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A presença do teatro no ensino de física / The presence of dramatics in physics teachingNeusa Raquel de Oliveira Santos 18 May 2004 (has links)
Neste trabalho se entrelaçam duas temáticas que compõem a estrutura de nossa pesquisa: uma delas é o desafio de possibilitar uma maior humanização do ambiente da sala de aula, em que educandos e educadores sintam-se capazes e responsáveis pela construção solidária do conhecimento; a outra é o fato de que a forma e o conteúdo da física trabalhada no Ensino Médio devem oferecer uma abordagem cultural da física, algumas noções sobre a pesquisa científica e a desmitificação da figura e da função do cientista. Para isso, utilizamos como referenciais teóricos centrais a proposta dos jogos teatrais de Viola Spolin e a filosofia da ciência de Thomaz Kuhn e a filosofia educacional emancipadora de Paulo Freire. O primeiro é utilizado para favorecer a partilha de conhecimentos entre professores e alunos explorando, de maneira lúdica, textos sobre atividades científicas que revelem algumas facetas do trabalho do cientista e da ciência. E o segundo é empregado para permitir um melhor acompanhamento do desenvolvimento científico através de um olhar epistemológico sobre a física. O terceiro nos permite estabelecer uma ponte entre esses dois referenciais através da educação \"problematizadora\" e emancipadora. Baseamo-nos na estrutura de jogos teatrais para criar quinze atividades a partir de textos cujos conteúdos abordam: formação de cientistas, pesquisa científica, ética na ciência e questões sociais ou religiosas que envolvam a atividade científica. Apresentamos duas experiências de aplicação dos jogos teatrais: uma realizada com alunos de uma escola pública da Grande São Paulo; e outra com professores em oficina realizada na XIII Reunión Nacional de Educación en Física, em Río Cuarto, na Argentina. / This work mixes two subject matters that support the structure o four reseach: one is the challenge of promoting a better humanization of te space in the classroom, where educators and pupils may feel they\'re partners, able and responsible for the construction of knowledge, side by side; the other that the contentes and the way physics are taught in High School must ofter a cultural approach of it, some notions of scientific reseach without taking the scientist and his/her work as myth. That\'s why used the role playing games by Viola Spoli as the main theoretical references and philosophy of science by Thomas Kuhn and the philosophy of the education that emancipates by Paulo Freire. The first is used to favor knowledge sharing between teachers and students when they explore texts about scientific activities, in order to have fun, which reveals some points of scientific work and science itself. The second is used to allow a better way of following scientific development through na epistemological look about physics. Finally, the third allows us to join these two references through the education thar proposes us problems to solve and emancipates. The work was based on the role playing games structure to create fifteen activities from texts whose contents talk about: scientists education, scientific research, ethics in science and social or religious issues that take part of scientific activity. We are presenting two experiences on playing games: one played with some students of a public school in the Gred São Paulo; the other was played with teachers in a meeting that took place at XIII Reunión Nacional de Educación en Física, in Rio Cuarto, Argentina.
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A política de humanização no hospital universitário do oeste do paraná / The humanization politics in hospital universitário do oeste do paranáMiglioranza, Dalas Cristina 27 August 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-08-27 / This study proposes to discuss how it has been the implementation of the National Policy of Humanization (PNH), in a general public school hospital called Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP). It aimed to understand which main elements present in this organization has influenced the implementation process of the PNH. The PNH proposes to engage and enhance workers, managers and users, in order to qualify and cause changes in management and health care process through concrete and objective elements and valuing the subjective aspects of the labor relations in health services. The research appears as a case study, and as a methodological resource, it was adopted the documental research and conducting semi-structured interviews, which enabled the analysis from thematic groups. The PNH begins to be thought in the HUOP from the contracting process for the achievement of goals and financial transfers. Therefore, it was necessary to create a Working Humanization Group (GTH), named as Humanization Commission (CH), and this has become the space responsible for humanizing actions in this service. It is noteworthy that some provisions of PNH have been deployed in HUOP as openness and flexibility of schedules of visits, the presence of a companion in most hospital wards and ambience projects. Other provisions of PNH that involves changing process of management and include the discussion of the work and its consequences for the health of workers have not been prioritized. Thus the main difficulties for implementation of the HNP in this context stands out the model of centralized and vertical management, the absence of direct participation of management and segments of users in CH. Therefore, the management model change becomes an essential element to institute legitimate participation processes that include the different segments, aiming to establish more democratic practices that promote the necessary strategies for the implementation of the PNH in hospitals / Neste estudo propõe-se discutir como tem ocorrido a implantação da Política Nacional de Humanização (PNH) em um hospital geral público de ensino denominado Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP). Tem como objetivo compreender quais os principais elementos presentes nessa organização que têm influenciado no processo de implementação da PNH. A PNH propõe envolver e valorizar trabalhadores, gestores e usuários de hospitais com vistas a qualificar e provocar mudanças nos processos de gestão e cuidado em Saúde, através de elementos concretos e