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A Socialização Profissional de Catadores de Materiais Recicláveis e a Constituição de Saberes Profissionais e Emancipatórios

Scariot, Nadia 07 May 2018 (has links)
O estudo apresentado no trabalho de tese tem como finalidade a compreensão de processos relativos à socialização profissional de catadores de materiais recicláveis, e as implicações desta na construção de saberes que lhes possibilitem uma emancipação, uma autonomia, em relação ao seu trabalho como profissão. Defendo a tese de que os catadores, muitas vezes, considerados refugos humanos, quando organizados, na perspectiva da educação popular e da economia solidária, têm a possibilidade de desenvolverem uma socialização profissional e saberes profissionais com sentido de emancipação social. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que, em sua metodologia, faz uso de referenciais teóricos comprometidos com o campo popular e, na parte empírica, utiliza-se dos relatos biográficos/histórias de vida para compreender a forma como os catadores encaram o trabalho na catação e os saberes e aprendizagens que emergem nesta atividade. Os resultados da pesquisa demonstram que uma socialização profissional está ocorrendo entre os catadores. Isso pode ser percebido pelo desenvolvimento de uma ação contínua, em que vão regularmente ao trabalho, de condições adequadas e tecnologias próprias de trabalho, devido a um espaço próprio, como o galpão da reciclagem e equipamentos de prensa, esteiras, elevadores, EPIs etc., e a observância de uma linguagem comum, em que passam a verbalizar nomenclaturas relativas à área da reciclagem, que expressa de que há um domínio de saberes, relativo à organização e às práticas da catação e reciclagem. E, assim, como ocorre em qualquer outra atividade profissional, na reciclagem é possível perceber que os diversos saberes que os catadores trazem consigo, os que desenvolvem no trabalho e a partir das formações das quais participam, contribuem de forma significativa para seu fazer profissional. Os dados do trabalho da pesquisa desenvolvida permitem concluir pela consistência da tese defendida. / 206 f.
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O professor: identidade e protagonismo - os muitos modos de dizer o ser e o fazer do professor e de se dizer

Kuhn, Martin 07 May 2018 (has links)
A identidade do professor, tomada como recorte de reflexão para esta tese surge de desafios do cotidiano da docência com alunas (os) em formação para professor, da coordenação do Curso de Pedagogia e, especialmente, da experiência intensa da formação continuada na região macromissioneira desenvolvida nos últimos 5 anos de minha trajetória profissional. Interrogar a identidade do professor volta-se à compreensão do conjunto de conhecimentos e saberes que o aluno em formação ou mesmo aqueles que já exercem a docência deveriam adquirir ou aprimorar para o exercício da profissão. Reconhecer uma identidade significa afirmar o pertencimento a algo constituído, a um grupo, a uma comunidade, a uma profissionalidade. Assim, o objetivo da tese é refletir sobre a identidade do professor pela via da identificação e do pertencimento a um conjunto de conhecimentos e saberes que configuram aquilo que denominamos de identidade docente. Não se trata de uma pesquisa empírica, embora atravessada pela experiência de formação continuada desenvolvida nos últimos anos. Orienta-se desde uma perspectiva teórica e metodológica crítico-reflexiva e interpretativa do fenômeno – a identidade do professor, para além dos métodos explicativos de causa e efeito, proposta da ciência moderna. Assume a racionalidade comunicativa como horiozonte de entendimento do fenômeno. A tese se estrutura a partir de três movimentos reflexivos e compreensivos. O primeiro movimento, primeiro e segundo capítulo, busca rastrear a questão da identidade e da identidade profissional historicamente. No primeiro capítulo, abordo o percurso histórico do desenvolvimento dos processos de identificação, como autores e teorias abordam a questão da constituição das identidades. No segundo capítulo, discuto como se constituem as identidades profissionais desde as corporações e ofícios da Idade Média à Modernidade, chegando com aproximações entre a educação e a construção das identificações profissionais. No 3º capítulo e 2º movimento, percorro a educação brasileira, a formação de professores e suas identificações profissionais com a finalidade de compreender de forma crítica e interpretativa a formação de professores e a sua identidade. No capítulo 4 e 3º movimento, discuto que conhecimentos e saberes docentes têm orientado a formação de professores como constituidores da identidade docente que podem ser mais ou menos protagonizados pelos alunos em formação ou professores em exercício. A esses conhecimentos e saberes, incorporo a exigência ética e estética, recuperando a sua dimensão formadora humana para além das perspectivas instrumentais e práticas. O que posso afirmar sobre a formação de professores e sua identidade profissional é que essa tem se orientado desde uma perspectiva instrumental. Tomo a proposição dialógica, Hermenêutica, Teoria Crítica e Teoria da Ação Comunicativa, de Mario Osorio Marques como possibilidade de repensar a pedagogia, a formação do educador e as práticas educativas diretas em sala de aula. Incorporo a exigência de uma formação ética e estética como fundantes da educação e de que sem essas não se avança sobre os domínios da razão instrumental. / 261 f.
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Identidade territorial na obra O Continente I de Erico Verissimo

