidade em crianças e adolescentes saudáveis entre 9-15 anos estudantes de escolas de Porto Alegre, Brasil. Para tanto, inicialmente procedeu-se à tradução, adaptação e validação da escala SHALOM para medir espiritualidade na população em estudo. Também considerou-se a influência de fatores confundidores como fatores demográficos e sintomas depressivos. Métodos: Os participantes do estudo foram crianças saudáveis de 9-15 anos, estudantes de uma escola pública e outra privada de Porto Alegre, Brasil e a coleta de dados foi feita em sala de aula, durante o período escolar. Questionário de dados demográficos e escalas de felicidade, espiritualidade, e sintomas depressivos foram aplicadas. A adaptação e validação da escala seguiram os procedimentos indicados pela literatura. Posteriormente, procedeu-se à análise de regressão hierárquica tendo as variáveis demográficas idade e gênero, religiosidade, estrutura familiar e classe social no primeiro bloco, as dimensões da espiritualidade e presença de doença crônica no segundo bloco e sintomas depressivos no terceiro bloco. Resultados: Os dados indicam que a escala SHALOM apresenta propriedades psicométricas adequadas para o estudo da espiritualidade e da saúde espiritual em crianças e adolescentes saudáveis acima de 9 anos de Porto Alegre, Brasil. A análise do modelo de regressão da amostra de crianças e adolescentes (n=487) demonstrou que a idade (β=-0,109; p=0,020) e sintomas depressivos (β=-0,272; p<0,001) foram negativamente correlacionados com felicidade.Ter uma religião(β=0,323; p=<0,001) e "ser espiritualizado não-religioso" (β=0,286; p=<0,001), mostrou correlação positiva com felicidade. As dimensões pessoal (β=0,237; p=<0,001) e comunitária (β=0,135; p=<0,045) da espiritualidade mostraram associações positivas com felicidade. As demais variáveis não foram significativas para o modelo. Conclusões: Os achados foram consistentes com pesquisas em crianças e adolescentes de outros continentes. Ter uma afiliação religiosa, "ser espiritualizado, mas nãoreligioso", ter uma relação pessoal com a espiritualidade, significado de vida, valores e com os semelhantes foram positivamente associadas com maior felicidade e menores sintomas depressivos.As relações entre espiritualidade e felicidade sugerem que estudos futuros devem ser conduzidos para acessar a eficácia da espiritualidade como um fator de promoção de saúde.Esse é o primeiro estudo no Brasil e um dos poucos no mundo a avaliar a espiritualidade de crianças e adolescentes saudáveis através de auto-relato. / Background: In Brazil, a national survey showed the high level of religiosity of the Brazilian population, indicating that 83% of Brazilians consider religion to be very important in their lives and more than one third attend a religious service at least once a week. In the last years, many studies have been conducted investigating the relationship between spirituality and health, but most of them in adult samples. The objective of the present dissertation is to evaluate the association between measures of happiness and spirituality variables in healthy children and adolescents aged 9-15 years, students of schools in Porto Alegre, Brazil. Therefore, the SHALOM scale was initially translated, adapted and validated to measure spirituality in the study population. We also considered the influence of confounding factors such as demographic factors and depressive symptoms. Methods The dissertation begins with a review of the literature on Positive Psychiatry, a theoretical framework on which this study is based, addressing concepts and evidence on well-being, happiness, and spirituality in children and adolescents, as well as measures of these variables in the study population. The study participants were healthy children aged 9-15, students from a public and private school in Porto Alegre, and data collection was done in the classroom during the school period. Questionnaire of demographic data and scales of happiness, spirituality, depressive symptoms were applied. The adaptation and validation of the scale followed the procedures indicated in the literature. Subsequently, we conducted a hierarchical regression analysis in blocks, with the demographic variables age, gender, religiosity, family structure and social class included in the first block, dimensions of spirituality and presence of chronic disease in the second block and depressive symptoms in the third block. Results The data indicate that the SHALOM scale presents adequate psychometric properties for the study of spirituality and spiritual health in children and adolescents of 9 years and above. Analysis of the regression model of the sample of (n=487) children and adolescents demonstrated that age (β=-0.109; p=0.020) and depressive symptoms (β=-0.272; p<0.001) were negatively correlated with happiness. Having a religion (β=0.323; p=<0.001), and be "spiritual but not religious" (β=0.286; p=<0.001) showed a positive correlation with happiness. Personal (β=0.237; p=<0.001) and Communal (β=0.135; p=<0.045) dimensions of spirituality showed positive associations with happiness. The other variables were not significant for the model. Conclusions The findings were consistent with research on children and adolescents from other continents. Having a religious affiliation, "be spiritual but not religious", having a personal relationship with spirituality, meaning of life, values, and with others was positively associated with greater happiness and less depressive symptoms. The relationships between spirituality and happiness suggest that future studies should be conducted to access the effectiveness of spirituality as a factor of health promotion.
