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A materialização da política de gestão democrática na escola : uma análise da experiência do sistema municipal de ensino do Cabo de Santo Agostinho no período de 1997-2003SANTOS, Ana Selma Dos January 2004 (has links)
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Previous issue date: 2004 / Este trabalho teve como objetivo analisar a materialização da política de gestão
democrática na escola tendo como fio condutor à experiência do sistema municipal
de ensino do Cabo de Santo Agostinho PE, no período de 1997 a 2003. A
perspectiva teórica adotada tomou por referência uma análise do contexto de
formulação e implementação das políticas públicas sob a perspectiva dos embates
travados no âmbito do Estado. Dimensões da política educacional e da política de
gestão democrática também foram consideradas e serviram como caminho para
investigar os elementos que se interpõem entre os processos de formulação da
política educacional e sua materialização até chegar ao chão da escola no contexto
das ações implementadas pelo município em estudo no período referenciado. A
análise de conteúdo dos documentos que tratam das diretrizes de governo e da
política educacional de gestão democrática implementada e a análise de conteúdo
das entrevistas realizadas junto aos professores das duas escolas pesquisadas
constituíram a base de referência de nossa pesquisa. Os resultados evidenciaram
que, apesar da existência de lacunas verificadas na implementação do modelo de
gestão instituído no sistema municipal de ensino, há um reconhecimento positivo,
por parte dos professores e professoras, das ações no campo da gestão
democrática participativa. Indicaram, também que os vários fatores relacionados às
condições do exercício do magistério e as vivências no âmbito social e político dos
professores levaram a gestão democrática escolar, apesar de percebida como valor
e integrar o arcabouço discursivo dos professores, não ter atingido, ainda, o nível
desejado como resposta a uma prática mais orgânica e sistemática assumida pelo
conjunto dos sujeitos que respondem pelo fazer pedagógico
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Perspectivas da vontade em AgostinhoCunha, Mariana Paolozzi Servulo da 26 July 2018 (has links)
Orientador: Francisco Benjamin de Souza Netto / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-07-26T15:35:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2000 / Resumo: Não informado / Abstract: Not informed. / Doutorado / Doutor em Filosofia
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Convergências e divergências conceituais sobre o livre arbítrio em Santo Agostinho e CalvinoPiva, Daniel 23 February 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-02-23 / In this work the author begins with a short historic introduction about Saint Augustine, John Calvin and Free Will in order to deal specifically with their similarities and differences concerning this subject. His goal is to contribute to a larger understanding about the human will and its limitations from the perspective of Science of Religion, thus enlarging the field of knowledge of the humanities. / Neste trabalho o autor faz uma pequena introdução histórica sobre Santo Agostinho, João Calvino e o tema Livre-Arbítrio para tratar especificamente das convergências e divergências entre estes dois teólogos sobre o referido tema. Seu objetivo é contribuir para o maior entendimento sobre a questão da vontade humana e suas limitações sob o ponto de vista das Ciências da Religião, ampliando assim o campo do conhecimento das humanidades.
