• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 408
  • 5
  • 5
  • 5
  • 5
  • 5
  • 5
  • 5
  • 5
  • 4
  • 3
  • 1
  • 1
  • 1
  • Tagged with
  • 421
  • 243
  • 83
  • 77
  • 63
  • 60
  • 54
  • 51
  • 49
  • 47
  • 46
  • 37
  • 36
  • 35
  • 33
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
341

Medida do strain bidimensional do ventrículo esquerdo pré-implante percutâneo de endoprótese valvar aórtica: correlação com a evolução após o procedimento / Measurement of bidimensional strain of left ventricle before percutaneous implantation of aortic valve endoprosthesis: correlation with evolution after the procedure

França, Lucas Arraes de 24 May 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: O implante transcateter de prótese valvar aórtica (TAVI) surge nos dias atuais como uma opção terapêutica para os pacientes sintomáticos portadores de estenose aórtica grave. Cerca de 200 mil pacientes em todo o mundo já foram submetidos ao TAVI. Não há grandes estudos que tenham avaliado a correlação prognóstica entre parâmetros ecocardiográficos antes do TAVI e eventos cardiovasculares a longo prazo. É relevante analisar se o strain pré-procedimento e outros parâmetros se comportam como fatores preditores independentes de eventos após o procedimento. MÉTODOS: Foram avaliados, de novembro de 2009 a outubro de 2016, 86 pacientes, submetidos a avaliação ecocardiográfica antes do TAVI e 30 dias após o procedimento, com análise do strain do ventrículo esquerdo pelo speckle tracking bidimensional e outros parâmetros ecocardiográficos. Esses pacientes foram acompanhados clinicamente e avaliados quanto aos desfechos: mortalidade global, mortalidade cardiovascular, classe funcional de insuficiência cardíaca e necessidade de reinternação cardiovascular. RESULTADOS: O strain global longitudinal pré-TAVI reduzido (valor absoluto) aumentou a chance de reinternação cardiovascular (OR: 0,87; 0,77 ±0,99; P= 0,038). A redução da relação E/e´ em 30 dias após o TAVI associou-se à queda da mortalidade global (OR: 0,97; 0,95 ±0,99; P = 0,006), bem como valores elevados pré procedimento dessa relação se associaram a maiores taxas de insuficiência cardíaca classe funcional III ou IV da New York Heart Association após a intervenção (OR: 1,08; 1±1,18; P = 0,049). CONCLUSÃO: Os resultados deste trabalho indicam que o strain global longitudinal pré-procedimento demonstrou ser um preditor de reinternação cardiovascular pós-intervenção a longo prazo. A relação E/e´ pré-procedimento apresentou correlação diretamente proporcional com o desenvolvimento de insuficiência cardíaca classe funcional III ou IV a longo prazo, assim como sua queda acentuada 30 dias após o procedimento correlacionou-se com menor mortalidade global. / INTRODUCTION: Transcatheter aortic valve replacement (TAVR) is a therapeutic option for symptomatic patients with severe aortic stenosis. Approximately 200,000 patients around the world have already undergone TAVR. No large studies have evaluated prognostic correlation between echocardiographic parameters before TAVR and long-term cardiovascular events. It is relevant to analyze strain before procedure and how other parameters work as independent predictors of events after the procedure. METHODS: A total of 86 patients were evaluated from November 2009 to October 2016. They underwent echocardiographic evaluation before TAVR and 30 days after the procedure with analysis of strain of the left ventricle by bidimensional speckle tracking and other echocardiographic parameters. Patients were followed clinically and evaluated in relation to outcomes: global mortality, cardiovascular mortality, functional class of heart failure and need for cardiovascular readmissions. RESULTS: Global longitudinal strain before reduced TAVR (absolute value) increased the chance of cardiovascular readmission (odds ratio: 0.87; 0.77 ± 0.99; p = 0.038). Reduction of E/e´ relationship 30 days after TAVI was associated with a drop in global mortality (odds ratio: 0.97; 0.95 ± 0.99; p = 0.006). In addition, high values for this relation before the procedure were associated with higher rates of New York Heart Association functional class III or IV heart failure after the intervention (odds ratio: 1.08; 1.00 ± 1.18; p = 0.049). CONCLUSIONS: Results of this study indicate that global longitudinal strain before the procedure is a predictor of cardiovascular readmission after TAVR. The E/e´relationship before the procedure presented a correlation directly proportional to the development of long-term functional class III or IV heart failure as well as its accentuated drop 30 days after the procedure was correlated with lower global mortality.
342

Visibilização de artérias coronárias epicárdicas em imagens ecocardiográficas tridimensionais com contraste de microbolhas / Visualization of the epicardial coronary arteries in microbubble contrasted tri-dimensional echocardiographic images

Lage, Danilo Meneses 01 October 2010 (has links)
Com os avanços tecnológicos das últimas décadas, a ecocardiografia surgiu como uma alternativa de diagnóstico por imagem de relativo baixo custo, que não faz uso de energia ionizante ou radioativa. Recentemente, o advento dos agentes de contraste por microbolhas e dos transdutores matriciais tornou possível a visualização tridimensional da anatomia das artérias coronárias. Neste projeto, é proposta a avaliação de métodos de segmentação capazes de visibilizar as artérias coronárias epicárdicas em Imagens de ecocardiografias tridimensionais com contraste de microbolhas. Esse é o primeiro passo para o desenvolvimento de ferramentas computacionais eficazes e eficientes na assistência não invasiva ao acompanhamento do quadro clínico de pacientes, do diagnóstico ao pós-operatório. Propõe-se, uma metodologia que facilite o acesso às coronárias a partir de imagens de ecocardiografia tridimensionais com aplicação de contraste por microbolhas. Dentre as metodologias estudadas, as técnicas baseadas na teoria Fuzzy Connectedness (FC) foram identificadas como as mais promissoras. Estudou-se, portanto, seis abordagens baseadas nessa teoria, três delas são descritas na literatura (Generalized FC GFC; Relative FC RFC; Dynamic Weighted FC DyWFC) e três proposições originais (Area of Search FC ASFC; Ultrasound-k FC USFC; Guided FC GuFC). Para avaliar a acurácia desses algoritmos, confeccionou-se um conjunto de imagens simuladas, composto por 360 imagens, e selecionou-se um conjunto de imagens de exames reais, composto de 10 imagens reais de pacientes com quadro de Cardiomiopatia Hipertrópica. Para as imagens simuladas, os métodos da literatura alcançaram acurácia de 85,5% para GFC, 89,5% para RFC e 92,0% para DyWFC. Enquanto isso, os métodos propostos alcançaram acurácia de 88,9% para ASFC, 91,7 % para USkFC e 95,2% para GuFC. Para as imagens reais, os métodos convergiram para uma segmentação satisfatória quanto à usabilidade na clínica médica. Esses resultados demonstraram, ainda, o melhor desempenho do método proposto GuFC ante os demais. Dessa forma, ele se torna um candidato para ingressar na etapa de segmentação de uma ferramenta computacional para visibilização das coronárias epicárdicas no futuro / With the technological advances of recent decades, echocardiography has emerged as a relatively low cost imaging diagnostic alternative, that does not use ionizing or radioactive energy. Lately, the advent of microbubble-based contrast agents and array transducers turned possible the visualization of three-dimensional coronary arteries anatomy. The present project proposes to evaluate segmentation methods able to deal with the visualization of the epicardial coronary arteries in microbubble-based three-dimensional echocardiography images. This is the first step towards the development of effective and efficient computational tools for diagnosis and prognosis assistance of cardiac pacient. We propose a methodology to facilitate the access to epicardial coronary arteries in tridimensional echocardiographic images. Among the studied approaches, Fuzzy Connectednessbased segmentation methods were identified as being the most promising. We studied six approaches based on this theory, three of them are described in the literature (Generalized FC GFC; Relative FC RFC; Dynamic Weighted FC DyWFC) and three original contributions (Area of Search FC ASFC; Ultrasound-k FC USFC; Guided FC GuFC). To evaluate the accuracy of these algorithms, a set composed of 360 simulated images were created. We also selected a set of 10 real images, composed of hypertrophic cardiomyopathy patients. For simulated images set, the methods of literature achieved accuracy of 85.5% for GFC, 89,5% for RFC and 92,0% for DyWFC, meanwhile, the proposed method achieved accuracy of 88.9% for ASFC, 91,7 % for USkFC and 95,2% for GuFC. Using the real images set, the methods converged to good results for clinical purposes. These results demonstrate that the proposed method GuFC has shown a better performance than the others, becoming a candidate to the segmentation step in a computational tool for coronary arteries visualization in the future
343