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O amor e o namoro me interessam, a AIDS, nem tanto!... : representações sociais da AIDS entre jovens de uma escola de ensino fundamental de Porto Alegre

Ferreira, Sandra Rejane Soares January 2000 (has links)
O amor e o namoro me interessam, a AIDS, nem tanto! Representações Sociais da AIDS entre jovens de uma Escola Estadual de Ensino Fundamental de Porto Alegre é um estudo do tipo exploratório-descritivo que utiliza a abordagem teóricometodológica, propiciada pela Noção de Representações Sociais. Tem-se como objetivo identificar e compreender as Representações Sociais da AIDS, no universo dos jovens escolares, bem como os conhecimentos e as atitudes ante o risco de contaminação pelo vírus HIV. A população estudada foi de 145 jovens, de 10 a 16 anos, estudantes de 5ª a 8ª série, de uma Escola Estadual. Eles residem em bairros populares com baixo e médio poder aquisitivo, com acesso a condições básicas de habitação, saneamento e infraestrutura urbana, na zona leste de Porto Alegre. Os dados foram obtidos mediante aplicação de questionários, de técnicas de associação livre e de entrevistas. Utilizamos uma metodologia plural, que se propôs a combinar as abordagens dinâmica e estrutural das Representações Sociais. A AIDS não é o assunto que mais interessa estes jovens, no momento, seus interesses e preocupações correspondem às relações afetivas com seus pares e às mudanças corporais que experimentam, nesta faixa etária. Dentre os resultados, podemos afirmar que a quase totalidade dos jovens recebeu alguma informação sobre AIDS e os locais mais citados foram a escola, em casa e na TV. Os jovens representaram a AIDS como uma doença mortal, transmitida pelo sexo, causada por um vírus e que provoca tristeza e medo, mas pode ser evitada pelo uso da camisinha. A maioria dos entrevistados dispõe de conhecimentos médios, tanto sobre a transmissão quanto sobre as formas de proteção da AIDS. Eles não conhecem os mecanismos biológicos da doença, mas sim a imagem de deterioração física a que um doente pode chegar. Um terço deles sabe da existência de portadores sadios da doença e da existência de tratamento.Quanto às atitudes em relação ao risco de contaminação, elas se modificam em razão da idade e do sexo e os jovens se dizem mais implicados na faixa etária de 13 a 16 anos. Aponta-se para a necessidade de um processo de educação em saúde efetivo e para a importância do conhecimento sobre a doença, mas entende-se que a aquisição de conhecimentos não é suficiente para adoção de condutas preventivas. As atitudes que poderão se configurar em condutas preventivas dependem de muitos fatores e não se resumem aos aspectos cognitivos. Os jovens, desta pesquisa, fornecem elementos que apontam para a complexidade desta temática e a necessidade de ajustarmos nossas práticas pedagógicas em educação para saúde.
