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Efeito do programa de estimulação oral em recém-nascidos pré-termoPereira, Karine da Rosa January 2017 (has links)
Objetivo: Avaliar o efeito de um programa de estimulação oral em recém-nascidos pré-termo com intuito de investigar o desempenho alimentar na primeira oferta por via oral, bem como o nível de habilidade oral e o tempo de transição sonda para via oral plena. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico randomizado duplo-cego, realizado no período de maio de 2015 a novembro de 2016, incluindo recém-nascidos pré-termo entre 26 e 32 semanas de idade gestacional. Foram excluídas malformações congênitas, presença de hemorragia intracraniana grau III ou IV, displasia broncopulmonar e enterocolite necrosante. O grupo intervenção recebeu o programa de estimulação oral, com duração de 15 minutos, que consistia em manipulações táteis extra, peri e intra-orais, uma vez ao dia, durante 10 dias. O grupo controle recebeu o cuidado padrão. Neste último, os recém-nascidos, acompanhados por uma fonoaudióloga, receberam manipulação de posicionamento durante o mesmo período de tempo dedicado ao grupo intervenção, a fim de auxiliar no cegamento dos cuidadores. A avaliação da capacidade da alimentação, realizada na primeira oferta de via oral por uma fonoaudióloga cegada quanto à randomização do estudo. Na avaliação da via oral, os recém-nascidos foram classificados em níveis de habilidade para alimentação oral, determinados pela proficiência (percentual do volume aceito nos primeiros 5 minutos/volume prescrito), pela taxa de transferência (volume total aceito/min) e pelo desempenho alimentar (percentual do volume total aceito/volume prescrito). Os recém-nascidos foram acompanhados até a alta hospitalar. Resultados: Foram randomizados 74 recém-nascidos, 37 no grupo intervenção. A média da idade gestacional, 30±1.4 semanas e o peso ao nascimento de 1452±330g para o grupo intervenção, e 30±1.5 semanas e 1457±353g para o grupo controle. A média da proficiência foi de 41,5% ± 18,3 no grupo intervenção, e de 19,9% ± 11,6 no grupo controle (p<0.001). A média da taxa de transferência, 2,3 ml/min no grupo intervenção, e 1,1 ml/min no grupo controle (p<0.001). A média do desempenho alimentar foi de 57,2%± 19,7 para o grupo intervenção e 35,0% ± 15,7 para o grupo controle (p<0.001). A mediana do tempo de transição da sonda, 4 dias para grupo intervenção e 8 dias para o grupo controle (p<0.003). Conclusão: O programa de estimulação oral proporciona o desenvolvimento das habilidades motoras-orais e o desempenho alimentar mais eficiente, reduzindo o tempo de transição da alimentação por sonda. / Objective: To evaluate the effect of an oral stimulation program in preterms aiming to investigate performance in the first oral feeding experience as well as level of oral feeding skills and transition time from tube to total oral intake. Methods: This double-blind randomized clinical trial including preterm newborn infants with gestational ages ranging from 26 to 32 weeks was conducted from May 2015 to November 2016. Neonates with congenital malformations, intracranial hemorrhage grade III or IV, bronchopulmonary dysplasia, and necrotizing enterocolitis were excluded from the study. The intervention group received an oral stimulation program consisting of tactile extra-, peri-, and intraoral tactile manipulation once a day for 15 minutes during 10 days. The control group received standard care and was also followed up by a speech therapist who performed positioning maneuvers for the same duration of time than the intervention group, in order to help blinding to treatment allocation. Feeding ability was assessed by a speech pathologist blinded to group assignment when oral feeding was offered for the first time. The classification of infants’ oral performance was based on the level of oral feeding skills determined by proficiency (percentage of volume accepted within the first 5 minutes/volume prescribed), transfer rate (total volume accepted/min), and by feeding performance (percentage of total volume accepted/volume prescribed). Neonates were monitored until hospital discharge. Results: Seventy-four were randomized, 37 of which in the intervention group. Mean gestational age was 30±1.4 weeks in the intervention group and 30±1.5 weeks in the control group. Mean birth weight was 1,452±330g for the intervention group and 1,457±353 g for the control group. Mean proficiency was 41.5%±18.3 in the intervention group and 19.9%±11.6 in the control group (p<0.001). Mean transfer rate was 2.3 mL/min in the intervention group and 1.1 mL/min in the control group (p<0.001). Mean feeding performance was 57.2%±19.7 in the intervention group and 35.0%±15.7 in the control group (p<0.001). Media transition time from tube to oral feeding was 4 days in the intervention group and 8 days in the control group (p<0.003). Conclusion: Our oral stimulation program enables the development of motor and oral skills, promotes a more efficient feeding performance, and reduces transition time from tube to oral feeding.
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Videofluoroscopia da Deglutição : alterações esofágicas em pacientes com disfagia / Videofluoroscopic swallowing study : esophageal alterations in patients with dysphagiaScheeren, Betina January 2013 (has links)
Introdução: A Videofluoroscopia da Deglutição (VFD) é um exame dinâmico e permite a avaliação de todo o processo da deglutição, entretanto, a maioria dos estudos publicados relata apenas alterações na orofaringe e transição faringoesofágica, não sendo rotina o estudo do esôfago. O objetivo da presente pesquisa foi verificar a prevalência de alterações na fase esofágica à VFD em pacientes com disfagia cervical. Métodos: Pacientes com queixa de disfagia cervical submetidos à Videofluoroscopia da Deglutição incluindo estudo esofágico entre maio de 2010 e maio de 2012 tiveram seus exames revisados retrospectivamente. Os pacientes foram classificados em dois grupos: Grupo I - sem diagnóstico etiológico pré-estabelecido e Grupo II – com diagnóstico de doença neurológica. Durante o exame os pacientes ingeriram três consistências de alimento (líquido, pastoso e sólido) contrastadas com sulfato de bário e 19 itens foram analisados segundo protocolo. A fase esofágica foi considerada alterada quando apenas um dos itens avaliados estivesse comprometido. Resultados: Trezentos e trinta e três (n=333) pacientes consecutivos foram estudados com 213 (64%) no Grupo I e 120 (36%) no Grupo II. Alterações esofágicas foram identificadas em 104 (31%) pacientes, sendo a prevalência maior no Grupo I (36,2%), principalmente, nos itens clareamento esofágico (16,9%) e contrações terciárias (16,4%). Pudemos observar que 12% dos indivíduos do Grupo I apresentaram somente alteração em fase esofágica. Conclusão: Avaliação da fase esofágica durante a Videofluoroscopia da Deglutição identificou alterações esofágicas em um terço dos pacientes com queixa de disfagia cervical, principalmente no grupo sem diagnóstico etiológico pré-estabelecido. / Introduction: Videofluoroscopic Swallowing Study (VFSS) is a dynamic exam and allows the evaluation of the complete swallowing process. However, most published studies have only reported alterations in the oropharynx and pharyngoesophageal transition, leaving the analysis of the esophagus an under researched area. The goal of this study was to investigate the prevalence of alterations in the esophageal phase thorough VFSS in patients with cervical dysphagia. Methods: Consecutive patients with cervical dysphagia who underwent VFSS including esophageal analysis between May 2010 and May 2012 had their exams retrospectively reviewed. Patients were classified into two groups: Group I - without a pre-established etiological diagnosis and Group II - with neurological disease. During the exam, the patients ingested three different consistencies of food (liquid, pasty and solid) contrasted with barium sulfate and 19 items were analyzed according to a protocol. The esophageal phase was considered abnormal when at least one of the evaluated items was compromised. Results: Three hundred and thirty-three (n = 333) consecutive patients were studied - 213 (64%) in Group I and 120 (36%) in Group II. Esophageal alterations were found in 104 (31%) patients, with a higher prevalence in Group I (36,2%), especially on the items esophageal clearance (16,9%) and tertiary contractions (16,4%). It was observed that 12% of individuals in Group I only presented alterations on the esophageal phase. Conclusion: Evaluation of the esophageal phase of swallowing during VFSS detects abnormalities in patients with cervical dysphagia, especially in the group without pre-established etiological diagnosis.
