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Universidade e utopia : o pensamento de Robert Maynard Hutchins

Pereira, Elisabete Monteiro de Aguiar, 1949- 10 August 1989 (has links)
Orientador: Jose Camilo dos Santos Filho / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação / Made available in DSpace on 2018-07-16T09:28:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Pereira_ElisabeteMonteirodeAguiar_D.pdf: 5483756 bytes, checksum: c736c46c5faea6177b9c3e22948ef477 (MD5) Previous issue date: 1989 / Resumo: A problemática da universidade tem sido uma questão muito discutida pela seriedade que envolve, pela amplitude da sua crise e pela diversidade das propostas de soluções. Esta não é uma questão nova, no entanto ressurge com mais vigor de época para época. Nosso trabalho objetivou refletir o problema da universidade brasileira tendo como base o pensamento filosofico-educacional de um eminente educador e veemente crítico do sistema universitário americano: Robert Maynard Hutchins. Hutchins foi reitor da Universidade de Chicago por 22 anos e nela, empreendeu e implantou uma reestruturação nos seus aspectos mais fundamentais: filosofia, estrutura, organização curricular, metodologia, avaliação, integração com o 2° grau. Voltava-se contra um ensino vocacionalista, pragmatista, cientificista e anti-intelectualista e direcionou a organização da Universidade de Chicago para cumprir a sua função essencial e básica que, em sua visão é desenvolver o intelecto humano. A sua proposta de reestruturação fundamentou-se em uma visão de homem, sociedade e educação ligada ã filosofia educacional perenalista. O trabalho foi dividido em três partes. Na primeira analisamos a dupla raiz de seu pensamento: a) a dimensão filosófica fundamentada no Realismo e no Perenalismo e b) a dimensão utópica. Na segunda parte, apresentamos as características específicas do pensamento e da ação pedagógica de Hutchins concretizados na reestruturação e implementação da sua idéia de universidade. Na terceira parte, expomos as críticas ao seu pensamento e projeto e as reflexões que, a luz das suas considerações, podemos fazer sobre a situação atual e futura da universidade brasileira. Discutir a universidade hoje com vistas ao amanhã é, antes de tudo , ter um sentido do projetar alternativas alicerçadas na compreensão da crise presente. Julga-se ser esta uma tarefa necessária, uma vez que o futuro não é uma entidade concreta que está a nossa espera, ao contrário, é um espectro de alternativas e possibilidades que se concretizarão em razão das opções que hoje fazemos para as nossas ações. / Abstract: Not informed. / Doutorado / Filosofia e História da Educação / Doutor em Educação
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O ensino de Filosofia na Pedagogia da Alternância: desafios e perspectivas numa escola do noroeste do Espírito Santo

OLIVEIRA, S. 24 March 2016 (has links)
Made available in DSpace on 2018-08-01T23:28:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_9636_30 -Suézio de Oliveira.pdf: 2784060 bytes, checksum: 6aaeb272e8f490c420727a7781d2f0f6 (MD5) Previous issue date: 2016-03-24 / Este estudo pesquisa as possibilidades de ensinar e aprender Filosofia em uma Escola do Campo em Pedagogia da Alternância e tem como objetivo compreender os possíveis desafios e perspectivas do ensino de filosofia nessa modalidade. Investiga o papel do ensino de filosofia na formação dos estudantes de Ensino Médio, bem como contextualiza e caracteriza as práticas de seu ensino no cotidiano escolar; indaga a concepção de filosofia dos sujeitos da escola, objetivando caracterizar suas percepções e concepções acerca do seu ensino na escola de alternância do campo. São sujeitos da pesquisa, que abordamos e convivemos no decorrer da sua realização, professores, estudantes e famílias, escolhidos devido à proximidade e vivência nessa modalidade de ensino. O estudo busca referência teórico-metodológica no cotidiano escolar vivido, compreendendo que na pesquisa a construção do conhecimento tem origem na prática escolar concreta, vivida em sua intensidade pelos sujeitos. Como instrumentos de produção de dados, na perspectiva da cartografia, eles foram produzidos e tratados de forma aberta e participativa. Por isso, utilizamos da participação direta e ativa no dia a dia da escola, interagindo com os sujeitos através de entrevistas