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A reflexão como método de conhecimento psicológico em Agostinho e Husserl / Reflection as a method of psychological knowledge in Augustine and HusserlSávio Passafaro Peres 28 February 2011 (has links)
O objetivo desta tese consiste em avaliar, sob um prisma fenomenológico, as concepções presentes na obra de Santo Agostinho referentes ao uso da reflexão como instrumento do conhecimento de si. Para isso, analisamos as obras As confissões (397d.C.) A trindade (416 d.C.) e fragmentos de outras obras em que ele aborda o tema da reflexão. Consideramos dois diferentes níveis em que as ideias se encontram presentes nas obras: nas descrições de estados subjetivos narrados em primeira pessoa por Agostinho nas Confissões e nas exposições feitas por Agostinho em outras de suas obras. Investigamos alguns temas que se mostraram de grande importância para se compreender o papel da reflexão em Agostinho. Em primeiro lugar, o espírito humano entendido como uma realidade íntima, um ser reflexivo e imaterial. Em segundo lugar, analisamos o papel do método reflexivo em suas investigações acerca da memória, da percepção e das inter-relações entre o corpo e a mente. Em terceiro lugar procuramos observar como Agostinho compreende a vida do espírito em suas inter-relações com o mundo e com Deus. Na segunda parte da tese, os temas foram retomados e abordados sob um prisma fenomenológico. Para isso procuramos expor e avaliar, no que tange aos temas abordados por Agostinho, o percurso metodológico traçado por Husserl em Ideias 1 (1913) e Ideias 2 (1952). Na terceira parte da tese, fizemos uma análise comparativa entre as concepções e os métodos adotados pelos dois autores. Observamos que, embora haja diferenças no modo de aplicar a reflexão, muitas das conclusões tiradas por Husserl já haviam sido antecipadas por Agostinho, embora, neste, com um menor nível de rigor. Merecem destaque os seguintes pontos abordados primeiramente por Agostinho e posteriormente desenvolvidos por Husserl: 1) a mente é uma realidade íntima e indubitável; 2) a essência da mente é sua reflexividade, sua capacidade de apreender-se a si mesma; 3) a atenção ou intentio voluntatis é um fator constituinte do ato de percepção e de qualquer ato do cogito; 4) o tempo é abordado por Agostinho não como realidade independente do espírito, mas sim como uma realidade vinculada ao espírito, de modo que o passado, o presente e o futuro são articulados com a memória, a atenção e a expectativa. Em suma, o objetivo das análises e comparações é contribuir para uma visão mais rica e complexa da história do método reflexivo e, ao mesmo tempo, defender sua legitimidade e seu valor cognitivo. A reflexão é instrumento intelectual capaz de fornecer não só conhecimentos seguros sobre a estrutura apodíctica da consciência e dos diferentes estratos da pessoa humana, como também é válida para que cada indivíduo possa conhecer a si mesmo em sua singularidade. E essa individualização é marcada por fatores psíquicos, corpóreos e pelo mundo espiritual do sujeito, isto é, pelo mundo da vida. / The objective of this thesis is to evaluate, under a phenomenological perspective, the concepts present in the work of St. Augustine regarding the use of reflection as a tool of self-knowledge. We study the works Confessions (397AD) The Trinity (416AD) and fragments of other works in which he addresses the topic of reflection. We consider two different levels at which ideas are in his works: the descriptions of subjective states narrated in first person by Augustine in the Confessions and the presentations made by Augustine in his other works. Some themes have proved of great importance for understanding the role of reflection in the Augustine\'s works. Firstly, we analyze how Augustine develops the concept of mind understood as an inner reality, self-consciousness, characterized as immaterial substance. Secondly, we examined the role of the reflective method in his researches on memory, on perception and on the strata of the human person. Thirdly we analyzed how Augustine understands the life of the spirit in their interrelations with the world and with God. In the second part of the thesis, the issues addressed in the first part were reexamined under a phenomenological perspective, according to the methodological approach outlined by Husserl in Ideas 1 (1913) and Ideas 2 (1952). In the third part of the thesis, we made a comparative analysis of concepts and methods adopted by the two authors. We observe that although there are differences in the way of applying the reflection, many of the conclusions drawn by Husserl had already been anticipated by Augustine, albeit with a lower level of rigor. In particular the following points addressed first by Augustine and later developed by Husserl: 1) the mind is an intimate and undeniable reality. 2) The essence of mind is its reflexivity, its ability to know herself directly. 3) attention or intentio voluntatis is a constituent factor of the act of perception 4) the time is approached by Augustine not as a reality independent of mind, but as a reality linked to the spirit, so that the past, present and future are articulated with memory, attention and expectation. In short, the purpose of analysis and comparisons is to contribute to a richer and complex history of the reflective method and at the same time maintaining its legitimacy and its cognitive value. Reflection is an intellectual instrument able to provide apodictic knowledge of the structure of consciousness, about the different strata of the human person, and helps individuals to know himself in his uniqueness. And that individualization is marked by psychological factors, by corporal\'s factors and by his world of life.