Moraes, Maristela Maria de 07 May 2018 (has links)
As preocupações com a formação para a cidadania têm sido tema recorrente nos debates da educação. Desta forma, a escola passa a ser compreendida como um espaço e tempo para a construção do conhecimento, assim como lugar privilegiado para a formação cidadã. Levando isso em consideração, proponho-me a pensar nas contribuições que a obra literária e os conceitos geográficos, trabalhados conjuntamente, podem possibilitar ao aluno na sua formação. Assim sendo, esta tese dedica-se a estudar a identidade territorial, presente na obra O Continente I de Erico Verissimo, como elemento importante no processo de formação cidadã do aluno. Para isso, foram selecionados conceitos geográficos de espaço, território, lugar e paisagem que serviram de base para analisar a obra. A pesquisa utilizou-se da abordagem qualitativa, crítico-hermenêutica, Stein (1986), que permitiu interpretar para compreender os fenômenos que resultaram do diálogo entre o texto literário, os conceitos geográficos, as falas dos professores e dos alunos em uma perspectiva de interrogação e transformação. Para os fins que interessam discutir faz-se importante destacar que para analisar a realidade empírica foram aplicados questionários, com professores da educação básica de Literatura e Geografia e, proposta de atividade realizada por alunos do terceiro ano do Ensino Médio. A análise, que resultou do diálogo entre as muitas vozes, mostrou que a identidade territorial, aliada aos demais conceitos, é um elemento presente na obra em estudo, o que possibilita uma maior compreensão do texto literário, ao mesmo tempo que, trabalhada em um entendimento de pluralidade, permite ao aluno desenvolver o pensamento crítico diante de temas sociais implicando na formação e exercício de sua cidadania. / 158 f.
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Grupos de mulheres do meio rural: espaço educativo e de cuidado de si

Busnello, Maristela Borin 07 May 2018 (has links)
Os grupos de mulheres do meio rural se constituem em espaço de educação não formal e em sua organização se desenvolvem práticas educativas. Considerando este contexto, nesta tese de doutorado busco estudar de que forma os grupos de mulheres vinculados a um projeto de educação-extensão no meio rural, produzem espaço educativo e de cuidado. Apresento os elementos teóricos que situam a tese na confluência temática do debate sobre a saúde, a alimentação e a educação. Contextualizo o debate a respeito da saúde, a sua promoção e a educação nos espaços grupais, visualizando estes espaços como conformadores de práticas e potencializadores de mudança. Trago, ainda, elementos conceituais sobre a alimentação e a nutrição como categorias consideradas nas ações e práticas educativas. Tendo presente estes elementos, amparada nos pressupostos de Freire e da educação popular em saúde, investiguei como ocorrem as práticas educativas em um grupo de mulheres vinculado a um projeto de educação-extensão no meio rural de Ijuí. Na pesquisa participante utilizei diferentes estratégias para aproximação ao campo empírico. Além da observação participante junto ao grupo e registros no caderno de campo, desenvolvi um grupo focal e entrevistei os educadores envolvidos nas ações do projeto. A partir destas análises, defendo a compreensão de que os espaços grupais são espaços educativos onde convivem diferentes compreensões de educação. Quando o grupo considera e utiliza estratégias participativas, o diálogo e as realidades vivenciadas por cada uma das mulheressujeito do grupo pode-se alcançar empoderamento e provocar mudança. Aponto ainda, que, por ser espaço de encontro e de vivência, no grupo se estabelecem laços de solidariedade os quais potencializam o cuidado de si. Identificam-se entre as mulheres do grupo o pertencimento e a mobilização para “estar” neste local e se constituírem-se como sujeitos com identidade. Identifico ainda que o espaço grupal tal qual o vivenciado pelos grupos de mulheres, pode se manter como espaço de resistência ao cotidiano conformador e se constituir em espaço de esperança ao alcance de outros modos de pensar/fazer as relações com a produção de alimentos e a alimentação, com a vida de modo mais digno e responsável. / 126 f.
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Linguagem, arte e educação ético-estética em perspectiva hermenêutica filosófica