objetivos e, também, valorizando os aspectos subjetivos presentes nas relações do trabalho nos serviços de Saúde. A pesquisa configura-se como um estudo de caso, tendo recorrido, como recurso metodológico, à pesquisa documental e à realização de entrevistas semiestruturadas, o que possibilitou a análise a partir de núcleos temáticos. A PNH começa a ser pensada no HUOP a partir do processo de contratualização para o cumprimento de metas e repasses financeiros. Assim, houve a necessidade de criar a um Grupo de Trabalho de Humanização (GTH), grupo denominado, neste serviço, como Comissão de Humanização (CH), sendo que tal comissão se tornou o espaço responsável pelas ações de humanização no hospital. Destaca-se que alguns dispositivos da PNH têm sido implantados no HUOP, como abertura e flexibilização dos horários de visitas, a presença de acompanhante na maioria das alas de internação e projetos de melhorias de ambientes. Outros dispositivos da PNH que envolvem os processos de mudanças no modelo de gestão que contemplam a discussão do trabalho e suas consequências para a saúde dos trabalhadores não têm sido priorizados. Assim, entre as principais dificuldades para a implementação da PNH, nesse contexto, destacam-se: o modelo de gestão centralizado e verticalizado, a ausência da participação direta da gestão e dos segmentos dos usuários na CH. Assim, portanto, a mudança do modelo de gestão torna-se elemento essencial para instituir processos de participação legítimos que contemplem os diferentes segmentos com vistas ao estabelecimento de práticas mais democráticas e que favoreçam as estratégias necessárias para a implantação da PNH no âmbito hospitalar.
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A escrita é livre? contribuições da poesia lírica para além das grades / The writing is free? contributions of lyric poetry to beyond the barsFaria, Maria de Lourdes Custódio de 04 November 2016 (has links)
Submitted by Neusa Fagundes (neusa.fagundes@unioeste.br) on 2018-03-01T14:50:26Z
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Previous issue date: 2016-11-04 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / “The writing is free? Contributions of lyric poetry to beyond the bars”: is a research that longs to contribute, through the reading and writing of lyric poetry, to the educational formation of incarcerated students These students study at a State Center of Basic Education for Young people and Adults (Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos – CEEBJA), located in a penitentiary in Paraná. The development of this study is supported by three specific goals: i) to work the concept of literature, lyric poetry and language resources, encouraging the student to read and comprehend poetical texts; ii) to propose pedagogical practices that help the student to write and express himself through the writing of daily life poems; iii) to encourage the student to read and write poems, comprehending the writing activity as a possibility to express himself during the teaching-learning process behind the prison bars. The research was based on theoretical assumptions that point to the humanizing role that literature plays, accordingly to what is proposed by Antonio Candido (1995), giving to the student the opportunity of learning more. That will help him develop a wider perspective of the world. The theoretical support of this work was based on intellectuals such as Michel Foucault (2013), Paulo Freire (2003), Antonio Candido (1995), G. W. Friedrich Hegel (1980), Massaud Moisés (2003), Salvatore D’Onófrio (1995), Cesare Beccaria (2009). And, to support the elaboration of our Proposal of Pedagogical Expansion, we consulted the propositions of the Método Recepcional by Maria da Glória Bordini (1993) and Vera Teixeira Aguiar (1993), combined to the Reception Theory, by Hans Robert Jauss (1994) and Wolfgang Iser (1979). Therefore, this is a bibliographic qualitative research, in which the procedures were developed through a research and action method. As a result of this didactic-pedagogical process, it is possible to notice that the classroom work with lyric poetry can happen in an didactic and spontaneous way, being useful to the humanization and emancipation of the students reached by this practice. / “A escrita é livre? Contribuições da poesia lírica para além das grades”: trata-se de uma pesquisa que busca contribuir, por meio da leitura e escrita de poesia lírica, na formação educacional de alunos encarcerados. Esses alunos estudam em um Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos – CEEBJA, localizado em uma penitenciária no Estado do Paraná. Esse estudo se propôs desenvolver três objetivos específicos: i) trabalhar a concepção de literatura, de poesia lírica e de recursos da linguagem, estimulando o aluno a ler e a compreender o texto poético; ii) propor práticas pedagógicas que auxiliem o aluno a escrever e a se expressar por meio da escrita de poemas do cotidiano; e iii) estimular o aluno a ler e a escrever poemas, compreendendo a escrita como uma forma de expressividade possível no processo de ensino-aprendizagem atrás das grades da prisão. A pesquisa se sustentou em pressupostos teóricos que apontam o papel potencializador e humanizador da literatura, segundo o entendimento de Antonio Candido (1995), trabalhado pelo viés da poesia lírica, que pode ser posta a serviço da educação, oportunizando ao aluno privado de liberdade aprender mais, tanto para si, quanto para a sua vida social. Isso o auxilia a ter uma visão mais ampla de mundo. A base teórica do trabalho foi buscada em pensadores como Michel Foucault (2013), Paulo Freire (2003), Antonio Candido (1995), G. W. Friedrich Hegel (1980), Massaud Moisés (2003), Salvatore D’Onófrio (1995), Cesare Beccaria (2009). E, para embasar a elaboração de nossa Proposta de Aplicação Didática, recorremos às proposições do Método Recepcional de Maria da Glória Bordini (1993) e Vera Teixeira Aguiar (1993), articuladas à Estética da Recepção, concebida por Hans Robert Jauss (1994) e Wolfgang Iser (1979). Trata-se, portanto, de uma pesquisa bibliográfico-qualitativa, cujos procedimentos foram desenvolvidos por meio da pesquisa-ação. Como resultado desse processo didático-pedagógico, percebemos que o trabalho em sala de aula com a poesia lírica pode ocorrer de forma didática e espontânea, servindo para a humanização e a emancipação dos alunos alcançados por essa prática.
