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O governamento da expressão escrita de alunos de sétima série (8° ano) a partir da olimpíada de língua portuguesa: gênero memórias literárias

Vidor, Joseida Luiza 16 July 2014 (has links)
Este estudo discute acerca da produção textual de alunos de séries finais do Ensino Fundamental a partir da participação no programa Olimpíada de Língua Portuguesa – Escrevendo o Futuro. Observa-se que a rede de ensino brasileira vive uma carência quanto ao emprego da norma culta da língua portuguesa. Não somente nas produções escritas dos alunos, mas também nas produções didáticas dos professores, percebem-se resistências e limitações. O Brasil, pode-se dizer, é uma nação que conhece insuficientemente a sua língua materna na forma escrita e, desse modo, a escola, os órgãos públicos e as políticas (programas) educacionais se apresentam como várias estratégias de governamento da língua. Assim, objetivo identificar quais são as estratégias de governamentalidade presentes no programa e como essas estratégias se fazem presentes na conduta das aulas de Português da professora e dos alunos participantes. Os sujeitos deste estudo foram alunos de sétima série (8º ano) do Colégio Estadual Onofre Pires, no município de Santo Ângelo – RS - Brasil. Foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa, documental, opção teórica-metodológica e análise de discurso na perspectiva de Michel Foucault. Como material analítico foi utilizado o processo de produções discursivas textuais do gênero memórias literárias. As análises e as reflexões embasaram nas discussões conceituais de governamentalidade (FOUCAULT). A partir do resultado das análises, focalizo um movimento complexo de governamentalidade tanto dos alunos como dos professores. Desse modo, os atores (professores e alunos) estão numa ‘teia’ a qual é nomeada como uma governamentalidade ampla em relação ao processo de construção do aperfeiçoamento da expressão escrita. Com isso, indica-se um processo em curso de condução didática pedagógica dos professores pelos recursos didático-pedagógicos de capacitação oferecidos pelo programa, o qual ajuda administrar a condução da docência. Norteando a conduta de ambos. Nesse movimento destaca-se a mobilização do processo em que as produções textuais dos alunos passam a ter um significado amplo e rico de discussões e ampliações dos argumentos, no alargamento da produção escrita. Uma nova economia regulatória (a olimpíada) que liga a conduta da produção escrita dos alunos a uma organização de objetivos de “ação à distância” a nível Nacional. / 96 f.
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A inclusão social de pacientes psicóticos: um enfoque educativo em psiquiatria por meio de um grupo terapêutico

Amaral, Antonio Carlos Gonçalves do 16 July 2014 (has links)
Esta é uma pesquisa de avaliação, de natureza qualitativa do tipo descritivo exploratório, acrescida da análise de conteúdo nos resultados encontrados. Com esta pesquisa viso avaliar a experiência psiquiátrica em inclusão social dos pacientes psicóticos em tratamento no CAPS II de Ijuí/RS, operacionalizada por meio de uma prática de ensino e aprendizagem em grupo terapêutico de atividade multidisciplinar e sua real competência como alternativa terapêutica. Ressalto que o grupo não pode ser visto só como um instrumento de pesquisa, mas como o próprio meio de socialização. A população foi constituída de doentes mentais com esquizofrenia, que frequentam regularmente os grupos terapêuticos no CAPS II, de Ijuí/RS. Para a coleta de dados, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com perguntas fechadas (objetivas) e abertas (subjetivas) nos três segmentos pesquisados: pacientes, cuidadores/familiares e profissionais da saúde mental atuantes no grupo terapêutico. Essas entrevistas foram aplicadas por um entrevistador, que não participa do grupo, assegurando o tão importante caráter de neutralidade. Utilizei para análise qualitativa o método de Minayo (2001) e para a análise de conteúdo, o método de Bardin (2011). Constatei nas respostas quantitativas o atual estágio de evolução do paciente em seu tratamento; e nas respostas qualitativas, a competência ou não do grupo terapêutico nesse processo evolutivo, que busca a inclusão social desses pacientes. As respostas dos pacientes permitem perceber seu desempenho cognitivo revelando capacidade para uma discussão reflexiva sobre as temáticas escolhidas, o que lhes propicia a apropriação de suas emoções, do seu corpo, de sua história - elementos indispensáveis para a constituição do indivíduo no social. Aos cuidadores/familiares, uma vivência reflexiva sobre as referidas questões, o que podemos considerar uma experiência (aprendizagem) que permite aproximarem-se mais de seu paciente, criando um meio mais acolhedor e mais real para o mesmo. Aos profissionais da saúde mental, a percepção do quanto esses pacientes têm sua capacidade cognitiva presente, embora, inicialmente, mais limitada pela distorção da realidade. Esta capacidade permite aos pacientes fazerem o adequado aprendizado reflexivo sobre sua doença mental e compreender que esta não o impede de participar no social. Concluí que a terapia de grupo foi eficiente para encontrar alternativas junto à educação que permitam a inclusão social, oportunizando ao paciente, aos cuidadores/familiares e profissionais da saúde mental pudessem vivenciar suas práticas de forma reflexiva, transformando-as em experiências (aprendizagem). / 144 f.
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O protagonismo kaingang no espaço da escola indígena

