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O vestido azul: educação e música na infância - ressonâncias antropológicas / The blue dress: education and music in the childhood: anthropological considerationsLuz Marina Espíndola 22 March 2010 (has links)
Trata-se de dissertação de mestrado que pretende aprofundar a reflexão sobre a música e a educação na infância. Nesse sentido, não se trata de inventariar metodologias do ensino musical ou considerações de caráter técnico-musical para aplicações didáticas, mas a possibilidade de uma educação da infância que tenha como objetivo o encontro entre professor e aluno, a busca de auto-conhecimento e a expressão, através da música. A autora coloca no primeiro capítulo, Parte A, uma abordagem antropológica da música, pensando-se na universalidade dos sons humanos que se ouve e se produz, sugerindo o conceito Fundamentos sonoros do ser para distinguir a música enquanto som, não restringindo-se à canção ou teoria musical. A partir desses fundamentos, coloca-se a Paisagem sonora, enquanto sons que rodeiam o ser humano, distinguindo-se duas qualidades que a constitui, a paisagem sonora natural e a cultural, e a conversão semiótica das paisagens, como um exercício de reconstruir e ressignificar o mundo. Questiona-se a paisagem sonora contemporânea e a importância do resgate mitico no Prelúdio, rumo ao oceano. Para assim, adentrar-se na relação do mito com a música, no Refrão, Música Oceânica, em que se apresenta o conceito da música profunda que habita o ser humano e que o entrelaça na relação pedagógica. Na segunda parte, Parte B, articula-se os conceitos colocados aos princípios da educação, com o Vestido azul: desdobramentos educacionais do encontro, trazendo à tona as possibilitudes da relação mestre-discípulo numa educação para a infância, explicitada em experiências da trajetória da autora como professora em atividades musicais com crianças. No final, como uma Última nota, coloca-se um encaminhamento da pesquisa, com reflexões que unem as teorias abordadas com as experiências vividas, sugerindo ao educador da infância o exercício da sensibilidade através da expressão musical. / This dissertation is about a study that intends to go underneath the reflection of music and education in the childhood. This way, its not about creating new methodologies on how teaching music or technical-musical considerations for didatic aplications, but the possibility of a childhood education focused on an encounter between professor and pupil, the search for self-knowledge and inner expression through music. The author describes on the first chapter, Part A, an antropological approach of music, considering the universality of human sounds the one hears and produces, suggesting the concept of Sonorous principles of the being to distinguish music as a sound, instead of minimizing it to song or simple musical theory. This way, the Sonorous Landscape is presented, as the sounds that surround the human being, differing two qualities that embodies it: the sonourous natural landscape and the sonourous cultural landscape and also the semiotical convertion of the landscape as a way to rebuild and remeaning the world. Contemporary sonorous landscape is questioned, also is pointed the relevance of the mythical rescue, in Prelude to the ocean, going deep on the relationship between music and myth, in Refrain, Oceanic Music, presents the concept of profound music that lives in the human being and puts him in contact with the pedagogical relations. In the second part, Part B, the concepts put on educational basis are articulated, with Blue Dress: educational unfold of the encounter, brings to light the possibilities of the relationship master-pupil on the childhood, explicited on the authors experience as a teacher in musical activities with children. In the end, as Last note, reflections are made with the approached theories and lived experience suggesting to the educator the exercise of sensibility through musical expression.