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Aptidão cardiorrepiratória e atividade física de adolescentes : associação com o ambiente escolar, estrutura pedagógica da educação física e o ambiente urbano

Mello, Julio Brugnara January 2016 (has links)
O objetivo deste estudo é identificar as associações da aptidão cardiorrespiratória e da atividade física de adolescentes com as características do ambiente escolar, a estrutura pedagógica da educação física e o ambiente urbano. Trata-se de um estudo do tipo associativo, que utilizou abordagens mistas com predominância quantitativa. A população deste estudo são os adolescentes matriculados no ensino médio das escolas da zona sul de Porto Alegre. A aptidão cardiorrespiratória foi avaliada através do teste de corrida e caminhada de 6 minutos. A atividade física foi avaliada através de pedometria e alguns domínios (considerados no estudo como variáveis individuais) através de questionário. O ambiente escolar foi avaliado através de um instrumento de auditoria na escola e a estrutura pedagógica da educação física através de entrevista semiestruturada. A qualidade das praças e parques foi avaliada através de um instrumento de apoio a observação direta, o walkability foi considerado a partir da densidade residencial, do tamanho médio das quadras e do número de intersecções de ruas. Estas variáveis foram analisadas em um raio de 500 metros a partir da residência dos alunos. Foram consideradas também as distâncias entre a residência e a escola e os parques/praças mais próximos. Para o tratamento dos dados foram utilizadas análises descritivas, de variância e de associação, considerando um alfa de 0,05. Fizeram parte do estudo 236 adolescentes de três escolas da zona sul de Porto Alegre. Os resultados estão apresentados na forma de dois estudos: (1) Associação da aptidão cardiorrespiratória de adolescentes com o ambiente escolar e a estrutura pedagógica da educação física; e (2) Associação entre a atividade física de adolescentes e o ambiente urbano. Com relação ao estudo 1, os resultados indicaram uma alta ocorrência de adolescentes na zona de risco à saúde para a aptidão cardiorrespiratória (97% de meninas e 85% de meninos). A baixa aptidão cardiorrespiratória foi independente dos professores de educação física. Na análise qualitativa os professores não indicaram quaisquer estratégias pedagógicas para trabalhar com a aptidão física ou atividade física durante as aulas. Nas análises de associação, as variáveis categóricas sexo (β: 0,784), participação na educação física (β: 0,931), atividade física fora da escola (β: 1,068) e ter quadra poliesportiva na escola (β: 0,884) foram capazes de predizer a variabilidade da aptidão cardiorrespiratória. Com relação ao estudo 2, foram avaliados 98 espaços públicos, destes 68% possuíam parquinho, 21% campo de futebol e 21,2% estação de exercício. Foi evidenciado que 79,5% das meninas e 69,6% dos meninos estavam classificados na zona de risco à saúde para a atividade física. As análises de associação mostraram que o deslocamento para a escola (OR: 6,65), o uso de praças/parques (OR: 11,46) a distância da residência até a escola (OR: 0,21) e o walkability (OR: 0,14) se associaram com a atividade física, o walkability por sua vez dependeu das variáveis aptidão cardiorrespiratória e gostar de educação física para ser significativo no modelo de regressão. A partir dos resultados concluímos que, tanto a aptidão cardiorrespiratória e a atividade física estão fracas entre os adolescentes. A educação física escolar parece não influenciar na aptidão cardiorrespiratória, entretanto, a atividade física fora da escola influenciar. A atividade física dos adolescentes se associa com o uso de praças/parques e com o deslocamento ativo para a escola, o walkability parece se associar com a atividade física dos adolescentes que são aptos e gostam de educação física. / The aim of this study is to identify associations of cardiorespiratory fitness and physical activity of adolescents with the characteristics of the school environment, the educational structure of the physical education and the urban environment. It is a associative study, which used mixed approaches with quantitative predominance. The study population are teenagers enrolled in high school of south of the Porto Alegre area. Cardiorespiratory fitness was assessed by running/walk 6-minute test. Physical activity was assessed using pedometrics and some areas (considered in the study individual variables) through a questionnaire. The school environment was evaluated by an audit tool in the school and the educational structure of