• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 185
  • 3
  • Tagged with
  • 190
  • 90
  • 68
  • 42
  • 41
  • 41
  • 35
  • 34
  • 33
  • 32
  • 29
  • 29
  • 29
  • 25
  • 22
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
51

Etnicidade indígena no contexto urbano: uma etnografia sobre os Kalabaça, Kariri, Potiguara, Tabajara e Tupinambá de Crateús

Lucia Silva Lima, Carmen 31 January 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T15:06:16Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo7525_1.pdf: 14780725 bytes, checksum: be223c54274f708105f9cc958a20a9b9 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2010 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / No município de Crateús, a partir da década de 1990, iniciou-se um processo de mobilização social e política que resultou na constituição dos grupos Kalabaça, Kariri, Potiguara, Tabajara e Tupinambá. Desencadeada pela ação da Pastoral Raízes Indígenas da Diocese de Crateús, a referida mobilização foi empreendida por moradores da zona urbana da cidade. Esta tese tem como objetivo analisar a etnicidade dos que compõem estas coletividades, considerando as implicações do contexto urbano nesta construção. Para atingir a finalidade deste estudo antropológico, relacionamos etnicidade, etnologia indígena e antropologia urbana. Por meio do relato etnográfico, que integra texto e imagem, é evidenciado o processo de urbanização da cidade, mostrando como ela se tornou um pólo distribuidor de bens e serviços no Centro-oeste do Ceará. Privilegiando a visão dos indígenas, é examinado como eles vivem, a percepção que eles têm da cidade e do ser indígena neste espaço. Através da abordagem das trajetórias dos núcleos familiares que compõem as coletividades estudadas é apresentado como se constituiu os grupos étnicos, a influência dos agentes externos, a lógica da adoção dos etnônimos e os múltiplos contextos de edificação da identidade étnica. A política indígena e as relações interétnicas são contempladas, evidenciando as disputas, o protagonismo dos sujeitos envolvidos e o processo de institucionalização da etnicidade. Por fim, são apreciados os impasses que se apresentaram para o reconhecimento da indianidade e o acesso aos direitos indígenas, devido à localização no contexto urbano, revelando como se constituiu a categoria terra de origem e os processos de territorialização empreendidos visando à saída da cidade
52

Imigrantes palestinos, identidades brasileiras: compreendendo a identidade palestina e as suas transformações

