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Avaliação de possíveis mecanismos envolvidos no efeito antinociceptivo do C-terminal da S100A9 murina sobre a dor neuropática experimental / Evaluation of possible mechanisms involved in the antinociceptive effect of the C-terminus of murine S100A9 on experimental neuropathic pain: an experimental approach

Paccola, Carina Cicconi 13 February 2008 (has links)
O peptídeo sintético idêntico ao C-terminal da proteína S100A9 murina (pS100A9m) possui efeito antinociceptivo em diferentes modelos de dor inflamatória aguda. No presente estudo, o efeito do pS100A9m foi avaliado sobre a dor neuropática induzida pela constrição crônica (CCI) do nervo ciático em ratos. Ainda, foram investigados os possíveis mecanismos envolvidos neste efeito. A nocicepção foi avaliada pelos testes de hiperalgesia, alodinia e dor espontânea. Os animais foram tratados com diferentes doses do pS100A9m pelas vias intraplantar, oral ou intratecal 14 dias após a CCI e a nocicepção avaliada após 1 hora. As três vias de administração bloquearam a hiperalgesia, a alodinia e a dor espontânea decorrentes da dor neuropática. A duração do efeito do pS100A9m varia de acordo com a via utilizada e com o fenômeno nociceptivo testado. Ainda, a injeção intraplantar do peptídeo, na pata contralateral à CCI, inibiu a hiperalgesia e a alodinia observadas após a constrição do nervo. Quando o pS100A9m foi administrado pela via intraplantar no 7° dia após a CCI, ele também induziu inibição da hiperalgesia inflamatória que é observada nesse período. Os prováveis mecanismos envolvidos no efeito antinociceptivo do pS100A9m foram investigados pela administração de antagonistas de receptores de serotonina, noradrenalina, GABA (A e B) e opióides. Os resultados obtidos demonstraram que apenas o antagonista de receptor GABAB reverteu completamente o efeito antinociceptivo do pS100A9m sobre a dor neuropática, detectada no 14º dia pós-cirúrgico. Além disso, foram avaliadas as expressões das proteínas Egr-1, Fos e TNFα na medula dos ratos submetidos à CCI e tratados com o peptídeo 7 ou 14 dias do procedimento cirúrgico. O aumento na expressão das proteínas Egr-1 e Fos foi evidenciado tanto no 7º como no 14º dia após a CCI, em animais que não receberam nenhum tratamento ou aqueles que foram tratados com o veículo do peptídeo. Por outro lado, o pS100A9m inibiu a expressão destas duas proteínas no lado ipsolateral à CCI no corno dorsal da medula espinhal dos animais. Com relação ao TNFα, apenas no 7º dia após a CCI foi detectado o aumento na expressão desta proteína. Ainda, foi neste período que o pS100A9m acarretou inibição da expressão do TNFα no corno ventral de animais submetidos ao procedimento cirúrgico. Estes resultados demonstram que o C-terminal da S100A9 murina inibe a dor neuropática experimental por uma ação dependente de receptores GABAB, sugerindo que este peptídeo possivelmente promova uma ativação dos mecanismos inibitórios espinhais, acarretando em redução da ativação de neurônios na medula. Desta forma, o pS100A9m demonstra um potencial terapêutico para o tratamento de dores persistentes. / The synthetic peptide identical to the C-terminus of murine S100A9 protein (mS100A9p) has antinociceptive effect on different acute inflammatory pain models. In this study, the effect of mS100A9p was evaluated on neuropathic pain induced by chronic constriction injury (CCI) of the sciatic nerve in rats, and the possible mechanisms involved in this effect were investigated. Hyperalgesia, allodynia, and spontaneous pain were assessed to evaluate nociception. Rats were treated with different doses of mS100A9p by intraplantar, oral, or intrathecal routes