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Avaliação dos efeitos da administração da Melatonina sobre parâmetros comportamentais e de metabolismo energético no modelo animal de esquizofrenia induzido por CetaminaAfonso, Arlindo da Costa January 2017 (has links)
Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade do Extremo Sul Catarinense para obtenção do título de Mestre em Ciências da Saúde. / A pesar de várias décadas de esforços em pesquisa, a etiologia e fisiopatologia da esquizofrenia continuam sendo um desafio e os tratamentos existentes apresentam limitações consideráveis no manejo dos casos de esquizofrenia. Portanto, este estudo teve por objetivo avaliar o efeito da administração da melatonina sobre parâmetros comportamentais e de metabolismo energético no modelo animal de esquizofrenia induzido pela administração de cetamina. Para tal, duas doses de MLT (1mg/kg e 10mg/kg) foram usadas em dois protocolos diferentes, sendo um de prevenção e outro de reversão. Assim, no protocolo de prevenção os animais receberam MLT nas doses de 1mg/kg ou 10mg/kg ou salina por gavagem, uma vez ao dia durante 14 dias, entre os dias 8 e 14 receberam cetamina (25mg/kg) ou salina via intraperitoneal (i.p). Enquanto que no protocolo de reversão, os animais receberam cetamina (25mg/kg) ou salina (i.p), uma vez por dia, durante 14 dias, entre os dias 8 e 14 receberam MLT (1mg/kg ou 10mg/kg), uma vez ao dia. No 14º dia, os animais foram submetidos a avaliação da distância percorrida, estereotipia, tempo de permanência no centro e nas bordas além da avaliação da inibição da IPP. O córtex pré-frontal, hipocampo e estriado foram dissecadas para posteriores análises da atividade dos complexos I, II, II-III e IV da cadeia respiratória mitocondrial e atividade da Creatina Cinase (CK). Esses resultados demonstram que a administração repetida de cetamina, resulta em hiperatividade e comprometimento da IPP. Os resultados revelam que nos dois protocolos avaliados a cetamina induziu o aumento da distância percorrida, movimentos estereotipados e tempo de permanência no centro e nas bordas. A MLT, não teve influência sobre os efeitos da cetamina; no protocolo de prevenção a MLT na dose de 10mg/kg apresentou aumento dos movimentos de estereotipia e induziu os animais à um aumento do tempo de permanência no centro e diminuição do tempo de permanência nas bordas. Em relação a inibição do reflexo de sobressalto, a MLT nas duas doses testadas apresentou um efeito preventivo e de reversão das três intensidades avaliadas. Os resultados deste estudo também mostram que a MLT sozinha ou associada a cetamina induziu a alterações dos complexos da cadeia transportadora de elétrons (CTE). No protocolo de prevenção, o grupo MLT10+cetamina induziu o aumento da atividade do complexo IV no hipocampo; enquanto que no protocolo de reversão a MLT nas duas doses testadas sozinha ou em associação com a cetamina alterou a atividade dos complexos I, II-II e IV do córtex, estriado e hipocampo respetivamente. Com relação a atividade da enzima CK, resultados deste estudo mostram que a cetamina alterou a sua atividade no córtex e hipocampo no protocolo de prevenção, enquanto que a MLT nas duas doses preveniu o efeito deletério da cetamina nestas estruturas cerebrais. Diante destes resultados, assume-se que o modelo de esquizofrenia induzido por cetamina representa uma ferramenta útil para o estudo da esquizofrenia e que a MLT possui algum potencial protetor sobre a IPP no modelo animal de esquizofrenia induzido por cetamina. Portanto mais estudos são necessários para um melhor entendimento desta hipótese.
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"A família e o processo de adoecimento do portador de esquizofrenia: um estudo de caso etnográfico" / "The family and the illness development process in the schizophrenic ill: an ethnographic case study 2006"Ana Carolina Guidorizzi Zanetti 21 July 2006 (has links)
Na atualidade, a esquizofrenia é um dos principais problemas de saúde pública e afeta, além dos pacientes, os seus familiares, causando inúmeros prejuízos funcionais e sociais. A esquizofrenia é definida como uma doença que afeta a zona central do eu e altera toda a estrutura vivencial da pessoa. O esquizofrênico representa o estereótipo do louco, um indivíduo que produz grande estranheza social devido ao seu desprezo para com a realidade reconhecida. Cada grupo social define a esquizofrenia de acordo com seus conhecimentos, crenças e ações específicas. A família tem um lugar e função central na vida dos portadores de esquizofrenia. A confirmação do diagnóstico e o início da doença constituem alguns dos fatores que geram inúmeras mudanças no contexto familiar. Assim, constituiu-se objeto deste estudo apreender o sentido dado pela família acerca do processo de adoecimento do portador de esquizofrenia e os mecanismos para lidar com a doença. Trata-se de um estudo de caso etnográfico, fundamentado no referencial da teoria sistêmica familiar e da antropologia médica, realizado no período de agosto a dezembro de 2005. Participaram do estudo uma família composta por pai, mãe, cinco filhos, dos quais quatro são portadores de esquizofrenia, em seguimento no Núcleo de Saúde Mental do Centro de Saúde Escola da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Os dados foram obtidos por meio da observação, análise dos prontuários, registros no diário de campo e entrevistas gravadas realizadas com a família, em sua maioria, no domicílio. Para a apresentação dos dados utilizamos o genograma, história familiar, análise do sistema familiar e descrição das categorias obtidas nas entrevistas. A partir da construção do genograma, pode-se conhecer a estrutura interna da família. A análise do sistema familiar permitiu descrever além da estrutura, seu funcionamento e desenvolvimento. As entrevistas foram transcritas e submetidas a uma análise de conteúdo latente. A análise das entrevistas permitiu identificar sete categorias temáticas relacionadas ao sentido dado ao processo de adoecimento e aos mecanismos de enfrentamento da família. As categorias referem-se às representações sobre o normal e o patológico, as representações do termo esquizofrenia, as explicações para a doença, o impacto relacionado ao sofrimento, à sobrecarga, ao isolamento social e às tarefas da cuidadora, às modificações no relacionamento familiar, o tratamento e a cura. Para a família em estudo, o adoecimento dos filhos causou um rompimento em sua trajetória de vida. O impacto da esquizofrenia foi revelado pelos familiares mediante a manifestação de sentimentos de tristeza, isolamento social e sobrecarga. Os resultados nos levam a considerar que a assistência ao doente mental constitui um desafio para os profissionais de saúde. Torna-se necessário e urgente incluir a família como unidade de cuidado, além de garantir a manutenção do tratamento farmacológico e a reabilitação psicossocial. / On the present days, schizophrenia is one of the most important problems on public health which affects not only the patients, but also their families, causing many functional and social losses. Schizophrenia is defined as an illness that affects the id central zone and changes all persons living structure. The schizophrenic illrepresents the stereotype of the crazy one, an individual who causes huge social oddness due to