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Entre a avenida Luís Guaranha e o Quilombo do Areal : estudo etnográfico sobre memória, sociabilidade e territorialidade negra em Porto AlegreMarques, Olavo Ramalho January 2006 (has links)
Essa dissertação é resultado de um estudo etnográfico desenvolvido junto aos moradores da Avenida Luís Guaranha, região central de Porto Alegre/RS. Esta comunidade, reivindicando-se como reminiscência viva do Areal da Baronesa - antigo território negro paulatinamente descaracterizado durante o séc. XX – se auto-reconhece como remanescente de quilombo, buscando assegurar o direito de permanência no local que ocupa, ao afirmar que teve origem nas senzalas da Chácara da Baronesa do Gravataí. Aborda-se esta situação de resgate das origens por parte da comunidade, explorando as tensões e conflitos envolvidos na reconstrução das identidades do grupo, processo que torna manifesto o caráter fragmentário das memórias, das relações de pertencimento e territorialização – e, portanto, das formas culturais - em nosso meio social. Tomando-se a cidade como objeto temporal (marcado por processos de destruição criativa, gentrificação e segregação das populações pobres e afro-descendentes), trabalha-se o fenômeno das transformações urbanas sob o prisma da memória coletiva de seus habitantes. A temática dos remanescentes, no caso deste estudo, emerge como mecanismo de garantia de direitos, mas também de construção de sentidos e significações atrelados aos nichos urbanos.
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Subjetividade, identidade e as redes de consumo KalungaMarinho, Thais Alves 09 January 2013 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Programa de Pós-Graduação em Sociologia, 2013. / Submitted by Luiza Silva Almeida (luizaalmeida@bce.unb.br) on 2013-07-09T18:52:32Z
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2013_ThaisAlvesMarinho.pdf: 7153055 bytes, checksum: 444cc3dd9d7a21e3629aad387c0bfee9 (MD5) / A comunidade Kalunga, localizada no nordeste do Estado de Goiás, tem se mobilizado na reorganização identitária, por meio da reafirmação étnica em torno do ícone quilombola, sustentada pelo etnônimo Kalunga desde o envolvimento da antropóloga Mari Baiocchi e da participação do movimento negro na década de 1980, que contribuíram ambos para a elaboração do artigo 68 dos Atos dos Dispositivos Constitucionais Transitórios da Constituição Federal Brasileira de 1988. Em 2004 esse grupo tradicional foi tomado como plano piloto para o reconhecimento e regularização fundiária no governo de Lula, o que intensificou o processo de etnicização. Essa tese visa descortinar o processo de politização da identidade Kalunga, sua relação com a territorialidade e com os atuais nexos de coordenação de governança no campo étnico-quilombola, por meio de uma etnografia do consumo na comunidade. A hipótese é que por meio das dinâmicas identitárias e das redes de consumo instauradas, podemos analisar como as ações e as percepções do indivíduo Kalunga são condicionadas (e/ou condicionantes) pela liberdade, pelas relações de poder propiciadas pela lógica do campo étnico-quilombola e pela posição que nele ocupam. Isso porque os indivíduos Kalunga, enquanto agentes, são dotados de um senso prático de classificações de percepções, que é produto de uma estrutura profunda, delimitada pela incorporação de um habitus gerador historicamente localizado, mas que varia no tempo e no espaço, e que condiciona as aquisições mais novas pelas mais antigas, segundo os arbítrios miméticos que compõem a subjetividade humana. Essa maleabilidade da subjetividade leva a diferentes formas de organização para o consumo e para o uso dos bens entre os Kalunga, que variam de estratégias de diferenciação, na acepção de Baudrillard, no caso dos criadores de gado, à estratégias de distinção, na acepção de Bourdieu, no caso dos agricultores. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The Kalunga community, located in the northeast of the state of Goiás, has mobilized their locals to reorganize their identities through the ethnic reaffirmation, sustained by the maroon icon and trough the ethnonym Kalunga since the involvement of anthropologist Mari Baiocchi and of the black movement in the 1980s, which both contributed to the prevail of the Article 68 of the Acts of the Transitional Constitutional Devices of Brazilian Federal Constitution of 1988. In 2004 this traditional group was taken as a pilot plan for recognition and earth regularization under Lula´s governenment, which deepened the etnicization’s process. This thesis aims to unveil this process of politicization of identity Kalunga, its relation to territoriality and the current nexus of governance in the ethno-maroon’s field, through the consumption’s practices ethnography of the community. The hypothesis is that by means of identity dynamics and by the launched networks of consumption, we can analyze how the actions and perceptions of the individuals Kalunga are conditioned (and/or are the basis by) trough freedom, trough the power relations