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Cobertura do exame de Papanicolaou no município de Manaus, Amazonas: um estudo de base populacional / Papanicolaou test coverage in Manaus, Amazonas: a population- based studyCorrea, Dina Albuquerque Duarte 07 March 2014 (has links)
O controle do câncer do colo do útero (CCU) representa um desafio para as políticas de saúde nos países em desenvolvimento. No Brasil, a prevenção deste câncer é baseada principalmente no rastreamento através do exame de Papanicolaou, que se tem mostrado útil em reduzir a incidência e mortalidade por esta neoplasia quando realizado periodicamente. O Amazonas, no norte do país, está entre os estados com maiores taxas de incidência e mortalidade pelo CCU. Com isso, realizou-se o presente estudo com objetivo de estimar a prevalência da realização do exame de Papanicolaou entre mulheres do município de Manaus- Amazonas e, secundariamente, descrever o perfil dessas mulheres, identificar a periodicidade da prática do exame e verificar os fatores associados à realização do mesmo. Trata-se de um estudo transversal de base populacional, com amostra aleatória por conglomerados. Foram incluídas na pesquisa 1100 mulheres entre 25 a 59 anos de idade residentes na zona urbana de Manaus, entrevistadas no domicílio no período de outubro a dezembro de 2011. Observou-se que 92,5% das mulheres relataram ter realizado pelo menos um exame de Papanicolaou alguma vez na vida e 76,5% (IC95%=74,04-79,05) das entrevistadas o realizaram nos últimos três anos, enquanto periodicidade anual foi referida por 66,6% das mulheres (IC95%=63,8- 69,3). A maioria das entrevistadas (56,8%) tinha entre 25 a 34 anos, relação estável (52,45), ensino médio completo (50,5%), renda familiar de até dois salários mínimos (66,1%) e não possuía linha telefônica residencial (64,2%). As variáveis associadas significativamente a realização do exame no período adequado foram: trabalhar em empresa pública; possuir nível superior completo; ter renda acima de dez salários mínimos; presença de telefone fixo na residência; não ser fumante; ter apenas um parceiro nos últimos 12 meses; ter tido uma ou duas gestações; usar métodos contraceptivos não cirúrgicos; conhecer a finalidade do exame; ter recebido informação sobre o exame na instituição de saúde; realizar consulta ginecológica mais de uma vez ao ano; realizar o exame periodicamente/ainda que esteja sadia; ter realizado o exame no serviço privado de saúde; ter realizado o primeiro exame devido solicitação médica; não referir dificuldade para realização do exame. Desta forma, constatou-se que cobertura do exame de Papanicolaou no município de Manaus encontra-se inferior ao nível mínimo necessário para haver impacto nos indicadores de morbimortalidade. O diagnóstico precoce precisa ser melhorado, devendo haver um planejamento de modo proativo, com distribuição heterogênea das ações de controle do câncer. Nesta perspectiva, é necessário assegurar o acesso equitativo, e produzir ações de informação e educação em saúde contínuas, sensibilizando as mulheres sobre a prevenção do câncer do colo do útero e seus fatores de risco / Uterine cervix cancer (UCC) control remains a challenge for health policies in developing countries. In Brazil, UCC prevention is mainly based on Pap smear screening, which has proven useful in reducing the incidence and mortality from this cancer when performed periodically. Amazonas, in the north of Brazil, is among the states with the highest rates of incidence and mortality from cervical cancer. Considering this background, it was proposed the present study that aimed to estimate the prevalence of Pap smear coverage among women in the city of Manaus, Amazonas, and secondarily, we intended to describe the profile of these women and to identify the frequency and factors associated with Pap smear realization. It is a cross-sectional population-based study, with individuals randomly selected through a household-sample frame. It were included in the study 1100 women aged 25-59 years who lived in the urban area of Manaus, through October to December 2011. It was observed that 92.5% of women reported having had at least one Pap test during lifetime and 76.5% (95% CI, 74.04 - 79.05) had had the exam in the past three years , while 66.6% of women (95% CI, 63.8 - 69.3) reported an annual basis. The majority of women (56.8 %) was 25 to 34 years, had stable relationship (52.45), had completed high school (50.5 %), had family income of up to two minimum wages (66.1 %) and had not a landline (64.2 %). The factors associated to the use of Pap smear in the past three years were working in a public company, having a college degree, having earned over ten minimum wages, the presence landline at home, not being a smoker, having only one partner in the last 12 months, having had one or two pregnancies, using non-surgical methods of contraception, knowing the purpose of Pap test, having received information about exam at the health institution, having gynecological examination more than once a year, having the Pap smear periodically even feeling healthy, having had the test at private practice, having had the first test due to medical recommendation, having not had difficult to perform the test. Thus, it was verified that coverage of Pap smear in Manaus is below the minimum level required to have impact on UCC morbidity and mortality indicators. Early diagnosis needs to be improved, and there should be a proactively strategies with heterogeneous distribution of UCC control actions. In this perspective, it is necessary to ensure equitable access, and to produce continuous information and health education actions, sensitizing women about UCC prevention and its risk factors
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Potencial oncogênico de variantes naturais de papilomavírus humano / Oncogenic potential of natural variants of human papillomavirusSichero, Laura 19 December 2003 (has links)