Efeitos da terapia de ressincronização cardíaca no remodelamento ventricular reverso de pacientes com cardiopatia dilatada não isquêmica: avaliação pela ecocardiografia tridimensional / Effects of cardiac resynchronization therapy on left ventricular reverse remodeling in patients with non ischemic dilated myocardiopathy: evaluation by three dimensional echocardiography

Hotta, Viviane Tiemi 18 June 2010 (has links)
Introdução: A terapia de ressincronização cardíaca (TRC) tem se mostrado como um tratamento eficaz no tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca (IC) grave e distúrbio da condução ventricular. A ecocardiografia tridimensional (Eco 3D) consiste em uma nova modalidade diagnóstica com resultados promissores para a identificação da dissincronia cardíaca e avaliação dos resultados da TRC. Objetivos: Estudar os efeitos da TRC no remodelamento reverso do ventrículo esquerdo (VE), em pacientes com miocardiopatia não isquêmica, insuficiência cardíaca e distúrbio da condução intraventricular, por meio da ecocardiografia tridimensional em tempo real. Métodos: De janeiro de 2007 a junho de 2009, foram avaliados 24 pacientes com miocardiopatia dilatada não isquêmica, IC classe funcional (CF) III ou IV (NYHA), com tratamento medicamentoso otimizado, QRS > 120 ms ao eletrocardiograma, e fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) < 0,35 submetidos à TRC. Os pacientes foram avaliados antes, três e seis meses após TRC pela CF (NYHA), qualidade de vida pelo escore de Minnesota (MLHFQ), eletrocardiograma (intervalo PR e duração do QRS), ecocardiograma bidimensional (volumes diastólico VDVE, e sistólico VSVE, do ventrículo esquerdo, fração de ejeção ventricular esquerda - FEVE), Doppler tecidual (TDI) (avaliação da dissincronia cardíaca) e análise tridimensional (VDVE, VSVE, FEVE e dissincronia pela análise do SDI systolic dyssynchrony index). Foi considerado remodelamento reverso redução > 15% do VSVE após a TRC. As diferenças das médias das variáveis contínuas foram analisadas com o teste T não pareado, entre os grupos respondedor e não respondedor, depois de satisfeita a condição de normalidade. Antes da TRC, foi realizada uma análise univariada das características clínicas, eletrocardiográficas e ecocardiográficas para a construção de um modelo de regressão logística. Resultados: 9/24(38%) dos pacientes analisados apresentaram remodelamento ventricular reverso após TRC. O grupo respondedor apresentou menores volumes ventriculares (VDVE: 230 + 35 ml vs 316 + 10 ml, p = 0,045; VSVE: 178 + 30 ml vs 238 + 10 ml, p = 0,047), avaliados pelo método de Simpson, além de maior dissincronia cardíaca, avaliada pelo Eco 3D (SDI:13 + 3% vs 9 + 3%, p = 0,005) e pelo TDI (138 + 31 ms vs 102 + 37 ms, p = 0,026). Após a análise de regressão logística, o SDI (SDI > 11%) foi o único fator independente na predição de remodelamento reverso, seis meses após a TRC (sensibilidade:0,78; especificidade:0,79). Conclusões: O Eco 3D foi eficaz na detecção do remodelamento reverso do VE após a TRC, por meio da detecção da redução dos volumes ventriculares esquerdos (VDVE, VSVE) e da melhora da FEVE. O SDI foi o único preditor independente de remodelamento reverso após a TRC. Apresentaram menor taxa de resposta seis meses após a TRC, os pacientes com maiores volumes ventriculares esquerdos e menor fração de ejeção ventricular esquerda. A TRC melhorou a CF (NYHA) de IC e a qualidade de vida pelo escore de Minnesota / Introduction: Cardiac resynchronization therapy (CRT) consists of an effective treatment for patients with severe heart failure and ventricular conduction disturbance. Three dimensional echocardiography (3D Echo) is a new diagnostic modality with promising results in the identification of cardiac dyssynchrony and for the evaluation of CRT results. Objectives: To evaluate the effects of CRT in the left ventricular (LV) reverse remodeling in patients with non ischemic dilated myocardiopathy, heart failure and intraventricular conduction disturbance by using three dimensional echocardiography. Methods: From January, 2007 to June, 2009, twenty-four consecutive patients with heart failure, sinus rhythm, QRS > 120 ms, and Functional Class III or IV (NYHA), despite optimized medical treatment and left ventricular ejection fraction (LVEF) < 0,35, underwent CRT. All patients were assessed regarding Functional Class (NYHA), and the quality of life was evaluated using the Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire (MLHFQ). All patients were submitted to an electrocardiogram, two dimensional echocardiography (2D Echo) including the evaluation of cardiac dyssynchrony by Tissue Doppler Imaging (TDI) and 3D Echo (SDI - systolic dyssynchrony index), before, three and six months after CRT. Left ventricular reverse remodeling was defined as a reduction of at least 15% of the left ventricular systolic volume (LVSV) after CRT. The difference between the mean of the continuous variables were compared by students T test, after being tested for normality. Before CRT, it was performed a univariate analysis of clinical, electrocardiographic and echocardiographic baseline characteristics of the patients for the construction of a logistic regression model. Results: 9/24 (38%) of the patients presented with left ventricular reverse remodeling six months after CRT. Patients who presented LV reverse remodeling had smaller left ventricular volumes estimated by Simpsons rule (LV diastolic volume (LVDV): 230 + 35 ml vs 316 + 10 ml, p = 0,045; LVSV: 178 + 30 ml vs 238 + 10 ml, p = 0,047) and greater cardiac dyssynchrony detected by 3D Echo (SDI: 13 + 3% vs 9 + 3%, p = 0,005) and by TDI (138 + 31 ms vs 102 + 37 ms, p = 0,026). After logistic regression analysis, the best predictors of left ventricular reverse remodeling after CRT were the cardiac dyssynchrony indexes evaluated by TDI (twelve segments) and SDI, but SDI (SDI > 11%) was the only independent factor in the prediction of left ventricular reverse remodeling six months after CRT (sensitivity of 0,78 and specificity of 0,79). Conclusions: 3D Echo was effective in the detection of left ventricular reverse remodeling after CRT, by detecting the reduction in left ventricular volumes (LVDV, LVSV) and the increase in LVEF. SDI was the only independent predictor of LV reverse remodeling after CRT. Patients with larger LV volumes, and smaller LVEF were more prone to not respond six months after CRT. CRT improved Functional Class (NYHA) and quality of life evaluated by MLHFQ
344

Análise ecocardiográfica anatômica e funcional intraoperatória da valva mitral em pacientes com prolapso valvar submetidos à valvoplastia cirúrgica: estudo transesofágico bidimensional e tridimensional / Intraoperative anatomic and functional analyses of mitral valve in patients with valve prolapsed submitted to surgical valvuloplasty: a two-dimensional and three-dimensional transesophageal study