his/her despisal to the known reality. Each social group defines schizophrenia according to their knowledge, beliefs and specific actions. Family has a place and a central function on the life of the schizophrenic ill. The diagnostic confirmation and the illness beginning are some of the events that create a number of changes on the family context. Therefore, the objective of this study is learning both the sense given by the family to the illness development process and the facing mechanisms to deal with schizophrenia. This is an ethnographic case study based on the reference of the family systemic theory and medical anthropology, conducted during August through December of 2005. A family composed by father, mother and five kids, four of which are schizophrenic, being followed at the Núcleo de Saúde Mental do Centro de Saúde Escola da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Data were obtained by observation, review of medical registry, camp diary notes and recorded interviews carried out with the family what, mostly happened at their home. A genogram, family history, family system analysis and description of categories from the interviews were used to present the data. From the building of the genogram, one can know the familys internal structure. The family system analysis allowed describing not only the structure, but the function and development. The interviews were transcribed and submitted to a latent content analysis . The interview analysis allowed pointing seven thematic categories related to the sense given to the illness process and the facing mechanisms used by the family. The categories refer to representation about what is normal and pathologic, representations of the term schizophrenia, explanations to the disease, the impact on suffering, overload, social isolation and tasks for the care taker, changes in family, the treatment and cure. For the studied family, the children illness has caused a break up to their life way. The impact of schizophrenia was shown by the family members by manifesting feelings of sadness, social isolation and overload. The results lead us to thinking that the assistance to the mentally ill brings a challenge to health care professionals. To include the family as a care unit, besides assuring the pharmacology treatment and psycho-social rehabilitation, becomes necessary and urgent.
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Rede social de um grupo de portadores de esquizofrenia seguidos em um serviço de saúde mental na comunidade / A social network of schizophrenia carriers followed by a mental health service in the community.Guilherme Correa Barbosa 07 February 2011 (has links)
As políticas de saúde mental apresentam uma tendência de propor a inclusão do portador de transtorno mental crônico na sua comunidade. É importante estudar as redes sociais desses portadores, para compreender a realidade social e apreender a complexidade das relações e interações sociais presentes nos processos que estruturam a sociabilidade do portador de transtorno mental crônico. OBJETIVO: descrever a rede social de portadores de esquizofrenia atendidos no Ambulatório de Saúde Mental de Serrana. METODOLOGIA: pesquisa descritiva, que utilizou questionário abordando as variáveis sócio-demográficas e do tratamento, o genograma e o ecomapa como instrumentos de coleta. Os dados foram organizados em um banco de dados do Excel, e transportados para o EpiInfo versão 3.5.1 (CDC, 2008) e submetidos a análise descritiva. RESULTADOS: Foram entrevistados 41 portadores, a maioria constituída por homens, solteiros. Os pontos de apoio da rede social identificada foram: o serviço ambulatorial, o trabalho, a família e 17 locais da cidade freqüentados pelos portadores entrevistados. O ambulatório e o trabalho não foram citados como ponto importante da rede. A família é a instituição mais citada e todos os entrevistados tem contato com sua família. DISCUSSÃO: Observou-se nesta pesquisa que o adoecimento causa inúmeras limitações no portador de esquizofrenia, descrevendo uma rede social frágil, apoiada na família. Estes aspectos devem ser considerados nas equipes que prestam assistência em serviços de base comunitária. Apesar dessas limitações dos serviços, a Reforma Psiquiátrica tem conseqüências positivas, pois essas pessoas conseguem ficam em um ambiente com maiores possibilidades de interações pessoais satisfatórias. Mesmo que os portadores tenham limitações devido ao adoecimento, conseguem ter uma rede social, às vezes menor, mas que normalmente contribui no convívio diário. Conclusão: Esta pesquisa descreveu a rede social do portador de esquizofrenia que faz tratamento ambulatorial de base comunitária. O estudo restringe-se somente a um serviço de saúde mental, no entanto permitiu algumas reflexões importantes sobre os avanços obtidos com a Reforma Psiquiátrica e sobre o trabalho da equipe de saúde mental. As utilizações do genograma e do ecomapa se mostraram muito úteis no desenvolvimento da pesquisa. Estes instrumentos são de fácil utilização e facilitam a interação pesquisador com os participantes / Mental health policies show a great tendency to recommend an inclusion of the chronic mental disorder carrier in the community. It is important to study these carriers social network to understand the social reality and understand the complexity of the relations and social interactions present in the processes that structure the chronic mental disorder carrier\'s sociability . METHODOLOGY: A descriptive research that used a questionnaire approaching the socio demographic variables and the treatment, the genogram and the ecomap as collection instruments. The data was organized in an EXCEL database and transported to an Epilnfo 3.5.1 (CDC, 2008) version and submitted to a descriptive analysis . RESULTS: Forty one carriers were interviewed. Most of them were single men. The social network support parts found were: the ambulatory room service, their jobs, family and 17 places visited by the carriers in town. The ambulatory service and jobs were not mentioned as an important point of the network. Family is the most mentioned institution and all of the interviewed people in the study have contact with their families. DISCUSSION: The research showed that falling sick gives cause for many limitations to the schizophrenia carrier, describing a fragile network based on family. These aspects must be considered by the groups that pay assistance in community based services. Despite these service limitations, the Psychiatric Reform has positive consequences. These people can stay in a place with a higher chance for satisfactory personal interaction. Even though the carriers have limits due to getting sick, they still can have a social network, sometimes smaller but one that usually contributes to their daily relationships. CONCLUSION: This research described the social network of the schizophrenic carrier that uses the ambulatory room service. The work is limited to only one mental health service however it was possible to achieve some important reflection on the progress obtained with the Psychiatric Reform and on the mental health group. The ecomap and genogram use were showed to be very useful in the research evolution. The instruments are easy to use and facilitate the interaction between the researcher and the attendees.
