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Jornada no plural, gênero no feminino:considerações sobre a relação entre trabalho doméstico e valor / The invisible workday of women: reflections on the relation between domestic work and value

Silva, Geice Queila de Lima 02 May 2013 (has links)
The unpaid domestic work is the object of our analysis, socially identified as the place of women, where the use of time is invisible to the "world of work". We conducted a literature review with analysis of primary data (previous research) and secondary data; traversed the theoretical- methodological way from Marx to seek the understanding of what are the ontological and contemporary work activities, revisiting how social reproduction is processed and how domestic work is set. Research results show that women work more than men in almost all societies, particularly in rural regions of so-called "developing countries", as we could observed in the State of Alagoas, and in surveys conducted by the research group Gender and Human Emancipation - CNPq. Throughout the history of private property, the activities of social reproduction were allocated to an ever more private space. In capitalism, this process has its basic core in the domestic space; that in this mode of production is separated from the production of goods. This separation characterizes the basis of the current system of sociosexual division of labor, with a sense of economic, cultural and political characters. There is unpaid domestic work useful to capital, an outsourcing of free time socially necessary to the maintenance of the offspring. Unpaid domestic work also contributes to the replacement of the commodity labor power, which plays a part in the production value of this commodity. It is a social use value that is different than the social value resulting from any form of production, which is naturalized by the patriarchal ideology. Contemporary developing societies, demonstrate current government policies of private regulation of collective demands of reproduction, called compensatory policies, deepen the locus of the house as the female space preferred. There is a “natural feminine workday”, supported ideologically by the feminization of social demands of motherhood, which must be addressed for a better understanding of the role of unpaid domestic work in the logic of capitalist exploitation. / Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Alagoas / O trabalho doméstico não remunerado é o objeto de nossa análise, identificado socialmente como o lugar do feminino, em que o uso do tempo é invisível ao “mundo do trabalho”. Realizamos pesquisa bibliográfica com a análise de dados primários (pesquisas anteriores) e secundários; percorremos o caminho teórico-metodológico a partir de Marx, para buscar o entendimento do que são as atividades de trabalho ontológico e contemporâneo, como se processa a reprodução social e como se situa o trabalho doméstico. Resultados de pesquisas evidenciam que as mulheres trabalham mais do que os homens em quase todas as sociedades, particularmente em regiões rurais dos chamados “países em desenvolvimento”, a exemplo do que pudemos observar no Estado de Alagoas, em pesquisas realizadas pelo grupo de pesquisa Gênero e Emancipação Humana - CNPq. Ao longo da história da propriedade privada, as atividades de reprodução social foram alocadas a um espaço cada vez mais privado; no capitalismo, esse processo tem seu núcleo básico no espaço doméstico, que, nesse modo de produção, é separado da produção de bens. Esta separação caracteriza a base do atual sistema de divisão sociossexual do trabalho, com sentido de caráter econômico, cultural e político. Há um trabalho doméstico não remunerado útil ao capital, uma terceirização gratuita do tempo socialmente necessário à manutenção da prole e à reposição da mercadoria força de trabalho, que contribui para a produção de parte do valor dessa mercadoria. Trata-se de um valor de uso social que, diferentemente do valor de uso social resultante de toda a forma de produção, é naturalizado pela ideologia patriarcal. Nas sociedades contemporâneas em desenvolvimento, as atuais políticas governamentais de regulação privada das demandas coletivas de reprodução, as chamadas políticas compensatórias, aprofundam o lócus da casa como o espaço feminino preferencial. Há uma “jornada feminina natural”, sustentada ideologicamente pela feminização das demandas sociais da maternidade, que deve ser enfrentada para a maior compreensão do papel do trabalho doméstico não remunerado na lógica da exploração capitalista.
