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Representação social dos professores de aluno com autismo sobre os processos de ensino e aprendizagem

Lemos, Claudia Elci Bervig 15 June 2018 (has links)
O objetivo desse estudo foi investigar processos de ensino e de aprendizagem desenvolvidos por professores que atuam junto a uma turma de estudantes da Educação Básica, com a presença de aluno com autismo. Objetivou, ainda, analisar implicações desses processos na apropriação de conceitos científico-escolares e no desenvolvimento do aluno com autismo. O trabalho foi desenvolvido em uma escola particular de nível fundamental de Santa Rosa e envolveu: a) professores que atuavam na turma do terceiro ano do Ensino Fundamental; b) diretora, vice- diretora e coordenadora e; c) alunos do terceiro ano do Ensino Fundamental que conta com um aluno com autismo. Os dados foram produzidos a partir de observação de aulas as quais foram gravadas e transcritas Além disso, realizou-se entrevista semiestruturada e questionário com os professores do 3º ano da escola envolvida nesse processo, diretora vice- diretora, coordenadora e estudantes da referida escola. A pesquisa é de natureza qualitativa e se insere na modalidade Estudo de Caso (YIN, 2001; ANDRÉ, 1983). Os dados foram produzidos a partir das transcrições das entrevistas e dos questionários e das observações das aulas. A organização dos dados foi realizada considerando os pressupostos teóricos da Análise Textual Discursiva (MORAES; GALIAZZI, 2011). A hipótese inicial é a de que o reconhecimento das limitações e das potencialidades de aprendizagem da criança com autismo e a compreensão, por parte dos professores e equipes diretivas da escola, do que é autismo e daquilo que a sociedade exige da criança com autismo, quer seja em termos de comportamento frente aos colegas e professores, quer seja em termos de questões relacionadas às aprendizagens dos conteúdos escolares, maiores serão as oportunidades oferecidas pela escola para a progressão desse aluno em seus estudos com sucesso. Para análise dos dados buscou-se apoio teórico em autores como: Vigostki (1978, 1997, 2000, 2003, 2004, 2008), Silva, Gaiato e Reveles (2012), Mantoan (2003, 2005), Bosa (2002); Sassaki (1997); Baptista (2003, 2006); Paulino e Santos (2006); Bosa, Sanini, Roselli e Lara (2012). / 110 f.
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Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) como indutor da prática curricular de professores de matemática a partir da perspectiva de contextualização

Reis, Ana Queli Mafalda 31 October 2013 (has links)
Esta pesquisa buscou reconhecer a proposta escolar, a partir da base curricular comum e do discurso dos professores na disciplina de Matemática, a partir do conceito de contextualização, considerando a reforma curricular iniciada pela LDBEN 9.394/1996, articulada através de documentos como PCNEM (1999) e PCN+ (2002) e tencionada pelas mudanças no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em 2009. Propõe-se como problemática de pesquisa as seguintes questões: Considerando o Enem como uma política de reestruturação do currículo de Matemática no Ensino Médio, pautada no processo de contextualização do ensino, é possível identificarmos, nas práticas de docentes de Matemática atuantes no Ensino Médio, articulações desse processo com as Matrizes de Referência do Enem na área de Matemática e suas Tecnologias e na reestruturação do currículo escolar? No que se baseiam as ações docentes propostas de Matemática do Ensino Médio? Inicialmente, foi realizada uma pesquisa quantitativa com dados do Enem de 2009 e 2010, para a seleção do lócus de pesquisa e, a partir dessa análise, foram selecionadas duas escolas de Ensino Médio públicas da cidade de Ijuí/RS. As escolas foram reconhecidas através dos documentos que regulamentam a proposta de ensino e, também, a partir de questionários e entrevistas com cinco professores de Matemática. Dessa análise, a escola é reconhecida a partir de duas perspectivas: a de currículo, quando pensada nos conteúdos que compõem a base curricular comum, e a de pedagogia, que contempla a ação dos professores em efetivar mudanças nas suas propostas de ensino, principalmente no que se refere ao uso da contextualização no ensino. Da primeira perspectiva, percebe-se um currículo algébrico sendo priorizado na proposta de ensino de Matemática, bem como uma divergência com relação à base curricular comum orientada pelas políticas públicas. Quanto à segunda perspectiva, a ação pedagógica do professor vem buscando mudanças, as quais ocorrem em detrimento das vivências em sala de aula e das influências do livro didático. O conceito de contextualização, que é um dos princípios dessa reforma curricular, é apontado pelos professores como uma mudança de postura na ação pedagógica, no entanto tais ações são vistas como frágeis e insuficientes para compreender um processo de reforma curricular. Dessa forma, a escola ainda parece estar indiferente às orientações públicas, primeiro porque os professores não se sentem questionados em seu trabalho, devido ao fato de os processos seletivos nas instituições públicas ainda permanecerem com maior regularidade com a cultura curricular da escola; e segundo, os professores apresentam entendimentos superficiais e limitados para efetivar mudanças no ensino, a ponto de comprometer o processo de reforma curricular. O Ensino Médio está com dificuldades em desenvolver a base curricular comum, no caso da Matemática, pela diminuição na carga horária e a falta de conhecimento matemático do Ensino Fundamental. Mesmo após 15 anos de orientações e políticas, o currículo da escola e a ação pedagógica do professor parecem indiferentes aos processos de reforma curricular. / 116 f.
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Saberes docentes de uma professora que ensina função e conhece a teoria dos registros de representação semiótica