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E a vida sofre transformações: compreendendo a vivência de crianças com câncer à luz da psicologia fenomenológico existencialGomes, Kássia Karina Amorim 28 July 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-07-28 / BASA - Banco da Amazônia / Cancer is a chronical disease that affects various tissues and organs making transformations in the lives of those who experience it. When a child experiences it, harsh and sudden changes need to be made the routine, affecting interpersonal relations and disorganizing the family’s dynamics. This study’s goal was to understand, from a phenomenological perspective, how children with cancer deal with this disease. This research is qualitative and was developed based on the precepts of the phenomenological method, which aims to capture the essence of the experienced phenomenon. The participants were ten children, age range from seven to twelve years old, accompanied by the Grupo de Apoio à Criança com Câncer (GACC), in the city of Manaus. The data gathering was made throughout individual meetings with the participants, in which an interview was conducted with guideline questions to learn about the children’s experience from their verbalizations. The sessions were audio recorded and later transcribed. The data analysis was elaborated based on the guidance of Martins e Bicudo, it was sought the convergence of the meaning unities which were transformed in thematic categories and contributed to understand the existential experience of these children who face the cancer diagnosis, enabling the comprehensive synthesis of the child with cancer and the
comprehensive analysis based on the Existential-Phenomenology, using, essentially, the
phenomenological focus of personality elaborated by Forghieri. The research showed that the children experience the first evidences and symptoms on their body, noticing that something is different in its functions, beginning a journey of medical appointments and exams that can clarify what is happening. When the disease is finally confirmed, the parents or the doctors inform the child about his or her nosological framework. For the children to receive the cancer diagnosis is something impacting, suddenly they see themselves in a hospital undergoing a very invasive and painful medical treatment. Children worry, mainly with the disease’s consequences in their lives, thus the condition brings shocking changes in the personal, social and family life routine. The children’s world goes through a series of transformations due to their appearance and routine changes, making the child to live with fear of the disease and its consequences, including the fear of its life, as they face the death of their treatment partners they see that cancer is a diseases whose end is unpredictable and can lead to death. To deal with the repercussion originated by the disease, children use as a facing resource family, friends and health staff support along with their faith in God. All these elements are pictured as motivational factors so children can face the hard battle with neoplasia. So, despite all the physical and emotional suffering caused by the disease, children can believe in their recovery and see a silver lining full of possibilities for their future. This way, being a child with cancer is a painful experience, full of radical transformations, but with the opportunity of overcoming and
knowledge. / O câncer é uma doença crônica que afeta uma diversidade de tecidos e órgãos ocasionando transformações na vida de quem é acometido por essa patologia. Quando surge em uma criança, bruscas e repentinas mudanças precisam ser realizadas em seu cotidiano, comprometendo suas relações interpessoais e consequentemente desestruturando sua dinâmica familiar. O presente estudo objetivou compreender, em uma perspectiva fenomenológica, como crianças com câncer vivenciam a doença. Essa pesquisa é de natureza qualitativa e foi desenvolvida de acordo com os preceitos do método fenomenológico, o qual busca captar a essência do fenômeno experienciado. Os participantes foram dez crianças, na faixa etária de sete a doze anos, acompanhadas pelo Grupo de Apoio à Criança com Câncer (GACC), na cidade de Manaus. A obtenção dos dados foi realizada através de encontros individuais com os participantes, no qual foi feita uma entrevista com questões norteadoras para apreender a vivência das crianças a partir de suas verbalizações. As sessões foram áudio gravadas e posteriormente transcritas. A análise dos dados foi elaborada de acordo com as orientações de Martins e Bicudo, buscou-se a convergência das unidades de significados que foram transformadas em categorias temáticas e contribuíram para compreender a existencialidade dessas crianças diante do diagnóstico de câncer, possibilitando a síntese compreensiva do ser-criança-com-câncer e a análise compreensiva a partir da Fenomenologia-Existencial, utilizando, fundamentalmente, o enfoque fenomenológico da personalidade elaborado por Forghieri. A pesquisa revelou que a criança experiencia os primeiros sinais e sintomas em seu corpo, percebendo que há algo diferente em seu funcionamento corporal, iniciando, assim, uma jornada em busca de consultas médicas e exames que possam elucidar o que está acontecendo. Quando a doença é finalmente confirmada os pais ou médicos revelam à criança sobre seu quadro nosológico. Para a criança receber o diagnóstico de câncer é algo impactante, de repente elas se percebem em um hospital sendo
submetidas a um tratamento médico bastante invasivo e doloroso. As crianças se preocupam, principalmente, com as consequências da doença em sua vida, pois o adoecimento traz alterações marcantes em seu contexto pessoal, social e familiar. O mundo da criança passa por uma série de transformações devido às mudanças em sua imagem corporal e em sua rotina, levando a criança a conviver com o medo da doença e das suas consequências, inclusive o medo de sua própria finitude, posto que ao se deparar com a morte dos seus companheiros de tratamento as crianças evidenciam que o câncer é uma doença cujo desfecho é imprevisível e pode levar à morte. Para lidar com as repercussões engendradas pelo adoecimento as crianças utilizaram como recurso de enfrentamento o apoio da família, dos amigos, dos profissionais da equipe de saúde e a fé em Deus. Todos esses elementos se configuraram como fatores motivadores para que as crianças pudessem enfrentar a árdua batalha de ser acometida por uma
neoplasia. Sendo assim, apesar de todo o sofrimento físico e emocional causado pelo adoecimento as crianças creem em sua recuperação e conseguem ver um horizonte repleto de possibilidades para seu futuro. Dessa forma, ser-criança-com-câncer é uma experiência dolorosa, plena de transformações radicais, mas com possibilidades de aprendizado e superação.