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Fatores sociais e esquizofrenia: investigando possíveis associaçõesBarros, Rafael Fernandes [UNESP] 16 August 2013 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2013-08-16Bitstream added on 2014-06-13T20:38:53Z : No. of bitstreams: 1
000748584.pdf: 922535 bytes, checksum: 5dbcad7375f979b773a06a7b5b88b837 (MD5) / A despeito da importância dos fatores biológicos na etiopatogenia da esquizofrenia, os fatores sociais parecem exercer grande influência sobre este transtorno; a Organização Mundial da Saúde foi a primeira a realizar estudos em diversos países com foco no curso e prognóstico da esquizofrenia, tendo encontrado diferenças significativas nessas variáveis entre os diferentes locais. A seguinte pesquisa teve por objetivo realizar uma revisão da literatura científica com foco em estudos de incidência e observacionais longitudinais (estudos com grande poder analítico, pois ensejam uma sequência entre exposições e desfechos), abordando a possível associação entre diferentes fatores sociais e a incidência da esquizofrenia. Foram levantados artigos originais publicados de 2003 a 2012, resultantes de estudos observacionais longitudinais ou de incidência, através dos bancos de dados PubMed, LILACS e SciELO. Foram encontrados 17 artigos que abordavam a relação entre fatores sociais e esquizofrenia (ou transtornos psicóticos) com os desenhos de estudo mencionados. Os achados mostraram que a urbanicidade e diversos indicadores de adversidade social na infância são fatores de risco para a esquizofrenia. Além disso, os resultados evidenciaram que fatores individuais e ao nível de área exercem um peso muito semelhante na associação encontrada entre urbanicidade e psicoses, e que há um efeito de interação entre os níveis / Despite the importance of biological factors in the etiology of schizophrenia, social factors appear to exert great influence on this disorder; the World Health Organization was the first to conduct studies in several countries with a focus on the course and prognosis of schizophrenia, and found significant differences these variables between the different sites. The following study aimed to review the literature focusing on studies of incidence and longitudinal observational studies (studies with great analytical power because give rise to sequence between exposures and outcomes), addressing the possible association between different social factors and the incidence of schizophrenia. Collected original articles published from 2003 to 2012, resulting from longitudinal observational studies or incidence studies through the databases PubMed, LILACS and SciELO. 17 articles were found that approached the relationship between social factors and schizophrenia (or psychotic disorders) with study designs mentioned. The findings showed that the urbanicity and several indicators of social adversity in childhood are risk factors for schizophrenia. Furthermore, the results showed that individual factors and level area exert similar weight in the association between urbanicity and psychoses, and that there is an interaction effect between levels
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An?lise de grafos aplicada a relatos de sonhos: ferramenta diagn?stica objetiva e diferencial para psicose esquizofr?nica e bipolarMota, Nat?lia Bezerra 26 July 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-07-26 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior / Apesar do esfor?o e de alguns avan?os da comunidade cient?fica na busca por biomarcadores para as
principais s?ndromes psiqui?tricas, at? o momento os resultados n?o foram consistentes o suficiente
para serem reproduzidos em larga escala. A maior parte das observa??es em psiquiatria est? baseada na
descri??o verbal de estados internos e a quantifica??o acurada desses fen?menos ainda ? necess?ria.
Compreendendo a rela??o entre palavras no discurso como um sistema complexo, propomos sua
representa??o por grafos de sequ?ncia de palavras, a fim de observar padr?es caracter?sticos em grafos
produzidos por sujeitos psic?ticos portadores de Esquizofrenia, de Transtorno Bipolar do Humor do tipo
I ou sujeitos n?o psic?ticos, buscando tamb?m por rela??es entre atributos de grafos e sintomas
medidos por escalas psicom?tricas PANSS e BPRS. No primeiro cap?tulo, utilizando 24 sujeitos (8 sujeitos
por grupo), representando como n? cada lexema (sujeito, verbo, objeto) e arestas direcionadas
indicando a sequ?ncia desses, foi poss?vel fazer uma classifica??o entre esquizofrenia e bipolaridade
com mais de 90% de sensibilidade e especificidade, maior acur?cia do que ao utilizar escalas
psicom?tricas (60% sensibilidade e especificidade), n?o sendo encontrada qualquer correla??o entre
atributos de grafo e sintomas. Essa primeira etapa apresentava limita??es em rela??o ao tamanho
amostral, automatiza??o do m?todo e controle da diferen?a de verbosidade entre os sujeitos, al?m de
apenas considerar um ?nico assunto para produ??o do relato (relatos de sonho). Para isso coletamos
relatos de sonho e de vig?lia em 20 sujeitos de cada grupo. Desenvolvemos um software que representa
relatos transcritos como grafos onde os n?s s?o as palavras e as arestas s?o a sequ?ncia temporal entre
estas (liga??o entre palavras sucessivas). Foi poss?vel ainda fixar o n?mero total de palavras para fazer
um grafo, controlando melhor a diferen?a de verbosidade. Ap?s a representa??o dos relatos por grafos,
calculamos 14 atributos, sendo estes caracter?sticas gerais (total de n?s e arestas), caracter?sticas de
recorr?ncia (arestas paralelas e repetidas ou ciclos de um, dois e tr?s n?s), caracter?sticas de
conectividade (total de n?s em maiores componentes conectados ou fortemente conectados, e grau
m?dio), e caracter?sticas globais de rede como densidade, dist?ncias (di?metro e menor caminho m?dio)
e coeficiente de agrupamento ou clustering. Encontramos, de maneira consistente entre relatos de
diferentes tamanhos, que sujeitos portadores de esquizofrenia geraram grafos sobre sonho e vig?lia com
menos conectividade (menos arestas entre n?s e menores componentes conectados) que grupo bipolar
e controle, sendo esses atributos correlacionados negativamente com sintomas negativistas e cognitivos
medidos pelas escalas psicom?tricas. Apenas grafos sobre sonho diferenciaram bipolares de controles
(os primeiros com menos n?s e menores componentes conectados), sendo que controles geraram