offered by the logic of ethnic-maroon-field and trough the position that each one occupies in it. This is because individuals Kalunga, while agents, are provided with a practical sense of ratings perceptions, which are the product of a deep structure, shaped by the incorporation of a located historically generator habitus, but it varies in time and space, and conditionates the new acquisitions among the olders ones, according to the force of mimetics abilities that comprise human subjectivity. This maleability of subjectivity leads to different forms of organization for the consumption and use of goods among Kalunga, ranging from differentiation strategies, within the meaning of Baudrillard, in the case livestock, to distinctions strategies, within the meaning of Bourdieu, in the case of farmers. _______________________________________________________________________________________ RESUMEN / La comunidad Kalunga, situada en el noroeste del estado de Goiás he mobilizado una reorganización identitária a favor de la reafirmación étnica, sostenida por el icono marrón y por el etnónimo Kalunga, desde la participación de la antropóloga Mari Baiocchi y del movimiento negro en la década de 1980, siendo que los dos he posibilitado la composición del artículo 68 de los Hechos de los dispositivos constitucionales transitorias de la Constitución Federal de Brasil de 1988. En 2004 este grupo tradicional fue tomado como plan piloto de reconocimiento y titulación en gobierno de Lula, o que intensificó el proceso de etnicizacion. Esta tesis tiene como objetivo dar a conocer el proceso de politización de la identidad Kalunga, su relación con la territorialidad y el nexo actual de coordinación en el ámbito de la gobernanza etno-marrón, a través de una etnografía del las practicas de consumo en la comunidad. La hipótesis es que, por medio de la dinámica de la identidad y de las redes de consumo hincadas, podemos analizar cómo las acciones y percepciones del individuo Kalunga están condicionados por (y/o son condicionantes de) la libertad, por las relaciones de poder inducida por la lógica del campo étnico-marrón y por la posición que ocupan en él. Esto es porque los individuos Kalunga, mientras agentes, son facultados con un sentido práctico de clasificación de las percepciones, que son el producto de una estructura profunda, señalada pela incorporación de un habitus generador históricamente situado, pero que varía en el tiempo y el espacio, y que condiciona las adquisiciones más jóvenes por las más antiguas, de acuerdo con los testamentos miméticos que componen la subjetividad humana. Esta maleabilidad de la subjetividad conduce a diferentes formas de organización para el consumo y uso de bienes entre Kalunga, que van desde las estrategias de diferenciación en el sentido de Baudrillard, en el caso de la ganadería, las estrategias de distinción en el sentido del Bourdieu, en el caso de los agricultores. _______________________________________________________________________________________ RESUMÉ / La communauté Kalunga, située au nord-est du État de Goiás, a été engagé dans la réorganisation de l'identité, à travers de la réaffirmation ethnique dans l’ icône quilombola, soutenue pour l’ethnonyme Kalunga depuis l’engagement de l’anthropologue Mari Baiocchi et la participation du mouvement noir dans les 80, tous les deux ont contribué pour la rédaction du article 68 des Actes des Dispositifs Constitutionnels Transitoires de la Constitution Fedérale Bresilienne de 1988. En 2004, cette groupe a été pris comme un plan pilote pour la reconnaissance et la régularisation au gouvernement de Lula, ce qu’a intensifié le processus d'ethnicisation. Cette thèse vise à dévoiler le procès de politisation de l'identité Kalunga, sa relation avec la territorialité et avec l’interface de la coordination dans le domaine de la gouvernance ethno-quilombola, à travers d’une ethnographie de la consommation dans la communauté. L'hypothèse est que à travers des dynamiques identitaires et les réseaux de consommation introduit, nous pouvons analyser la manière dont les actions et les perceptions de l'individu Kalunga sont conditionnés (ou que conditionne) pour la liberté, pour les relations de domaine presenté par la logique du champ ethno-quilombola et pour la position qu'ils occupent dans celui-ci. Ceci parce que les individus Kalunga, tandis que les agents sont munis d'un sens pratique des perceptions notations, que comprendre le produit d'une structure profonde, délimitée pour l’incorporation d'un générateur habitus historiquement située, mais qui varie dans le temps et l'espace, et que conditiones les acquisitions plus nouvelles pour les plus anciennes, selon les volontés mimétiques comprenant la subjectivité humaine. Cette malléabilité de la subjectivité conduit à différentes formes d'organisation pour la consommation et l'utilisation des marchandises entre Kalunga, allant des stratégies de différenciation au sens de Baudrillard, dans le cas du bétail, les stratégies de distinction au sens de l'Bourdieu, dans le cas des agriculteurs.