semiestruturadas com alunos, professores, ex-alunos e famílias, grupos de conversa de forma aberta e direcionada sobre o ensino de filosofia, visando diagnosticar a percepção e entendimento sobre o ensino de filosofia na modalidade da Pedagogia da Alternância, junto a alunos, professores e comunidade escolar. Como resultados, notamos que existe uma filosofia‟ da instituição, construída no decorrer da história da Pedagogia da Alternância, que é difundida e mantida entre a comunidade escolar; com relação ao ensino de filosofia registramos a falta de professores formados em filosofia e com relação à percepção e constatação dos estudantes e professores sobre o mesmo há uma preocupação com a utilidade prática da filosofia na escola que, muitas vezes, é conduzida para a manutenção dos princípios históricos dessa modalidade de ensino, sendo ensinados seus conteúdos de forma histórica. Porém, constatamos que no cotidiano, para além do momento das aulas de filosofia, existe uma potência de criação na aprendizagem filosófica livre como possibilidade de conhecimento dialogado com a tradição filosófica de forma viva e ativa para a produção de novos conhecimentos. Por isso, seu ensino deve ser parte integrante do projeto educativo diferenciado como as Escolas de Alternância, onde o diálogo é princípio que considera a vida concreta, os problemas e as soluções, os saberes da vida. Nessa perspectiva, o ensino de filosofia é dinâmico e sem a rigidez metódica da sala de aula, que constatamos que tem influenciado na formação dos jovens do campo.
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Aulas de filosofia com alunos de sétima série do ensino fundamental: análise de processos interacionais com base na teoria da relevância

Matiolla, José Antonio January 2004 (has links)
This work analyses the ostensive-inferential processes in interactions between teacher and students in lessons of Philosophy, which ethical questions about abortion as a subject. The research was based on Lipman's (1990) pedagogical principles, and on Sperber and Wilson's (1986, 1995) and Carston's (1988) representational levels of logical form, explicature, and implicature. The data were obtained with 30 seventh degree students of Basic Level of Dehon School (Tubarão-SC, Brazil) when these students have discussed the Nunes and Silva's (2001) text Gravidez e aborto (Pregnancy and abortion), in small and great groups. The analysis was demonstrated that: i) the assumptions of the support text had been used, but they had never spontaneously occurred, and they were dependents of the intervention of the teacher; ii) the teacher influenced the access to the assumptions and the inferences carried through for the students, also those ones absentees in the support text; and, iii) the assump-tions that had emerged of he experiences of the students and were absent in the text or in the interventions of the teacher, had been stimulated by the teacher's interventions. This case was able to demonstrate that the analysis tools were productive to describe and explain how the teacher was important to unchain the inferential process when stimulating the pupil to display, to analyze and to hear the colleagues' opinions / Submitted by Jovina Laurentino Raimundo (jovina.raimundo@unisul.br) on 2018-01-17T16:18:24Z No. of bitstreams: 1 78921_Jose.pdf: 385674 bytes, checksum: 16e1ba5dceb73228d6bb7a9144273c42 (MD5) / Approved for entry into archive by Gheovana Figueiredo (gheovana.figueiredo@unisul.br) on 2018-01-17T17:07:12Z (GMT) No. of bitstreams: 1 78921_Jose.pdf: 385674 bytes, checksum: 16e1ba5dceb73228d6bb7a9144273c42 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-01-17T17:07:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1 78921_Jose.pdf: 385674 bytes, checksum: 16e1ba5dceb73228d6bb7a9144273c42 (MD5) Previous issue date: 2004 / O objetivo desta dissertação foi analisar os processos ostensivo-interenciais em interações entre professores e alunos de Filosofia sobre questões éticas relativas ao aborto. A pesquisa fundamentou-se nos princípios pedagógicos de Lipman (1990) e nos níveis representacionais: forma lógica, explicatura e implicatura de Sperber e Wilson (1986, 1995) e Carston (1988). A coleta de dados foi realizada com 30 alunos de sétima série do Ensino Fundamental do colégio Dehon, de Tubarão - SC, para os quais se apresentou o texto