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REPRESENTAÇÕES SÓCIO-RELIGIOSAS DO TRABALHO DOMÉSTICO: UMA LEITURA DE GÊNERO ENTRE BATISTAS NA CIDADE DE SÃO PAULO / Social religious representations of domestic work: a gender approach amongst Baptists in São Paulo

Santos, Naira Carla Di Giuseppe Pinheiro dos 04 September 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-03T12:18:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Naira Carla Di Gioseppe.pdf: 1335819 bytes, checksum: 3c48fa72581516a74cc4ca8b5e5b8fbb (MD5) Previous issue date: 2006-09-04 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The movements of social plea that had place in years 60 had brought new perspectives for the women, having verified themselves increasing insertion of these in the work market. However, the persistence of the domestic work under dominant responsibility of the women, exactly in this context where the indices of feminine participation in the work market if raise, has called the attention for the subjective constraints and partner-cultural order as decisive elements amongst that they cooperate to the maintenance of this picture. That is, the inequality persists in face of the persistence of sexual hierarchies that continue to delimit the place of the women and that they find in the religions its privileged locus of production and reproduction. It is in the context of the Baptist symbolic economy, where the traditional representations of the man as head and of the woman as help meet , wich means the man as supplier and the woman as wife and mother, responsible for the domestic tasks, that we approach here the problematic one of the sexual division of the work, while and from the practices and representations of Baptists in São Paulo. At the same time where the Baptist s religious speech affirms and ratifies the sexual division of the work, he is subject to the social requests for changes in the gender relations, favoring the mobilization of religious doctrines egalitarians gifts between the Baptists. It is therefore, in a dynamic perspective of tensions between the advances and permanencies in the practical ones of gender to the level of the society amplest, and that they are placed in such a way from the cultural values of this, as much as the material and structural conditions found there, and of tensions between the process of secularization and ethical commitment that the practical and representations of gender searched between the Baptists remain while they change and they advance while they remain. / Os movimentos de contestação social que tiveram lugar nos anos 60 trouxeram novas perspectivas para as mulheres, verificando-se crescente inserção destas no mercado de trabalho. No entanto, a persistência do trabalho doméstico sob responsabilidade dominante das mulheres, mesmo nesse contexto em que os índices de participação feminina no mercado de trabalho se elevam, tem chamado a atenção para os constrangimentos de ordem subjetiva e sócio-cultural como elementos decisivos dentre os que cooperam para a manutenção desse quadro. Ou seja, a desigualdade persiste em face da persistência de hierarquias de gênero que continuam a delimitar o lugar das mulheres e que encontram nas religiões o seu lócus privilegiado de produção e reprodução. É no contexto da economia simbólica batista, em que as representações tradicionais do homem como cabeça e da mulher como auxiliadora significam o homem como provedor e a mulher como esposa e mãe, responsável pelos afazeres domésticos, que abordamos aqui a problemática da divisão sexual do trabalho, enquanto e a partir da representação e prática de sujeitos religiosos batistas paulistanos. Ao mesmo tempo em que o discurso religioso batista afirma e ratifica a divisão sexual do trabalho, está sujeito às solicitações sociais por mudanças nas relações de gênero, favorecendo a mobilização de doutrinas religiosas igualitárias presentes entre os batistas. É, portanto, numa perspectiva dinâmica de tensões entre os avanços e permanências nas práticas de gênero ao nível da sociedade mais ampla, e que se colocam tanto a partir dos valores culturais desta, quanto a partir das condições materiais e estruturais encontradas aí, e de tensões entre o processo de secularização e compromisso ético que as representações e práticas de gênero entre os batistas pesquisados permanecem enquanto se transformam e avançam enquanto se mantêm.
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Pracovní spokojenost au-pair / Au-pair job satisfaction

Tomíšková, Tereza January 2013 (has links)
The topic of the following diploma thesis is the explanation of the concept of job satisfaction while holding an au-pair position. The aim of this thesis is to analyze the job satisfaction young women (or men), who go abroad to work as au-pair, can feel. The first part of the analysis consists in a theoretical assessment of the mentioned topic, that is to say provide the reader with basic terminology and information about this area of domestic work; we will also sketch out the main factors influencing the most the feeling of satisfaction of au-pair workers. The second and more practical part will feature a description of different types of au-pair workers, including their rights and obligations. The research has been based on in-depth interviews and its aim was to provide detailed and insightful answers to the problematic mentioned above; thanks to the analysis and its gathered results, we have been able to point out the main issues and to suggest adequate and concrete solutions that could boost and increase job satisfaction in this profession.
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Cleaning off stigmas: Domestic work and collective identity building in Uruguay.