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Estudo da funcionalidade da deglutição, ingestão alimentar e perfil nutricional de pacientes após acidente vascular cerebral. / Study of swallowing function, food intake and nutritional profile of patients after strokeDias, Cilene Bicca, 1982- 18 August 2018 (has links)
Orientador: Lucia Figueiredo Mourão / Dissertação (mestrado profissional) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-18T00:37:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2011 / Resumo: O acidente vascular cerebral (AVC) é uma doença cérebro-vascular, sendo uma das maiores causas de mortalidade em todo o mundo. Os principais fatores de risco para as doenças cardiocerebrovasculares são: hipertensão, a obesidade e o sobrepeso, o diabetes, dietas aterogênicas. Dentre as seqüelas mais encontradas estão: alteração motora global, complicações respiratórias, nutricionais e na deglutição. Este trabalho tem como objetivo, avaliar aspectos clínicos, nutricionais e da deglutição em sujeitos após AVC acompanhados em um Hospital Público Terciário da cidade de Campinas/ SP. Estudo de corte transversal, os sujeitos da pesquisa realizaram avaliação da deglutição e nutricional. Foi realizada o exame endoscópico da deglutição (FEES) com base no procedimento realizada a classificação da severidade da disfagia (SD) e a funcionalidade da ingestão oral (Functional Oral Intake Scale - FOIS). Para traçar o perfil nutricional desta população, utilizaram-se métodos antropométricos, anamnese e recordatório alimentar de 24 horas. Os sujeitos foram avaliados no ambulatório de Otorrinolaringologia/disfagia de um hospital terciário do interior do estado de São Paulo. Foram incluídos sujeitos que tiveram AVC (até 1 ano). Realizou-se análise estatística dos dados e adotou-se como nível de significância p<0,05.Resultados: População constituiu-se de 38 sujeitos, sendo 21 do gênero masculino, com idade de média 60 anos e 17 do gênero feminino com idade média 59 anos. Destes 34 eram hipertensos e 19 diabéticos. O número de AVC se único ou múltiplo para mulheres e homens foram respectivamente: 9 e 8; 14 e 7. As médias dos dados bioquímicos encontram-se dentro do padrão de recomendação. Houve correlação positiva de modo estatisticamente significante entre as variáveis: idade com circunferência abdominal; IMC com as circunferências abdominal, da cintura, do braço, peso corporal. Além do percentual de gordura com a circunferência abdominal. Na avaliação da deglutição os sujeitos apresentaram classificação para FOIS de nível 5,6,7, respectivamente 73%, 8%, 19%; a severidade da disfagia 23% normal, 58% leve, 15% moderado, 4% severa. A média dos dados antropométricos foram: IMC 25,76kg/m2; circunferência da cintura 92,3cm; circunferência abdominal 99,44cm. A ingestão alimentar apresentou-se acima das recomendações diárias para carboidratos, proteínas e lipídios. Ao correlacionar diabetes, hipertensão, número de AVC com a SD e a FOIS, verificou-se que não houve correlação estatística significativa entre SD e hipertensão (r= 0,196), e diabetes (r= 1,177), nem entre o número de AVC e funcionalidade (r=0,29) ou SD. No entanto, identificou-se correlação moderada entre FOIS e diabetes (r= 0,0496) e hipertensão (r= 0,0376). Conclui-se que os sujeitos desta pesquisa possuem hábitos alimentares inadequados, alto consumo de nutrientes calóricos, baixa ingestão de alguns nutrientes não calóricos. O peso, IMC e circunferências da cintura e abdominais estavam acima do recomendado. Entretanto, a manutenção destes fatores parecem não apresentar correlação com a recorrência de AVC. O Diabete favorece o AVC recorrente. Foram encontradas correlações positivas de modo estatisticamente significantes entre FOIS com diabetes e hipertensão, e das variáveis: idade com Circunferência abdominal; IMC com a circunferência abdominal, da cintura e do braço, peso corporal. Além do percentual de gordura com a circunferência abdominal. A média dos exames bioquímicos encontra-se, em sua maioria, dentro dos valores de referência / Abstract: Stroke is a cerebrovascular disease, being a major cause of mortality worldwide. The main risk factors for diseases cardiocerebrovasculares are hypertension, obesity and overweight, diabetes, atherogenic diets. Among the most frequent sequel are: global motor impairment, respiratory complications, nutritional and swallowing. This study has a purpose to analyze clinical aspects, nutritional and swallowing of the stroke subjects in the tertiary hospital of the Campinas city. Cross-sectional study, the subjects were submitted to nutritional and swallowing evaluation. To swallowing evaluation were realized the Fiber endoscopic evaluation swallowing (FEES) and degreed the dysphagia severity (DS) and Functional Oral Intake Scale (FOIS). To trace the nutritional profile of this population was used anthropometric methods, history and food record of 24 hours. We included all subjects after a recent stroke event (up to 1 year). Was conducted statistical analysis and adopted the significance level of p <0.05. Results: Population composed of 38 subjects, 21 males, mean age 60 years and 17 female, mean age 59. Of these 34 are hypertensive and 19 diabetic subjects. The number of single or multiple strokes if women and men are respectively: 9:8, 14:7. The means of the biochemical test were within the recommended standards. A positive correlation was a statistically significant between the variables: age with waist circumference, BMI and waist circumferences, waist, arms, body weight. Besides the percentage of fat with waist circumference. In the evaluation of swallowing the subjects showed the following classification for FOIS level 5,6,7, respectively 73%, 8%, 19%, the severity of dysphagia by 23% normal FEES, 58% mild, 15% moderate, 4% severe. Mean anthropometric data: BMI 25.76 kg/m2, waist circumference 92.3 cm, waist circumference 99.44 cm. The food intake presented above daily recommendations for carbohydrates, proteins and lipids. By correlating diabetes, hypertension, number of strokes with the FOIS and DS was realized that there was no statistical correlation between DS and hypertension (r = 0.196) and diabetes (r = 1.177), nor between the number of strokes and functionality (r = 0.29) or DS. However, we identified a moderate correlation between FOIS and diabetes (r = 0.0496) and hypertension (r = 0.0376). It is concluded that the subjects in this study have poor dietary habits, high caloric intake of nutrients, low intake of some nutrients, non-caloric. Subjects maintain weight, BMI and waist circumference and abdominal higher than recommended. Although the maintenance of these factors seem not present correlation with the recurrence of stroke. The Diabetes favors recurrent stroke. Positive correlations were found between a statistically significant FOIS with diabetes and hypertension, and the variables of age with waist circumference, BMI and waist circumference, waist and arm, body weight. Besides the percentage of fat with waist circumference. The average biochemical lies mostly within the reference values / Mestrado / Interdisciplinaridade e Reabilitação / Mestre em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