Gravidez e aborto de Nunes e Silva (2001) e se solicitou discussões em pequenos e grande grupo. A análise do corpus demonstrou que: a) as rememorações de suposições do texto de base foram dependentes da intervenção do professor e nunca ocorreram espontaneamente; b) o professor influenciou as suposições acessadas e as inferências pelos alunos, inclusive aqueles ausentes no texto de base; e, c) as suposições que emergiram das viv^wncias dos alunos e estavam ausentes no texto e nas intervenções do professor, foram invariavelmente provocadas pela intervenção do professor. Mediante as ferramentas de análise, foi possível demonstrar o papel fundamental do professor como desencadeador do processo inferencial ao incentivar ao aluno a expor, analisar e ouvir a opinião dos colegas
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A Filosofia no Ensino Médio e suas Representações Sociais

Claudio Luis de Alvarenga Barbosa 30 March 2005 (has links)
Partindo de algumas constatações empíricas iniciais, tivemos oportunidade de perceber que o professor que leciona filosofia no ensino médio tem dificuldade para conseguir despertar em seus alunos o interesse pelo estudo desta disciplina. Apesar de geralmente ocorrer em apenas uma série deste nível de ensino, a filosofia consegue, nesse curto espaço de tempo, gerar um certo desconforto entre o corpo discente que freqüenta as aulas. A partir desta constatação, intuímos que o que parece estar em jogo é a elaboração de representações sociais da filosofia no ensino médio. Dessa forma, ao nos propormos estudar a filosofia no ensino médio utilizando aportes da Teoria de Representação Social (MOSCOVICI, 2003, 2001, 1978), pretendemos identificar conceitos e imagens formadas por alunos, professores do ensino médio e os coordenadores pedagógicos enquanto sujeitos que podem nos oferecer suas percepções. Ao procurarmos obter, através dos sujeitos do processo, representações sociais, nosso interesse é pensar sobre o ensino de filosofia e seus sentidos educacionais, discutindo qual o tipo de filosofia que se pretende trabalhar no ensino médio e para quê fazê-lo. Com os resultados da pesquisa, acreditamos trazer contribuições a professores que se ocupam da filosofia no ensino médio, no interesse de que se consiga compreender a importância dessa disciplina como fator essencial à formação do aluno. Assim, podemos também, demonstrar a importância da presença da filosofia no currículo escolar
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Além da legalização do ensino de filosofia: Uma nova Filosofia para a Educação Filosófica ou uma nova Educação Filosófica para a Filosofia?

Siqueira, Alexandra Quadro 24 April 2013 (has links)
Submitted by PPGE PPGE (pgedu@ufba.br) on 2015-12-01T18:24:06Z No. of bitstreams: 1 PDF_Alexandra_Quadro_Siqueira.pdf: 783974 bytes, checksum: eac9eb52559b9a60100274f61a1668b0 (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Auxiliadora da Silva Lopes (silopes@ufba.br) on 2015-12-18T14:56:07Z (GMT) No. of bitstreams: 1 PDF_Alexandra_Quadro_Siqueira.pdf: 783974 bytes, checksum: eac9eb52559b9a60100274f61a1668b0 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-12-18T14:56:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1 PDF_Alexandra_Quadro_Siqueira.pdf: 783974 bytes, checksum: eac9eb52559b9a60100274f61a1668b0 (MD5) / CAPES / A proposta deste estudo sobre o ensino de filosofia no Ensino Médio (EM), um olhar para uma educação filosóficaem um momento de transição entre a legalização, a problematização e a possível legitimação do ensino de filosofia no Ensino Médio buscou atender a três dimensões da problemática: o ensino de filosofia no EM, a legalização do ensino de filosofia no EM e aeducação filosófica no EM. Pauta-se na bricolagem de referências da filosofia, do ensino de filosofia com as experiências ao envolver narrativas autobiográficas, pesquisa bibliográfica e documental, além de dispositivos empíricos dos etnométodos desenvolvidos na condição de professora de filosofia do Ensino Médio, em uma escola privada, de graduanda em filosofia e, ainda, de mestranda em educação. Questiona-se: qual (in)tenção que o ensino de filosofia no Ensino Médio foi legalizado: uma nova filosofia para a educação filosófica ou uma nova educação filosófica para a filosofia? Para tal intento, objetivou-se compreender as perspectivas que a legalização do ensino