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Os Quilombolas do Veiga e o SÃo GonÃalo:memÃria e identidade na festa e devoÃÃo a SÃo GonÃalo no SÃtio VeigaDaniele Cristine Gadelha Moreno 00 December 2014 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / O presente trabalho busca analisar o papel que a danÃa de SÃo GonÃalo, na comunidade quilombola SÃtio Veiga, desempenha no processo de construÃÃo da identidade Ãtnica deste grupo social. A comunidade SÃtio Veiga à um agrupamento reconhecido enquanto âcomunidade remanescente de quilombosâ, localizado em QuixadÃ, sertÃo central, cujo vÃnculo desse agrupamento com o territÃrio remete aos descendentes das populaÃÃes negras escravizadas no CearÃ. Dessa forma, a reivindicaÃÃo em torno da titularidade do territÃrio envolve a assunÃÃo de uma categoria normatizada pelo direito, inserida no texto constitucional. A metodologia utilizada foi a pesquisa de campo, atravÃs da memÃria local, acionada em contextos de reivindicaÃÃes identitÃrias que remetem a uma ligaÃÃo com o passado, com a origem comum. Logo, atravÃs do ritual, sÃo elaboradas narrativas sobre a descendÃncia dessa coletividade, suas origens, sua ancestralidade que remete ao perÃodo escravocrata. O foco da pesquisa foi compreender os caminhos que este ritual percorreu para se construir em um elemento de pertencimento Ãtnico, um diacrÃtico situacional, que serà acionado no processo de reivindicaÃÃo de seu territÃrio. Nesse processo de afirmaÃÃo identitÃria, os agentes externos (ONGs, agentes pÃblicos e outras instituiÃÃes) contribuÃram em diferentes contextos, mas tambÃm foram relaÃÃes marcadas por conflitos e tensÃes.
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Entre a avenida Luís Guaranha e o Quilombo do Areal : estudo etnográfico sobre memória, sociabilidade e territorialidade negra em Porto AlegreMarques, Olavo Ramalho January 2006 (has links)
Essa dissertação é resultado de um estudo etnográfico desenvolvido junto aos moradores da Avenida Luís Guaranha, região central de Porto Alegre/RS. Esta comunidade, reivindicando-se como reminiscência viva do Areal da Baronesa - antigo território negro paulatinamente descaracterizado durante o séc. XX – se auto-reconhece como remanescente de quilombo, buscando assegurar o direito de permanência no local que ocupa, ao afirmar que teve origem nas senzalas da Chácara da Baronesa do Gravataí. Aborda-se esta situação de resgate das origens por parte da comunidade, explorando as tensões e conflitos envolvidos na reconstrução das identidades do grupo, processo que torna manifesto o caráter fragmentário das memórias, das relações de pertencimento e territorialização – e, portanto, das formas culturais - em nosso meio social. Tomando-se a cidade como objeto temporal (marcado por processos de destruição criativa, gentrificação e segregação das populações pobres e afro-descendentes), trabalha-se o fenômeno das transformações urbanas sob o prisma da memória coletiva de seus habitantes. A temática dos remanescentes, no caso deste estudo, emerge como mecanismo de garantia de direitos, mas também de construção de sentidos e significações atrelados aos nichos urbanos.