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Interferencia da hiperextensão cervical na deglutição de crianças com paralisia cerebral / Interference of cervical hyperextension in the swallowing in children with cerebral paralisySilva, Alethea Bitar 27 July 2007 (has links)
Orientador: Simone Aparecida Capellini / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-09T09:22:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2007 / Resumo: O objetivo deste trabalho foi comparar o mecanismo de proteção de vias aéreas no processo de deglutição de crianças com paralisia cerebral, considerando dois padrões posturais. Foi realizada avaliação videofluoroscópica da deglutição em 18 crianças de dois a 13 anos, de ambos os sexos, portadoras de paralisia cerebral do tipo tetraparética espástica, atetósica ou mista, que se alimentam, habitualmente, em posição de hiperextensão cervical. Foram oferecidos: 3 e 5ml de alimento opaco nas consistências pastosa fina e líquida, além de deglutição livre em posição sentada a 90º e em hiperextensão cervical. A análise dos eventos de aspiração e penetração foi feita de acordo com uma escala de oito pontos (Penetration-Aspiration Scale), segundo Rosenbek et al. (1996), determinados pela profundidade que o material passa pela via aérea e se o material que entra é ou não expelido. O mecanismo de proteção das vias aéreas no processo de deglutição de crianças com PC foi tão favorável à aspiração traqueal no padrão de hiperextensão cervical, quanto no posicionamento a 90º. Com o posicionamento em hiperextensão cervical, as crianças deglutiram o menor volume, na consistência líquida, com mais segurança para as vias aéreas, quando comparado à deglutição de 5ml e à deglutição livre da mesma consistência e posicionamento. Não houve diferença estatisticamente significante entre as consistências testadas. A idade das crianças não apresentou relação com a proteção das vias aéreas nas diferentes consistências e volumes oferecidos nos dois posicionamentos / Abstract: The objective of this paper is to compare the airway protection mechanism during the swallowing in children with cerebral palsy (CP), in two standard postures. The videofluoroscopy evaluation of swallowing was carried out in 18 children from two to 13 years old, from both genders, carriers of specific cerebral palsy conditions: spastic tetraparetic CP, atetosic CP or mixed who are usually fed in cervical hyperextension position. They were offered 3 and 5ml of two opaque food textures: thin paste food and liquid, and also free swallowing in seated position at 90º and cervical hyperextension. The analyses of aspiration and penetration events were conducted following an 8 level-scale (Penetration-Aspiration Scale), according to Rosenbek et. al. (1996), defined by the deepness that the material reaches across the airway and whether the material that enters is expelled or not. The cervical hyperextension was not an efficient compensation and that the swallowing process in this position was as favorable to the traqueal aspiration, as the swallowing process with positioning at 90º. With positioning in cervical hyperextension the children swallowed the smaller volume (3ml), in the liquid texture, with more safety to the airway, compared to the 5ml swallowing and the free swallowing of the same texture and positioning. There were not statistically significant differences between the children swallowing seated at 90º position and in cervical hyperextension; the same occurred with the tested food textures. Ultimately, could be also observed that the children¿s age did not present correlation with the answers obtained with any of the remained variables / Doutorado / Ciencias Biomedicas / Doutor em Ciências Médicas
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Estudo da tarefa motora de fala alternada em idosos e suas relações com medidas temporais de deglutição / Correlation study of speech alternating motion rate and temporal measures of swallowing in the elderlyDias, Debora Aviz Bastos 15 August 2018 (has links)
Orientadores: Maria Elena Guariento, Lucia Figueiredo Mourão / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-15T17:36:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2009 / Resumo: O processo de envelhecimento do corpo está relacionado às mudanças orgânicas e funcionais, envolvendo a deterioração das estruturas laríngeas, faríngeas, e os articuladores ao nível de sistema estomatognático, diminuindo assim a capacidade das funções, como, a deglutição e articulação. Há relato sobre as características da deglutição na população idosa, porém, observa-se carência de estudos que descrevam valores de referência quanto à velocidade e duração do movimento motor de fala. Objetivo: Caracterizar medidas de tarefa motora de fala alternada em idosos e correlacionar tais medidas com os intervalos de duração obtidos em fases oral e faríngea da deglutição. Métodos: Participaram desta pesquisa um total de 53 indivíduos, sendo 28 adultos com faixa etária entre 18 e 59 anos (Grupo I), 14 idosos com idade entre 60 e 79 anos (Grupo II), e 11 idosos com idade maior que 80 anos (Grupo III). Foram obtidas as medidas da tarefa motora de fala alternada (TMFA) e analisados os parâmetros de duração média do período (AVP), taxa média de sílabas por segundo (AVR) e coeficientes de variação da produção articulatória (CVP e JIT), em programa computadorizado de análise de voz e fala Multi-speech. Dos 25 idosos, 15 com faixa etária de 60 a 89 anos foram submetidos à videofluoroscopia da deglutição, em que foram ofertados aos indivíduos alimentos na consistência néctar, mel e pudim, sendo calculado a duração das fases da deglutição, quadro a quadro, por meio do software VirtualDub. Resultados: Os resultados permitiram concluir que os idosos apresentaram valores maiores de duração de emissão e valores menores de taxa de sílabas por segundo, quando comparados com o grupo dos adultos. Além disso, os coeficientes de variação da TMFA diferenciaram-se, de forma estatisticamente significante, entre os grupos. Analisando a relação entre as medidas de fala e de deglutição, observa-se correlação positiva e significante (p < 0.05, r = +0.62254) entre os parâmetros de AVP da emissão /A/ e o aumento da duração da fase faríngea durante a deglutição da consistência pudim. Ao mesmo tempo em que se constata correlação negativa e significante (p <0.05; r= -0.56630) entre os parâmetros de AVP da emissão /KA/ e a duração do movimento motor de dorso de língua durante a deglutição para a consistência pudim. Conclusão: Os dados obtidos de TMFA são diferentes em indivíduos idosos, em comparação aos adultos, e não parecem apontar para progressões quanto à habilidade de produção para cada tipo de emissão. Para melhor investigação e definição sobre as diferenças entre os grupos II e III no que se refere à facilidade de produção das sílabas, torna-se interessante analisar amostras maiores de idosos. Além disso, pelos