on day 14 after CCI, and nociception was evaluated 1 hour later. These three routes of administration blocked hyperalgesia, allodynia and spontaneous pain. The duration of mS100A9p effect depends on the route used and the phenomenon analyzed. Moreover, intraplantar injection of mS100A9p in the contralateral paw inhibited the hyperalgesia and allodynia induced by CCI. When mS100A9p was administered by intraplantar route on day 7 after CCI, it reversed the inflammatory hyperalgesia observed in this period. The mechanisms likely involved in the antinociceptive effect of mS100A9p were investigated by administration of antagonists of serotonin, norepinephrine, GABA (A and B) and opioid receptors. Only the GABAB receptor antagonist completely reversed the antinociceptive effect of mS100A9p on neuropathic pain on day 14 after CCI. Besides, the expression of Egr-1, Fos and TNFα proteins was evaluated in the spinal cord of rats submitted to CCI and treated with mS100A9p on days 7 or 14 after CCI. The expression of Egr-1 and Fos was increased in animals not treated or treated with vehicle on days 7 and 14 after CCI. On the other hand, mS100A9p inhibited the expression of these two proteins in the dorsal horn of spinal cord ipsilateral to CCI. The increase in TNFα expression was observed exclusively on day 7 after CCI. In the same time period, mS100A9p nhibited the expression of TNFα in the ventral horn of spinal cord of animals submitted to CCI. The results obtained herein demonstrate that the C-terminus of murine S100A9 protein inhibits the experimental neuropathic pain by a GABAB-dependent action, suggesting that this peptide promotes the activation of spinal inhibitory mechanisms leading to the reduction of activation of spinal neurons. Therefore, mS100A9p demonstrates a potential therapeutic use in persistent pain syndromes.
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Avaliação de possíveis mecanismos envolvidos no efeito antinociceptivo do C-terminal da S100A9 murina sobre a dor neuropática experimental / Evaluation of possible mechanisms involved in the antinociceptive effect of the C-terminus of murine S100A9 on experimental neuropathic pain: an experimental approach

Carina Cicconi Paccola 13 February 2008 (has links)
O peptídeo sintético idêntico ao C-terminal da proteína S100A9 murina (pS100A9m) possui efeito antinociceptivo em diferentes modelos de dor inflamatória aguda. No presente estudo, o efeito do pS100A9m foi avaliado sobre a dor neuropática induzida pela constrição crônica (CCI) do nervo ciático em ratos. Ainda, foram investigados os possíveis mecanismos envolvidos neste efeito. A nocicepção foi avaliada pelos testes de hiperalgesia, alodinia e dor espontânea. Os animais foram tratados com diferentes doses do pS100A9m pelas vias intraplantar, oral ou intratecal 14 dias após a CCI e a nocicepção avaliada após 1 hora. As três vias de administração bloquearam a hiperalgesia, a alodinia e a dor espontânea decorrentes da dor neuropática. A duração do efeito do pS100A9m varia de acordo com a via utilizada e com o fenômeno nociceptivo testado. Ainda, a injeção intraplantar do peptídeo, na pata contralateral à CCI, inibiu a hiperalgesia e a alodinia observadas após a constrição do nervo. Quando o pS100A9m foi administrado pela via intraplantar no 7° dia após a CCI, ele também induziu inibição da hiperalgesia inflamatória que é observada nesse período. Os prováveis mecanismos envolvidos no efeito antinociceptivo do pS100A9m foram investigados pela administração de antagonistas de receptores de serotonina, noradrenalina, GABA (A e B) e opióides. Os resultados obtidos demonstraram que apenas o antagonista de receptor GABAB reverteu