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Sistema de plantio direto de cebolaVilanova, Cintia de Camargo January 2011 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Florianópolis, 2011 / Made available in DSpace on 2012-10-26T02:16:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1
298625.pdf: 590673 bytes, checksum: 69d56bb3effed6e4e3274a77a72d0afc (MD5) / O Brasil apresenta grandes areas agricolas sob sistema de plantio direto (SPD) e em expansao. No entanto, sao pouco trabalhos que enfatizam a eliminacao do uso de herbicidas no controle de plantas espontaneas. Para a adocao de praticas conservacionistas em agroecossistemas a abordagem
ecologica integrada as tecnicas de manejo se faz essencial. Compreender as populacoes espontaneas que se desenvolvem nesses habitats facilita a criacao de tecnicas que proporcionem seu controle com uma producao mais limpa e segura economicamente para agricultores e consumidores. O (SPD) se apresenta como um conjunto de tecnicas eficientes no manejo de agroecossistemas em transicao agroecologica. O experimento foi instalado na EEIT/SC, em um Cambissolo Haplico Distrofico textura media, com seis tratamentos e oito repeticoes. Em 2009 os tratamentos foram: T1: testemunha; T2: aveia-preta; T3: centeio; T4: nabo-forrageiro; T5: abo-forrageiro + centeio; T6: nabo-forrageiro + aveia-preta. Ja em 2010 os tratamentos foram: T1: testemunha; T2: mucuna-preta no verao e cevada
no inverno; T3: girassol no verao e centeio no inverno; T4: milheto no verao e nabo-forrageiro no inverno; T5: mucunapreta + milheto no verao e nabo-forrageiro + centeio no inverno; T6: mucuna-preta + girassol no verao e naboforrageiro + cevada no inverno. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito das plantas de cobertura, solteiras e consorciadas, no controle de plantas espontaneas e no rendimento da cebola sob sistema de plantio direto em transicao agroecologica. No primeiro ano de implantacao do SPD de cebola, os tratamentos com nabo-forrageiro foram opcao satisfatoria, pois tanto a especie solteira quanto consorciada com centeio reduziu a producao de materia seca de plantas espontaneas no inicio do ciclo, apresentaram a maior producao de materia seca e o maior rendimento de
bulbos de cebola em relacao a testemunha. Estes tratamentos tambem apresentaram as maiores quantidades de bulbos da classe 3 (50 mm . f < 70 mm). No segundo ano, os tratamentos de verao compostos por milheto solteiro (T4) e milheto consorciado com mucuna-preta (T5) apresentaram a
maior producao de materia seca no inicio e no final do ciclo, enquanto no ciclo das plantas de cobertura de inverno as diferencas se deram somente do meio para o final do ciclo. E esses tratamentos apresentaram as melhores porcentagens de cobertura do solo durante o ciclo da cebola. Novamente os tratamentos compostos nabo-forrageiro, solteiro (T4) ou
consorciado (T5 e T6), se destacaram com as maiores producoes de materia seca. No ano de 2010 encontrou-se um total de 20 familias botanicas, sendo novamente esses tratamentos que apresentaram os menores valores de producao de materia seca e riqueza de especies. Por outro lado, esses tratamentos apresentaram duas especies dominantes, Amaranthus lividus e Rumex obtusifolius, com os maiores valores de indices de dominancia em todas as epocas do ciclo, o que influenciou os seus indices de diversidade, diluindo-os e deixando-os baixo durante todo o ciclo da cebola. Atraves do indice de similaridade, os tratamentos se apresentam muito proximos entre si, porem foi possivel agrupa-los por producao de materia seca relativa e riqueza de especie em dois grupos distintos.
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Do fumo às plantas medicinais, aromáticas e condimentaresAlmeida, Fernanda Savicki de 24 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Florianópolis, 2009. / Made available in DSpace on 2012-10-24T06:43:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1
271109.pdf: 22997340 bytes, checksum: 2e60e6ea7767b53bd15257357b4d515c (MD5) / O objetivo fundamental do processo de Reforma Agrária sustentado na Política Nacional de Reforma Agrária (PNRA) é garantir vida digna à população rural através da atividade agrícola voltada à produção de alimentos. Concepção essa corroborada pelo MST no conjunto de sua organização. Entretanto, alguns assentamentos têm como atividade agrícola principal culturas não alimentícias como o caso do Assentamento 25 de Maio, localizado no município de Santa Terezinha/SC, essencialmente fumicultor. Os fatores que levaram esse e outros assentamentos de Reforma Agrária a buscar esse tipo de atividade estão vinculados, entre outros, ao processo histórico de desenvolvimento econômico da região em que foram estabelecidos e o período de criação desses assentamentos. A região do Planalto Norte Catarinense possui os municípios de menor IDH do estado. É nesse panorama que o presente estudo se propõe a avaliar os desafios e possibilidades à reconversão produtiva agroecológica baseado na produção de Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares (PMACs). As PMACs foram pensadas como possível cadeia fomentadora de transformações nesses assentamentos, por estarem intimamente vinculadas à Agroecologia, resgate da cultura camponesa, promoção da saúde popular, autonomia das famílias assentadas. As famílias assentadas do Assentamento 25 de Maio foram o objeto de estudo dessa pesquisa por representarem uma forte contradição interna, uma vez que mesmo fumicultoras, apresentam grande diversidade de cultivos, conhecimento tradicional de PMACs e consciência política. Os resultados mostraram que as famílias compreendem a contradição do plantio de fumo, se percebem usurpadas pela indústria fumageira, entretanto o retorno econômico aparentemente estável que a fumicultura proporciona, encobre os problemas sociais, ambientais e de saúde que a atividade gera. No entendimento dessas famílias, se houvesse atividade agrícola que gerasse renda igual à fumicultura eles deixariam a atividade. As famílias já possuem práticas agrícolas alternativas, no entanto não se pode afirmar que são agroecológicas. Conclui-se que as famílias assentadas do 25 de Maio querem deixar a fumicultura e possuem praticas e valores culturais suficientes para iniciar o processo de reconversão produtiva agroecológica baseada nas PMACs. Entretanto é imprescindível a intervenção da esfera pública como fomentadora de outro modelo de desenvolvimento rural fundamentado na agricultura camponesa, Reforma Agrária e Agroecologia, viabilizado através de políticas públicas acessíveis, abrangentes e efetivas.