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A ACESC e a humanização do mercado da morte em Cascavel – PR. / The ACESC and the humanization of the death market in Cascavel – PRMachado, Marilana Aparecida 02 April 2018 (has links)
Submitted by Marilene Donadel (marilene.donadel@unioeste.br) on 2018-07-10T22:16:17Z
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Previous issue date: 2018-04-02 / This dissertation discusses about the death market in Cascavel city, Paraná. The research was carried out at ACESC - Administration of Cemeteries and Funeral Services of Cascavel - a municipal autarchy, founded in 1989, whose main purpose is managing the funeral system of the municipality. It aims at verifying, throughout this study, if the philosophy of death humanization, which is proposed as an innovative decision-making according to the funeral market model that already existed at the foundation period, keeps on being applied in the service rendered to the bereaved relatives and the deceased one. The research was carried out in this institution and developed based on ethnography. It was observed the completely postmortem process, which begins on the mourners’ care and ends at the burial. Its main goal was to analyze the death market with emphasis on the consumption of articles and services used at funerals. Thus, interviews, bibliographical and documentary reviews were carried out based on fieldwork. Therefore, it was possible to understand that the death market managed by ACESC is based on its founding principles, even though it has recently been possible to observe that private companies have an opportunity to take part in the supply of items used in the rites of death currently practiced. / Esta dissertação discute o mercado da morte na cidade de Cascavel, no Paraná. A pesquisa foi realizada na ACESC - Administração dos Cemitérios e Serviços Funerários de Cascavel - autarquia municipal criada em 1989, cuja principal finalidade é administrar o sistema funerário do município. Busca-se verificar, ao longo do trabalho, se a filosofia de humanização da morte, proposta como inovadora diante do modelo de mercado funerário existente à época da fundação, continua sendo aplicada no atendimento prestado aos familiares enlutados e ao morto. Desenvolvida em forma de etnografia, a pesquisa foi realizada na referida instituição, através do acompanhamento de todo o processo post mortem, que se inicia no atendimento aos enlutados e tem seu término no sepultamento. O objetivo principal foi analisar o mercado da morte com ênfase no consumo dos artigos e serviços utilizados nos funerais. A partir da realização de trabalho de campo, de entrevistas e de revisões bibliográfica e documental, foi possível compreender que a gestão do mercado da morte realizada pela ACESC continua baseando-se nos seus princípios fundadores, mesmo que recentemente seja possível verificar que há uma abertura para a participação de empresas privadas na oferta de itens utilizados nos ritos de morte praticados atualmente.