formal e institucional de filosofia no Ensino Médio se impõe / propõe como (pre)sença na realidade educacional brasileira. Na primeira parte da dissertação, denominada de “Quatro estações de uma andarilha”, a autora expõe narrativas autobiográficas em quatro capítulos: o primeiro capítulo, o verão é narrada a experiência como professora de filosofia de uma escola privada; no segundo capítulo, o outono, apresentada a caminhada como licencianda em filosofia na Universidade Federal da Bahia (UFBA); no terceiro capítulo narrado o inverno, e nele, os desafios encontrados como mestranda em educação e as trocas de aprendizagens obtidas com a experiência do tirocínio docente e com a participação do I CONEF, em Salvador-Bahia. E, por fim, a primavera, estação que contempla o resplendor de uma filosofia viva, inventiva ao longo do per-curso da vida. Na segunda parte do texto intitulada “O que queremos com a educação filosófica?”,são discutidos dois temas filosóficos em forma de ensaios comparativo-reflexivos: em “Quanto tempo tem o tempo do educar?” é abordada a problemática em que estamos submersos quanto a temporalidade do tempo pertinente ao sistema educacional brasileiro e no “Por uma Antropologia Filosófica Intercultural como dispositivo de um currículo implicado: um lugar entre a Antropologia Filosófica e a Filosofia Intercultural”é abordado o entre-lugar da Antropologia Filosófica Intercultural e sua importância para se pensar desde um currículo implicado. Sem concluir, mas pondo um “fim provisório de conversa”, brotam novas interrogações. como: “uma nova filosofia para uma educação filosófica ou uma nova educação filosófica para uma nova filosofia”? / ABSTRACT This study on teaching philosophy in high school(MS), a look at a philosophical education in a time of transition between the legalization, the questioning and the possible legitimacy of philosophy teaching in high school tried to address the three dimensions of problematic: the teaching of philosophy in MS, the legalization of teaching philosophy in MS and philosophical education in MS. It is guided inreference DIY philosophy, philosophy teaching by engaging experiences with autobiographical narratives, bibliographic and documentary research, and the empirical devices etnométodosdeveloped provided a philosophy professor of secondary education at a private school, graduate student in philosophy, and also the master's degree in education. Questions: what is (in) intention that the teaching of philosophy in high school was legalized: a new philosophy for philosophical education or a new philosophical education philosophy? For this purpose, it was aimed to understand the perspectives that the legalization of formal and institutional teaching philosophy in high school is required / proposed as (pre) presence in the Brazilian educational reality. In the first part of the dissertation, called "Four Seasons of a wanderer," the author explains autobiographical narratives into four chapters: the first chapter, the summer is narrated experience as a professor of philosophy at a private school; in the second chapter, autumn, presented the walk as licencianda in philosophy at the Federal University of Bahia (UFBa); the third chapter narrated the winter, and in it, the challenges encountered as a graduate student in education and the exchange of learning derived from the experience of teaching and apprenticeship with the participation of I CONEF in Salvador, Bahia. Finally, the spring season that includes the radiance of a, inventive along the per-course of living life philosophy. In the second part of the text entitled "What we want to philosophical education" are two philosophical themes discussed in the form of comparative-reflective essays: on "How long has the time to educate" is addressed the problem in which we are submerged as the temporality of the Brazilian educational system relevant time and "Towards a Philosophical Anthropology as an Interculturalimplicated resume device: a place between the Philosophical Anthropology and Intercultural Philosophy" addresses the between place of Philosophical Anthropology and Intercultural its importance to think from an implied curriculum. No finish, but putting a "provisional order with," sprout new questions. as: "a new philosophy for philosophical education or a new philosophical education for a new philosophy"?