Pardi, Mirian Magalhães 01 December 2014 (has links)
Introdução: Embora o papel da ecocardiografia transesofágica (ETE) esteja bem estabelecido na avaliação morfológica e funcional da valva mitral e na seleção dos pacientes com prolapso da valva mitral (PVM) para a cirurgia reparadora, o impacto da ETE tridimensional (3D) no resultado cirúrgico ainda não está bem demonstrado. Os objetivos deste trabalho foram avaliar o valor diagnóstico adicional da ETE 3D em comparação com a técnica bidimensional (2D) e a associação de parâmetros anatômicos tridimensionais com o resultado cirúrgico em pacientes com PVM submetidos à valvoplastia. Métodos: Para a análise comparativa da sensibilidade, especificidade e acurácia diagnóstica entre ETE 2D e 3D, foram incluídos 62 pacientes operados por PVM com insuficiência importante, sendo a inspeção cirúrgica considerada padrão-ouro. Para a análise 3D, foram estudados 54 pacientes submetidos à plástica valvar que foram divididos em 2 grupos de acordo com o grau da insuficiência mitral pós-operatória (grupo 1, insuficiência mitral ausente ou grau I; grupo 2, insuficiência mitral grau II ou III). Foram medidos pela quantificação 3D os seguintes parâmetros anatômicos: diâmetros anteroposterior e intercomissural, altura, circunferência e área do anel mitral; comprimento, área e linha de coaptação das cúspides; volume e altura do prolapso; distância dos músculos papilares à borda da cúspide; e ângulos mitroaórtico e não planar. Para a identificação de variáveis associadas aos grupos de resultados cirúrgicos, foi realizada análise univariada (teste t de Student para as variáveis contínuas e teste qui-quadrado ou o teste de Fisher para as variáveis categóricas), análise multivariada com método de regressão logística e curva ROC para a obtenção do ponto de corte. Resultados: A ETE 2D apresentou maior sensibilidade no diagnóstico de prolapso nos segmentos A2, P1 e P3 que a ETE 3D (p = 0,019, 0,023, 0,012, respectivamente) enquanto que a ETE 3D apresentou maior especificidade no segmento P1 (p = 0,006). Não houve diferença na acurácia diagnóstica ente os dois métodos. A presença de prolapso das duas cúspides (p = 0,041) e a distância do músculo papilar posteromedial à borda da cúspide (p = 0,038) foram maiores no grupo 2. Análise multivariada identificou prolapso das duas cúspides e distância do músculo papilar posteromedial à borda da cúspide maior que 30 mm como fatores associados à insuficiência mitral pós-operatória grau II ou III (p = 0,039 e 0,015, respectivamente), e com risco de 5,3 e 6,3 vezes maior de insuficiência significativa pós-operatória, respectivamente. Conclusões: A ETE 2D e 3D apresentaram acurácia equivalente no diagnóstico de PVM, com maior sensibilidade da ETE 2D no diagnóstico de prolapso nos segmentos A2, P1 e P3, e maior especificidade da ETE 3D no segmento P1. A distância do músculo papilar posteromedial à borda da cúspide obtida pela análise quantitativa 3D e a presença de prolapso das duas cúspides mostraram associação com o grau da insuficiência mitral pós-operatória grau II e III / Background: Although the transesophageal echocardiography (TEE) is well established in the morphological and functional assessment of the mitral valve and in the choice of patients with mitral valve prolapse (MVP) eligible to valvuloplasty, the impact of tridimensional (3D) TEE on surgical results has not been well demonstrated yet. The present study aimed to evaluate the additional diagnostic value of 3D TEE in comparison with bidimensional (2D) technique, as well as the correlation between 3D anatomical parameters and the surgical results in patients with MVP submitted to valvuloplasty. Methods: In order to compare the sensitivity, specificity, and accuracy between 2D and 3D TEE, 62 patients with MVP and severe mitral regurgitation were enrolled; surgical appraisal was considered as the gold-standard. Regarding 3D analysis, 54 patients submitted to valvuloplasty were divided in two groups, according to their postoperative mitral regurgitation grades (group 1, absent or grade I mitral regurgitation; and group 2, grade II or III mitral regurgitation). The following parameters were assessed quantitatively by 3D TEE: anteroposterior diameter, commissural width, height, circumference and area of the mitral ring; anterior and posterior leaflets length, leaflets surface area, coaptation length, volume and height billow; distance from the tip of the anterolateral and posteromedial papillary muscle to leaflet border; non-planar and aortic-mitral angles. Univariate analysis (Student t test for continuous variables and Chi-square or Fischer test to the categorical ones), multivariate and ROC curve analyses were performed to identify the relationship between anatomical parameters and surgical results (p < 5%). Results: 2D TEE showed higher sensitivity to diagnose MVP in A2, P1, and P3 segments, when compared with 3D TEE (p= 0.019, 0.023, and 0.012, respectively), while 3D TEE showed greater specificity to identify P1 segment (p= 0.006). No difference was observed in the accuracy between both methods. The presence of bileaflet prolapse (p= 0.041) and the distance from posteromedial papillary muscle to leaflet border (p= 0.038) were higher in group 2. Multivariate analysis showed that bileaflet prolapse and distance of more than 30 mm from posteromedial papillary muscle to leaflet border were related to grade II or III postoperative mitral regurgitation (p= 0.039 and 0.015, respectively), representing 5.3 and 6.3 more risk of significant mitral regurgitation, respectively. Conclusions: Both 2D TEE and 3D TEE presented similar accuracy in the diagnosis of MVP; 2D TEE showed higher sensitivity to diagnose the prolapse in A2, P1 and P3 segments, while the 3D TEE presented greater specificity to identify the affected P1 segment. The distance from the tip of the posteromedial papillary muscle to the leaflet border quantitatively estimated by 3D TEE and the evidence of bileaflet prolapse showed to be associated to the degree of mitral regurgitation after valvuloplasty
345

Avaliação prospectiva do comportamento da pressão arterial, rigidez arterial e parâmetros ecocardiográficos de pacientes hipertensos com e sem a apneia obstrutiva do sono / Prospective evaluation of blood pressure behavior, arterial stiffness and echocardiographic parameters in hypertensive patients with and without obstructive sleep apnea