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Gestão da saúde e política de humanização na Amazônia brasileiraSimone Lopes de Almeida 01 May 2013 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A Política de Humanização em Saúde (PNH) vem paulatinamente ganhando notoriedade tanto nas discussões acadêmicas, como em nível de decisão intergovernamental. A mesma vem como política transversal na rede SUS, que
atravessa as diferentes ações e instâncias gestoras a partir da inclusão de gestores, trabalhadores da saúde e usuários na busca de mudanças no modelo de atenção e da gestão a partir da autonomia e do protagonismo desses sujeitos, da coresponsabilidade e do estabelecimento de vínculos solidários, da construção de redes de cooperação e a participação coletiva no processo de gestão. Buscou-se, através da pesquisa na literatura pertinente as contribuições que atestam a importância da política da Humanização em Saúde, mormente sua adoção em nível municipal, enquanto política dispositivo de mudanças, centrada na gestão participativa. Essa condição entende-se apropriada para a identificação e mensuração dos problemas locais de saúde, propiciando a adoção de políticas
sociais de proteção apropriadas ao contexto a que se destina. O que motivou a elaboração deste estudo é a observação que, a despeito da enorme importância desse tema aliado a sua indispensável prática na gestão da saúde, no caso do
Município de Caracaraí-RR, onde esse assunto ainda é tratado timidamente nas discussões do Conselho Municipal de Saúde (CMS),no Plano Municipal de Saúde e no Relatório de Gestão desse Município, porém já aparecendo um pouco mais a
nível de Conferência Municipal de Saúde, conforme atesta o estudo de caso que fundamenta esta dissertação. Este estudo é desenvolvido com base na lógica de que a gestão em saúde deve ser participativa, atingindo a tríplice inclusão: gestores,
trabalhadores e usuários, cada qual com seu foco de necessidades e solicitações. A mesma traz como objetivos identificar qual o lugar da PNH na gestão da saúde em
um município de pequeno porte na Amazônia Brasileira bem como conhecer e discutir as in/congruências entre o que preconiza a PNH e a gestão da saúde, de forma a identificar a presença ou ausência de interligação entre ambas. Advoga-se
que as condições de vida de grupos sociais nos territórios definem a conjuntura de seus problemas locais, necessidades e insatisfações. Essas condições de existência podem ser boas ou ruins, e se modificam para melhor ou pior, dependendo da
participação de instituições de governo e da própria população. Destarte, a relevância da PNH enquanto ferramenta de gestão e, a partir de seus métodos, diretrizes e dispositivos na dinâmica do SUS que dá certo: equânime, democrático e
participativo. / The Humanization of Health Policy (NHP) are gradually gaining notoriety both in academic discussions, as in level of intergovernmental decision. The same comes as policy defined in SUS, which runs through the different actions and management levels from the inclusion of managers, health workers and users in search of changes in the model of care and management from the autonomy and the role of these
subjects, co-responsibility and the establishment of supportive links, building networks of cooperation and collective participation in the management process .. Was sought through the research literature on the contributions that attest to the importance of politics Humanization of Health, particularly its adoption at the municipal level, as a policy device changes, focused on participative management.
This condition means suitable for the identification and measurement of local health problems, promoting the adoption of social protection appropriate to the context it is
intended. What was the motive for this study is the observation that, despite the enormous importance of this subject together with your essential practice in health
management, in the case of the Municipality of Caracaraí-RR, where this subject is still tentatively treated in discussions of the Municipal Council Health (CMS), the Municipal Health Plan and Management Report this city, but now appearing a bit
more in terms of Municipal Health Conference, as evidenced by the case study underlying this thesis. This study is developed based on the logic that health management should be participatory, reaching the triple include: managers, workers
and users, each with its focus on the needs and requests. The same has as objective to identify what the place of PNH in health management in a small city in the Brazilian Amazon as well as meet and discuss in / congruence between what
advocates PNH and health management, in order to identify the presence or absence interconnection there between. It is proposed that the living conditions of social groups in the territories define the context of their local problems, needs and dissatisfactions. These conditions of existence can be good or bad, and change for better or worse, depending on the participation of government institutions and the
population. Thus, the relevance of PNH as a management tool, and from its methods, guidelines and devices in the dynamics of SUS that works: equitable, democratic and participatory.
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HUMANIZASUS : UMA AVALIAÇÃO POLÍTICA DA POLÍTICA / "HUMANIZASUS": AN EVALUATION OF POLICY POLICYFurtado, Talita Teresa Gomes 04 April 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-04-04 / The dissertation presents a study of political assessment of the National Policy on
Humane Care and Management of the SUS (PNH), also called HUMANIZASUS, was
drafted and introduced in 2004, for a specific Working Group organized by the Ministry
of Health Research developed sought effort to analyze and clarify issues and criteria for
the process of designing and engineering the policy itself. To that end, we traced the
historical analysis of SUS in the context of the Brazilian health panorama from the
Sanitation Movement, in order to demarcate the aspects and determining factors of the
development scenario of the HNP and enable the evaluation here intended. From the
historical overview tracing the origins and the humanization of the government agenda,
emit judgments about the ethical and political reference considered by policy makers,
and we evaluate the coherence and relevance of the proposal, through the elements
which constitute its structure. / A dissertação apresenta estudo de avaliação política da Política Nacional de
Humanização da Atenção e Gestão do SUS (PNH), denominada também de
HUMANIZASUS, que foi elaborada e instaurada em 2004, por Grupo de Trabalho
específico organizado pelo Ministério da Saúde. A pesquisa desenvolvida buscou
esforço no sentido de analisar e elucidar questões e critérios referentes ao processo de
formulação e engenharia da política propriamente dita. Para tanto, foi traçada análise
histórica do contexto do SUS no panorama de saúde brasileiro, desde o Movimento
Sanitário, tendo em vista demarcar os aspectos e fatores condicionantes do cenário de
elaboração da PNH e possibilitar a avaliação aqui pretendida. A partir do apanhado
histórico traçado e das origens da humanização na agenda de governo, emite-se
julgamento acerca do referencial ético-político considerado pelos formuladores da
política, bem como avalia-se a coerênca e pertinência da proposta, através dos
elementos que constituem sua estrutura.
