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Rede e apoio social e práticas alimentares de crianças no quarto mês de vida / Network and social support and dietary practices of children in the fourth month of life

Caroline Maria da Costa Morgado 29 April 2009 (has links)
Cerca de 97% das crianças brasileiras iniciam a amamentação ao peito nas primeiras horas de vida. No entanto, o início do desmame é precoce, ocorrendo nas primeiras semanas ou meses de vida, com a introdução de água, chás, sucos, outros leites e alimentos. Fatores sociais, culturais, psicológicos e econômicos, ligados à mãe e ao bebê, podem estar relacionados a variações das práticas alimentares de crianças nos primeiros meses de vida. O objetivo do trabalho foi investigar a associação entre rede e apoio social e as práticas alimentares de lactentes no quarto mês de vida. Foi feito um estudo seccional inserido em uma coorte prospectiva, tendo como população fonte recém-nascidos acolhidos em Unidades Básicas de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Para avaliar as práticas alimentares foi aplicado às mães (n=313) um recordatório 24h adaptado e foram construídos dois indicadores considerando o consumo de alimentos sólidos e da alimentação láctea. Para medir rede social foram feitas perguntas relacionadas ao número de parentes e amigos com quem a mulher pode contar e à participação em atividades sociais em grupo. Para aferir apoio social foi utilizada uma escala utilizada no Medical Outcomes Study (MOS) e adaptada para uso no Brasil. A análise dos dados se baseou em modelos de regressão logística multinomial, estimando-se razões de chance e respectivos intervalos de 95% de confiança para as associações entre as variáveis. Observou-se 16% dos lactentes em aleitamento materno exclusivo (AME), 18,8% em aleitamento materno predominante (AMP), aproximadamente 48% em uso de leite materno associado a outros alimentos e 16,5% em aleitamento artificial. Em relação ao aleitamento complementar, 25,9% consumiam alimentos sólidos e 37,5% alimentos lácteos. Crianças filhas de mães que referiram menor número de parentes com quem contar e com baixo apoio social apresentaram maior chance de estar em aleitamento artificial em relação ao AME, quando comparadas com filhas de mães que referiram poder contar com parentes ou com nível alto de apoio social. O baixo apoio social nas dimensões emocional/informação apresentou associação com AMP. Tendo em vista os achados apresentados, destaca-se a necessidade de integrar os membros da rede social da mulher à atenção pré-natal, ao parto e puerpério de modo que esta rede possa prover o apoio social que atenda as suas necessidades e, assim, contribuir para iniciação e manutenção do AME. / Around 97% of Brazilian children start breastfeeding during the first hours of life. However, the beginning of weaning occurs early, in the first weeks or months, with the introduction of water, teas, juices, other types of milk and food. Social, cultural, psychological and economic factors, linked to the mother and the baby, may be related to variations of childrens feeding practices in the first months of life. To investigate the relation between social network, social support and feeding practices of infants in their fourth month. Sectional study inserted in a prospective cohort, having as the source population newborns taken into Primary Health Care Units of the Municipal Bureau of Health from Rio de Janeiro. To evaluate the feeding practices, an adapted 24-hour dietary recall has been applied to the mothers (n=313) and two indicators were built considering the consumption of solid and milky food. To measure the social network, questions related to the number of relatives and friends to whom the woman can rely on were asked as well as the participation in social activities. A scale used on the Medical Outcomes Study (MOS) was adapted to Brazil and used to measure social support. The analysis was based on multinomial logistic regression models estimating odds ratio and respective 95% confidence intervals, for the associations between variables. It was observed that 16% of infants were on exclusive breastfeeding, 18.8% were on predominant breastfeeding, approximately 48% received breast milk and other food and 16.5% were on bottle-feeding. In relation to complementary breastfeeding, almost 25.9% consumed solid food and 37% milky food. Children whose mothers had a small number of relatives to count on and with low social support were more likely to be on bottle-feeding than on exclusive breastfeeding, when compared to children whose mothers can reckon on relatives or with a high level of social support. Low social support regarding emotional/information was shown to be associated to predominant breastfeeding. According to the data presented, the need to integrate all the actors of the social network of the woman during pre-natal, birth and the after birth period should be highlighted, in a way that social support can serve the mothers requirements, contributing to the beginning and maintenance of breastfeeding.
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Alimentos marcadores da qualidade da dieta no Brasil / Food markers of diet quality in Brazil

Amanda de Moura Souza 08 November 2012 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A tese descreve o consumo de alimentos marcadores da qualidade da dieta no Brasil e identifica os alimentos que mais contribuem com a ingestão de açúcar e sódio no país. Foram utilizados para este fim os dados do Sistema Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) realizado nos anos de 2007, 2008 e 2009 e os dados provenientes do primeiro Inquérito Nacional de Alimentação (INA) realizado nos anos de 2008-2009 no Brasil. Os resultados são apresentados na forma de quatro artigos. O primeiro artigo avaliou as questões marcadoras de consumo alimentar do Sistema VIGITEL e sua evolução temporal e inclui 135.249 indivíduos de 27 cidades brasileiras, entrevistados nos anos de 2007 2009. Para os demais artigos, utilizou-se os dados obtidos no INA, para descrever os alimentos mais consumidos no país segundo sexo, grupo etário, região e faixa de renda familiar per capita (artigo 2) e identificar os alimentos que mais contribuem para o consumo de sódio (artigo 3) e de açúcar na população brasileira (artigo 4). As análises do INA baseiam-se em informações do primeiro de dois dias não consecutivos de registro alimentar de 34.003 indivíduos com 10 anos ou mais de idade. Os resultados apresentados indicam que a alimentação dos brasileiros vem se caracterizando pela introdução de alimentos processados de alta densidade energética e bebidas com adição de açúcar, embora os hábitos tradicionais de alimentação, como o consumo de arroz e feijão, ainda sejam mantidos. Entre as bebidas açucaradas os refrigerantes aparecem como importante marcador da qualidade da dieta na população brasileira. Os dados do VIGITEL evidenciaram aumento no consumo deste item de 7% e dentre os itens avaliados no inquérito, foi o que mais discriminou o consumo alimentar na população. De acordo com os dados do INA, o refrigerante foi um dos itens mais consumidos pelos brasileiros, e constitui-se também como marcador do consumo de açúcar total, de adição e livre, juntamente com sucos, café e biscoitos doces. Adolescentes apresentaram o maior consumo de açúcar, comparados aos adultos e idosos e este resultado pode ser explicado pelo alto consumo de bebidas açucaradas e biscoitos doces observado nesta faixa etária. Quanto ao consumo de sódio, alimentos processados, como carne salgada, carnes processadas, queijos, biscoitos salgados, molhos e condimentos, sanduíches, pizzas e pães figuraram entre as principais fontes de sódio na dieta do brasileiro. Nossos achados