resultados encontrados, não é possível determinar se a agilidade motora, necessária durante a TMFA, esteja diretamente relacionada ao grau de força muscular exigida nas fases da deglutição. Estes resultados iniciais requerem definição e confirmação desta correlação em estudos longitudinais e com amostras maiores de idosos / Abstract: The aging process of the body is related to organic and functional changes, involving the deterioration of the laryngeal, pharyngeal and articulation systems and reducing some functional abilities, such as swallowing and speech. There are studies of characteristics of swallowing in the elderly, however, there is a lack of studies that describe the reference values of rate and duration in the speech alternating motion rate (AMRs). Objective: describe measures of speech alternating motion rate in the elderly and correlate these measures with temporal measures obtained in oral and pharyngeal phases of swallowing. Methods: Participants were 28 adults aged between 18 and 59 years (Group I), 14 elderly patients aged 60 to 79 years (Group II) and 11 elderly patients older than 80 years (Group III). They performed alternating motion rate with emissions /PA/, /TA/, /KA/ and /A/. The collected samples were analyzed through appropriated software, namely KAYPENTAX Motor Speech Profile. The investigated parameters were the average consonant-vowel period (AVP) and the average syllables per second rate (AVR). In total, 15 elderly individuals, aged between 60 and 89 years, were underwent videofluoroscopy of swallowing. Researchers offered to individuals in food consistency thin liquid, honey and pudding. Next, the duration of various phases, were calculated, frame by frame (ms) by the software Virtual Dub. Results: The results showed that the elderly had higher values of emission duration and lower values of rate of syllables per second, compared with the group of adults. Moreover, the coefficients of variation of AMRs were different and were statistically significant between the groups. It was observed a positive and significant correlation (p < 0.05) between the AVP and AVR parameters of the /A/ and the increasing of the duration of the pharyngeal phase during swallowing pudding consistency, which was not observed in the liquid. The AVP and AVR measures for /PA/ were correlated in a positive way with the oral phase duration. Conclusion: Data from AMRs are different in the elderly compared to adults, and not seem to indicate progression of the ability of production for each type of emission. To further research and definition of the differences between groups II and III with regard to ease of production of syllables, it is interesting to analyze larger samples of elderly. Although there is correlation between the duration of the vocal folds movement for /A/ and the duration of the pharyngeal phase of swallowing in the pudding consistency, it is not possible to determine the glottal motor agility, needful in the AMR, is directly related to the required muscle strength in the pharyngeal phase of viscous consistency. These initial results require confirmation and definition of this correlation in longitudinal studies and with larger samples of elderly / Mestrado / Gerontologia / Mestre em Gerontologia
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Resultados imediatos e tardios do tratamento cirurgico do megaesofago não avançado pela tecnica de Heller-Pinotti : laparotomia versus laparoscopia / Early and late results of surgical teatment of the not advanced megaesophagus by Heller-Pinotti technique : laparotomy versus laparoscopyLopes, Luiz Roberto, 1956- 16 May 2008 (has links)
Tese (livre-docencia) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-11T10:22:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2008 / Resumo: O megaesôfago caracteriza-se por destruição dos plexos intramurais de Auerbach de caráter irreversível e progressivo, aperistalse do corpo, contrações sincrônicas, relaxamento incompleto ou ausente do esfíncter inferior, levando a estase alimentar, dilatação e alongamento do órgão, interferindo significativamente com a alimentação. No Brasil, a Doença de Chagas é o mais comum agente do megaesôfago, assumindo importância no contexto epidemiológico e de saúde pública, pois atinge cerca de 10 milhões de pessoas, restringindo a expectativa de vida e a capacidade de trabalho. A disfagia é o sintoma mais importante, podendo vir acompanhada de outras queixas. O diagnóstico do megaesôfago é dado pelo estudo radiológico contrastado, que permite a classificação em graus, variando em I, II e III (não avançado) e IV (avançado). O tratamento cirúrgico é o mais utilizado. Entre nós, a técnica de escolha para o megaesôfago não avançado é a cirurgia de Heller-Pinotti. Esta cirurgia clássica sempre foi realizada por laparotomia e, com o advento da videocirurgia, passou a ser realizada também por esta via. O objetivo deste trabalho foi avaliar os resultados imediatos e tardios de dois grupos de pacientes com megaesôfago graus I e II, operados por laparotomia e por laparoscopia. Foram avaliados 67 pacientes operados entre 1994 e 2001 divididos em dois grupos: LPO - 41 pacientes (61,19%) e VLP - 26 pacientes (38,81%), com pelo menos 5 anos de acompanhamento. O sexo masculino predominou (55,22%); a idade média foi 42,46 anos; o megaesôfago grau II ocorreu em 91,04% e a disfagia esteve presente em 98,5%. A etiologia chagásica foi encontrada em 76,12% dos pacientes. Os prontuários foram revistos e um questionário preenchido com os dados de sintomas, exames diagnósticos, cirurgia, complicações intra e pós-operatórias, tempo de evolução, exames pós-operatórios e sintomas na última avaliação. A disfagia foi avaliada pela classificação de Saeed, variando de 0 - incapaz de deglutir a 5 - deglutição normal. No pré-operatório foi de 92,42% entre grau 1 (deglute líquidos com dificuldade e não deglute sólidos) e 2 (deglute líquidos sem dificuldade e não deglute sólidos). A complicação intra-operatória mais encontrada foi a perfuração da mucosa sendo 4 na LPO (9,75%) e 1 na VLP (3,84%) com p>0,05. O tempo médio de internação foi de 3,32 dias na LPO e de 2,54 dias na VLP (p<0,05%). No acompanhamento mínimo de 5 anos, ocorreu melhora da disfagia, sendo encontrado 26,88% de graus 1 e 2 (pré-operatório era 92,42%), com p<0,05% para o grupo geral, que se repetiu nos grupos LPO (94,50% X 26,83) e VLP (92,31% X 26,92%), também com p<0.05%. A dilatação forçada pós-operatória foi realizada em 7 pacientes do grupo LPO (17,07%) e 10 do grupo VLP (38,46%) com p<0,05. A recidiva cirúrgica ocorreu em 5 pacientes (7,46%), sendo 3 do grupo LPO (7,31%) e 2 do grupo VLP (7,69%) com p>0,05. A melhora da disfagia ocorreu de maneira semelhante nos dois grupos mostrando que a técnica de Heller-Pinotti foi eficiente e segura. A via de acesso não interferiu no resultado final da cirurgia. A opção pela cirurgia laparoscópica se dá pelos benefícios inerentes da cirurgia minimamente invasiva. / Abstract: The megaesophagus is characterized by the progressive and irreversible destruction of the Auerbach