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Existência de soluções de inclusões diferenciais em escalas temporais :Santos, Iguer Luis Domini dos. January 2011 (has links)
Orientador: Geraldo Nunes Silva / Banca: Valeriano Antunes de Oliveira / Banca: Antônio Carlos Gardel Leitão / Banca: Laécio Carvalho de Barros / Banca: Márcia Cristina A. B. Federson / Resumo: Consideramos nesta tese inclusões dinâmicas vetoriais em escalas de tempo e estendemos para esta classe o resultado de compacidade das trajetórias que, p or sua vez, foi combinado com soluções de Euler, tamb ém intro duzidas nesta tese, para garantir a existência de trajetória qua ndo o camp o vetorial da inclusão dinâmica é semicontínuo sup erior. Porém, quando o camp o vetorial da inclusão dinâmica é semicontínuo inferior, é possível obter uma solução da inclusão dinâmica por meio de uma equação dinâmica cujo campo vetorial é contí nuo. Este campo é um a seleção da multifunção que de ne o camp o vetorial. Consideramos também um problema de controle ó ti mo e mostramos que este possui tra jetória admissível ótima sempre que o conjunto de soluções admissíveis é não-vazio e o campo satisfaz as condições de mensurabilidade, convexidade, compacidade e crescimento linear. Além disso, estendemos o Lema de Filippov para a classe de inclusões dinâmicas para mostrar que é possível fazer uma equivalência total do problema de controle no paradigma de inclusão dinâmica com o problema de controle padrão / Abstract: We consider in this t hes is vectors dynamic inclusions on time scales and extended for this class the result of compactness of the trajectories which, in turn, was combined with Euler solutions, also introduced i n this thesis, t o ensure t he existence of trajectory when the vector eld of t he dynamic inclusi on is upper semicontinuous. However, when the vector eld of the dynamic inclusion is lower semicontinuous, it is possible to obtain a solution of the dynamic inclusion through a dynamic equation whose vector eld is continuous. This eld is a selection of the multifunction de ning the vector eld. We also consider an optimal control problem and we showed that it has an optimal admissible trajectory whenever the admissible solutions set is nonempty and the eld sati s es measurability conditions, conve-xity, compactness and linear growth. Furthermore, we extend the Filippov's Lemma for the class of dynamic inclusions to show that it is possible to do a ful l equivalence of the control problem in the paradigm of dynamic inclusion with the standard control problem / Doutor
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Foucault e a questão da ética: a liberdade problematizada como ethos / Foucault and the question of ethics: liberty problematized as ethosRommel Luz Figueira Barbosa 22 February 2008 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A presente dissertação tem por objeto a problematização da liberdade como ethos, nos últimos trabalhos de Michel Foucault. Na primeira parte, são analisados alguns conceitos fundamentais para se compreender as modificações operadas por Foucault em seu pensamento, no fim dos anos 1970, e, então, são analisados seu conceito de moral e suas investigações da estética da existência e da cultura de si da Antigüidade. Na segunda parte, a afirmação de que a liberdade é a aposta fundamental do pensamento foucaultiano é o ponto de partida para a análise da questão da ética na modernidade. Para tanto, são analisados os conceitos de pensamento e liberdade, bem como a relação entre modernidade, moral e crítica. Por fim, através das entrevistas dadas por Foucault a publicações gays, é analisado como sua proposta de uma ética que seja uma estética da existência pode funcionar fora do âmbito específico da prática filosófica. / This master dissertation has the problematization of liberty as ethos, in the late works of Michel Foucault, as its subject matter. In the first part, some fundamental concepts are analysed in order to understand the changes in Foucaults thought, in the late 1970s. Then, his concept of moral and his investigations about Antique aesthetics of existence and culture of the self are analysed. In the second part, the assertion that freedom is the fundamental bet of Foucaults thought is the starting point for an analysis of the question of ethics in modernity. In order to do this, its done an analysis of the concepts of thought and liberty as well as the relation among modernity, moral and criticism. At last, through th e Foucaults interviews for gay magazines, it is analysed the way in wich the foucauldian proposal of an ethics that is an aesthetics of existence can work outside of the specific range of philosophical practice.