reafirmam a importância de políticas de alimentação e nutrição, que estimulem o consumo de alimentos saudáveis, como frutas, verduras e grãos integrais, e a manutenção do consumo de alimentos básicos tradicionais, como o feijão. O sistema VIGITEL deve contemplar itens do consumo alimentar que possam ter impacto na redução das doenças crônicas não transmissíveis. / This dissertation aimed to describe the most consumed foods in the Brazilian diet according to gender, age, regions and per capita family income and to identify the main sources of sugar and sodium in the country using data from the 2007-2009 Telephone-based Risk Factor Surveillance System for Chronic Diseases (VIGITEL) and from the first Brazilian National Dietary Survey (NDS). The results are described in 4 articles. The first article aimed to evaluate markers of food intake of the telephone-based risk factor surveillance system for chronic diseases (VIGITEL) and the trend of these markers. A total of 135,249 subjects from 27 brazilian cities interviewed in the 2007 2009 surveys were evaluated. For the others articles, data from the 2008-2009 Brazilian NDS were used in order to describe the most consumed foods in the country according to gender, age, regions and per capita family income (article 1) and to identify the major food sources of dietary sodium (article 3) and free, added and total sugar in Brazil (article 4). The analysis was based on food intake data obtained on the first of two non-consecutive food records from 34,003 subjects over 10 years old. Brazilian population food intake has been characterized by the increase of the consumption of high energy-dense processed foods and sugar sweetened beverages, even though the intake of traditional foods, such as rice and beans, were still observed. Among the sugar sweetened beverages, the consumption of soft drinks can be considered as marker of quality of the diet in the Brazilian population. Data from the VIGITEL showed an increase of 7% in the consumption of soft drinks, and this item was the one that discriminates food intake the most. According to the data from the 2008-2009 Brazilian NDS, soft drinks was one of most consumed food items, and could be also considered as a marker of total, added and free sugar intake, as well as, the intake of juices, cookies and coffee. Adolescents were the age group that presented the highest intake of total, added and free sugar. This result could be attributable to the largest intake of sugar sweetened beverage and cookies in this age group. Regarding sodium intake, processed foods, such as salty preserved meats, processed meats, cheeses, crackers, oils, spreads, sauces and condiments, sandwiches, pizzas, and breads were the main sources of dietary sodium in the Brazilian population diet. Our findings reinforce the importance of food and nutrition policies that encourage the intake of healthy food, such as fruits, vegetables, whole grains, and traditional foods, such as beans. VIGITEL system should include food items that may have impact in reducing the prevalence of chronic diseases.
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Padrões de dieta em gestantes: estudo de coorte em município paulista / Dietary patterns in pregnant women: a cohort study in a couenty of São Paulo

Gomes, Caroline de Barros [UNESP] 19 February 2016 (has links)
Submitted by CAROLINE DE BARROS GOMES null (carol.bgomes@yahoo.com.br) on 2016-03-03T19:06:03Z No. of bitstreams: 1 Dissertação - Caroline Gomes.pdf: 1246184 bytes, checksum: 7b2e1fd7ffd21a1608fdda569ac3ece3 (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Paula Grisoto (grisotoana@reitoria.unesp.br) on 2016-03-04T16:52:56Z (GMT) No. of bitstreams: 1 gomes_cb_me_bot.pdf: 1246184 bytes, checksum: 7b2e1fd7ffd21a1608fdda569ac3ece3 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-03-04T16:52:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1 gomes_cb_me_bot.pdf: 1246184 bytes, checksum: 7b2e1fd7ffd21a1608fdda569ac3ece3 (MD5) Previous issue date: 2016-02-19 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Objetivos: Identificar padrões alimentares de duas coortes de gestantes e diferenças na adesão a estes padrões segundo trimestres gestacionais e características das gestantes: de escolaridade, idade, nível socioeconômico, trabalhar fora, morar com companheiro, fumar antes da gestação, ingerir bebida alcóolica antes da gestação, paridade, ser da cor branca e estado nutricional pré-gestacional. Métodos: A fonte dos dados foi o estudo “Impacto de intervenção para promoção de caminhada no lazer e alimentação saudável em gestantes atendidas pela Estratégia de Saúde da Família: um estudo de coorte controlado”. Em cada trimestre gestacional foram realizados dois recordatórios alimentares de 24 horas: um por entrevista presencial e outro por telefone, um referente a final de semana/feriado. Os inquéritos foram digitados no software Nutrition Data System for Research. Os alimentos com características semelhantes foram agrupados em 39 grupos, sendo a identificação dos padrões realizada por análise de componentes principais, utilizando a média de consumo de cada grupo nos dois recordatórios de cada trimestre. Foi realizada rotação ortogonal varimax, considerando cargas fatoriais rotacionadas acima de |0,30|. Foram calculados os escores de adesão das gestantes a cada padrão identificado e posteriormente divididos em tercis. As diferenças relativas aos trimestres gestacionais foram testadas pelo teste de diferença de proporções; associação entre os padrões e as características maternas realizada através de regressão logística multivariada, ajustada por coorte. Todos os testes foram realizados considerando p<0,05 como nível de significância. Resultados: Foram identificados três padrões: Brasileiro Tradicional; Predominantemente Ultraprocessado e Carne Bovina; Integral, Frutas, Legumes e Leite com baixo teor de gordura e derivados. Houve redução na frequência de gestantes no primeiro tercil e aumento no terceiro tercil do padrão Brasileiro Tradicional com o avançar da gestação e aumento na frequência no tercil de maior adesão do padrão Predominantemente Ultraprocessado e Carne Bovina. Um quarto das gestantes apresentaram-se nos mesmos tercis de adesão dos padrões durante os três trimestres. Dentre as variáveis investigadas, trabalhar fora de casa (p=0,041) e ser da cor não branca (p=0,046) aumentaram as chances de estar no tercil de maior adesão do padrão Brasileiro Tradicional. As gestantes mais novas mostraram maior adesão ao padrão Predominantemente Ultraprocessado e Carne Bovina (p=0,002). Não morar com companheiro (p=0,003), ingerir bebida alcóolica pré-gestacional (p=0,006) e o avançar dos trimestres gestacionais (p=0,002) também aumentaram as chances de maior adesão a este padrão. Gestantes não brancas e com excesso de peso (versus eutróficas) apresentaram menos chances de estarem no tercil de maior adesão deste padrão (p<0,001; p=0,05). Gestantes com escolaridade intermediária, frente àquelas com 11 ou mais anos de estudo, apresentaram menos chances de estarem no terceiro tercil do padrão Integral, Frutas, Legumes e Leite com baixo teor de gordura e derivados (p=0,007), assim como as das classes C e D/E frente às da classe B (p=0,05). Conclusão: Foram identificados três padrões alimentares dentre as gestantes estudadas, sendo observado um aumento significativo na adesão aos padrões Brasileiro Tradicional e Predominantemente Ultraprocessado e Carne Bovina com o avançar da gestação e diferentes características sociodemográficas, comportamentais, obstétricas e nutricionais associadas a adesão de cada padrão. / Objectives: To identify dietary patterns of two cohorts of pregnant women and differences in adherence to these patterns by gestational trimesters