grafos sobre sonho mais conectados que sobre vig?lia, enquanto bipolares geraram grafos sobre sonho
com mais recorr?ncia, maior densidade e clustering, al?m de menores dist?ncias que grafos sobre
vig?lia. O grupo esquizofrenia n?o mostrou qualquer diferen?a entre grafos sobre sonho ou vig?lia. Foi
poss?vel a classifica??o autom?tica dos grupos usando os atributos de grafos, sendo essa calssifica??o
melhor que escalas psicom?tricas para diferenciar grupo Esquizofrenia do grupo Bipolar (?rea abaixo da
curva ROC (AUC): Grafos: 0.801, Escalas: 0.376). Quando utilizados adicionalmente ?s escalas houve
ganho importante na qualidade classificat?ria, atingindo padr?es ?timos para diagn?stico de
Esquizofrenia (AUC = 1, 100% sensibilidade e especificidade). Juntos, os resultados mostram que a
an?lise de grafos aplicada ao discurso pode ajudar no diagn?stico cl?nico como m?todo promissor,
simples e acurado, sendo essas caracter?sticas correlacionadas com sintomas negativos e cognitivos. O
m?todo pode ser especialmente ?til para pesquisa de biomarcadores de transtornos psiqui?tricos. Pode
nos ajudar a compreender os substratos neurais de mecanismos tais como a empatia, utilizados em
comportamentos complexos como rela??es interpessoais. Os dados apontam tamb?m para no??o de
que, quanto mais introspectivo o relato, maior a influ?ncia de processos mentais patol?gicos ao
discurso. A no??o freudiana de que os sonhos s?o o caminho real para o inconsciente tem portanto
utilidade cl?nica
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Estudo associativo entre o polimorfismo mitocondrial C7028t e a mutação mitocondrial C6489a e esquizofreniaFrizzo, Matias Nunes January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / Schizophrenia is a serious neuropsychiat ric disease that affects nearly 1% of the world population. It generates enormous direct (hospi talizations, medical care, medications) and indi rect (lack of productivity, familiar repercussions) social cost Schizophrenia is a complex and mul tifactor illness, with high heritabil ity (around 80%). In the past decades, some research done with the families had demonst rated a linear and di rect correlat ion between the degree of kinship and the possibility for schizophrenia. The mitochondria are the largest site of energy production in the cell and for this reason mutations in DNAmt (deletion and/or polymorphisms) can cause alterations in mitochondrial metabolism, causing tissue damage. Alterations in energy production can cause many neurodegenerative disorders as, for example, Parkinson, Alzheimer and Amyotrophic Lateral Sclerosis. Some DNAmt mutat ions diminish the citochrome c oxidase activity and can be related to increased risk of schizophrenia in the population. In the present work, we investigated allele prevalence in two polymorphisms in the DNAmt of schizophrenic and control patients. We analyzed the C6489A and C7028T polymorphisms in the CO1 gene that codifies the cytochrome c oxidase. Specific oligonucleotides were used with the objective of ampli fying the polymorphic regions. The PCR products were purified and sequenced (MegaBACE 1000/GE Helthcare TM) and the generated sequences analyzed using the Chromas v2. 31 program. Eighty (80) schizophrenic patients and 80 controls were analyzed. In the statistic analysis, the Q square test and Student T Test were used. The results with p<0. 05 had been considered signi ficant. The mutant A allele in the polymorphic region C6489A was not found. In relation to the C7028T polymorphism, 80 schizophrenic patients and 80 controls were analyzed. In the 80 patients, 64 present the mutant T allele, and 55 in the cont rol samples. Significant association was found between the T allele and the risk to develop schizophrenia. We veri fied that the T allele can be considered a risk factor for schizophrenia, since that, in comparison with the C al lele, it is three times more incident in the schizophrenic patients group. In this way, we demonst rated a st rong correlation between schizophrenia and the mutant T allele. / A esquizofrenia é uma doença neuropsiquiátrica grave que atinge aproximadamente 1% da população mundial. Gera um enorme custo social direto (hospitalizações, atendimentos, medicações) e indireto (improdutividade, repercussões familiares). A esquizofrenia é uma doença complexa e multifatorial, com alta herdabilidade (cerca de 80%). Nas décadas passadas, várias pesquisas realizadas com familiares demonstraram uma correlação linear e direta entre o grau de parentesco e os riscos de surgimento da esquizofrenia. A mitocôndria é o maior sítio de produção de energia na célula e, por esta razão, mutações no DNAmt (deleções e/ou polimorfismos) podem causar alterações no metabolismo mitocondrial, ocasionando danos aos tecidos. Alterações na produção de energia podem implicar em muitas doenças neurodegenerativas, como, por exemplo, o Mal de Parkinson, Alzheimer e a Esclerose Amiotrófica Lateral. Algumas mutações no DNAmt diminuem a atividade da citocromo c oxidase e podem estar relacionadas com o aumento do risco para esquizofrenia na população. No presente trabalho, foi investigada a prevalência de alelos em dois polimorfismos no DNAmt de pacientes esquizofrênicos e de controles. Foram analisados os polimorfismos C6489A e C7028T presentes no gene CO1 que codifica para a citocromo c oxidase. Foram utilizados oligonucleotídeos específicos com o objetivo de amplificar as regiões polimórficas. Os produtos de PCR foram purificados e seqüenciados (MegaBACE 1000 / GE Helthcare TM), e as seqüências geradas analisadas, utilizando o programa Chromas versão 2. 31. Foram analisados 80 pacientes esquizofrênicos e 80 controles. Na análise estatística, foramutilizados o teste Q quadrado e Teste T de Student de uma via. Foram considerados significantes somente os resultados com p<0,05. Não foi encontrado o alelo mutante A, na região mutada C6489A. Em relação ao polimorfismo C7028T, dos 80 pacientes, 64% apresentam o alelo mutante T e, entre os controles, este alelo está presente em 55% indivíduos. Foi encontrada significativa associação entre o alelo T e o risco para desenvolver esquizofrenia. Veri ficou-se que o alelo T pode ser considerado um fator de risco para esquizofrenia, já que, na comparação com o alelo C, ele é mais de três vezes prevalente no grupo de pacientes esquizofrênicos. Dessa forma, demonstrou-se uma forte associação entre a esquizofrenia e o alelo mutante T.