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[en] CRITICAL AND PHILOSOPHICAL EDUCATION: ADORNO AND TEACHING PHILOSOPHY IN INTRODUCTORY CLASSES / [pt] FORMAÇÃO FILOSÓFICA E CRÍTICA: ADORNO E O ENSINO DE FILOSOFIA EM NÍVEL INTRODUTÓRIO

FILIPE CEPPAS DE CARVALHO E FARIA 29 March 2004 (has links)
[pt] A tese explora uma conceituação do ensino de filosofia no nível básico a partir da noção, vulgarmente a ele associada, de crítica, tomando a filosofia de Adorno como solo a partir do qual se avaliam seus sentidos mais urgentes. Reflete-se sobre os alcances e limites de concepções do ensino de filosofia de tipo introdutório em um cenário irremediavelmente plural. Neste horizonte, vislumbra-se a pergunta pelos sentidos que ainda podemos identificar, em um país como o nosso, no ideal de formação (Bildung), e o papel que se atribui ao ensino de filosofia em meio a esse debate. Articulada a esse desafio, surge a necessidade de investigar as tensões, aproximações e distâncias entre uma abordagem filosófica e uma abordagem pedagógica das questões relativas ao ensino de filosofia, uma vez que à filosofia seja negado o estatuto de discurso totalizante e unificador sobre a formação do homem, e às chamadas ciências da educação seja creditada a capacidade de esclarecer aspectos importantes dos sentidos das práticas educacionais, graças a sua maior aproximação aos problemas empíricos. O rendimento destas questões, enquanto parte de uma reflexão acerca da relação entre conhecimento e sociedade, é investigado com o auxílio das idéias de Theodor W. Adorno, filósofo que se esforçou por pensar tal relação através das mediações sociais da filosofia, de sua história e de sua potência formativa. Em Adorno, destaca- se, ainda, a investigação metodológica própria de uma reflexão filosófica que é, também, em alguma medida, teoria social; investigação adequada às questões teórico- metodológicas de uma pesquisa tensionada entre a reflexão filosófica e as ciências da educação. Como etapa adicional dessa perspectiva de trabalho, a tese explora as virtudes de um discurso pedagógico que se apresenta, ainda que parcialmente, inspirado na Teoria Crítica: a pedagogia radical de Henry Giroux. Por fim, como campo simultaneamente originário, esclarecedor e problematizador da tese, encontra-se a incursão na prática docente de professores de filosofia do ensino médio. O resultado fundamental desta pesquisa é a indicação do rendimento, dos alcances e limites da caracterização que Adorno oferece do discurso filosófico na atualidade para a reflexão sobre a natureza crítica vulgarmente atribuída ao ensino de filosofia na educação básica. A tese identifica em conceitos como dialética, totalidade, negação e mediação, aberturas significativas para situar os problemas de um ensino de filosofia que se pretende crítico, isto é, um ensino de filosofia capaz de tematizar os obstáculos que se apresentam, para professores e estudantes, no confronto com a questão da razão como promessa de uma vida mais feliz e uma sociedade mais justa. / [en] This work develops an analysis of teaching philosophy at school, commonly associated to the idea of critic. It takes Adornos philosophy as the ground for an analysis of this idea in its most pressing senses. It deals with the scope and limits of several conceptions of teaching philosophy in a scene that is resolutely plural. The work asks for the meaning we could still find in the concept of Bildung in our country, and the role we would be willing to assign to teaching philosophy within this debate. The issue brings up questions concerning the tensions, similarities and differences bewteen the philosophical and the pedagogical discourse about teaching philosophy. While comparing these two discourses, I have tried both to dismiss any attempt to take philosophy as a global and unifying discourse about human education and to rely on the so called educational sciences for its ability to enlighten important aspects of educational practices due to its closeness to empirical problems. As part of a larger analysis on the relationship between knowledge and society, these issues are considered under the light of some ideas of Theodor W. Adorno, a philosopher who considered that relationship making use of philosophy`s social mediation, as well as its history and educational power. I believe Adorno also offers the proper methodological investigation of a philosophical analysis which somehow functions as a social theory, as much as a proper investigation of theoretical and methodological questions for a research lying between philosophical reflection and educational science. As an additional path, the thesis explores the virtues of a pedagogical discourse which is at least partially inspired by Critical Theory: Henry Giroux`s radical pedagogy. Finally, there is an empirical incursion on the practice of teachers of philosophy on the field, at secondary level. The main result of this research is to point out the power, the scope and limits of Adorno`s characterization of philosophical discourse for a contemporary analysis of the capacity to criticize usually attributed to teaching philosophy at school. This thesis recognizes concepts as dialectics, totality, negation, and mediation as tools of width and significance to deal with problems of a conception of teaching philosophy that see itself as critical, which means teaching philosophy in a way that is able to conceptualize the obstacles that constrain teachers and students when facing the challenge of reason as a promise of a happier life and a better society.