physical education through semi-structured interviews. The quality of squares and parks was assessed using a tool to support the direct observation, the walkability was considered from the residential density, the average size of blocks and the number of street intersections. These variables were analyzed in a radius of 500 meters from the residence of students. Also considered were the distances between home and school and parks / plazas nearby. For the treatment of data was used descriptive analysis, variance and association, considering a 5% significance. Participants were 236 adolescents from three schools of the south of Porto Alegre area. The results are presented in the form of two independent studies: (1) cardiorespiratory fitness Association of adolescents with the school environment and the educational structure of physical education; and (2) Association between physical activity of adolescents and the urban environment. With respect to study 1, the results indicated a high incidence of adolescents in risk zone for health cardiorespiratory fitness (97% girls and 85% boys). Low cardiorespiratory fitness was independent of physical education teachers. Qualitative analysis teachers didn’t indicate any teaching strategies to work with physical fitness or physical activity during class. In association analyzes, categorical variables gender (β: 0.784), participation in physical education (β: 0.931), physical activity outside of school (β: 1,068) and have a sports field at school (β: 0.884) were able to predict the variability of cardiorespiratory fitness. Regarding the study 2, 98 were public spaces evaluated these 68% had a playground, soccer field 21% and 21.2% exercise station. It was shown that 79.5% of girls and 69.6% of boys were classified as health risk area for physical activity. Association analyzes showed that commuting to school (OR: 6.65), the use of squares / parks (OR: 11.46) the distance from home to school (OR: 0.21) and walkability (OR: 0.14) were associated with physical activity, walkability in turn depended on variables like cardiorespiratory fitness and physical education to be significant in the regression model. From the results we conclude that both cardiorespiratory fitness and physical activity are low among adolescents. The physical education does not seem to influence the cardiorespiratory fitness, however, physical activity outside of school influence. The physical activity of adolescents is associated with the use of squares / parks and active commuting to school, walkability seems to be associated with the physical activity of adolescents who are able and like physical education.
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O desenvolvimento das trejetórias do comportamento delinqüente em adolescentes infratores

Silva, Debora Frizzo Macagnan da January 2002 (has links)
O presente trabalho teve como objetivo investigar, através de um delineamento longitudinal retrospectivo e prospectivo, as trajetórias do comportamento delinqüente, em adolescentes infratores brasileiros. Também se investigou variáveis individuais, familiares e sociais, consideradas fatores de risco para a delinqüência. Participaram 200 adolescentes, do sexo masculino, de baixo nível sócio-econômico, que cumpriam medidas sócio-educativas pelo cometimento de atos infracionais. Os adolescentes foram entrevistados individualmente e sua trajetória de vida foi acompanhada durante dois anos. Os resultados mostraram que em 72,5% dos adolescentes investigados ocorreu a desistência do comportamento delinqüente, e que em 26,5% ocorreu a persistência do comportamento delinqüente. Durante a realização da pesquisa dois adolescentes foram mortos. Análises de regressão mostraram que os melhores preditores destas trajetórias foram variáveis contextuais: trabalhar antes do cometimento dos atos infracionais, o número de internações em unidades de proteção durante a infância e a trajetória de inserção no sistema de atendimento à criança e/ou adolescente em situação de risco. Os resultados indicaram também a presença de características pessoais saudáveis nos jovens investigados, tais como um estilo atribucional interno, estratégias de coping adaptativas, altos níveis de auto-estima e baixos índices de depressão. Estes resultados devem ser levados em conta nas estratégias de intervenção com adolescentes em situação de risco social e pessoal para a delinqüência. Também confirmam a importância de intervenções que tenham como foco não somente os jovens, mas também sua comunidade, sua família, sua escola e o planejamento de programas que incrementem oportunidades de emprego.