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Uma antropologia para Deus: a questão da analogia psicológica no De trinitate de AgostinhoDalpra, Fabio Caputo 26 March 2013 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-04-06T15:01:57Z
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Previous issue date: 2013-03-26 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Em uma de suas obras mais importantes, De Trinitate (400-416), Agostinho desenvolve uma reflexão sobre o mistério trinitário partindo da concepção cristã do ser humano criado à imagem e semelhança de Deus. Discussão que, ao se expandir, integrando diferentes referências teológicas e filosóficas, ocasionaria o estabelecimento da base teórico-textual da, assim denominada, analogia psicológica. A partir deste contexto, o presente trabalho tem por objetivo investigar como, por meio de uma convergência originária entre razão filosófica e fé cristã, a analogia psicológica agostiniana se insere diretamente no âmbito de problematização da filosofia da religião. / In one of his main works, De Trinitate (400-416), Augustine develops a reflection on the Trinitarian mystery from the Christian concept of man being created in God‟s image and likeness. This discussion enabled, through its expansion and by merging different theological and philosophical references, the theoretical and textual foundation of what is commonly called psychological analogy. Within this context, the present work aims to discuss how Augustine‟s psychological analogy bears on the subject area of philosophy of religion through its underlying and connecting currents of faith and reason.
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Agostinho e o desafio cético: o enfrentamento filosófico-cristão a partir do contra academicosSilva, Ivan Bilheiro Dias 11 March 2016 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-05-03T13:48:56Z
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Previous issue date: 2016-03-11 / O desafio cético, legado pela filosofia antiga, interpelou o pensamento cristão através de
Agostinho. O filósofo tagastense, então, entregou-se à tarefa de enfrentar e superar aquele
desafio em prol da possibilidade de edificar a filosofia cristã, tomada como verdadeira
filosofia. Esta pesquisa se dedica à compreensão da forma como Agostinho enfrentou o
desafio cético, investigando os elementos constituintes da postura filosófico-cristã elaborada a
partir da obra Contra academicos. / The skeptical challenge, arising from ancient philosophy, arrived at Christian thought through
Augustine. Then, the philosopher from Tagaste gave himself up to the task of confronting and
overcoming that challenge in favor of the possibility to build a Christian philosophy, taken as
true philosophy. This research is dedicated to understanding how Augustine faced the
skeptical challenge, investigating the elements of his Christian philosophy, especially from
the Contra academicos.
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O pensamento gramatical de Santo AgostinhoFreitas, Fernando Adão de Sá 04 April 2016 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-07-27T15:50:12Z
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Previous issue date: 2016-04-04 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Esta dissertação oferece uma reflexão sobre o pensamento gramatical de Santo Agostinho (séc. IV-V d.C.). Examinamos, nesse sentido, o tratado gramatical atribuído ao bispo de Hipona intitulado Ars pro fratrum mediocritate breuiata, em relação aos aspectos formais e conceituais do gênero gramatical das artes, que foi produzido na Antiguidade Tardia, tendo como contraponto, principalmente, as Artes grammaticae de Donato (séc. IV d.C.). Para exame da matéria gramatical contida no texto agostiniano, consideramos também os textos filosóficos de autoria de Santo Agostinho, i.e., o De magistro, o De ordine e o De doctrina Christiana, mostrando como as reflexões propriamente gramaticais presentes na Ars breuiata também aparecem refletidas nesses textos. Dessa forma, ensejamos mostrar que a metalinguagem gramatical que caracterizou o gênero das artes grammaticae latinas, com Agostinho, foi disseminada, paulatinamente, em textos de teor filosófico, no sentido de preparar e fornecer aos “alunos/cristãos” uma ferramenta importante para a leitura e exegese