Borges, Fernanda Fatureto 06 March 2018 (has links)
Introdução: A variabilidade de resposta pressórica e de melhora de parâmetros de lesão de órgãos-alvo frente ao ajuste do tratamento medicamentoso na Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) pode sofrer influências de comorbidades pouco investigadas na prática clínica. Neste contexto, estudos prévios demonstram que a apneia obstrutiva do sono (AOS), condição muito associada à HAS, está relacionada à elevação da pressão arterial (PA) e lesões de órgãos-alvo em pacientes hipertensos. No entanto, não é conhecido se durante o tratamento anti-hipertensivo, a AOS não tratada pode contribuir para um pior controle pressórico, bem como para uma menor redução da rigidez arterial e de alterações ecocardiográficas. Objetivos: Avaliar o comportamento da PA, rigidez arterial e parâmetros ecocardiográficos em pacientes hipertensos com e sem AOS em tratamento medicamentoso para PA ao longo de 18 meses. Métodos: Recrutamos pacientes hipertensos que foram submetidos ao uso padronizado de hidroclorotiazida 25mg e enalapril 20mg 2x ao dia (ou losartan 50mg 2x ao dia) por 30 dias. Após avaliação clínica, monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA), polissonografia noturna, medida da rigidez arterial pela velocidade de onda de pulso (VOP) carótida-femoral e ecocardiograma transtorácico, os pacientes foram seguidos com um protocolo padronizado de adição de anti-hipertensivos, visando o controle da PA. A AOS foi definida por um índice de apneia e hipopneia >=15 eventos/hora de sono. Foram realizadas reavaliações da MAPA, do ecocardiograma e da VOP aos 6 meses e 18 meses de seguimento. O tratamento foi orientado sem o conhecimento da presença ou não da AOS. Usamos equações de estimação generalizada para comparação dos grupos e dos tempos de avaliação de forma não ajustada e, posteriormente, com ajuste para fatores de confusão tais como sexo, idade, índice de massa corpórea, diabetes, estimativa de taxa de filtração glomerular e número de medicamentos anti-hipertensivos. Resultados: Após recrutarmos inicialmente 125 pacientes, 94 foram analisados (idade média: 55±9 anos). A frequência da AOS foi de 55% (52 pacientes). Comparados aos pacientes sem AOS, pacientes com AOS tinham um predomínio do sexo masculino (31% vs. 53,8%; p=0,026) e maior circunferência cervical (37,7±4 vs. 40,4±3,7cm; p=0,001), respectivamente. Não observamos diferenças nas medidas de PA sistólica (127±17 vs. 133±16mmHg; p=0,259), diastólica (80±11 vs. 81±12 mmHg; p=0,590) e média (96±13 vs. 99±13mmHg; p=0,542) entre os grupos sem AOS e com AOS após 30 dias da medicação padronizada descrita acima (período basal). Comparado ao período basal, não observamos diferenças significativas na redução da PA sistólica e diastólica de 24hs e da vigília aos 6 meses e 18 meses entre os grupos com e sem AOS. A PA sistólica durante o sono também não teve diferenças significantes, mas a PA diastólica no sono foi reduzida de forma mais pronunciada no grupo com AOS do que sem AOS (6 meses: -4,9±11,8 vs. -0,3±10,3mmHg; e 18 meses: -6,7±11,1 vs. - 1,2±10,6mmHg; p=0,027), respectivamente. Após ajustes, encontramos uma forte tendência de maior redução da PA diastólica durante o sono no grupo com AOS (p=0,057). A taxa de controle da PA nas 24hs ( < 130x80mmHg) foi semelhante entre os grupos com e sem AOS (basal: 42,3 vs. 45,2%; 6 meses: 46,9 vs. 57,5%; 18 meses: 66,7 vs. 61,5%), respectivamente. Não houve diferença na evolução na quantidade e classes de medicações anti-hipertensivas usadas no seguimento. O índice de massa corpórea teve um discreto aumento no seguimento, mas sem diferença entre os grupos. Com relação à rigidez arterial, o grupo com AOS apresentou VOP maior comparado aos pacientes sem AOS na avaliação basal (10,3±1,9 vs. 9,2±1,7 m/s; p=0,024). Evolutivamente, ambos os grupos apresentaram redução semelhante da VOP ao longo do seguimento. Não encontramos diferenças entre os grupos na análise basal e evolutiva do ecocardiograma transtorácico após ajustes. Conclusão: O tratamento antihipertensivo combinado promoveu uma resposta similar na redução da PA de 24hs, na melhora da rigidez arterial e na evolução de parâmetros ecocardiográficos em pacientes hipertensos com e sem AOS / Introduction: The blood pressure (BP) response and improvement of target organ damage parameters are variable in response to drug therapy of hypertension (HTN) and may be influenced by comorbidities frequently underdiagnosed in clinical practice. In this context, previous studies show that obstructive sleep apnea (OSA) is very common in HTN and associated with elevated BP and target organ damage in hypertensive patients. However, it is unknown whether untreated OSA may contribute to impair BP control, as well as to a lower reduction of arterial stiffness and echocardiographic parameters during antihypertensive treatment. Objectives: To evaluate BP behavior, arterial stiffness and echocardiographic parameters in response to blood pressure treatment during 18 months in hypertensive patients with and without obstructive sleep apnea. Methods: We recruited hypertensive patients who underwent standardized use of hydrochlorothiazide 25mg daily and enalapril 20mg twice a day (or 50mg losartan twice a day) for 30 days. After clinical evaluation, ambulatory BP monitoring (ABPM), nocturnal polysomnography, arterial stiffness measurement by carotid-femoral pulse wave velocity (PWV) and transthoracic echocardiogram, all patients were followed up using a standardized protocol adding anti-hypertensives aiming BP control. OSA was defined by an apneahypopnea index >= 15 events/hour of sleep. The ABPM, echocardiogram and PWV were reassessed at 6 months and 18 months of follow-up. Physicians responsible for BP treatment did not have access to sleep data. We used generalized estimation equations to compare the groups and the evaluation times in an unadjusted manner and further adjusted for confounding variables such as gender, age, body mass index, diabetes, estimated glomerular filtration rate and number of antihypertensive drugs. Results: After initially recruiting 125 patients, 94 were analyzed (mean age: 55±9 years). The frequency of OSA was 55% (52 patients). Compared to patients without OSA, patients with OSA had a predominance of males (31% vs. 53.8%, p=0.026) and larger cervical circumference (37.7±4 vs. 40.4±3.7cm; p=0.001), respectively. We did not observe differences in the 24hs systolic (127±17 vs. 133±16mmHg, p = 0.259), diastolic (80±11 vs. 81 ±12 mmHg, p=0.590) and mean BP (96±13 vs. 99±13mmHg; p=0.542) between groups after 30 days of the standardized medication described above (baseline period). Compared to baseline, we did not observe significant differences in the reduction of 24hs, daytime systolic and diastolic BP at 6 months and 18 months between OSA and no OSA groups. The nighttime systolic BP also did not have significant differences, but the nighttime diastolic BP decreased significantly in the OSA group compared to no OSA group (6 months: -4.9±11.8 vs. -0.3±10.3mmHg; 18 months: -6.7±11.1 vs. - 1.2±10.6mmHg; p=0.027), respectively. After adjustments, we found a strong tendency for a greater reduction of nighttime diastolic BP in the OSA group (p=0.057). The BP control rate at 24 hours ( < 130x80mmHg) was similar between the groups with and without OSA (baseline: 42.3 vs. 45.2%; 6 months: 46.9 vs. 57.5%; 18 months: 66.7 vs. 61.5%), respectively. There was no difference in the amount and classes of antihypertensive medications prescribed during the follow-up. Body mass index had a slight increase in the follow-up, but similar in both groups. Regarding arterial stiffness, patients with OSA had higher PWV compared to patients without OSA at baseline (10.3±1.9 vs. 9.2±1.7m/s; p=0.024). However, both groups presented similar PWV reductions in the follow-up. We did not find differences between the groups in the basal and follow-up echocardiogram analysis after adjustments. Conclusions: Combined antihypertensive treatment aiming BP control promoted similar 24-hour BP reduction, arterial stiffness improvement and echocardiographic parameters evolution in hypertensive patients with and without OSA
346

Evolução e complicações de ferimentos cardíacos: estudo de coorte prospectivo na cidade de Manaus / Evolution and complications of cardiac wounds: cohort prospective study in the city of Manaus