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The Ethics Of the Direction Of the Life In the Logoterapia De Viktor Frankl / A Ãtica Do Sentido da Vida na Logoterapia de Viktor FranklIvo Studart Pereira 20 May 2009 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico / The present work aimed to research the theoretical interfaces between ethics and psychology
in the opus of Viktor Frankl, Austrian psychiatrist and founder of Logotherapy. Through the
systematization of three concepts (âmeaningâ, âwill to meaningâ and âmoral conscienceâ),
our analytical path led us to the description of a âmeaning-of-life ethicsâ as an âethic of
responsibilityâ that reconciles morals and ontology. The first category is interpreted as a key
concept in order to enlighten Franklâs world view. In the next chapter, divided in two parts,
the anthropological theory of Logotherapy is studied in detail. The third concept brings forth
the problem of meaning legitimacy as a moral imperative. At this point we face Franklâs
radical ontological questioning on the phenomenon of responsibility. The last chapter
attempts to harmonize the three categories mentioned into an ethical theory. / O presente trabalho teve como objetivo investigar as interfaces Ãtico-psicolÃgicas existentes no pensamento de Viktor Emil Frankl, psiquiatra austrÃaco, criador da assim chamada 3 Escola Vienense de Psicoterapia: a logoterapia, tambÃm conhecida como âa psicologia do sentido da vidaâ. AtravÃs de uma sistematizaÃÃo particular de trÃs conceitos bÃsicos, a saber: o de âsentidoâ, o de âvontade de sentidoâ e o de âconsciÃncia moralâ, articulou-se um eixo de anÃlise que explicitou a presenÃa de uma âÃtica do sentido da vidaâ enquanto âÃtica da responsabilidadeâ, evidenciando-se, aÃ, uma reconciliaÃÃo entre Ãtica e ontologia, atravÃs do que chamamos aqui de âontologizaÃÃo da moralâ. Inicialmente, identificamos a questÃo do âsentidoâ como conceito-chave para a compreensÃo da visÃo de mundo que integra o pensamento de Frankl. O capÃtulo seguinte à reservado a um esforÃo de explicitaÃÃo e anÃlise da teoria antropolÃgica da logoterapia, dividindo-se em duas partes: âO Homemâ e âA Vontade de Sentidoâ. A terceira categoria investigada diz respeito ao problema da legitimaÃÃo do carÃter imperativo do sentido, ponto em que nos depararemos com o questionamento ontolÃgico radical do fenÃmeno da responsabilidade humana, entendida em sua relaÃÃo com a transcendÃncia. Cabe mencionar que, no percurso investigativo, perpassamos vÃrios temas caros à tradiÃÃo filosÃfica, como o problema mente-corpo, o dilema das leituras psicolÃgicas sobre a moralidade, a busca de um fundamento para a Ãtica no contexto da derrocada das tradiÃÃes e o conceito de Pessoa.