bíblica. Como conclusão, percebemos que as fronteiras que delimitavam os ensinamentos, no que diz respeito às artes liberais (o chamado trivium – gramática, dialética e retórica) não estavam, desse modo, totalmente dissociadas, na obra de Agostinho, mas faziam parte de uma formação propedêutica com fins específicos para a divulgação da doutrina cristã. Os pressupostos teóricos e metodológicos que utilizamos para a compilação do nosso trabalho são oriundos da Historiografia da Linguística. / This work offers a reflection on the grammatical thought by St. Augustine (c. IV-V A.D.). We examine, in this sense, the grammatical treatise attributed to the bishop of Hippo, entitled Ars pro fratrum mediocritate breuiata, in relation to formal and conceptual aspects of the grammatical gender of the artes, which has been produced in Late Antiquity, with reference to the Artes grammaticae by Donatus (c. IV AD). In order to examine the grammatical substance from the Augustinian text, we have also considered some other aspects codified in Augustine’s philosophical texts, such as De magistro, De ordine and De doctrina Christiana, highlighting the way how properly grammatical concepts is in these works also reflected. Thus, we intend to show that the grammatical metalanguage that characterized the genre of Latin Artes grammaticae, with Augustine, has been disseminated gradually in his texts of philosophical content, as a strategy to prepare and provide his "students / Christians" with an important tool for reading and making biblical exegesis. In conclusion, we realize that the boundaries which surrounded the teachings in regard to the Liberal Arts (the so-called Trivium – grammar, dialectic and rhetoric) has not been thereby completely dissociated, in the work of Augustine, but were part of a project to disseminate Christian doctrine. The theoretical and methodological assumptions used for the compilation of our work are from the Historiography of Linguistics.
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[en] NATALITY AND POLITIC: HANNAH ARENDT READER OF AUGUSTINE / [pt] NATALIDADE E POLÍTICA: HANNAH ARENDT LEITORA DE AGOSTINHOCAROLINA BERTASSONI DOS SANTOS 26 July 2016 (has links)
[pt] Esta dissertação tem como objetivo identificar e analisar a presença de Agostinho de Hipona na obra de Hannah Arendt, centrando no papel ocupado pelo conceito agostiniano de natalidade na mudança efetuada pela autora durante sua trajetória: de uma primeira fase dedicada à reflexão filosófica de viés existencialista, para uma segunda fase na qual Arendt desenvolveu seu pensamento político e historiográfico. Para alcançar este objetivo é analisado não apenas o conceito de natalidade, mas também os conceitos de nascimento, início/começo, liberdade e memória – que possuem ligações com o conceito de natalidade. É de importância central para este trabalho a dissertação de Hannah Arendt, O Conceito de Amor em Santo Agostinho. Procuro demonstrar como o conceito de nascimento, presente nesta primeira obra da autora, deu origem ao conceito de natalidade que é inserido na versão revisada da dissertação na década de 60, e aparece em suas principais obras, dentre as quais são analisadas aqui: Origens do Totalitarismo, A Condição Humana, Entre o Passado e o Futuro, e Da Revolução. / [en] This dissertation intends to identify and analyse the presence of Augustine of Hippo in the works of Hannah Arendt, focusing on the part ennacted by the augustinian concept of natality in the change undergone by the author in her trajectory: from a first fase dedicated to existencialist filosophycal reflection to a second fase when Hannah Arendt developed her political and historyographic thinking. To achive this goal I will not only analyse the concepct of natality, but also the concepts of birth, beggining, freedom and memory – which hold connections with the concept of natality. It s of central importance for this work Hannah Arendt s dissertation, The Concept of Love in Augustine. I mean to demonstrate how the concept of birth, present in this first work of the author, has given origin to the concept of natality that is inserted in the revised version of the dissertation in the 60 s, and that appears at her most important works, of wich will be analysed here: Origins of Totalitarianism, Human Condition, Between Past and Future, and On Revolution.