and characteristics of pregnant women: years of schooling, age, socioeconomic status, work outside the home, living with a partner, smoking before pregnancy, eat drink alcoholic before pregnancy, parity, be of white color and pre-gestational nutritional status. Methods: The data source was the study "Impact of an intervention to promote walking during leisure time and healthy eating in pregnant women attending the Family Health Strategy: a controlled cohort study”. At each trimester, there were two dietary recalls of 24 hours: one by personal interview and another by telephone, one referring to weekend/holiday. The surveys form entered in the software Nutrition Data System for Research. Foods with similar characteristics were grouped into 39 groups, with the identification of patterns performed by factorial principal component analysis using the average consumption of each food group in both recalls obtained in each trimester. Varimax orthogonal rotation was carried out, considering the significant food groups rotated factor loadings above |0.30|. The adhesion scores were calculated for pregnant women for each dietary pattern identified and subsequently divided into tertiles. The differences related to gestational trimesters were tested by the proportions difference test; association between the patterns and maternal characteristics was performed using multivariate logistic regression, adjusted for cohort. All tests were performed considering p <0.05 as level of significance. Results: Three patterns were identified: Traditional Brazilian; Predominantly Ultra-processed and beef; Integral, fruits, legumes, low fat milk and derivatives. There was a reduction in the frequency of pregnant women in the first tertile and an increase in the third tertile in Traditional Brazilian pattern with the advancing gestation, and an increased on frequency in greater adherence tertile of the Predominantly Ultra-processed and beef pattern. A quarter of the women presented in the same patterns adherence tertiles during the three trimesters. Among the variables investigated, work outside the home (p=0.041) and be nonwhite (p=0.046) increased the odds of being in the highest tertile of adherence Traditional Brazilian pattern. Younger pregnant women showed greater adherence to Predominantly Ultra-processed and beef pattern (p=0.002). Not living with a partner (p=0.002), drink alcoholic beverages before pregnancy (p=0.006) and the advance of gestational trimesters (p=0.002) also increased the chances of greater adherence to this pattern. Nonwhite pregnant women and overweight (versus normal weight) were less likely to be in greater adherence tertile of the same pattern (p<0.001; p=0.05. Pregnant women with intermediate education, compared to those with 11 or more years of study, had fewer chances of being in the third tertile of Integral, fruits, legumes, low fat milk and derivatives pattern (p=0.007), as well those from class C and D / E, compared to class B (p=0,05). Conclusion: Three dietary patterns were identified among pregnant women from Botucatu. A significant increase was observed in adherence to Traditional Brazilian and Ultra-processed patterns with advancing gestation and different socio demographic, behavioral, obstetric and nutritional characteristics associated with adhesion of each pattern. / FAPESP: 2014/06865-6
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Fatores determinantes do índice de massa corporal em adolescentes de escolas públicas de Piracicaba, São Paulo / Determining factors of body mass index in adolescents from public School in Piracicaba, São Paulo

Alexandre Romero 28 May 2007 (has links)
Introdução - O conhecimento dos fatores que contribuem para o desenvolvimento de distúrbios nutricionais como obesidade e desnutrição, na adolescência, é fundamental para a elaboração de programas que visam prevenir e combater esses problemas. O índice de massa corporal (IMC) tem sido o meio mais utilizado para diagnosticar obesidade e desnutrição em estudos populacionais. Objetivo - Verificar os fatores determinantes do índice de massa corporal de adolescentes matriculados nas escolas públicas de Piracicaba, São Paulo. Métodos - Os participantes foram entrevistados por meio de questionário, o qual possibilitou a coleta de informações demográficas e socioeconômicas, além das variáveis: atividade física e consumo alimentar. A amostra foi constituída por 328 adolescentes de ambos os sexos, matriculados entre a 4ª e a 7ª série de escolas públicas de Piracicaba, com idade mínima de 10 anos. Foi usado um modelo de regressão linear múltipla para verificar a associação entre as variáveis independentes e o IMC. Resultados - Dos 328 adolescentes, 54,3% eram meninas e 21,3% eram pré-púberes. Não foi observada diferença estatisticamente significativa entre as médias de IMC de meninos e meninas (p = 0,41). Enquanto as meninas consideradas fisicamente ativas apresentaram maior média de IMC do que as insuficientemente ativas (p = 0,03), os meninos não apresentaram diferença estatística entre as médias de IMC de ativos e insuficientemente ativos (p = 0,17). Para as meninas, apenas as variáveis idade e maturação sexual estiveram relacionadas ao IMC (p = 0,01 para ambas as variáveis). Já para os meninos, a maturação sexual foi a única variável estatisticamente relacionada ao IMC (p = 0,05). Conclusões - A maturação sexual foi determinante do IMC, para ambos os sexos, reforçando a idéia de que é fundamental levar em consideração essa variável em estudos que avaliam o estado nutricional em adolescentes. Acredita-se que estudos transversais, como o presente estudo, apresentem importantes limitações para avaliar a influência das variáveis socioeconômicas, nível de atividade física e consumo alimentar sobre o IMC dos adolescentes. / Introduction - Being aware of the factors that contribute to develop nutritional disorders such as obesity and undernourishment in adolescence is essential to create programs aiming at fighting these problems. Body mass index (BMI) has been the most commonly used method to diagnose obesity and undernourishment in population studies. Objective ? To assess determining factors of body mass index in adolescents enrolled in public schools in Piracicaba, São Paulo. Methods - Participants were interviewed through a questionnaire which enabled collecting demographic and social economical information together with the variables: physical activity and food intake. The sample had 328 adolescents from both genders enrolled from the 4th to 7th grade in public schools in Piracicaba, minimum age was 10 years old. A multiple linear regression model was used to assess the association between independent variables and BMI. Results - Of the 328 adolescents enrolled, 54.3% were girls, and 21.3% were pre-adolescents. Statistically significant difference was not observed between the mean BMI among girls and boys (p = 0.41). Whereas the girls considered physically active presented greater mean BMI that those not active enough (p = 0.03), boys did not present statistical difference between the mean BMI in active people and those not active enough (p = 0.17). For the girls, only the variables age and sexual maturity were related to BMI (p = 0.01 for both variables). As for boys, sexual maturity was the only variable statistically related to BMI (p = 0.05). Conclusions - Sexual maturity was determinant for BMI, for both genders, reinforcing the idea that it is essential to take into account this variable in studies that assess the nutritional situation in adolescents. Cross-sectional studies such as the present one, present important limitations to assess the influence of social and economical variables, level of physical activity and food intake on the BMI of adolescents.