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A viabilidade da transição agroecologica no credito ruralCoutinho, Alan Denizzar Limeira 26 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-graduação em Agroecossistemas, Florianópolis, 2011 / Made available in DSpace on 2012-10-26T06:18:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1
296901.pdf: 1747092 bytes, checksum: 0e4f14e1002cc3392ea3bd6f167ae5c2 (MD5) / O presente trabalho constitui em um estudo teórico que procura analisar a aplicação do Programa Nacional de Fortalecimento a Agricultura Familiar - PRONAF Grupo "A" Investimento e o PRONAF Custeio Pecuário "A/C" no Assentamento Ander Rodolfo Henrique localizado no Município de Diamante do Oeste/PR. Objetivou analisar a contribuição do PRONAF na sustentabilidade econômica e ambiental das famílias assentadas no Projeto de Assentamento Ander Rodolfo Henrique, estudando as características econômicas dos assentados, verificando as principais fontes de renda das famílias e a capacidade de pagamento do PRONAF e também de analisar a sustentabilidade econômica do Leite determinando um índice de produção mínima. Os dados foram obtidos através de entrevistas semi estruturadas, além de reuniões nos núcleos de famílias e calculo de custo de produção com o objetivo de realizar um planejamento da produção agropecuária utilizando procedimentos quantitativos e qualitativos (analise de conteúdo e documental). A pesquisa constatou que o PRONAF A e A/C desempenham um papel importante no desenvolvimento econômico, político e social das famílias assentadas. A pesquisa verificou que em relação ao PRONAF Grupo A Investimento dobrou a produção de leite de 4000 L/dia para 8000 L/dia, produção média de 80 L/dia tendo em media 11 vacas em produção durante o período de lactação. A produção do leite dobrou de 4000 L/dia para 8000 L/dia, as vacas produzem aproximadamente 80 L/dia tendo em media 11 vacas em produção durante o período de lactação. A produção diária por vaca/dia saltou de 5,8 L, para 7,17 L , melhorando as condições econômicas das famílias atingindo uma media de dois salários mínimos apenas com a comercialização do leite e venda de bezerros de até um ano. Em relação ao PRONAF Custeio A/C verificou-se que não possui viabilidade econômica no assentamento caso seja aplicado em grãos por motivos que na área o plantio da maioria dos lotes é pequena chegando ao máximo a 2,5 ha e, o regimento interno do assentamento e ao Plano de Desenvolvimento Sustentável do Assentamento - PDA não permite a utilização de sementes hibridas de milho e insumos de síntese química. Constatou então, que esta linha de crédito aplicado na Compra de Bezerros de até um ano possui retorno econômico não causando endividamento ao assentado.
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A produção de arroz agroecológico na COOTAP/MSTCadore, Edson Almir January 2015 (has links)
Dissertação (mestrado profissional) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2015-11-03T03:07:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1
336145.pdf: 2106663 bytes, checksum: b8dbf7a3c6f125f3b716b781f46a952f (MD5)
Previous issue date: 2015 / O tema deste trabalho são as tecnologias envolvidas na produção de arroz agroecológico na Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre (COOTAP) em Eldorado do Sul, Rio Grande do Sul, e tem objetivo, contestar as práticas e as lógicas produtivas que permeiam o agronegócio, apresentando em contrapartida as práticas agroecológicas adotadas pela cooperativa citada. Durante o trabalho de campo, lançamos mão da observação participante no sentido de ter presente às informações que se manifestam no ambiente da pesquisa. É importante destacar que a observação foi livre, ocorrendo em todos os momentos no qual estivemos envolvidos nesta pesquisa, e não somente em uma fase de processo. O trabalho foi desenvolvido com entrevistas semiestruturadas. O universo estudado refere-se grupo gestor da produção agroecológica do arroz da COOTAP localizada em Eldorado do Sul/RS, distante cerca de 23 km da capital do Estado, Porto Alegre. Houve também a participação de cooperados do município de Nova Santa Rita, distante 23 km da capital. Os resultados deste trabalho foram ao encontro de compreender as tecnologias geradas pelos sujeitos do processo de produção agroecológica na região metropolitana de porto alegre através do grupo gestor do arroz pelos associados da COOTAP, principalmente quanto ao manejo da fertilidade entendendo a construção da cadeia do arroz em escala.<br> / Abstract : The central theme of this research are the technologies involved in the production of agro-ecological rice in the Settlers Cooperative Workers Region of Porto Alegre (COOTAP) in Eldorado do Sul, Rio Grande do Sul, and has aimed to challenge the practices and productive logic that permeate agribusiness, presenting in return agroecological practices adopted by the said cooperative. Epistemological methodology that support the studies. During the fieldwork, we used participant observation in order to take this information manifested in the research environment. Importantly, the observation was free, occurring at all times in which we were involved in this research, and not only in one process step. The study was conducted with semi-structure interviews Our sample is the agroecological production manager group rice of COOTAP located in Eldorado do Sul - RS, distant about 23km from the state capital, Porto Alegre. There was also the participation of cooperatives in the municipality of Nova Santa Rita, 23km far from the capital. The results of this work were at the meeting to understand the technologies generated by the subjects of agro-ecological production process in the metropolitan region of porto through rice management group by the members of COOTAP, particularly for the management of fertility understanding the construction of the rice chain scale.