Achotegui Sebastian, Elena January 2021 (has links)
Domestic work and care tasks have historically been assigned to women and have never been considered as real work, as they happen within the private scene of the home in both its forms, salaried and unpaid. Due to this conception, dating back from the servitude and slavery systems of the colonial era, and rooted in the patriarchal structure of societies, domestic workers have struggled, and still struggle today in many countries to see their rights recognised. They face stigma and lack an institutional back up. In this sphere, Uruguay sets an example, with one of the most advanced legislations on domestic work in the world after a tripartite negotiation that happened in 2006 between representatives of domestic workers and employers as well as the mediation of the executive power. This research aims to see how the change in legislation changed domestic workers lives and what impact these changes had in the social shared thought. It also looks at the collective identity building of domestic workers in Uruguay through the conduction of interviews with members of the domestic workers’ union, the SUTD. Did the legislative change bring about a cultural change? What lessons can we learn from the Uruguayan case?
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Geringfügige Beschäftigung und haushaltsnahe Dienstleistungen im Spannungsfeld von Familien- und Arbeitsmarktpolitik : Schaffung eines Frauenarbeitsmarktes im Niedriglohnsektor oder Lösung des Vereinbarkeitsdilemmas? ; Eine Analyse am Beispiel des 2. Gesetzes für moderne Dienstleistungen am Arbeitsmarkt und des Familienleistungsgesetzes

Visel, Stefanie January 2010 (has links)
Die Magisterarbeit beschäftigt sich mit der politischen Förderung der geringfügigen Beschäftigung sowie der Inanspruchnahme haushaltsnaher Dienstleistungen und deren Bedeutung für eine gleichstellungsorientierte Familien- und Arbeitsmarktpolitik. Als Ausgangspunkt wird die Frage gestellt, ob geringfügige Beschäftigung und haushaltsnahe Dienstleistungen einen Arbeitsmarkt für Frauen im Niedriglohnsektor schaffen oder ob sie eine Perspektive zur besseren Vereinbarkeit von Erwerbsarbeit und Carearbeit bieten. Dazu wird die Perspektive der Beschäftigten in sogenannten Minijobs als auch der NutzerInnen haushaltsnaher Dienstleistungen analysiert. Als theoretischer Rahmen liegt der Arbeit die These der geschlechterkritischen, vergleichenden Wohlfahrtsstaatforschung zugrunde, dass Policies familialisierende und defamilialisierende Wirkungen haben können. Auf Grundlage dieses Rahmens werden zwei Gesetze und deren gleichstellungspolitische Wirkung analysiert (Familienleistungsgesetz und 2. Gesetz für moderne Dienstleistungen am Arbeitsmarkt – Hartz II). Die Arbeit gelangt zu dem Ergebnis, dass trotz der engen Verflechtung der beiden Politikfelder Arbeitsmarkt- und Familienpolitik ein Mismatch zwischen den analysierten Gesetzen besteht. Insbesondere hinsichtlich der geringfügigen Beschäftigung gelangt die Arbeit aus einer gleichstellungspolitischen Perspektive zu dem Urteil, dass sie sich am modernisierten Ernährermodell orientiert und Frauen auf die Rolle als Zuverdienerin festlegt. Auf diese Weise werden Anreize für eine geschlechterspezifische Arbeitsteilung gelegt. / The M.A. thesis deals with current political reforms in the field of family and employment policies. The main question of the analysis is if employment in household and care services is helping to better facilitate work and life balance of women or if they are merely creating feminized jobs in the low wage sector. Based on theories of feminist welfare state research, the policy analysis is looking at recent legislation in Germany promoting employment of domestic workers on the one hand and on the other hand combating irregular employment in private households („Hartz II“, a labour market reform promoting service sector jobs and „Familienleistungsgesetz“ a family policy reform). Focusing on the macro-level the author raised the key question how labour policies regulated domestic work and care work. The analysis concentrates on the objectives of the two recent laws, their implementation and concrete outcomes as well as the political debate. Therefore data from the German employment bureau and the Federal Statistical Office is analysed. Since domestic work mostly affects women - be it as domestic workers to earn a living, or be it as their employers in order to facilitate work and family life – a perspective that allowed investigating the gender equality in Germany is adopted. Therefore the thesis focused not only on domestic workers but also on their employers. In Germany employing domestic workers has become an individual female solution for a general societal problem, the still difficult reconciliation of work and family life.