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Avaliação postural por biofotogrametria em esquizofrênicos e marcadores de resposta inflamatóriaCristiano, Viviane Batista January 2014 (has links)
Introdução: A esquizofrenia é um transtorno mental grave, que com frequência leva a uma deterioração progressiva, que mais recentemente tem sido descrita como uma doença sistêmica, com alterações progressivas cerebrais e corporais, e em parte por causa disto, associada a menor expectativa de vida, em média 20 anos menos que a população geral não afetada. Apesar de não terem especificidade, já foram determinados diferentes marcadores inflamatórios e oxidativos envolvidos; em contrapartida, pouco tem sido descrito sobre marcadores sistêmicos da esquizofrenia. A experiência clínica mostra que os pacientes crônicos vão ficando com pele, musculatura, e postura diferente dos não doentes, porém não há registro de estudo buscando estudar a postura, apesar de sabermos que a mesma depende da interação de inúmeros sistemas, incluindo o estado inflamatório do sujeito. Objetivo: Definir padrões de postura dentro de parâmetros básicos (postura cifolordótica - PCL, postura relaxada ou desleixada - PRD, postura escoliótica - PE) em pacientes esquizofrênicos e correlacionar com fase de doença (inicial-tardia) e com marcadores de resposta inflamatória imediata (proteína C reativa - PCR) e tardia (fator de von Willenbrand - FvW). Método: Estudo transversal, por amostra de conveniência, aprovado pelo comitê de ética do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (número 110083 HCPA). Foram recrutados 40 indivíduos com diagnóstico CID-10 e DSMIVTR de esquizofrenia, forma estabilizada, em tratamento ambulatorial no HCPA. Os pacientes foram subdivididos em 2 subgrupos, de acordo com o estágio da doença (estágio inicial n=15 menos de 10 anos do 1° surto, estágio tardio n=25 10 anos ou mais do 1° surto). O grupo controle (n=26) foi recrutado através de uma rede social (Facebook®). Todos os indivíduos foram submetidos à biofotogrametria pelo método SAPO® para avaliar a postura. O nível de significância adotado foi de 5% para todas as variáveis e as análises foram realizadas no programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS, versão 18.0). Resultados: Não houve perdas; em relação à postura o grupo estágio inicial apresentou 15 ângulos com diferenças significativas quando comparado aos valores de referência, enquanto no grupo estágio tardio apenas 7 ângulos foram significativos; já na comparação com o grupo controle, apenas 6 ângulos foram significativos num total de 19. Os marcadores inflamatórios (PCR e FvW) não foram significativos em comparação aos estágios inicial e tardio da doença, porém a PCR apresentou correlação com a gravidade da doença e o FvW com um ângulo postural da protusão da cabeça. A variável dor também apresentou correlação com 5 ângulos posturais, 2 da coluna e 3 dos membros inferiores; além disso o grupo estágio tardio teve maior prevalência de dor quando comparado ao estagio inicial. Conclusões: Existe um padrão postural comum na esquizofrenia caracterizado principalmente por protusão da cabeça, hiperlordose e escoliose, sendo que no início da doença é mais agravante e no estágio mais tardio se estabiliza. Isto pode ser explicado por dois fenômenos: aumento de peso e o enfraquecimento muscular. Adicionalmente, temos a influência da dor e dos fatores inflamatórios, onde a PCR se associou à gravidade da doença, mas não à postura; já o FvW e a dor se associaram aos ângulos posturais, demonstrando suas influências nessa doença. Isto sugere que existe uma maior atividade patológica no início da doença, não só no cérebro, mas também no organismo, incluindo músculos e tecido adiposo. A hiperlordose parece estar mais associada à obesidade e tecido adiposo, enquanto que a extensão da cabeça e escoliose mais a alterações de musculatura. Todos estes achados juntos, se confirmados em amostras maiores e mais heterogêneas, irão nos auxiliar em futuras condutas no tratamento destas alterações posturais características deste transtorno (hiperlordose lombar, anteriorização da cabeça, diminuição da cifose torácica), além de estimular busca de novos meios de intervenções com o enfoque nos diferentes estágios da doença. / Introduction: Schizophrenia is a severe mental disorder that leads to progressive deterioration that more recently has been described as a systemic disease with progressive changes in the brain and body, and partly because of this, associated with lower life expectancy, in average 20 years less than the not affected general population. Although not specific, it has already been determined different inflammatory and oxidative markers involved, however little has been described about systemic markers of schizophrenia. Clinical experience shows that chronic patients are presenting skin, muscles, and posture different from the non patients, but there are no records of studies seeking to study the posture, even though we know that it depends on the interaction of many systems, including the inflammatory state of the subject. Objective: To define patterns of posture within basic parameters (PCL, PRD, PE) in schizophrenic patients and correlate with illness stage and with inflammatory markers of immediate (CRP) and delayed (vWF) response. Method: Cross-sectional study of a convenience sample approved by the ethics committee of the Hospital de Clinicas de Porto Alegre (HCPA). Forty patients with stabilized schizophrenia were recruited in the clinic treatment of HCPA, and analyzed according to 2 subgroups of the stage of the illness (early stage n = 15 less than 10 years from the 1st outbreak, late stage n = 25 10 years or more from the 1st outbreak). The control group (n = 26) were recruited through a social network (Facebook ®). All subjects underwent photogrammetry by SAPO ® method to evaluate posture. The level of significance was set at 5% for all variables and the analyzes were performed using the Statistical Package for the Social Sciences (SPSS, version 18.0). Results: there was no loss, in relation to posture the initial stage group showed 15 angles with significant differences when compared with the reference values, while the late stage group only 7 angles were significant, as compared with the control group only 6angles were significant in a total of 19, the inflammatory markers (CRP and vWF) were not significant in comparison to the initial and late stages of the disease, but the CRP showed correlation with disease severity and the vWF with a postural angle of the protrusion of the head. The pain variable also showed correlation with 5 postural angles, 2 of the column and 3 of the lower limbs, besides the late stage group had a higher prevalence of pain when compared to the early stage. Conclusions: There is a common postural pattern in schizophrenia characterized primarily by protrusion of the head, hyperlordosis and scoliosis, and that early in the illness is more aggravating and in the later stage it stabilizes. And it can be explained by two phenomena: weight gain and muscle weakness. Additionally, we have the influence of pain and inflammatory factors, where the CRP was associated with disease severity but not the posture, but the vWF and the pain were associated with postural angles demonstrating their influences in this disease. This suggests that there is increased pathological activity in the onset of the disease, not only in the brain but also in the body including muscles and adipose tissue. The hyperlordosis appears to be most strongly associated with obesity and adipose tissue, whereas the length of the head and scoliosis more to changes in muscles. All together these findings, if confirmed in larger and more heterogeneous samples will help us in future conduct in treating these postural changes characteristic of this disorder (lumbar hyperlordosis, forward head posture, decreased thoracic kyphosis), besides stimulating the search for new means of interventions with the focus on different stages of the disease.