O principal fator etiológico da neoplasia do colo do útero é a infecção por HPVs (papilomavírus humano) de alto risco oncogênico, principalmente HPVs 16 e 18. A variabilidade intra-típica de ambos tipos virais tem sido extensivamente estudada. A análise da diversidade genética de isolados oriundos de diferentes regiões dos cinco continentes permitiu traçar a origem e filogenia destes vírus, e sugeriu-se que a evolução destes reflete a relação dos mesmos com seu hospedeiro. Considera-se uma variante molecular de um tipo de HPV um genoma que possui 98% ou mais de identidade nos genes Ll , E6 e E7 com um genoma já descrito. Entretanto, variantes moleculares apresentam aproximadamente 5% de diferença na seqüência da LCR (long contral region). Alguns grupos de pesquisa de diferentes partes do mundo relataram a associação epidemiológica entre variantes específicas de HPVs 16 e 18 e o risco aumentado de infecção persistente e de desenvolvimento de lesão do colo uterino de alto grau. No Brasil foi observada a associação positiva entre variantes não-européias de HPVs 16 e 18 e o risco de lesão do colo uterino em um estudo epidemiológico prospectivo que vem sendo conduzido em São Paulo. Neste estudo foi analisada a atividade transcricional dos promotores P97 e P105 de variantes moleculares de HPVs 16 e 18, respectivamente. A variante asiático-americana de HPV-18, B18-3, apresentou a maior atividade transcricional entre todos os isolados testados. Entre as variantes moleculares de HPV-18, o isolado europeu B18-2 foi o menos ativo transcricionalmente. Entre as amostras de HPV-16, a variante européia B-12 foi a que apresentou a maior atividade transcricional. Foi observado, também, que o promotor P105 de HPV-18 é mais ativo transcricionalmente que o promotor P97. Adicionalmente, foi analisada a capacidade de imortalização de queratinócitos humanos primários por E6/E7 de variantes moleculares de HPV-16. Essas variantes não diferiram muito quanto a eficiência de formação de colônias de queratinócitos crescidos em baixa densidade. Entretanto, a variante asiático-americana gerou um maior número de colônias potencialmente imortalizadas. Esses resultados têm implicações importantes na determinação do risco de desenvolvimento de lesões de colo uterino associadas ao HPV. / Infection by high-risk HPV (human papillomavirus) types, especially HPVs 16 and 18, is the major etiological factor of cervical neoplasia. Intratypic nucleotide variability of both HPV types has been extensively studied. Genetic diversity analyses of isolates from different regions of the five continents permitted to reconstruct the origin and phylogeny of this virus, and suggested that viral evolution reflects the relation between the virus and their host. A molecular variant of HPV possess 98% or more identity in L1, E6 and E7 genes with another viral genome. However, molecular variants have approximately 5% differences within the LCR (long control region). Some research groups from different parts of the world have described the epidemiologic association between specific variants of HPVs 16 and 18 and increased risk of persistent infection and development of squamous intraepithelial lesions. In Brazil, we observed a positive association between non-European variants of HPVs 16 and 18 and risk of cervical lesion in a prospective epidemiologic study that is being conducted in São Paulo. In this study we analyzed P97 and P105 transcriptional activity of molecular variants of HPVs 16 and 18, respectively. The Asian-American variant of HPV-18, B18-3, exhibited the highest transcriptional activity among all isolates tested. Among HPV-18 molecular variants, the B 18-2 European isolate was the less transcriptionally active. Among HPV-16 samples, the B-12 European variant exhibited the highest transcriptional activity. We also observed that the HPV-18 P105 promoter was more active than the HPV-16 P97 promoter. Furthermore, we analyzed the capacity of immortalization of primary human keratinocytes by E6/E7 molecular variants of HPV-16. These variants did not differ much in the efficiency of colony formation by low density keratinocyte plating. However, the Asian-American variant yielded a higher number of colonies potentially immortalized. These results have important implications in the determination of risk for development of HPV -associated cervical lesions.
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Citologia líquida e teste molecular para HPV de alto risco: avaliação de novas modalidades de rastreio para prevenção de câncer de colo do útero na rede pública de Saúde do Estado de São Paulo / Liquid based cytology and molecular testing for high-risk HPV: evaluation of new screening modalities for cervical cancer prevention in the Public Health System of the Sao Paulo StateToni Ricardo Martins 03 February 2017 (has links)
Introdução/Objetivos: Anualmente são estimados cerca de 16.000 novos casos de câncer de colo do útero no Brasil. As novas tecnologias podem levar a uma redução deste número, permitindo não só uma expansão da população abrangida pelo rastreio, mas também melhorando a taxa de detecção de lesões precursoras. Casuística e Métodos: Mulheres com idade entre 12 e 90 anos provenientes de duas regiões da cidade de São Paulo, rotineiramente realizando seus exames citopatológicos e histopatológicos com a FOSP, foram recrutadas para este estudo no período de dezembro de 2014 até março de 2016, totalizando 15.991 amostras. As amostras foram transportadas para a FOSP onde foram submetidas paralelamente ao teste Onclarity para DNA de HPV de alto risco (HrHPV) e citologia em base líquida (LBC), ambos produtos da empresa BD (Becton-Dickinson, EUA). O ensaio BD Onclarity® HPV detecta 14 genótipos de alto risco, com identificação individual dos tipos 16, 18, 31, 45, 51, 52 e os demais tipos em três grupos distintos: P1 (HPVs 33, 58); P2 (HPVs 56, 59, 66) e P3 (HPVs 35,39,68). Mulheres com resultado citológico ASC-US ou superior e/ou positivas para HrHPV foram encaminhadas para a colposcopia e eventual biópsia a critério médico. Resultados: Entre as 15.991 amostras analisadas, 15.945 (99,7%) foram satisfatórias para a citologia, destas 7,2% (1.152/15.945) apresentaram alguma anormalidade e foram classificadas como positivas, da seguinte forma: ASC-US 546 (3,4%); ASC-H 119 (0,7%); LSIL 392 (2,5%); HSIL 87 (0,5%), dois casos (0,01%) de CEC e seis (0,04%) de AGC. O teste molecular para a pesquisa do HrHPV mostrou 2.398 (15 %) amostras positivas. O DNA do HPV foi detectado em 12,1% das citologias classificadas como negativas, em 31,1% dos casos de ASC-US; 58,8% de ASC-H; 73,2% de LSIL; 87,4% dos casos de HSIL, nas duas amostras classificadas como CEC e em 16,7% das AGC. Os tipos de HPVs mais frequentes foram representados pelo grupo P3 em 3,8% das amostras seguidos do grupo P2 em 3,6%; HPV 16 (3,2%); HPV 52 (2,4%); grupo P1 (2,3%); HPV 31 (1,9%); HPV 51 (1,4%); HPV 18 (1,2%) e HPV 45 (0,9%). Pelo protocolo, 2.309 (14,4%) amostras foram encaminhadas para a colposcopia e destas 1.287 (55,7%) realizaram o procedimento. Trezentos e trinta e quatro foram biopsiadas, revelando 147 (44%) resultados histopatológicos alterados, distribuídos da seguinte forma: 75 (51%) casos de NIC 1; 59 (40,1%) de NIC 2; sete (4,8%) de NIC 3; dois (1,4%) de Carcinomas in situ; dois (1,4%) de Carcinomas epidermóides invasivos (CEC) e dois (1,4%) de Adenocarcinomas. O DNA do HPV foi detectado em 98,6% (71/72) dos casos de NIC 2+, destes, 18 apresentaram citologias negativas, incluindo um adenocarcinoma. Entre os casos de NIC 3+ (N=13), o HrHPV foi detectado em 100% sendo o HPV 16 o mais frequente, presente em 53,8% (7/13) enquanto a citologia foi negativa em dois destes. Conclusões: O teste de DNA do HPV detectou um número significativo de pacientes com lesões pré-malignas não detectadas por citologia. Ainda, a citologia forneceu