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Filosofia no ensino médio e o problema da formação política: uma discussão sob a perspectiva da teoria crítica / Philosophy in high school and the problem of education policy: a discussion from the perspective of Critical Theory.

Deina, Wanderley José 17 August 2007 (has links)
Qual o papel a ser desempenhado pela Filosofia no Ensino Médio? Partindo desta questão, tendo como base a Teoria Crítica da Escola de Frankfurt, este trabalho defende a tese de que a principal contribuição da filosofia para a educação reside em seu caráter eminentemente político. O seu ensino deve contribuir para a formação política dos estudantes, proporcionando um esclarecimento sobre as forças que pretendem guiá-los de forma heterônoma, para que eles possam construir a sua própria autonomia, tornando-se plenamente cidadãos, responsáveis por si e por toda a sociedade. O esclarecimento é entendido, à maneira de Kant, como a saída do homem de sua auto-inculpável menoridade. Para que a educação proporcione uma formação para a maioridade, o professor de Filosofia precisa articular-se com os demais educadores para a construção de uma educação crítica que reconheça a sua essência política. As principais forças da heteronomia, nas sociedades modernas, são representadas pela indústria cultural e pela racionalidade instrumental, que determinam de forma direta e indireta todo o processo educativo tradicional. Por isso, a disciplina de Filosofia precisa refletir, filosofando com os estudantes, sobre o caráter reacionário que a cultura pode assumir, quando fabricada pela indústria cultural. Ela precisa ser uma filosofia para a contradição e para a resistência às forças da heteronomia, para proporcionar aos estudantes as possibilidades concretas de emancipação, não apenas individual, mas de toda a humanidade. / What´s the High School Philosophy role? From this question, based on Frankfurt School Critical Theory, this work suppports the thesis that the main Philosophy contribution to education is in its eminently political character. Its teaching must contribute to the students political development providing elucidation about the strengths which intend to guide them by heteronomy way, so that they are able to build their own autonomy becoming citizens responsible for themselves and all society. The elucidation is understood through Kant´s ideas like man´s leaving from his self-culpable minority. In order to the education provides a development to the majority, the Philosophy Professor has to articulate with the other educators in a critical education building which recognizes its political essence. The main heteronomy strengths, in modern societies, are represented by culture industry and instrumental rationality which determine the direct and indirect ways of all traditional education process. Therefore, the Philosophy subject needs to be thought to philosophize with the students about the reactionary character that the culture may take over when manufactured by cultural industry. It needs to be a philosophy for the contradiction and for the resistance to the heteronomy strengths, to provide the possibilities of concrete emancipation to the students, not only individual but all humanity.
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O ensino de filosofia - uma prática na Escola de Aplicação da FE-USP / The teaching Philosophy - a practice at Escola de Aplicação da FE-USP

Alencar, Marta Vitória de 01 July 2011 (has links)
Este trabalho propõe uma análise cirscuntanciada de uma prática de ensino de filosofia ao longo de dez anos e meio como docente de ensino de filosofia no Ensino Médio na Escola de Aplicação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (EAFEUSP). O que se pretende aqui é, a partir de alguns pressupostos teóricos, produzir a análise de uma experiência com filosofia no Ensino Médio, de modo a oferecer contribuições à sua prática. Procurou-se expor os obstáculos geralmente enfrentados pelo professor iniciante, recém saído do bacharelado, quando se depara com demandas programáticas nem sempre condizentes com o conteúdo específico da Filosofia, e com alunos que, muitas vezes, não apresentam os pré-requisitos mínimos para que um trabalho filosófico possa ser iniciado. Tentou-se buscar respostas quanto ao caráter da disciplina, seus limites e as possibilidades de ações pedagógicas que atendam objetivos mínimos de formação do aluno. Com esse objetivo, realizou-se levantamento do tema na literatura, para, então, confrontar as propostas e diagnósticos encontrados na prática docente. São apresentados alguns