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A negatividade enquanto estrutura ontológica da existência segundo Heidegger / Negativity as the ontological structure of existence according to HeideggerRodolfo da Silva de Souza 28 February 2011 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A presente dissertação tem por objeto o tema da negatividade ontológica constitutiva da existência humana na obra Ser e Tempo de Martin Heidegger. Na primeira parte é analisada as descrições efetuadas por Heidegger na primeira seção de Ser e Tempo sobre a dinâmica existencial do homem compreendido como ser-aí (Dasein). Nesse primeiro momento é evidenciado o caráter negativo da existência. Para tanto, partiremos da reconstrução dos conceitos de existência e deu seu caráter intencional e poder-ser (Seinkonnen) em Ser e Tempo. Na segunda parte, a análise da tonalidade afetiva da angústia é o ponto de partida para se chegar ao modo de ser do homem, descrito por Heidegger como cuidado (Sorge). Argumentaremos também, que o cuidado é o único modo de ser compatível com um ente que em seu modo de ser mais próprio é marcado por uma negatividade (incompletude) radical. Por último, em nosso terceiro capítulo, apresentaremos, em seus traços gerais, a possibilidade compatível com o caráter de poder-ser do ser-aí: a possibilidade da morte, compreendida ontologicamente como ser-para-a-morte. Na conclusão, apontaremos o interesse maior de Heidegger em investigar a dinâmica existencial do ser-aí. Esse interesse consiste, em visualizar, por meio do que Heidegger chama de crise existencial do ser-aí (proporcionada pela angústia) o ponto de gênese das ontologias. / The present dissertation aims the theme of ontological negativity constitutive of human existence in the work Being and Time of Martin Heidegger. In the first part, we examine the descriptions made by Heidegger in the first section of Being and Time about the dynamics of the existential man understood as being-there (Dasein). Initially is shown the negative character of existence. To do that, we start with the reconstruction of existence concepts and its intentional characteristcs and able to be (Seinkonnen) in Being and Time. In the second part, the analysis of the affective tone of anguish is the starting point to get to the mode of being of man, described carefully by Heidegger (Sorge). We also argue that caution is the only way to be compatible with an entity that in its own way of being is marked by an radical negativity (incomplete). Finally, in the third chapter, we present, in its general features, the possibility compatible with the character of able to be of the being-there: the possibility of death, ontologically understood as being-for-death. In the conclusion, we pointed the greatest interest of Heidegger in his investigation of existential dynamics of the being-there. This interest consist in to visualize, through what Heidegger calls of existential crisis of being-there (provided by the anguish) the genesis point of the ontologies.