HAZIN, Hissa Mussa 11 August 2016 (has links)
Submitted by Alice Araujo (alice.caraujo@ufpe.br) on 2017-11-20T17:23:15Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) DISSERTAÇÃO HISSA MUSSA HAZIN.pdf: 7022317 bytes, checksum: aae880dc9f795e58023782cfec63d357 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-11-20T17:23:15Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) DISSERTAÇÃO HISSA MUSSA HAZIN.pdf: 7022317 bytes, checksum: aae880dc9f795e58023782cfec63d357 (MD5) Previous issue date: 2016-08-11 / Este trabalho investiga a inserção de um grupo de imigrantes palestinos que chegou ao Recife desde o final do século XIX. A proposta inicial era fazer uma reflexão acerca dos processos sociais de construção da identidade étnica desses imigrantes e da constituição de um grupo étnico palestino a partir das relações interétnicas com a sociedade que os acolheu. Mas, algo diferente parece ter acontecido com esse grupo de palestinos. Primeiramente, não existem mais as diferenças culturais que o diferenciava da sociedade brasileira nem sinais de contraste em relação à sociedade acolhedora. Já não perduram os interesses comuns nem a solidariedade étnica que caracterizou os primeiros anos da imigração e não se consegue perceber entre eles a etnicidade capaz de demarcar fronteiras e mobilizar a coletividade para a constituição de uma comunidade étnica caracterizada pela ação social. Procurou-se então compreender o que teria acontecido com a etnicidade desses imigrantes desde a saída da Palestina. Os relatos da etnografia indicaram que os filhos dos primeiros imigrantes podem ter sido assimilados. “Todos já se sentiam brasileiros e se comportavam como brasileiros e nada mais os ligavam à Palestina”. Nesse caso, o trabalho questiona como aplicar os conceitos de etnicidade ou de grupo étnico numa ‘comunidade’ onde não se consegue enxergar sequer resíduos de uma identidade étnica entre os imigrantes. Então, na impossibilidade de investigar esta imigração pela perspectiva teórica da etnicidade, precisou-se recorre a antigas discussões sobre os conceitos de assimilação e aculturação, apesar das conotações negativas que estes conceitos possam representar. Contudo, os relatos também apontam para uma ressurgência da etnicidade entre netos e bisnetos cujos pais ou avós já haviam sido assimilados, e para essa questão a categoria assimilação não tem explicação. Por essa razão, esse trabalho precisou, em diferentes momentos, recorrer às duas perspectivas teóricas para uma melhor compreensão do processo de integração. / This work investigates the inclusion of a group of Palestinian immigrants who have arrived in Recife since the late nineteenth century. The initial proposal was to reflect about the social processes of construction of an ethnic identity of these immigrants and the establishment of a Palestinian ethnic group starting from the interethnic relations with the society that welcomed them. But something else seems to have happened to this group of Palestinians. First, there are no more the cultural differences that distinguished in the past this group from the Brazilian society, neither exists contrasting signals in relation to the welcoming society. Also, no longer exist the common interests or the ethnic solidarity that have characterized the early years of immigration and it is not possible to perceive among the group, an ethnicity capable to demarcate borders and to mobilize the collectivity to form an ethnic community characterized by social action. It was then sought to understand what had happened to the ethnicity of the immigrants since the exit from Palestine. The reports of the ethnography indicate that the children of the first immigrants may have been assimilated. "Everyone already considered themselves as Brazilians and behaved as Brazilians and nothing more bonded them to Palestine." In this case, this work questions how to apply the concepts of ethnicity or of ethnic group in a 'community' where it is not possible to observe residues of an ethnic identity among the immigrants. Therefore, in the impossibility to investigate this immigration under the theoretical perspective of ethnicity, it was necessary to resort to the old discussions on the concepts of assimilation and acculturation, despite the negative connotations that these concepts can represent. However, the reports also point out to a resurgence of ethnicity among the grandchildren and the great grandchildren of those whose parents or grandparents had been assimilated and for that matter the concept of category assimilation has no explanation. For this reason, this work needed at different times, to rely on these two theoretical perspectives for a better understanding of the integration process.
53

Eu já vi água ir embora (...) com natureza não se mexe, (...) eu já vi água ir embora os truká (PE), grandes projetos e o sentido da territorialidade no exercício da cidadania indígena contemporânea

de Barros Monteiro, Eliana 31 January 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T15:03:12Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo1026_1.pdf: 10211918 bytes, checksum: 9765e9545a9691aff50669cd0278b9ee (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2008 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Diante da problemática dos grandes projetos ou projetos de desenvolvimento , cada vez mais comuns à realidade contemporânea de diversos países que se pretendem em votos de crescimento econômico, tornase coerente questionar como vivem e se adequam os diversos grupos sociais que são abruptamente inseridos em contextos de políticas interventivas ao meio-ambiente, que transformam dinâmicas históricas, cotidianas, rompendoas e retratando-as num novo cenário de desenvolvimento. Quando os planos de ações vão de encontro com demandas sociais locais, mais ainda se torna pertinente conhecer os diálogos que são estabelecidos entre os sujeitos envolvidos, bem como de situar possíveis diferentes percepções da própria idéia de desenvolvimento enfatizadas neste processo de acionamento de identidades. Dessa maneira, aqui buscarei contextualizar a trajetória de ações políticas do grupo étnico Truká, que vive às margens da região do sub-médio São Francisco, no sertão pernambucano e que é um dos diversos grupos sociais que estão sob a ameaça de viverem como atingidos após a conclusão de dois grandes empreendimentos voltados àquela região do semi-árido; a Transposição do Rio São Francisco e a instalação dos Aproveitamentos Hidrelétricos (AHE´s) de Riacho Seco e Pedra Branca, em cujos pontos de construção situamos os limites das T.I. s Truká (PE) e Tumbalalá (BA). Observando a dinâmica da territorialidade dos truká, respaldada pela sua vivência com o meio ambiente compartilhado, encontramos elementos que nos conduzem a entender como se configura o sentido de suas ações coletivas, na sua comunicação com o Estado, com as agências envolvidas e com os diversos segmentos dos movimentos sociais, neste processo de atuações e de relações sociais. Situando este universo de conflito, a intenção deste trabalho seguiu principalmente na tentativa de contribuir com as discussões sobre formas diferenciadas do exercício de cidadania indígena, atentando-se desta forma, para as múltiplas trajetórias da etnicidade no sertão pernambucano, que nos sugere a patente necessidade de se pensar sobre o sentido local de ações políticas de resistência, também cada vez mais vigentes na contemporaneidade
54