completamente o efeito antinociceptivo do pS100A9m sobre a dor neuropática, detectada no 14º dia pós-cirúrgico. Além disso, foram avaliadas as expressões das proteínas Egr-1, Fos e TNFα na medula dos ratos submetidos à CCI e tratados com o peptídeo 7 ou 14 dias do procedimento cirúrgico. O aumento na expressão das proteínas Egr-1 e Fos foi evidenciado tanto no 7º como no 14º dia após a CCI, em animais que não receberam nenhum tratamento ou aqueles que foram tratados com o veículo do peptídeo. Por outro lado, o pS100A9m inibiu a expressão destas duas proteínas no lado ipsolateral à CCI no corno dorsal da medula espinhal dos animais. Com relação ao TNFα, apenas no 7º dia após a CCI foi detectado o aumento na expressão desta proteína. Ainda, foi neste período que o pS100A9m acarretou inibição da expressão do TNFα no corno ventral de animais submetidos ao procedimento cirúrgico. Estes resultados demonstram que o C-terminal da S100A9 murina inibe a dor neuropática experimental por uma ação dependente de receptores GABAB, sugerindo que este peptídeo possivelmente promova uma ativação dos mecanismos inibitórios espinhais, acarretando em redução da ativação de neurônios na medula. Desta forma, o pS100A9m demonstra um potencial terapêutico para o tratamento de dores persistentes. / The synthetic peptide identical to the C-terminus of murine S100A9 protein (mS100A9p) has antinociceptive effect on different acute inflammatory pain models. In this study, the effect of mS100A9p was evaluated on neuropathic pain induced by chronic constriction injury (CCI) of the sciatic nerve in rats, and the possible mechanisms involved in this effect were investigated. Hyperalgesia, allodynia, and spontaneous pain were assessed to evaluate nociception. Rats were treated with different doses of mS100A9p by intraplantar, oral, or intrathecal routes on day 14 after CCI, and nociception was evaluated 1 hour later. These three routes of administration blocked hyperalgesia, allodynia and spontaneous pain. The duration of mS100A9p effect depends on the route used and the phenomenon analyzed. Moreover, intraplantar injection of mS100A9p in the contralateral paw inhibited the hyperalgesia and allodynia induced by CCI. When mS100A9p was administered by intraplantar route on day 7 after CCI, it reversed the inflammatory hyperalgesia observed in this period. The mechanisms likely involved in the antinociceptive effect of mS100A9p were investigated by administration of antagonists of serotonin, norepinephrine, GABA (A and B) and opioid receptors. Only the GABAB receptor antagonist completely reversed the antinociceptive effect of mS100A9p on neuropathic pain on day 14 after CCI. Besides, the expression of Egr-1, Fos and TNFα proteins was evaluated in the spinal cord of rats submitted to CCI and treated with mS100A9p on days 7 or 14 after CCI. The expression of Egr-1 and Fos was increased in animals not treated or treated with vehicle on days 7 and 14 after CCI. On the other hand, mS100A9p inhibited the expression of these two proteins in the dorsal horn of spinal cord ipsilateral to CCI. The increase in TNFα expression was observed exclusively on day 7 after CCI. In the same time period, mS100A9p nhibited the expression of TNFα in the ventral horn of spinal cord of animals submitted to CCI. The results obtained herein demonstrate that the C-terminus of murine S100A9 protein inhibits the experimental neuropathic pain by a GABAB-dependent action, suggesting that this peptide promotes the activation of spinal inhibitory mechanisms leading to the reduction of activation of spinal neurons. Therefore, mS100A9p demonstrates a potential therapeutic use in persistent pain syndromes.