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Relação entre o consumo alimentar habitual de vitamina D, estado nutricional e estilo de vida em todas as faixas etárias de uma mesma população

Sebadelhe, Vittória Regina Rodrigues Jacob 17 February 2015 (has links)
Submitted by Maike Costa (maiksebas@gmail.com) on 2017-02-01T15:13:39Z No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 1758046 bytes, checksum: e968ad7641c02183aec5207b275d0343 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-02-01T15:13:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 1758046 bytes, checksum: e968ad7641c02183aec5207b275d0343 (MD5) Previous issue date: 2015-02-17 / In addition to the importance of vitamin D for bone health, is of great interest to elucidate its relationship with obesity. The objective of this study was to examine the relationship between habitual dietary intake of vitamin D and body weight in all age groups of the same population. A cross-sectional population-based study, involving 866 individuals from a city in northeastern Brazil. Demographic data were collected and 24-hour recalls, and held anthropometric assessment. The adequacy of nutrients was estimated by adjusting the person variance of nutrient intake. Applied to multiple regression between variables. In the total sample, 45.27% of the participants were overweight or obese. The average habitual intake of vitamin D is approximately 2mg. There was a relationship between habitual dietary intake of vitamin D and body weight in the total sample (t = -2.34, p = 0.019), in adolescents (t = -2.51, p = 0.012) and adults (t = -2.75, p = 0.006). For children and the elderly these relationships were observed. The existence of a relationship between habitual dietary intake of vitamin D and body weight in adolescents and adults but not in children and the elderly, suggests that those most vulnerable age groups the metabolic pathways of vitamin D, which may favor weight loss, are not being stimulated or active, although the intake of children was higher and the elderly similar to the other groups. / Além da importância da vitamina D para a saúde óssea, é de grande interesse elucidar sua relação com a obesidade. O objetivo deste estudo foi examinar a relação entre o consumo alimentar habitual de vitamina D e o peso corporal em todos os grupos etários de uma mesma população. Estudo epidemiológico transversal de base populacional, envolvendo 866 indivíduos de um município do nordeste do Brasil. Foram coletados dados demográficos e recordatórios de 24 horas, e realizou-se a avaliação antropométrica. A adequação de nutrientes foi estimada ajustando a variância intrapessoal da ingestão de nutrientes. Aplicou-se a regressão múltipla entre as variáveis estudadas. Na amostra total, 45,27% dos participantes apresentavam sobrepeso ou obesidade. A média de ingestão habitual de vitamina D foi aproximadamente 2μg. Houve relação entre consumo alimentar habitual de vitamina D e peso corporal na amostra total (t=-2,34; p=0,019), no grupo de adolescentes (t=-2,51; p=0,012) e de adultos (t=-2,75; p=0,006). Para as crianças e idosos estas relações não foram observadas. A existência de relação entre consumo alimentar habitual de vitamina D e peso corporal em adolescentes e adultos, mas não em crianças e idosos, sugere que nesses grupos etários mais vulneráveis as vias metabólicas da vitamina D, que provavelmente favorecem a perda de peso, não estão sendo estimuladas ou atuantes, embora o consumo das crianças foi superior e o dos idosos semelhante aos demais grupos.
