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O trágico como condição do humanoSilva, Francisco da Cunha January 2009 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Doutorado Interdisciplinar em Ciências Humanas. / Made available in DSpace on 2012-10-24T07:15:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1
262422.pdf: 6523561 bytes, checksum: 94464d6d8ea7f9ad6bf54ddc2e418365 (MD5) / Como se explica que um fenômeno histórico singular como a tragédia, concebida de forma original pelos gregos ao final de século VI a.C., com o mérito de abrir um novo espaço no domínio da experiência humana, possa ter sobrevivido por quase três mil anos? Após grandes eventos e rupturas históricas - tais como a longa Idade Média, o Renascimento, o Romantismo, o Iluminismo, as Revoluções Científica e Industrial, as duas Guerras Mundiais... - será ainda possível vincular a tragédia ática com a crescente vulnerabilidade da condição humana no mundo contemporâneo? Será possível a convivência do trágico dentro da configuração cristã do Ocidente? Essas e tantas outras questões são analisadas no concerto desta tese. Dentre os temas privilegiados, destaca-se uma abordagem superficial da trajetória da espécie humana desde os primórdios das primeiras civilizações sedentárias, há cerca de dez mil e quinhentos anos, na tentativa de resgatar indícios do processo de formação da civilização ocidental e, principalmente, das raízes da tragédia grega. É o caso de algumas civilizações do Oriente (origem do culto dionisíaco), da civilização hebraica e, em especial, da Antiguidade grega, o berço da tragédia. Esta é a temática do Capítulo I. Na pesquisa sobre a genealogia da tragédia e do pensamento trágico (Capítulo II), se confere atenção especial aos mitos, deuses e heróis das epopéias homéricas, marcos referenciais da civilização grega primitiva, na qual foram geradas a política (democracia), a tragédia, a comédia, a filosofia e a própria ciência, sob diferentes inspirações e perspectivas. Na análise das semelhanças e contradições dos três grandes trágicos e algumas de suas respectivas obras - Ésquilo (com Oréstia e Prometeu Acorrentado), Sófocles (em seu Édipo Rei) e Eurípides (com Medéia) - merece especial atenção a figura paradigmática de Édipo, tanto para interpretar a essência e os elementos da arte trágica, quanto na perspectiva de uma possível permanência do pensamento trágico na linha do tempo, e na possibilidade de relação com o nosso próprio mundo, em sua reflexão sobre a arte, a filosofia e a própria vida humana. Ao final do capítulo, é feita uma breve incursão do trágico nos domínios da política, da ética e da racionalidade técnica. A abrangência e complexidade do tema que envolve o trágico como condição do humano não permite alcançar, nos limites deste estudo, toda sua extensão e profundidade. Esta reflexão é mediada por alguns pensadores (trágicos ou não), vinculados a uma visão crítica, plural e interdisciplinar; uma visão comprometida com a experiência da liberdade na existência humana.
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Niilismo em Nietzsche e a ambivalência em Baumam: uma leitura possível do modelo civilizatório ocidentalBazzanela, Sandro Luiz 14 November 2003 (has links)
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Previous issue date: 2003-11-14 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O esforço teórico/prático de pesquisa, materializado ao longo deste trabalho parte, num primeiro momento, do estudo do niilismo apontado por Friedrich W. Nietzsche nas origens e ao longo da constituição do modelo civilizatório ocidental, com suas contradições e contribuições à condição humana. Num segundo momento, a pesquisa enfoca o conceito contemporâneo de ambivalência a partir das reflexões de Zygmunt Bauman, com a intenção de nos apossarmos de alguns pressupostos básicos presentes na civilização ocidental em sua fase moderna, ampliando nossa compreensão sobre alguns dos desafios que se apresentam à condição humana na atualidade. Portanto, o trabalho vai se cotejar da questão das construções metafísicas, ontológicas, teleológicas presentes na origem do modelo civilizatório ocidental como forma de extirpar o caos, a desordem, a tragédia da vida humana. Abordará o esforço moderno na busca da ordem e da segurança presentes nos ideais utópicos de construção de um mundo previsível, debatendo a partir do niilismo e da ambivalência, o fracasso das promessas de paz e de felicidade, a emergência do caos e da insegurança, a perda das referências totalizantes e as possibilidades que estas perspectivas contemporâneas apresentam à condição humana.
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Como as revistas femininas brasileiras identificam as representações da sexualidade feminina – um estudo de caso sobre as revistas Lola, Nova e Marie ClairePontes, Débora Fajardo 20 January 2015 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2015-12-14T15:38:34Z
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Previous issue date: 2015-01-20 / Essa dissertação tem como proposta identificar as representações da sexualidade feminina em revistas brasileiras contemporâneas dirigidas à mulher. O objetivo é verificar o quanto essas representações distam, ou se aproximam, dos estereótipos femininos construídos ao longo da civilização ocidental. O corpus da pesquisa é formado por três publicações de editoras consolidadas no mercado brasileiro: Nova e Lola (já extinta), da Editora Abril, e Marie Claire, da Editora Globo, colecionadas por seis meses – de janeiro a junho de 2013. A fundamentação teórica inclui trabalhos de estudiosos do feminismo, da história das mulheres no mundo ocidental, da identidade como construção narrativa, das interações sociais e da comunicação. A Análise de Conteúdo categorial, como proposta por Laurence Bardin, foi a metodologia usada para analisar o material selecionado. Procedeu-se ainda a uma pesquisa de recepção com leitoras das respectivas revistas, cujo objetivo é averiguar a sua percepção relativa a esse produto. A pesquisa aponta para a ideia de “modernizar para não transformar” - característica encontrada nas revistas e acentuada nas últimas décadas. / The purpose of this dissertation is to identify different forms of female sexuality representation in contemporary Brazilian magazines aimed at female audiences. The specific aim is to verify how much these representations get close or far from long-standing feminine stereotypes built in Western civilization. The research corpus is composed of three publications by some traditional Brazilian printing houses: the Nova and Lola magazines (the last one already extinct) by Editora Abril and Marie Claire by Editora Globo, collected along six months – from January through June 2013. Theoretical fundamentals used in this work include results of research about feminism, the history of women in the Western world, identity as a narrative construction, social interactions and communication. Categorical content analysis, as a proposal by Laurence Bardin was the methodology used to analyze the selected material. A research work about the reception of this product has also been conducted. The overall conclusion suggests the existence of an idea of “modernizing in order not to transform” a characteristic that has been found in magazines and seems to have been highlighted in the last decades.