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Instituições de atendimento a crianças e adolescentes em situação de rua : objetivos atribuídos por seus dirigentes e pelos jovens atendidos

Santana, Juliana Prates January 2003 (has links)
O presente estudo visou identificar a relação estabelecida entre os adolescentes em situação de rua e as instituições de atendimento a eles destinadas. Foram comparados os significados que os adolescentes em situação de rua atribuem às instituições de atendimento com os objetivos destes locais presentes nos documentos ali produzidos e segundo os seus dirigentes e/ou coordenadores. Foram realizados três estudos interdependentes, sendo o primeiro feito com os adolescentes em situação de rua no centro da cidade de Porto Alegre. O segundo estudo foi realizado com as instituições mais citadas pelos participantes do estudo anterior e o terceiro estudo teve como participantes os dirigentes e/ou coordenadores destas instituições. Os resultados demonstram haver, de uma maneira geral, uma coerência entre os objetivos institucionais presentes nos documentos analisados, na fala dos adolescentes e dos dirigentes destes serviços. Isto ocorre, principalmente, em relação ao objetivo do suprimento das necessidades básicas das crianças e adolescentes atendidas pelas instituições, havendo algumas incoerências em relação ao objetivo de reinserção social. Esta é apontada como uma das principais dificuldades enfrentadas pelas instituições de atendimento, sendo discutidas as principais implicações desta dificuldade. A partir da realização dos estudos, foi possível constatar, ainda, a existência de uma trajetória de vinculaçao institucional que demonstra a forma como os jovens em situação de rua se relacionam com a rua, as instituições de atendimento e a família. Por fim, é importante ressaltar o papel da inserção ecológica da equipe de pesquisa nos diferentes contextos investigados, garantindo a validade ecológica dos dados e apontando uma série de aspectos que contribuíram para melhor compreender a relação estabelecida entre os jovens em situação de rua e as instituições de atendimento a eles destinadas.
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Bullying : auto-estima e diferenças de gênero

Bandeira, Cláudia de Moraes January 2009 (has links)
O presente estudo teve por objetivo pesquisar a ocorrência de bullying em adolescentes de três escolas, públicas e privadas, da cidade de Porto Alegre, RS. Investigou os tipos mais utilizados de bullying e a freqüência com que ocorrem. Objetivou, também, verificar se existe diferença na auto-estima de adolescentes envolvidos no bullying, enquanto vítimas, agressores, vítimas/agressores e testemunhas, por sexo. A amostra foi composta por 465 adolescentes, de ambos os sexos, estudantes de quartas a oitavas séries do ensino fundamental. Dentre estas crianças, 52,7% pertenciam ao sexo masculino e a idade dos participantes variou entre nove e dezoito anos (M= 13,4 anos; dp = 1,47). Os instrumentos utilizados foram um questionário sobre bullying, com 15 questões de múltipla escolha e a Escala de Auto-Estima de Rosenberg. Os dados foram coletados de forma coletiva nas escolas, após autorização das mesmas e consentimento dos adolescentes e pais. Os resultados mostraram que 67,5% foram vítimas, 54,7% foram agressores, 43,6% foram vítimas/agressores e 83,9% foram testemunhas de bullying. Uma ANOVA apontou uma interação entre sexo e papéis de bullying em relação à auto-estima. Testes Post Hoc demonstraram que meninos no grupo de vítimas/agressores apresentaram média superior de auto-estima em relação às meninas. Verificou-se que meninos no grupo de testemunhas apresentaram maior média de auto-estima que no grupo das vítimas. Verificou-se que as meninas no grupo de agressoras apresentaram média mais alta que o grupo das vítimas/agressoras. Concluiu-se que o bullying é um fenômeno de ocorrência muito comum e que apresenta diferentes implicações na auto-estima das meninas e dos meninos envolvidos em diferentes papéis. Novos estudos para esclarecer algumas dessas questões são propostos. / This study examined the occurrence of bullying in adolescents registered in elementary schools of the city of Porto Alegre, Brazil. It investigated the most common types of bullying and its prevalence. It aimed also to verify possible sex differences in the selfesteem of participant as a function of their roles in bullying as victims, aggressors, victims/ aggressors, or witnesses. The participants were 465 adolescents (52.7% males), nine to 18 years old (M= 13.4 years; sd = 1.47). The participants answered the Rosenberg Self-Esteem Scale and a bullying questionnaire consisting of 15 multiple choices questions. Results showed that 67.5% of the adolescents were victims, 54.7%, aggressors, 43.6%, victims/ aggressors, and 83.9%, witnesses. An ANOVA showed an interaction between sex and the participants’ bullying roles in relation to self-esteem. Post-hoc analyses demonstrated that boys in the victims/aggressors group were higher than girls in self-esteem. Male witnesses presented higher self-esteem than victims. Female aggressors presented higher self-esteem than the victims/aggressors group. The results showed that bullying is a very common phenomenon of frequent occurrence which presents different implications for girls and boys self-esteem as a function of the roles they play. New studies to clarify some of these questions are suggested.