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Trabalho médico e alienação: as transformações das práticas médicas e suas implicações para os processos de humanização/desumanização do trabalho em saúde / Medical work and alienation: the transformations in medical practice and their implications on the humanization/dehumanization processes in health practiceRogério Miranda Gomes 20 September 2010 (has links)
O tema da humanização dos serviços e práticas de saúde vem sendo objeto atualmente de várias elaborações e pesquisas no campo da saúde coletiva em razão de sua importância para constituição de práticas e serviços centrados no cuidado e na integralidade da atenção. Esse estudo teve como objetivo a análise das transformações contemporâneas do trabalho médico e suas implicações para os processos de humanização/desumanização do trabalho em saúde. Optou-se pela metodologia de vertente qualitativa, sendo que a coleta de dados baseou-se na triangulação das técnicas de entrevista em profundidade sob a forma de seis histórias de vida profissional de médicos e de análise documental. A fim de analisar como as transformações em andamento nas práticas médicas e de saúde afetam a relação entre profissional de saúde e usuário de forma a caracterizá-la como desumanizante, nos valemos do substrato filosófico da dialética humanização-alienação. O estudo das transformações pelas quais passam o trabalho médico e em saúde demonstrou a conformação de dinâmicas potencializadoras de relações simultaneamente humanizadoras e alienantes entre seus sujeitos constituintes e destes com os demais elementos componentes dos processos assistenciais em saúde. Por um lado, o movimento permanente de desenvolvimento de teorias, métodos e práticas cada vez mais eficientes na abordagem das condições de sofrimento dos sujeitos, principalmente em sua dimensão orgânica, representa uma dimensão humanizadora inegável do trabalho em saúde, expressando aqui um elemento constituidor do gênero humano como cada vez mais rico e complexo. Por outro lado, a repercussão desse acúmulo genérico no plano dos sujeitos e coletivos concretos tende a produzir implicações contraditórias, expressas, por exemplo, na (re)produção de graus significativos de desumanização e sofrimento. Exemplo disso é como os movimentos contemporâneos de socialização do trabalho médico e em saúde sob referenciais centrados na heteronomia, na racionalidade de base empresarial, na divisão técnica reificada e no papel determinante exercido pelo capital no interior do setor saúde contribuem para a conformação de processos de trabalho progressivamente subordinadores do agir autodeterminado, reflexivo e criativo dos agentes a dinâmicas fetichizadas e instrumentalizadoras, tanto para eles quanto para usuários dos serviços. Também em função dessa ampla gama de transformações, evidencia-se um aprofundamento do estranhamento dos médicos em relação às determinações sociais de sua prática, dos demais sujeitos e de seus sofrimentos. Analisou-se como esses agentes podem estabelecer relações reificantes com seus instrumentos de trabalho, seja na forma de equipamentos, seja na forma de tecnologias não-materiais, como as várias formas de rotinas e protocolos, contribuindo para um descentramento dos sujeitos no interior das práticas de saúde. O trabalho em saúde, destarte, constitui-se como cenário-processo onde o desenvolvimento da dialética humanização-alienação expressa a tensão permanente entre, por um lado, a busca do devir consciente e autodeterminado pelos sujeitos e, por outro, sua subordinação por dinâmicas reprodutoras de relações sociais desumanizantes / The subject of humanization of health services and health practices has been the object of several researches in the field of collective health due to its importance for the constitution of practices and services focused on the care and completeness of attention. The present study aimed to analyse the contemporary changes in medical work and their inplications on the humanization/dehumanization processes in the health practice. The qualitative approach to research was chosen, and the data collection was based on the triangulation of in-depth interview technique under the form of stories of the professional lives of six doctors and documental analysis. In order to analyse how the on going transformations on the medical and health practices affect the relation between health workers and users characterizing it as dehumanizing, the phylosofical basis of the dialectic relation of humanization/alienation was employed. The study of the changes the medical and health work go through has shown the construction of dynamics which potencialize relations simultaneously humanizing and alienating between their constituting subjects and their relation with the other elements that compose the health care processes. On the one hand, the permanent movement of development of theories, practices and methods increasingly efficient in approaching the patient\'s distress, mainly on their organic aspect, represents an undeniably humanizing dimension of the health care, expressing an element increasingly rich and complex constitutive of the human genre. On the other hand, the repercussion resultant of this generic accumulation in the sphere of concrete subjects and collectives tends to produce contraditory implications expressed, for example, in the (re)production of significative levels of dehumanization and distress. This may be exemplified by the manner the contemporary movements of medical and health work socialization under frameworks centered on heteronomy, business based racionality, reified technical division and the main role played by the capital inside the health sector contribute to the conformation of work processes which progressively subordinate the self determined, reflexive and creative actions of its agents to fetishized and instrumentalizing dynamics, both for agents and users of the services. Also due to this wide spectrum of transformations, it becomes evident the deepening of the estrangement between doctors and the social determinations on their practice, the other subjects and their distress. It was analysed how these agents may stablish reificating relations with their instruments of work, either as equipment, or as non-material technologies, like the various forms of routines and protocols, contributing to a decenterment of the subjects internal to the health practices. The work in health, thus, constitutes a process-scenario in which the development of the dialectic relation humanization-alienation expresses the permanent tention between, on the one hand, the search for the conscient and self determined future of the subjects and, on the other hand, their subordination to dynamics which reproduce dehumanizing social relations