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Sentidos sobre agroecologiaWarmling, Deise January 2014 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Florianópolis, 2014 / Made available in DSpace on 2015-02-05T20:43:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1
329919.pdf: 1052189 bytes, checksum: 2ee82d0792b9059a9f43d32c155ad03b (MD5)
Previous issue date: 2014 / No intuito de promover a transição agroecológica e a produção orgânica com vistas à melhoria da qualidade de vida da população, por meio da oferta de alimentos saudáveis e sustentáveis foi publicada a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PNAPO), por meio do Decreto nº 7.794/12. O objetivo deste estudo foi conhecer os sentidos e descrever os efeitos das narrativas sobre agroecologia dos diversos atores envolvidos na rede de produção e consumo de alimentos agroecológicos, no município de Florianópolis, SC, Brasil. Os participantes do estudo foram cinco atores sociais atuantes na rede de agroecologia no município, os quais são: um agrônomo, um nutricionista, um produtor, um comerciante e um consumidor. O referencial epistemológico e metodológico foi o construcionismo social e utilizou-se como instrumento de pesquisa a entrevista aberta. As entrevistas versaram sobre os seguintes aspectos: como se iniciou a aproximação com a agroecologia, quais foram os fatores que impulsionaram à adesão e permanência; quais são os benefícios identificados a partir da prática agroecológica; quais as expectativas em relação à expansão, quais seriam os benefícios e beneficiados; houve alguma experiência exitosa a ser compartilhada. Descreveram-se, a partir das narrativas dos entrevistados, primeiramente as histórias exitosas relatadas, em seguida os desafios e potencialidades apontadas e por fim os sentidos atribuídos à agroecologia, os quais foram: o alimento saudável e apto à certificação; a produção sustentável; o comércio justo; a cultura do campesinato; as relações de reciprocidade. A partir da descrição dos seus sentidos e efeitos, relacionando-se narrativas e discursos teóricos, encontram-se dois eixos principais: i) sentidos relativos, de forma direta e indireta, à inserção de agroecologia nos mercados e; ii) sentidos relativos à agroecologia como um movimento em direção à construção de um outro modelo de sociedade. Prevaleceu o pressuposto da multiplicidade, onde os diversos sentidos proporcionam a construção de outras formas de pensar e agir no que tange à prática agroecológica. Foi estabelecida maior visibilidade sobre quais interesses e discursos são legitimados, quais são silenciados e quais movimentos que eles têm possibilidade de estimular.<br> / Abstract: In order to promote agro-ecological transition and organic production with a view to improving the quality of life through the provision of healthy and sustainable foods was published the National Policy for Agroecology and Organic Production (PNAPO), by means of Decree No. 7.794/12. The aim of this study was to understand the senses and describe the effects of narratives on agroecology of different actors involved in the production and use of agro-ecological food network, in Florianópolis, SC, Brazil. The study participants were five active social actors in agroecology network in the municipality, which is an agronomist, a nutritionist, a producer, a marketer and a consumer. The epistemological and a methodological framework was social constructionism and used as a research tool, the unstructured interview. Interviews dealt with the following issues: how the approach began with agroecology, what were the factors that drove the accession and retention; what are the benefits identified from the agroecological practice; which expectations regarding the expansion, which would be the benefits and beneficiaries; there has been some successful experience to be shared. Described themselves, the narratives of the respondents, reported the first success stories, then the challenges and potentials identified and finally the meanings attributed to agroecology, which were healthy and fit food for certification; sustainable production; fair trade; the culture of the peasantry; relations of reciprocity. From the description of their meanings and effects, relating stories and theoretical discourses, there are two main axes: i) relative directions, directly and indirectly, to the insertion of agroecology and the markets; ii) directions relating to agroecology as a move towards building another model of society. The prevailing assumption of multiplicity, where different senses provide the construction of new forms of thinking and acting in relation to agroecological practice.