uma classificação que de acordo com o algoritmo atual, atrasaria a detecção de NIC2 + devido a adição de um ciclo de citologia repetida em 6 meses - 1 ano. Se for adotado o rastreamento por DNA do HPV, de modo a evitar um aumento na demanda de exames colposcópicos, será muito importante adicionar um marcador de valor preditivo positivo elevado às amostras HrHPV+ antes de referir à colposcopia. O limite inferior de idade de 30 anos para o rastreamento baseado em HPV empregado na Europa provavelmente não é ideal para o Brasil, onde não é incomum observar-se mulheres jovens com NIC 2 +. As taxas de NICs verificadas permitiram uma avaliação robusta dos ensaios, algoritmos e estratégias de gestão. O uso da genotipagem 16/18 e triagem citológica para os demais HrHPVs forneceu um equilíbrio entre sensibilidade e especificidade, número de testes e colposcopias requeridas para detecção de NIC 2+, e pode ser uma alternativa de uso combinado dos dois testes. A implantação na rede pública é viável mas deve ser previamente analisada sua custo-efetividade / Background/Objectives: Every year there are approximately 16,000 new cases of cervical cancer in Brazil. New technologies may lead to a reduction of this number by allowing an expansion of the screening covered population but also by improving the detection rate of precursor lesions. Methods: Women participating in a routine CC primary screening program were invited to enroll in this study. An LBC sample was collected in SurePath medium and transported to Fundação Oncocentro where BD Totallis prepared, in parallel, slides for cytology and an aliquot for the BD Onclarity(TM) HPV Assay (HrHPV). A positive HrHPV test and/or cytology class > ASC-US referred the patient to colcoscopic examination and biopsy, if found necessary by the clinican. Results: In between December 2014 and March 2016 15,991 women joined this study. Among samples analyzed, 15,945 (99.7%) were satisfactory for cytology, of these 7.2% (1,152/ 15,945) had some abnormality and were classified as positive, as follows: ASC-US 546 (3.4 %); ASC-H 119 (0.7%); LSIL 392 (2.5%); HSIL in 87 (0.5%), two cases (0.01%) of ICC and six (0.04%) of AGC. HPV DNA testing showed 2,398 (15%) positive samples, detected in 12.1% of the samples cytology classified as NILM, in 31.1% of ASC-US cases; 58.8% ASC-H; 73.2% LSIL; 87.4% of the cases of HSIL, in 100% samples classified as ICC and in 16.7% of the AGC. The most frequent HPV types were represented by the P3 group in 3.8% of these, followed by the P2 group in 3.6%; HPV 16 (3.2%); HPV 52 (2.4%); P1 group (2.3%); HPV 31 (1.9%); HPV51 (1.4%); HPV 18 (1.2%) and HPV 45 (0.9%). By protocol, 2,309 (14.4%) were referred to colposcopic study and 1,287 (55.7%) submitted to the procedure. Of these 334 samples were biopsied, revealing 147 (44%) positive results distributed as follows: 75 (51%) cases of CIN 1; 59 (40.1%) of CIN 2; 7 (4.8%) of CIN 3; 2 (1.4%) SCC; 2 (1.4%) of ICC and 2 (1.4%) of adenocarcinomas. HrHPV was detected in 98.6% (71/72) cases of CIN 2+, of these, 18 were negative by cytology, including an adenocarcinoma and was present in 100% of the 13 cases of CIN 3+, whereas cytology missed two of them. Among CIN3+ cases HPV 16 was the most frequent type, found in 53.8% (7/13). Conclusions: HPV DNA testing detected a significant number of patients with premalignant lesions missed by cytology. In another fraction, cytology provided a classification that would, according to the current algorithm, delay the CIN2+ detection due to a loop of repeating cytology in 6 mo - 1 year. If HPV DNA screening is to be adopted, it will be a challenge to avoid an increase in the need for colposcopic examinations. Towards that, it will be very important to add one marker of high positive predictive value to HrHPV+ samples, before referral and analyzed in the same primary cervical smear. The European age cut-off of 30 yo for HPV based-screening is probably not ideal in Brazil, where is not uncommon to observe young women with CIN2+. The CIN rate allowed a thorough evaluation of the assays and management strategies. The use of 16/18 HPV genotyping and cytological triage for the other HrHPVs provided a balance between sensitivity and specificity, number of tests and colposcopies required for detection of CIN 2+. The implementation in the public health system is feasible upon a positive cost effectiveness evaluation
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Avaliação da linfangiogênese intratumoral em carcinoma precoce do colo de útero / Evaluation of intratumoral lymphangiogenesis in early-stage carcinoma of the uterine cervixZaganelli, Fabrícia Leal 10 August 2010 (has links)
A incidência do câncer cervical permanece elevada em nosso país, provavelmente devido ao rastreamento ser realizado principalmente em áreas urbanas e haver áreas menos favorecidas onde os programas de rastreamento não são efetivos. É bem sabido que a mortalidade pelo câncer raramente é devida ao tumor primário, mas à disseminação metastática das células tumorais em órgãos distantes. A via linfática é considerada a preferencial para disseminação metastática nos tumores ginecológicos. E o estágio clínico e os linfonodos regionais são considerados os fatores prognósticos mais potentes no carcinoma de colo útero. A compreensão da linfangiogênese pode ser considerada uma importante chave na elucidação dos mecanismos usados pelas células tumorais na sua disseminação. Os objetivos do presente estudo são avaliar as características clínico-patológicas do câncer do colo do útero e sua associação com o comprometimento linfonodal e o desfecho; avaliar a linfangiogênese intratumoral pela análise quantitativa da microdensidade vascular linfática (MDVL), usando o método imunoistoquímico para marcação dos vasos linfáticos e três métodos morfométricos para a quantificação; determinar a associação entre a MDVL, características clínico-patológicas de apresentação, comprometimento linfonodal, desfecho e a expressão de podoplanina em células neoplásicas e a expressão da podoplanina em células fibroblásticas do estroma intratumoral. Os estudos sobre a MLVD em câncer de colo de útero são raros e controversos. Nossos resultados demonstraram que a MLVD foi mais acentuada nos tumores de menor tamanho (<2 cm), nos estádios iniciais (IB1), com menos infiltrações, sem comprometimento vascular e sem comprometimento linfonodal, provavelmente porque a indução da linfangiogênese pode ser um evento inicial na progressão do câncer, quando ainda nem todos os vasos neoformados estão funcionantes ou patentes. Isto explicaria a elevada MLVD nos tumores iniciais quando os linfonodos estavam frequentemente negativos. Observou-se que não não houve associação significativa entre expressão de podoplanina em células neoplásicas e comprometimento vascular, comprometimento dos linfonodos ou desfecho. A expressão de podoplanina em fibroblastos do estroma intratumoral