Johann, Maria Regina 07 May 2018 (has links)
A Tese Linguagem, Arte e Educação Ético-Estética em Perspectiva Hermenêutica Filosófica trata da plausibilidade de um ensino (educação) que considera os fundamentos de uma hermenêutica filosófica e do que se expressa na reflexão acerca da especificidade da arte como dimensões próprias do aprender. Argumento, por isso, que é interpretando algum componente simbólico da tradição em perspectiva própria, traduzindo-o em um dizer, ou seja, alçando-o ao âmbito da linguagem posta no horizonte cocriativo de cada um, que se configura a aprendizagem. Reivindico, portanto, uma abordagem hermenêutica não somente para o ensino da arte, mas, inclusive, para as demais áreas do saber que também precisam contemplar no seu ensino esse modo humano de apreender, justificando que todo aprendizado, seja ao modo de visões, comportamentos, inclusive o que poderíamos chamar de habilidades, somente se efetiva, tornando-se uma realidade para o sujeito, quando se constitui em formas simbólicas, em regra, em expressões linguísticas. Para tanto, recorro a Heidegger e Gadamer para tematizar a linguagem como uma dimensão constituinte do humano evidenciando que por ela temos um mundo. Destaco, porém, o pensamento de Gadamer, afirmando que o homem interpreta a si e aos outros em um horizonte histórico, em que a tradição se constitui em herança pela qual sabemo-nos parte de um todo, sendo ela um patrimônio do mundo humano. Também, que a linguagem é o modo pelo qual o homem compreende e compreende-se em um jogo dialógico intersubjetivo, em que se expressa a relação essencial entre pensamento e linguagem, interpretação e compreensão. Essa noção nos leva à arte e sua possibilidade inesgotável de nos colocar diante de verdades, pois, como algo irredutível ao cotidiano, nós a interpretamos a cada vez que a trouxermos em nosso horizonte interrogativo. Essa verdade que a arte nos permite conhecer se dá ao modo de sua própria especificidade poética, sendo ela um jogo de velamento e desvelamento do ser, que garante sempre novos sentidos, ficando, desse modo, impedida de tornar-se uma verdade absolutizada. A partir dessa ideia, apresento a arte como uma linguagem estética e proponho pensar a possibilidade de um ensino de arte que permita ao aluno viver a experiência da sua inesgotabilidade, posto que na relação com a arte ordenamos cada vez mais aquilo que nos compõe, o nosso mundo. Recorro, para tanto, à noção de educação ético-estética, apresentada por Nadja Hermann, por ver nela um horizonte de ampliação da abordagem da arte na educação e, por isso, uma possibilidade da sua ressignificação escolar, propondo que seu sentido esteja atravessado pela especificidade de ser uma linguagem ético-estética. Isso significa, por sua vez, que os conteúdos de seu ensino são de natureza ético-estética, pois a arte traz em seu próprio modo de ser a abertura ao outro. Desse modo, destaco a noção de experiência estética na qual Gadamer afirma ser ela a possibilidade de viver a experiência como experiência e, no caso do ensino da arte, seria um vivenciar as linguagens artísticas como um modo de acesso e compreensão das questões da arte e, ainda, de uma compreensão e autocompreensão das questões referidas à condição humana. Assim, pergunto pela legitimidade de uma educação que considere o diálogo como a oportunidade de o aluno emitir a sua palavra em vista de ressignificar o conhecimento e os conceitos, tornando-os próprios, tendo no professor um hermeneuta que comunica um patrimônio, transmitindo uma herança e, ao fazê-lo não somente permite aos alunos a noção de pertencimento a uma tradição, mas, ainda, as condições para aprender a aprender visando a uma formação para a singularidade. Por isso, a noção de que a arte sempre exigirá de nós que a trazemos em nosso próprio horizonte intersubjetivo, no qual os sentidos necessitam ser construídos, constitui uma tônica deste trabalho, posto que essa especificidade da arte leva-nos a pensar na própria dimensão do aprender. Nesse sentido, apresentamos as noções heideggerianas de uma educação que visa à autonomia por meio de um ensinar/aprender em que, juntos, alunos e professores se percebem parte de um fenômeno de educação, que, no meu entender, se coaduna com a visão gadameriana de que educar é se educar, pois, ambas, visam à força do humano na realização de sua própria autoeducação em um mundo historicamente constituído. / 198 f.
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Experiência literária: uma abordagem a partir da hermenêutica gadameriana