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Avaliação da capacidade funcional motora em pacientes esquizofrênicosSzortyka, Michele Fonseca Vieira January 2014 (has links)
Introdução: A esquizofrenia é um transtorno mental grave e debilitante, que afeta o paciente tanto na sua saúde física como na diminuição de sua capacidade funcional, causando um grande comprometimento ao longo da vida. Apesar de ser possível que o prejuízo em motricidade e prejuízo cognitivo possam representar expressão de um mesmo processo inflamatório sistêmico, pouco se sabe sobre a relação entre motricidade e esquizofrenia. Objetivos: Avaliar a capacidade funcional motora em pacientes esquizofrênicos correlacionando com marcadores inflamatórios, gravidade de doença e tratamento medicamentoso. Métodos: Estudo transversal, por amostra de conveniência, aprovado pelo comitê de ética do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Foram recrutados 40 indivíduos com esquizofrenia estabilizada, em tratamento no ambulatório do HCPA. Foi avaliada a capacidade funcional motora através do Teste de Caminhada de 6 Minutos. O nível de significância adotado foi de 5% para todas as variáveis e as análises foram realizadas no programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS, versão 21.0). Resultados: A amostra foi estratificada por anos de doença através do percentil 25, onde apresentou significância no estado civil apresentando uma maior frequência de solteiros e separados em pacientes com o maior tempo de doença (p=0.022). As médias das variáveis funcionais e clínicas laborais que comparadas com médias populacionais apresentaram significância foram: frequência cardíaca (p=0.004), pressão arterial diastólica e sistólica (p=0.001 e p<0.001), frequência respiratória (p<0.001), Proteína C reativa (p=0.015), borg (p<0.001) e Tc6m em homens e mulheres (p<0.001 e p=0.024). No desempenho funcional e dispneia houve uma correlação com a proteína C reativa (r=-0,369 e r= 0,535). Conclusão: O presente estudo mostrou a associação entre o prejuízo funcional com marcadores inflamatórios, principalmente com níveis elevados de PCR. Alterações clínicas foram associadas como reações adversas a utilização de antipsicóticos, apesar de não ser possível descartar também mecanismos inflamatórios antecedendo ambas as alterações. O prejuízo na capacidade funcional associado com aumento da PCR sugere um paciente com sinais de deterioração maior. Todos achados deste estudo apresentam uma contribuição para o entendimento do processo psicótico e abrem caminho para novas intervenções terapêuticas. / Introduction: Schizophrenia is a severe, debilitating mental disorder that affects both the physical health and the functional capacity of patients, causing great impairment throughout the life course. Although physical and cognitive impairments may represent different expressions of a single systemic inflammatory process, little is known about the relationship between motor function and schizophrenia. Objective: To evaluate physical functional capacity in patients with schizophrenia and ascertain whether it correlates with markers of inflammation, disease severity, and pharmacotherapy. Methods: Cross-sectional study using a convenience sampling strategy. Forty patients with stable schizophrenia, undergoing treatment, were recruited from the outpatient psychiatry clinic of Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), a tertiary referral center in Southern Brazil. The 6-minute walk test (6MWT) was used to assess physical functional capacity. The significance level was set at 5% for all variables, and all statistical analyses were carried out in SPSS 21.0. The study was approved by the HCPA Research Ethics Committee. Results: The sample was homogeneous and normally distributed. Subjects were stratified by disease duration, which was significantly associated only with marital status (p=0.022). Comparison of mean functional and clinical variables to population averages showed significant differences in heart rate (p=0.004), diastolic (p=0.001) and systolic (p<0.001) blood pressure, respiratory rate (p<0.001), C-reactive protein levels (p=0.015), Borg Scale of Perceived Exertion scores (p<0.001), and 6MWT distances in men (p<0.001) and women (p=0.024). Conclusion: The present study detected an association between functional impairment and markers of inflammation, especially elevated CRP levels, in patients with schizophrenia. Clinical changes were associated with adverse reactions to antipsychotics, although underlying inflammatory mechanisms could not be ruled out. The loss of functional capacity associated with increased CRP suggests a patient with signs of deterioration increased. The findings of this study contribute to current understanding of the psychotic process and may pave the way for novel therapeutic interventions.