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Heterotopias menores: delirando a vida como obra de arte / Minor heterotopias: delining life as a work of artAdriana Rosa Cruz Santos 31 March 2011 (has links)
Esta tese se propõe a explorar as relações entre arte, loucura e polis a partir da aposta de que a vida possa ser permanentemente criada como obra de arte aberta às variações e diferenciações inerentes ao viver. Tal procedimento estético demanda a constituição de espaços-tempo heterotópicos, capazes de simultaneamente engendrar e abrigar contraposicionamentos às políticas de sujeição e controle contemporâneos. Para tanto, problematizamos as instituições arte, loucura e polis, extraindo, dessas formas estratificadas, virtualidades que possibilitem a emergência de modos menores, fazendo-as variar. Partimos da polis, dimensão imaterial e coletiva das cidades, ao mesmo tempo máquina abstrata de engendramento das formas que a habitam, a deslocam, a produzem e forma que a vida assume nesses territórios, para visibilizar como se engendram loucuras e artes de viver. Partimos de fragmentos históricos, literários e biográficos para pensar outros modos de habitar e tecer trajetórias na cidade, instando a tessitura de relações de criação de si e do mundo, por meio da invenção de espaços outros entre a loucura e a arte. Da loucura pensada por Foucault como positividade domesticada pelo saber médico, instauramos séries da experiência trágica ao fora e, deste, ao fluxo esquizo, proposto por Deleuze e Guattari para finalmente chegar a uma loucura menor, loucura que é antes dissolução das formas identitárias e estabilizadas e que materializa o delírio como dispositivo estético de criação de mundos. Finalmente, chegamos à arte, deslocando-a da dimensão de criação de objetos estéticos, para pensá-la como dimensão imanente ao próprio viver. Neste ponto nos valemos de Nietzsche, Deleuze e Foucault para pensar a vida como experimentação que resiste às armadilhas que a aprisionam em modelos préestabelecidos, vida que se cria a cada instante como obra de arte. Ativando, portanto, uma arte menor, arte de viver, damos corpo à proposição foucaultiana de uma estética da existência, procedimento por meio do qual se cria a si mesmo ao criar-se outro nas relações com o mundo. Procedimento, portanto, estético, ético e político. Instabilizadas e problematizadas as formas iniciais polis, loucura e arte , tomamos os casos Bispo do Rosário e Moacir para investigar, em suas trajetórias, como é possível do entrelaçamento entre elas, se constituírem estilizações da existência, de forma a fazer derivar o real e ficcionar modos de viver. Por fim, recorremos à poesia, delírio das palavras para ensaiar possibilidades de criação de espaços-tempo singulares, heterotopias menores, espécies de utopias efetivamente realizadas, como afirma Foucault, que nos permitam fazer da vida obra de arte. / This thesis aims to explore the relationship between art, madness and polis from the bet that life may be permanently established as a work of art opened to variations and differences inherent in living. This cosmetic procedure demands the constitution of heterotopic space/time, able to simultaneously engender and shelter counterstance to the contemporary control and subjection policies. For this we discuss the institutions art, madness and polis, extracting of these stratified or stored forms, virtualities that make possible the emergence of minor modes, making them vary. We start with polis, immaterial and collective dimension of the cities, at the same time abstract machine of engendering forms that inhabit it, moving it and producing the way life take over these territories, to make visible how madness and art of living engender each other. We started from biographical, historical and literary fragments, to think about other ways of inhabiting and weaving trajectories in the city, urging a fabric of relations of self and word creation through the invention of other spaces between madness and art. From madness thought by Foucault as domesticated positivity by medical knowledge, we established series from tragic experience from outside, and, from this to the schizo flow, proposed by Deleuze and Guattari -to finally get a minor madness, madness that is first dissolution of identity and stabilized forms and that materializes delirium as aesthetic device of word creation. Finally, we get the art, moving it from the aesthetic object creation dimension, to think of it as an immanent dimension of self-living. At this point we make use of Nietzsche, Deleuze and Foucault to think life as experimentation that resists the traps that imprison it in pre-established models, life that create itself every moment as a work of art. Activating therefore, a minor art, art of living, embodying foucaultian proposition of an aesthetics of existence, procedure whereby it creates itself when creates another one in the world relationships. Therefore, aesthetics, ethical and political procedure. Unstabilized and discussed inicial forms polis, madness and art -, we take cases of Bispo do Rosário e Moacir, to investigate their trajectories, how it may be possible from their interlace, constituting stylizations of existence so that it makes derive from real and put ways of living into fiction. Finally, we turn to poetry, delirium of words, to rehearse possibilities of singular space/time creation, minor heterotopics, effectively performed utopia species, like Foucault says, allow us to make life a work of art.