Costa, Cleinaldo de Almeida 08 May 2008 (has links)
Objetivos: Avaliar a evolução e as complicações dos doentes que sobreviveram a ferimentos cardíacos, atendidos no Pronto-Socorro Municipal 28 de Agosto e Hospital Pronto-Socorro Dr. João Lúcio Pereira Machado, em Manaus, no período de janeiro de 1998 a junho de 2006. Métodos: Foi realizada uma busca de prontuários dos doentes atendidos nos dois prontossocorros, nos quais durante a toracotomia exploradora evidenciou-se o ferimento cardíaco. Os sobreviventes que retornaram ao ambulatório foram avaliados prospectivamente por meio de eletrocardiograma e ecocardiograma, para averiguar a morfologia e a funcionalidade do coração. Foi preenchido um protocolo com registro dos dados dos doentes, tais como: idade, sexo, mecanismo de trauma, complicações intra e pós-operatórias, dentre outras variáveis. Resultados: A população de referência totalizou 100 doentes, dos quais 95% eram homens, 69% entre 20 e 30 anos; 81% das lesões foram por arma branca, sendo que em 78% delas, a entrada se encontrava no precórdio; 41% das lesões acometeram o ventrículo direito (VD) e 38% acometeram o ventrículo esquerdo (VE); em 48% dos casos foi realizada toracotomia ântero-lateral esquerda. A sobrevivência foi de 72%. A população de estudo foi composta por 25 doentes que retornaram ao ambulatório e foram avaliados prospectivamente por meio de eletrocardiograma e ecocardiograma. Das 33 alterações no ecocardiograma (ECO), sete doentes (28%) tinham insuficiência mitral, enquanto nove (36%) não tinham alterações. Das 45 alterações no eletrocardiograma (ECG), oito doentes (32%) tinham taquicardia sinusal, enquanto seis (24%) não tinham alterações. Não houve efeito do tempo no resultado do ECO (p=0,5323) ou do ECG (p=0,6596). Das alterações detectadas no ECO, três (21,4%) foram devidas a lesões grau IV (em VD) e 11 (78,7%) devidas a lesões grau V (em VE) (p=0,048). Das 12 alterações detectadas no ECG, três (25%) relacionaram-se a lesões grau IV e nove (75%) relacionaram-se a lesões grau V (p=0,226). Conclusões: Aproximadamente um terço dos sobreviventes a lesões cardíacas não apresentaram alterações ao eletrocardiograma e ecocardiograma. Ventrículo esquerdo e grau de lesão V da OIS-AAST estiveram relacionados a um maior número de alterações ao eletrocardiograma e ecocardiograma. Taquicardia sinusal e insuficiência mitral foram alterações encontradas em um de cada três doentes que sobreviveram a um ferimento cardíaco. / Objectives: To evaluate the evolution and the complications of the patients that survived cardiac wounds, attended at the Pronto-Socorro Municipal 28 de Agosto and Hospital Pronto-Socorro Dr. João Lúcio Pereira Machado, in Manaus, during the period of January 1998 until June 2006. Methods: A medical records evaluation was made among the patients attended at the two emergency hospitals in which a cardiac wound was found during a exploring thoracotomy. The survivors that returned to the ambulatory were evaluated prospectively through electrocardiogram and echocardiogram, so it was possible to analyze the morphology and the function of the heart. A protocol was filled out with a registry of patients data, such as: age, sex, trauma mechanism, intra-operative and post-operative complications, and other variables. Results: The total reference population in this study was 100 patients, in which 95% were male, the majority (69%) had ages until 30; 81% of the lesions were caused by stab wounds; 78% of the orifice of entry were located at the precordium; 41% of the lesions wounded the right ventricle and 38% wounded the left ventricle; In 48% of the cases a left antero-lateral thoracotomy was executed. The survival rate was 72%. The studied population was of 25 patients that returned to the ambulatory and were prospectively evaluated with electrocardiogram and echocardiogram. Among the 33 echocardiogram alterations (ECO), seven patients (28%) had mitral insufficiency, while nine (36%) didn\'t have any alterations. Among the 45 electrocardiogram alterations (ECG), eight patients (32%) had sinusal tachicardia, while six (24%) had no alterations. Time made no difference in the results of the ECO (p=0,5323) or of the ECG (p=0,6596). Of the 14 detected ECO complications, three (21,4%) were due to IV degree lesions in the right ventricle and eleven (78,7%) were due to V degree lesions (in the left ventricle) (p=0,048). From the 12 left ventricle lesions that complicated (ECG), 9 were V degree. From the 12 alterations detected at the ECG, three (25%) were due to IV degree lesions and nine (75%) were due to V degree lesions (p=0,226). Conclusions: Approximately one third of the cardiac wound survivors did not have alterations in the electrocardiogram and echocardiogram. Left ventricle and V degree lesions from the OIS-AAST were related to a larger number of alterations in the electrocardiogram and echocardiogram. Sinusal Tachicardia and mitral insuficiency were alterations found in one third of the patients that survived a cardiac wound.
347

Efeito do antagonismo de angiotensina II em pacientes portadores de cardiomiopatia hipertrófica não obstrutiva / Effect of angiotensin II antagonism in patients with non-obstructive cardiomyopathy

Araújo Sobrinho, Aloir Queiroz de 23 September 2005 (has links)
FUNDAMENTOS: Na cardiomiopatia hipertrófica (CMH) a disfunção diastólica do ventrículo esquerdo (VE) é causada por hipertrofia dos miócitos e fibrose intersticial. A Angiotensina II (Ang II) pode promover hipertrofia, fibrose e alteração de relaxamento miocárdico. Na hipertrofia secundária a hipertensão o bloqueio dos receptores tipo 1 (AT1) da Ang II diminui a hipertrofia e a fibrose e, em animais com CMH losartan causou reversão da fibrose miocárdica. Os efeitos do antagonismo da Ang II na CMH humana não são conhecidos. OBJETIVOS: Avaliar os efeitos do losartan, um bloqueador dos receptores AT1 da Ang II, sobre a hipertrofia e a função diastólica do VE em pacientes com CMH não obstrutiva. CASUÍSTICA E MÉTODO: Foram estudados 27 pacientes consecutivos portadores de CMH na forma não obstrutiva, com média de idade de 34,4 anos, sendo 14 homens, que receberam losartan 100 mg/dia durante 6 meses. Antes do tratamento e ao final do mesmo foram avaliadas: a classe funcional (CF), a hipertrofia e a função diastólica do VE esquerdo pela ecocardiografia (modo-M, Doppler mitral, venoso pulmonar e Doppler tecidual do anel mitral) e a concentração plasmática do fragmento amino-terminal do pro-peptídeo natriurético tipo B (NT-proBNP). Valores bi-caudais de p<0,05 em testes pareados foram considerados estatisticamente significantes. v RESULTADOS: CF - dos 19 pacientes sintomáticos antes do tratamento, 8 (42%) tornaram-se assintomáticos (p=0,008). A CF média passou de 2,04±0,81 para 1,48±0,64 (p=0,0001). Doppler ecocardiografia - redução do diâmetro atrial esquerdo de 43,3±6,2 mm para 40,5±6,1 mm (p<0,0001), diminuição da velocidade da onda atrial reversa do fluxo venoso pulmonar de 36,4±9,7 cm/s para 32,2±6,2 cm/s (p=0,008), aumento da velocidade diastólica inicial (Ea) do anel mitral de 10,7±3,2 cm/s para 11,95±3,01 cm/s (p=0,004), aumento da razão Ea/Aa de 1,11±0,36 para 1,33±0,48 (p=0,009), e diminuição da razão E/Ea de 8,37±5,4 para 6,46±3,2 (p=0,004). Não ocorreram modificações nas espessuras parietais nem nos diâmetros do VE. NT-proBNP - diminuição do valor mediano de 652 pg/ml para 349 pg/ml, assim como dos quartis e dos valores máximo e mínimo (p=0,003). CONCLUSÃO: Em pacientes com CMH não obstrutiva o antagonismo da angiotensina II com losartan 100 mg/dia durante 6 meses resultou em melhora bioquímica e da função diastólica do VE, sem evidente regressão de hipertrofia ao ecocardiograma. Esses resultados são promissores e indicam possíveis benefícios que podem ser obtidos com medicamentos que atuam inibindo o sistema renina-angiotensina em pacientes com CMH. / BACKGROUND: In hypertrophic cardiomyopathy (HCM) diastolic dysfunction of the left ventricle (LV) is caused by myocite hypertrophy and interstitial fibrosis. Angiotensin II (Ang II) has trophic and profibrotic effects on the heart, and may impair myocardial relaxation. In hypertensive LV hypertrophy Ang II type 1 (AT1) receptors blockade can reverse hypertrophy and fibrosis, and in animals with HCM, losartan reversed myocardial fibrosis. The effects of Ang II antagonism in humans with HCM are unknown. OBJECTIVES: To evaluate the effects of losartan, an AT1 blocker, in patients with non-obstructive HCM, with emphasis on LV diastolic function. PATIENTS AND METHODS: 27 consecutive patients, mean age 34.4 years, 14 males, were treated with losartan 100 mg/day during 6 months. Evaluations were performed at baseline and at 6 months, as follows: functional class (FC), left atrium diameter (LAD), LV hypertrophy and LV diastolic function (M-mode echocardiography, mitral flow and pulmonary venous flow Doppler, mitral annulus tissue Doppler), and plasma concentrations of the amino-terminal fragment of proBNP (NT-proBNP). RESULTADOS: FC - of the 19 symptomatic patients before the treatment, 8 (42%) were free of symptoms at 6 months (p=0.008). There were no changes in LV wall and cavity measures. LAD decreased from 43.3±6.2 mm to 40.5±6.1 mm (p<0.0001), and pulmonary venous atrial reverse velocity decreased from 36.4±9.7 cm/s to 32.2±6.2 cm/s (p=0.008). Tissue Doppler: mitral annulus early diastolic velocity (Ea) increased from 10.7±3.2 cm/s to 11.95±3.01 cm/s (p=0.004), Ea/Aa ratio increased from 1.11±0.36 to 1.33±0.48 (p=0.009), and E/Ea ratio decreased from 8.37±5.4 to 6.46±3.2 (p=0.004). NT-proBNP - there was a decrease in the median value from 652 pg/ml to 349 pg/ml, as well as a decrease in quartiles, maximum and minimum values (p=0.003). CONCLUSION: In patients with non-obstructive HCM, treatment with losartan 100 mg/day during 6 months resulted in Doppler echocardiographic and biochemical changes indicative of LV diastolic function amelioration, in the absence of evident LV hypertrophy regression. These preliminary results are promising and suggest that inhibition of the renin-angiotensin system may be benefic in human HCM
348