Maggio, Deise Pedroso 04 November 2013 (has links)
A presente pesquisa teve como problemática o processo de ensino de função e as representações semióticas desse conceito, considerando o caso de uma professora de matemática que conhece os pressupostos teóricos dos Registros de Representação Semiótica de Raymond Duval e atua no Ensino Médio. Nesta perspectiva, se visou, de forma geral, analisar o ensino de função planejado e vivenciado em sala de aula por essa professora e; especificamente, investigar como as representações semióticas do conceito de função são utilizadas na organização dos planejamentos de ensino, bem como são conduzidas em sala de aula. Para tanto, se buscou subsídios na teoria da aprendizagem de Raymond Duval, procurando seus aportes para o ensino de função, e em reafirmações, críticas e contribuições a respeito da mesma; bem como em outros aportes teóricos que extrapolam essa teoria tais como: na teoria pedagógica de Maurice Tardif, no conceito de mediação em Vigotski, em diferentes estratégias de ensino identificadas e analisadas por Guy Brousseau. Os procedimentos metodológicos são de caráter qualitativo com design de estudo de caso intrínseco, ocorrendo em um contexto de trabalho cooperativo que foi permeado por três momentos e envolveu os seguintes instrumentos de coleta de dados: entrevistas semiestruturadas e não estruturadas, sessões reflexivas, diários de campo e câmera de vídeo. Dessa forma, isto é, por meio dos saberes docentes mobilizados e postos pela professora em discursos referentes aos seus planejamentos de ensino e diante de sua prática pedagógica, se constatou que as representações semióticas do conceito de função utilizadas com mais frequência são: gráfica tabular, gráfica cartesiana, algébrica, simbólica e língua natural. E essas representações visam, em tarefas de conversão principalmente, diferentes e essenciais noções do campo conceitual de função tais como: variação, dependência, grandeza, variável, regularidade e padrão em sequências numéricas, domínio (campo de definição), imagem, contradomínio (campo de variação) e intervalo no traçado reto. Ainda, a representação na língua natural, em especial, é empregada na condução das demais representações semióticas, sobretudo, por meio da “devolução de perguntas” redacionalmente mencionadas ou que envolvem termos que fazem menção às noções citadas. Esses fatos podem ser explicados pelo distanciamento entre teoria e prática no processo de formação inicial e, também, contínua dos professores: a professora buscou na especialização Stricto Sensu uma formação didática mais consistente e depois que inicia sua carreira no magistério procura refletir, constantemente, sobre sua prática docente diária e, então, se inquieta com sua formação pedagógica. / 137 f.
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Significação conceitual na alfabetização escolar: um trabalho com projetos no primeiro ano do ensino fundamental