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Indígenas estudantes nas graduações da UFRGS : movimentos de re-existênciaDoebber, Michele Barcelos January 2017 (has links)
A presença indígena no Ensino Superior brasileiro é um fenômeno recente e, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), lócus desta investigação, ocorre desde o ano de 2008, a partir da mobilização dos coletivos indígenas. Sua crescente demanda pelo acesso ao Ensino Superior motiva-se pela busca de apropriação de ferramentas da sociedade não indígena para a defesa de seus direitos, territórios e organização social. Como servidora técnica que se dedica a acompanhar os movimentos da política de ações afirmativas na UFRGS, realizei esta tese com o intuito de compreender o estar indígena universitário e como a instituição vem se mobilizando diante de tal presença. Trata-se de um estudo inspirado na etnografia, na cartografia e na pesquisa colaborativa, evidenciando os contornos da presença indígena na UFRGS no ir se fazendo da política. Assenta-se na convivência com indígenas no espaço acadêmico e em algumas terras de origem, conformando um estar-junto registrado no Diário de Campo e em conversas-entrevista. Também realizei pesquisa documental para dizer como a política foi se construindo em um processo conflitual de negociação entre universidade, lideranças e indígenas universitários, bem como para a análise de uma década de programa no que diz respeito ao perfil dos candidatos e dos ingressantes no processo seletivo específico. A partir dos temas que emergiram da escuta sensível como postura metodológica e, ancorada na perspectiva da decolonialidade e dos estudos de interculturalidade, apresento algumas contribuições para pensar a relação universidade-indígenas na atualidade. Foi possível identificar que, ao mesmo tempo em que avança em termos de acolhimento da diferença, a universidade segue perpetuando práticas eurocentradas de colonialidade do ser, do saber e do poder produtoras de exclusão no interior de uma política que se pretende inclusiva. No que toca aos indígenas universitários, experimentam o (des)encontro com as lógicas de ser e estar nesse espaço e a ambiguidade na relação de aproximação e afastamento, na qual a conexão com a vida é que define sobre permanecer (ou não) na universidade. Apropriam-se do universo acadêmico, dos conhecimentos ocidentais, e, ao mesmo tempo, re-existem através de uma presença disruptiva que se expressa na linguagem, nas diferentes temporalidades, na lógica comunal, no compromisso com a comunidade, na re-existência epistêmica. Desse modo, o estar sendo indígena universitário dá-se num espaço de fronteira entre dois universos opostos e complementares. Nesse lugar, habita a potência do pensar indígena que, atuando entre dois sistemas de pensamento (da ciência ocidental e o próprio), pode causar rupturas na episteme hegemônica. Dados da pesquisa mostram, ainda, que a presença indígena nos cursos de graduação da UFRGS oferece possibilidades de autorreflexão para a instituição, sobre suas práticas pedagógicas e seu papel social. A escuta, a construção de relações afetivas e de diálogo equitativo com os indígenas, bem como a postura receptiva aos conhecimentos originários, são ações fundamentais no exercício da interculturalidade e podem se constituir como práticas que tornem esse encontro fecundo, tanto para os povos originários, quanto para a própria universidade. / The indigenous presence in Brazilian Universities is a recent phenomenon and, at the Federal University of Rio Grande do Sul (UFRGS), where this research was conducted, occurs since the year 2008, having originated from the mobilization of indigenous groups. The search for ownership of tools of the non-indigenous society for the defense of their rights, territories and social organization has motivated the growing demand for access to higher education. As a technical worker dedicated to accompanying the affirmative action policy movements at UFRGS, I conceived this thesis with the objective of understanding the indigenous university existence and how the institution mobilizes itself in the face of such presence. This study is inspired by ethnography, cartography, and collaborative research, underscoring the contours of the indigenous presence in UFRGS in the creation an implementation of this politicies. It is based on the coexistence with indigenous people in the academic environment and some lands of origin, generating a being-together recorded in the field diary and in conversation-interviews. The author also carried out documentary research in order to tell how the policy was being built in a conflictive process of negotiation between University, leaders and indigenous university students, as well as for the analysis of a decade of the Program with respect to the profile of candidates and new entrants in the specific selection process. From the themes that emerged from sensitive listening as a methodological stance, and anchored in the perspective of decoloniality and intercultural studies, the author presents some contributions to think about the relationship Universityindigenous people today. It was possible to identify that, while advancing in terms of welcoming differences, the University continues to perpetuate Eurocentric