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A eficácia dos direitos sociais e os limites do retrocesso em tempos de crise econômicaNunes Júnior, Flávio Martins Alves 28 May 2018 (has links)
Submitted by Jaqueline Duarte (1157279@mackenzie.br) on 2018-11-06T16:13:10Z
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Previous issue date: 2018-05-28 / The purpose of this work is the study of social rights, their effects, their possible limits and restrictions, mainly arising from the moments of economic crisis. Starting with the analysis of social rights, their emergence, their international and national protection, their nature, their characteristics and their effectiveness, the limits of the immediate requirement of social rights are identified, analyzing the "reserve of the possible" and the "minimum core obligation", advocating the assertion that quality basic education would be the "minimum of existential minimums", along with a vital minimum, widely recognized. In this scenario, identifying the effectiveness of social rights and the limits of the immediate requirement of these rights, we analyze the limits of the social retrocession resulting from the economic crises. / A obra tem por objeto o estudo dos direitos sociais, seus efeitos, seus possíveis limites e restrições, principalmente decorrentes dos momentos de crise econômica. Iniciando-se pela análise dos direitos sociais, seu surgimento, sua proteção internacional e nacional, sua natureza, suas características e sua eficácia, identifica-se os limites da exigência imediata dos direitos sociais, analisando-se a “reserva do possível” e o “mínimo existencial” dos direitos sociais, propugnando-se pela afirmação de que a educação básica de qualidade seria o “mínimo dos mínimos existenciais”, ao lado de um mínimo vital, largamente reconhecido. Nesse cenário, identificada a eficácia dos direitos sociais e os limites da exigência imediata desses direitos, analisam-se os limites do retrocesso social decorrente das crises econômicas.
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Vivências de médicos oncologistas: um estudo da religiosidade no cuidado existencial em saúde / Experiences of oncologist Physicians : a study of the religiosity in the existential care within health. 2008. 224 p. Dissertation (Masters) Faculty of Phylosophy, Science and Language of Ribeirão Preto, University of São Paulo, Ribeirão Preto, 2008.Lilian Claudia Ulian Junqueira 29 September 2008 (has links)
Atualmente, os profissionais da saúde não vêm sendo preparados para lidar com as dificuldades inerentes à morte e o morrer, no entanto, observa-se que, dentre eles, é o médico que vivencia mais negativamente essa realidade, em detrimento das intervenções psicossociais. A literatura aponta que, crenças e práticas religiosas são importantes na vida de muitos pacientes que procuram assistência, entretanto, muitos médicos e demais profissionais da equipe ainda estão incertos sobre a melhor maneira para abordar questões espirituais e religiosas. Esta pesquisa teve a intenção de compreender a vivência de religiosidade de médicos oncologistas no cuidado com o paciente oncológico. Optou-se pela modalidade de pesquisa qualitativa, na perspectiva da Fenomenologia Ontológica- Hermenêutica de Martin Heidegger, para a compreensão das situações vivenciadas. Foram realizadas entrevistas com oito médicos oncologistas, após a assinatura do consentimento livre e informado. As entrevistas foram gravadas e transcritas na íntegra, seguida de uma leitura ampla. Posteriormente, verificadas as convergências e divergências dos relatos, emergiram as categorias de análise. A análise interpretativa desvelou que os médicos têm uma abertura para a compreensão da dimensão religiosa do paciente, no entanto, a fazem com muita dificuldade e ambigüidade quanto às condutas a serem tomadas. Mostram-se sensíveis a uma nova postura médica que precisa de bases seguras para se solidificar, porém encontra-se em momento inicial, na construção de um novo paradigma, que transita entre o cuidar autêntico e o inautêntico. Revelaram a compreensão da importância de Deus, como facilitador ao enfrentamento da facticidade introduzida pelo adoecer e, paralelamente, relataram que, também buscam e confortam-se em sua relação com a espiritualidade e o transcendente. Diante do desamparo sentido pela angústia, na proximidade da fronteira vida-morte, emergem os modos de existir destes cuidadores, na medida em que deparam-se com a finitude humana. Alguns continuam agregados aos rituais religiosos, como missas, velórios e práticas de rezas como forma de elaboração do luto que vivenciam cotidianamente, assim, conservam a dimensão pública do evento morte. Outros mostram-se em uma postura mais contemplativa diante de um Deus interno, cultivando a religiosidade em seu mundo próprio, sem freqüentarem rituais. Acolheram a necessidade do paciente ser-com-o-divino, nos diversos momentos, ao longo do tratamento. Embora, alguns médicos não se sintam confortáveis, ponderando o valor científico das práticas, não há oposição. Tendo em vista que o cuidado permeia toda e qualquer ação humana, segundo a ontologia de Heidegger, podemos vislumbrar, a partir dos resultados desta pesquisa, filosofias educacionais que envolvam os modos de ser-com e suas implicações para o cuidado e o existir autêntico na relação do médico com a religiosidade. (CAPES). / Nowadays, the health professionals have not been prepared to deal with the difficulties inherent to death and dying, however, it is noticeable that, among them, it is the physician who experiences more negatively this reality, for he is the focus of the patients and their relatives. Literature points out that beliefs and religious practices are important the lives of many patients who look for assistance, however, many doctors and other professionals of the staff are still wrong about the best way of