percursos de elaboração do programa de ensino de filosofia praticados na Escola de Aplicação (EA) entre os anos de 2001 e 2011. Nesse trajeto, procurou-se explicitar as estratégias didáticas adotadas, quais foram bem sucedidas e quais apresentaram falhas e acabaram por ser abandonadas. Além disso, analisamos produções textuais dos alunos, bem como depoimentos de ex-alunos sobre sua experiência com filosofia no ensino médio. / This work offers a circumstanced analysis of the practice of teaching of Philosophy in the High School at Escola de Aplicação of University of Sao Paulo Education College (EAFE-USP), along ten years and a half. Here, the goal is, considering some theoretical presuppositions, to produce an analysis of this teaching experience, and also to offer some contribution to the practice of teaching Philosophy in High School. We intended to expose the obstacles that are usually faced by beginner teachers (recent bachelors), when they have to deal with the demands of the syllabus, which not always befit the specific content of Philosophy or students, that often do not have minimal necessary prerequisites to start a philosophical work. We aimed to search answers concerning the nature of the discipline, its limits and the possible pedagogical actions that satisfy minimally the students formation. Focusing on this, we researched this theme in the literature in order to confront propositions and diagnosis in teaching practice. We also presented some of the philosophy teaching syllabus adopted at Escola da Aplicação between 2001 and 2011. In this trajectory, we sought to fully expose the adopted didactic strategies: the ones which had well succeeded and the others that showed failures, thus being abandoned. Furthermore, we analyzed the writing production as well as the testimony of previous students concerning philosophy in high school.
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O ideal de formação e o ensino de filosofia: a situação atual do saber e da tarefa da emancipação / The formation ideal and the teaching of philosophy: The current state of knowledge and the emancipation task.

Moraes, Francisco Veiga de 29 March 2016 (has links)
A proposta desta dissertação incide sobre a discussão das possibilidades e potencialidades do ensino de Filosofia na etapa do ensino médio abordado sob a perspectiva de suas conexões com o ideal de formação. Uma vez que a pesquisa seguiu o caminho de relacionar a formação com a metanarrativa emancipadora do Iluminismo, foi importante examinar até onde persiste a força desse ideal, que passa a não ter a mesma resguarda de legitimação de outrora. Esta forma de encaminhar o debate está baseada na discussão sobre a pós-modernidade proposta por Jean-François Lyotard. Partindo destas considerações, a pesquisa buscou examinar textos que abordam a relação do ensino de filosofia com o ideal de formação na situação contemporânea recorrendo a autores como Celso Favaretto, Silvio Gallo, Walter Omar Kohan e Franklin Leopoldo e Silva. Após examinar o que se entende por ideal de formação assim como a forma que ela pode ser associada a uma metanarrativa emancipadora e também suas conexões com o ensino de filosofia, a pesquisa discute aspectos chaves da filosofia de Lyotard para pensar a educação e também voltar a refletir sobre quais maneiras o ensino de filosofia pode tomar forma no cenário atual. / The purpose of this dissertation is to focus on the discussion of the possibilities and potentialities of the teaching of Philosophy - in high school level - approached from the perspective of its connections to the formation ideal. Once the search has taken the path of relating formation with the emancipatory metanarrative of the Enlightenment, it was important to examine how far the strength of this ideal remains, which does not have much of the same legitimacy protection as before. This way of routing the debate concerns the discussion of postmodernity proposed by Jean-François Lyotard. Based on these considerations, the research sought to examine texts that approach the teaching of philosophy related to the formation ideal in the contemporary situation counting on authors such as Celso Favaretto, Silvio Gallo, Walter Omar Kohan and Franklin Leopoldo e Silva. After examining what is meant by formation ideal - as well as how it can be associated with an emancipatory metanarrative - and its connections with the teaching of philosophy, the research discusses key aspects of Lyotard\'s philosophy to reflect on education and also to re-think about what ways the teaching of philosophy may take shape in the current scenario.