Souza, Flávia Burdzinski de 04 November 2013 (has links)
Em texto dissertativo de nível de Mestrado em Educação nas Ciências, discuto questões referentes à significação conceitual e sua relação na alfabetização escolar, apresentando dados produzidos a partir de instrumento de registro histórico, denominado “Documentação Pedagógica”, de episódios coletados em vídeo-gravações e de situações e fatos correntes junto a uma turma de alunos em período de alfabetização escolar. O trabalho foi desenvolvido pela própria professora da turma e autora dos registros realizados. Objetivou compreender o processo de construção de uma alfabetização significativa, ou seja, a partir do significado dado ao sistema de signo que envolve a alfabetização de crianças e sua relação com a significação de conceitos escolares e do cotidiano que circulam de forma sistemática e intencional na escola. Parte do pressuposto de que nenhuma atividade terá relevância na vida se não for compreendido seu sentido, seu significado, sua importância. Na escrita, quanto maior o significado dado às palavras registradas, maior é o uso que a criança faz dessa ferramenta essencial à inserção cultural, o que consequentemente institui a relevância dessa atividade para a vida. Há muitos estudos sobre alfabetização e significação conceitual na escola, mas pouco tem sido estudado sobre a relação existente entre esses processos, que foi o objetivo central da pesquisa realizada. Constituem o texto dissertativo, em sua primeira parte, a trajetória da pesquisadora no percurso de construção da pesquisa, como os objetivos, a problemática, a relevância do estudo e os caminhos metodológicos. Estes se efetivaram com base na Análise Textual Discursiva e na metodologia do Estudo de Caso do tipo etnográfico. A segunda parte contempla a explicitação de conceitos relacionados a conhecimento escolar, significação conceitual e alfabetização escolar, com realce na abordagem histórico-cultural de base vigotskiana. Na terceira parte são analisados os dados empíricos da pesquisa a partir, principalmente, da Documentação Pedagógica relativa ao Projeto “Viagem de Barco”, desenvolvido com dezesseis alunos do 1º ano do Ensino Fundamental, de uma escola de rede particular, do Município de Santo Ângelo –RS – Brasil. Os dados selecionados para discussão foram produzidos a partir de categorias que, ao serem analisadas, produziram proposições que constituem o corpo do terceiro capítulo da pesquisa. De maneira geral pode-se afirmar que a abordagem histórico cultural contribui para pensar a alfabetização de um modo diferente da maioria das discussões na área, pois considera a escrita como um signo complexo que altera as estruturas cognitivas do sujeito, permite desenvolver novos processos mentais e compreende a relação alfabetização/significação conceitual como processo que potencializa uma e outra. Ao conceituar e significar as palavras encontradas em seu contexto de pesquisa, a criança sente a necessidade de escrever e desse modo entende a função da escrita com novos sentidos, evoluindo seu significado. No caminho inverso, o registro escrito amplia o poder e significado das palavras e assim desenvolve conceitos. A pesquisa contribui para o campo educacional na medida em que concebe a alfabetização e a significação conceitual com novos olhares. / 192 f.
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Formação de professores na graduação articulada à produção de currículo de ensino de química: contribuições da situação de estudo

Vianna, Jaqueline 04 November 2013 (has links)
Este estudo discute a formação de professores no contexto do curso de Licenciatura em Química da Unijuí, no qual se articula na formação dos licenciandos à produção da proposta curricular denominada Situação de Estudo (SE), nos componentes disciplinares Estágios Curriculares Supervisionados. Teve como objetivos investigar, analisar e compreender se as disciplinas de Estágio proporcionam competências básicas para que os licenciandos produzam propostas curriculares como as SE e qual o nível de qualidade que atingem essas produções, mapeando conteúdos/assuntos mais escolhidos pelos licenciandos para suas elaborações e se estes contemplam os conteúdos escolares no nível de ensino adequado, além de identificar problemas, em SE já produzidas, que persistem para contemplar os princípios de organização curricular recomendados segundo documentos oficiais e implicações da pesquisa educacional sobre o tema. Metodologicamente, a investigação configura-se em Estudo de Caso, e os dados foram produzidos a partir das SE elaboradas pelos licenciandos no curso de Licenciatura em Química, na disciplina de Estágio Curricular Supervisionado IV: Ensino de Química I, nos anos de 2008, 2009, 2010 e 2011. Para analisar os dados obtidos foram construídos três focos temáticos: contexto da SE; conteúdos/conceitos contemplados na SE; recursos de apoio para a produção de SE. Os dados foram produzidos e organizados segundo princípios da Análise Textual Discursiva (MORAES, GALIAZZI, 2011). Dentre os resultados da pesquisa, evidenciei que as temáticas escolhidas pelos licenciandos são as mais variadas, mas os temas mais escolhidos foram os que possibilitam inserir conteúdos a serem desenvolvidos no 3º ano do Ensino Médio. Encontrei indícios de que a escolha dos conteúdos do 3º ano está relacionado ao fato de serem compreendidos como mais próximos a fenômenos e situações do cotidiano, além de serem considerados mais fáceis no nível que são exigidos no Ensino Médio. De forma geral, constatei dificuldades para articular conhecimentos do cotidiano com conhecimentos científicos, o que pode prejudicar no desenvolvimento do ensino contextualizado, algo importante para uma SE. Verifiquei que os licenciandos escolhem variadas ferramentas de mediação para elaborar sua SE, mas que ainda continuam utilizando mais o livro didático e também sites da Rede Mundial de Computadores. Concluo que o processo de elaboração de SE pode proporcionar autoria e autonomia do e ao futuro professor, mas para isso ele precisa ser ensinado e acompanhado. Sérias limitações ainda foram encontradas na elaboração de SE mais consistentes, que podem ser compreendidas como naturais, tendo em vista ser ainda uma prática inicial e nova o fato de o professor ver-se como autor de sua proposta curricular de forma explícita e inovadora. / 127 f.
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Estado da arte da pesquisa em educação alimentar e nutricional