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O papel dos receptores 5-HT1A e 5-HT2C da substância cinzenta periaquedutal sobre os efeitos da fluoxetina na antinocicepção induzida pelo confinamento de camundongos aos braços do labirinto em cruz elevado

Souza, Daniela Baptista de 20 March 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:22:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1 6764.pdf: 3884512 bytes, checksum: bdca3c9f3391c512a817c23fee8ef734 (MD5) Previous issue date: 2015-03-20 / Universidade Federal de Minas Gerais / The pain is an universal experience, and frequently follows anxiety and depression cases. Some specific drugs used in depression and anxiety treatment are also used for the relief of pain. There are evidences showing that exposure to threatening situations can result in pain inhibition. In this way, studies involving pain and anxiety use animal models as tools for potential therapeutic agents screening as well as for enhance the knowledge about the neurobiology of emotions. This study investigated the following effects: acute and chronic fluoxetine treatment; microinjections of 5-HT1A and 5HT2C receptors agonists intraperiaqueductal gray matter (PAG), and the administration combined of these drugs on antinociception induced by the open arms (OAA) of the elevated plus maze (EPM). Furthermore, we investigated the effects of fluoxetine chronic treatment on serotonin, 5- HIAA, 5-HT1A and 5HT2C receptors levels within PAG. Our results showed that: (I) fluoxetine acute treatment (20 mg/kg) was able to increase the OAA; (II) fluoxetine chronic treatment (21 days) (20 mg/kg) also enhances the OAA, and decreased the number of writhes on animal confined in the enclosed arm, featuring an analgesic effect; (III) the administration of 8-OH-DPAT (5-HT1A agonist) intra-PAG did not change the number of writhes in animals confined in the arms of the EPM; (IV) the infusions of mCPP and MK- 212 (5HT2C agonists) intra-PAG increased the OAA. (V) The blockade of 5HT2C receptors located in the PAG by SB 242080 injection (5HT2C antagonist) was able to completely reverse the OAA; (VI) the combined administration of fluoxetine (acute treatment) and 8- OH-DPAT intra-PAG also blocked completely the OAA; (VII) the combined administration of fluoxetine (acute treatment) and MK-212 intra-PAG reversed the increase of OAA observed with MK-212 injection; (VII) combined administration of fluoxetine (chronic treatment) and 8-OH-DPAT intra-SCP once more blocked OAA; (IX) the fluoxetine (chronic treatment) + MK-212 intra-PAG, impairs the OAA increase observed with isolated MK-212 injection; (X) fluoxetine chronic treatment was not capable to change the serotonin, 13 5-HIAA levels, and serotonin turnover in the PAG (XI) fluoxetine chronic treatment promoted up-regulation of 5-HT1A and 5HT2C receptors within PAG. These findings suggest that OAA is médiated by 5-HT2C receptors located in the PAG. Furthermore, fluoxetine was capable to interact with this serotonergic receptor promoting functional (acute treatment) and quantitative (chronic treatment) changes on 5-HT1A and 5HT2C receptors within PAG. / A dor é uma experiência universal, e frequentemente acompanha quadros de ansiedade e depressão. Alguns tipos específicos de fármacos utilizados no tratamento da depressão e ansiedade são também empregados como analgésicos. Há evidências mostrando que a exposição a situações ameaçadoras podem resultar em inibição da dor. Desta forma, pesquisas que envolvem dor e ansiedade frequentemente empregam modelos animais como instrumentos para a seleção de potenciais agentes terapêuticos, e para investigações acerca da neurobiologia das emoções. Diante destas evidências, esse estudo investigou os efeitos: do tratamento agudo e crônico de fluoxetina; tratamento intra-substância cinzenta periaquedutal (SCP) com agonistas serotoninérgicos 5-HT1A e 5HT2C e administração combinada destes fármacos sobre a antinocicepção induzida pelo confinamento ao braço aberto (BA) do labirinto em cruz elevado (LCE). Além disso, investigamos os efeitos do tratamento crônico com fluoxetina sobre os níveis de serotonina, 5-HIAA e de receptores 5- HT1A e 5HT2C da SCP. Nossos resultados demonstraram que: (I) o tratamento agudo com fluoxetina, na dose de 20 mg/kg, foi capaz de aumentar a