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Profissão do lar: imposição ou escolha? / Household Profession: imposition or choice?

Bidarte, Marcos Vinicius Dalagostini 21 March 2018 (has links)
Submitted by Karen Britto (karenbritto@unipampa.edu.br) on 2018-05-22T12:53:56Z No. of bitstreams: 1 Vinicius Dalagostini Bidarte - 2018.pdf: 1471983 bytes, checksum: 1049f6daa5737dea5e41ceed588c0d25 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-05-22T12:53:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Vinicius Dalagostini Bidarte - 2018.pdf: 1471983 bytes, checksum: 1049f6daa5737dea5e41ceed588c0d25 (MD5) Previous issue date: 2018-03-21 / A elaboração deste estudo foi orientada pelo objetivo de investigar quem são os sujeitos que abandonaram funções remuneradas no mercado de trabalho para o exercício da profissão do lar, analisando as principais razões para tal atitude e suas implicações para as questões de gênero, domésticas e familiares. Metodologicamente, o estudo caracteriza-se como descritivoexploratório, de abordagem qualitativa, realizado utilizando o método história oral temática. Para a seleção dos sujeitos, utilizou-se a técnica bola de neve, sendo o cenário da investigação limitado, inicialmente, à cidade gaúcha de Santana do Livramento-Brasil. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas com treze profissionais do lar, sendo nove mulheres e quatro homens, entre os meses de agosto e outubro de 2017, com duração média de 1h cada. Os dados foram examinados através da análise textual discursiva. Os resultados revelam que as razões pelas quais os entrevistados abandonaram permanente ou temporariamente o mercado de trabalho, classificadas em ordem de importância decrescente, foram: filhos pequenos, desemprego, familiar idoso e/ou doente, marido, aborrecimentos no emprego, mudança de cidade, sentimento de saudade da família, dupla jornada de trabalho e elevado custo de vida na capital. Essas razões se distinguem entre os entrevistados pela idade, pelas situações sociais e conjugais, pelo contexto econômico, pela escolaridade e pelas relações de trabalho. Ao desagregar as principais razões por imposição/escolha e por gênero, verificou-se o seguinte: mulheres (imposição: desemprego, marido; escolha: maternidade, filhos pequenos), homens (imposição: desemprego; escolha: mudança de cidade). Esses resultados revelam que os homens e as mulheres entrevistadas abandonaram o mercado de trabalho por razões completamente distintas, possuindo, apenas, como razão comum o desemprego. Constatou-se que os homens e as mulheres entrevistadas realizam os mesmos afazeres domésticos, no entanto, no âmbito doméstico e familiar, elas enfrentam dificuldade em compartilhar esses afazeres com seus maridos e/ou com seus filhos do sexo masculino. Os afazeres domésticos consomem muita energia e grande parte do tempo dos entrevistados, sendo maior para elas (4,6 horas diárias; 32,2 horas semanais) do que para eles (3,6 horas diárias; 25,2 horas semanais), e caracterizam-se pela fragmentação, multiplicidade e simultaneidade. Além do sexo, a cor, a escolaridade, o rendimento mensal familiar, o tipo de arranjo familiar, o número e a idade dos filhos e a presença de aparelhos eletrodomésticos constituem variáveis que impactam diretamente sobre a distribuição do tempo dedicado à realização de afazeres domésticos na esfera privada, revelando desigualdades de gênero. O trabalho doméstico é percebido pelos entrevistados, especialmente mulheres, como uma atividade não remunerada, invisível e desvalorizada na esfera privada, tanto pela família quanto pela sociedade. As razões para isso estão profundamente relacionadas com o papel da mulher fundamentado na sociedade patriarcal e com a noção de trabalho elaborada pelo sistema capitalista. É importante, e por isso se faz necessário, pensar em formas de valorizar o trabalho doméstico não remunerado na sociedade brasileira, sendo uma delas a contabilização dos afazeres domésticos no Produto Interno Bruto, por meio da construção de contas-satélites. Enquanto as pesquisas nacionais oficiais continuarem adotando uma visão de trabalho capitalista, o trabalho doméstico e quem o realiza, principalmente as mulheres, continuarão desvalorizados e invisíveis nas esferas privada e social. / The purpose of this study was to investigate who are the subjects who left paid jobs in the labor market in order to become household professionals, by analyzing the main reasons for such an attitude and its implications for gender, domestic and family issues. Methodologically, this study is characterized as descriptive-exploratory, with a qualitative approach, and it is carried out by using the thematic oral history method. In order to select its subjects, this study used the snowball sampling, and the research scenario was initially limited to the city of Santana do Livramento, Brazil. Data were collected between the months