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Caminhos da agrobiodiversidade: redes de troca de sementes em sistemas agroecológicos na serra catarinense, Alto Vale do Rio Tijucas, Santa CatarinaPinto, Marina Ferreira Campo January 2014 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais, Florianópolis, 2014. / Made available in DSpace on 2015-02-05T20:47:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1
332282.pdf: 4195295 bytes, checksum: c729573021d3463875a35846fb03ae8f (MD5)
Previous issue date: 2014 / As redes sociais de troca de sementes são mecanismos dinâmicos operando no manejo da agrobiodiversidade. A compreensão dessas redes é considerada importante por estas influenciarem na perpetuação de conhecimentos, práticas e recursos fitogenéticosem comunidades rurais que realizam agricultura em pequena escala. A análise de redes também contribui para compreensão da capacidade de adaptação dos sistemas socioecológicos locais, relevante nas discussões que tangem o desenvolvimento dessas comunidades. Neste cenário, os sistemas de produção agroecológicos têm sido apontados como um modelo capaz de superar adversidades. Neste contexto, o presente trabalho tem como objetivos gerais reconhecer os sistemas agrícolas praticados por comunidades rurais do Alto Vale do Rio Tijucas (SC) e a riqueza de espécies cultivadas, e outras espécies presentes nas propriedades que são usadas para alimentação; investigara rede de troca de sementes e propágulos; e refletir sobre o papel da agrobiodiversidade, das redes de troca de sementes e de sistemas agrícolas agroecológicos na capacidade dos agroecossistemas se adaptarem a situações de mudanças endógenas ou exógenas. O estudo foi realizado em sete comunidades localizadas no Alto Vale do rio Tijucas (SC)onde vivemfamílias que formam um grupo pertencente à Rede Ecovida de Agroecologia. As informações sobre as unidades familiares e os sistemas agrícolas locais foram obtidas através de entrevistas semiestruturadas (n=64) e do uso delinha do tempo como ferramenta de pesquisa participativa. A riqueza de espécies, seus usos e a origem das mesmas foram obtidas através de listagens livres (n= 62). Para reflexão da capacidade adaptativa, foram realizadas entrevistas para o reconhecimento dos distúrbios que afetam os sistemas agrícolas locais (n=62), entrevistas abertas sobre motivações e dificuldades enfrentadas pelas famílias que praticam o sistema orgânico (n=12) e a análise de três organizações comunitárias (duas agroindústrias e uma cooperativa). Este trabalho está organizado em três capítulos. O primeiro capítulo apresenta a estrutura das unidades familiares, os sistemas agrícolas locais e ariqueza de espécies listadas e seus usos. A fumicultura é o principal sistema agrícola da região, seguido pela viticultura e do sistema orgânico. Foram listadas ao todo 114 espécies. As listadas como cultivadas foram 79 espécies, com finalidade de autoconsumo (n=76) e venda (n=28). Também foram listadas 57 espécies usadas para alimentação oriundas da propriedade. O capítulo dois aborda a origem das sementes e propágulos das espécies tratadas no capítulo anterior, analisando as fontes de obtenção, aestrutura e características da rede social formada pela troca de sementes. A origem das sementes foi estudada em cinco categorias conforme o tipo de citação:ganhas (n=1403),compradas (n=963), doadas (n=672), origem local (n=409) e vendidas (n=11). A estrutura da rede formada pela troca de sementes indicou haverrelação positiva entre o aumento da riqueza de espécies cultivadas e número de trocas realizadas. No último capítulo é analisada a capacidade adaptativa dos agroecossistemas. Os principais fatores de distúrbio nas unidades de produção são de natureza climática e foram percebidas mudanças nas frequências desses. A riqueza de espécies registradas influencia positivamente a capacidade adaptativa dos agroecossistemas, mas a distribuição pouco equitativa dessa diversidade é fator de vulnerabilidade. Os sistemas agrícolas agroecológicos e organizações comunitárias da região estudada são capazes de ampliar o acesso tanto a recursos quanto a informações, mas são vulneráveis por estarem centrados em poucas pessoas e apresentarem muitos desafios a serem superados, apesar dos aspectos positivos que apresentam.<br> / Abstract : Social networks of seed exchange are dynamic mechanisms operating in agrobiodiversity management. Understanding these networks is important dueto their influence on the perpetuation of knowledge, practices and phytogenetic resources in rural communities that carry out small-scale farming. Network analysis also contributes to understanding the adaptive capacity of local socio-ecological systems, which is considered relevant in discussions that concern the local development of these communities. In this scenario, agroecological production systems have been touted as a model able to overcome adversities, such as climate change. In this context, the present work has as general objectives to recognize the farming systems practiced by rural communities in the Upper Valley of Tijucas River and the richness of cultivated species and other species found in the farms that are used for food; to investigate the social network formed by the exchange of seeds and seedlings; and to think about the role of agrobiodiversity, seed exchange networks and organic farming systems on the ability of agroecosystems to adapt to situations of endogenous or exogenous changes. The study was conducted in seven communities located in the Upper Valley of Tijucas River (Santa Catarina, Brazil) inhabited by families that form a group belonging to Rede Ecovida de Agroecologia (Ecovida Agroecology Network). Information about the farms and the local farming systems were obtained through semi-structured interviews (n = 64) and the use of timeline as a participatory research tool. The richness of species, their uses and their source were obtained through free listings (n = 62). For a reflection about adaptive capacity, interviews were undertaken for recognition of disorders affecting the local farming systems (n = 62), open interviews about motivations and difficulties faced by families who practice the organic system (n = 12) and analysis of three community organizations (two agribusinesses and one cooperative). This paper is organized into three chapters. The first chapter presents the structure of farm households and local farming systems, and the richness of listed species and their uses. The tobacco farming is the main farming system of the region followed by viticulture, and the organic system. In total, 114 species were listed. As grown crops79species were listed, with the purpose of self-consumption (n = 76) and sales (n = 28). A total of57 species collected in the farms and used for food were also listed. Chapter two discusses the origin of the seeds and seedlings of the species treated in the previous chapter, analyzing the sources of obtainment, the structure and characteristics ofthe social network formed by the seed exchange. Origin of seeds was divided into five categories according to the type of reference by the farmer: won (n = 1403), bought (n = 963), donated (n = 672), locally sourced (n = 409) and sold (n = 11). The network structure formed by the exchange of seeds showed a positive relationship between increasing richness of cultivated species and number of exchanges performed. In the last chapter, the adaptive capacity of agroecosystems is analyzed. The main factors of disturbance in the farms are climate related and changes were perceived in the frequency of such. The significant richness of species recorded influences positively to the adaptive capacity of agroecosystems, but the restricted distribution of this diversity is a vulnerability factor. Agroecological farming systems and community organizations are able to increase access to both resources and information, but they are vulnerable for being centered on very few people and for having a lot of challenges to overcome, despite the positive aspects they present.