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A construção do \"ser médico\" e a morte: significados e implicações para a humanização do cuidado / The building of the ?doctor being? and the death: meanings and consequences to care humanizationGeorgia Sibele Nogueira da Silva 14 February 2007 (has links)
A partir da narrativa de médicos em processo de formação, buscou-se compreender o processo de construção do ser médico e sua relação com o fenômeno da morte, com a finalidade de investigar em que medida essa relação contribui para promover o distanciamento entre as tecnociências médicas e os processos dialógicos do cuidar no cotidiano da prática médica. Realizou-se uma pesquisa qualitativa com estudantes de medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, escolhidos entre todos os períodos de formação (do primeiro ano à residência médica). A Fenomenologia Existencial, a Hermenêutica Gadameriana e a Teoria da Ação Comunicativa, de Habermas, constituem a base filosófica do trabalho de produção e interpretação das narrativas. Para a produção das narrativas foram combinadas duas estratégias tecno-metodológicas: entrevistas em profundidade com roteiro e oficinas com utilização de cenas projetivas, objetivando maior profundidade e segurança na análise interpretativa. Os resultados foram agrupados em sete categorias temáticas: 1) Concepções sobre ser médico; 2) Concepções sobre a Morte; 3) Concepções dos estudantes/residentes sobre o enfrentamento do processo de morte de um paciente; 4) Abordagem da morte; 5) Anatomia e a iniciação médica; 6) O encontro com a morte encenada; 7) Desejos de mudanças na educação médica. As análises e reflexões desenvolvidas apontam que o ser médico compreende o ideal de ser um bom médico, o que significa ser técnico e humano na doença e na morte. Apesar de inseridos em uma cultura social e institucional de negação da morte, os entrevistados demonstram sensibilidade à re-humanização do processo de morrer. Essas concepções também estão presentes na proposta do currículo novo, mas encontra tensões diante do modelo biomédico em que estão ancorados. A iniciação na Anatomia define um tipo de percurso a ser trilhado, baseado na expropriação da subjetividade, onde o distanciamento das emoções é a garantia do conhecimento objetivo. A prescrição do não envolvimento é adotada, e convive com sinais de relativização (não se envolver muito), quando o horizonte almejado é a humanização da prática médica, que, por sua vez, prescreve uma boa comunicação com o paciente à morte. Os estudantes e residentes transitam entre os dois cenários, com escassos modelos, poucas experiências para nominar e lidar com a morte, e muitos paradoxos. No seu encontro com o paciente à morte, esse cuidador se depara com as dificuldades para não promover a distância entre intenção e gesto em suas interações. Reclamam por uma formação médica capaz de 13 re-juntar razão e emoção; médico e paciente; técnica e cuidado; vida e morte. O trabalho sugere por fim, o aprofundamento na direção da Ontologia Existencial, da Hermenêutica Filosófica, e da Razão Comunicativa como caminhos para um adensamento conceitual capaz de contribuir para validar o desenvolvimento de um processo de formação médica capaz de transformar o encontro professor-aluno e, médico-paciente. Defende que a mesma medicina que se apoiou na morte biológica para fundamentar sua prática em conhecimentos científicos, pode se apoiar no enfrentamento dos conteúdos simbólicos existenciais da morte para se re-humanizar e recuperar a dimensão do cuidado em sua prática. / We have sought the understanding of the process for building a doctor being and its relation to the phenomenon of death, based on the narratives of students in the process of becoming doctors. A qualitative research took place with the medical school students from the Federal University of Rio Grande do Norte, chosen from all levels of the under-graduation (from the first year to medical residency), with the objective of investigating how this relation with death helps to promote the detachment among the medical scientific technologies and the dialogical processes of caring in the daily medical practice. The existential phenomenology, Gadamer´s Hermeneutics and the theory of communicative action, of Habermas, constitute the philosophical basis of the narratives production and interpretation work. To produce the narratives two techno-methodological strategies were combined: In depth interviews with scripts and workshops using projective role-play activities, seeking for a deeper and sufer in the interpretative analysis. The results were grouped in seven theme categories: 1) Concepts of a doctor being; 2) Concepts of death; 3) Concepts of the students/residents about facing the process of a patient´s death; 4) Death approaching; 5) The medical initiation; 6) Meeting death through a scene; 7) Desires of change in the medical education. The analysis and reflections developed point towards the idea that a doctor being is connected to the ideal of being a good doctor, which means being technical and human in the illness and death processes. Although part of a social and institutional culture of death denial, the interviewed students revealed sensibility to the re-humanization of the death process. These conceptions are also present in the new curriculum proposal, but they find tension facing the biomedical model which they are included. The anatomy initiation defines one type of path to be followed, based in the expropriation of subjectivity, where the detachment of emotions is the guarantee of objective knowledge. The prescription of a noninvolvement is adopted, coexists with signals of relativization (to not get too involved), when the aim is humanization in the medical practice, which prescribes a good communication with the patient about to die. The students move between these two scenarios, with rare role-models, few experiences to name and deal with death, and many paradoxes. In their meeting with the patient to die, the caretaker faces the difficulties of not promoting the distance between intention and gesture in their interactions. They reclaim a medical education able to re-gather sense and emotion; doctor and patient; technique and caring; life and death. The work suggests, at last, the advances towards existential ontology, from the philosophical-hermeneutics and the communicative reason as ways to a conceptual consolidation able to contribute to validate the development of a medical education process, able to transform the encounter pupil-instructor and doctor-patient. It defends that the same medicine which was based on the biological death to found its practice in scientific meetings, can be based on the confrontation of death existential symbolic contents to re-humanize itself and recover the dimension of care in its practice.