of August and October 2017, through semi-structured interviews, with an average duration of 1 hour each, carried out with thirteen household professionals, of whom nine were women, and four were men. Data were examined through discursive textual analysis. Classified in order of decreasing importance, the results reveal that the reasons why the interviewees abandoned permanently or temporarily the labor market were: small children, unemployment, elderly and/or ill relative, husband, job hassle, city changing, the feeling of homesickness, doubled working hours and the high cost of living in the capital. These reasons differ among the interviewees by age, by social and marital situations, by the economic context, by levels of education and by the working relationships. By disaggregating the main reasons as imposition/choice and by gender, the following information were observed: women (imposition: unemployment, husband; choice: maternity, small children), men (imposition: unemployment; choice: city change). These results reveal that the men and women interviewed left the labor market because of completely different reasons – only having unemployment as a common feature. It was found that the men and the women interviewed execute the same household chores, however, in the domestic and familiar spheres, them (the women) face more difficulties in sharing these chores with their husbands and/or with their male children. Household chores consume a great deal energy and a great part of the time of the interviewees – being greater for the women (4.6 hours a day, 32.2 hours a week) than for the men (3.6 hours a day, 25.2 hours a week) and are characterized by fragmentation, multiplicity and simultaneity. Beyond the gender, color, level of education, the family monthly income, the family type of arrangement, the age and the number of children and the presence of household appliances consist in variables that directly affect the distribution of time dedicated to do the household chores in the private sphere, revealing gender inequalities. Domestic work is perceived, by the interviewees, especially the women, as an unpaid, invisible and devalued activity of the private sphere, both by their families and by society. The reasons for this situation are deeply related to the role played by the woman, which is based on a patriarchal society and on the notion of work elaborated by the capitalist system. It is important, therefore, to think about ways of valuing the unpaid household chores in the Brazilian society, one of which is the accounting of domestic chores in the Gross Domestic Product (GDP) through the construction of satellite accounts. As long as official national research continues to adopt a capitalist vision of work, the domestic work, and whoever does it, especially women, will remain devalued and invisible in the private and in the social spheres.
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Libertas entre sobrados: contratos de trabalho doméstico em São Paulo na derrocada da escravidão / Released slaves among houses: Contracts of domestic work in São Paulo in the overthrow of slavery

Telles, Lorena Feres da Silva 22 August 2011 (has links)
A pesquisa acompanha as experiências sociais de mulheres escravas, libertas e descendentes livres, na cidade de São Paulo, durante o último quartel do século XIX, no processo social da transição do trabalho escravo para o livre. Pesquisamos livros de inscrições e de contratos de trabalho livre, exigências previstas pelas Posturas Municipais sobre Criados e Amas de Leite, de 1886. O conjunto de regulamentos vinha formalizar deveres e obrigações para empregadores e trabalhadores livres, no contexto do crescimento urbano acelerado, do processo avançado da abolição e da política imigratória que conduziam para a Capital imigrantes pobres e libertos destutelados. Migrantes das regiões escravistas da Província e daquelas que forneceram escravos para o tráfico interprovincial, africanas livres e nascidas na Capital empregaram-se nas residências das elites e camadas médias urbanas. Vislumbramos as estratégias de sobrevivência das agentes do trabalho doméstico livres e pobres, que a polícia registrava nos anos finais do regime escravista. Afastadas das atividades rentáveis, no contexto de pouca diversificação econômica, ex-escravas e descendentes livres sobreviveram dos parcos ganhos auferidos daqueles serviços socialmente desqualificados, dos quais os membros das elites e classes médias dependiam: fazendeiros, estrangeiros proprietários de hotéis, donos de confeitarias, coronéis, funcionários públicos, profissionais liberais, viúvas pobres e remediadas. Reconstituímos o cotidiano dos variados trabalhos que desempenharam a cozinha, a lavagem e o engomado das roupas, a limpeza da casa, o cuidado e o aleitamento de crianças , transitando entre as ruas, as várzeas dos rios e o tenso ambiente das casas. Das