Oliveira, Maria Helena Pavelacki 07 May 2018 (has links)
A tese investiga os pressupostos necessários à compreensão de um texto, bem como as concepções de linguagem subjacentes às atividades de interpretação, vislumbrando a possibilidade de uma prática pedagógica balizada por um paradigma hermenêutico. Recorrendo à hermenêutica gadameriana, investiga a questão da compreensão a partir da reflexão sobre a linguagem enquanto médium constituinte do modo humano de ser no mundo. À luz desse pressuposto é feito um levantamento das categorias básicas da hermenêutica filosófica de Gadamer, as quais servem de embasamento para reflexões sobre a linguagem e, mais precisamente, sobre a linguagem literária. A abordagem teórica envolve, além da própria perspectiva filosófica central de Gadamer, a pesquisa de autores que dialogam com o referido autor. Busca responder como se dá a compreensão quando o compreender deixa de ser visto como procedimento para ser analisado como modo de ser. No desenvolvimento desta pesquisa a interpretação de textos é situada à luz do papel da linguagem na constituição da vida humana e no estabelecimento de uma tradição, destacando elementos constitutivos do cânone literário brasileiro, ao modo de uma crítica. Para demonstrar a fecundidade da hermenêutica gadameriana, esta é tomada como balizadora para a leitura de um texto literário, numa perspectiva concriativa que busca interagir com o mesmo, fazendo uma leitura, dentre as múltiplas possibilidades existentes que se manifestam no jogo da linguagem literária. Investiga como a compreensão hermenêutica pode operar como referencial crítico para a análise das práticas de leitura vigentes no âmbito das salas de aula, oferecendo, a partir da hermenêutica, indicativos de redimensionamento da forma pedagógica de trabalhar com textos literários. Questiona o que se espera que a leitura produza e o que produz a obra literária no sujeito leitor, esperando que a literatura seja vista e proposta como uma experiência, que possibilita a fruição e, com isso, o engrandecimento do leitor. / 128 f.
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Os princípios republicanos e a educação ambiental