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Relação entre o consumo habitual de ferro e gorduras em geral e marcadores inflamatórios em idosos: um estudo clínico epidemiológico

Silva, Débora Danuse de Lima 18 February 2016 (has links)
Submitted by Maike Costa (maiksebas@gmail.com) on 2017-02-02T11:50:38Z No. of bitstreams: 1 arquivo total.pdf: 1446130 bytes, checksum: b1ef9c5052fd39babcc817cb3607f741 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-02-02T11:50:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivo total.pdf: 1446130 bytes, checksum: b1ef9c5052fd39babcc817cb3607f741 (MD5) Previous issue date: 2016-02-18 / Systemic low-grade inflammation has a significant impact on human health and longevity, and nutrients appear to be able to modulate this inflammatory state. In this context, the present study aimed to assess the relationship between inflammatory markers and habitual consumption of iron and fats in general in an elderly population. A cross-sectional epidemiological design was adopted, using a stratified sample of the elderly population of the city of João Pessoa / Paraíba / Brazil. The study included 171 older adults aged over 60 years from different socio-economic conditions, with or without chronic degenerative diseases and in use or not of drugs. Socio-economic, demographic, epidemiological and food consumption data were collected and nutritional assessment and biochemical analyses were performed. The average intake of total, saturated, monounsaturated and polyunsaturated fat was 32.56 ± 26.31 (g / day) 8.69 ± 5.69 (g / day), 7.39 ± 4.98 (g / day) 6.63 ± 1.51 (g / day), respectively. The average iron consumption was 7.9 ± 2.97 (mg / day) and the amount of calories was 1260.85 ± 304.42 (kcal / day). Through multiple linear regression, a relationship between CRP concentrations and habitual consumption of saturated fat (p = 0.009) and usual iron intake (p = 0.045) was observed, demonstrating that as the saturated fat intake increases by 1g, CRP concentrations increase by 1.43 mg / dL and when iron consumption increases by 1mg, CRP values increase by 0.1493 mg / dL, compared to the consumption of monounsaturated fat, and when this consumption increases by 1g, CRP concentrations decrease by 0.23 mg / dL (p = 0.008) and when BMI increases by 1kg / m², CRP concentrations increase by 0.11 mg / dL (p = 0.001). The same regression model was applied to white blood cells and hemoglobin, and no relationship between these study variables was found. Based on correlations between CRP levels and usual food intake, adequate intake of fats and iron would be even more justified, considering their importance in the adjustment of CRP values and, consequently, in the prevention of chronic diseases. / RESUMO A inflamação sistêmica de baixo grau tem um impacto significativo na saúde humana e longevidade, sendo que os nutrientes parecem ser capazes de modular esse estado inflamatório. Neste contexto, a presente pesquisa teve como objetivo principal avaliar a relação entre marcadores inflamatórios e o consumo habitual de ferro e gorduras em geral em uma população de idosos. Adotou-se delineamento epidemiológico transversal, utilizando-se uma amostragem estratificada da população de idosos do município de João Pessoa/Paraíba/Brasil. Participaram do estudo 171 idosos com idade acima de 60 anos, de diferentes condições socioeconômicas, portadores ou não de doenças crônico-degenerativas e em uso ou não de medicamentos. Foram coletados dados socioeconômicos, demográficos, epidemiológicos e de consumo alimentar e realizaram-se a avaliação nutricional e análises bioquímicas. O consumo médio de gordura total, saturada, monoinsaturada e poli-insaturada foram de 32.56 ± 26.31 (g/dia), 8.69 ± 5.69 (g/dia), 7.39 ± 4.98 (g/dia) e 6.63 ± 1.51 (g/dia), respectivamente. O consumo médio do ferro foi 7.09 ± 2.97 (mg/dia) e a quantidade de calorias, 1260.85 ± 304.42 (kcal/dia). Através da regressão linear múltipla, observou-se relação entre as concentrações de PCR e o consumo habitual de gordura saturada (p=0,009) e consumo habitual de ferro (p=0,045), demonstrando que à medida que o consumo de gordura saturada aumenta em 1g as concentrações de PCR aumentam em 1.43 mg/dL e quando o consumo de ferro aumenta em 1mg os valores de PCR aumentam em 0.1493 mg/dL. Em relação ao consumo de gordura monoinsaturada, quando esse consumo aumenta em 1g as concentrações de PCR diminuem 0,23 mg/dL (p= 0,008) e quando o IMC aumenta em 1kg/m² as concentrações de PCR aumentam em 0.11 mg/dL (p= 0,001). O mesmo modelo de regressão foi aplicado aos leucócitos e hemoglobina, e não se encontraram relações entre essas variáveis do estudo. Com base nas correlações encontradas entre os valores de PCR e o consumo alimentar habitual mencionado, a ingestão adequada de gorduras e ferro seria ainda mais justificada, considerando também a sua importância na adequação dos valores de PCR e, consequentemente, na prevenção das doenças crônicas não transmissíveis.
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Proteína C reativa e síndrome metabólica em crianças e adolescentes obesos e não obesos: relação com consumo alimentar

Borba, Vanessa Vieira Lopes 27 July 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-17T15:02:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 2228429 bytes, checksum: fb4cc43d571586f934d2a9fc59570d3d (MD5) Previous issue date: 2011-07-27 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The metabolic syndrome (MS) consists of a set of metabolic abnormalities, initially described in adults, but also found in the pediatric population. Its features includes: obesity, systemic arterial hypertension, dyslipidemia, glucose intolerance and insulin resistance. All these factors are related to the genetic issues, to the feeding behavior and habits of life. The Creactive protein (CRP), a marker of inflammatory activity, has been relating as a predictor of cardiovascular disease, and presents interrelations with some of the metabolic syndrome criteria. Even though this syndrome does not have consensus on its diagnosis in children and adolescents, it adapts on those criteria used for adults. This study aimed to analyze the frequency and its characteristics of the metabolic syndrome in obese and non-obese children and adolescents, correlating them with the CRP, food intake and insulin resistance. Two groups were selected, matched by age and sex: one of 65 children and adolescents between eight and fifteen years old, obese; and the other with 30 non-obese. They excluded from the sample of patients with endocrine disorders and the use of drugs that interfere in the intermediary metabolism. Anthropometrics measurements were also realized: weight, height, corporal mass index (BMI) and waist circumference, in addition to the measuring blood fissure. Biochemical measurements were also realized, the ultra-sensitive test to analyze the CRP and the determination of the insulin resistance, calculated by Homeostasis Model Assessment (HOMA-IR). Among the various proposals to the definition of the metabolic syndrome, was selected the one adapted by Cook et al. A questionnaire of frequency of food consumption was applied and processed the data by the Dietsys Program. The average value of the obese group was the age of 10,61 (#1,8) years and BMI of 28,18 (#4,13) kg/m2; already the average value of the non-obese group was the age of 10,8 (#2,1) years and BMI of 17,79 (#2,2) kg/m2. The frequency of the metabolic syndrome was 49% in obese and 6% in nonobese, no significant difference between sex, age or pubertal staging and the SM. In the obese group, the CRP, abdominal circumference, systemic blood pressure, BMI and the stacks of triglycerides, were significantly higher. Yet there were differences between