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1

A educação para a formação cidadã no livro didático do ensino médio de geografia: ocultos, Silenciados e visíveis

Deon, Alana Rigo 15 June 2018 (has links)
A formação para a cidadania é uma preocupação que está presente nas políticas públicas educacionais, que entendem a escola como um espaço-tempo para a formação cidadã. A justificativa para o desenvolvimento deste trabalho parte de inquietudes advindas de uma pesquisa realizada em materiais didáticos para o Ensino Médio, na qual se constatou que o Livro Didático de Geografia oculta e silencia questões éticas e políticas, principalmente as ligadas à cidadania. Nesse sentido, o objetivo desta dissertação é entender como se expressa a educação para a formação cidadã no ensino de Geografia a partir da análise em Livros Didáticos do Ensino Médio, material este que está presente em todas as escolas públicas do país. A pesquisa tem como suporte teórico uma abordagem qualitativa pautada na perspectiva crítico-hermenêutica. Buscando estabelecer os caminhos percorridos, o trabalho estrutura-se em três capítulos: primeiramente abordo o entendimento de autores que discutem o conceito de cidadania na educação formal e no ensino de Geografia entrecortado pela análise das políticas educacionais. O segundo capítulo tem como preocupação central fazer uma análise crítica do processo de produção do Livro Didático no Brasil, considerando os critérios de avaliação constantes no Edital do PNLD 2013/2015. Por último, trato dos caminhos para a formação cidadã no Livro Didático para o Ensino Médio de Geografia, apresentando as categorias e conceitos que nos ajudam a entender as possibilidades de o ensino da Geografia contribuir com a construção da cidadania. Ao final da pesquisa, percebeu-se que os livros ainda apresentam questões éticas, políticas e sociais que precisam ser revistas no processo de avaliação para a qualidade conceitual das obras didáticas. Nesse sentido, a perspectiva crítica hermenêutica contribuiu para a interpretação dos sentidos ocultos e silenciados do LD e também como uma alternativa para pensar a formação cidadã pela via do conhecimento geográfico. / 157 f.
2

Experiências escolares de jovens-mães da periferia de Ijuí-RS

Rohr, Denise Raquel 04 November 2013 (has links)
Falar da gravidez na adolescência implica olhar este acontecimento de um modo particular: talvez não se trate nem de subversão nem de desejo. Talvez se possa pensar como um pedido de socorro e/ou amparo ao parceiro, idealização de um futuro melhor por meio do filho. Esta Dissertação discute a gravidez na juventude a partir das experiências escolares de jovens-mães da periferia, ancorada na seguinte pergunta: Essas jovens-mães abandonam a escola ou a escola as abandona? A investigação delineou-se a partir do estudo de campo com inspiração etnográfica e composição narrativa de histórias de vida. A pesquisa foi desenvolvida em duas escolas públicas da periferia de Ijuí-RS. Nas escolas localizei três jovens-mães ou ainda gestantes, que protagonizam as histórias que aqui serão apresentadas. Elas são jovens da periferia, mães do seu primeiro filho, moram atualmente com seus companheiros, geralmente alocadas à casa dos pais ou da sogra, e têm idades entre 15 e 17 anos. Nenhuma delas tem renda ou trabalha fora, e dependem da renda do companheiro para sobreviver. Para melhor compreender e analisar as trajetórias escolares das jovens-mães, problematizo acerca da escolarização no Brasil e do seu caráter público, estabelecendo reflexões sobre algumas políticas públicas de educação brasileiras, uma vez que o eixo escolarização é centralidade nesta Dissertação. Do movimento de análise visualiza-se que as histórias familiares das jovens refletem processos de escolarização precários, cheios de dificuldades. Se levar em conta a escolaridade das avós, mães e pais das jovens, percebe-se que nenhum deles completou o Ensino Fundamental, sendo a 6a. série o maior grau de escolaridade das mães e pais e, das avós, a 2a série do Ensino Fundamental. Então, nota-se que as jovens tiveram acesso a um grau maior de escolarização quando comparadas com seus familiares. As narrativas das jovens revelam que as três, em algum momento da gestação, deixaram de frequentar a escola em função da gravidez, e uma delas não retornou após o nascimento do filho; uma concluiu o Ensino Fundamental e a terceira voltou para a escola e frequenta cursos profissionalizantes. É possível visualizar-se, também, as novas reconfigurações familiares estabelecidas pelas jovens quando do acontecimento da gravidez, uma vez que passam a morar com o companheiro, assumindo um papel social de mulher e mãe –, conferido pela gravidez -, dentro desse novo núcleo familiar. Com isso, parece que as jovens dão continuidade à reprodução da pobreza econômica e social em que suas famílias já estavam inseridas. Destaca-se, ainda, que as jovens fazem o uso dos seus corpos como se estes fossem seu capital, ou seja, a capacidade de seduzir, gestar e parir, é uma forma de ganharem visibilidade na família e no seu grupo social. Esta visibilidade social de ser mãe colabora para a inscrição das identidades biológica colada à identidade materna. Quanto à escola, parece que ela é vista como um “não lugar” de barrigas, pois a gravidez de uma jovem aluna aponta para certo estranhamento, mesmo que in-visível, entre a gestante e a escola. A pesquisa evidenciou que nenhuma das escolas possui um projeto para o ano letivo que trabalhe com as questões da sexualidade, da gravidez, mas o que acontecem são ações isoladas dentro de uma ou outra disciplina. Além disso, pode-se perceber que quando as jovens deixam de frequentar a escola, esta tenta, de várias formas, trazê-las novamente para as aulas. Apesar de deixarem de frequentar a escola quando se descobrem grávidas, as jovens alimentam o sonho de, um dia retomar os estudos, para conseguir um bom emprego e poder dar uma vida melhor aos filhos, como elas mesmas afirmam. / 116 f.
3