approaching spiritual and religious issues. This research had the aim of comprehending the experience of religiosity of oncologist physicians in the caring of the oncologic patient. We opted for the qualitative research, through the perspective of Martin Heideggers Ontological-Hermeneutic Phenomenology, to understand the situations experienced. We interviewed eight oncologist physicians, after the signature of the informed and free consent. The interviews were recorded and transcribed entirely, followed by a broad reading. After the convergences and divergences of the reports were verified, the categories of analysis emerged. The interpretative analysis unveiled that the physicians have an opening for the comprehension of the patients religious dimension, however, they do it with much difficulty and ambiguity in relation to the actions to be taken. It is a new medical posture that needs safe foundations to solidify, but it is in an initial moment, in the construction of a new paradigm that oscillates between the authentic and non-authentic treating. The Physicians revealed the importance of God as a facilitator to the coping with the adversity of sickening and alongside they reported that they also search for and comfort themselves with their relation with spirituality and the transcendental. In the situation of helplessness caused by anguish, in the proximity to death, these care takers existing forms emerge: some continue attached to religious rituals, such as masses, funerals and praying practices as a way of elaborating the grief that they experience daily, so as to keep the public dimension of the death event. Others show themselves in a more contemplative posture before an inner God, cultivating the religiosity in their own world, without attending rituals. The physicians incorporated the patients necessity of being-with-the-divine, in the various moments along the treatment. Although some physicians do not feel comfortable, considering the scientific value of the practices, there is no opposition. Seen that the care permeates all and every human action, according to Heideggers ontology, we can discern educational philosophies that involve the results of this research and the being-with ways and their implications for the caring and the authentic existing in the relationships between physicians and religiosity (CAPES).
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A prática do desenvolvimento humano em empresas : uma (re)significação do coaching pela atenção ao cuidar de ser / Human development practice in organizations : a coaching (re) signification through the attention for care of beingCristiane Vaz de Moraes 24 August 2007 (has links)
O presente estudo percorre questões que envolvem o homem no trabalho: práticas de desenvolvimento humano em Recursos Humanos, Gestão de Pessoas e Psicologia. Aponta para a necessidade de pesquisar aqueles que se submetem ao coaching, o que foi possibilitado por narrativas de executivos em situação de internacionalização de suas carreiras, permitindo pensar coaching no âmbito da globalização atual. Lança luzes, ainda a compreender a prática do coaching através da experiência do ser humano/trabalhador, pelas percepções reveladas pelos próprios executivos durante entrevistas de coaching com eles realizadas. Interessa poder resgatá-la como um meio pelo qual os executivo/trabalhadores possam estar encontrando modos outros de ação ao nível gerencial. Nessa direção, estaria sendo proposta uma leitura de coaching numa perspectiva fenomenológica existencial. Ao buscar a historicidade do coaching, via etimologia, aflorou-se a necessidade de direcionar o coaching para dirigir-se como cuidado ao trabalhador, considerado factível via Psicologia Social Clínica. Pela análise das narrativas foi possível compreender o coaching como prática psicológica, via Aconselhamento, possibilitando aos trabalhadores ressignificar sua experiência no trabalho, percebendo-se humanos afetados, contextualizados e demandantes por atenção e cuidado, para dirigem-se ao desenvolvimento profissional e coletivo em organizações. Assim, coaching se apresentaria como facilitação para o sujeito social repensar sua carreira, autorizando-se a encontrar sentido ao projeto profissional por demanda própria e não da organização ou empresa: uma prática para gestão de carreira mais eticamente orientada. / The present study deals with questions concerning the man in his work: human development practice in Human Resources, Management of Persons and Psychology. It points to a need to research how coaching is perceived by those who were submitted to it during a situation for internationalizations of their careers at the globalization world. Executives\' narratives allowed thinking coaching as a practice through the human worker\'s experience. Executives\' perceptions were revealed during coaching interviews and process realized with them. The purpose is to re-signify it as a means by which the executives/workers may find other ways for management actions. It is proposed other comprehension for coaching, base on a phenomenological existential perspective. By etymologically re-visiting the historicity of coaching, it appeared to direct coaching practice as care toward the worker, factitive through the Social Clinical Psychology. The narrative analysis allows to comprehend coaching as a Counseling Psychology practice, by which the workers could re-signify their experience at work. Perceived as affected human beings, contextualized and demanding for attention and care, they may direct themselves to a professional and collective development in organizations. Thus, coaching would present itself as facilitation for the social subject to reflect about his careers, authorizing himself to find a sense for his professional project by his proper demand and not by the organization: a more ethical oriented practice for career management.