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Choque de civilizações: a proibição do uso do véu islâmico no ocidente sob as perspectivas da laicidade, da proteção da mulher e da segurançaTeles, Jéssica Fonseca January 2017 (has links)
Submitted by Ana Valéria de Jesus Moura (anavaleria_131@hotmail.com) on 2017-05-09T16:01:35Z
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JÉSSICA FONSECA TELES.pdf: 2051531 bytes, checksum: 7b0360f3ef0d357cf15a5cf4e5ad928c (MD5) / Made available in DSpace on 2017-05-09T16:02:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1
JÉSSICA FONSECA TELES.pdf: 2051531 bytes, checksum: 7b0360f3ef0d357cf15a5cf4e5ad928c (MD5) / A presente dissertação tem por objeto a análise dos fundamentos alegados para a proibição do véu islâmico no Ocidente, quais sejam, laicidade, proteção da mulher e segurança do espaço público. O objetivo é analisar se a proibição é, nos moldes apresentados atualmente, legítima. Deve ser explanado, primeiramente, o contexto em que os direitos humanos são tutelados no Ocidente, e como se desenvolve a religião islâmica nos países ocidentais. Essas duas explanações correspondem ao segundo e terceiro capítulos, após à introdução. Na apresentação das teorias dos direitos humanos, inicia-se pelo universalismo, enquanto norteador de políticas nacionalistas ou da ordem jurídica internacional, apontadas ainda as críticas pertinentes. Também são feitas considerações sobre a forma como o universalismo se apresenta enquanto liberalismo político, de acordo com a teoria da justiça de John Rawls. Em contraponto a essas vertentes do universalismo, são expostas as ideias centrais do relativismo cultural ou comunitarismo, assim como as críticas que o são dirigidas, impossibilitando a sua sustentação. Buscando-se conciliar os aspectos positivos do universalismo e do relativismo cultural, deixando de lado os negativos, reconhecendo-se que ambos possibilitaram excessos que levaram à violação de direitos humanos, são explanadas também a teoria procedimentalista de Jürgen Habermas e o multiculturalismo cosmopólito ou universalista. Pela primeira, explica-se como uma pluralidade de valores de uma sociedade diversificada podem ser racionalizados pelo discurso, com a participação de todos os envolvidos, para que as decisões políticas sejam legítimas, através do atendimento a regras de um procedimento democrático. Já pela segunda, de cariz mais substancialista, traz-se a concepção de como pode um Estado lidar com a diversidade, tendo como pressuposto a capacidade de culturas passarem por autotransformações, desde que conscientes e autônomas, sem coação externa. O multiculturaismo nesses moldes não desconsidera normas universalistas, mas entrega a cada Estado a responsabilidade de concretizar valores gerais e abstratos a partir de suas particularidades, constituindo um núcleo básico, o qual possibilita a solidariedade entre as pessoas e, assim, uma convivência pacífica. Contextualizada a forma como os direitos humanos podem ser tutelados numa sociedade diversificada, passa-se para o terceiro capítulo, em que se explica como a visão religiosa e política do islã e como ele se apresenta no Ocidente, destacando, em especial, o Ressurgimento Islâmico a partir da década de 70. Nesse contexto, explanam-se as críticas feitas pelos islâmicos aos ocidentais, as quais os levam a adotarem posições antiocidentais e culminam num choque de civilizações, conforme exposto da teoria de Samuel Huntington, ainda hoje presente, sobretudo nas dificuldades de integração dos muçulmanos, nos ataques terroristas e no medo de uma islamização na Europa. Ao final deste capítulo, também são esclarecidas as razões religiosas, sociais e políticas que levam as muçulmanas a usarem o véu mesmo no Ocidente. Finalmente, no quarto capítulo, analisam-se os fundamentos para a proibição do véu, apresentados em quatro casos escolhidos para a apresentação. Num primeiro momento, com relação à laicidade, o da proibição do hijab nas escolas francesas, apoiado em relatório do governo, e que levou à aprovação da Lei nº 2004- 228, e o caso do burkini em uma escola alemã, julgado pelo Tribunal Federal Administrativo. Depois, com relação à proteção da mulher e à segurança, a análise recai no caso do véu integral na França e aprovação da Lei nº 2010-1192, pautando-se em relatórios oficiais franceses, e no caso das proibições do burkini no litoral francês, em 2016.
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