Sartori, Jordana Linassi 04 November 2013 (has links)
A pesquisa analisou o estado da arte do tema “Educação Alimentar e Nutricional”, considerando artigos científicos, dissertações e teses, publicados na base de dados do Scielo, Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações e Portal de Periódicos da Capes, no período de 1990 a 2010. Os critérios de seleção foram conter no título, palavraschave e resumo os termos “Educação Alimentar e Nutricional” no espaço escolar e não escolar. Oitenta publicações atenderam os critérios. É uma pesquisa qualitativa e documental, que utiliza a análise textual discursiva, para a compreensão dos fenômenos que investiga. (MORAES e GAGLIAZZI, 2011). O objetivo foi contribuir para a construção de um referencial na área e evidenciar os caminhos percorridos pelos autores de estratégias de educação nutricional, ao longo de dez anos. Para melhorar a visualização dos dados, após a seleção do material, foram montados quadros sistematizadores com o conteúdo dos trabalhos selecionados. A construção de categorias temáticas a partir da análise realizada, a identificação da proveniência dos autores das publicações, assim como dos autores referência no assunto, possibilitou a compreensão do conteúdo dos textos pesquisados. Após a análise, verificou-se que, ao longo destes anos, a maioria das pesquisas ocupou-se em avaliar e eficácia de Estratégias de Educação Alimentar e nutricional, questões relativas ao perfil nutricional, práticas alimentares e avaliação dos índices de sobrepeso e obesidade. Apesar da identificação nos textos da preocupação com a autonomia dos sujeitos envolvidos, houve predomínio da racionalidade técnica instrumental, com distanciamento da realidade de vida da maioria dos grupos sociais. Normalmente, as técnicas escolhidas não valorizam o dialogo, o saber popular, as diferenças sociais e econômicas, nem permitem ouvir os sujeitos envolvidos. Os estudos sobre avaliação e identificação de conhecimentos sobre alimentação adequada também foram salientes e fundamentais para a qualidade das estratégias nutricionais posteriormente propostas. Em relação a formação inicial do nutricionista, nota-se a necessidade de aprimorar sua função enquanto educador, sendo importante uma sólida formação pedagógica. Contudo, se por um lado, ao longo destes anos as estratégias de EAN não responderam aos desafios propostos por Boog (1997), ao mesmo tempo, observando as categorias emergidas pela pesquisa, observa-se a preocupação em criar novas estratégias, assim como qualificá-las. O momento é de transição entre os modelos que diferenciam educação de orientação nutricional. / 72 f.
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A educação permanente nas políticas de saúde pública