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Dinâmicas sociais e estratégias territoriais : a organização social Xukuru no processo de retomadaCeli Oliveira e Santos, Hosana 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Este trabalho pretende analisar as lutas políticas, a dinâmica social e as práticas organizacionais do povo indígena Xukuru do Orurubá, localizado entre os municípios pernambucanos de Pesqueira e Poção, a 216 quilômetros do Recife. Sua população somava, em 2008, 12 mil pessoas, segundo a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), residentes em uma Terra Indígena de 27.555ha, distribuída em 24 aldeias e dois bairros do município de Pesqueira. O trabalho de campo, de cunho etnográfico, se deu entre maio e agosto de 2008. Nossas considerações se atêm ao processo de territorialização tendo como foco as retomadas e as práticas rituais, considerando como essas estratégias políticas exerceram um papel central na modificação da forma de organização política do povo Xukuru, a partir das mudanças políticas de 1980. Um fator que evidencia essa mudança política é uma intensificação da participação das mulheres. Enfim, esse estudo se destina ao entendimento de como, diante deste campo modificado de atuação indígena, os Xukuru tem afirmado suas especificidades e estão envolvidos numa luta política que tem vários fatores convergindo. Entretanto, merece um olhar mais atento sobre como as mulheres Xukuru estão se articulando em cada um dos setores da luta. Uma vez que, verificamos que as estratégias utilizadas amenizam conflitos sociais, mas também refletem um novo momento implicando na criação de condições para manutenção da organização política e reforçando os laços de solidariedade dos Xukuru, bem como, proporcionando um novo olhar sobre as formas de atuação que envolvam homens e mulheres, inseridos nessa sociedade indígena
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Crafts and Ethnicity: the place of things in Tapeba culture / Artesanato e Etnicidade: o lugar das coisas na cultura tapebaCristina Peixoto Batista 11 October 2013 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / O trabalho aborda as relaÃÃes entre construÃÃo de identidade e o artesanato do povo indÃgena Tapeba, que reside em diversas Ãreas do municÃpio de Caucaia, CearÃ. AtravÃs de uma etnografia realizada entre fevereiro de 2010 à outubro de 2011, trabalhando diretamente com as prÃticas produtivas dos artesÃos, indo a feiras e eventos de comercializaÃÃo, alÃm de entrevistas com Ãndios usuÃrios e lideranÃas em eventos oficiais (sejam realizados pelas comunidades ou pela sociedade nacional como um todo), buscamos a compreensÃo que o citado povo tem sobre o artesanato local. à luz de diversos autores e movimentando as teorias sobre dominaÃÃo, etnicidade, identidades, alÃm de referÃncias sobre a histÃria do povo Tapeba, podemos enxergar que o artesanato està para alÃm de necessidades materiais mantendo uma Ãntima relaÃÃo com o campo do simbÃlico. / The work addresses the relationship between identity construction and handicrafts of
the indigenous people Tapeba, residing in various areas of the municipality of
Caucaia, CearÃ. Through an ethnography conducted between February 2010 to
October 2011, working directly with the production practices of artisans, going to
trade shows and marketing events, and interviews with indigenous leaders and users
in official events (whether held by communities or society national as a whole), we
sought to understand that people have said about the local crafts. In light of several
authors and theories about moving domination, ethnicity, identity, and references on
the history of the people Tapeba, we can see that the craftsmanship is beyond
material needs while maintaining a close relationship with the symbolic field.