intramural plexus, aperistalsis of the body, synchronic contractions, incomplete or inexistent relaxation of the lower sphincter causing food stasis, dilatation and elongation of the organ interfering significantly with the feeding process. In Brazil the Chagas disease is the most common agent of the megaesophagus, assuming importance in the epidemiologic and social health context because it reaches 10 millions of people, restricting life expectation and work capacity. Dysphagia is the most important symptom, and it can be followed by other complaints. The diagnosis of the megaesophagus is achieved by the contrasted radiological study of that allows the classification in degrees, varying in I, II, III (not advanced) and IV (advanced). The surgical treatment is mostly used. Among us, the chosen technique for the not advanced megaesophagus is the Heller-Pinotti surgery. This classical surgery has always been done by laparotomy and later, but, with the advent of the video surgery, it could be done by that mean as well. The objective of this assay was to evaluate immediate and late results of two groups of patients with megaesophagus levels I and II, treated by laparotomy and laparoscopy. Between 1994 and 2001, 67 operated patients were evaluated and put in two groups: LPO - 41 patients (61,19%) and VLP - 26 patients (38,81%), for at least 5 years of accompaniment. The patients were mostly male (55, 22%); the average age was 42,46 years old; the megaesophagus level II occurred in 91, 04% and dysphasia in 98,50%. The chagasic etiology was found in 76,12% of the patients. The files were reviewed and a questionnaire was filled with the symptoms data, diagnostic exams, surgery, intra and post-surgery complications, evolution time, post-surgery exams and symptoms in the last evaluation. Dysphagia was evaluated by the Saeed scale, varying from 0 - incapable of swelling to 5 - normal deglutition. After surgery it was 92,42% between level 1 (swallows liquids with difficulty and does not swallow solids) and 2 (swallows liquids with no difficulty and does not swallow solids). The intra-surgery complication that was mostly found was the perforation of the mucosa: 4 in LPO (9,75%) and 1 in VLP (3,84%) with p>0,05%. The average time of hospital internment was 3,32 days for LPO and 2,54 days for VLP (P<0,05%). Those patients with at least 5 years of accompaniment had an improvement of the dysphagia, 26,88% are levels 1 and 2 (after operation was 92,42%), with p<0,05% for the entire group, which happened again in groups LPO (94,50% X 26,83%) and VLP (92,31% X 26,92%), also with p<0,05%. The post-operative forced dilatation was made in 7 patients of the LPO group (17,07%) and in 10 of the VLP group (38,46%) with p<0,05%. The surgical relapse occurred in 4 patients (5,97%), 3 of the LPO group (7,31%) and 1 of the VLP group (3,84%) with p>0,05%. The improvement from dysphagia happened similarly in both groups showing that the Heller-Pinotti technique was efficient and secure. The access way did not interfere in the final results of the surgery. The choice of the laparoscopic surgery is made by the inherent benefits of the minimum invasive surgery. / Tese (livre-docencia) - Univer / Molestias do Aparelho Digestivo / Livre-Docente em Cirurgia
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Indicadores de disfagia na doença pulmonar obstrutiva crônica / Indicators of dysphagia in chronic pulmonary obstructive diseaseRosane de Deus Chaves 03 August 2010 (has links)
Existe uma relação anatômica e funcional entre a respiração e a deglutição, sendo essencial a coordenação temporal entre essas duas funções para manter a ventilação e prevenir a aspiração pulmonar. Alterações no padrão da respiração e da ventilação podem influenciar a coordenação entre deglutição e respiração. Pacientes com doenças pulmonares crônicas podem ser susceptíveis a apresentar alteração na coordenação entre deglutição e respiração devido às alterações funcionais ventilatórias. O objetivo desta dissertação foi identificar sintomas de disfagia em indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), por meio da aplicação de um questionário de triagem de disfagia. Foram avaliados 35 pacientes portadores de DPOC e 35 participantes voluntários pareados por idade e gênero. A caracterização dos participantes do grupo com a DPOC foi realizada pela gravidade da doença (VEF1) e pela dispnéia (escala MMRC). O índice de massa corpórea foi calculado para os participantes de ambos os grupos. A identificação dos sintomas de disfagia foi realizada por meio da aplicação de um questionário de triagem de disfagia. Os participantes com DPOC apresentaram sintomas moderados (p<0,001) e leves (p<0,003) de disfagia quando comparados aos indivíduos sem a doença. A Análise Fatorial permitiu agrupar em fatores as questões que possuíam significados em comum, reduzindo a quantidade de variáveis do estudo. Foram determinados 4 fatores que totalizaram 63,5% da variabilidade da amostra: Fator I - relacionado a função faríngea e proteção da via aérea; Fator II: relacionado a função esofágica e história de pneumonia ; Fator III: relacionado ao estado nutricional; Fator IV: relacionado a função oral. Os sintomas mais freqüentes de disfagia apresentados pelos participantes com DPOC foram relacionados aos fatores: função faríngea e proteção de via aérea (p<0,001); função esofágica e história de pneumonia (p<0,001) e estado nutricional (p<0,001). A variável IMC correlacionou-se com o VEF1 (r=0,567;p<0;001) e com estado nutricional (r= -0,046; p<0,008). A dispnéia correlacionou-se com a função faríngea e proteção de via aérea (r=0,408;p=0,015) e com a função esofágica e história de pneumonia (r= 0,397; p<0,015). O fator função faríngea e proteção da via aérea correlacionou-se com o fator função esofágica e história de pneumonia (r= 0,531; p=0,001). Conclusão: Indivíduos com DPOC apresentam sintomas de disfagia quando comparados a grupo controle. / There is an anatomical and physiological relationship between breathing and swallowing, the temporal coordination between these two functions are essential to maintain ventilation and to prevent pulmonary aspiration. Changes in the breathing and ventilation patterns can have an influence on the coordination of swallowing and respiration. Patients with chronic lung diseases may be susceptible to changes in the coordination between swallowing and breathing due to ventilatory functional changes. The purpose of this research was to identify symptoms of dysphagia in patients with chronic obstructive pulmonary disease (COPD), through the application of a screening questionnaire for dysphagia. Participants of the research were 35 patients with COPD and 35 control volunteers matched by age and gender. The characterization of the participants in the group with COPD was conducted by disease severity (FEV1) and dyspnea (MMRC scale). The body mass index was calculated for participants in both groups. The identification of the symptoms of dysphagia was achieved by applying a screening questionnaire for dysphagia. Participants with COPD had