Ubessi, Liamara Denise 04 November 2013 (has links)
A Educação Permanente em Saúde (EPS) visa efetuar relações entre ensino e serviços, gestão, atenção e controle social no Sistema Único de Saúde (SUS), com vistas a mudanças na construção do Sistema Único de Saúde na garantia do direito à saúde. Este estudo analisa como opera a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) na 15ª região de saúde do Rio Grande do Sul a partir das concepções sobre educação, saúde e educação permanente em saúde para a garantia do direito a saúde. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo e exploratório, aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da Unijuí sob número 026/2011. Para coleta dos dados utilizou-se de entrevista semi-estruturada e registro em diário de campo. Os achados foram categorizados conforme preceitos da análise de conteúdo. Dos mesmos tem-se a categoria analítica: A educação engendrada e engendrando nos tecidos da saúde, pelas concepções de educação, de saúde, e de educação permanente que interferem na operabilidade da PNEPS e garantia do direto a saúde. Os resultados confirmam parcialmente os pressupostos do estudo. As concepções de educação, saúde e educação permanente em saúde podem interferir na formação em saúde, gestão, atenção e controle social. Não são, necessariamente, determinantes da operabilidade da Politica. Há protagonismo nas atividades realizadas de educação permanente em saúde, mas tendem a ser insuficientes para a garantia do direito a saúde, contudo podem ser potencializadas com outros dispositivos, como o Apoio Institucional e Vivências no SUS. Educação permanente é um método para a práxis em saúde nos quatro eixos articuladores e modos de operar o SUS. / 169 f.
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Entendimentos do ensino da estatística em cursos de licenciamento: aproximações e distanciamentos na formação do professor de matemática

Fuchs, Mariele Josiane 04 November 2013 (has links)
O presente estudo apresenta discussões acerca da Educação Estatística na formação inicial de professores de Matemática. Teve como objetivo analisar os entendimentos do ensino da Estatística na formação de futuros professores de Matemática, em cursos de licenciatura de universidades públicas e privadas do Rio Grande do Sul, expressos pelos documentos dos cursos, por coordenadores e professores formadores. Para tanto, foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa, estando esse processo subdividido em análise documental e pesquisa de campo. Na análise documental, utilizaram-se como fonte de informações os projetos pedagógicos dos cursos e as matrizes curriculares, as ementas e os planos de ensino das disciplinas de Estatística e Probabilidade. A pesquisa de campo consistiu na aplicação de um questionário aos coordenadores dos referidos cursos, bem como um questionário aos professores formadores que ministram as respectivas disciplinas. Em virtude de os instrumentos utilizados para a construção de dados terem concedido um conjunto de textos e/ou documentos como fonte de informação, para discorrer sobre os resultados obtidos adotou-se, como metodologia, a análise textual discursiva, da qual emergiram os seguintes focos de análise: o perfil de formação do futuro professor; as disciplinas de Estatística e Probabilidade nos cursos de licenciatura em Matemática; o ensino de Estatística pelos docentes das universidades para a formação do professor de Matemática. As análises e as reflexões que resultaram dessa investigação evidenciam que os cursos de licenciatura em Matemática estão preocupados em formar professores com um perfil profissional voltado para as demandas do contexto escolar da Educação Básica, no que tange à formação para a cidadania, a partir da ênfase no perfil profissional crítico e reflexivo do futuro professor. Entretanto o enfoque concebido às disciplinas estocásticas e o trabalho docente desenvolvido pelos professores formadores apresenta lacunas em relação à formação do licenciando para trabalhar com a Educação Estatística nos ambientes escolares. Aspectos inerentes ao processo educativo com os saberes estatístico e probabilístico estão sendo desconsiderados, podendo acarretar dificuldades na abordagem desses conceitos por parte dos professores que ensinam Matemática na Educação Básica. Além disso, ainda há muito a ser discutido e investigado para que os respectivos cursos de formação inicial primem por uma Educação Estatística com vistas ao desenvolvimento das competências que possibilitam formar profissionais estatisticamente letrados. / 176 f.
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O currículo integrado na educação de jovens e adultos