practices of coloniality of being, knowledge, and power, producing exclusion within a policy that is intended to be inclusive. As far as indigenous University students are concerned, they experience the (dis)encounter with the logics of being and existing in that space, as well as the ambiguity in the relation of approach and withdrawal, in which the connection with life is what defines whether to remain (or not) in the University. They seize the academic universe, Western knowledge, and at the same time re-exist through a disruptive presence expressed in language, in different temporalities, in communal logic, in commitment to community, in epistemic re-existence. The existencebeing of indigenous university students occurs, therefore, in the borderline between two opposing and complementary universes. In this place, there inhabits the power of indigenous thinking, which, acting between two systems of thought (Western science and itself), can cause ruptures in the hegemonic episteme. Research data also show that the indigenous presence in undergraduate courses at UFRGS offers possibilities for self-reflection for the institution, its pedagogical practices, and its social role. Listening, building affective relations, plus an equitable dialogue with indigenous people, as well as receptive attitude to the original knowledge, are central actions in the exercise of interculturality and can become practices that make this encounter fruitful, for the native peoples, as well as for the University.
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Struktury společnosti - instalace trojrozměrných objektů / Structures of SocietyPILEČEK, Jan January 2011 (has links)
Implementation of the topic of the thesis is based on an interpretation of the question of individuals´ identification in the society, using particular materials. This topic has to be perceived, reflected and evaluated subjectively. The method of autoreflexion led the author, while searching his own way of expression, to non-traditional materials and a specific way of working with them. Theoretical part of the thesis explains his statements, sources of inspiration and possibilities of employing author´s experiences in the process of teaching.
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Necessidade e possibilidade da prova da existência de Deus na filosofia de Tomás de Aquino / Necessity and possibility of proving the existence of God in the philosophy of Thomas AquinasRoberta Crivorncica 08 May 2009 (has links)
A questão da existência de Deus acompanha o desenvolvimento intelectual de Tomás de Aquino e tem papel central em sua Suma de Teologia, na qual o filósofo desenvolve sua resposta através das conhecidas cinco vias para a prova da existência de Deus. O objetivo desta dissertação é percorrer o caminho traçado por Tomás de Aquino para chegar às cinco vias, mostrando a necessidade e a possibilidade da prova da existência de Deus como sujeito da Doutrina Sagrada. / The question of the existence of God follows the intellectual development of Saint Thomas Aquinas. It also plays a central role in his Summa Theologica, where the philosopher develops his answer trough the five ways of proving the existence of God. This dissertations aims to follow Saint Thomas Aquinas through the journey in developing \"the five ways\", by showing the need and the possibility to prove the existence of God as subject of the holy doctrine.
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O desassossego e o pensamento poético-filosófico de Fernando Pessoa / The \"uneasiness\" and the poetical-philosophical thought in Fernando PessoaGisele Batista Candido 13 August 2015 (has links)
Ainda que frequentemente os escritos de Fernando Pessoa sejam relacionados e cotejados à obra de diversos autores da filosofia, escassos são os trabalhos que buscam revelar seu teor filosófico próprio. Tendo isso em vista, pretendemos explorar os escritos de Fernando Pessoa com o propósito de investigar sua afinidade com a filosofia, a partir de suas próprias experiências. Assim, embora a obra do poeta português seja caracterizada em sua forma e substância por uma pluralidade de sentidos capaz de gerar múltiplas interpretações, nossa hipótese interpretativa é a de que o desassossego é o elemento que não apenas está no cerne das principais experiências de seus escritos, como também justifica o caráter filosófico de seu pensamento poético, na medida em que a abertura de horizonte própria do desassossego envolve um questionamento radical acerca da relação entre existência e consciência. / Fernando Pessoas writings have been connected and compared to the works of various philosophers, but few are the studies that explore their own philosophical nature. Thus our goal is to explore Fernando Pessoas writings in order to examine their proximity to philosophy through his own experiences. While his works are marked by a plurality of meanings in their form and substance, our interpretive hypothesis is that uneasiness is not only the central element of the main experiences of his writings, but also the justification of the philosophical character of his poetic thought. The opening of horizon that characterizes the uneasiness includes the radical questioning of the relationship between existence and conscience.