Dopplervelocimetria do fluxo normal da valva tricúspide fetal entre 11 e 13 semanas e 6 dias de gestação / Normal fetal tricuspid valve dopplervelocimetry at 11 to 13 weeks and 6 days

Milena Almeida Prado Ninno 14 April 2010 (has links)
Objetivo: Determinar os valores dopplervelocimétricos normais do fluxo através da valva tricúspide em gestações únicas, entre 11 e 13 semanas e seis dias. Examinar a reprodutibilidade dos parâmetros avaliados e sua correlação com variáveis clínicas maternas e obstétricas. Métodos: Estudo prospectivo envolvendo 166 gestações únicas, com desfecho normal, examinadas entre 11 e 13 semanas e seis dias, no período de fevereiro de 2006 a agosto de 2008. Foram aferidas as velocidades máximas das ondas E e A, duração do ciclo cardíaco completo e sua fase diastólica e calculadas as relações onda E/onda A e diástole/ciclo. Os valores normais foram descritos pelas respectivas médias e desvio-padrão. Para análise da reprodutibilidade desses parâmetros foi calculado o coeficiente de correlação intra-classes em 12 casos examinados por dois examinadores. Regressão linear simples e multivariada foram empregadas para examinar a correlação dos parâmetros dopplervelocimétricos entre si e com a idade gestacional, a medida da translucência nucal e variáveis maternas. Resultados: Neste intervalo gestacional, os valores normais encontrados foram: onda E, 25 (± 4,6) cm/s; onda A, 42,9 (± 5,9) cm/s; relação E/A, 0,58 (± 0,07); ciclo cardíaco, 390 (± 21,1) ms; diástole, 147 (± 18) ms; relação diástole/ciclo, 0,38 (± 0,04). Entre as variáveis dopplervelocimétricas, foi observada correlação significativa entre o ciclo cardíaco e diástole (r=0,53; p<0,0001), diástole e onda A (r=-0,15; p=0,05), ondas E e A (r=0,77; p<0,0001), onda E e relação D/C (r=0,16; p=0,04), onda A e relação diástole/ciclo (r=-0,17; p=0,03). Todas as variáveis, exceto a velocidade da onda A, correlacionaram-se positivamente com a idade gestacional. Não foi observada correlação significativa das variáveis com a medida da translucência nucal, e, na comparação com as variáveis maternas, apenas a onda E e a idade materna apresentaram correlação significativa (r=-0,18, p=0,04). Os coeficientes de correlação intra-classes para a avaliação interobservador e intra-observador (examinadores um e dois) foram: onda E = 0,53 (0,53 e 0,64); onda A = 0,45 (0,46 e 0,49); ciclo cardíaco = 0,70 (0,79 e 0,84) e diástole = 0,63 (0,85 e 0,82). Conclusão: O presente estudo estabeleceu os valores normais dos parâmetros dopplervelocimétricos do fluxo através da valva tricúspide e demonstrou que tais parâmetros, com exceção da onda A, correlacionaram-se de forma positiva com a idade gestacional, e apresentaram reprodutibilidade boa/moderada. / Objective: To establish the measurements of normal tricuspid valve flow velocities at 11 to 13 weeks and 6 days to determine E-wave, A-wave, E/A ratio, cardiac cycle length, diastole length, diastole/cardiac cycle ratio, and their relationship with gestational age, nuchal translucency thickness, the characteristics of the study population, and to assess the reproducibility of flow measurements. Methods: Between February, 2006, and August, 2008, a total of 166 women with a singleton normal pregnancy between 11 and 13 + 6 weeks of gestation consented to participate in the study. Analysis of the waveforms consisted of calculation of peak velocity (cm/s) of the E-wave and A-wave, E-wave/A-wave ratio, cardiac cycle length (ms), diastole length (ms) and diastole/cardiac cycle ratio. To evaluate the intraobserver and interobserver agreement, a subgroup of 12 patients, chosen randomly, was examined twice by each examiner. For descriptive analysis of the results were calculated average and standard deviation. Simple and multivariate linear regression was used to establish the correlation between dopplervelocimetry among parameters and with gestational age, nuchal translucency thickness and the characteristics of the study population. Results: The average (± standard deviation) for transtricuspid flow-velocities waveforms parameters were: E-wave 25 (± 4.6) cm/s; A-wave 42.9 (± 5.9) cm/s; E/A ratio 0.58 (± 0.07); cardiac cycle length 390 (± 21.1) ms; diastole length 147 (± 18) ms; diastole/cardiac cycle length 0,38 (± 0.04). A statistically significant linear increase relative to gestational age was established for all parameters, except A-wave. Nuchal translucency thickness was not correlated with any parameter. A statistically significant negative regression coefficient was established for E-wave to maternal age (r=-0,18, p=0,04). A statistically significant relationship was established between: cardiac cycle length and diastole length (r=0.53; p<0.0001); diastole length and A-wave velocity (r=-0.15; p=0.05); E-wave and A-wave velocities (r=0.77; p<0.0001); E-wave velocity and D/C ratio (r=0.16; p=0.04); A-wave velocity and D/C ratio (r=-0.17; p=0.03). The intraclass correlation coeficients of interobserver and intraobsever evaluations (examiners 1 and 2) were: Ewave = 0.53 (0.53 and 0.64); A-wave = 0.45 (0.46 and 0.49); cardiac cycle = 0.70 (0.79 and 0.84) and diastole= 0.63 (0.85 and 0.82). Conclusions: These data determine normal parameters for tricuspid valve dopplervelocimetry and shows that these parameters, except A-wave, have positive correlation with gestational age, and good/moderate reproducibility.
349