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Representações sociais e sustentabilidade na rede ecovida de agroecologiaStürmer, Jorge Altair Pinto January 2014 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico, Programa de Pós-Graduação em Administração, Florianópolis, 2014 / Made available in DSpace on 2015-02-05T21:20:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1
330197.pdf: 1433284 bytes, checksum: 24861f0b4b2a9c9856bc1d01efcde61e (MD5)
Previous issue date: 2014 / Esta dissertação de mestrado tem como objetivo compreender a formação das representações sociais sobre desenvolvimento territorial sustentável, tendo como foco os integrantes do Grupo da Rede Ecovida de Agroecologia, no município de Nova Trento-SC. Este trabalho é resultante de uma pesquisa qualitativa, na qual foram utilizadas, como técnica de coleta de dados, a análise documental, observações diretas e entrevistas em profundidade com agricultores, seus familiares e técnicos que lhes dão apoio. Como referencial teórico e epistemológico, destacamos as contribuições de Ignacy Sachs na conceituação do desenvolvimento territorial sustentável, e de Serge Moscovici com a Teoria das Representações Sociais, que foi a base da metodologia utilizada nesta pesquisa, juntamente com Ângela Arruda (quanto à interpretação de representações sociais) e Alvesson e Skoldberg (quanto à metodologia reflexiva). Buscou-se combinar a metodologia de interpretação de representações sociais com a metodologia reflexiva no processo interpretativo. Para compreender a formação das representações sociais, buscou-se estabelecer uma relação entre termos vinculados ao conceito de desenvolvimento territorial sustentável - como agroecologia, ecologia, sustentabilidade, desenvolvimento e território - e as percepções, expressões e vivências dos entrevistados. Portanto, não se utilizou um procedimento dedutivo, nem simplesmente indutivo, mas abdutivo, recursivamente, visando evitar unilateridades. Utilizou-se, inclusive, de estilo narrativo como recurso de descrição/interpretação dos dados. A interpretação dos dados foi realizada utilizando-se os quatro estágios do processo interpretativo. O primeiro estágio serviu para tomar conhecimento do material empírico a fazer as categorizações iniciais; no segundo estágio foi feita uma reflexão dos achados no primeiro, uma categorização referenciada e uma interpretação teórica do material empírico. No terceiro estágio foi realizada a análise integradora e uma interpretação geradora e crítica com especial atenção às dimensões políticas e ideológicas da pesquisa; no quarto e último estágio foi realizada uma interpretação crítica e reflexiva, repassando todos os demais estágios verticalmente, refletindo sobre a linguagem dos textos e sobre o processo de legitimação e autoridade do pesquisador. Por intermédio do processo interpretativo/reflexivo, conclui-se que as principais representações sociais do desenvolvimento territorial sustentável, associadas às categorias criadas são: vida e saúde; preservação do meio natural; obter sustento por meio da natureza sem prejudicá-la; progresso socioeconômico e tecnológico, e que o campo está isolado e depende das cidades. As reflexões realizadas deixaram como principais inquietações: a) concentração da produção agroecológica em poucas famílias na região estudada; b) necessidade de conciliação dos interesses dos diversos atores envolvidos no processo de produção, logística e comercialização dos produtos orgânicos. Por último, mas não menos relevante, cabe destacar a representação social dos jovens como mão de obra necessária para as propriedades familiares, o que está em confronto (tensão) com a representação social sobre os estudos como processo que prepara os jovens para trabalhar na cidade. Esta tensão entre representações revela uma contradição nas políticas públicas de combate ao êxodo rural na medida em que as escolas mantêm seus currículos descontextualizados da realidade rural.<br> / Abstract: This master's degree thesis have as it objective to comprehend the formation of socials representations about sustainable territorial development, having as focus the members of the Grupo da Rede Ecovida de Agroecologia, of the town of Nova Trento-SC. This dissertation is the result of a qualitative research, in which were used, as data collecting technique, documentary analysis, direct observations and in-depth interviews with the agricultures, their families and the workers who supports them. As a theoretical and epistemological reference, we highlight the contributions of Ignacy Sachs in the conceptualization of sustainable territorial development, and Serge Moscovici's Social Representations Theory, which was the base of the methodology utilized, together with Ângela Arruda (in regards to the interpretation of social representations) and Alvesson and Skoldberg (in regards to the reflexive methodology). In the interpretative process, it was pursued to mix the interpretation of social representations methodology with reflexive methodology. To comprehend the formation of these social representations, we sought to establish a connection between the attached terms and the concept of sustainable territorial development - as agroecology, ecology, sustainability, development and territory - and the perceptions, expressions e life experiences of the respondents. Therefore, a deductive procedure was not utilized, neither a simply intuitive one, but abductive, recursively, as a way to avoid one-sidedness. It was used a narrative style as a means to describe/interpretation of data. The interpretation of data was realized through the four stages of the interpretative process. The first stage was used to acknowledge the empirical data and to make initial categorizations; in the second stage an observation of the first stage's findings was made, along with a referenced categorization and a theoretical interpretation of the empiric material. In the third stage it was realized an integrative analysis and a critic and generative interpretation with special attention devoted to the political and ideological dimensions of the research. In the fourth and last stage it was realized an critic and reflexive interpretation, rethinking all of the other stages, in a vertical fashion, reflecting about the languages of the texts e about the process of legitimation and authority of the researcher. Via the interpretative/reflexive process, it is perceived that the major social representations of sustainable territorial development, associated with the categories created are: life and health; nature and