Amaral, Fátima Trindade do 16 July 2014 (has links)
O trabalho está referido as minhas práticas e de outros professores kaingang que se somam a tantas outras em desenvolvimento em escolas das comunidades kaingang. Decorre de questão que sempre me intrigou, ou seja, o que seria a Educação Escolar Indígena específica e diferenciada nas escolas kaingang? Nós, professores kaingang, sabemos que a educação para o kaingang tem duas dimensões que deveriam se complementar, uma antes das nossas crianças irem para a escola, a educação indígena ou educação tradicional e a outra que acontece depois que a criança kaingang passa a participar do espaço da escola, a educação escolar indígena. Está aí o maior desafio do professor indígena, que é dar sentido à “escolarização do conhecimento” em uma escola indígena. Atualmente somos desafiados a desconstruir conceitos de escola, pois sabemos que o modelo de escola dos fóg não serve para nossas comunidades. Mas também nos interrogamos: O que nos serve? Por meio de narrativas, relatos de histórias e reflexões teóricas situadas em pesquisa de campo, procuro indagar: O que é educação escolar indígena específica e diferenciada? Como são “garantidas” mudanças no cenário da educação escolar kaingang? A pesquisa de campo fez uso de registros em “cadernos de campo”, do que corresponde às minhas memórias de quinze anos de vivências como professora na escola indígena de minha comunidade, conversas informais e “diálogos dirigidos” com professoras e professores kaingang (mediante consentimento prévio informado), compartilhando dados retirados de documentos da escola. Produzi, também, histórias baseadas em fatos vivenciados por parentes kaingang e recorrendo às minhas memórias. Pautando-me na cultura kaingang proponho uma possibilidade de currículo alicerçado em seus componentes relevantes onde a escola torna-se o espaço educativo e elementos da cultura passam a ser prática educativa no âmbito escolar. Para sustentar as reflexões apresentadas na dissertação apoiei-me basicamente na produção teórica de parentes kaingang, protagonistas no processo de luta pela construção de uma educação escolar diferenciada e de qualidade (Andila Nivygsãnh Inácio, Maria Inês de Freitas, Márcia Gojten Nascimento, Bruno Ferreira, Clarice dos Santos Berton, Dorvalino Cardoso e Sara Kariká Sales) e de pesquisadores da cultura indígena (Maria Aparecida Bergamaschi, Sérgio Baptista, Sandro Luckmann e Carlos Eduardo de Sousa). O foco da pesquisa foi desdobrado em reflexões centradas nos conceitos de diálogo, consciência, experiência transmitida e resistência, para as quais a interlocução se deu, principalmente com Paulo Freire, Stuart Hall e Carlos Rodrigues Brandão. / 85 f.
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Práticas pedagógicas em estatística dos anos iniciais: realidades e possibilidades

Bianchini, Daiani Finatto 16 July 2014 (has links)
Este estudo discute a Educação Estatística a partir do trabalho desenvolvido por professoras dos anos iniciais. Teve como objetivo conhecer quais são as práticas propostas em relação ao ensino da estatística no município de Santa Rosa/RS e como essas práticas podem ser compreendidas mediante as teorizações da Educação Estatística. Para tanto, foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa, sendo a História Oral em Educação Matemática a metodologia adotada para a produção do campo empírico. A partir da aplicação de um questionário inicial, selecionaram-se professoras voluntárias a participar das etapas de entrevistas, denominadas ‘depoimentos dialogados’. Estes diálogos originaram um conjunto de textos analisados a partir da metodologia da análise textual discursiva, dos quais emergiram dois focos de análise: ‘Educação Estatística como eixo articulador do currículo dos anos iniciais’ e ‘vivências, entendimentos e possibilidades de ressignificação no processo de formação profissional’. As análises e as reflexões resultantes desta investigação evidenciam o reconhecimento, por parte das professoras, de que práticas estatísticas podem contribuir para a leitura e a compreensão da realidade, provocando um exercício da nossa cidadania com mais responsabilidade social; além disso, as entrevistadas percebem o potencial interdisciplinar da temática. Entretanto, os limites provocados pelo pouco conhecimento específico, e alguns entendimentos relacionados ao currículo e à sua organização, tais como a supervalorização dos números e das operações e as ideias relacionadas à linearidade dos conceitos e aprendizagem por maturação, acabam intimidando o desenvolvimento desses conhecimentos, produzindo práticas estatísticas reduzidas e reducionistas. Nesse sentido, a consolidação de práticas estatísticas relaciona-se estreitamente ao processo contínuo de formação profissional, entendido como um espaço de reflexão a partir das práticas, a fim de ressignificá-las constantemente. / 116 f.
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Plano diretor participativo do município de Ijuí/RS: gestão dos espaços públicos de lazer