Lottermann, Osmar 05 November 2013 (has links)
Esta pesquisa descreve e reflete sobre as origens históricas do Currículo Integrado, descreve a história da Educação de Jovens e Adultos no Brasil e “sistematiza” a experiência dos educadores do Curso de Formação Inicial e Continuada em Gestão Agropecuária integrado ao Ensino Fundamental na modalidade de EJA, desenvolvido pelo Instituto Federal Farroupilha, no Campus Santo Augusto, em parceria com os municípios de Tenente Portela, Três Passos e Coronel Bicaco. As análises foram realizadas a partir do método dialético, conforme define Moacir Gadotti, e tiveram como referências as categorias: trabalho, totalidade, contradição e hegemonia. O estudo foi realizado através da revisão bibliográfica sobre as origens do Currículo Integrado, com ênfase no seu principal referencial – a Escola Unitária de Gramsci -, considerando os princípios teóricos que lhe dão sustentação e da reflexão sobre o debate que se estabeleceu sobre o tema, a partir da sua definição como uma das prioridades da Educação Profissional de nível médio na Rede Federal de Educação Profissional. Tomei como referência para esta reflexão, os trabalhos de Gaudêncio Frigotto, Maria Ciavatta, Acácia Kuenzer e Marise Ramos. O estudo serviu de base para indagar se o programa analisado tem caráter transformador. Em relação à Educação de Jovens e Adultos, foi realizada a descrição do seu histórico, tendo por base os trabalhos de Vanilda Pereira Paiva e Paulo Ghiraldelli JR, com ênfase nas experiências da Educação Popular realizadas a partir do final da década de 50 e início da década de 60, do século passado. Período em que houve projetos cujos objetivos eram a real emancipação dos trabalhadores, em contraposição ao projeto conservador de alfabetização que pretendia oferecer as primeiras letras e uma formação básica, que nada mais faria que inserir os trabalhadores como mão de obra dos setores produtivos urbanos. Neste contexto histórico aparece a Educação de Adultos em meio à disputa de projetos sociais e políticos mais amplos. No capítulo da “Sistematização da Experiência”, considerei as orientações de Elza Maria Fonseca Falkembach e Oscar Jara, no sentido de organizar as etapas do trabalho realizado, analisar os documentos, fazer a leitura e transcrição resumida dos Memoriais Formativos e a transcrição e análise dos depoimentos dos professores. A “sistematização” orientou-se pelas seguintes questões: Os educadores expressam uma compreensão das intenções estratégicas do Currículo Integrado no PROEJA-FIC, isto é, como projeto pedagógico contra-hegemônico? Quanto às especificidades dos sujeitos da EJA, como elas são percebidas pelos educadores, especialmente quanto às formas de avaliação e integração curricular? Houve um ambiente de crítica sobre as condições da realidade vivida por educandos e educadores, com o objetivo de ampliar os papéis que têm sido atribuídos à educação de adultos no Brasil, ou, nas palavras de Falkembach (2006), “ampliar cabeças”? Como resultado da investigação, podemos afirmar que apenas um educador revelou compreensão sobre as intenções estratégicas do Currículo Integrado no PROEJA-FIC. Os demais manifestaram compreensão razoável, apenas. Quanto à metodologia para as especificidades dos sujeitos da EJA, os educadores expressaram preocupações em relação à integração curricular, reconhecendo o espaço do PROEJA-FIC como meio de encontro e reencontro para pensar as vivências para além dos conteúdos, o que levou à percepção da necessidade de processos avaliativos que priorizem aspectos qualitativos. Esta foi a questão com as respostas mais adequadas para as condições históricas requeridas pela EJA e seus sujeitos. A pesquisa também revelou a necessidade de se ampliar os trabalhos de Formação Continuada dos professores. / 137 f.
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Lugares de resistência: a arte de rua nas cidades de Porto Alegre no Brasil e Santiago do Chile

Mesías, Paulina Lozano 05 November 2013 (has links)
Esta dissertação trata sobre as possibilidades de construção de lugares de resistência através da arte de rua, no contexto das cidades de Porto Alegre, no Brasil, e Santiago, no Chile. Para tanto, optou-se por uma abordagem que reúne e discute os aportes teóricos, tanto da Geografia como da Arte de Rua. Tem por objetivo geral compreender como, na dinâmica diária dessas áreas metropolitanas, se constroem lugares de resistência através da arte de rua. Lugares de resistência são entendidos, aqui, como lugares de vida, de significados e de diferentes práticas educativas. A metodologia está focada no modelo compreessivo-interpretativo (qualitativo), que permite indagar as ações sociais dos sujeitos. O desenho utilizado é o etnográfico, tendo como método a observação participante onde a pesquisadora teve inserção direta nos contextos dos entrevistados, considerando as cidades no contexto da globalização, que propiciam o surgimento de significações e posicionamentos que diferem do pensamento único. Constatou-se, por meio da análise e interpretação dos relatos dos artistas de rua, que, tanto na cidade de Porto Alegre como em Santiago, as possibilidades de construção de lugares de resistência se mostraram como formas de contruções espaciais, tais como territorializações, lugarizações e transformações da paisagem urbana. Essas construções, produzidas através de diferentes práticas educativas, evidenciam atos que subjetivizam o espaço, com as respectivas marcas pessoais/sociais e que mostram ativismo e resistência à homogeneizacão. / 175 f.

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