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Filosofia: concepções e práticas docentes / Philosophy: conceptions and teaching practices

Rizzo, Lupércio Aparecido 18 November 2016 (has links)
O presente trabalho busca saber como os professores de Filosofia que atuam na região do ABC paulista, com alunos do Ensino Fundamental II e Ensino Médio, definem a Filosofia. Busca ainda identificar os métodos com os quais os docentes avaliam seus alunos, como a disciplina dialoga com outras áreas do currículo escolar, de que forma a mesma pode contribuir para o desenvolvimento dos discentes e qual o perfil deste grupo de profissionais. Para realizar essa tarefa foram utilizados questionários contendo questões objetivas e dissertativas. Tal instrumento foi compartilhado com os professores por meio da internet e o primeiro contato com os docentes se deu por e-mail ou carta. Identificou-se, por meio da pesquisa, que os professores definem a Filosofia como uma atividade que usa ou busca conhecimento, sem, no entanto, definir ou aprofundar o que seria conhecimento. Constatou-se também que, mesmo dando importância ao aprofundamento teórico da história da Filosofia, os docentes desejam prioritariamente que seus alunos adquiram o hábito de pensar filosoficamente. Isto é, procuram ensinar a filosofar. No que diz respeito aos materiais didáticos, os docentes demonstram insatisfação por conta da alegada aridez dos textos, e pela falta de dinamismo, fazendo com que recorram à internet em busca de recursos mais interessantes. Quanto à avaliação, os entrevistados afirmam usar procedimentos que, em nosso juízo, se configuram como formativos, ou seja, procedimentos que tentam captar processos, tais como seminários, rodas de conversa, debates etc. Como referenciais teóricos para esse trabalho foram usados Stephen E. Toulmin, com a teoria da argumentação, campos modais, garantias e apoios; Israel Scheffler, com o estudo sobre definições e sentenças; e Perelman e Tyteca no âmbito da retórica e do conceito de lugar comum. Com base no referencial e, especialmente, da leitura das respostas dissertativas, pode-se afirmar que os professores entrevistados fazem uma definição programática da filosofia, que atuam emitindo sentenças que enunciam normas e definem a Filosofia utilizando como recurso o que julgamos ser lugar comum. Por conta disso, a tese que se defende nesse trabalho é a de que os docentes de filosofia da região do ABC paulista, que atuam com o Ensino Fundamental II e com o Ensino Médio, definem e ensinam Filosofia como uma atividade que é processual e que, por isso mesmo, não pode ser avaliada em sua inteireza no espaço escolar. / This research intends to understand how the Philosophy teachers from the Great ABC, who work in elementary school (Ensino Fundamental II) and in high school (Ensino Médio), define Philosophy. It also intends to identify the methods by which teachers assess their students, how Philosophy dialogues with other areas of school curriculum, how this field of study can contribute to the development of the students, and to specify the profile of this group of professionals. In order to accomplish this task, this work employed questionnaires based on multiple choice tests and written assessments. Such research instruments were shared with the teachers through the Internet, moreover the first contact with the Faculty took place by e-mail or letter. Through this research, it was identified that teachers define the Philosophy as an activity that employs or seeks \"knowledge\", without, however, setting or deepen what would be knowledge. It was also noted that, despite giving importance to deepening the theoretical debate of the history of Philosophy, teachers want their students primarily to acquire the habit of thinking philosophically. That is, they intend to teach the act of philosophizing. With regard to teaching materials, teachers demonstrate dissatisfaction on the alleged aridity of the texts and on a lack of dynamism, which would make them look for more interesting resources on the Internet. Regarding the evaluation, interviewees claim to use procedures, which, in our judgment, can be considered more formative, i.e., approaches that try to capture processes, such as seminars, conversation, debates etc. Besides, this work used the following theoretical references: Stephen E. Toulmin\'s argumentation theory, modal fields, guarantees and support; Israel Scheffler\'s work on the study of definitions and sentences; and the Perelman and Tyteca\'s rhetoric and concept of commonplace. Backed up on philosophical studies and especially on the written assessments, it can be stated that the interviewed teachers employ a programmatic definition of Philosophy, since they issue sentences that explicit rules and define the Philosophy by using commonplace. Therefore, this work argues that the Philosophy teachers from the Great ABC, who work in elementary school (Ensino Fundamental II) and in high school (Ensino Médio), define and teach Philosophy as an activity or process, so it cannot be fully evaluated in school.

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