antinocicepção induzida pelos BA s do LCE; (II) o tratamento crônico (21 dias) com fluoxetina (20 mg/kg) aumentou a antinocicepção induzida pelo ambiente aversivo, e diminuiu o número de contorções dos animais confinados no braço fechado, o que caracteriza um efeito analgésico; (III) a administração intra-SCP do agonista dos receptores 5-HT1A (8-OHDPAT); não alterou o número de contorções nos animais confinados nos braços do LCE; (IV) as infusões intra- SCP de agonistas dos receptores 5HT2C (mCPP e MK-212), acentuaram a antinocicepção nos animais confinados no BA; (V) o bloqueio dos receptores 5HT2C localizados na SCP, através de injeções do antagonista SB 242080, foi capaz de reverter completamente a antinocicepção induzida pelo BA do LCE; (VI) a administração combinada de fluoxetina (aguda) e 8-OH-DPAT intra-SCP, bloqueou a antinocicepção induzida pelo confinamento ao 11 BA; (VII) a administração combinada de fluoxetina (aguda) e MK-212 intra-SCP reverteu o aumento da antinocicepção observada com a injeção isolada de MK-212; (VIII) a administração combinada de fluoxetina (crônica) e 8-OH-DPAT intra-SCP bloqueou a antinocicepção induzida pelo confinamento ao BA; (IX) o tratamento combinado com fluoxetina (crônica) e MK-212 intra-SCP prejudicou o aumento da antinocicepção observada com a injeção isolada de MK-212; (X) o tratamento crônico com fluoxetina não foi capaz de alterar os níveis de serotonina, 5-HIAA e turnover da serotonina na SCP; (XI) o tratamento crônico com fluoxetina promoveu um aumento nos níveis de receptores 5-HT1A e 5HT2C localizados na SCP. Estes achados sugerem que a antinocicepção induzida pelos BA s do LCE é médiada pelos receptores 5-HT2C localizados na SCP. Além disso, a fluoxetina é capaz de interagir com este subtipo de receptor serotoninérgico promovendo alterações funcionais (tratamento agudo) e quantitativas (tratamento crônico) sobre os receptores 5-HT1A e 5HT2C localizados na SCP.
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Estudo da atividade antinociceptiva e anti-inflamatória do monoterpeno a,b-Epoxi-carvona e seu efeito sobre a neurotransmissão glutamatérgica / Study of antinociceptive and antiinflammatory monoterpene a,b-epoxy-carvone and its effect on glutamatergic neurotransmission.

Rocha, Marilene Lopes da 08 July 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-14T13:00:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 1182383 bytes, checksum: 1ff4fac23517aa4b22351ae87d21b4be (MD5) Previous issue date: 2010-07-08 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The a, b-epoxy-carvone (EC) monoterpene is found in many essential oils from plants, but can also be obtained through organic synthesis from the R-(-)-carvone. Previous studies have demonstrated that this compound exerts depressant effect on central nervous system (CNS), and is also known to have anticonvulsant effects, antioxidant and antimicrobial activities. This study investigated the antinociceptive and antiinflammatory effects of EC in adult male Swiss mice, as well as, its effect on glutamatergic neurotransmission in rats using behavioral tests, vascular permeability test, measurement of paw edema and electrophysiological recordings in vitro, respectively. Intraperiotoneal administration (ip) of EC at doses of 200 or 300 mg/kg provided a significant antinociceptive effect as shown in the writhing test induced by acetic acid. The EC also caused a reduction in formalin-induced nociception in the first (at 300 mg/ g) and second phase (at 200 or 300 mg/kg). In the hot plate test an increase in latency was found at 30 min (at 200 or 300 mg/kg) and 60 min (300 mg/kg) after administration of EC, the effect that was reversed by naloxone, an opioid receptor antagonist. After administration of EC (300 mg / kg), the increased vascular permeability induced by acetic acid was reduced, as well as the paw edema induced by carrageenan. The EC reduced by 70% the excitatory postsynaptic potentials (EPSP) field, as well as the glutamatergic EPSP of the pyramidal neurons from the CA1 hippocampal region and the neurons from the nucleus of the solitary tract (NTS). These results suggest that EC has peripheral and central antinociceptive activity in mice, probably related to opioid system activation and inhibition of acute inflammatory reaction. In addition, EC