entrelinhas dos textos emergem libertas dispostas a improvisar variadas formas de resistência e recusa à opressão cotidiana. Experimentaram as liberdades possíveis e inegociáveis: recusaram com suas indisciplinas as jornadas extenuantes de trabalho, conquistaram aumentos salariais, cuidaram de seus doentes, compartilharam moradias com seus companheiros e filhos. Abandonando por fim os sobrados, indispuseram-se ao assédio sexual, aos maus tratos e aos baixos ordenados, que nem sempre recebiam: permanências de um escravismo doméstico e persistente, que, com suas práticas, ousaram recusar. / The research assembles the social experiences of slave women, released and free descendants in São Paulo during the last quarter of the nineteenth century, in the social process of transition from slave work to freedom. In order to accomplished our aim, we rummage into the books, subscriptions and free employment contracts, requirements established by Municipal ordinances on Criadas e Amas de Leite, from 1886. The ensemble of regulations was made in order to formalize the duties and obligations for employers and free employees , in the context of hasty urban growth the advanced process of abolition and the immigration policy that led, to the main city, poor immigrants and unruly people. Migrants from provincial slavery region sand those slaveholders who provided slaves to an interprovincial trafficking, mainly free African born, were employed in the elite and urban middle classes residences. We glimpse the survival strategies from poor and free agents of the housework registered by the police during the final years of the slave regime. Displaced from profitable activities in the context of low economic diversification, formers slaves and free descendants survived from meager gains earned from these socially unskilled services of which the members of the elite and middle classes depended and profited: farmers, foreigners hotel owners, colonels, civil servants, professional, widows and poor remedied. Our research attempt to reconstruct the daily life of several jobs that these free women have done in the new social order: the kitchen, washing and ironing clothes, cleaning the house, care and feeding children, traffic in the streets, the riverside and the tense environment of the houses. Reading between the lines of texts, it is possible to observe the existence of released women willing to improvise various ways of resistance and rejection of everyday oppression. Their experience makes possible ways of non-negotiable freedom, refusing, with their misbehavior, the days of exhausting work, consequently, winning wage increases, caring for their patients and the possibility of sharing housing with their partners and children. With the further abandon of the traditional townhouses, they eventually avoid the sexual harassment and the bad treatment: sojourn of domestic and persistent slavery, that these women, with their daily practices, have dared to decline.
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Contra o preconceito: trajetórias de mulheres negras empregadas domésticas em Uberlândia, MG 1980 2008

Silva, Marta Helena Rosa da 22 October 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T19:30:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Marta Helena Rosa da Silva.pdf: 349891 bytes, checksum: 3fc3959afa58f1c2129db27a33b3d8e2 (MD5) Previous issue date: 2010-10-22 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This research focuses on the life of black women who do domestic work professionally in the recent history of the city of Uberlândia. They told their life history in an interview whose field of dialogue is the building of, and the changes in, black people s public image in the local press. This dissertation has three chapters. The first chapter deals with the representation of black people in Correio de Uberlandia newspaper, whose stories and articles have made possible to notice changes in representations, debates on the racial discrimination and prejudice, transformations, ambiguities, and tensions in the conveying of Uberlândia s black men s and women s public image. They also allowed reflecting on the progress of national and local struggle against discrimination and on the social movements actions from 1980 onwards. The second chapter focuses on the life history of black women who do domestic work professionally in Uberlândia in a period of changes in ethnic and racial relations; according to the account of some these women, schooling has played a central role in their experience of searching for better life conditions and perspectives. At last, based on their life accounts and on movement leaders accounts, the third chapter analyzes perceptions and experiences related to the racial prejudice and discrimination in the current state of affairs in Uberlândia / Esta pesquisa analisa a trajetória de mulheres negras