A constituição do humano na aprendizagem

Mayer, Elaine de Fátima Dudel 04 November 2013 (has links)
O homem como cocriador de sua própria existência tem na educação um modo específico de inserção e reprodução cultural. Para além desse amplo sentido de educação que o indivíduo adquire com os mais próximos, as sociedades modernas desenvolveram a Educação Escolar, que é realizada por intermédio de uma instituição e de professores que possuem a responsabilidade do ensinar/aprender de modo sistemático. O presente estudo procura um melhor entendimento a respeito das razões pelas quais flui a educação na constituição humana, seja pelo ensino/aprendizagem, em meio familiar-cultural e ou escolar. As indagações a que se pretende responder nesta pesquisa envolvem a compreensão da aprendizagem por meio da pedagogia na relação educativa entre humanos, ou seja, entre seus familiares, comunidade e instituição escolar, especialmente entre educadores e educandos. O perfil metodológico ora utilizado enfatizou a abordagem qualitativa mediante revisão de literatura. Assim, sua perspectiva está baseada no pensamento de escritores da área da Educação, tais como: Paulo Freire, Mario Osorio Marques, Angel Pino, Fernando Savater, Miguel Arroyo, Edgar Morin, Lev Semenovich Vigotsky e Gerard Guillot, os quais evidenciam que o educador é o que conhece os conteúdos que são objetos de ensino, enquanto o educando é o que ainda não se apropriou dos mesmos. Inicialmente, o estudo mostra, em sentido amplo, como se desenvolvem as primeiras aprendizagens, e apresenta alguns entendimentos quanto ao nascimento biológico e cultural do ser humano. Aborda, também, a aprendizagem humana na especificidade escolar, ou seja, de quem ensina e os desafios do ensinar. E, finalmente, traz o papel do educador na especificidade da escola, o trabalho docente, a responsabilidade na atuação diante do aprendizado de seu discente e a educação escolar como necessidade social. A partir dos resultados obtidos é possível compreender a infinitude da aprendizagem humana, em que cada indivíduo nasce propenso a aprender a forma humana de ser, e para isso terá de ser auxiliado e se esforçar para que de fato se comprove essa característica. Nesse sentido, a atuação docente na relação educador x educando é responsável pela formação de pessoas que atuam em sociedades desenvolvidas e complexas. Esta pesquisa pode contribuir para o aprimoramento do ambiente educacional, o processo de aprendizagem, a relação docente/ discente e o convívio social, uma vez que visa a explicitar a especificidade de cada âmbito educacional e das responsabilidades de seus atores. / 91 f.
4