Puhl, Mário José 07 May 2018 (has links)
Esta tese trata dos princípios republicanos e a Educação Ambiental e constitui-se num esforço de fundamentá-la teoricamente a partir de referenciais filosóficos pensados na perspectiva republicana da instrução pública e da organização democrática da sociedade. O encontro reflexivo que liga a EA e o republicanismo são as proposições do pensamento republicano para a instrução pública, definida como de caráter laico, universal, gratuito, permanente e gratuito e os sentidos da EA, baseado na pesquisa de caráter bibliográfico de autores como Rousseau, Condorcet, Arendt, Bignotto e Brayner e em fontes documentais de Tbilisi, a Constituição Federal, a PNEA, o ProNEA e os PCNs. Objetiva contribuir na proposição teórica dos desafios e tarefas estabelecidas pelo evento matricial da EA, que incentiva pesquisadores a elaborar e propor compreensões filosóficas, ao modo de uma fundamentação teórica capaz de sustentar os princípios, as diretrizes e os objetivos estabelecidos, em documentos internacionais e nacionais, para a educação ambiental. Teoria capaz de dialogar com a multiplicidade de agentes envolvidos nesta dinâmica educacional e os diversos campos das ciências presentes na educação, no intuito de congregar, minimamente, as diversas vertentes em torno de um eixo articulador comum. Uma proposta que possa dialogar com a educação escolar, em seu sentido amplo e a educação ambiental em sua especificidade. Os referenciais instituintes desta práxis educacional compreendem o meio ambiente em sua totalidade, que esta educação se constitua num processo contínuo e permanente, seja realizada pelo princípio da interdisciplinaridade e que objetiva o desenvolvimento de uma compreensão alargada da questão socioambiental, a futura participação individual e coletiva nos temas socioambientais e o desenvolvimento de competências para a inserção ativa no mundo público. Sustenta-se que são os referenciais educacionais de perspectiva republicana que fundamentam a EA, a partir do problema de quais seriam os fundamentos teórico-filosóficos a sustentar os princípios e as intencionalidades da EA. A República democrática requer a presença e a participação ativa da cidadania nos debates, nas deliberações dos assuntos públicos. Os cidadãos, instituídos, necessitam serem educados, instruídos pela instituição escolar, dela recebam os conhecimentos, desenvolvam as virtudes e as competências para que apostem e conservem as instituições democráticas e republicanas, os interesses comuns e as condições ambientais, bem de uso comum. Compete à escola, instituição republicana, a acolhida dos recém-chegados, a instrução e a inserção destes no mundo público, desenvolvendo as competências de pensar, de argumentar, de refletir, de deliberar e de estabelecer relações de confiança intersubjetiva e institucionais. A elaboração produzida, desta maneira articulada, delimitada à análise dos princípios, das diretrizes e dos objetivos da EA, aos princípios e objetivos da educação republicana, apresenta elementos para pensar e realizar esta atividade educacional com vistas à preservação da ordem política democrática, republicana e as condições socioambientais sustentáveis para a existência do mundo comum para todos. / 284 f.
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Linguagem e experiência: pensando a educação física na escola republicana

Almeida, Luciano de 07 May 2018 (has links)
A pesquisa parte da hipótese de que a noção de experiência com que trabalha a hermenêutica gadameriana permite-nos “reaprender a ver a Educação Física”, potencializando-nos a justificar nossa tarefa educativa, a partir de nossa relação com a cultura corporal de movimento, sem estarmos condicionados (unicamente) a uma racionalidade (científica–instrumental), percebendo na linguagem uma via legítima de acesso e produção do conhecimento, para não perdermos de vista o tensionamento das especificidades de nosso campo de tematização com os propósitos educacionais de uma escola republicana. Para isso, essa investigação (de base bibliográfica) constitui um esforço hermenêutico de buscar em Gadamer (em especial na obra Verdade e Método), e em seus comentadores, a construção de um aporte teórico capaz de nos dar subsídios para pensarmos nas dimensões do conhecimento na Educação Física, mantendo uma tensão permanente entre o fazer (se-movimentar), o saber com esse fazer, que nem sempre é conceitual (ideia geral e abstrata), e que incorpora também um saber não conceitual, que guarda (ou deveria guardar) “lugar” (não menos importante – ou não hierarquizado) para as dimensões estéticas (sensíveis e subjetivas) e éticas (sociais e intersubjetivas). Esse referencial fenomenológico-hermenêutico permite-nos atribuir dignidade e valor de verdade ao se-movimentar como fenômeno da linguagem, uma vez que reconhece a possibilidade de tradução entre as diferentes formas de linguagem (verbais e não verbais), potencializando-nos a lançar um olhar mais alargado acerca das dimensões do “conhecer” na Educação Física escolar, na tentativa de produzir um entendimento comum, mas sem a pretensão de trazer uma “novidade” para a área, apenas articular as perspectivas já desenvolvidas e/ou esboçadas pelos protagonistas dessa área, sob a chave de leitura escolhida (hermenêutica) e fazendo dialogar os conceitos centrais (Linguagem; Experiência) com o espaço institucional (escola republicana) e com a especificidade do “objeto” da Educação Física (cultura corporal de movimento). / 96 f.
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Religiosidade e mística no movimento de mulheres agricultoras de Santo Cristo/RS: um processo de constituição de identidades por meio da educação popular