no câncer precoce de colo de útero está associada a melhor prognóstico. Até o presente, acreditase que este seja o primeiro estudo a investigar o papel da expressão da podoplanina no estroma intratumoral de carcinoma precoce do colo do útero, relacionando-a com MLVD, comprometimento dos linfonodos e o desfecho / Cervix carcinoma incidence remains still high in our country, probably as the screening occurrence is carried out mainly in the urban areas and there are less favored areas where the screening programs are not effective. It is well known that the cancer mortality is rarely caused by the primary tumor, but it is caused by the metastatic spread of tumor cells in distant organs. The lymphatic route is considered the choice for the metastatic dissemination in the gynecological tumors. And the clinical stage and the regional lymphonodes are considered the most powerful prognostic factors in the uterine cervix cancer. The understanding of the lymphangiogenesis can be considered an important key for the elucidation of the mechanisms used in the tumor cells dissemination. The current study objectives are to evaluate the clinic-pathological characteristics of the uterine cervix carcinoma and its association with the lymphnodal involvement and outcome; to evaluate the intratumoral lymphangiogenesis by the quantitative analysis of the lymphatic vessel micro density (LVMD), using the immunoistochemical method for marking the lymphatic vessels and three morphometric methods for the quantification. To determine the association between the LVMD, the clinicpathological characteristics, the lymphonodal involvement and outcome and the podoplanin expression in neoplasic cells and in fibroblastic cells of the intratumoral stroma. Studies about the LVDM in uterine cervical cancer are rare and controversial. Our results demonstrated that the LVDM was more remarkable in the smaller tumors(<2cm), in the initial stages (IB1), with less infiltrations, with no vascular involvement and no lymphnodal involvement. Probably because the induction of lymphangiogenesis may be an early event in cancer progression, while still not all the newly formed vessels are functioning or patent. This would explain the high LVMD in the initial tumors while the lymphonodes were frequently negative. It was noted that there were no significant association between podoplanin expression in neoplasic cells and vessel involvement, lymphonodes involvement or outcome. Podoplanin expression in fibroblasts of the intratumoral stroma in early cervix carcinoma was associated to better prognosis. To date, it is believed that this is the first study to investigate the role of podoplanin expression in intratumoral stroma of cervix carcinoma, relating it to LVMD, lymph node involvement and outcome
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Caracterização e relação de leveduras do gênero Candida isoladas das mucosas oral e vaginal de mulheres com lesões causadas por HPV de alto risco para câncer do colo do útero / Characterization and relation of yeasts of the genus Candida isolated from the oral and vaginal mucosa e of women with lesions caused by high risk HPV for cervical cancerSouza, Ana Clara de 17 March 2017 (has links)
Este estudo caracterizou e relacionou as leveduras do gênero Candida isoladas das mucosas oral e vaginal de mulheres com lesões causadas por HPV de alto risco para câncer do colo do útero. Foram examinadas 42 mulheres tratadas no ambulatório de Patologia do Trato Genital Inferior do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo sendo, 30 com lesões uterinas de alto grau (G1) com média de idade de 36,5 anos ± 11,1 e 12 com lesões uterinas de baixo grau (G2) com média de idade de 34,75 anos ± 15,5. Condições clínicas e dados laboratoriais sobre HPV foram coletados do prontuário médico das pacientes; os dados sócio-demográficos obtidos a partir de um questionário apropriado. Para o estudo de associação entre as variáveis foi utilizada a análise de razão de chance (Odds Ratio) a partir do programa STATA 13.1. Foram identificadas associação entre lesões uterinas de baixo grau com cultura positiva em mucosa oral (OR= 0,215) e com presença de doenças crônicas (OR = 0,167), sendo que pacientes com lesões uterinas de alto grau possuem maior prevalência para diabetes e os resultados indicaram 23% de prevalência de Candida spp. em mucosa oral e 27% em mucosa vaginal, em pacientes do G1,no G2 foi de 42% em mucosa oral e de 33% em mucosa vaginal. Entre as espécies encontradas em mucosa oral e vaginal das pacientes, Candida albicans foi a mais isolada com 88%, seguida de C. tropicalis (8%)e C. glabrata (4%). As cepas de C. albicans isoladas de ambas as mucosas apresentaram sensibilidade a todos os antifúngicos testados, ao contrário da cepa de C. tropicalis isolada no Grupo 2, em mucosa vaginal, que apresentou um perfil de resistência ao fluconazol. Assim, torna-se importante o acompanhamento e supervisão por meio de exames clínicos e laboratoriais das pacientes com HPV, reforçando a necessidade sobre cuidados, tratamento e prevenção de infecções relacionadas ao HPV e a Candida spp. / This study characterized and related yeasts of the genus Candida isolated from the oral and vaginal mucous membranes of women with lesions caused by high-risk HPV for cervical cancer. Forty-two women treated at the Lower Genital Tract Pathology Clinic of the University of São Paulo Medical School\'s Hospital of Clinics were examined, with 30 high-grade (G1) uterine lesions with a mean age of 36.5 years ± 11, 1 and 12 with low grade (G2) uterine lesions with a mean age of 34.75 years ± 15.5. Clinical conditions and laboratory data on HPV were collected from patients\' medical records; the socio-demographic data obtained from an appropriate questionnaire. For the study of association between the variables, Odds Ratio analysis was used from the STATA 13.1 program. An association between low grade uterine lesions with positive culture in oral mucosa (OR = 0.215) and presence of chronic diseases (OR = 0.167) was identified. Patients with high grade uterine lesions had a higher prevalence for diabetes and the results indicated 23% prevalence of Candida spp. In oral mucosa and 27% in vaginal mucosa, in G1 patients, in G2 it was 42% in oral mucosa and 33% in vaginal mucosa. Among the species found in oral and vaginal mucosa of patients, Candida albicans was the most isolated with 88%, followed by C. tropicalis (8%) and C. glabrata (4%). The strains of C. albicans isolated from both mucosa presented sensitivity to all tested antifungal agents, unlike the C. tropicalis strain isolated in Group 2, in vaginal mucosa, which presented a resistance profile to fluconazole. Thus, monitoring and supervision through clinical and laboratory testing of HPV patients is important, reinforcing the need for care, treatment and prevention of HPV-related infections and Candida spp.