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Subjetividade contemporânea na educação médica: a formação humanística em medicina / Contemporary subjectivity in the medical education: the humanistic training in medicineIzabel Cristina Rios 05 July 2010 (has links)
A formação do médico durante a graduação é um longo processo de aquisição de competências referentes ao domínio técnico, ético e relacional da profissão, que reafirmam valores históricos, e ganham contornos atuais no discurso da humanização das práticas de saúde. As diretrizes curriculares para o curso médico preconizam desenvolver habilidades de comunicação, valores éticos, e atitudes de sensibilidade e compreensão com o sofrimento alheio, pois se sabe que, na medicina, relações sem o legítimo interesse e preocupação com o outro comprometem a qualidade da própria realização técnica do ato médico. Entretanto, os estudos evidenciam grandes dificuldades nesse aspecto da humanização das práticas. Uma das causas dessa aridez afetiva e das dificuldades na relação com o paciente seria a formação centrada na aquisição de competência técnico-científica de forma tecnicista. Como contraponto, tentou-se incluir disciplinas de humanidades médicas nos currículos, o que tem se mostrado tarefa árdua. A difícil inclusão de temas humanísticos e desenvolvimento de competência ético-relacional nas escolas médicas fazem pensar que aspectos mais sutis na construção da identidade médica podem estar corroborando com tais fatos. A subjetividade contemporânea (valores, modelos, inscrições de significado), redimensionada na cultura médica, moldaria relações entre as pessoas no ambiente de ensino que dificultaria a experiência intersubjetiva, resultando em uma educação médica que ressalta a tecnologia e se abstém do seu potencial interativo. Com base nessa tese, nosso estudo buscou identificar as dimensões culturais mais importantes na construção das subjetividades contemporâneas no tocante à medicina e investigar o encontro intersubjetivo (professor-aluno, aluno-aluno, professor-professor) no contexto da formação médica. Pela abordagem qualitativa, buscamos interpretar-compreender como um conjunto mais amplo de aspectos da contemporaneidade, combinados na forma de três núcleos temáticos - o Eu, a Tecnologia e a Interatividade -, imprimiam-se no cotidiano de professores e de alunos em momentos diferentes do aprendizado. Percebemos que as dificuldades para a experiência intersubjetiva se manifestam e se reforçam nos processos interativos já durante a graduação. Comportamentos narcísicos, relações instrumentais, violência, e a baixa qualidade organizacional da gestão das práticas assistenciais sobressaem na análise dos dados. Concluímos, com base nesses resultados, que a formação humanística melhor se desenvolverá por meio de: 1. o aprimoramento das disciplinas de humanidades médicas; 2. a integração de sua temática com a prática clínica; 3. a conscientização dos professores quanto ao seu papel de modelo junto aos alunos e quanto à importância de saber trabalhar temas humanísticos em sua área de atuação; 4. a humanização dos serviços de saúde que participam do ensino médico; 5. e, essencialmente, por meio de um processo educacional que permita a aproximação da educação com a ética no viver institucional / The medical training during undergraduation is a long process of acquiring competences related to the technical, ethical and relational aspects of the profession, reaffirming historic values, and, in the present, the themes of the so called \"humanization of the health practices\". The curricular guidelines for medical school indicates the development of communication skills, ethical values and attitudes of sensitivity and understanding towards the suffering of others, because, it is known that in medicine, relationships without a legitimate interest and concern for others compromise the quality of the technical realization of the medical act. However, studies show great difficulties in this aspect of the humanization of practices. One of the causes of the resistance and emotional difficulties in the doctor-patient relation would be the training focused on the acquisition of technical and scientific competence in a technicist way. As a counterpoint, it has been tried to include humanities in the medical curriculum, not an easy task. The difficult in the inclusion of humanistic issues and development of ethical and relational competence in the medical schools suggests that there are possibly some more subtle aspects in the construction of medical identity corroborating these facts. The contemporary subjectivity (figures, models, meanings), reflected on the medical culture, would shape personal and professional relations in the educational environment in such a way that it would make difficult the intersubjective experiences, resulting in a medical education that emphasizes the technology and decreases the importance of the interactivity. Our purpose in this study was to identify the most important cultural dimensions in the construction of contemporary subjectivities in relation to medicine, and study the intersubjective meeting (teacher-student, student-student, teacher-teacher) in the context of the medical undergraduate. By the qualitative