Pinheiro, Jeferson Rodrigo Vallau 16 July 2014 (has links)
Esta pesquisa se dedica a fazer um recorte sobre como se apresenta o lazer na cidade de Ijuí/RS pelo foco do planejamento urbano. Assim, busco analisar como o lazer é tratado na política urbana do município de Ijuí/RS. E como a cidade planeja seus espaços de lazer a partir da legislação urbanística (Plano Diretor Participativo - 2010) examinando a partir de três espaços públicos destinados ao lazer. A metodologia utilizada foi a pesquisa qualitativa com base em estudos exploratórios, observações sistemáticas diárias em períodos diferentes, registros fotográficos e pesquisa documental. A análise dos documentos indica que o lazer foi tratado de forma superficial durante o processo de tramitação dos projetos de Lei na Câmara Municipal de Vereador (2010). No Plano Diretor Participativo, aprovado em 2010, o lazer é tratado juntamente com outras áreas de interesse, isso nos possibilita afirmar que é mantido em segundo plano em termos de políticas públicas de investimento. O lazer só se torna, um pouco mais positivado, no Plano Diretor Participativo de Ijuí (2010) quando é relacionado com a perspectiva de cultura e do turismo. Constatou-se, que não houve debates suficientes entre os diferentes setores da comunidade ijuiense sobre as questões relacionadas aos espaços públicos de lazer na cidade. Apesar de haver indicações de que o lazer é tratado como um direito social, a compreensão deste ainda é restrita e muito ligada apenas a alguns espaços das práticas de lazer, como pracinha o que atinge mais a população infantil. Existe uma necessidade de se entender o lazer de forma mais profunda, e que ele possa se converter em um direito social para todos, incluído, de fato, como uma política de planejamento urbano. O Plano Diretor Participativo (2010) trouxe avanços como na criação e qualificação de alguns espaços de lazer, porém faz-se necessário criar mecanismos de acompanhamento e manutenção desses espaços. / 73 f.
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Missioneiros, morenos e negros: identidades, representações e invisibilidade na Região das Missões, RS

Souza, Rodrigo Miguel de 16 July 2014 (has links)
O presente trabalho se propõe a fazer uma retomada crítica da historiografia regional, regatando o papel do negro, e ao fazer uma reflexão sobre sua invisibilidade na identidade missioneira, refletir sobre as relações étnico-raciais e a região. O estudo tem por objetivo refletir sobre as relações étnico-raciais na região das missões, situadas a noroeste do estado do Rio Grande do Sul. A região, originalmente ocupada por indígenas Guarani, passou nos séculos XVII e XVIII por um processo de integração aos impérios ibéricos através da catequização jesuítica, período em que foram construídas as reduções jesuíticas conhecidas como “Os Sete Povos das Missões”. Os povoados foram destruídos devido às disputas territoriais entre Portugal e Espanha, causando a desocupação do território pelos Guarani e jesuítas, e diversas tentativas de reocupação definitiva. Neste período aconteceu a concessão de terras a militares, a inserção de escravos negros na região, a implantação de colônias de imigrantes europeus, processos que levaram à diversificação étnica local. A partir de 1960/70 ocorre uma reconstrução identitária que valoriza a história das reduções, atribuindo à mesma a origem étnica e cultural regional, levando à criação da identidade missioneira. O processo de elaboração identitária, porém, silencia a respeito do papel da população negra local na construção da história e cultura regional. Ao final da dissertação propomos a Educação Popular como estratégia de superação da invisibilidade social e do racismo. / 126 f.
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A escola que avalia e que é avaliada