Estudo ecocardiográfico de pacientes pediátricos com mucopolissacaridoses / Echocardiographic study of pediatric patients with mucopolysaccharidosis

Gabriela Nunes Leal 10 September 2009 (has links)
Introdução: as mucopolissacaridoses (MPSs) são doenças lisossômicas de depósito, caracterizadas pela degradação enzimática deficiente dos glicosaminoglicanos (GAGs): ácido hialurônico, condroitin sulfato, dermatan sulfato, heparan sulfato e queratan sulfato. A classificação baseia-se na enzima comprometida, tendo sido descritos sete tipos com manifestações clínicas heterogêneas: MPS tipo I, II, III, IV, VI, VII e IX. O comprometimento cardiovascular é variável, porém a falência cardiopulmonar contribui significativamente para a morbidade e mortalidade. Lesões valvares esquerdas e a hipertrofia do ventrículo esquerdo são os achados mais citados, ainda que não haja concordância quanto à relação entre o comprometimento cardíaco e o tipo de MPS. Especula-se que o acometimento é mais grave em pacientes cujo defeito enzimático traz acúmulo do dermatan sulfato (MPS tipos I, II, VI e VII), visto que esse GAG predomina naturalmente em válvulas e vasos sanguíneos. Frente à perspectiva de tratamento específico dessas patologias através de reposição enzimática, torna-se fundamental conhecer o comprometimento cardiovascular inicial, para determinar com segurança o impacto destas terapêuticas sobre as crianças a elas submetidas. O propósito deste estudo foi caracterizar as alterações ecocardiográficas de pacientes pediátricos com MPSs, além de testar a associação entre o acúmulo de dermatan sulfato e a gravidade das lesões cardiovasculares. Métodos: foram analisados retrospectivamente os prontuários e os ecocardiogramas de 28 pacientes (15M: 13F) entre 2 e 14 anos (9 ± 3 anos), acompanhados no Ambulatório de Genética do Instituto da Criança de setembro de 2003 a novembro de 2005: 6 com MPS tipo I, 2 com tipo II, 7 com tipo III, 6 com tipo IV, 5 com tipo VI e 2 com tipo VII. No período estudado nenhum paciente realizava terapia de reposição enzimática. Um único ecocardiografista executou 53 avaliações, visto que 17 indivíduos submeteram-se a múltiplos exames, com intervalo de 10,3 ± 5,6 meses. Todos os ecocardiogramas foram realizados segundo as normas da Sociedade Americana de Ecocardiografia. Os pacientes foram analisados quanto aos aspectos clínicos e parâmetros xvi ecocardiográficos, sendo realizada em seguida a comparação entre o grupo que acumula (D+) e o que não acumula dermatan sulfato (D-). O grupo D+ incluiu os tipos I, II, VI e VII e o grupo D-, os tipos III e IV. O programa estatístico utilizado foi o Statistical Package for Social Sciency e os testes aplicados foram o Exato de Fisher e o de Correlação de Spearman, com um valor de p significativo 0,05. Resultados: 26 (93%) pacientes exibiram alterações ecocardiográficas ao exame final. No entanto, em apenas 16 (57%) havia registro de ausculta anormal e em 6 (21%) alguma queixa cardiovascular. Hipertrofia de septo e de parede posterior foram detectadas em 12 pacientes (43%) e em 5 (18%) ocorreu hipertrofia septal isolada. Somente 2 (7%) apresentaram dilatação ventricular. Em 22 casos foi possível avaliar a função diastólica de ventrículo esquerdo. Destes, 6 (27%) apresentaram disfunção de grau leve. Todos apresentaram função sistólica preservada. Detectou-se hipertensão pulmonar em 10 pacientes (36%). Quatro foram admitidos à Unidade de Terapia Intensiva e dois evoluíram a óbito, todos por agravamento de hipertensão pulmonar. Valva mitral normal foi o achado em 5 (17,8%) e espessamento sem disfunção em 6 (21,4%). Espessamento valvar com disfunção ocorreu em 17 pacientes (60,8%): 12 (42,8%) com insuficiência, 2 (7,2%) com estenose e 3 (10,8%) com dupla lesão. A valva aórtica foi normal em 5 (17,8%) e espessada sem disfunção em 13 (46,4%). Espessamento com disfunção ocorreu em 10 pacientes (35,8%): todos com insuficiência de grau leve ou moderado. Verificou-se forte associação entre o acúmulo de dermatan sulfato e a presença de: disfunção valvar mitral (p = 0,0003), disfunção valvar aórtica (p = 0,006) e hipertensão pulmonar (p = 0,006). Entre os 17 indivíduos com múltiplos exames, 14 (82%) mostraram piora ecocardiográfica justificada por: surgimento (4/14) ou agravamento (6/14) de lesões valvares, surgimento (5/14) ou progressão (6/14) da hipertrofia ventricular, desenvolvimento de disfunção diastólica (1/14) e de hipertensão pulmonar (4/14). Conclusões: as alterações ecocardiográficas em pacientes pediátricos com mucopolissacaridoses são freqüentes e têm caráter progressivo, enquanto os sinais e sintomas são escassos. Lesões valvares esquerdas, hipertrofia ventricular e hipertensão pulmonar foram os achados mais comuns, havendo associação significativa entre o acúmulo de dermatan sulfato e o comprometimento cardiovascular. Diferentemente do que é descrito em adultos, a hipertensão pulmonar foi a causa mais importante de óbito e não a disfunção sistólica de ventrículo esquerdo. / Introduction: mucopolysaccharidosis (MPSs) are lysosomal storage diseases, characterized by deficient enzymatic degradation of glycosaminoglycanes (GAGs): hyaluronic acid, chondroitin sulfate, dermatan sulfate, heparan sulfate and keratan sulfate. The classification is based on the defective enzyme and seven types with heterogeneous clinical manifestations have been described: MPS type I, II, III, IV, VI, VII and IX. The cardiovascular involvement is variable, but the cardiopulmonary failure contributes significantly towards the morbidity and mortality. Left valve lesions and left ventricle hypertrophy are the most commented findings, although there is still no agreement about the relationship between the heart involvement and the type of MPS. It is speculated that the lesions are more severe in patients whose enzymatic defect lead to the accumulation of dermatan sulfate (MPS types I, II, VI and VII), because this GAG prevails naturally in valves and blood vessels. Due to the perspective of specific treatment for the pathology through enzymatic replacement, it is essential to know the initial cardiovascular abnormalities to determine the impact of this therapeutics on pediatric patient. The purpose of this study was to characterize the echocardiographic alterations of the pediatric patients with MPSs, besides testing the association between the accumulation of dermatan sulfate and the severity of the cardiovascular lesions. Methods: the medical records and echocardiograms of 28 patients (15M: 13F) aged 2 to 14 (9 ± 3 years), seen at the Genetic Clinic between September 2003 and November 2005, were retrospectively analyzed: 6 with MPS type I, 2 with type II, 6 with type III, 7 with type IV, 5 with type VI and 2 with type VII. During the period of study no patient had enzymatic replacement. A single pediatric cardiologist executed 53 echocardiograms, since 17 individuals underwent multiple exams, with an interval of 10.3 ± 5.6 months. All the echocardiograms were performed according to the recommendations of the American Society of Echocardiography. Patients were analyzed according to both clinical and echocardiographic parameters, and then a comparison was made among the group that accumulates (D+) and the one that does not xviii accumulate dermatan sulfate (D-). The group D+ included the types I, II, VI and VII and the group D included types III and IV. The statistical program used was the Statistical Package for Social Science and the applied tests were the Fisher\'s exact test and the Spearman correlation, where a p-value < 0.05 was considered significant. Results: echocardiographic alterations were detected in 26 patients (93%), whereas 16 (57%) had abnormal auscultation, and only 6 (21%) presented cardiovascular complaint. Septum and posterior wall hypertrophy were diagnosed in 12 patients (43%) and five (18%) showed signs of isolated septal hypertrophy. Only 2 (7%) presented ventricular dilation. In 22 patients it was possible to evaluate the diastolic function of the left ventricle. Of these, 6 presented mild dysfunction. However, all patients had preserved systolic function. Pulmonary hypertension was detected in 10 patients (36%). 4 patients were admitted in the Intensive Care Unit and 2 died, due to aggravation of pulmonary hypertension. Normal mitral valve was found in 5 (17.8%) and thickening without dysfunction in 6 cases (21.4%). Valve thickening with dysfunction occurred in 17 (60.8%): 12 (42.8%) with regurgitation, 2 (7.2%) with stenosis and 3 (10.8%) with double lesion. The aortic valve was normal in 5 (17.8%) and thickened without dysfunction in 13 cases (46.4%). Thickening with dysfunction happened in 10 patients (35.8%): all with mild or moderate aortic regurgitation. A strong association was observed between accumulation of dermatan sulfate and presence of mitral valve dysfunction (p = 0.0003), aortic valve dysfunction (p = 0.006) and pulmonary hypertension (p = 0.006). Among 17 individuals with multiple exams, 14 (82%) had a worsening evolution justified by the appearance (4/14) or aggravation (6/14) of valve lesions, appearance (5/14) or progression (6/14) of ventricular hypertrophy, development of left ventricle diastolic dysfunction (1/14) and of pulmonary hypertension (4/14). Conclusions: echocardiographic alterations in pediatric patients with Mucopolysaccharidosis are frequent and have a progressive character. Left valve lesions, ventricular hypertrophy and pulmonary hypertension were the most common findings and there was association between accumulation of dermatan sulfate and cardiovascular involvement. Unlike in adults, pulmonary hypertension was the main cause of death, not left ventricle systolic dysfunction.
350