O batuque e o marabaixo protestante: panorama musical do Quilombo do Mel da Pedreira

Araújo, Marcos José Martins 12 April 2016 (has links)
Submitted by Eliezer Santos (eliezer.santos@mackenzie.br) on 2018-06-05T16:55:04Z No. of bitstreams: 1 Marcos Jose Martins Araujo.pdf: 3378372 bytes, checksum: e88870c3516e6132ed8ac2ade640c863 (MD5) / Approved for entry into archive by Paola Damato (repositorio@mackenzie.br) on 2018-06-08T20:50:02Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Marcos Jose Martins Araujo.pdf: 3378372 bytes, checksum: e88870c3516e6132ed8ac2ade640c863 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-06-08T20:50:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Marcos Jose Martins Araujo.pdf: 3378372 bytes, checksum: e88870c3516e6132ed8ac2ade640c863 (MD5) Previous issue date: 2016-04-12 / This work analyzes the influence of music in the social context and in the worship of the Presbyterian ethnic community Mel da Pedreira. Compares the quilombo worship music with music of African traditional festivals of quilombos in the region, Batuque and Marabaixo, analyzing the liturgical repertoire through research observation, listening and interviews, cultural gifts origins in running community music through four pillars of music: melody, harmony, rhythm and hymnody, in order to contribute to the record of the quilombo identity. What we found is the music product convergence amalgamated cultures between the african - brazilian rhythm, the sertaneja music from the building harmonious rural Brazil and Brazilian popular that effectively induce community behavior in worship, in all its cultural and artistic events and reflecting on community routine. / Este trabalho analisa a influência da música no contexto social e no culto da comunidade étnica presbiteriana do Mel da Pedreira. Compara a música do culto quilombola com a música das festas tradicionais africanas dos quilombos da região, o Batuque e o Marabaixo, analisando no repertório litúrgico por meio de pesquisas de observação, audição e entrevistas, as origens culturais presentes nas músicas executadas na comunidade através dos quatro pilares da música: melodia, harmonia, ritmo e hinódia, no intuito de contribuir com o registro da identidade quilombola. O que se encontrou é a música produto da convergência de culturas amalgamadas entre o ritmo afro-brasileiro, o canto sertanejo oriundo do Brasil rural e a construção harmônica popular brasileira que induzem efetivamente o comportamento da comunidade no culto, em todas as suas manifestações culturais e artísticas e que refletem na rotina da comunidade.
55

Índios e identidades : formas de inserção e sobrevivência na sociedade colonial (1535-1716)