Aprendizagens matemáticas desenvolvidas em ambiente de investigação estatística

Avi, Emanueli Bandeira 04 November 2013 (has links)
Esta pesquisa aborda as aprendizagens, considerando que aprender matemática é envolver-se em tarefas matemáticas que possibilitem ao aluno explorar as relações existentes entre diferentes conhecimentos matemáticos. Nesta perspectiva as atividades investigativas podem ser consideradas uma importante ferramenta que possibilita o envolvimento dos alunos na construção de aprendizagens matemáticas. Através da pergunta norteadora: “Quais são as aprendizagens mobilizadas por atividades de investigação estatística e articuladas pelas linguagens dos alunos, nos processos interativos de significação de conceitos estatísticos e matemáticos?” Os dados relativos à pesquisa são provindos de um grupo de interação composto por treze alunos voluntários da oitava série do ensino fundamental, com os quais foram realizados dez encontros norteados por atividades de investigação matemática estruturadas com base nas teorias de Ponte, Brocado e Oliveira (2003). Os dados empíricos são analisados com vistas à teoria histórico–cultural desenvolvida por Vigotski, principalmente as ideias de mediação, significação de conceitos e interação, ampliando as discussões e articulando as ideias com outros autores. As reflexões sobre a vivência apontam que as investigações estatísticas podem possibilitar a negociação de aprendizagens estruturadas por meio da compreensão de sentidos e significados de conceitos matemáticos estabelecidos a partir da interação entre alunos e da mediação de colegas e professora. Apontam ainda que a aprendizagem de conceitos estatísticos e para além da estatística podem ser negociados a partir de processos de abstração e generalização e significados dentro de sistemas conceituais que constituem a matemática como ciência, caracterizando as investigações estatísticas possibilitam a interação, a significação de conceitos e o envolvimento dos alunos no levantamento de conjecturas, teste destas conjecturas, negociação das estratégias utilizadas, representação e argumentação, e para tanto, potenciais para o desenvolvimento destas aprendizagens. / 108 f.
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Gadamer: a linguagem dialógica na educação

Lorencena, Evanildes 04 November 2013 (has links)
O texto dedicou-se, por um lado, a elucidar noções, proposições e questões significativas na abordagem de Hans-Georg Gadamer ao tema do diálogo, e, por outro, a destacar a relevância das mesmas no âmbito das atividades educacionais, entre elas as que seguem: no que respeita à condição humana, há uma estreita relação entre interpretação, finitude e historicidade do saber; nas circunstâncias atuais as novas formas de organização das famílias, as novas tecnologias e formas de comunicação somam-se aos elementos que dificultam a experiência do diálogo; as estratégias educacionais atuais deveriam ser pautadas no núcleo socrático da hermenêutica de Gadamer, ou seja, valorizar as experiências de diálogo capazes de mobilizar as dimensões genuinamente comunicativas da condição humana; a retórica e arte de ouvir dever ser estimulados como contraposição ao prestigio atual da racionalidade instrumental no processo educacional. Isto porque a arte do diálogo abre-nos não apenas o acesso a um determinado conteúdo, que nos desafia a rever nossas convicções; ela proporciona uma abertura ao outro, à outra pessoa, aos seus modos de agir e de pensar. Enfim, a hermenêutica de Gadamer contribui de modo significativo tanto para lançar luzes sobre o plano mais amplo das relações humanas quanto ao dos assuntos educacionais mais estritos porque renuncia à concepção de sua validade incondicional, de sua onipotência e de seu poder exclusivo de construir nosso conhecimento, contrapondo-lhe uma postura mais humilde do reconhecimento do outro que, ao vir ao nosso encontro, conta com nossa responsabilidade perante ele. / 59 f.
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Trajetórias de práticas de leituras escolares

Voltz, Márcia Rosane 04 November 2013 (has links)
Esta dissertação discute questões referentes às práticas de leituras de alunos do Ensino Fundamental (alunos do 4º ao 6º ano), inseridos em uma escola pública. Sendo uma pesquisa de natureza qualitativa e de inspiração etnográfica, utilizam-se como estratégia teórica metodológica o diário de bordo e a entrevista semiestruturada com os alunos. Buscam-se discutir as seguintes questões de pesquisa: o que, onde, com quem e como estes alunos leem? Das análises que resultaram, é possível dizer que as práticas de leituras que os alunos do 4º ano realizam são as exigidas e oferecidas no espaço escolar. É a escola que oferece um espaço cultural. No entanto isso evidencia que é a escola quem escolhe os livros e outros materiais a serem lidos. Para os alunos do 5º ano, percebeu-se que a imagem influencia na escolha do livro ou outro material que vai ser lido, por isso existe preferência por gibis e livros com textos pequenos, mas com muitas imagens. Esses alunos procuram algumas leituras além das oferecidas pela escola. Os alunos do 6º ano demonstraram, em seus registros, a utilização das multimídias, MSN, Orkut, Facebook, blogs, formando um conjunto com a hipertextualidade (caminhos não lineares de leitura do texto). A estes alunos as leituras virtuais são as favoritas e as leituras escolares são feitas somente com a exigência dos professores. Quase todos os estudantes pesquisados consideram o ato de ler importante para o processo de autonomia e de criticidade desenvolvido através da leitura. / 89 f.
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A república e o cidadão esclarecido: o regime republicano na América do Norte no final do século XVIII e o combateà ignorância, à pobreza e à opressão política