Estudo ecocardiográfico da função ventricular esquerda em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico juvenil através da técnica de Speckle-Tracking bidimensional / Left ventricular function in childhood-onset systemic lupus erythematosus: a two-dimensional speckle-tracking echocardiographic study

Gabriela Nunes Leal 04 April 2016 (has links)
Objetivo: O principal propósito do estudo foi pesquisar a disfunção ventricular esquerda subclínica em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico juvenil (LESJ) através da técnica de speckle-tracking bidimensional. Foi investigada ainda uma possível correlação entre o comprometimento da deformação miocárdica e o SLEDAI-2K (Systemic Lupus Erithematosus Disease Activity Index 2000), bem como a presença de fatores de risco cardiovascular, tanto tradicionais como ligados à doença. Métodos: 50 pacientes assintomáticos do ponto de vista cardiovascular e 50 controles saudáveis (14,74 vs. 14,82 anos, p=0.83) foram avaliados pelo ecocardiograma convencional e pelo speckle-tracking bidimensional. Resultados: Apesar da fração de ejeção normal, os pacientes apresentaram redução de todos os parâmetros de deformação miocárdica longitudinal e radial, quando comparados aos controles: strain de pico sistólico longitudinal [-20,3 (-11 a -26) vs. -22 (-17,8 a -30.4) %, p < 0,0001], strain rate de pico sistólico longitudinal [-1,19 ± 0,21 vs. -1,3 ± 0,25 s-1, p=0,0005], strain rate longitudinal na diástole precoce [1,7 (0,99 a 2,95) vs. 2 (1,08 a 3,00) s-1 , p=0,0034], strain de pico sistólico radial [33,09 ± 8,6 vs. 44,36 ± 8,72%, p < 0,0001], strain rate de pico sistólico radial [1,98 ± 0,53 vs. 2,49 ± 0,68 s-1, p < 0,0001] e strain rate radial na diástole precoce [-2,31 ± 0,88 vs. -2,75 ± 0,97 s-1, p=0,02]. O strain de pico sistólico circunferencial [-23,67 ± 3,46 vs. - 24,6 ± 2,86%, p=0,43] e o strain rate circunferencial na diástole precoce [2 (0,88 a 3,4) vs. 1,99 (1,19 a 3,7) s-1, p=0,88] foram semelhantes em pacientes e controles. Apenas o strain rate de pico sistólico circunferencial [-1,5 ± 0,3 vs. -1,6 ± 0,3 s-1, p=0,036] mostrou-se reduzido no LESJ. Uma correlação negativa foi identificada entre o strain de pico sistólico longitudinal e o SLEDAI-2K (r = - 0,52; p < 0,0001) e também o número de fatores de risco cardiovascular por paciente (r = -0,32, p=0,024). Conclusões: Foi evidenciada disfunção sistólica e diastólica subclínica de ventrículo esquerdo no LESJ através da técnica de speckle-tracking bidimensional. A atividade da doença e a exposição aos fatores de risco cardiovascular provavelmente contribuíram para o comprometimento da deformação miocárdica nesses pacientes / Objectives: The main purpose of the study was to investigate left ventricular (LV) subclinical systolic and diastolic dysfunction in childhood-onset systemic lupus erythematosus (c-SLE) patients using two-dimensional speckletracking (2DST) echocardiography. We also interrogated possible correlations between impairment of myocardial deformation and the SLE Disease Activity Index 2000 (SLEDAI-2K), as well as the presence of traditional and disease-related cardiovascular risk factors (CRFs). Method: A total of 50 asymptomatic patients and 50 controls (age 14.74 vs. 14.82 years, p = 0.83) were evaluated by standard and 2DST echocardiography. Results: Despite a normal ejection fraction (EF), there was reduction in all parameters of LV longitudinal and radial deformation in patients compared to controls: peak longitudinal systolic strain [-20.3 (-11 to -26) vs. -22 (-17.8 to -30.4)%, p < 0.0001], peak longitudinal systolic strain rate [-1.19 ± 0.21 vs. -1.3 ± 0.25 s-1, p = 0.0005], longitudinal strain rate in early diastole [1.7 (0.99-2.95) vs. 2 (1.08-3.00) s-1, p = 0.0034], peak radial systolic strain [33.09 ± 8.6 vs. 44.36 ± 8.72%, p < 0.0001], peak radial systolic strain rate [1.98 ± 0.53 vs. 2.49 ± 0.68 s-1, p < 0.0001], and radial strain rate in early diastole [-2.31 ± 0.88 vs. -2.75 ± 0.97 s-1, p = 0.02]. Peak circumferential systolic strain [- 23.67 ± 3.46 vs. -24.6 ± 2.86%, p=0.43] and circumferential strain in early diastole [2 (0,88 a 3,4) vs. 1,99 (1,19 a 3,7) s-1, p=0.88 ] were similar between patients and controls, although peak circumferential systolic strain rate [-1.5 ± 0.3 vs. -1.6 ± 0.3 s-1, p = 0.036] was reduced in c-SLE. Further analysis of patients revealed a negative correlation between LV peak longitudinal systolic strain and SLEDAI-2K(r= -0.52, p < 0.0001) and also between LV PLSS and the number of CRFs per patient (r = -0.32, p = 0.024). Conclusions: 2DST echocardiography has identified subclinical LV deformation impairment in c-SLE patients. Disease activity and cumulative exposure to CRFs contribute to myocardial compromise

Page generated in 0.0482 seconds