environment's preservation; be able to make a living of nature without endangering the planet; progress, economic improvement and technology and, that the country is isolated and dependent of the cities. The reflections realized leave as the main worrying issues: a) the concentration of the production of agroecological products in few of the families in the region studied; b) the necessity of harmonization of the various interests of the persons involved in the processes of production, logistics and commercialization of the organic products. Lastly, but by no means of lesser importance, it is noteworthy the social representation of the youth as a necessary labor force in the families' properties, which is on confrontation (tension) with the social representation about education as a process that prepares the young people to work in the city. This tension between representations reveals a contradiction in the public policies of combat to rural exodus in the way that schools maintain their curricular structures decontextualized with the rural realities.
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A formação em agroecologia no MST/SC: um olhar sobre os egressos do curso técnico da Escola 25 de Maio de Fraiburgo/SCMohr, Matheus Fernando January 2014 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Florianópolis, 2014. / Made available in DSpace on 2015-03-18T21:04:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Este trabalho tem como foco de análise a formação em agroecologia da Escola 25 de Maio, localizada no município de Fraiburgo SC e situada no contexto do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST. Por meio da investigação procurou-se levantar questões relacionadas aos limites e potencialidades de desenvolver a produção agroecológica nos assentamentos, a partir da atuação dos técnicos formados no período compreendido entre os anos de 2008 a 2011. No decorrer do estudo busca compreender os elementos constitutivos da formação deste movimento social, produto da configuração historicamente constituída sobre a questão agrária brasileira. Em seguida, procura situar o cenário de lutas pela educação e de forma mais particular a inserção da agroecologia como possibilidade de formação crítica no interior dos assentamentos. Neste sentido, procurou realizar um aprofundamento em torno das contradições no modo convencional de produção de alimentos, baseado em commodities para exportação e das possibilidades de expansão da agroecologia a partir de processos educacionais. Observando o contexto atual o trabalho problematiza as seguintes questões: Considerando que os ingressantes no curso são oriundos dos assentamentos de Santa Catarina, depois de formados retornarão aos seus locais de origem para desenvolverem conhecimentos adquiridos na escola? Quantos dos egressos tornam-se agentes capazes de empreender mudanças qualitativas nos assentamentos? Ao analisarmos quantitativamente os dados dos egressos percebemos que, em sua grande maioria, não retornaram as suas comunidades de origem. Desta forma, refinamos a observação nos debruçando sobre aqueles que de alguma forma estão nos assentamentos, surgindo assim novas questões: Qual o perfil dos técnicos formados na escola? A formação acontecida pelo curso oferece condições objetivas de potencializar a produção limpa de alimentos? E, por fim, uma questão mais abrangente: Em que medida é possível elaborar uma alternativa no campo da agroecologia pensando em construir um novo modelo que contraponha a agricultura industrial, forma hegemônica de produção contemporânea e seus efeitos ambientais e sociais? Ao finalizar o estudo identificamos aspectos positivos do curso como a formação de uma consciência crítica do mundo, exercício da coletividade e solidariedade, sem contar a possibilidade de acesso à educação e inserção no mundo do trabalho. Identificamos, igualmente, dificuldades para o desenvolvimento da agroecologia, que requer a combinação de muitos outros fatores, para além da formação escolar.<br> / Abstract : The present work focuses on the analysis of agroecology education from "The 25 de Maio School", located in the city of Fraiburgo, SC in the context of MST - Movimento Sem Terra (Landless Rural Workers' Movement in Brazil). We sought to raise questions related to the limits and potentiality of developing agroecological production in rural settlements, performed by trained technicians graduated during the period between 2008 to 2011. This study aims to understand the constituent elements for the establishment of this social movement, resulting from the historically developed configuration of the Brazilian agrarian issue. Subsequently, we sought to set the struggle scenario for education, and principally, the inclusion of agroecology as a possibility for critical training within rural settlements. In this sense, this study attempted to enhance the contradictions regarding the conventional way of producing food, based on commodities for export, and the expansion of possibilities of agroecology through educational training. Looking through the current context, this work discusses the following issues: Considering that the students of this course are from rural settlements from Santa Catarina, once graduated, will they return to their places of origin to develop the knowledge acquired in school? How many of the graduates become capable of undertaking qualitative changes in the settlements? By analyzing quantitative data of the graduates, we noticed that most of them have not returned to their home communities. Thus, we refined the study by focusing on those graduates that were somehow still in the settlements, thus resulting in new questions: What is the profile of the technicians trained in the school? Does the knowledge acquired from the training in question offer proper conditions to enhance clean food production? Finally, a more comprehensive question: To what extent is it possible to develop na alternative in the field of agroecology thinking to establish a new model that opposes the present industrial agriculture model, which as we know, is a hegemonic form of contemporary production and has it's environmental and social effects? At the end of the study, we identified positive aspects of the training, such as the formation of a more critical consciousness regarding the world, the practice of collectivity and solidarity, besides the possibility of access to education and inclusion in the labor market. We have also identified difficulties in the development of agroecology, which requires a combination of many other factors, apart from education.