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O manejo da dor do existir por meio da religião: uma das possibilidades de encontro consigo mesmo / Management of pain of existence through religion: one possibility of meeting with yourselfSimone Saltareli 06 June 2014 (has links)
A literatura aponta o crescente interesse acerca da dor e da religião. Concernente com o conceito de dor total e com o referencial da psicofísica, o presente estudo teve como objetivo elaborar o Instrumento de Avaliação de Conteúdos Religiosos (IACOR). Participaram do estudo 240 sujeitos, divididos em seis grupos de acordo com a denominação religiosa (católicos, evangélicos e espíritas) e de acordo com a prática que exercem (afiliados e líderes). A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada que abarcou os aspectos sociodemográficos e percepções gerais acerca das específicas religiões e por meio de instrumento elaborado com base nas escalas disponíveis da literatura e na nossa experiência. Nas entrevistas foram levantados aspectos referentes à idade, ao sexo, à profissão, à religião anterior e à escolaridade. Foram levantadas as categorias de análise: Tempo de afiliação, Início da prática religiosa e mudanças de afiliação, Responsabilidade pelos atos e relação com a morte, Descrição de Deus, Consciência da existência de experiências profundas, Possibilidade de recompensa, Aumento da fé na proximidade com a morte, Religião como tentativa de explicar as limitações humanas, Relação entre religião e ciência e A religião do passado e do presente em relação à ciência. Em relação à escala do IACOR, os cinco itens de maior atribuição entre todos os grupos foram: \"Eu acredito que a natureza deveria ser respeitada\" (9,94±0,28), \"Eu acredito que todos os seres vivos merecem respeito\" (9,81± 0,64), \"Minha vida é um processo de transformação\" (9,59±1,11), \"Fazer a vida valer a pena\" (9,51±1,21) e \"Eu sinto que a minha vida tem propósito e significado\" (9,47±1,22). Os itens se referem às dimensões: relação com o meio - criação, no primeiro e no segundo itens e ideias gerais sobre a vida, no terceiro, no quarto e no quinto itens. Os cinco itens de menor atribuição foram: \"Não existe vida após a morte\" (0,82±2,41), \"Tentei lidar com a situação do meu jeito, sem a ajuda de Deus\" (1,75±2,68), \"Uma pessoa pode ser completa sem buscar uma vida espiritual ativa\" (2,06±3,25), \"Eu não sei como começar a resolver meus problemas e entendo a morte como um desses problemas\" (2,09±2,74) e \"Não consigo compreender o propósito da morte\" (2,12±3,29). Tais itens se referem às dimensões respectivamente: pós-morte sem continuidade, relação negativa com Deus, ausência de prática espiritual e relação negativa com a morte nos dois últimos itens. Decorrente da análise da entrevista e da escala do IACOR, foi possível perceber as associações existentes entre a opinião dos participantes e os constructos religiosos da denominação da qual fazem parte e evidencia a necessidade de se conhecer e abordar o fenômeno religioso como parte integrante do ser humano, bem como um potencial recurso do manejo e da modulação da dor do existir, expresso pela dor do mesmo diante das questões associadas à morte, à finitude e à desesperança / The literature indicates the growing interest about pain and religion. Concerning the concept of total pain and the framework of psychophysics, the present study aimed to develop the Assessment Instrument of Religious Items (IACOR). The study included 240 subjects divided into six groups according to religious denomination (catholic, evangelical and spiritualists) and according to the practice performing (members and leaders). Data collection was conducted through semi-structured interview that encompassed sociodemographic characteristics and general perceptions about specific religions and by an instrument drawn up on the basis of scales available in the literature and our experience. In interviews aspects regarding age, gender, profession, the former religion and education were raised. Categories of analysis were raised: time affiliation, initiation of religious practice and changes in affiliation, liability for the acts