Kelly Alves da Silva, Geyza January 2004 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:36:05Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo7745_1.pdf: 1379664 bytes, checksum: bf905928a84d19db54ac7f1520c366ac (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2004 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / No contato com o colonizador, a flexibilidade dos grupos indígenas Tupi, na capitania de Pernambuco no esquema de alianças e disputas tornou-se, no período colonial, um sintoma que traduziu a capacidade destes de se adaptar ao contato e criar formas de se relacionar, e ainda sobreviver na nova sociedade. Os aldeamentos foram aqui entendidos como um veículo estratégico de controle dos grupos indígenas, e como produto da dinâmica dessa instituição, emergiu a figura do índio aldeado/aliado , como um súdito do rei. Entretanto, a utilização da condição de aldeado proporcionava também a estas comunidades indígenas um espaço de sobrevivência, interagindo com a estrutura social colonial, principalmente, para a sua elite. E em um jogo de assimilação e dependência, lideranças Tupi das etnias Tabajara e Potiguar, legitimadas pela Coroa, tornaram-se personagens das tramas de poder e controle dos índios aldeados na Capitania. Barganhando mercês e lutando pela afirmação de uma elite indígena em Pernambuco, Arcoverdes e Camarões somados aos colonos, missionários e a Coroa, construíram as manobras de comando, manutenção e utilização dos indígenas subordinados, que compunham as aldeias ou o terço de índios. Valendo-se da estrutura colonial, grupos e indivíduos indígenas em condição de aliado/aldeado, se instrumentalizaram para poder ser sobrevivente na nova (des) ordem estabelecida
56

Entre wiphalas, polleras e ponchos - Embates entre discursos de CONAMAQ, do Estado Plurinacional da Bolívia e do Direito Internacional / Between wiphalas, polleras and ponchos: conflicts between discourses of the CONAMAQ, of the Plurinational State of Bolívia and the International Law

Freitas, Caroline Cotta de Mello 15 March 2013 (has links)
Nesta tese analisamos a atuação dos movimentos sociais indígenas na Bolívia, e seus discursos sobre autonomia. Nosso foco é o CONAMAQ Consejo Nacional de Ayllus y Markas del Qullasuyu. Por entendermos que não existe enunciado sem posição, mapeamos os discursos que operam na esfera pública boliviana a fim de compreender qual a posição do CONAMAQ. Este mapeamento consistiu na análise também dos discursos da CSUTCB Central Sindical Única de Trabajadores Campesinos de Bolivia e do Estado Plurinacional de Bolívia. Descrevemos os discursos nacionalistas e indianistas bolivianos, em especial o katarismo, para analisar a constituição dos agentes, de seus posicionamentos e do modo como interagem. Nossa intenção foi definir o campo de relações, simultaneamente prático e discursivo, no qual se codificam os sistemas de diferenças que compõem o contexto em que circulam os agentes e seus discursos. Encontramos evidenciados no processo de construção do Estado Plurinacional na Bolívia, dois discursos com base nos quais se estabelecem posições discursivas, organizam-se movimentos sociais e criam-se agentes na esfera política pública: o camponês-indígena e o indígenaoriginário. Com base nisso, propomos analisar o encontro dos discursos sobre direitos do CONAMAQ, do Estado Plurinacional e da normativa do direito internacional sobre direitos dos povos indígenas, com ênfase no debate sobre o direito à autonomia. A fim de demonstrar que os contatos e encontros entre os níveis discursivos local (identificados como CONAMAQ e Estado plurinacional), e internacional (entendido como a normativa de direitos dos povos indígenas constituída por organismos internacionais), se interpenetram e apresentam diferentes pontos de contato, constituindo embates discursivos na esfera pública local e, também, na internacional/global. / In this thesis, we will analyze the actions of the indigenous social movements in Bolivia, and their discourses on autonomy. Our focus is the CONAMAQ Consejo Nacional de Ayllus y Markas del Qullasuyu. As we understand there is no utterance without a position, we mapped out the discourses that operate in the Bolivian public sphere in order to understand the position of the CONAMAQ. This mapping out consisted also in the analysis of the discourses of the CSUTCB Central Sindical Única de Trabajadores Campesinos de Bolivia and of the Plurinational State of Bolivia. We describe the Bolivian nationalist and indianist discourses, especially the katarismo, to analyze the constitution of the agents, of their positions and of the way they Interact. Our aim was to define the field of the relations, at the same time practical and discoursive, in which the systems of differences that make up the context where the agents and their discourses navigate are encoded. Two discourses are to be found evident in the process of construction of the Plurinational State of Bolivia, two discourses based on which discoursive positions are established, social movements are organized and agents are created in the public political sphere: the indianpeasant and the originary-indian. Based on this, we attempt to analyze the encounter of the discourses on rights of the CONAMAQ, of the Plurinational State and of the rules of the international law on the rights of indigenous peoples, with an emphasis on the debate about the right to autonomy. In order to demonstrate that the contacts and encounters between the local (identified as CONAMAQ and Plurinational State) and international (understood as rules of law regarding the rights of indigenous peoples elaborated by international organizations) discoursive levels are intertwined and show different points of contact, creating discursive clashes in the local public sphere, and also on an international/global level.
57