LDL, fasting glucose, HOMA-IR and low levels of HDL. Comparing the mean food consumption among these groups, there was significant difference among the variables: calories, potassium, sodium, protein, fiber, zinc, magnesium. When applying the linear regression model was found a linear relationship between CRP (independent variable) and BMI (dependent variable) with p-value = 0, 0000. The same was not verified by HOMA-IR index, or with other components of MS. The metabolic syndrome seems to have obesity as epiphenomena, from which its other components are associated. CRP levels correlate directly with obesity, using BMI, which may be cast on criteria in the diagnosis of MS in this population. The insulin resistance index measured by HOMA-IR is not the parameter of metabolic syndrome in children and adolescents. / A Síndrome Metabólica (SM) consiste em um conjunto de anormalidades metabólicas, descritas inicialmente em adultos, mas encontrada também na população pediátrica. As suas características englobam: obesidade, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia, intolerância à glicose e resistência insulínica. Todos esses fatores estão relacionados a questões genéticas, de comportamento alimentar e de hábitos de vida. A Proteína C Reativa (PCR), um marcador de atividade inflamatória, vem sendo relacionada como preditor de doenças cardiovasculares, e apresentam interrelações com alguns dos critérios da síndrome metabólica. Apesar desta síndrome não ter consenso em seu diagnóstico em crianças e adolescentes, faz-se a sua adaptação daqueles critérios utilizados para os adultos. Este estudo teve o objetivo de analisar a frequência e as características da síndrome metabólica em crianças e adolescentes obesos e não obesos, correlacionando-as com níveis de PCR, consumo alimentar e resistência insulínica. Selecionaram-se dois grupos, pareados por sexo e idade: um de 65 crianças e adolescentes entre oito e quinze anos, obesos, e o outro com 30 não obesos. Foram excluídos da amostra portadores de endocrinopatias e uso de fármacos que interferissem no metabolismo intermediário. Realizaram-se as medidas antropométricas de peso, altura, índice de massa corporal (IMC) e circunferência de cintura, além da verificação da pressão arterial. Também se realizaram as dosagens bioquímicas, o ensaio ultra-sensível para análise do PCR e a determinação da resistência insulínica, calculada pelo Homeostasis Model Assessment (HOMA-IR). Dentre as diversas propostas para definição da síndrome metabólica, selecionou-se aquela adaptada por Cook et al. Aplicou-se um questionário de frequência de consumo alimentar e processaram-se os dados pelo programa Dietsys. O valor médio do grupo de obesos foi: idade de 10,61(±1,8) anos e IMC de 28,18(±4,13) kg/m², já no grupo dos não obesos, idade média de 10,8 (±2,1) anos e IMC de 17,79 (±2,2) kg/m². A frequência de síndrome metabólica foi de 49% nos obesos e de 6% nos não obesos, não havendo diferença significativa entre sexo, idade ou estadiamento puberal e a SM. No grupo de obesos, os valores de PCR, circunferência abdominal, pressão arterial sistêmica, IMC e as médias de triglicerídeos, foram significativamente maiores. Ainda houve significância estatística entre LDL, glicemia de jejum, HOMA-IR e baixos níveis de HDL. Comparando as médias de consumo alimentar entre esses grupos, houve diferença significativa entre as variáveis: calorias ingeridas, potássio, sódio, proteínas, fibras, zinco e magnésio, apresentando-se maiores no grupo obeso. Ao se aplicar o modelo de regressão linear múltiplo foi encontrada uma relação linear entre PCR (variável independente) e IMC (dependente) com p-valor = 0,0000. O mesmo não foi verificado com índice HOMA-IR, ou com os outros componentes da SM. A Síndrome Metabólica parece ter a obesidade como epifenômeno, a partir da qual os seus outros componentes se associam. Os níveis de PCR se correlacionam diretamente com a obesidade, por meio do IMC, podendo integrar o elenco de critérios no diagnóstico da SM nessa população. A resistência insulínica medida pelo índice HOMA-IR não se constitui parâmetro de síndrome metabólica na criança e no adolescente.
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Relações entre fase cefálica da digestão, consumo alimentar e reatividade microvascular de indivíduos saudáveis / Relationships among cephalic hase of digestion, food intake and microvascular reactivity in healthy subjects

Caroline Buss 13 December 2010 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A fase cefálica de secreção de insulina (FCSI) ocorre dentro da fase cefálica da digestão, em aproximadamente dez minutos entre a estimulação oro-sensorial pelo alimento e o início da absorção deste e determina um incremento rápido dos níveis basais de insulina. A FCSI parece ser importante para a tolerância normal à glicose. A hipótese deste estudo é de que a insulina secretada na fase cefálica da digestão teria ações direcionadas para o tecido microvascular, com conseqüente recrutamento capilar. Estudos recentes com indivíduos sadios têm mostrado a associação entre função microvascular e componentes dietéticos. Padrões alimentares saudáveis e intervenções nutricionais com alimentos específicos representam estratégias preventivas e terapêuticas não-farmacológicas para redução da inflamação e do risco metabólico e cardiovascular associados. O estudo de consumo alimentar inserido nesta pesquisa objetivou identificar associações entre componentes dietéticos e a função microvascular em indivíduos saudáveis. Após avaliação clínica e laboratorial, 39 voluntários saudáveis foram submetidos a dois exames de videocapilaroscopia do leito ungueal, com um intervalo de dez minutos entre os mesmos. Neste intervalo, conforme randomização, uma refeição com ótima apresentação e aroma foi apresentada (estímulo sensorial) ou não (controle). Coletas sangüíneas foram realizadas aos 3, 9 e 15 minutos após a apresentação do estimulo, para avaliação dos níveis de insulina e polipeptídeo pancreático (PP), marcadores bioquímicos da fase cefálica da digestão. Durante todo o exame medidas de fluxo e vasomotricidade foram realizadas pela técnica de laser-Doppler fluxometria. Após o exame, foi realizada iontoforese transdérmica de insulina. Todos os participantes responderam a um questionário de freqüência alimentar (QFA), relativo ao hábito de consumo dietético dos últimos 12 meses. O estudo da resposta microvascular à fase cefálica comparou as diferenças de densidade capilar funcional e fluxo capilar nos grupos experimental e controle, antes e após o estímulo sensorial, e sua correlação com a variação de insulina e PP. O estudo de consumo alimentar avaliou correlações entre componentes dietéticos e recrutamento capilar no exame basal (antes do estímulo) em toda amostra. Após o intervalo, o grupo que recebeu o estímulo sensorial teve sua densidade capilar funcional (DCF) aumentada. A variação de insulina não diferiu entre os grupos e a de PP foi maior no grupo estimulado, sendo também correlacionada positivamente como aumento na DCF. A velocidade máxima de perfusão pósisquemia também aumentou no grupo estimulado, enquanto o tempo para alcançar esta velocidade máxima diminuiu. O estudo do consumo alimentar revelou associações positivas entre o consumo de cálcio, selênio e laticínios e recrutamento capilar na amostra total. Em conclusão, o consumo alimentar de cálcio, selênio e laticínios foi associado com maior recrutamento capilar em indivíduos sadios. Nestes indivíduos a microcirculação cutânea respondeu ao estímulo da fase cefálica da digestão com recrutamento capilar e aumento de fluxo sanguíneo microvascular. / The cephalic phase of insulin secretion (CPIS) occurs within the cephalic phase of digestion, in approximately ten minutes between the