moderate symptoms (p<0,001) and mild symptoms (p<0,003) of dysphagia when compared to subjects without the disease. The factor analysis allowed grouping in factors the questions that had meanings in common, reducing the amount of study variables. It was determined that four factors totaled 63,5% of the variability of the sample: Factor I - related to pharyngeal function and airway protection; Factor II: related to esophageal function and history of pneumonia; Factor III: related to nutritional status; Factor IV: related to oral function. The most frequent symptoms of dysphagia presented by the participants with COPD were related to factors: pharyngeal function and airway protection (p<0,001); esophageal function and history of pneumonia (p<0,001); and nutritional status (p<0,001). The BMI correlated with FEV1 (r=0,567;p<0;001) and nutritional state (r= -0,046; p<0,008). Dyspnea correlated with pharyngeal function and airway protection (r=0,408;p=0,015) and with esophageal function and history of pneumonia (r= 0,397; p<0,015). Pharyngeal function and airway protection correlated with esophageal function and history of pneumonia (r= 0,531; p=0,001). Conclusion: Participants with COPD had symptoms of dysphagia when compared to control group.
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Avaliações clínica fonoaudiológica e videofluoroscópica da deglutição em crianças com suspeita de disfagia / Clinical and videofluoroscopic swallowing assessment in children with suspected dysphagiaLenice de Fatima da Silva-Munhoz 07 November 2014 (has links)
INTRODUÇÃO: São poucos os estudos que descrevem e comparam as avaliações clínicas fonoaudiológica e videofluoroscópica da deglutição em crianças com suspeita de disfagia. Neste estudo, descrevemos os sinais e sintomas clínicos sugestivos de alterações na fase faríngea observados na avaliação clínica e os achados videofluoroscópicos das fases oral, faríngea e esofágica da deglutição; identificamos os sinais e sintomas clínicos associados à presença de alteração na fase faríngea; identificamos os fatores clínicos associados aos sinais e sintomas clínicos sugestivos de alterações na fase faríngea e aos achados videofluoroscópicos das fases oral e faríngea; e verificamos a influência da idade na presença dessas alterações. MÉTODOS: Análise retrospectiva de dados de avaliações clínicas fonoaudiológicas e videofluoroscópicas da deglutição realizadas em 55 crianças de 1 mês a 7 anos e 11 meses de idade. Na avaliação clínica, utilizou-se o Protocolo para Avaliação Clínica da Disfagia Pediátrica. Na videofluoroscopia, analisaram-se alterações nas fases oral, faríngea e esofágica da deglutição. Para a análise estatística, foram utilizados os Testes de Qui-quadrado e Exato de Fisher. RESULTADOS: A alteração na ausculta cervical, tosse, engasgo e dessaturação de oxigênio foram os sinais clínicos mais observados. As alterações de fase oral foram menos frequentes com líquido fino e mais frequentes com pastoso homogêneo. As alterações na fase faríngea foram mais frequentes com líquido fino e menos frequentes com líquido engrossado e pastoso homogêneo. Na fase esofágica, aproximadamente metade das crianças apresentou refluxo gastroesofágico. O engasgo associou-se à penetração laríngea isolada com líquido fino. A prematuridade e os problemas neurológicos associaram-se à dessaturação de oxigênio. Houve associação significativa entre problemas neurológicos e alteração de fase oral e resíduo em valécula e recessos piriformes após a deglutição. O refluxo gastroesofágico associou-se ao desconforto respiratório. Na avaliação clínica, as crianças de 1-6 meses de idade apresentaram menos alteração na ausculta cervical e na qualidade vocal e mais desconforto respiratório; as de 7-14 meses mais alteração na ausculta cervical; as maiores do que 1 ano mais alteração na qualidade vocal. Na videofluoroscopia, as crianças de 1-6 meses de idade apresentaram menos alterações na fase oral e resíduo faríngeo; as de 7-14 meses mais alterações na fase faríngea com líquido fino; as de 15-36 meses mais alterações na fase oral; as maiores do que 37 meses mais alterações na fase faríngea com pastoso homogêneo; as maiores do que 1 ano mais alterações na fase oral e resíduo faríngeo. CONCLUSÕES: Os sinais e sintomas clínicos mais observados foram alteração na ausculta cervical, tosse, engasgo e dessaturação de oxigênio. As alterações na fase oral e faríngea relacionaram-se à diferentes consistências alimentares. O engasgo foi o único sinal clínico associado à penetração laríngea isolada com líquido fino. A dessaturação de oxigênio associou-se à prematuridade e aos problemas neurológicos e o desconforto respiratório ao refluxo gastroesofágico. As alterações de fase oral e resíduo em valécula e recessos piriformes após a deglutição associaram-se aos problemas neurológicos. Constataram-se diferenças para os sinais clínicos relacionadas à idade. Observaram-se alterações nas fases oral e faríngea não esperadas para a idade na população estudada / INTRODUCTION: Studies which report and compare clinical and videofluoroscopic swallowing assessment in children with suspected dysphagia are scarce. In the present study, we reported clinical signs and symptoms that may suggest alterations in the pharyngeal phase, noticed during the clinical assessment and videofluoroscopic findings of oral, pharyngeal and esophageal phases of swallowing; we identified clinical signs and symptoms associated with alterations in the pharyngeal phase; we identified clinical factors associated with clinical signs and symptoms that may suggest alterations in the pharyngeal phase and with videofluoroscopic findings of oral and pharyngeal phases; and we also verified the influence of age on such alterations. METHODS: Retrospective analysis of data from clinical and videofluoroscopic swallowing assessment performed in 55 children with ages between 1 month and 7 years and 11 months. For the clinical assessment, the \"Protocol for Clinical Assessment of Pediatric Dysphagia\" was used. In the videofluoroscopy, alterations in oral, pharyngeal and esophageal phases were analyzed. For the statistical analysis, Chi-square Test and Fisher\'s Exact Test were used. RESULTS: Cervical auscultation alteration, cough, choking and oxygen desaturation were the most common clinical signs observed. Alterations in the oral phase were less frequent with thin liquid and more frequent with smooth puree consistency. Alterations in the pharyngeal phase were more frequent with thin liquid and less frequent with thickened liquid and smooth puree consistency. In esophageal phase, approximately half sample presented gastroesophageal reflux. Choking was associated with isolated laryngeal penetration with thin liquid. Prematurity and neurological disorders were associated with oxygen desaturation. Significant association between neurological disorders and alterations in oral phase and post-swallow residue in valleculae and pyriform sinuses were found. Gastroesophageal reflux was associated with respiratory distress. In the clinical assessment, children