Dissensões do universal: itinerários da imaginação nacional em Angola / Dissensions of the Universal: an itinerary of national imagination in Angola

Oliveira, Ariel Rolim 06 March 2017 (has links)
Esta tese volta-se para o exame de como a guerra civil angolana (1975-2002), já implicada durante a guerra de libertação contra o colonialismo português, imprimiu os termos a partir dos quais a construção de um estado nacional unívoco pôde ser concebido. Em diálogo com trabalhos que abordam a questão das formações nacionais como agenciamento entre diferenças, colocam-se como foco de análise as diversas narrativas sobre o conflito. A oposição entre MPLA e UNITA em Angola produziu duas formas opostas de universalização e de agenciamento de diferenças, formas estas, no entanto, igualmente direcionadas à representação de uma identidade nacional coesa. Diferentes categorias de diferenciação como etnia, oposição campo-cidade, raça e reivindicações ideológicas foram mobilizadas por cada lado de formas distintas em diferentes momentos do conflito, tanto na forma de autorrepresentações quanto na forma de contraposições via acusações. Categorias de diferenciação foram sendo produzidas no transcurso do conflito à medida que as estratégias dos atores iam informando suas agendas políticas. Nesse processo, os oponentes moldaram suas irreconciliações um em relação ao outro. Essa rede de narrativas conflitantes é mapeada de modo a compreender, ao mesmo tempo, sua transformação no que diz respeito ao modo de configurar as diferenças e sua contribuição para a formação da imaginação nacional angolana. A análise atenta para as inflexões operadas nos regimes discursivos em torno das principais questões que compuseram os diferentes momentos do conflito. / This dissertation analyzes how the Angolan civil war (1975-2002), already implied during the liberation war against Portuguese colonialism, set the terms based on which the construction of a univocal nation state could be conceived. In dialogue with the literature that approaches the issue of national formation as the handling of differences, this work assesses the different narratives on the conflict. The opposition between the MPLA and UNITA in Angola produced two different, opposed forms of universalizing and handling differences, which were nonetheless equally directed towards the representation of a cohesive national identity. At different moments during the conflict, each side resorted to different categories of differentiation such as ethnicity, the rural-urban divide, race, and ideological claims, in the form of both self-representation and contraposition through accusation. Categories of differentiation were produced throughout the conflict as the actors strategies informed their political agendas. In this process, the rivals molded their irreconciliations in relation to one another. This network of conflicting narratives is mapped out in order to understand both its transformation regarding how differences were configured and its contribution to the formation of an Angolan national imagination. The analysis focuses on the turning points of the discursive regimes concerning the main issues that made up the different moments of the conflict.
58

Quilombos e políticas de reconhecimento: o caso do Campinho da Independência / Quilombos and policies of recognition: the case of the Campinho of Independence