Andrioli, Liria Ângela 07 May 2018 (has links)
A presente tese tem o propósito de aprofundar a compreensão acerca dos efeitos da religiosidade e da mística na constituição das identidades femininas e as possibilidades de empoderamento a partir do Movimento de Mulheres Agricultoras, no caso específico, do município de Santo Cristo/RS. O foco é refletir sobre uma experiência de Educação Popular que apresenta em sua constituição identitária aspectos sociais e culturais que sofreram os impactos e os efeitos da religiosidade em seu modo de vida e no cotidiano de suas ações. O método utilizado foi a Educação Popular como caminho de constituição de sujeitos, de conhecimentos e de poder. Utilizando-se do processo de ação-reflexão-ação (práxis), os sujeitos da pesquisa também produzem conhecimento, ou seja, partem de sua realidade, de suas experiências de vida para produzir conhecimento. Refletir sobre a ação, em um movimento dialético entre teoria e prática, constitui-se como uma forma de aprendizagem, de realização de uma pesquisa. Na pesquisa de cunho qualitativo, foram realizadas entrevistas com algumas mulheres integrantes do movimento supracitado. Objetivando o entendimento da questão, a pesquisa buscou compreender como ocorre a constituição das identidades femininas a partir da religiosidade. Por isso, fundamentalmente entram em cena conceitos religiosos e também a relação histórica existente das mulheres com o meio ambiente natural. Na sequência, é evidenciada a dialética existente entre opressão e emancipação. Em seguida, a pesquisa ressalta os aspectos conceituais de opressão e a busca de autonomia a partir do enfoque dos movimentos sociais e da Educação Popular. Por fim, a análise centra-se na relação entre teoria e prática, enfatizando os efeitos da religiosidade na vida em comunidade e na constituição de uma identidade cultural e religiosa. Infere-se que há uma mística que transforma e empodera as mulheres em movimento e que o envolvimento eclesial com a base foi fundamental para a pastoral libertadora. / 163 f.
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Expectativas sociais para a educação escolar básica de qualidade: sentidos e significados para o desenvolvimento humano

Basso, Laís 07 May 2018 (has links)
A presente pesquisa teve como objetivo identificar e compreender as principais expectativas sociais acerca do que seja Educação Escolar Básica de Qualidade. A análise baseou-se no posicionamento de diferentes setores da sociedade: representantes da mídia, selecionados via um movimento social (Todos Pela Educação); referências republicanas, via legislação e avaliações em larga escala (ENEM e PISA); perspectiva histórico-cultural, em obras de Vigotski. A centralidade da pesquisa está na seguinte questão: o que se espera da Educação Escolar Básica brasileira de Qualidade? Essa temática teve sua origem em questionamentos que perpassam a carreira de professora ao experienciar situações diversas em que se evidencia a incompatibilidade da Educação Escolar Básica que vem sendo proporcionada, com aquilo que todos esperam ser o papel da escola. Em meio a situações de impotência e desânimo emergem caminhos possíveis na medida em que o acesso ao conhecimento e desenvolvimento humano é assumido como direito de todos os cidadãos e função central da instituição escolar. No decorrer da pesquisa constatou-se que os sentidos e significados para Educação Escolar Básica de Qualidade sinalizam para a corresponsabilização dos sujeitos com a potencialização dos processos de humanização e cidadania. A escola cumpre sua função por meio do acesso sistemático e intencional à tradição cultural, de forma a complexificar a experiência de viver e conviver em um país tão diverso. A educação escolar carece de ressignificação quando a excelência não tem relação com a coletividade e o cuidado com o outro. Tais sentidos extrapolam as exigências de avaliações em larga escala, embora essas apresentem potencial de induzir mudanças desejadas ao se constituírem instrumentos de gestão da educação. O exercício do direito à aprendizagem escolar é garantido pela significação cultural, com excelência e equidade, e com conhecimentos e saberes que corroboram com uma cidadania mais plena e convivência mais harmônica e menos competitiva. Educação Escolar Básica de Qualidade se constrói com trabalho colaborativo, com vistas à promoção da dignidade humana e à recriação da cultura e das condições sociais do país com vistas ao bem comum. / 139 f.

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