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A colonia menonita em Curuguaty no Paraguay: a persistência étnica e religiosa dos menonitasBenites, Ezoil Paniagua 27 July 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-07-27 / Igreja Presbiteriana do Brasil / Universidade Presbiteriana Mackenzie / The present research is part of an anthropologist study aiming to understand how a Protestant group, arising from the Religious Reform of XVI century, the Mennon-ites, still keeping their behavior almost unchanged; even after around 500 years past. The Mennonites living in many Paraguayan colonies (even the ones who living in Brazilian colonies) still being a very unknown group for the Brazilian people. The main aim of this research is to understand how this ethnic group persists, what are the factors that help them to remain living in the same way of life, isolated from the world both geographically and existentially. The methodology used firstly, was a bibliographic research to establish the characteristics that build and format the group in the period named Protestant Reformation of sixteenth century; and second-ly a field research, aiming to analyze the ties that are related to the past. This re-search shows that the Mennonites still keeping their relation with the past un-changed. Although they have the right of use the Germany language as an official idiom guaranteed by the law 514 of 1933; and they have their own government in-side the colony; the persistence occurs mainly because the ethnic border is very well established. / Esta pesquisa se insere no campo das Ciências da Religião fazendo uso de teorias antropológicas e procura compreender como um grupo de protestantes oriundo da Reforma religiosa do século XVI, os Menonitas, ainda mantém suas características praticamente inalteradas, mesmo tendo se passado cerca de 500 anos. Os Menonitas residentes nas muitas colônias paraguaias (até mesmo os residentes em colônias no Brasil) ainda são um grupo desconhecido pelo público brasileiro. O objetivo princi-pal desta pesquisa é buscar uma compreensão de como a persistência étnica desse grupo persiste, quais são os fatores que corroboram para que continuem dentro das mesmas formas de ser e existir, de maneira que colônia se mantém isolada do mun-do tanto geográfica quanto existencialmente. A metodologia usada foi uma pesquisa bibliográfica para estabelecer as características que constituem e formata o grupo dentro do período denominado de Reforma Protestante do século XVI em diante e num segundo momento foi realizada uma pesquisa de campo, para em diálogo com os menonitas procurando identificar os laços de continuidade com o passado. Esta pesquisa demonstra que os Menonitas estudados continuam com os laços do passado vigentes e inalterados. E mesmo tendo a prerrogativa assegurada pela lei 514 de 1933, que lhes a garante a liberdade para o uso do idioma alemã como a língua ofi-cial entre eles e possuírem o seu próprio governo dentro da colônia a persistência acontece, sobretudo porque a fronteira étnica está muito bem estabelecida no que tange o “eu diante do outro” assim sendo sempre estarão ligados mais ao passado do que ao presente.
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Aquilo é uma coisa de índio: objetos, memória e etnicidade entre os Kanindé do CearáGOMES, Alexandre Oliveira 26 March 2012 (has links)
Submitted by Caroline Falcao (caroline.rfalcao@ufpe.br) on 2017-06-14T18:05:14Z
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Previous issue date: 2012-03-26 / Recontar a história regional, a partir de um olhar que subverte a apologia do colonizador como narrativa verdadeira ou oficial, tornou-se um dos imperativos categóricos imprescindíveis aos movimentos e processos contemporâneos de mobilização política de povos indígenas, principalmente no nordeste brasileiro e, especificamente no Ceará, a partir da década de 1980. Torna-se fundamental analisar como movimentos indígenas reinterpretam o passado a partir da construção de sentidos sobre o tempo, "regimes de memória" específicos que associam "ações, narrativas e personagens, prescrevendo-lhes formas de construir significados" (Oliveira, 2011, p. 12). Segundo Johannes Fabian, um regime de memória é "uma arquitetura da memória, (...) que tornaria possível a alguém contar histórias sobre o passado" (Fabian apud Oliveira, 2011, p.12). A partir de análise da seleção, musealização e significação da cultura material, e dos usos e "(...) papel da memória, com suas técnicas e perspectivas específicas" (Oliveira, 1999,, p. 118), realizaremos um estudo classificatório identificando e interpretando categorias nativas e narrativas que organizam socialmente duas importantes diferenças operadas em processos étnicos: memórias e objetos. Investigaremos "(...) o trajeto das composições de sentido", buscando "(...) relacionar posições políticas com operações mnemônicas", (Ramos, 2011, p. 245), unindo os aportes conceituais da História e da Antropologia, mediados