Lima, Lívia Ribeiro 13 March 2009 (has links)
O reconhecimento político da comunidade do Campinho da Independência é enunciado nos interstícios das situações cotidianas, podendo adquirir uma diversidade de significados, dependendo do lugar daquele que fala. Apresento o ritual da experiência turística como um lócus de enunciação privilegiado para pensar a relação entre os sujeitos que, envolvidos com o problema da construção da diferença cultural, produzem novas categorizações sobre a cultura e a identidade social do grupo. Esse ritual é entendido como uma metáfora da representação da mediação e da conversão de significados que atualmente se observa no Campinho, diante das transformações sócio-históricas em que a comunidade se vê envolvida. / The political recognition of the community of Campinho da Independência is enunciated in the interstices of the everyday situations, possibly acquiring a diversity of meanings, depending on the place of the speaker. I present the ritual of the touristic experience as a privileged locus of enunciation to think the relation between the subjects that, involved with the problem of construction of the cultural difference, produce new categorizations about the culture and the social identity of the group. This ritual is understood as a metaphor of the representation of the mediation and of the conversion of meanings that are currently observed in Campinho, in face of the social-historical transformations in which the community is involved.
59

O mundo passa. Uma etnografia dos calon e suas relações com os brasileiros / The world is going: an ethnography of Calon and its relations with the Brazilians

Ferrari, Florencia 11 June 2010 (has links)
Esta tese é uma etnografia de uma rede de parentes de ciganos Calon que se espalha por todo o estado de São Paulo. O intuito é compreender como vivem esses Calon, e, mais especificamente, como criam socialidade no mundo dos brasileiros. O cotidiano calon é englobado por uma noção fundamental que diferencia calons e gadjes (não ciganos): a vergonha - um valor moral que organiza ideias de puro/impuro, sujo/limpo, ancoradas no corpo feminino. Fazer-se calon é produzir e mostrar vergonha, em um processo constante de diferenciação em relação aos brasileiros, impuros. A tese explora como a concepção da vergonha se liga à viagem, à língua, ao ser ativo, ao viver apoiado, ao ser parente, e às conceitualizações de tempo e espaço, criando uma socialidade calon no meio de nós, os gadjes. / This dissertation is an ethnographic account of a Calon Gypsy kinship network that spreads throughout the state of São Paulo, in Brazil. The aim of this work is to understand how these Calon live and create sociality out of a Brazilian world. A fundamental category differentiates Calon from gadje (non Gypsies): vergonha (shame) - a moral value that organizes ideas of purity and impurity, anchored in the female body. In order to make oneself Calon one must produce and show shame, in an ongoing process of differentiation from the gadje. The thesis explores native categories of travel, language, being active, being supported, as well as conceptualizations of time and space, that inform how Calon create sociality among us, the gadjes.
60

Percepções da cor da pessoa e do tipo angolano / Perceptions of the color the person and type of Angola