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Estratégias para a cobertura do rastreamento populacional do câncer de colo de útero e de mama em uma área rural da estratégia de Saúde da Família de Caxias - MaranhãoRoss, José de Ribamar 11 March 2016 (has links)
Submitted by Silvana Teresinha Dornelles Studzinski (sstudzinski) on 2016-04-29T15:01:43Z
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Previous issue date: 2016-03-11 / Nenhuma / Objetivo: desenvolver estratégias para qualificar o rastreamento populacional do câncer de colo de útero e de mama, realizadas pela equipe de Saúde da Família do Caxirimbu, zona rural de Caxias – Maranhão. Método: Estudo observacional do tipo transversal com etapa intervencionista. A amostra por conveniência onde foram entrevistadas 211 mulheres na faixa etária 38 a 69 anos, no período de 01 de abril a 01 de setembro de 2015, conforme a distribuição das residências, censitariamente, nos distritos sanitários da zona rural do Caxirimbu e os critérios de seleção. Foi utilizada a técnica do georreferenciamento para se obter informações geográficas, com coordenadas de GPS. Os dados foram analisados por estatística descritiva, expressos por média, desvio padrão, utilizando-se o programa estatístico SPSS® versão 21.0. Resultados: Das 211 mulheres 94 % (n=198) já havia realizado o exame de citologia oncótica e 63% haviam realizado a mamografia de rastreamento. De acordo com a tabela acima verifica-se que 2,4% (n=5) informaram história de HPV e 82,5% (n=174) informaram não fazer uso de preservativo. Dos fatores de risco do câncer de mama, os que mais chamam atenção nesta amostra (Tabela 3) correspondem a idade maior que 55 anos 77,7% (n=164), o sedentarismo 60,7% (n=128), história de tabagismo 48,3% (n=102) e a altura inferior a 1,70m 99,1% (n=209). A fim de qualificar o rastreamento do câncer de colo de útero e mama implantou-se as intervenções: padronização de fichas, georreferenciamento, construção de aplicativo de celular, planilhas em Excel e mapas bem como a realização de treinamento da equipe de saúde local sobre essas ferramentas de organização. Conclusão: apesar da baixa escolaridade, a cobertura do exame do colo uterino atingiu a meta preconizada, o que não ocorreu com o exame de mamografia. As ferramentas produzidas para o serviço foram essenciais para organizar o modelo estratégico de rastreamento da unidade. / Objective: To develop strategies to improve population screening for cervical and breast cancer developed by the Health Strategy Caxirimbu Family, Caxias - Maranhão. Methods: An observational cross-sectional study with interventional step. The sample was random and in the interests 211 of women aged 38-69 years in the period from April 1 to September 01, 2015, as the distribution of residences, censitary, in the health districts of Caxirimbu and criteria selection. The georeferencing technique was used to obtain geographical information with GPS coordinates. Data were analyzed using descriptive statistics, expressed as mean, standard deviation, using the statistical program SPSS version 21.0. Results: 211 women were interviewed in the age group 38-69 years in the period from April 01 to September 01, 2015. Of the 211 women, at most 94% had conducted the examination of cytology and 63% had undergone mammography tracking. Among the risk factors associated with cervical cancer is observed that the prevalence of HPV is low (2.4%), 82.5% of women do not use condoms, 7.1% of sexually transmitted diseases. Among the risk factors for breast cancer, 77.7% were over 55 years old; 9.5% had menarche before 12 years of age; 4.7% were nulliparous; 6.6% had never breastfed, 1.4% had undergone hormonal replacement therapy> 5 years; 4.3 had menopause after age 55; 48.3% smoked; 22.3% had a BMI> 30; 60.7% sedentary; 12.8% used alcohol; 99.1% shorter than 1,70cm and 7.1% with a history of breast cancer in the family. Conclusion: despite the low level of education, coverage of cervical examination reached the recommended target, which did not occur with mammography. The tools produced for the service were essential to organize the strategic model tracking unit.
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Avaliação da linfangiogênese intratumoral em carcinoma precoce do colo de útero / Evaluation of intratumoral lymphangiogenesis in early-stage carcinoma of the uterine cervixFabrícia Leal Zaganelli 10 August 2010 (has links)
A incidência do câncer cervical permanece elevada em nosso país, provavelmente devido ao rastreamento ser realizado principalmente em áreas urbanas e haver áreas menos favorecidas onde os programas de rastreamento não são efetivos. É bem sabido que a mortalidade pelo câncer raramente é devida ao tumor primário, mas à disseminação metastática das células tumorais em órgãos distantes. A via linfática é considerada a preferencial para disseminação metastática nos tumores ginecológicos. E o estágio clínico e os linfonodos regionais são considerados os fatores prognósticos mais potentes no carcinoma de colo útero. A compreensão da linfangiogênese pode ser considerada uma importante chave na elucidação dos mecanismos usados pelas células tumorais na sua disseminação. Os objetivos do presente estudo são avaliar as características clínico-patológicas do câncer do colo do útero e sua associação com o comprometimento linfonodal e o desfecho; avaliar a linfangiogênese intratumoral pela análise quantitativa da microdensidade vascular linfática (MDVL), usando o método imunoistoquímico para marcação dos vasos linfáticos e três métodos morfométricos para a quantificação; determinar a associação entre a MDVL, características clínico-patológicas de apresentação, comprometimento linfonodal, desfecho e a expressão de podoplanina em células neoplásicas e a expressão da podoplanina em células fibroblásticas do estroma intratumoral. Os estudos sobre a MLVD em câncer de colo de útero são raros e controversos. Nossos resultados demonstraram que a MLVD foi mais acentuada nos tumores de menor tamanho (<2 cm), nos estádios iniciais (IB1), com menos infiltrações, sem comprometimento vascular e sem comprometimento linfonodal, provavelmente porque a indução da linfangiogênese pode ser um evento inicial na progressão do câncer, quando ainda nem todos os vasos neoformados estão funcionantes ou patentes. Isto explicaria a elevada MLVD nos tumores iniciais quando os linfonodos estavam frequentemente negativos. Observou-se que não não houve associação significativa entre expressão de podoplanina em células neoplásicas e comprometimento vascular, comprometimento dos linfonodos ou desfecho. A expressão de podoplanina em fibroblastos do estroma intratumoral no câncer precoce de colo de útero está associada a melhor prognóstico. Até o presente, acreditase que este seja o primeiro estudo a investigar