Prestes, Rosane Mürmann 17 July 2014 (has links)
Para refletir acerca das questões da avaliação, a pesquisa toma como ponto de partida a Modernidade e suas implicações para a educação e, consequentemente, para a escola. A escola pública, gratuita e universal, surge por volta do século XVII, já em plena Idade Moderna. É no contexto da Modernidade que se atribui à escola, como instituição social, a importante tarefa da socialização das crianças e dos jovens mediante a construção/reconstrução dos conhecimentos que integram o legado cultural da humanidade. A avaliação nasce com a escola e adquire, à luz de suas tarefas, a sua legitimidade. Tanto a escola quanto a avaliação tem papéis vinculados à construção de um mundo humano comum. O estudo, de caráter bibliográfico, empreende uma revisão da literatura referente à avaliação sob o pressuposto de que essa temática pode ser visualizada à luz da diferenciação que Michael Young estabelece entre currículo e pedagogia. Com base nessa diferenciação, o texto propõe duas dimensões da avaliação: uma referente à verificação do grau de aprendizagem, que compete às instâncias vinculadas à ordem política; outra referente ao acompanhamento do processo de aprendizagem, que compete ao educador e à escola. A avaliação vinculada ao currículo diz respeito aos conhecimentos que se esperam serem incorporados pelas novas gerações. Trata-se de um “olhar externo”, realizado pelos órgãos responsáveis pelo sistema público de educação. Já a avaliação vinculada à pedagogia se define em função da viabilização da aprendizagem específica de um aluno ou de um grupo de alunos, articulada às condições também específicas de uma sala de aula, para o que se delega uma responsabilidade e autonomia ao professor ou, então, à escola. Essas duas dimensões, mesmo que analiticamente separáveis, operam em perspectiva de interdependência e complementaridade. Apresentar o sentido e a pertinência de cada uma dessas dimensões avaliativas permitirá compreender “A escola que avalia e que é avaliada”. / 76 f.
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As experiências de leitura como formação de jovens leitores

Samborski, Andréa Melissa Mikoski 17 July 2014 (has links)
Esta pesquisa buscou entender as experiências de leituras cotidianas de jovens estudantes concluintes do Ensino Médio, residentes no Noroeste do Rio Grande do Sul. Os jovens pesquisados foram estudantes no Câmpus Santo Augusto do Instituto Federal Farroupilha no ano de 2012. Para realizar a mesma, nos embasamos em procedimentos da pesquisa qualitativa, através de metodologias que registraram as falas dos jovens, nas suas experiências de leitura, de modo especial, os efeitos e a participação destas em sua formação como jovens leitores. A constituição das identidades juvenis foi analisada com o suporte nos estudos de Hall (2006) e Dayrell e Gomes (s/d). Buscou-se entender um pouco mais da condição juvenil com textos de Abramo (2005) e Dayrell (2003, 2007), mas principalmente, através das falas dos jovens sobre o que compreendiam serem as dificuldades e facilidades do “ser jovem” no mundo atual. Analisa-se também, as relações da juventude com o Ensino Médio, com base em autores como Dayrell (2007), Spósito (2005), Abramovay e Castro (2006). A partir do conceito de leitura como formação de Larrosa (2002a, 2002b, 2011), investigou-se o papel da leitura na formação da subjetividade dos jovens leitores. Ler para estes jovens é uma atividade ligada com a subjetividade, é espaço de busca de si e conexão com o mundo. Apresenta-se uma contextualização das leituras realizadas, que foram divididas em formação escolar e formação para a vida, analisadas com base em textos de Petit (2008), Orlandi (1996) e Chartier (1998). Conclui-se que o processo de leitura é constitutivo para o jovem, pois está construindo a sua subjetividade e, ao mesmo tempo, é um momento de identificação com algo no mundo. É um momento em que este jovem se universaliza e também se singulariza. / 109 f.
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Processo formativo de professores articulado como movimento de reconstrução de concepções e práticas de avaliação no ensino