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Neuroinflamação e esquizofrenia : avaliação de parâmetros astrogliais in vitro e in vivoSouza, Daniela Fraga de January 2012 (has links)
Embora a inflamação seja um processo de defesa fisiológica, neuroinflamação desequilibrada tem sido associada com a fisiopatologia de doenças do SNC. Além disso, a exposição pré-natal à infecção bacteriana e/ou viral tem sido implicada em vários estudos como um importante fator ambiental capaz de afetar prejudicialmente o neurodesenvolvimento, aumentando assim o risco de esquizofrenia. Resposta imune materna, em vez de infecção direta do feto, poderia ser responsável pelo desenvolvimento da doença. Glia ativada libera uma variedade de citocinas pró-inflamatórias que contribuem para a disfunção neuronal. Além disso, as alterações de marcadores astrogliais parecem estar intimamente relacionadas à patologia da esquizofrenia, por exemplo, níveis elevados de S100B, uma proteína derivada da glia, foram observados no soro e LCR de pacientes com esquizofrenia. Nesta tese avaliou-se se a secreção de S100B (em células de glioma C6 e fatias de hipocampo de ratos Wistar) poderia ser diretamente modulada por citocinas inflamatórias alteradas na esquizofrenia, assim como o possível envolvimento da via da proteína cinase ativada por mítógeno (MAPK) nestas respostas. Os efeitos dos antipsicóticos típicos e atípicos na secreção de S100B induzida por citocinas foram analisadas. Nós também avaliamos se a administração de LPS em ratas prenhas no final da gestação afeta alguns aspectos comportamentais da prole em sua vida adulta, e investigamos os efeitos deste tratamento sobre parâmetros gliais usando preparação ex vivo dos descendentes, além de observar se o tratamento pré-natal afeta marcadores gliais (S100B e GFAP) da prole adulta. Usamos a prole aos 30 e 60 dias para avaliar as diferenças entre os ratos jovens e adultos e também investigar a existência de diferenças entre os descendentes do sexo masculino e feminino. Avaliamos também os parâmetros de estresse oxidativo NO e GSH. Nós observamos que secreção de S100B foi aumentada pelas citocinas pró-inflamatórias (IL-1, TNF-, IL-6 e IL-8) em glioma C6 e em fatias hipocampais através da via MAPK, e estresse oxidativo pode ser um componente desta modulação. Além disso, IL-6 foi capaz de induzir um aumento no conteúdo de S100B e GFAP em glioma C6 e os antipsicóticos, haloperidol e risperidona, foram capazes de inibir a secreção de S100B estimulada por IL-6. Observamos também que o modelo de alteração imune maternal provocou alterações comportamentais na prole adulta, especialmente no comportamento social dos ratos afetados, além de modificar o padrão de secreção da proteína S100B e da captação de glutamato em fatias ex vivo da prole adulta. Constatamos que conteúdo de glutationa e NO são modificados de forma dependente de idade/gênero. Foi observada também uma pronunciada astrogliose particularmente hipocampal, com GFAP apresentando-se aumentada em ratos juvenis e adultos enquanto que conteúdo de S100B apresentou diminuição na prole juvenil e aumento em ratos adultos em resposta a exposição imune maternal. Aparentemente, infecção pré-natal parece levar a anormalidades comportamentais e neuroquímicas, incluindo modificação de marcadores gliais, na vida pós-natal, possivelmente via citocinas. / Although inflammation may be a physiological defense process, imbalanced neuroinflammation has been associated with the pathophysiology of brain disorders. Furthermore, prenatal exposure to bacterial and viral infection has been implicated by several studies indicating that such exposure is an important environmental factor out that may detrimentally affect neurodevelopment, increasing the risk of schizophrenia. Maternal immune response, rather than direct infection of the fetus, could be responsible for disease development. Activated glia releases a variety of pro-inflammatory cytokines that contribute to neuronal dysfunction. Moreover, changes in astrogliais markers seem to be closely related pathology of schizophrenia, for example, elevated levels of S100B, a glia derived protein, have been observed in the serum and CSF of schizophrenic patients. We evaluated whether S100B secretion (in C6 glioma cells and hippocampal slices in Wistar rats) could be directly modulated by the main inflammatory cytokines altered in schizophrenia, as well as the possible involvement of mitogen-activated protein kinase (MAPK) pathways in these responses. The effects of typical and atypical antipsychotic drugs on glial cytokine-induced S100B release were analyzing. We also evaluated whether administration of LPS to rats dams in late gestation affects some aspects of the offspring behavior in their adult life, and investigated the effects of this treatment on glial parameters using ex vivo preparation of offsprings, and whether it affects astroglial markers (S100B and GFAP) of the offspring in later life. We used the offspring at 30 and 60 days to evaluate the differences between juvenile and adult rats and also investigate the existence of differences between male and female offspring. We also investigated the oxidative stress parameters NO and GSH. We observed that S100B secretion was increased by the pro-inflammatory cytokines (IL-1 , TNF-, IL-6 and IL-8) in C6 glioma and in hippocampal slices via the MAPK, and oxidative stress may be a component this modulation. Furthermore, IL-6 was capable of inducing an increase in content GFAP and S100B in C6 glioma and antipsychotic, haloperidol and risperidone have been capable of inhibiting S100B secretion stimulated by IL-6. We also note that the model of maternal immune changes caused behavioral changes in the adult offspring, especially in the social behavior of rat affected and modified the pattern of secretion of S100B protein and glutamate uptake in ex vivo slices of adult offspring. We found that content of glutathione and NO are modified so age / gender dependent. There was also a pronounced hippocampal astrogliosis, with GFAP presenting increased in juvenile and adult rats while S100B content was reduced in juvenile and increased in adult offspring rats in response to exposure to maternal immune. Apparently, prenatal infection appears to lead to behavioral and neurochemical abnormalities, including modification of glial markers in the postnatal life, possibly via cytokines.