and relationship with death, description of God, awareness of the existence of profound experiences, chance of reward, increased faith in proximity to death, religion in an attempt to explain human limitations, relationship between religion and science and the religion of the past and present in relation to science. Regarding IACOR scale, the five items with higher scores among all groups were : \" I believe that nature should be respected \" ( 9.94 ± 0.28 ), \" I believe that all living beings deserve respect \" ( 9.81 ± 0.64 ) , \" My life is a process of transformation \" ( 9.59 ± 1.11 ), \" Making a life worth living \" ( 9.51 ± 1.21 ) and \" I feel that my life has purpose and meaning \" ( 9.47 ± 1.22). The items refer to the dimensions: relationship with the environment - creation, in the first and second items and general ideas about life, in the third, fourth and fifth items. The five items were lower attribution : \"There is no life after death \" ( 0.82 ± 2.41), \" I tried to handle it on my own without the help of God \" ( 1.75 ± 2.68 ), \" A person can be complete without seeking an active spiritual life \" ( 2.06 ± 3.25 ), \" I do not know how to begin to solve my problems and understand death as one of those problems \" ( 2.09 ± 2 74 ) and \" I cannot understand the purpose of death \" ( 2.12 ± 3.29). These items refer to dimensions respectively: postmortem without continuity, negative relationship with God, no spiritual practice and negative relationship with death in the last two items. From the analysis of the interview and scale of IACOR, we could perceive the existing associations between participants\' perceptions and constructs of religious denomination of which are part and highlights the need to understand and address the religious phenomenon as an integral part of being human as well as a potential resource management and the modulation of pain exists, expressed by pain in the face of issues related to death, finitude and hopelessness
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Absurdidade, liberdade e formaÃÃo humana em Sartre / Absurdity, freedom and human formation in SartreSilvana Maria Santiago 14 September 2016 (has links)
nÃo hà / Uma chave de leitura na investigaÃÃo sobre o conceito de absurdidade em Sartre nÃo pode deixar de esclarecer a noÃÃo de absurdo como algo que atravessa o homem no sÃculo XX, assim como tambÃm o momento histÃrico do pensamento contemporÃneo sobre a realidade que se desmorona. Logo, a noÃÃo de absurdidade nÃo se reduz a uma simples ideia que surgia nas primeiras obras desse autor, mas como uma noÃÃo ontolÃgica mesma do filÃsofo. Portanto, à possÃvel considerar uma formaÃÃo humana a partir do conceito de absurdidade? Essas sÃo algumas das questÃes que devem guiar esta pesquisa. O objetivo deste trabalho à evidenciar a perspectiva da formaÃÃo humana alicerÃada na ideia da absurdidade e da liberdade na filosofia de Sartre. Absurdidade, liberdade e formaÃÃo humana em Sartre traz a discussÃo de ideias distintas, mas que se intercruzam. Pensa-se a existÃncia, ou a consciÃncia, como uma categoria absurda e percebe-se a imprevisibilidade e a falta de justificativa da vida. Entende-se a existÃncia de maneira solitÃria no mundo contingente. Sendo assim, a existÃncia à uma experiÃncia subjetiva, logo à inexplicÃvel. Entretanto, essa ideia nÃo cai no pessimismo, pelo contrÃrio, o homem nÃo à compreendido como uma coisa, ou como os objetos que estÃo no mundo, nÃo sendo, assim, uma substÃncia. Portanto, o homem à dono do seu destino, podendo superar as circunstÃncias que encontra no mundo. Dessa forma, mesmo submetido pelas condiÃÃes materiais, o homem à agente histÃrico, fazendo a HistÃria na medida em que ela tambÃm o faz. Por causa disso, e contra todo tipo de dominaÃÃo, o homem se associa. Consequentemente, essa experiÃncia à uma maneira de pÃr em prÃtica a liberdade. Pode-se afirmar que a liberdade à a condiÃÃo da existÃncia, mas a liberdade deve ser conquistada, uma vez que o homem està em uma determinada realidade. PorÃm, à imprescindÃvel elucidar que, mesmo sendo livre, ele encontra as resistÃncias e as determinaÃÃes no mundo, as quais ele precisa enfrentar. Em