aged between 1-6 months showed less cervical auscultation and vocal quality alterations and more respiratory distress; those between 7-14 months presented more cervical auscultation alteration; those older than 1 year showed more vocal quality alteration. In the videofluoroscopy, children aged between 1-6 months showed less alterations in the oral phase and pharyngeal residue; those between 7-14 months showed more alterations in the pharyngeal phase with thin liquid; those between 15-36 months presented more alterations in the oral phase; those older than 37 months showed more alterations in the pharyngeal phase with smooth puree consistency; those older than 1 year presented more alterations in the oral phase and pharyngeal residue. CONCLUSIONS: The most common clinical signs and symptoms were cervical auscultation alteration, cough, choking and oxygen desaturation. Alterations in the oral and pharyngeal phases were related to different food consistencies. Choking was the only clinical sign associated with isolated laryngeal penetration with thin liquid. Oxygen desaturation was associated with prematurity and neurological disorders. Respiratory distress was associated with gastroesophageal reflux. Alterations in the oral phase and post-swallow residue in valleculae and pyriform sinuses were associated with neurological disorders. Differences for clinical signs related to age were verified. Alterations in the oral and pharyngeal phases which were not expected for age of the population studied were noticed
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Biofeedback eletromiográfico como coadjuvante no tratamento das disfagias orofaríngeas em idosos com doença de Parkinson / Adjunctive electromyographic biofeedback in the treatment of oropharyngeal dysphagia in elderly with Parkinsons diseaseMarcela Maria Alves da Silva 22 May 2014 (has links)
Várias doenças neurológicas que acometem idosos cursam com quadro de disfagia orofaríngea, dentre elas, a doença de Parkinson. Na presença de disfagia orofaríngea neurogênica e mecânica, o biofeedback eletromiográfico (EMG) foi descrito como importante modalidade coadjuvante de tratamento, não tendo sido descrita na literatura a aplicação desse método na reabilitação desta população. O objetivo deste trabalho foi verificar a repercussão ao longo do tempo do uso do biofeedback EMG como método coadjuvante na reabilitação da disfagia orofaríngea em idosos com doença de Parkinson. Seis idosos com doença de Parkinson e com diagnóstico de disfagia orofaríngea submeteram-se à avaliação do nível de ingestão oral com a aplicação da escala funcional de ingestão oral (Functional Oral Intake Scale - FOIS), à avaliação da qualidade de vida por meio da aplicação do protocolo SWAL-QOL, bem como à avaliação videfluoroscópica da deglutição de alimentos nas consistências sólida, pudim e líquida. Para classificação do grau da disfunção da deglutição foi utilizada a escala DOSS, enquanto a escala de Eisenhuber foi aplicada para a análise da estase de alimento em orofaringe. Todos os procedimentos foram realizados antes, após três e seis meses da reabilitação fonoaudiológica. Dos seis indivíduos, três foram reabilitados com terapia convencional e três receberam terapia convencional associada ao biofeedback EMG, num total de 15 sessões (três sessões por semana), seguidas de mais três sessões uma vez por semana para acompanhamento. Para análise estatística foi aplicado o teste de análise de variância de medidas repetidas. Os resultados obtidos mostraram não haver diferença estatisticamente significante para o grau da disfagia entre os grupos reabilitados pelas diferentes modalidades, porém ambos os grupos apresentaram diferença significante (p=0,01) entre os resultados anteriores à reabilitação e após três meses. Não foi encontrada diferença entre os grupos e os períodos avaliados para o nível de resíduo alimentar em orofaringe e o nível de ingestão oral. Para a avaliação da qualidade de vida, foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os grupos reabilitados pelas distintas modalidades terapêuticas (p=0,04) e entre os períodos anterior à reabilitação e após três meses (p=0,01). Diante destes achados, conclui-se que ambas as modalidades terapêuticas empregadas resultaram em diminuição do grau da disfagia orofaríngea e melhora da qualidade de vida após três meses da reabilitação, tendo os resultados de qualidade de vida sido superiores para a terapia convencional associada ao biofeedback EMG em todos os períodos. Não foi observado impacto no nível de ingestão oral e na presença de resíduo alimentar em orofaringe. / Several neurological diseases that affect elderly are related with oropharyngeal dysphagia. Parkinsons disease is one of them. The electromyographic (EMG) biofeedback was described as an important adjunctive method in the treatment of neurogenic and mechanical oropharyngeal dysphagia, but there are few studies about the effectiveness of speech therapy treatment in the rehabilitation of this individuals. The objective of this study was verify the influence over the time of EMG biofeedback as an adjunctive method in the treatment of oropharyngeal dysphagia in elderly with Parkinsons disease. Six elderly with Parkinsons disease and oropharyngeal dysphagia were evaluated for the level of oral intake using the Functional Oral Intake Scale (FOIS), for the quality of life using the SWAL-QOL questionnaire and for videofluoroscopy of swallowing of solid, pudding and liquid consistencies. The severity of dysphagia was obtained using the Dysphagia Outcome and Severity Scale DOSS and the level of food residue in oropharynx was obtained using Eisenhuber scale. All procedures were realized before, after three months and after six months of speech therapy treatment for oropharyngeal dysphagia. From the six individuals, three were treated with conventional therapy for oropharyngeal dysphagia and three were treated with conventional therapy using adjunctive EMG biofeedback, in a total of 15 sessions (three times a week), followed by three sessions (once a week) for maintenance. The statistical analysis used was repeated measures analysis of variance test. The results didnt have significant difference for severity of dysphagia between groups treated with different speech therapy, but had significant difference between the times before and after three months of rehabilitation (p=0.01). For the levels of food residue and oral intake were not seen statistical difference between the groups and the different times. The quality of life assessment showed significant difference between the groups treated with different speech therapy (p=0.04) and the times before and after three months of therapy (p=0.01). We concluded that both modalities of therapy resulted in decrease of severity of dysphagia and improve in quality of life after three months of rehabilitation, with the results for quality of life being superior for conventional therapy using adjunctive EMG biofeedback at all times. Impact in the level of oral intake and food residue in oropharynx were not observed.