has depressant effects on excitatory postsynaptic neurotransmission. / A a,b-epoxy-carvona (EC) é um monoterpeno encontrado em muitos óleos essenciais (OE s) de plantas, mas também pode ser obtida por meio da síntese orgânica a partir da R-(-)-carvona. Estudos prévios demonstraram que esse composto exerce efeito depressor no sistema nervoso central (SNC), e é também conhecida por ter efeitos anticonvulsivantes, antioxidante e antimicrobial. O presente estudo investigou os efeitos antinociceptivo e anti-inflamatório da EC, em camundongos suíços machos adultos, bem como seu efeito sobre a neurotransmissão glutamatérgica em ratos usando testes comportamentais, teste da permeabilidade vascular, medida de edema de pata e registros eletrofisiológicos in vitro, respectivamente. A administração intraperiotoneal (i.p.) da EC nas doses de 200 ou 300 mg/kg promoveu um efeito antinociceptivo significante como mostrado no teste das contorções abdominais induzidas pelo ácido acético. A EC também provocou redução na nocicepção induzida pela formalina na primeira (300 mg/kg) e na segunda fase (200 e 300 mg/kg). No teste da placa quente foi encontrado um aumento da latência aos 30 min (nas doses de 200 ou 300 mg/kg) e aos 60 min (na dose de 300 mg/kg) após a administração da EC, um efeito que foi revertido pela naloxona, um antagonista do receptor opióide. Após a administração da EC (300 mg/kg), o aumento da permeabilidade vascular provocado pelo ácido acético foi reduzido, bem como, o edema de pata em camundongos provocada pela carragenina. A EC reduziu em 70% os potenciais pós-sinápticos excitatórios (PEPS) de campo como também os PEPS glutamatérgicos dos neurônios piramidais da região CA1 do hipocampo e dos neurônios do núcleo do trato solitário (NTS). Estes resultados sugerem que EC apresenta atividade antinociceptiva periférica e central em camundongos, provavelmente associada à ativação do sistema opioidérgico, e inibição da reação inflamatória aguda. Além disso, EC exerce efeito depressor na neurotransmissão pós-sináptica excitatória.
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Envolvimento de receptores opióides e serotoninérgicos nos processos antinociceptivos induzidos por substância doce / Involvement of opioid and serotonergic receptors in antinociceptives process induced by sweet substance

Elce Cristina Côrtes Rebouças 05 April 2004 (has links)
Bases: A antinocicepção induzida por substâncias doces tem sido largamente estudada. Contudo, a investigação dos neurotransmissores envolvidos nesse processo antinociceptivo ainda carece de mais estudos, pois é de extrema importância entender o envolvimento desses neurotransmissores no sistema neural que controla este tipo de antinocicepção. Objetivo: O objetivo deste estudo é clarificar o envolvimento dos sistemas opióide e serotoninérgico na antinocicepção induzida por substância doce. Método: O presente trabalho foi realizado em modelo animal (Rattus norvegicus, Rodentia, Muridae), objetivando investigar se a ingestão crônica de solução de sacarose é seguida de antinocicepção. A latência de retirada de cauda após a aplicação de estímulo nocivo térmico foi medida antes e após esse tratamento no teste de retirada de cauda (provavelmente um reflexo espinal). Não houve diferenças estatisticamente significantes entre os valores de linha basal dos diferentes grupos e foi calculado um índice de analgesia da latência de retirada de cauda antes e depois do tratamento. O envolvimento de opióides endógenos e de serotonina neste processo antinociceptivo foi pesquisado com fármacos antagonistas específicos e não-específicos dos receptores opióides e serotoninérgicos. Resultados: O efeito analgésico da ingestão de sacarose depende da concentração da solução de sacarose e do tempo de duração do consumo da mesma. Naltrexona e metisergida diminuíram a antinocicepção induzida por substâncias doce (após 14 dias de ingestão da sacarose). Estes efeitos foram corroborados pela administração periférica de naloxonazina e cetanserina. Conclusões: Os resultados sugerem o envolvimento de opióides endógenos e serotonina no processo antinociceptivo atualmente estudado. Tudo apontando para a participação de receptores opióides µ1 e serotoninérgicos 5-HT2 na regulação central da antinocicepção induzida por substâncias doces. / Rationale: Sweet substance-induced antinociception has been widely studied, and the investigation of the neurotransmitters involved in the antinociceptive process is an important way for understanding the involvement of neural system controlling this kind of antinociception. Objective: The aim of this study is to investigate the involvement of opioid and serotonergic system in the sweet substance-induces antinociception. Methods: the present work was made in animal model (Rattus norvegicus, Rodentia, Muridae); with the aim of investigating if the chronic intake of sweet substance, such as sucrose, is followed by antinociception. Their tail withdrawal latencies in the tail-flick test (probably a spinal reflex) were measured before and immediately after this treatment. As there was not statistic significant differences between baseline values of different groups, an analgesia index was calculated from the withdrawal latencies before and after treatment. The involvement of endogenous opioid and serotonin in the antinociceptive process was investigated with specific and non-specific pharmacological antagonism on opioid and serotonergic receptors. Results: The analgesic effect of sucrose intake depends on the concentration of sucrose solution and on the time during which the solution is consumed. Naltrexone and methysergide decreased the sweet substance-induced antinociception (post 14 days of sucrose intake). These effects were corroborated by peripheral administration of naloxonazina and ketanserin. Conclusions: The present results suggest the involvement of endogenous opioids and serotonin in the antinociceptive process presently studied. µ1-opioid and 5-HT2 serotonergic receptors may be involved in the central regulation of the sweet substance-produced antinociception.
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Influência do ambiente aversivo na resposta nociceptiva de ratos : um estudo sobre o papel de receptores opióides e canabinóides

Cornélio, Alianda Maira 11 December 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:22:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 3116.pdf: 11974848 bytes, checksum: d69698c04f669985473e9e441c532444 (MD5) Previous issue date: 2009-12-11 / Universidade Federal de Sao Carlos / In innate or learned threatening situations, animals display a set of defensive behaviors specie-specific such as autonomic alterations, flight, fight and antinociception. Exposure of mice to open elevated plus-maze (oEPM: four open arms), an aversive situation, elicits antinociception of high magnitude. However, mechanisms involved in this kind of antinociception are not clear yet. This study investigated whether antinociception induced by exposure to an oEPM shows cross-tolerance with morphine (Exp. I and II); is attenuated by repetead exposure to the oEPM (Exp. III); is blocked by systemic treatment with naltrexone (Exp. IV); is prevented by adrenalectomy (Exp. V); persists after animal removal from the oEPM and if there are sex-related differences in this factor (Exp. VI); is mediated by CB1 cannabinoid receptor (Exp. VII). Rats were daily treated with morphine (M, 5 mg/kg, i.p.) or distilled water (DW) for 5 consecutive days (antinociceptive tolerance assessed by the tailflick test). Next day, rats received formalin 2.5% injection (50 μL) into the right hind paw and, after first phase of formalin test, they were treated with M or DW. 25 minutes after formalin injection into the paw, time spent licking the injected paw was recorded for 10 minutes (Exp. 1). Similar procedure was followed in the Experiment II, except that time spent licking the paw was recorded during exposure to the oEPM or enclosed EPM (eEPM: four arms enclosed) in undrugged rats. In Experiment III, nociception was evaluated in rats submitted to 1, 2, 3, 4 or 6 exposures to either eEPM or oEPM (formalin was injected only during the last exposure). Experiment IV investigated the effects of naltrexone (0 and 2.5 mg/kg; s.c.) on nociception during eEPM or oEPM exposure. Nociception was also assessed during the eEPM or oEPM exposure in sham and adrenalectomized rats (exp. V). In experiment VII, rats were treated with vehicle (DMSO 60%) or AM251 (1 mg/kg, i.p., CB1 receptor antagonist). Fifteen minutes later, animals received formalin injection into the paw and, 25 minutes