Lopes, Rafael Vieira de Mello 05 November 2013 (has links)
A dissertação examina conceitos e debates políticos sustentados por homens de ação e escritores que tiveram participação destacada na revolução na América do Norte e no estabelecimento da nova forma de governo republicano no final do século XVIII. A República que configuraram influenciou regimes políticos posteriores e foi a partir dessa Revolução e da ocorrida na França, logo depois, que muitas ideias educacionais oriundas do imaginário humanista e iluminista adquiriram prestígio e amparo político. A frase de Jefferson, segundo a qual a República deveria combater a ignorância, a superstição, a pobreza e a opressão do corpo e do espírito, denota, entre outras noções, que, para os fundadores da República Norte- Americana, os assuntos da política e da educação, em um sentido amplo da palavra, se relacionam estreitamente. Desde então, a ideia de que o homem esclarecido deva ser capaz de expressar publicamente seus interesses individuais e coletivos, passou a fazer parte do imaginário de sociedades democráticas. Nesse sentido, os objetivos da educação foram vinculados aos princípios da República. O cidadão de uma República é livre à medida que participa ativamente nas questões de interesse comum ou concorda com as ações dos governantes que foram delegados para atuar nos termos da Carta Constitucional da República a qual pertence; reconhece que governantes e governados devem atuar em acordo com o espírito das leis. Os autores do século XVIII e mais recentes cujos textos servem de base à dissertação são os que seguem: Thomas Jefferson, Alexander Hamilton, James Madison, John Jay, Hannah Arendt, Bernard Bailyn e intérpretes de Jefferson reunidos na obra editada por James Gilreath designada Thomas Jefferson and the Education of a Citizen. / 66 f.
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A botânica e seu ensino: história, concepções e currículo

Güllich, Roque Ismael da Costa 08 January 2014 (has links)
Essa dissertação de mestrado tem como tema: “A botânica e seu ensino: história, concepções e currículo”, e procurou compreender o Ensino da Botânica através da Sociedade Botânica do Brasil. Dessa forma pesquisei a história da botânica enquanto saber da Ciência Biológica, as concepções de ensino, o currículo de botânica expresso pela SBB, e as formas de ensinar e aprender produzidas de 1982 até 2001. A pesquisa documental, numa abordagem qualitativa, serviu de método neste estudo e a análise de conteúdo do discurso presentes nos resumos possibilitou a compreensão da Botânica enquanto ensino e currículo. Durante a investigação foram analisados os resumos dos trabalhos apresentados na Sessão de Ensino da SBB de 1982 até 2001 e a trajetória histórica da SBB enquanto instituição científica que se preocupa com o ensino. A dimensão histórica da Botânica ao longo de sua constituição produziu significados que deram um curso específico a este saber enquanto Ciência. Este entendimento facilitou a leitura do currículo de Botânica e a das concepções de ensino que ele perpassam. Os modos de ensinar e aprender produzidos no âmbito da Sessão de Ensino da SBB vem modificando a forma de fazer e pensar a Ciência e servem de espaço-tempo de produção de sentidos e significados para a educação brasileira, em especial para as Licenciaturas em Ciências Biológicas. / 147 f.
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Educação e linguagem: desdobramentos pedagógicos com base nos estudos da pragmática