Uhmann, Rosangela Ines Matos 07 May 2018 (has links)
Nesta tese descrevo e analiso um processo de investigação-ação que abrangeu o planejamento e realização de cinco encontros formativos com a participação de licenciandos/estagiários, professores da escola básica e da universidade (constituindo uma tríade) em contexto de interação na formação docente, com foco em estudos e discussões sobre a avaliação no ensino. Com base em dados construídos a partir de registros procedidos nos encontros, questionários, entrevistas e Diário de Bordo, busco responder: quais entendimentos sobre concepções e práticas de avaliação são expressas, implícita ou explicitamente, pelos sujeitos participantes dos encontros e como eles as relacionam com o processo formativo em construção? Esta pesquisa emergiu de inquietações, reflexões e estudos sobre concepções e práticas de avaliação, referidos por Saul, Esteban, Luckesi, Fernandes, Guba e Lincoln, entre outros, como indissociada da ação educativa. Parto de um contexto formativo de professores (interação universidade-escola) com vistas a desenvolver estudos e discussões sobre a temática da avaliação reflexivamente estabelecidas, ante a visão de duas concepções: avaliação classificatória da reprodução (relação pedagógica de autoritarismo com alienação, silêncio e resposta repetitiva) e avaliação emergente da recriação (relação pedagógica de autoridade com emancipação, diálogo e pergunta). Apoio-me em Carr e Kemmis (1988) no embate divergente e convergente respectivo ao desenvolvimento de ciclos reflexivos na (re) construção das concepções e práticas de avaliação e de sua finalidade no ensino e na formação. No emaranhado de concepções e práticas na mediação assimétrica colaborativa na tríade, o entrelaçamento de ideias, teorias e vivências por meio do tensionamento que emerge, se faz e refaz em processo de recriação coletiva, reflexiva e responsiva frente ao complexo contexto da avaliação no ensino. É a transformação social das concepções e práticas avaliativas como possibilidade de recriação cultural no enlace do avaliar para ensinar e aprender melhor. É o movimento da reflexão formativa da verticalidade para a horizontalidade na relação assimétrica professor e aluno, consequentemente, também o movimento da avaliação classificatória da reprodução para a emergência da recriação em constante processo constitutivo no contexto social e educacional. / 231 f.
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O currículo e o livro didático da educação básica: contribuições para a formação do licenciando em ciências biológicas

Emmel, Rúbia 07 May 2018 (has links)
Esta pesquisa teve como tema as contribuições para a formação do licenciando em Ciências Biológicas nos estudos sobre a relação entre o currículo e o livro didático da educação básica. Este tema foi proposto a partir: - do problema de pesquisa “Que indícios de constituição do conceito de currículo, pelos licenciandos em Ciências Biológicas, caracterizam o processo e identifica a associação ou não ao [uso do] livro didático como fonte organizadora deste currículo?”; e, - da definição da hipótese: os processos de formação inicial, mediados pela via da investigação-formação-ação, em contexto de um componente curricular de prática de ensino, permitem aos licenciandos diálogos críticos que (re)signifiquem o uso do livro didático e a complexa rede de relações entre professores em formação e o currículo em ação. A pesquisa teve como objetivo geral: conhecer o caráter constitutivo do currículo a partir da compreensão das relações entre as concepções de currículo e livro didático de licenciandos em Ciências Biológicas. Os movimentos formativos experienciados pelos sujeitos foram analisados nesta tese, através das escritas narrativas (CARNIATTO, 2002; CHAVES, 2000; REIS, 2004, 2008) em diários de bordo (participaram da pesquisa cinquenta e quatro licenciandos, o professor titular e a professora pesquisadora). Este recurso é descrito na literatura internacional como um mecanismo que facilita o processo reflexivo (ALARCÃO, 2010; ZABALZA, 1994; PORLÁN; MARTÍN, 1997; REIS, 2009). Ao assumir o papel de investigadora-ativa, mas também professora pesquisadora do componente curricular foi possível fazer as reflexões, que desencadearam problemas formativos, apresentados nesta tese em quatro espirais reflexivas: 1) Construindo o processo de investigação do currículo e livro didático na formação inicial de professores de Ciências Biológicas; 2) Espiral reflexiva desencadeada pelo planejamento e intervenção em um componente de Prática de Ensino, expressas nas constatações, marcas e amarras do currículo; 3) O livro didático no currículo e na Licenciatura em Ciências Biológicas; 4) A evolução e significação das concepções de currículo dos licenciandos de Ciências Biológicas no processo de formação inicial. Estas permitiram situar os contextos em diferentes temas e situações de formação inicial de professores da Licenciatura em Ciências Biológicas. Na quarta espiral reflexiva pude identificar e analisar as concepções de currículo dos licenciandos que foram se modificando e demarcaram quatro ciclos reflexivos que pelos processos formativos permitiram os movimentos desta quarta espiral reflexiva. Portanto, o valor formativo das reflexões em histórias narradas, deixou transparecer e destacou a necessidade e a importância da formação inicial reservar um tempo maior à discussão acerca das relações entre currículo e livro didático, para que os futuros professores possam exercer a reflexão ao usar o livro 8 didático e constituam-se autores do currículo. Defendo que a formação inicial use a investigação-ação, o diário de bordo e a escrita narrativa, para realizar um estudo que permita conectar teoria e prática, assumir a perspectiva de profissional reflexivo e tomar a investigação como uma dinâmica formativa para seu processo de formação e docência em Ciências. / 153 f.

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