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Fatores que contribuíram para o crescimento da produção de arroz agroecológico em assentamentos de reforma agrária no RSFornazieri, Milton José January 2015 (has links)
Dissertação (mestrado profissional) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2016-01-15T14:55:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / O Arroz é o segundo alimento mais consumido do mundo, ficando atrás somente do trigo. Domesticado há mais de 10 mil anos no Vale do Rio Yangtzé da China, acompanha o desenvolvimento de muitos povos, principalmente os de origem asiática, tornando-se assim mais do que um alimento, um elemento central da expressão cultural destes povos. Atualmente, a produção mundial fica em torno 481 milhões de toneladas por ano, o que praticamente se equivale ao consumo mundial. Entre os 10 maiores produtores mundiais, somente o Brasil não é do continente asiático, ficando em nono lugar. A China continua sendo o maior produtor mundial, responsável por 40% da produção.No Brasil o cultivo do arroz acontece em todas as regiões do país, na sua maioria em pequena escala, atendendo o consumo próprio ou o mercado local. A produção se concentra em cinco estados, sendo o Rio Grande do Sul o maior produtor, 70% da produção nacional, estimada de 12, 1 milhões de toneladas. No Brasil, o cultivo acontece em duas formas: sequeiro e irrigado. A produção de sequeiro vem caindo gradativamente nos últimos 40 anos, pois era a cultura utilizada como primeiro cultivo nas novas fronteiras agrícolas, sendo substituída por outros cultivos mais rentáveis na sequência. Por outro lado, o cultivo de arroz em terras baixas, irrigado, vem aumentando em área plantada e em produtividade. Esse tipo de manejo é fortemente presente na região Sul do País, destacando-se o Rio Grande do Sul.No início do Século XXI, começa a ser cultivado em assentamentos de Reforma Agrária o arroz agroecológico. A ruptura do modelo convencional acontece após vários insucessos seguidos na produção e principalmente com os riscos à saúde e ao ambiente ocasionados pelo alto consumo de produtos químicos utilizados na adubação e tratos culturais. A produção inicial aconteceu em duas áreas experimentais de 10 hectares em dois assentamentos. Hoje a produção agroecológica se estende por mais de 04 mil hectares, envolvendo atualmente 520 famílias, com uma produção estimada, para a atual safra, de 450 mil sacas, tornado-se a maior produção agroecológica de arroz do continente americano.Para chegar a esses números foi necessário o envolvimento de muitos agricultores e o fortalecimento de vários instrumentos organizativos, com destaque às cooperativas existentes na região e ao Grupo Gestor do Arroz Ecológico. Uma estrutura organizativa que perpassa as demais estruturas organizativas e todas as decisões sobre o cultivo do arroz passam pela sua Organização. A tendência é que ocultivo do arroz agroecológico continue crescendo, expandindo-se para outras regiões do Estado. Para tanto, precisa superar alguns desafios, como o domínio de toda a cadeia produtiva, o mercado e suas implicações e cuidado constante em não retroceder no processo. É preciso buscar a cada dia a produção em escala, pois somente com escala se consegue fazer uma disputa de igualdade com o modelo proposto pelo agronegócio.<br> / Abstract : Rice is the second most consumed food in the world, only losing to wheat. Domesticated for more than 10,000 years in the Yangtze River Valley of China, follows the development of many people, especially those of Asian origin. Thus becoming more than food, but a central element of cultural expression of these peoples. Currently, the world production is around 481 million tons per year, practically equivalent to the world's consumption. Among the 10 largest producers, only Brazil is not in the Asian continent, being in ninth place. China remains the largest national producer, accounting for 40% of production.In Brazil, rice cultivation takes place in all regions of the country, mostly in a small scale, for own consumption or the local market. The production is concentrated in five states and Rio Grande do Sul is the largest producer, with an output of 64% of the national production, estimated in 12.1 million tons. In Brazil, the cultivation is made in two ways: rainfed and irrigated. The rainfed production has been decreasing gradually in the last 40 years, as it was the culture used in the first cultivation in new agricultural frontiers, being replaced afterwards by other crops that were more profitable. On the other hand, the cultivation of rice in lowlands and irrigated, has been increasing in acreage and productivity. This type of management is strongly present in Southern Brazil, especially in Rio Grande do SulAs of the beginning of the 21st Century, the cultivation of agro-ecological rice begins on the land reform settlements. Rupture with the conventional model happens after several failures in production and especially with the risks to health and the environment caused by the high use of chemicals in the fertilization and cultivation. the initial production happened in two experimental areas of 10 hectares in two settlements. Today agro-ecological production spans over 4,000 hectares with an estimated production for the current crop of 450 thousand bags, becoming the largest agro-ecological production of rice in the American Continent.In order to reach these numbers, the involvement of many farmers was necessary and the strengthening of a number of organizational instruments, especially with existing cooperatives in the region and the Grupo Gestor do Arroz Ecológico (Ecological Rice Farming Manager Group). An organizational structure that permeates the other organizational structures, and all decisions on rice cultivation goes through this organization. The tendency is that the agro-ecological rice cultivation continues to grow, expanding to other regions of thestate. Therefore, it must overcome some challenges, such as the domain of the entire production chain, the market and its implications, and constant care not to go back in the process. Seek production scale every day, because only through scale, one can equally confront with the model proposed by agribusiness.