oral-sensorial stimulation elicited by the food to be consumed and the beginning of its absorption. It determines a rapid increase in insulin levels. The CPIS is believed to be important for normal glucose tolerance. The hypothesis of this study is that insulin secreted during cephalic phase would also have actions targeting microvascular tissue, with resulting capillary recruitment. Recent studies with healthy subjects have shown an association between microvascular function and dietary factors. Healthy eating patterns and nutritional interventions with specific food items represent non-pharmacological preventive and therapeutic strategies for reducing inflammation and cardio-metabolic associated risk factors. The study of food intake included in this research aimed to identify associations between dietary intake and microvascular function in healthy subjects. After clinical and laboratorial assessment, 39 healthy men underwent two nailfold videocapillaroscopies, with an interval of 10 minutes between them. In this interval, according to randomization, they were subjected to a great-looking breakfast tray (CPIS group) or to nothing (control group). Blood samples were drawn at 3, 9 and 15 minutes after the stimulus presentation to assess insulin and pancreatic polypeptide (PP) levels, which are markers of cephalic phae of digestion. Throughout the exam, microflow and vasomotion were measured by laser-Doppler flowmetry. After the exam insulin iontophoresis was performed. All participants answered a food-frequency questionnaire (FFQ) regarding their dietary intake in the last 12 months. The assessment of microvascular response to CPIS compared differences in functional capillary density (FCD) and microflow in the CPIS and control groups, pre- and post-stimulus and their correlations with changes in insulin and PP. The study of food intake attempted to identify correlations between dietary factors and functional capillary recruitment pre-stimulus in the total sample. After the interval, the CPIS group had significantly increased basal and peak FCD. Insulin variation was not different between groups. PP was significantly increased in the CPIS group and its variation was positively correlated with FCD increase. Resting red blood cell velocity (RBCV) and peak RBCV were also significantly increased and time taken to reach peak RBCV, decreased. The study of food intake revealed positive associations between calcium, selenium and dairy intakes and functional capillary recruitment in the total sample. In conclusion, skin microcirculation is activated during cephalic phase of digestion. Selenium, calcium and dairy intakes are positively associated with capillary recruitment in healthy men.
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Rede e apoio social e práticas alimentares de crianças no quarto mês de vida / Network and social support and dietary practices of children in the fourth month of life

Caroline Maria da Costa Morgado 29 April 2009 (has links)
Cerca de 97% das crianças brasileiras iniciam a amamentação ao peito nas primeiras horas de vida. No entanto, o início do desmame é precoce, ocorrendo nas primeiras semanas ou meses de vida, com a introdução de água, chás, sucos, outros leites e alimentos. Fatores sociais, culturais, psicológicos e econômicos, ligados à mãe e ao bebê, podem estar relacionados a variações das práticas alimentares de crianças nos primeiros meses de vida. O objetivo do trabalho foi investigar a associação entre rede e apoio social e as práticas alimentares de lactentes no quarto mês de vida. Foi feito um estudo seccional inserido em uma coorte prospectiva, tendo como população fonte recém-nascidos acolhidos em Unidades Básicas de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Para avaliar as práticas alimentares foi aplicado às mães (n=313) um recordatório 24h adaptado e foram construídos dois indicadores considerando o consumo de alimentos sólidos e da alimentação láctea. Para medir rede social foram feitas perguntas relacionadas ao número de parentes e amigos com quem a mulher pode contar e à participação em atividades sociais em grupo. Para aferir apoio social foi utilizada uma escala utilizada no Medical Outcomes Study (MOS) e adaptada para uso no Brasil. A análise dos dados se baseou em modelos de regressão logística multinomial, estimando-se razões de chance e respectivos intervalos de 95% de confiança para as associações entre as variáveis. Observou-se 16% dos lactentes em aleitamento materno exclusivo (AME), 18,8% em aleitamento materno predominante (AMP), aproximadamente 48% em uso de leite materno associado a outros alimentos e 16,5% em aleitamento artificial. Em relação ao aleitamento complementar, 25,9% consumiam alimentos sólidos e 37,5% alimentos lácteos. Crianças filhas de mães que referiram menor número de parentes com quem contar e com baixo apoio social apresentaram maior chance de estar em aleitamento artificial em relação ao AME, quando comparadas com filhas de mães que referiram poder contar com parentes ou com nível alto de apoio social. O baixo apoio social nas dimensões emocional/informação apresentou associação com AMP. Tendo em vista os achados apresentados, destaca-se a necessidade de integrar os membros da rede social da mulher à atenção pré-natal, ao parto e puerpério de modo que esta rede possa prover o apoio social que atenda as suas necessidades e, assim, contribuir para iniciação e manutenção do AME. / Around 97% of Brazilian children start breastfeeding during the first hours of life. However, the beginning of weaning occurs early, in the first weeks or months, with the introduction of water, teas, juices, other types of milk and food. Social, cultural, psychological and economic factors, linked to the mother and the baby, may be related to variations of childrens feeding practices in the first months of life. To investigate the relation between social network, social support and feeding practices of infants in their fourth month. Sectional study inserted in a prospective cohort, having as the source population newborns taken into Primary Health Care Units of the Municipal Bureau of Health from Rio de Janeiro. To evaluate the feeding practices, an adapted 24-hour dietary recall has been applied to the mothers (n=313) and two indicators were built considering the consumption of solid and milky food. To measure the social network, questions related to the number of relatives and friends to whom the woman can rely on were asked as well as the participation in social activities. A scale used on the Medical Outcomes Study (MOS) was adapted to Brazil and used to measure social support. The analysis was based on multinomial logistic regression models estimating odds ratio and respective 95% confidence intervals, for the associations between variables. It was observed that 16% of infants were on exclusive breastfeeding, 18.8% were on predominant breastfeeding, approximately 48% received breast milk and other food and 16.5% were on bottle-feeding. In relation to complementary breastfeeding, almost 25.9% consumed solid food and 37% milky food. Children whose mothers had a small number of relatives to count on and with low social support were more likely to be on bottle-feeding than on exclusive breastfeeding, when compared to children whose mothers can reckon on relatives or with a high level of social support. Low social support regarding emotional/information was shown to be associated to predominant breastfeeding. According to the data presented, the need to integrate all the actors of the social network of the woman during pre-natal, birth and the after birth period should be highlighted, in a way that social support can serve the mothers requirements, contributing to the beginning and maintenance of breastfeeding.