o papel da expressão da podoplanina no estroma intratumoral de carcinoma precoce do colo do útero, relacionando-a com MLVD, comprometimento dos linfonodos e o desfecho / Cervix carcinoma incidence remains still high in our country, probably as the screening occurrence is carried out mainly in the urban areas and there are less favored areas where the screening programs are not effective. It is well known that the cancer mortality is rarely caused by the primary tumor, but it is caused by the metastatic spread of tumor cells in distant organs. The lymphatic route is considered the choice for the metastatic dissemination in the gynecological tumors. And the clinical stage and the regional lymphonodes are considered the most powerful prognostic factors in the uterine cervix cancer. The understanding of the lymphangiogenesis can be considered an important key for the elucidation of the mechanisms used in the tumor cells dissemination. The current study objectives are to evaluate the clinic-pathological characteristics of the uterine cervix carcinoma and its association with the lymphnodal involvement and outcome; to evaluate the intratumoral lymphangiogenesis by the quantitative analysis of the lymphatic vessel micro density (LVMD), using the immunoistochemical method for marking the lymphatic vessels and three morphometric methods for the quantification. To determine the association between the LVMD, the clinicpathological characteristics, the lymphonodal involvement and outcome and the podoplanin expression in neoplasic cells and in fibroblastic cells of the intratumoral stroma. Studies about the LVDM in uterine cervical cancer are rare and controversial. Our results demonstrated that the LVDM was more remarkable in the smaller tumors(<2cm), in the initial stages (IB1), with less infiltrations, with no vascular involvement and no lymphnodal involvement. Probably because the induction of lymphangiogenesis may be an early event in cancer progression, while still not all the newly formed vessels are functioning or patent. This would explain the high LVMD in the initial tumors while the lymphonodes were frequently negative. It was noted that there were no significant association between podoplanin expression in neoplasic cells and vessel involvement, lymphonodes involvement or outcome. Podoplanin expression in fibroblasts of the intratumoral stroma in early cervix carcinoma was associated to better prognosis. To date, it is believed that this is the first study to investigate the role of podoplanin expression in intratumoral stroma of cervix carcinoma, relating it to LVMD, lymph node involvement and outcome
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Existe câncer cervical HPV negativo? / Does HPV negative invasive cervical cancer exist?Oliveira, Cristina Mendes de 14 December 2011 (has links)
O câncer no colo do útero é o segundo tipo de neoplasia maligna mais prevalente nas mulheres no mundo todo e o seu rastreamento é realizado através do exame microscópico das células esfoliadas da mucosa cervical, o teste de Papanicolaou. Partindo-se da premissa que a infecção por Papilomavírus Humano oncogênico (HRHPV) é condição necessária para o desenvolvimento desta neoplasia, tem-se avaliado a possibilidade de empregar-se para a mesma finalidade, o rastreio, métodos que detectam o material genético viral. Estudos recentes demonstraram que estes testes moleculares apresentam maior sensibilidade e a substituição do teste citológico pelos moleculares vem ocorrendo em alguns países. O monitoramento da resposta ao tratamento das pacientes com câncer cervical é realizado por meio de testes inespecíficos como exames de imagem. Portanto, é desejável o desenvolvimento de um teste específico, não invasivo capaz de detectar precocemente a recidiva. Este estudo investigou a freqüência e os tipos de HPV presentes em tumores cervicais de pacientes brasileiras, e verificou a ocorrência de resultados HPV-negativos pelos testes moleculares, procurando investigar as causas de possíveis falhas dos testes. Além disso, padronizou e avaliou uma reação de PCR em tempo real capaz detectar o DNA do HPV-16 e 18 no plasma das pacientes. Foram incluídas no estudo 104 pacientes com diagnóstico confirmado de câncer cervical atendidas em três hospitais oncológicos do Estado de São Paulo, ICESP, IBCC e HC-Barretos, no período de novembro de 2009 a julho de 2011. Foram coletados um fragmento do tumor cervical e sangue total. O DNA extraído dos tumores foi submetido a genotipagem do HPV por meio da utilização dos kits Linear Array HPV Genotyping Test (LA) e PapilloCheck®, além de PCRs tipo específicas para HPV-16, 18 e 45. Amostras que apresentaram resultado HPV-negativo no PapilloCheck®, tiveram parte da região E1 seqüenciada para verificar potenciais causas do resultado falso-negativo. A amostra de plasma das pacientes que apresentavam HPV-16 e/ou 18 no tecido tumoral foi submetida à PCR em tempo real para avaliar a presença do DNA do HPV no plasma. Das 104 amostras de tecido tumoral, 103 foram positivas para HPV, sendo que os HPV-16 e 18, como infecção simples, foram os encontrados com maior freqüência (48,5%). Os testes LA e PapilloCheck® apresentaram 65,4% de concordância total. O PapilloCheck® apresentou 12,5% de resultados falso-negativos (N=13). A principal hipótese para explicar esses resultados é a presença de mutações na região de hibridização dos iniciadores e/ou das sondas. A reação de PCR em tempo real específica para HPV-16 e 18 padronizada no estudo apresentou baixa sensibilidade, mas alta especificidade e não deve ser utilizada como teste diagnóstico para o câncer cervical. A relação entre DNA de HPV no plasma e o prognóstico da paciente deve ser explorada no futuro / Invasive cervical cancer is the second most common cancer among women worldwide and screening programs are based on microscopical examination of cells exfoliated from the cervical mucosa, the Papanicolaou test. Since the infection by an oncogenic HPV (HR-HPV) has been shown to be necessary for the development of this neoplasia, molecular assays are being evaluated for the same application, primary screening. Indeed, recent studies showed these methods to be more sensitive and therefore are replacing the cytological test in many countries. Post treatment surveillance of invasive cervical cancer patients are made by unspecific tests as imaging exams. Hence, the development of a specific non invasive test able to detect premature recurrence is desired. This study investigated the HPV frequency and types on invasive cervical tumors among Brazilian patients observing the occurrence of HPV-negative results on molecular tests, trying to addrees the causes for the putative failures. Moreover, we standardized and evaluated a real time PCR method for HPV-16 and 18 DNA detection on patients