approach, we seek to understand or interpret some contemporary aspects united in three groups of themes - the Self, the Technology and the Interactivity - and their influence in the daily life of teachers and students at different moments of learning. It was felt that the difficulties in the intersubjective experience were manifested and reinforced in the interactive processes during undergraduation. Narcissistic behaviors, instrumental relationships, violence, and poor quality of organizational management of the care practices emerged in the data analysis. We concluded that the humanistic training could develop better by: 1. an improvement in medical humanities disciplines; 2. the integration of its program with clinical practice; 3. the awareness of teachers about being a model to the students and the importance of inserting humanistic issues in its own area of learning; 4. the humanization of health services that take part in medical education; 5. and, primarily, by an educational process that approaches ethics and education in the institutional environment.
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O direito de narrar e o poder de se fazer ouvir: a narrativa como fundamento da humanização / -Meire Regina Nery 10 October 2017 (has links)
Sendo a democracia uma forma de lidar com os desacordos entre cidadãos que partilham de uma só sociedade, mas não de uma só cultura ou de um só sentido do que deve ser feito em matérias que mutuamente os afetam, a proliferação e a complexificação das sociedades em termos da diversidade que as habitam, coloca de forma particularmente aguda saber que a democracia pode respeitar as diferenças, não as marginalizando e, pelo contrário, tornando-se mais inclusiva. Nesse sentido, o objetivo desta pesquisa é investigar como a comunicação democrática nas organizações, caracterizada pela produção e escuta de narrativas dos funcionários, pode contribuir para a integração das diferenças identitárias, para a autorrealização e a autoestima dos trabalhadores, e transformá-los em cidadãos mais atuantes na sociedade, na esfera pública, ao mesmo tempo em que conduz as organizações ao alcance da estratégia pretendida. O estudo se inicia com uma discussão teórica acerca das narrativas sobre o conceito de humanização e o seu oposto, a desumanização, até a abordagem da humanização nas organizações como construção narrativa, adotando para efeito de análise a questão de gêneros, assumindo a marca plural como uma amplitude do conceito a fim de abranger homens, mulheres, lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros. Foram entrevistados 15 voluntários de organizações de grande porte, nacionais, multinacionais e transnacionais, em diferentes níveis hierárquicos, dispostos a auxiliar na compreensão de como os modelos de comunicação adotados pelas organizações estão ou não contribuindo para que os indivíduos se desenvolvam até o ponto de se transformarem em pessoas que podem afirmar a própria identidade independentemente dos papéis concretos e de sistemas particulares de normas, transformando-se de fato em autores de suas histórias de vida, constituindo-se como cidadãos capazes de assumirem-se protagonistas do processo histórico organizacional e social, isto é, quando a emancipação adquire o significado de humanização. / Democracy is a way of dealing with disagreements between citizens who share a single society, but not a single culture or sense of what should be done on matters that mutually affect them, the proliferation and in terms of the diversity that surrounds them, it is particularly acute to know that democracy can respect differences, not marginalizing them and, on the contrary, becoming more inclusive. In this sense, the objective of this research is to investigate how the democratic communication in organizations, characterized by the production and listening of narratives of the employees, can contribute to the integration of the identity differences, to the self-realization and the self-esteem of the workers, and to transform them into citizens more active in society, in the public sphere, at the same time as it leads the organizations to reach the desired strategy. The study begins with a theoretical discussion about the concept of humanization narratives and its opposite, dehumanization, to the approach of humanization in organizations as a narrative construction, adopting for the effect of analysis the question of genres, assuming the plural mark as concept to cover men, women, lesbians, gays, bisexuals, transvestites, transsexuals and transgenders. Fifteen volunteers from large national, multinational and transnational organizations were interviewed at different hierarchical levels, who were willing to help in understanding how the communication models adopted by organizations are contributing to the development of individuals to the point of to transform into people who can affirm their own identity independently of the concrete roles and particular systems of norms, becoming in fact the authors of their life histories, constituting themselves as citizens capable of assuming protagonists of the historical and social process, that is, when emancipation acquires the meaning of humanization.
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