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Alimentos marcadores da qualidade da dieta no Brasil / Food markers of diet quality in Brazil

Amanda de Moura Souza 08 November 2012 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A tese descreve o consumo de alimentos marcadores da qualidade da dieta no Brasil e identifica os alimentos que mais contribuem com a ingestão de açúcar e sódio no país. Foram utilizados para este fim os dados do Sistema Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) realizado nos anos de 2007, 2008 e 2009 e os dados provenientes do primeiro Inquérito Nacional de Alimentação (INA) realizado nos anos de 2008-2009 no Brasil. Os resultados são apresentados na forma de quatro artigos. O primeiro artigo avaliou as questões marcadoras de consumo alimentar do Sistema VIGITEL e sua evolução temporal e inclui 135.249 indivíduos de 27 cidades brasileiras, entrevistados nos anos de 2007 2009. Para os demais artigos, utilizou-se os dados obtidos no INA, para descrever os alimentos mais consumidos no país segundo sexo, grupo etário, região e faixa de renda familiar per capita (artigo 2) e identificar os alimentos que mais contribuem para o consumo de sódio (artigo 3) e de açúcar na população brasileira (artigo 4). As análises do INA baseiam-se em informações do primeiro de dois dias não consecutivos de registro alimentar de 34.003 indivíduos com 10 anos ou mais de idade. Os resultados apresentados indicam que a alimentação dos brasileiros vem se caracterizando pela introdução de alimentos processados de alta densidade energética e bebidas com adição de açúcar, embora os hábitos tradicionais de alimentação, como o consumo de arroz e feijão, ainda sejam mantidos. Entre as bebidas açucaradas os refrigerantes aparecem como importante marcador da qualidade da dieta na população brasileira. Os dados do VIGITEL evidenciaram aumento no consumo deste item de 7% e dentre os itens avaliados no inquérito, foi o que mais discriminou o consumo alimentar na população. De acordo com os dados do INA, o refrigerante foi um dos itens mais consumidos pelos brasileiros, e constitui-se também como marcador do consumo de açúcar total, de adição e livre, juntamente com sucos, café e biscoitos doces. Adolescentes apresentaram o maior consumo de açúcar, comparados aos adultos e idosos e este resultado pode ser explicado pelo alto consumo de bebidas açucaradas e biscoitos doces observado nesta faixa etária. Quanto ao consumo de sódio, alimentos processados, como carne salgada, carnes processadas, queijos, biscoitos salgados, molhos e condimentos, sanduíches, pizzas e pães figuraram entre as principais fontes de sódio na dieta do brasileiro. Nossos achados reafirmam a importância de políticas de alimentação e nutrição, que estimulem o consumo de alimentos saudáveis, como frutas, verduras e grãos integrais, e a manutenção do consumo de alimentos básicos tradicionais, como o feijão. O sistema VIGITEL deve contemplar itens do consumo alimentar que possam ter impacto na redução das doenças crônicas não transmissíveis. / This dissertation aimed to describe the most consumed foods in the Brazilian diet according to gender, age, regions and per capita family income and to identify the main sources of sugar and sodium in the country using data from the 2007-2009 Telephone-based Risk Factor Surveillance System for Chronic Diseases (VIGITEL) and from the first Brazilian National Dietary Survey (NDS). The results are described in 4 articles. The first article aimed to evaluate markers of food intake of the telephone-based risk factor surveillance system for chronic diseases (VIGITEL) and the trend of these markers. A total of 135,249 subjects from 27 brazilian cities interviewed in the 2007 2009 surveys were evaluated. For the others articles, data from the 2008-2009 Brazilian NDS were used in order to describe the most consumed foods in the country according to gender, age, regions and per capita family income (article 1) and to identify the major food sources of dietary sodium (article 3) and free, added and total sugar in Brazil (article 4). The analysis was based on food intake data obtained on the first of two non-consecutive food records from 34,003 subjects over 10 years old. Brazilian population food intake has been characterized by the increase of the consumption of high energy-dense processed foods and sugar sweetened beverages, even though the intake of traditional foods, such as rice and beans, were still observed. Among the sugar sweetened beverages, the consumption of soft drinks can be considered as marker of quality of the diet in the Brazilian population. Data from the VIGITEL showed an increase of 7% in the consumption of soft drinks, and this item was the one that discriminates food intake the most. According to the data from the 2008-2009 Brazilian NDS, soft drinks was one of most consumed food items, and could be also considered as a marker of total, added and free sugar intake, as well as, the intake of juices, cookies and coffee. Adolescents were the age group that presented the highest intake of total, added and free sugar. This result could be attributable to the largest intake of sugar sweetened beverage and cookies in this age group. Regarding sodium intake, processed foods, such as salty preserved meats, processed meats, cheeses, crackers, oils, spreads, sauces and condiments, sandwiches, pizzas, and breads were the main sources of dietary sodium in the Brazilian population diet. Our findings reinforce the importance of food and nutrition policies that encourage the intake of healthy food, such as fruits, vegetables, whole grains, and traditional foods, such as beans. VIGITEL system should include food items that may have impact in reducing the prevalence of chronic diseases.

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