empregadas domésticas na história recente da cidade de Uberlândia (MG) e suas percepções sobre discriminação e preconceito. A trajetória das entrevistadas tem como campo de diálogo a construção e transformação das imagens públicas do negro na imprensa escrita local. A dissertação resultante da pesquisa se articula em três capítulos. O primeiro capítulo enfoca como o negro foi representado historicamente na imprensa de Uberlândia; a leitura de textos noticiosos e de opinião publicados no jornal Correio de Uberlândia permitiu perceber mudança nas representações, disputas em torno da discriminação e do preconceito, transformações, ambiguidades e tensões na veiculação da imagem pública de homens e mulheres negros de Uberlândia; também possibilitou refletir sobre o avanço das lutas nacionais e locais contra discriminação e sobre a atuação de movimentos sociais a partir dos anos de 1980. O segundo capítulo aborda a trajetória de vida e experiências de mulheres negras empregadas domésticas em Uberlândia nesse período de transformação das relações étnico-raciais; segundo o relato de várias entrevistadas, em meio a suas experiências em busca de melhores condições e perspectivas de vida, a escolarização assumiu importância central. Enfim, com base no relato dessas mulheres e de líderes dos movimentos, o terceiro capítulo analisa percepções e experiências sobre o preconceito e a discriminação na conjuntura atual da cidade
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O valor social do trabalho doméstico e a justiça consubstancial

Schneider, Élen Cristiane January 2016 (has links)
A tese “O valor social do trabalho doméstico e a justiça consubstancial” versa sobre a relação entre o valor do trabalho doméstico remunerado e a justiça. Um modelo de análise da divisão do trabalho, à luz da ideia de Justiça de Gênero de Nancy Fraser, é elaborado para responder à problemática. Neste se leva em conta as relações sociais consubstanciais de poder do trabalho doméstico (KERGOAT, 2010) e as dimensões socioeconômica, moral e política da divisão do trabalho social, a fim de conceber um paradigma ampliado de justiça, para a reflexão do trabalho doméstico atual. A equiparação dos direitos do trabalho doméstico a outros empregos regidos pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) ocorreu, no Brasil, em 2015, após um longo processo de quarenta e três anos, demonstrando a participação limitada das trabalhadoras nas instâncias de decisão sobre a justiça no trabalho doméstico. Assim sendo, o objetivo geral da tese consiste em analisar a (des)valorização do trabalho doméstico e da categoria trabalhadora em sua relação com as concepções de Justiça e de Divisão Social do Trabalho. O trabalho de campo foi realizado em Salvador, Bahia, optando-se por uma análise de natureza qualitativa, através da coleta de dados de cinquenta entrevistas em profundidade (ANDER-EGG, 1998). Essas são amparadas no instrumento de roteiro de entrevistas e examinadas com o procedimento de análise de conteúdo (BARDIN, 2011). Realizou-se, ainda, uma triangulação metodológica, com uso da etnografia (GUBER, 2005) e do diário de campo. A tese direciona-se à ampliação da perspectiva de justiça, através da justiça de gênero e da consubstancialidade das relações sociais no trabalho doméstico, forjando-se a ideia de justiça consubstancial. / The thesis “Consubstantial justice and the social value of domestic labor” deals with the relationship between the value of paid domestic work and justice. An analytical model of the division of labor in the light of Nancy Fraser’s idea of Gender Justice is elaborated to answer this question. The idea of Consubstantial social relations of power and domestic work (Kergot, 2010) and the socioeconomic, moral and political dimensions of labor are taken into account in order to design an expanded paradigm of justice, reflecting on the current state of domestic work. Domestic work in Brazil received equal labor rights to other jobs under the CLT (Labor rights consolidation) only in 2015, after a long process of forty-three years, demonstrating the limited participation of workers in the law-making on domestic work rights. Therefore, the general aim of the thesis is to analyze the (de)valuation of domestic work and it’s working class, in relation to the concepts of Justice and Social Division of Labor. The field work was performed in Salvador, Bahia. The chosen method of analysis was qualitative nature, by collecting fifty in-depth interviews (ANDER-EGG, 1998). These are supported in interviews script tool and examined with content analysis procedure (Bardin, 2011). Also a methodological triangulation was conducted, using ethnography (GUBER, 2005) and the field journal. The thesis aims to the expansion of justice perspective, through gender justice and consubstantiality of social relations in domestic work, forging up the idea of consubstantial justice.