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Caminhos e possibilidades de ação do psicólogo junto aos agentes comunitários de saúde: uma compreensão fenomenológica / Psychologist action´s ways and possibilities along comunity health agents: a phenomenological understandingPedro Vitor Barnabé Milanesi 11 May 2017 (has links)
A presente pesquisa situa-se no âmbito das práticas em Saúde, mais especificamente no modo como a Estratégia Saúde da Família (ESF) organiza a Política Nacional de Atenção Básica em Saúde (PNAB); orienta-se pela questão: Como seria possível uma ação do psicólogo junto aos Agentes Comunitários de Saúde (ACSs)?; e pelo objetivo de compreender a supervisão como uma possibilidade de ação do psicólogo junto aos ACSs. Entendendo supervisão como prática mestiça e argilosa, que se molda às necessidades da ação. O sentido de supervisão foi sendo desvelado na experiência vivida no trabalho junto aos ACSs, nas entrevistas e reuniões gravadas e transcritas. Assim, a pesquisa desenvolveu-se como narrativa metafórica e alegórica organizada a partir da contação de histórias, tão comum e frequente no campo. Conduzindo-se sempre pelas histórias contadas e testemunhadas no decorrer da investigação, as reuniões, então batizadas pela equipe de reunião de contação de causo, deram a toada compreensivo-interpretativa da história da equipe narrada na pesquisa. Por esta via, a contação de história se mostrou como modo predominante de cuidado da equipe para com os munícipes e para consigo mesma, bem como abriram novas perspectivas de compreensão e ação. Finalmente, discute-se a relação entre contação de histórias e práticas em saúde na ESF; e como a noção gadameriana de conversação ilumina essa especificidade da supervisão nesse campo e, portanto, como possibilidade de ação do psicólogo junto ao ACS / The present research is within Health practice scope, specificaly within the way that Family Health Strategy (ESF) arrange the National Primary Health Care Policy (PNAB); the research guide itself by the question: How would be possible a psychologist action along Comunity Health Agents (ACSs)?; and by the aim of the understanding of supervision as a psychologist action along ACSs. Reading supervision as a hybred and cleyey practice, able to be shaped to action necessities. Supervision meaning was uncovered through experience during the work along ACSs, as well as recorded and transcript interviews and meetings. Thus, the research developed as a story telling organized metaphorical and allegorical narrative, as commom and usual in the countryside. The meetings carried itself by the story telled and testifyed during the investigation, witch were then called by the team as story telling meeting. Such meeting tuned the team´s history narrated on the research as comprehensiv-interpretativ. By this way, the story telling revealed itself as the team´s attention prevailing way towards citizens and towards itself. The story telling also opened new understanding and action perspectives. Lastly, the research discuss the relation between story telling and health practices within ESF; and how the gadamerian approach of the conversation enlights the supervision specificity on this field, therefore, as a psychologist action´s possibility along ACS
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Por entre fios e buracos: uma experiência para construção de uma rede de atenção a saúde no IPUSP / Among threads and holes: an experience on building a network of health care at IPUSPLaiz Maria Silva Chohfi 08 May 2013 (has links)
Esta pesquisa pretende problematizar a construção de redes de atenção na prática psicológica em instituições. Para tal, seu foco principal é investigar a possibilidade de construção de uma rede entre os serviços de atendimento do CEIP (Centro Escola do Instituto de Psicologia) da Universidade de São Paulo. A importância da construção de uma Rede de Atenção em saúde ficou evidente a partir do trabalho desenvolvido pelo LEFE, laboratório que suporta projetos de intervenção em modalidades de Aconselhamento Psicológico à luz da Fenomenologia Existencial. A ampliação destas modalidades oferece-se como um terreno fértil para a criação de propostas de prática psicológica que garantam um atendimento efetivo à comunidade. Ao mesmo tempo, traz à tona a dificuldade de encaminhamento de clientes que requeiram outros tipos de atendimento; desse modo, impõe-se a necessidade da formação de uma rede, envolvendo profissionais de saúde, educação e de outras áreas de conhecimento. Tendo como utensílios principais a Fenomenologia Existencial, como proposta por Martin Heidegger e Hannah Arendt e os escritos de Walter Benjamin acerca da narrativa, buscou-se conhecer, através de cartografia clínica, os serviços e laboratórios do CEIP/USP pela narrativa dos atores sociais