por procedimentos e técnicas museográficas utilizadas na observação participante realizada na pesquisa de campo entre o povo indígena Kanindé, na aldeia Fernandes (Aratuba-Ceará). / A new way to tell the regional history, looking from an angle that changes the official narration based on the colonizer's glorification, becomes an essential requirement for the contemporary movements and processes of political mobilization of native populaces, mostly in the brazilian Northeast region and, particularly in Ceará, from the 1980s on. It's necessary to examine how indianist movements reinterpret their experiences, based in their own feeling about the time, specific "memory regimes" that associate "actions, tales and personages, establishing ways to build meanings "(Oliveira 2011, p. 12). According to Johannes Fabian, a memory regime is " a memory architecture (...) that enables someone to tell stories about the former time" (Fabian apud Oliveira, 2011 p.12). Beginning with the analysis of the selection, musealisation and signification of the cultural facts and usages and "(...) memory role, with the respective technics and perspectives" (Oliveira, 1999, p.118), we will carry out a study recognizing and rendering native types and tales that arrange two important differences found in ethnical procedures: memories and objects. We will examine "(...) the route of the sense fittings", looking for "(...) relating political attitudes with mnemonic operations" (Ramos, 2011, p.245), connecting the concepts of History and Anthropology, by means of procedures and museological methods, useful in the partaking survey that occurs in external researches between the indigenous people Kanindé in the village Fernandes (Aratuba-Ceará).
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Os caminhos da politização da indigeneidade: um estudo sobre a identidade indígena na política boliviana pós-1985 / The paths of indigeneity politicization: a study on indigenous identity in Bolivian politics after 1985Amaral, Aiko Ikemura 27 May 2014 (has links)
O presente trabalho busca analisar o processo de politização das identidades indígenas, entendido como uma luta por reconhecimento, ressaltando a dinâmica das fronteiras étnicas na interação entre indígenas e o Estado, na Bolívia pós-1985. Entende-se que ao fundamentarem sua luta em um largo histórico de dominação e traduzirem-na em uma demanda por direitos e por reconhecimento social e político, os povos indígenas ressignificam sua posição marginal na sociedade e conformam a base para sua organização. Defende-se que, uma vez que as identidades resultam de constantes processos internos e externos de definição, a possibilidade de conformação de uma identidade efetivamente autônoma só se concretiza se os sujeitos podem definir quais os parâmetros legítimos a partir dos quais se dá o reconhecimento, que adquire um caráter eminentemente político. A este respeito, entende-se que a luta avançada pelos povos indígenas representa um desafio para as formas tradicionais de definição de cidadania, questionando o paradigma liberal até então hegemônico, especialmente no que tange a natureza coletiva do sujeito indígena e sua relação com o território e com a política em geral. Assim, a indigeneidade se coloca como uma peça chave para a compreensão das mudanças ocorridas nas últimas décadas na Bolívia, assim como para a compreensão de um processo mais amplo de descolonização das categorias e instituições do Estado-nação. Desta forma, o trabalho segue de forma a discutir como a luta por reconhecimento por direitos se construiu a partir das críticas ao colonialismo interno do Estado boliviano, posteriormente avançando sobre como ampliação das fronteiras da identidade indígena serviu como elemento aglutinador de um processo crescentemente contencioso das relações entre a sociedade as instituições do Estado em sua acepção liberal. Posteriormente, discutir-se-á sobre como as lutas e demandas indígenas foram reconhecidas na Constituição de 2009 em um esforço conjunto de representantes de diversos movimentos sociais no país para superar a abordagem multiculturalista através da plurinacionalidade e da interculturalidade. Por fim, destacar-se-á as presentes contradições deste processo, no qual o empoderamento político indígena se depara com a centralidade cada vez maior da democracia representativa e dos apelos de uma identidade nacional indigeneizada, em detrimento dos avanços legais da Constituição plurinacional e das lutas por interculturalidade e pela consolidação da autonomia dos sujeitos coletivos na Bolívia / The following work will discuss the process of politicization of indigenous identities, understood as a struggle for recognition, highlighting the dynamics of the ethnic boundaries in the interaction between the indigenous and the state in Bolivia after 1985. We sustain that as indigenous peoples root their struggle in a long background of domination which is translated into a demand for rights and for social and