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Deglutição, estado nutricional e fluxo salivar em indivíduos após tratamento do câncer de cabeça e pescoço / Deglutition, nutritional status and salivary flow in patients after treatment for head and neck cancerMariana Inri de Carvalho 28 February 2018 (has links)
O tratamento do câncer de cabeça e pescoço acarreta consequências ao sistema estomatognático, à alimentação e à condição nutricional, porém pouco se sabe sobre a evolução dos pacientes em relação a tais aspectos após o término do tratamento antineoplásico. O presente estudo teve como objetivo verificar a relação entre a função de deglutição, o estado nutricional e o fluxo salivar em indivíduos após o tratamento do câncer de cabeça e pescoço. Foram incluídos no estudo 17 pacientes (14 homens e 03 mulheres) com média de 53 anos. A deglutição foi avaliada por meio dos exames de videofluoroscopia e eletromiografia de superfície (EMGs) dos músculos masseteres, orbicular da boca e supra-hioideos, o estado nutricional através da antropometria (IMC, CMB e %GC), a avaliação dietética com o recordatório alimentar de 24 horas e o fluxo salivar foi avaliado com estímulo mecânico. A análise dos exames demonstrou que 66,7% dos pacientes apresentaram deglutição com limitações funcionais, na escala de resíduos 58,3%, 66,7% e 58,3% com média de uma linha bário na estrutura para as consistências pudim, mel e liquida, respectivamente, enquanto a penetração laríngea esteve presente para 8,3% durante a deglutição de líquido. Na EMGs o tempo de atividade muscular durante a deglutição de pudim foi acima dos valores de normalidade, os valores da amplitude da atividade elétrica foram muito semelhantes para os músculos estudados, o que não é esperado em indivíduos sem alterações funcionais na deglutição. A avaliação antropométrica indicou que 41,2% estavam em eutrofia, segundo o IMC. As avaliações do tecido muscular e adiposo indicaram eutrofia em 52,9% e 41,2%, respectivamente. Na avaliação dietética foi verificado que 64,7% tinham seu consumo de energia acima do ideal, mas com ingestão de carboidratos, proteínas e lipídeos dentro da normalidade, sendo que 53,4% dos pacientes consumiam micronutrientes abaixo de suas necessidades. O exame de Fluxo Salivar com estímulo mecânico mostrou que 82,3% estavam com produção de saliva muito abaixo do adequado. Houve correlação significante entre a reserva de tecido muscular e o tempo da atividade muscular durante a deglutição, bem como entre o consumo de Sódio e Cálcio com a amplitude da atividade elétrica muscular para os músculos masseteres e orbicular da boca, nas consistências líquida e mel, respectivamente. Não foi encontrada correlação entre os dados das avaliações de deglutição e do fluxo salivar. Portanto, para os participantes da presente pesquisa foi verificada relação entre a deglutição e o estado nutricional, mostrando que a ingestão adequada de proteínas e dos micronutrientes sódio e cálcio influencia a atividade muscular durante a deglutição nos sobreviventes do câncer de cabeça e pescoço. / The treatment of head and neck cancer leads to consequences in the stomatognatic system, nourishment and nutritional condition. However, little is known concerning these factors in relation to the evolution of patients after the antineoplastic treatment is finished. The current study aimed to verify the connection among deglutition function, nutritional status and salivary flow in patients after treatment for head and neck cancer. The study has included 17 patients (14 men and 03 women), 53 years old average. The deglutition was evaluated through videofluoroscopy tests and surface electromyography on masseter muscles, orbicularis of the mouth and supra hyoids. The nutritional status was assessed through anthropometry (ICM, CMB and %GC) and diet evaluation by using a 24-hour food inventory, and the salivary flow was evaluated through mechanical stimuli. The analyses indicated that 66.7% of patients presented deglutition with functional limitations, with a waste scale of 58.3%, 66.7% and 58.3% with average of barium line in the structure to pudding, honey and liquid consistency, respectively, while laryngeal penetration reached 8.3% during liquid deglutition. For the surface electromyography, during flan deglutition, the time of muscle activity was above normal values. The values obtained from the electrical activity ampleness were similar to the studied muscles, which is not prospective in patients who do not have functional changes in deglutition. The anthropometric evaluation showed 41.2% of patients had eutrophy, according to ICM. The evaluation of muscle and adipose tissue showed eutrophy in 52.9% and 41.2%, respectively. The diet evaluation indicated that 64.7% had their energy consumption above the levels considered ideal, however, carbohydrates, proteins and lipids ingestion were normal, considering that 53.4% of patients ingested fewer micronutrients than necessary. The salivary flow test using mechanical stimulus showed that 82.3% had saliva production far below adequate. There was a significant correlation between muscle tissue reserve and time of muscle activity during deglutition, as well as Sodium and Calcium consumption with amplitude of muscular electrical activity for masseter muscles and orbicularis of the mouth, for liquid and honey consistency, respectively. No correlation between data of deglutition evaluations and salivary flow was found. Therefore, the relation between deglutition and nutritional status was established in the study, pointing that the adequate ingestion of proteins, sodium and calcium micronutrients affects muscle activities during deglutition in patients who survived head and neck cancer.
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