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O cuidado do adolescente com câncer: a perspectiva do pensamento complexo / Care for adolescents with cancer: the perspective of complex thinking.

Maria José Menossi 29 January 2010 (has links)
O adolescente, ao se deparar com o adoecimento pelo câncer, se vê diante de um grande desafio que desencadeia grandes transformações em sua vida. As limitações impostas pela doença alteram a rotina dos adolescentes que se veem forçados a se submeter a um tratamento agressivo e doloroso e a se adaptar às restrições tanto de atividades quanto de relacionamentos. O objetivo da presente investigação é compreender como se configura o cuidado do adolescente com câncer, articulando as perspectivas dos adolescentes, familiares e da equipe de saúde, no contexto de um hospital de nível terciário de atenção, e apontar elementos que se aproximam e se distanciam de um cuidado que considere a complexidade humana. Foi utilizada a abordagem metodológica qualitativa, com fundamentação nas ideias acerca do pensamento complexo, tratado por Edgar Morin, pensador francês, que defende a necessidade de um modo de pensar multidimensional, em consonância com a complexidade da realidade. Participaram do estudo 12 adolescentes (com idade entre 12 e 18 anos), 14 familiares (dois pais, nove mães e três irmãos) além de 37 profissionais (15 médicos, quatro alunos do sexto ano de medicina, seis enfermeiras, cinco auxiliares de enfermagem, uma técnica de enfermagem, duas assistentes sociais, dois psicólogos, uma terapeuta ocupacional e duas nutricionistas). A entrevista e a observação foram utilizadas para a coleta de dados. A análise compreensiva dos dados foi desenvolvida buscando preservar a sua característica multidimensional, mediante a articulação dos diferentes sujeitos, considerando as distintas perspectivas, envolvidas no contexto do estudo, bem como o conjunto e suas relações, reconhecendo a complexidade do todo. Foram construídas três temáticas, inter-relacionando os dados empíricos com o referencial teórico proposto: a dialógica racionalidade-afetividade, a dialógica vida-morte e a dialógica indivíduoequipe- instituição no cuidado do adolescente com câncer. Considerando a questão do cuidado do adolescente com câncer como um fenômeno complexo que envolve múltiplas dimensões (indivíduos em um momento peculiar de seu desenvolvimento, com demandas específicas, inseridos em uma unidade familiar e social, vivenciando uma doença grave que os aproxima cotidianamente de uma equipe de profissionais com diferentes formações e diversos enfoques no cuidado), cabe construir práticas de cuidar condizentes com a complexidade da condição humana. Deste modo, cabe integrar a racionalidade técnica com a realidade vivida que comporta também a afetividade, a religiosidade, a angústia existencial e a possibilidade da criação, algumas das condições próprias do sujeito humano. / When faced with cancer, adolescents are confronted with a big challenge that leads to great transformations in their lives. The limitations the disease imposes alter the adolescents\' routine, who are forced to submit to an aggressive and painful treatment and to adapt to restrictions in their activities and relationships. This research aims to understand care delivery to adolescents with cancer, articulating the perspectives of adolescents, relatives and the health team in the context of a tertiary care hospital, as well as to appoint elements that approach and get away from care that takes into account human complexity. A qualitative methodological approach was used, based on the ideas of complex thinking according to the French thinker Edgar Morin, who defends the need for a multidimensional way of thinking, in line with the complexity of reality. Study participants were 12 adolescents (between 12 and 18 years old), 14 relatives (two fathers, nine mothers and three siblings), besides 37 professionals (15 physicians, four sixth-year medical school students, six nurses, five nursing auxiliaries, one nursing technician, two social workers, two psychologists, one occupational therapist and two nutritionists). Interview and observation were used for data collection. Comprehensive data analysis was developed in the attempt to preserve its multidimensional nature, through the articulation among different subjects, considering the distinct perspectives involved in the study context, as well as the collective picture and its relations, acknowledging the complexity of the whole. Three themes were constructed, interrelating empirical data with the proposed theoretical framework: the rationality-affectivity dialogue, the life-death dialogue and the individual-team-institution dialogue in care for adolescents with cancer. Considering care delivery to adolescents with cancer as a complex phenomenon, involving multiple dimensions (individuals at a peculiar moment in their development, with specific demands, inserted in a family and social unit, experiencing a severe disease, which every data approximates them to a professional theme with different backgrounds and various care foci), care practices should be constructed that are in line with the complexity of the human condition. Thus, technical rationality should be integrated with the experience reality, which also includes affectivity, religiosity, existential anguish and the possibility of creation, which are some of the conditions characteristic of human beings.
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Educação de jovens e adultos :uma discussão sobre a formação docente /

Righetto, Mariúde, Keim, Ernesto Jacob, 1947-, Universidade Regional de Blumenau. Programa de Pós-Graduação em Educação. January 2007 (has links) (PDF)
Orientador: Ernesto Jacob Keim. / Dissertação (mestrado) - Universidade Regional de Blumenau, Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação.
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Depresión y ansiedad en estudiantes de una academia preuniversitaria de Lima - 2014

Zapata Susanivar, Talía Minerva January 2014 (has links)
Determina los síntomas de depresión y ansiedad en estudiantes de una Academia Preuniversitaria de Lima, utilizando una encuesta sociodemográfica y las escalas de Zung de depresión y ansiedad aplicada a 149 estudiantes del turno mañana. De acuerdo a los resultados, el 50.3% (75) de estudiantes están en la edad de 17 a 18 años, el 52,3% (78) es masculino y 47,7%(71) son mujeres, el 63,8%(95) vive en Lima, el 71,1%(106) son católicos. No hay mucha diferencia respecto al tipo de colegio 49,7%(74) es estatal y 50,3%(75) es particular, el 58,4%(87) viven con sus padres y el 81,9%(102) tienen vivienda propia, el 40.3%(60) postula a la carrera de ingenierías y el 16.8%(25) a medicina y el 57%(85) tuvo de 2 a 5 intentos de postulación a la universidad. Además se encontró que el 77.2%(115) no presenta síntomas ansiosos y el 22,8%(34) tiene ansiedad leve-moderada. El 68,5%(102) no tienen síntomas depresivos y 30,9%(46) con depresión leve. Los estudiantes de la edad de 17 a 18 años con 14,8%(22) y el sexo masculino con 17,4%(26) presenta ansiedad leve-moderada. De igual forma la edad de 17 a 18 años con 18.1%(27) y el sexo masculino con 16.8%(25) presenta depresión leve. Los estudiantes de la Academia ADUNI presentan ansiedad moderada en el 22.8%. Los estudiantes de la Academia ADUNI presenta depresión leve en un 30.9%. Las edades más afectadas por la ansiedad y la depresión leve están comprendidas entre los 17 a 18 años. El sexo más afectado por la ansiedad y la depresión es el masculino. / Tesis

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