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Libertas entre sobrados: contratos de trabalho doméstico em São Paulo na derrocada da escravidão / Released slaves among houses: Contracts of domestic work in São Paulo in the overthrow of slavery

Lorena Feres da Silva Telles 22 August 2011 (has links)
A pesquisa acompanha as experiências sociais de mulheres escravas, libertas e descendentes livres, na cidade de São Paulo, durante o último quartel do século XIX, no processo social da transição do trabalho escravo para o livre. Pesquisamos livros de inscrições e de contratos de trabalho livre, exigências previstas pelas Posturas Municipais sobre Criados e Amas de Leite, de 1886. O conjunto de regulamentos vinha formalizar deveres e obrigações para empregadores e trabalhadores livres, no contexto do crescimento urbano acelerado, do processo avançado da abolição e da política imigratória que conduziam para a Capital imigrantes pobres e libertos destutelados. Migrantes das regiões escravistas da Província e daquelas que forneceram escravos para o tráfico interprovincial, africanas livres e nascidas na Capital empregaram-se nas residências das elites e camadas médias urbanas. Vislumbramos as estratégias de sobrevivência das agentes do trabalho doméstico livres e pobres, que a polícia registrava nos anos finais do regime escravista. Afastadas das atividades rentáveis, no contexto de pouca diversificação econômica, ex-escravas e descendentes livres sobreviveram dos parcos ganhos auferidos daqueles serviços socialmente desqualificados, dos quais os membros das elites e classes médias dependiam: fazendeiros, estrangeiros proprietários de hotéis, donos de confeitarias, coronéis, funcionários públicos, profissionais liberais, viúvas pobres e remediadas. Reconstituímos o cotidiano dos variados trabalhos que desempenharam a cozinha, a lavagem e o engomado das roupas, a limpeza da casa, o cuidado e o aleitamento de crianças , transitando entre as ruas, as várzeas dos rios e o tenso ambiente das casas. Das entrelinhas dos textos emergem libertas dispostas a improvisar variadas formas de resistência e recusa à opressão cotidiana. Experimentaram as liberdades possíveis e inegociáveis: recusaram com suas indisciplinas as jornadas extenuantes de trabalho, conquistaram aumentos salariais, cuidaram de seus doentes, compartilharam moradias com seus companheiros e filhos. Abandonando por fim os sobrados, indispuseram-se ao assédio sexual, aos maus tratos e aos baixos ordenados, que nem sempre recebiam: permanências de um escravismo doméstico e persistente, que, com suas práticas, ousaram recusar. / The research assembles the social experiences of slave women, released and free descendants in São Paulo during the last quarter of the nineteenth century, in the social process of transition from slave work to freedom. In order to accomplished our aim, we rummage into the books, subscriptions and free employment contracts, requirements established by Municipal ordinances on Criadas e Amas de Leite, from 1886. The ensemble of regulations was made in order to formalize the duties and obligations for employers and free employees , in the context of hasty urban growth the advanced process of abolition and the immigration policy that led, to the main city, poor immigrants and unruly people. Migrants from provincial slavery region sand those slaveholders who provided slaves to an interprovincial trafficking, mainly free African born, were employed in the elite and urban middle classes residences. We glimpse the survival strategies from poor and free agents of the housework registered by the police during the final years of the slave regime. Displaced from profitable activities in the context of low economic diversification, formers slaves and free descendants survived from meager gains earned from these socially unskilled services of which the members of the elite and middle classes depended and profited: farmers, foreigners hotel owners, colonels, civil servants, professional, widows and poor remedied. Our research attempt to reconstruct the daily life of several jobs that these free women have done in the new social order: the kitchen, washing and ironing clothes, cleaning the house, care and feeding children, traffic in the streets, the riverside and the tense environment of the houses. Reading between the lines of texts, it is possible to observe the existence of released women willing to improvise various ways of resistance and rejection of everyday oppression. Their experience makes possible ways of non-negotiable freedom, refusing, with their misbehavior, the days of exhausting work, consequently, winning wage increases, caring for their patients and the possibility of sharing housing with their partners and children. With the further abandon of the traditional townhouses, they eventually avoid the sexual harassment and the bad treatment: sojourn of domestic and persistent slavery, that these women, with their daily practices, have dared to decline.

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