plasma. One hundred and four women with invasive cervical cancer were recruited in three oncologic hospitals from São Paulo State, ICESP, IBCC and HCBarretos, in between November 2009 and July 2011. Tumor tissue and whole blood were collected. DNA extracted from the tumors were submitted to HPV detection and genotyping tests such as the Linear Array HPV Genotyping Test (LA) and PapilloCheck®, besides type specific PCRs for HPV-16, 18 e 45. Samples that showed an HPV-negative result on the PapilloCheck® were submitted to direct sequencing of E1 region to verify potential mismatches responsible for that. Plasma samples from patients with tumor tissue positive for HPV-16 and/or 18 were submitted to the real time PCR to evaluate the HPV DNA presence on plasma. Out of 104 cervical carcinomas, 103 were HPV positive, HPV-16 and 18, as single infection, were the most frequent types observed (48.5%). LA and PapilloCheck® showed 65.4% of total agreement. PapilloCheck® displaied 12.5% of false-negative results (N=13). The major hypothesis to explain these results is the presence of mismatches to the primers and/or probes annealing regions. Real time PCR specific for HPV-16 and 18 developed in this study showed low sensitivity, but a high specificity and cannot be used as an invasive cervical cancer diagnostic tool. The relationship between the presence of HPV DNA in the plasma and the patient prognostic shall be evaluated in the future
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Avaliação imuno-histoquímica de micrometástases linfonodais no câncer de colo do útero em estádios iniciais e correlação com recidiva tumoralLeandro Freitas, Colturato, 20 June 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-06-20 / Introduction: Ten to 15% of cervical cancer patients have had tumor recurrence in early stage (FIGO IB1 - IIA). They have presented negative lymph nodes to hematoxylin-eosin (HE) staining technique. Objectives: In patients with cervical cancer in stage IB1 - IIA (FIGO): 1) to assess the prevalence of pelvic lymph node micrometastasis (MI) through the immunoreactivity of antibody anti pan - cytokeratin AE1/AE3 in lymph node tissue and its correlation with tumor recurrence and overall survival; 2) to describe, in the primary tumor of patients with recurrence tumor and/or lymph node micrometastasis, the immunohistochemical expression (IHC) of the lymphatic endothelial marker D2-40 and their correlation with histopathologic findings by conventional hematoxylin-eosin staining. Material and Method: We studied 83 medical records of patients admitted at Centro de Referência da Saúde da Mulher do Estado de São Paulo (Hospital Pérola Byington) in clinical stages IB1, IB2, and IIA. They were submitted exclusively to primary surgical treatment with hysterectomy Querleu C1 and had no lymph node metastases in the presence of Hematoxylin-Eosin. We collected data from the patients’ medical records. We studied variables, such as sociodemographic, reproductive, and histopathological characteristics, as well as the therapeutic follow-up of these patients. The histological sections of the tumors were reviewed systematically. Each lymph node was analyzed by IHC with AE1/AE3 antibody with six histological sections of three micrometers thick. The patients were divided into groups with recurrence (GCR) and without recurrence (GSR). The patients were also separated according to the presence or absence of lymph node micrometastasis or isolated tumor cells. Qualitative and quantitative variables between groups were compared using chi-square test and parametric Student's t-test. Results: Fifteen patients (18.07%) have had recurrence. At a significance level of 5%, there was significant difference between the GCR and GSR and the variables: pregnancies, size of the major axis of the tumor (cm), lymph node micrometastasis, clinical stage IB2 or IIA, and the mean number of negative lymph nodes. The direct analysis with lymph node micrometastasis or isolated tumor cells showed a significant difference among the variables clinical stage IB2 or IIA, and a stromal invasion depth greater than 2/3. Conclusions: The presence of lymph node micrometastasis is an important risk factor to tumor recurrence. These patients should be considered eligible for radiochemotherapy adjuvant treatment. / Introdução: Dez a 15% das pacientes com câncer do colo do útero em estádio clínico inicial (FIGO IB1 – IIA), com linfonodos negativos à técnica de Hematoxilina-eosina (HE), apresentam recidiva tumoral. Objetivos: Em pacientes com câncer de colo do útero nos estádios IB1 – IIA (FIGO): 1) Avaliar a prevalência de micrometástase (MI) linfonodal pélvica por meio da imunoexpressão do anticorpo anti-pan – citoqueratina AE1/AE3 no tecido linfonodal e sua correlação com recidiva tumoral e sobrevida global; 2) Descrever, no tumor primário de pacientes com recidiva tumoral e/ou MI linfonodal, a expressão imuno-histoquímica (IHQ) do marcador endotelial linfático D2-40 e sua concordância com achados histopatológicos convencionais, por meio da coloração HE. Material e Método: Estudaram-se 83 prontuários de pacientes admitidas no Centro de Referência da Saúde da Mulher do Estado de São Paulo – Hospital Pérola Byington nos estádios clínicos IB1, IB2 e IIA, submetidas ao tratamento cirúrgico primário com histerectomia Querleu C1 exclusivamente e que apresentavam ausência de metástases linfonodais à HE. A coleta de dados foi realizada nos prontuários e realizou-se levantamento das características sociodemográficas, reprodutivas, histopatológicas, terapêuticas e de seguimento dessas pacientes. Os cortes histológicos dos tumores foram revisados de forma sistemática e cada linfonodo analisado por IHQ com anticorpo AE1/AE3, com seis cortes histológicos de três micrometros de espessura. As pacientes foram divididas em grupos com recidiva (GCR) e sem recidiva do tumor (GSR). Foram também divididas de acordo com a variável presença ou ausência de MI linfonodal ou células tumorais isoladas. Para comparar os grupos em relação às variáveis qualitativas e quantitativas foi utilizado o teste Qui-quadrado e o teste paramétrico t de Student, respectivamente. Resultados: Quinze pacientes (18,07%) apresentaram recidiva tumoral. Com significância de 5%, houve diferença significante entre os GCR e GSR e as variáveis: gestações, tamanho do maior eixo do tumor (cm), MI linfonodal, estadiamento clínico IB2 ou IIA e número médio de linfonodos negativos. Na análise direta, com MI linfonodal ou CTI, houve diferença significante com as variáveis estadiamento clínico IB2 ou IIA e profundidade de invasão estromal maior do que 2/3. Conclusões: A presença de MI linfonodal é fator de risco importante para recidiva tumoral. Essas pacientes devem ser consideradas elegíveis para tratamento radioquimioterápico adjuvante.