razÃo disso, a liberdade humana ganha um estatuto diferente, pois essa deverà ser conquistada historicamente pelos indivÃduos. Nesse caso, a liberdade à o âsaltoâ que a existÃncia à capaz de âdarâ para superar o carÃter absurdo da vida, porque essa à injustificÃvel; à vista disso, tal âsaltoâ, por outro lado, à capaz de acabar tambÃm com tudo que cerceia a liberdade humana. O homem à indecifrÃvel. Sendo assim, concebe-se, para tanto, que ele assuma o compromisso e a responsabilidade pelo sentido de sua existÃncia, dos outros homens e do mundo. Conclui-se que isso sà à possÃvel se o mesmo passar pela formaÃÃo literÃria, visto que essa deve ser livre, sem preconceito e engajada com a verdade. A literatura à um dos instrumentos imprescindÃveis para o exercÃcio da liberdade, estando em permanente
revoluÃÃo, dado que à uma aÃÃo a ser construÃda pelo homem. A intenÃÃo à expor o pensamento desse filÃsofo sobre a questÃo: absurdidade, liberdade e formaÃÃo humana como uma contribuiÃÃo importante para se pensar a existÃncia no mundo, que exige dessa existÃncia, consequentemente, uma atitude responsÃvel. / A key to the reading of research on the concept of absurdity in Sartre will not fail to show this notion as something that attaches itself to man in the twentieth century, as well as to the historical moment of contemporary thought dealing with a crumbling reality. Thus, the notion of absurdity is not reduced to a simple idea that emerged in the early works of this author, but as an ontological notion of the philosopher himself. Therefore, is it possible to consider a human formation from the concept of absurdity? This and other questions are some of the points that should guide this research. The goal of this study is to highlight the perspective of human development founded on the idea of absurdity and freedom in the philosophy of Sartre. Absurdity, freedom and human formation in Sartre brings forth a discussion of different ideas that somewhat intersect. Existence or consciousness is thought as an absurd category that reveals the unpredictability and the lack of justification of life. Existence is understood in a solitary instance in the contingent world. Existence is a subjective experience, therefore it is inexplicable. However, this idea does not fall into pessimism, on the contrary, man is not understood as a thing or objects found in the world, therefore he is not a substance. It follows that Man is master of his destiny and can overcome the circumstances that challenge him in the world. Even submitted by material conditions, man is a historical agent, making history as well as being changed by it. Due to this and against all kinds of domination man tries to associate himself to other men. Consequently, this experience is a way to implement freedom. It can be said that freedom is the condition of existence, but freedom must be earned, since man is part of a certain reality. However, it is essential to clarify that even being free man is challenged by resistance and deterministic pressures from the world, which he must face. For this reason, human freedom presents itself in a different status, because it shall be conquered historically by each individual. In this case, freedom is the "leap" that existence is able to "take" to overcome the absurdity of life, since life is unjustifiable; in view of this, such "jump", on the other hand, can also overcome all things that curtail human freedom. Man is indecipherable. So, it is conceived that it takes his commitment and responsibility for his existence, as well as of other men and the world. We conclude that this is only possible if man is empowered by a literary education, provided it is free, unprejudiced and engaged with the truth. Literature is an essential tool to the exercise of freedom, being in permanent revolution, since it is an action to be built by man. The intention is to expose the thought of this philosopher on the issue: Absurdity, freedom and human development as a major contribution to the evaluation of existence in the world, which requires from that existence, as a result, a responsible attitude.
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