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Desafios para o desenvolvimento de processos comerciais agroecológicos na rede de cooperativas da reforma agrária do ParanáRiepe, Ademir de Jesus January 2015 (has links)
Dissertação (mestrado profissional) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2016-01-15T14:55:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / Esse trabalho apresenta resultados de uma pesquisa desenvolvida junto à rede de cooperativas de reforma agrária localizada no estado do Paraná, região Sul do Brasil. Esta rede propõe o desenvolvimento de processos produtivos e comerciais sob a perspectiva da agroecologia, porém, inserida no sistema agroalimentar hegemônico enfrenta dificuldades para alcançar os seus objetivos. Neste contexto, a pesquisa buscou resposta para a seguinte pergunta: quais elementos da comercialização de alimentos realizada pela rede de cooperativas de reforma agrária do Paraná são (in) compatíveis com a agroecologia? Constatamos que as cooperativas de reforma agrária se diferem entre si quanto às formas de organização da produção e comercialização, de modo que algumas se aproximam mais de uma perspectiva agroecológica enquanto outras menos. Constatamos que um grupo de cooperativas está mais próximo da agroecologia. Esse grupo concentra importantes avanços em termos de produção agroecológica/orgânica de alimentos e comercialização no mercado regional (até 100 km), no qual persiste uma maior aproximação entre produtores e consumidores. Suas práticas de comercialização permitem o fortalecimento das formas de produção familiar e a diversificação produtiva, com a valorização de produtos agroecológicos/orgânicos. Os mercados acessados por estas cooperativas conferem-lhes maior autonomia em seus processos produtivos, porém elas têm forte dependência de um mercado para o escoamento da ampla diversidade de alimentos, o que representa um risco para sua autonomia e garantia da produção diversificada. Há outro grupo de cooperativas, o qual consideramos numa condição intermediária em relação à agroecologia. Esse grupo comercializa elevada diversidade de alimentos, porém, sua maior proporção é do tipo convencional, cuja venda é realizada principalmente no mercado regional (até 100 km), em operações comerciais que aproximam produtores e consumidores e que permitem o fortalecimento das formas de produção familiar. Este grupo apresenta o mesmo limite do grupo I, para a forte dependência de um mercado específico. Assim, entendemos que é necessário desenvolver estratégias que possam elevar o grau de autonomia das cooperativas que integram os grupos I e II, pelo beneficiamento mínimo de vegetais e diversificação de canais de comercialização que possam igualmente estimular a diversificaçãoprodutiva. Por último, identificamos um grupo de cooperativas ?mais convencionais?. Ele comercializa limitada diversidade de produtos, na sua maior proporção do tipo convencional, que são destinados principalmente a circuitos longos de comercialização. Estas organizações se especializaram na comercialização de um número limitado de produtos. Se isto lhes dá vantagem de dominar bem os processos das vendas que realizam, lhes restringe porque ficam dependentes de poucos compradores. Os circuitos comerciais nos quais elas participam podem contribuir para a especialização produtiva e, portanto, para um maior distanciamento do que a agroecologia propõe.<br> / Abstract : This research centers on a network of agrarian reform cooperatives in Paraná, Southern Brazil. Informed by an agroecological perspective, these cooperatives organize productive processes and commercialization. However, given the constraints posed by the hegemonic food system, they struggle to realize their objectives. Therefore, this study asks: Which elements in the marketing of food by Paranense agrarian reform cooperatives are (in)compatible with agroecology? It contributes an understanding of the heterogeneity of agrarian reform cooperatives, primarily in terms of marketing and productive organization and outlines a continuum of compliance with agroecological principles: high, intermediate, and low. The study found that location is an important factor in the success of the agroecological model, with the most observable progress made in settlements with favorable access to regional markets (up to 100 km). Closer proximity between producer and consumer contributes to the strengthening of diverse, family-based agriculture, with an upward valuation of agroecological/organic produce. Contradictions were observed, as cooperatives remain highly dependent on the market for the sale of food. Such dependencies represent a threat to autonomous, diverse production. In the case of the intermediate group, they sell diverse foods yet produce proportionally significant quantities of ?conventional-style? produce, sold primarily in the regional market (up to 100 km). As in the first group, orientation towards the regional market reduces the distance between producers and consumers, strengthens familial productive processes yet entails high dependence on a specific market. Together, these results suggest that there is a need to develop strategies to enhance autonomy of these high and intermediate groups through an emphasis on processing, commercialization, and other means to stimulate productive diversification. Finally, the research identified groups who display ?low? compliance with the agroecological model, and most closely resemble conventional agriculture. Such cooperatives sell a limited number of products, usually of the conventional variety, sold in long distribution channels. While these groups benefit from ongoing sales agreements, they are ultimately restricted due to their dependence on a few buyers. Whilst these commercial circuits contribute to productive specialization, they are incompatible with the agroecological model.
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