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Introdução a Trindade em Santo Agostinho : imagens e conceitos (De Trinitate : livros VIII-XV)Cunha, Mariana Paolozzi Servulo da 02 May 1995 (has links)
Orientador: Francisco Benjamin de Souza Netto / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-07-20T09:46:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Cunha_MarianaPaolozziServuloda_M.pdf: 18960183 bytes, checksum: d48fd296b985048838106c43ff2d94eb (MD5)
Previous issue date: 1995 / Resumo: Não informado / Abstract: Not informed. / Mestrado / Mestre em Filosofia
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O \'De libero arbitrio\' de Agostinho de Hipona / Augustine of Hippo\'s De libero arbitrioRicardo Reali Taurisano 22 June 2007 (has links)
Este trabalho tem por objetivos, além de apresentar uma tradução da primeira parte do De libero arbitrio libri tres, de Agostinho de Hipona, empreender um estudo, dos três livros, em seus diferentes aspectos, retóricos e filosóficos. O De libero arbitrio, apesar de seu sentido de unidade, tem características específicas em cada uma de suas três partes. O livro I, de forte influência estóica, apresenta-se um diálogo; o livro II, se mantém a mesma estrutura dialógica, apresenta, porém, evidentes características neoplatônicas. Se as duas primeiras partes podem dizer-se dialéticas, a terceira, no entanto, sofre grave transformação, tanto em sua dispositio, quando Agostinho abdica da forma dialogal para empreender um longo discurso contínuo, como em sua elocutio, ao lançar mão de uma linguagem que, de modo inequívoco, evidencia uma mudança não só de auditório como de pensamento. O De libero arbitrio, em seu livro III, torna-se, a certa altura, uma obra de teologia, em que a concepção platônicosocrática de mundo, do Agostinho dos primeiros dois livros, cede espaço a uma visão mais cristã, influenciada sobremodo pela teologia do apóstolo Paulo, uma visão menos otimista do ser humano como ser autônomo e capaz de soerguer-se, por sua livre iniciativa. Essa mudança conceitual considerável, em seus aspectos discursivo e filosófico, evidencia uma alteração muito mais profunda, uma espécie de turning point, não apenas na obra e na vida do próprio homem, então não mais o filósofo e sim o presbítero de Hipona; não mais o pensador neoplatônico, e sim o doutor eclesiástico; mas também um turning point para a época, demarcando, de certo modo, o fim de toda uma civilização, o fim do mundo antigo, com a derrocada da visão clássica do homem, e o conseqüente princípio da era medieval. / This work has as main objectives, besides offering a translation of the first part of the De libero arbitrio libri tres of Augustine of Hippo, undertake a study of the three books, in its different aspects, rhetorical and philosophical. The De libero arbitrio, in spite of its sense of unity, has specific characteristics in each of its three parts. Book I, predominantly influenced by Stoicism, shows itself a dialog; book II, although maintaining the same dialogical structure, shows, nevertheless, evident Neoplatonic characteristics. If the two first parts may be called dialectical, the third, however, is the object of a severe metamorphosis, as in its dispositio, when Augustine resigns the cross-examination form to undertake a long uninterrupted discourse; as in its elocutio, when he adopts a style that undoubtedly makes clear a change not only in his auditory, but in his thought as well. The De libero arbitrio, then, in its third book becomes at a certain point a theological work, in which the Platonic-Socratic comprehension of the world of the young Augustine (of the first two books) yields to a more Christianized view, much influenced by the theology of the apostle Paul, which sustains a less optimistic image of man as a autonomous being, capable of raising himself through his free choice of the will. This remarkable conceptual change, in its discursive and philosophical aspects, shows a still deeper mutation, a kind of \"turning point\", not only in the works and life of the man, no longer the philosopher, but the presbyter of Hippo; no longer the Neoplatonic thinker, but the Doctor of the Church; but also a \"turning point\" to the epoch, delimiting, to a certain extent, the end of a civilization, the end of Antiquity, with the overthrow of the classical view of man and the consequential beginning of the mediaeval era.
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