que deles fazem parte. Foram realizadas entrevistas com docentes e técnicos, com posterior análise e devolutiva, buscando compreender como poderia ocorrer a construção de uma rede de atenção entre eles. Foram realizadas vinte e seis entrevistas com membros dos serviços/laboratórios do IPUSP. Algumas parcerias foram formalizadas, porém percebeu-se a impossibilidade de construção de uma rede unindo todos os serviços e laboratórios deste centro. Isso parece se dever à constituição da Psicologia como área de estudo, uma vez que ela própria é fragmentada em diferentes enfoques do mesmo objeto, favorecendo isolamento e especialização. Há ainda a necessidade de construção de um grupo articulado entre docentes e técnicos, para que um sentido de rede possa ser tecido a partir da necessidade de mudança. Nesse sentido, para além de tecer fios de rede a partir do LEFE, passou-se a criar situações/eventos em que essa demanda por uma rede pudesse se esclarecer. Alguns temas se apresentaram como possibilidades de demanda por esclarecimento que encaminhariam sentido a essa construção, como a preocupação com a extensão universitária e com a formação contextualizada dos alunos de graduação. Percebeu-se, a partir da rede que se construiu tendo o LEFE como centro, a importância da interdisciplinaridade para que uma rede possa se firmar, assim como a necessidade de que os fiadores e demais participantes estejam engajados por um objetivo compartilhado. Concluiu-se também que a participação do Serviço Social é imprescindível para que a rede se construa e se mantenha. Notou-se, ao longo do percurso de trabalho que, os alunos expostos a este modo de trabalhar construíam uma escuta diferenciada, que permitia ouvir para além da demanda explícita do cliente, fazendo com que atenção e cuidado clínicos pudessem se manifestar de outras formas. Por fim, questiona-se a pertinência de redes que são construídas a partir de diretrizes, uma vez que redes dependem de um ideal e movimento partilhados para se firmarem / This research intends to discuss the building of networks of attention in psychological practice in institutions. To this end, its main focus is to investigate the possibility of building a network among existing care services in CEIP (Clinical School Center of the Institute of Psychology), University of São Paulo. The importance of building a network of health care became evident with the work of LEFE, laboratory that supports intervention projects in various institutions in terms of Counseling Psychology modalities in light of Existential Phenomenology. The expansion of these modalities offers itself as a fertile ground for the creation of proposals for psychological practice that ensure effective service to communities encompassed by the services offered. At the same time, these new practices bring out the difficulty of routing clients requiring other types of care, thereby imposes the necessity of forming a network, involving health professionals education and other areas of knowledge, seeking encompass the demands arising. Having as main tools the Existential Phenomenology, as proposed by Martin Heidegger and Hannah Arendt and the writings of Walter Benjamin about the narrative, we sought to know, through clinic mapping, the services and laboratories at CEIP/USP by the narrative of the social actors who are part of them. Accordingly to this, interviews were conducted with professors and other employees, with subsequent analysis and feedback session, trying to understand how they saw the idea of building a network of care between them. Were performed twenty-six interviews with teachers and technicians from the services/laboratories at IPUSP. Some partnerships were formalized, but it was also realized that it was impossible to build a network linking all laboratories and services that belong to this center. This seems to be due to the formation of Psychology as a field of study, since it is itself fragmented into different perspectives of the same \"object\", favoring specialization and isolation. There is also the need to build a group articulated between professors and technicians, so that a sense of network can be woven from the need for change. Besides building the network from LEFE, situations/events were planned aiming that the demand for a network could be clarified. Some themes were presented as possibilities for demand for clarification adding meaning to this construction, such as concern for the university extension and the formation of contextualized undergraduates. It was noticed from the network that was constructed having LEFE as a center, the importance of interdisciplinarity that a network can take hold, as well as the need for all participants to be engaged in a shared goal. It was also concluded that the participation of Social Work is essential for the network to be built and maintained. It was noted along the working path that students exposed to this mode of working listened to the clients differently, allowing the appearance of other things than the explicit request of the client, so that clinical attention and care could manifest itself in other ways. Finally, the relevance of networks that are built from guidelines is questioned, since networks rely on a shared ideal and movement to take hold