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Detecção de DNA de HPV no plasma para potencial identificação precoce de recidiva de câncer do colo de útero / Detection of HPV DNA in plasma samples as a potencial early marker of cervical cancer recurrenceCentrone, Cristiane de Campos 29 March 2016 (has links)
O câncer do colo do útero constitui a terceira neoplasia maligna mais comum na população feminina, com aproximadamente 520 mil novos casos e 260 mil óbitos por ano e origina-se a partir da infecção genital persistente pelo Papiloma Vírus Humano (HPV) oncogênico. Os principais HPVs considerados de alto risco oncogênico são os tipos HPV-16 e 18, responsáveis por cerca de 70% de todos os casos de cânceres cervicais (CC) no mundo. Pacientes com CC apresentam taxa de recidiva variando de 8% a 49%. Dentro de dois anos de seguimento, 62% a 89% das recidivas são detectadas. Atualmente, os testes usados para detecção de recidiva são a citopatologia da cúpula vaginal e exames de imagem, porém ainda não estão disponíveis testes específicos. O DNA livre-circulante (cf-DNA) representa um biomarcador não-invasivo facilmente obtido no plasma e soro. Vários estudos mostram ser possível detectar e quantificar ácidos nucléicos no plasma de pacientes com câncer e que as alterações no cfDNA potencialmente refletem mudanças que ocorrem durante a tumorigênese. Essa ferramenta diagnóstica não-invasiva pode ser útil no rastreio, prognóstico e monitoramento da resposta ao tratamento do câncer. Portanto, o desenvolvimento e a padronização de testes laboratoriais não invasivos capazes de identificar marcadores tumorais e diagnosticar precocemente a recidiva da doença aumentam a chance de cura através da utilização dos tratamentos preconizados. Sendo assim, este estudo tem o objetivo de detectar o DNA de HPV no plasma de pacientes com CC para avaliar sua potencial utilidade como marcador precoce de recidiva. Um fragmento de tumor e sangue de pacientes com CC, atendidas no ICESP e HC de Barretos, foram coletados antes do tratamento. Entraram no estudo 137 pacientes nas quais o tumor foi positivo para HPV-16 ou 18, sendo 120 amostras positivas para HPV-16 (87,6%), 12 positivas para HPV-18 (8,8%) e cinco positivas para HPV-16 e 18 (3,6%). A média de idade das pacientes deste estudo foi de 52,5 anos. Plasma de 131 pacientes com CC da data do diagnóstico e de 110 pacientes do seguimento foram submetidas ao PCR em Tempo Real HPV tipo específico. A presença do DNA de HPV no plasma pré-tratamento foi observada em 58,8% (77/131) com carga viral variando de 204 cópias/mL a 2.500.000 cópias/mL. A positividade de DNA no plasma pré-tratamento aumentou com o estadio clínico do tumor: I - 45,2%, II - 52,5%, III - 80,0% e IV - 76,9%, (p=0,0189). A presença do DNA de HPV no plasma pós-tratamento foi observada em 27,3% (30/110). A média de tempo das recidivas foi de 3,1 anos (2,7 - 3,5 anos). O DNA de HPV foi positivo até 460 dias antes do diagnóstico clínico da recidiva. As pacientes com DNA de HPV no plasma apresentaram pior prognóstico, tanto sobrevida como o tempo livre de doença, em relação às que foram negativas. Nas pacientes com CC a presença de HPV no plasma de seguimento pode ser um marcador precoce útil para o monitoramento da resposta terapêutica e detecção de pacientes com risco aumentado de recidiva e progressão da doença. / Cervical cancer (CC) is the third most common malignancy in the female population, with approximately 520,000 new cases and 260,000 deaths per year. It is caused by a persistent genital infection with oncogenic Human Papillomavirus (HPV). The HPV-16 and 18 types are considered of high risk and account for about 70% of all cases in the world. Patients with CC have a relapse rate ranging from 8% to 49%. Within two years of follow up, 62% to 89% of relapses are detected. Nowadays, the tests used to detect recurrence are cytopathology from the vaginal vault and imaging tests, but there are no available specific tests yet. The cell-free circulating DNA (cf-DNA) is a non-invasive biomarker easily obtained from plasma and serum. Several studies have shown the possibility to detect and quantify nucleic acids in the plasma of cancer patients and that the changes in cf-DNA potentially reflect the changes that occur during tumorigenesis. This non-invasive diagnostic tool may be useful in screening, prognosis and monitoring response to treatment. Therefore, the development and standardization of non-invasive laboratory tests that are able to identify tumour markers and to make early diagnosis of the disease recurrence increase the chance of cure by appropriate treatments. Accordingly, this study aims to detect HPV DNA in the plasma of patients with CC to assess its potential utility as an early marker of recurrence. A tumour biopsy and blood of patients with CC, attended in ICESP and HC Barretos, were collected before treatment. 137 patients entered the study tumour being positive for HPV-16 or 18, 120 samples positive for HPV-16 (87.6%), 12 positive for HPV-18 (8.8%) and five positive for HPV -16 and 18 (3.6%). The average age of patients in this study was 52.5 years old. Plasma from patients with CC, 131 from the date of diagnosis and 110 from follow-up of were subjected to Real-Time PCR HPV type-specific. The presence of HPV DNA in plasma pre-treatment was observed in 58.8% (77/131) with viral load ranging from 204 copies / ml to 2,500,000 copies / mL. The DNA positivity in the pre-treatment plasma increased with advancing clinical tumour stage: I - 45.2%, II - 52.5%, III - 80.0% IV - 76.9%, (p = 0.0189). The presence of HPV DNA in the post-treatment plasma was observed in 27.3% (30/110). The average time of relapse was 3.1 years (2.7 to 3.5 years). HPV DNA was positive for up to 460 days before clinical diagnosis of recurrence. Considering survival and remission analysis, the patients who had the presence of HPV DNA in plasma had a worse prognosis compared to those who were negative. The overall survival and remission interval showed a significant association between the presence of HPV DNA in plasma and recurrence of the disease, indicating that in patients with CC HPV DNA in the plasma can be a useful early marker for monitoring and detection of the therapeutic response of patients at increased risk of relapse and progression of the disease.
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