political recognition, they ressignify their marginality within the society and establish the foundations for their organization. We suggest that, inasmuch as identities result from constant processes of internal and external forms of definition, the possibility of constructing actually autonomous identities is only possible if the subjects are able to define by which standards should they be granted recognition, which, in turn, becomes eminently political. Following that, we observe that the indigenous struggles posits a challenge to traditional forms of defining citizenship, as they question the hegemony of the liberal paradigm so far, specially in matters of the collective nature of indigenous subject and its particular relation to the territory and politics. Therefore, indigeneity is presented as a key factor for understanding the political changes in Bolivia over the last decades, but also for analyzing the process of decolonization of nationstate categories and institutions. We herein discuss how the struggle for recognition in the legal and social dimensions was key for constructing a broader critique of the internal colonialism in the Bolivian State, followed by a discussion on how the expansion of the boundaries of the indigenous identities transformed it into a converging element of a increasingly contentious process in the relation between the society and the states institutions in their most liberal facet. Later on, we will explore how these struggles and demands were recognized in the 2009 Constitution, as a result of the mutual effort of representatives of various social movements to overcome the multicultural approach to indigenous rights with plurinationality and interculturality. Finally, we assess the present contradictions of such process, in which the political empowerment of the indigenous faces the rising centrality of representative democracy and the appeals of a indigenized national identity, as opposed to the consolidation of constitutional plurinationality and of the intercultural plea for the consolidation of the autonomy of indigenous collective subjects in Bolivia
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Etnicidade e luta de classes na África contemporânea: Ruanda (1959 1994) e África do Sul (1948-1994)Fonseca, Danilo Ferreira da 30 October 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-10-30 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This thesis is mainly focused on the historical processes of South African apartheid and the Rwandan genocide of 1994, looking how occurred interactions, in the development of these, between different "ethnic racial" groups and social classes.
Thus, in the case of South Africa, the thesis focuses on the years between 1948 (the beginning of the apartheid regime) and 1994 (end of apartheid and the election of Nelson Mandela), while in the Rwandan case the thesis focuses among years 1959 and 1994 (between independence and genocide in Rwanda in 1994).
In order to understand the logic of specific social practices such territoriality, the thesis also rescues the pre-colonial and colonial period, valuing local traditions of many societies that permeate South Africa and Rwanda, giving support to understand how has built the preparation of their own local historical agents of a violent insertion of foreign capitalist mode of production.
From these interactions between social practices and traditional practices tied to a capitalist society, the thesis structure the interaction between the "ethnic racial" and social classes that are formed and at the same time, help to form these societies that transform radically in a short time / A presente tese tem como principal foco o desenvolvimento do apartheid Sul-Africano e o genocídio ruandês de 1994, buscando como que desses processos históricos ocorreram as interações entre diferentes grupos étnico-raciais e classes sociais.
Dessa maneira, no caso sul-africano, a tese se concentra entre os anos de 1948 (início do regime do apartheid) e 1994 (fim do apartheid e eleição de Nelson Mandela), enquanto que no caso ruandês a tese foca-se entre os anos de 1959 e 1994 (entre a independência de Ruanda e o genocídio).
Com o intuito de entender a lógica específica das práticas sociais de tais territorialidades, a tese também resgata os períodos pré-coloniais e coloniais, valorizando as tradições locais das múltiplas sociedades que permeiam a África do Sul e Ruanda, nos dando suporte para entendermos como se construiu a elaboração dos próprios agentes históricos locais de uma violenta inserção estrangeira do modo de produção capitalista.
A partir destas interações entre práticas sociais tradicionais e práticas atreladas a uma sociedade capitalistas, a tese estrutura a própria interação entre os grupos étnico-raciais e as classes sociais que são formados e, ao mesmo tempo, ajudam a formar estas sociedades que se transformam radicalmente num curto espaço de tempo
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