Miguel, Daniel Mbuta 16 March 2015 (has links)
Tínhamos por objetivo estudar as determinações sociais do meio social angolano (constituído essencialmente pelos filhos da terra/país e nativos) e concernentes às realizações dos indivíduos deste grupo minoria demográfica na situação colonial e pós dominação portuguesa de Angola. No nível de crítica expositiva, acreditamos ter revelado uma perspectiva capaz de contemplar a relação de objetivação social entre os corpos ideais eleitos como tipo nacional, e entre as violências cometidas em Angola sempre em nome do povo português sub guarda-chuva do Estado colonial. Depois do 11 de Novembro de 1975, em do povo angolano sub guarda-chuva do Estado angolano, lembramos que segundo Agostinho Neto quem comanda Angola é o MPLA -, e o povo angolano é o MPLA e o MPLA é povo angolano. Assim como os conflitos que alimentaram a partir da viragem no século XIX do foco imperial português, a hierarquização, como os lugares sociais e assimétricos dos corpos raciais e meios sociais existentes no atual território angolano. Só então na perspectiva ontológica que, em sustentação ao temário que compõe as relações sociais, privilegiamos a busca das categorizações inerentes às realizações racializadas e etnicizadas na viragem daquele século XIX - assim, como, durante a viragem do regime colonial ao regime do MPLA após o colonialismo. Num momento posterior, no nível de análise compreensiva, aderente à crítica expositiva, demonstra-se a operacionalização do temário utilizando como veículo da ideia a interpretação, do 27 Maio de 1977 enquanto fenômeno primordial do estado angolano, e o lugar racial entre as partes envolvidas, e a população de maneira geral. Neste sacrifício original se realizou uma expiação e substituição da vítima sacrificial (o branco de primeira), no seu lugar se elegeu o autóctone, o preto indígena, enquanto grupo demográfico majoritário e potencialmente sociológico, é transformada em vítima substituta daquele português metropolitano. Assim, tentamos demonstrar que o 27 de Maio, foi uma violência original, que possibilitou o encontro entre os diferentes meios sociais e a normalização daqueles que seriam passíveis de compor a angolanidade, enquanto lugar norma de se e do se ser angolano. Ao tomarmos de empréstimo o método progressivo-regressivo queríamos caminhar num certo equilíbrio tensivo ao registro da gênese da negação de certos grupos étnicos e meios sociais, portadores de etnicidades extremadas, quantitativamente falando. Por fim apresentamos as percepções e significações de membros do antigo meio social angolano, hoje elite nacional ligada essencialmente ao MPLA, possuem diante das etnicidades extremadas, que os faz gerar toda uma linguagem e gramática racial. Que resulta nas categorizações sociais, classificações raciais e hierarquizações dos diferentes corpos existentes em Angola, assim, como a negação e desigualdades promovidas pelo estado. / We had the objective of studying the social determinations of social environment Angolan (consists primarily of the sons and daughters of the land/country and native) and concerning the achievements of the individuals of this group minority demographic situation in colonial and post Portuguese domination of Angola. At the level of criticism lecture, we believe we have revealed a perspective capable of contemplating the relationship of social objectification between bodies ideal elected as national type, and between the violence committed in Angola always \"on behalf of the Portuguese people\" sub umbrella of the colonial State. After November 11, 1975, \"in the Angolan people\" sub umbrella of the Angolan State, remember that second Agostinho Neto \"who controls Angola is the MPLA -, and \"the Angolan people is the MPLA\" and the \"MPLA is Angolan people. As well as the conflicts that fed from the turning point in the 19th century the focus imperial Portuguese, the hierarchy, such as the social places and asymmetric bodies of racial and social media existing in the current Angolan territory. Only then the ontological perspective that, in sustaining the topics that comprise the social relations, we favor the search for categorizations of the achievements so called realization racial and ethnical at the turn of the century XIX - as well as, during the turn of the colonial regime to the regime of MPLA after colonialism. A moment later, the level of comprehensive analysis, bonded to the critical lecture, it demonstrates the practicality of the topics using as a vehicle of the idea to the interpretation of may 27, 1977, as primordial phenomenon of the Angolan State, and the place race between the parties involved, and the population in general. In this sacrifice original held atonement and replacing the sacrificial victim (the white first), in its place if elected indigenous, black indigenous, while demographic group majority and potentially sociological, is transformed into a victim substitute that Portuguese underground. Thus, we try to demonstrate that the 27 May, was a violence original, which allowed the encounter between the different social groups and the standardization of those who would be liable to compose the angularness, while place standard of it and if be Angolan. The taking of the loan method progressive-regressive wanted to walk a certain balance tensive to record the genesis of denial of certain ethnic groups and social media, with disparate ethnicities, quantitatively speaking. Finally we present the perceptions and meanings of members of the old social environment Angola today national elite essentially linked to the MPLA, have faced with the ethnicities extremes, which makes them generate a whole language and grammar racial. Those results in social categorizations, racial classifications and rankness of different bodies existing in Angola, as well as the denial and inequality promoted by the state.

Page generated in 0.4278 seconds