Dellafavera, Juliana Scheibner 16 July 2014 (has links)
O presente estudo tematiza a linguagem e suas concepções na perspectiva de suas vinculações com o campo educacional. Parte-se do pressuposto de que o homem é um ser que se constitui na e pela linguagem e que, por isso, é capaz de interagir com os outros seres humanos. Tendo isso em vista, nos sentimos instigados a perguntar sobre as diferentes perspectivas que a linguagem adquiriu no curso da história, bem como essas perspectivas influenciaram a educação. Neste sentido, orientamo-nos pela suposição de que as diferentes concepções que a linguagem adquiriu ao longo do tempo se articulam com os também diferentes modos de compreensão do conhecimento, da racionalidade e, por decorrência, da educação. Com isso, pressupomos que linguagem e educação estão entrelaçadas, uma não existindo sem a outra. Com base neste entendimento, buscaremos saber, num primeiro momento, quais concepções de linguagem se fazem presentes no que podemos chamar de paradigma metafísico e paradigma moderno, sob cujos pressupostos a educação foi compreendida em boa parte de sua história. Num segundo momento, tomaremos a linguagem entendida como processo de interação como sendo uma das bases de sustentação do que vem a constituir-se o paradigma da comunicação. Assim, assumimos a hipótese de que uma compreensão mais aprofundada desse entendimento da linguagem permitirá também uma melhor explicitação e percepção do alcance da concepção comunicativa da educação. Com base nos estudos da linguagem que se colocam na perspectiva da pragmática acreditamos poder vir a indicar possíveis inferências e desdobramentos para o campo da educação, o que faremos no terceiro momento da dissertação. Assumimos, para todos os efeitos, a perspectiva de que a concepção comunicativa de educação é a que melhores respostas é capaz de oferecer aos desafios da formação das novas gerações. / 85 f.
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Educação física e estética: um olhar sensível para o se-movimentar humano

Raffaelli, Alexandra Franchini 31 October 2013 (has links)
O desafio de olhar para o fenômeno ‘movimento humano’ é a centralidade desta pesquisa. Percebe-se que não basta apenas olhar, é preciso compreender o sentido que se dá ao movimento e reconhecê-lo como o movimentar do sujeito, que possui como traço distintivo e inalienável a dimensão estética e expressiva. Esta dissertação discute as possibilidades do corpo na perspectiva do diálogo entre o corpo e o mundo, visualizando uma possível reconstrução da ação pedagógica da Educação Física atenta à dimensão estética do movimento, tomando-o como manifestação da cultura corporal de movimento e expressão do fenômeno relacional ‘ser humano-mundo’, tal como o compreende Merleau-Ponty. Nesse esforço de reflexão acerca da Educação Física e de sua prática no contexto escolar, o estudo vale-se das contribuições de autores como Santin, Bracht, Kunz, Betti, González e Fensterseifer, os quais buscam elucidar a identidade dessa disciplina escolar, acreditando nas suas possibilidades de enriquecimento na educação escolar. A pesquisa de campo aconteceu na Escola Estadual de Ensino Médio Érico Veríssimo, do município de Vista Gaúcha/RS, com 20 alunos do 1º ano do Ensino Médio, protagonistas das memórias e práticas aqui apresentadas. Na escola tomaram-se as aulas de Educação Física como espaço-tempo, em que a aprendizagem se faz pela mediação dos sentidos e o meio ao qual ele está inserido. Considerou-se que trabalhar com o ensino do movimento humano sem pensar na dimensão estética é limitá-lo à cópia, imitação e repressão dos sentimentos de ser e estar no mundo. A pesquisa culmina na prática docente sustentada em uma metodologia atenta à dimensão estética, buscando despertar no aluno algo que lhe é próprio, mas que não tem encontrado espaço adequado no âmbito da EF escolar, seja pela priorização de outras dimensões do humano, seja pelo simples fato de não ser reconhecida como uma dimensão que possa ser tematizada. É preciso entender que quando se trabalha com o ensino se está atuando com sujeitos que terão que fazer, das questões ensinadas, aprendizagens suas, dando uma dimensão própria para os temas abordados. Dessa forma, sob o olhar da dimensão estética em meio às experiências vivenciadas, pode-se afirmar que o movimento do sujeito, na ótica da teoria do se-movimentar, não se torna um objeto técnico, mas uma pré-condição para as diferentes experiências humanas. Quanto à aula de Educação Física, não se preconiza que esta deixe de trabalhar a técnica e o rendimento, mas que ambos não ocupem a centralidade das aulas, permitindo ao aluno enriquecer suas experiências de movimento. Considera-se necessário, então, transcender a centralidade dos rendimentos motores do corpo, preservando o sentido humano do se-movimentar e, assim, efetivar o espaço do fazer pedagógico de modo coerente com a especificidade da educação escolar para a formação humana. / 104 f.

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