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Correlação entre volume cortical total e interleucina-6 em esquizofreniaPolita, Sandra Raquel Lermen January 2016 (has links)
A esquizofrenia (SZ) é uma doença mental crônica e grave, que compromete o funcionamento psicossocial do indivíduo nos mais variados graus. Atinge 1% da população mundial, considerando todo seu espectro de sintomas (DSM-IV). O pobre funcionamento cognitivo é um dos principais fatores que explicam as elevadas taxas de prejuízos e encargos associados à esquizofrenia. A etiologia da SZ é desconhecida, tendo muitas hipóteses etiológicas como fatores genéticos, epidemias virais durante a gestação, época de nascimento, traumatismos de parto, infecções perinatais, condições neurológicas ou neuropsiquiátricas que geram sintomas tipo esquizofrênicos ou desenvolvimento anormal (avaliados por testes psicológicos, estudos de neuroimagem e neuropatológicos que sugerem alterações no desenvolvimento cerebral). A fisiopatologia da SZ pode ser resultante de uma desregulação na plasticidade sináptica por alterações de neurotofinas, radicais livres e processos inflamatórios. Existe uma larga evidência que os radicais livres podem ter um papel importante na fisiopatologia da SZ, podendo induzir danos na membrana celular, em proteínas e DNA. Problemas com estresse oxidativo, como o aumento da peroxidação lipídica foram relatados previamente em pacientes com SZ em primeiro episódio, virgens de tratamento e naqueles cronicamente medicados. As citocinas inflamatórias têm sido estudadas como importantes participantes na etiologia e desenvolvimento das doenças psiquiatricas. Seu papel ainda não é bem estabelecido, porém diversas alterações têm sido vistas nas doenças psiquiátricas. Dentre as citocinas, destacam-se as interleucinas (IL) e o fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), que podem ter ação inflamatória e anti-inflamatória. Dentre as próinflamatórias, podemos destacar a IL-6 e o TNF-α. Alteração de IL na SZ tem sido relatada nesses últimos anos, relacionada à etiologia e à atividade da doença. Pacientes em episódio agudo da doença apresentaram aumento dos níveis séricos de IL pró-inflamatórias sugerindo atividade inflamatória sistêmica. Identificar, além dos sintomas clínicos, possíveis alterações bioquímicas e de neuroimagem em pacientes com SZ pode ajudar em futuras intervenções tanto para identificar, como para prevenir ou atenuar o curso da SZ. Estudos que permitam avançar no entendimento da psicopatologia deste grupo de pacientes são de grande importância, na medida em que proporcionarão futuras abordagens terapêuticas. Está bem estabelecido que a matéria cinzenta cortical e o volume de córtex préfrontal estão diminuídos em pacientes com SZ. Entretanto, os fatores que levam à perda de tecido não estão claras. Uma hipótese para esse fato é que o estado próinflamatório aumentado em SZ está relacionado com a diminuição volumétrica da massa cinzenta. O objetivo deste estudo piloto foi correlacionar os níveis séricos de IL-6 com o volume cortical total de pacientes com SZ e controles. Foram selecionados 36 pacientes com SZ (28 do sexo masculino, com idade média de 37,17 ± 12,05; anos de doença 15,56 ± 11,75), 35 controles pareados idade (21 do sexo masculino, idade média= 36,97 ± 13,04). As imagens foram adquiridas por um equipamento de ressonância magnética Philips Achieva 1.5T no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brasil. Todas as imagens foram processadas usando o pipeline automatizado de FreeSurfer v5.1. Concluímos que a IL-6 está negativamente correlacionada com o volume cortical total (p= 0,027; rho= -0,370) nos pacientes com esquizofrenia, tal correlação não foi vista nos controles (p= 0,235, rho= -0,206). Nosso resultado sugere que a ativação inflamatória crônica em pacientes com SZ pode estar relacionada com a diminuição volumétrica total do córtex. / Schizophrenia (SZ) is a chronic and severe mental illness, which affects the psychosocial functioning of the individual in many degrees. It reaches 1% of the population, considering all its spectrum of symptoms (DSM-IV). Poor cognitive functioning is one of the main factors responsible for the high rates of disability and costs associated with schizophrenia. The etiology of SZ is unknown, and many etiological assumptions are taken, as genetic factors, viral epidemics during pregnancy, time of birth, birth trauma, perinatal infections, neuropsychiatric or neurological conditions that produce symptoms like schizophrenia or unnatural development (assessed by psychological tests, neuroimaging and neuropathological studies that suggest changes in brain development). The pathophysiology of SZ may be due to a deregulation in synaptic plasticity caused by changes in neurotrophins, free radicals and inflammatory processes. There is a wide evidence that free radicals may have a main role in the pathophysiology of SZ, and can induce damage into the membrane cell, in proteins and DNA. Problems with oxidative stress, such as increased lipid peroxidation have been previously reported in treatment virgem patients with SZ in first episodes and in those chronically treated. And inflammatory cytokines have been studied as important parts in the etiology of psychiatric diseases’ development. Its role is not well established, however a number of changes have been noticed in psychiatric illnesses. Among the cytokines, the Interleukins (IL) and the tumor necrosis factor alpha (TNF-α) stand out, these two may have inflammatory and anti-inflammatory action. Among the pro-inflammatory, we can highlight IL-6 and TNF-α. IL change in the SZ has been reported in these last few years, related to the etiology and disease activity. Patients with acute episode of the disease showed increased serum levels of IL proinflammatory suggesting systemic inflammatory activity. Identify not only the clinical symptoms, possible biochemical and neuroimaging abnormalities in patients with SZ can help in future interventions both to identify and prevent or slow down the course of SZ. Studies to enable progress in the understanding of psychopathology this group of patients are of great importance to the extent that provide future therapeutic approaches. It is well established that cortical gray matter and the prefrontal cortex volume are reduced in patients with SZ. However, the factors that lead to tissue loss are unclear. One possible explanation is that the increased proinflammatory state in SZ is related to the volumetric reduction of the gray matter. The objective of this pilot study was to correlate serum levels of IL-6 in the hole cortex volume of schizophrenic patients and controls. We selected 36 patients with SZ (28 male, average age 37.17±12.05; years of illness 15.56±11.75), 35 matched controls (21 male, average age= 36.97±13.04). Images were obtained by an MRI equipment, brand Philips Achieva 1.5T at Hospital de Clinicas de Porto Alegre, Brazil. All images were processed using automated pipeline FreeSurfer v5.1. We concluded thatIL-6 is negatively correlated with the total cortical volume in patients (p= 0.027, rho= -0.370), this correlation was not seen in controls (p= 0.235; rho= -0.206). Our results suggest that chronic inflammatory activation in patients with SZ can be related to the total volumetric reduction of the cortex.
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