after, they were exposed to the eEPM or oEPM. In experiment VI, male and female rats were exposed to eEPM or oEPM (with no noxious stimulus during exposure) and imediately after they were tested on the hot plate test (52.4 °C). Results showed that antinociception induced by oEPM does not display cross-tolerance to morphine; was not altered for at least 6 exposures to the maze; failed to be reversed by naltrexone; was not prevented by adrenalectomy and was not blocked by AM251. In addition, this antinociception does not persist after animal removal of the apparatus, by contrast, it occurs a hyperalgesia (as assessed by hot plate test), a response that does not depend on sex-related differences. Results suggest that antinociception induced by oEPM: is not mediated by opioid system or CB1 cannabinoid receptors and it is not sensitive to corticosterone. Furthermore, animal removal of aversive environment alters nociceptive response from antinociception to hyperalgesia, a phenomenon that is independent of the gender. / Em situações ameaçadoras de natureza inata ou aprendida, animais exibem um conjunto de comportamentos defensivos espécie-específicos, tais como alterações autonômicas, fuga, luta e antinocicepção. A exposição de camundongos ao labirinto em cruz elevado aberto (LCEa: quatro braços abertos), uma situação aversiva, induz antinocicepção de alta magnitude. Todavia, os mecansimos envolvidos em tal antinocicepção ainda não estão elucidados. O presente estudo investigou se a antinocicepção induzida por exposição ao LCEa: mostra tolerância cruzada a morfina (experimentos I e II); é atenuada por exposição repetida ao LCEa (experimento III); é revertida por tratamento sistêmico com naltrexona (experimento IV); é impedida por adrenalectomia (experimento V); persiste após remoção do animal do LCEa e se há diferenças relacionadas ao sexo neste fator (experimento VI); é mediada pelo receptor canabinóide, CB1 (experimento VII). Ratos foram diariamente tratados com morfina (M, 5 mg/Kg, i.p.) ou água destilada (AD) por 5 dias consecutivos (tolerância antinociceptiva avaliada pelo teste de retirada da cauda). No dia seguinte, os ratos receberam injeção de formalina 2,5% (50L) na pata traseira direita e, após a primeira fase do teste de formalina, foram tratados com M ou AD. Vinte e cinco minutos após injeção de formalina na pata, o tempo de lambidas na pata foi registrado por 10 minutos (experimento I). Procedimento semelhante foi utilizado no experimento II, exceto que o tempo de lambidas na pata foi registrado durante exposição ao LCEa ou LCE fechado (LCEf: quatro braços fechados). No experimento III, nocicepção foi avaliada em ratos submetidos a 1, 2, 3, 4 ou 6 exposições ao LCEf ou LCEa (formalina injetada somente durante a última exposição). O experimento IV investigou os efeitos de naltrexona (2,5 mg/kg; s.c.) sobre a nocicepção durante exposição ao LCEf ou LCEa. A nocicepção também foi avaliada durante exposição ao LCEf ou LCEa em ratos sham operados e adrenalectomizados (experimento V). No experimento VII, os ratos foram tratados com veículo (DMSO 60%) ou AM251 (1 mg/kg, i.p., antagonista CB1). Quinze minutos após, os animais receberam formalina na pata e, após 25 minutos, foram expostos ao LCEf ou LCEa. Já no experimento VI, ratos machos e fêmeas foram expostos ao LCEf ou LCEa, sem nenhum estímulo nociceptivo aplicado durante exposição e, imediatamente após, foram testados no teste da placa quente (52,4 °C). Os resultados mostraram que a antinocicepção induzida pelo LCEa não exibe tolerância cruzada a morfina; não foi alterada por ao menos 6 exposições ao labirinto; mostrou-se insensível à naltrexona; não foi impedida por adrenalectomia e não foi bloqueada por AM251. Ainda, tal antinocicepção não perdura após remoção dos animais do aparelho, pelo contrário, ocorre uma hiperalgesia (conforme avaliado pelo teste de placa quente), uma resposta que independe de diferenças relacionadas ao sexo. Os resultados sugerem que a antinocicepção induzida pelo LCEa: não é mediada por sistema opióide ou receptores canabinóides CB1 e não é sensível a corticosterona. Além disso, a retirada dos animais do ambiente aversivo altera a resposta nociceptiva de antinocicepção para hiperalgesia, um fenômeno que independe do gênero.

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