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Direito subjetivo ao mínimo existencial: uma análise comparativa entre Brasil e MéxicoGomes, Natascha Alexandrino de Souza 14 March 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-03-14 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O objetivo deste trabalho foi analisar o que se entende por mínimo existencial/mínimo vital no México, partindo-se do referencial brasileiro, uma vez que, no Brasil, a despeito de ainda algumas imprecisões e divergências, seu conteúdo já é razoavelmente delimitado. As poucas alusões ao direito ao mínimo existencial/vital na jurisprudência da Corte Constitucional mexicana relacionam-se a aspectos tributários e fiscais, muito embora a doutrina daquele país possua avanços na abordagem do tema. Destarte, partindo-se do conceito de mínimo existencial formulado pelo jusfilófoso alemão Robert Alexy – qual seja, conjunto de direitos fundamentais sociais mínimos para a garantia de nível elementar de dignidade humana - o trabalho definiu qual é o conteúdo atual do mínimo existencial no Brasil e realizou um paralelo entre este e a realidade mexicana. O estudo também trata de questões centrais e intrinsecamente relacionadas ao tema, tais como a justiciabilidade dos direitos fundamentais sociais, o princípio da dignidade humana, o argumento da reserva do possível e colisões de princípios que abrigam direitos fundamentais. / The objective of this study was to analyze what is meant by existential minimum in Mexico, starting from the Brazilian reference, since, in Brazil, despite still some inaccuracies and differences, its content is already reasonably delimited. The few references to the right to existential minimum level in the Mexican Constitutional Court's jurisprudence relate to tax and fiscal aspects, although the doctrine of that country have advances in approach to the subject. Thus, starting from the minimum existential concept formulated by jusfilófoso Robert Alexy - namely, minimum set of fundamental social rights for the elementary level of assurance of human dignity - the work has defined what the current contents of the existential minimum in Brazil and We conducted a parallel between this and the Mexican reality. The study also addresses key issues and intrinsically related to the theme, such as the justiciability of social rights, the principle of human dignity and collisions principles.
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Grupo de pais no psicodiagnóstico colaborativo : uma compreensão fenomenológica existencialBiselli, Andréa Cristina Tavelin 05 April 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-04-05 / This study arises from the author s concerns lived within the experience of psychological practice with groups of parents and children in collaborative psychodiagnostic, in a
phenomenological existential perspective. It aims to understand the experience of parents in a group with that modality of psychological practice. It s phenomenal basis is grounded in four reports of parents who have experienced group care in the process of Collaborative Psychodiagnostic carried out in Pernambuco s Catholic University clinic-school between 2010 and 2012. To access such experience, subjects-collaborators were submitted to a narrative interview. As an instrument, the narrative interview is based on the narrator idea by Walter Benjamim (1994) which, articulating narrative and experience, allows the narrator
(participant) to elaborate and pass on experiences regarding the investigated theme. Another instrument was a logbook (a field journal), which is constituted by written narratives of
feeling and impressions lived by the researcher in listening to its clients. Analysis was centered in Gadamer s hermeneutic philosophy, considered to be one the privileged epistemologies in qualitative research. The dialog, the conversations among psychologist and clients and also among clients, who were open to put themselves in such a comprehensive dynamic, allowed the complaint to be broaden, which led to the demands elicitation and appropriation by merging collaborators horizons. At first, the parents group situation in collaborative psychodiagnostic enabled the appropriation and expression of affective dispositions of fear and resistance face to an unknown condition. Living a group experience has affected each participant leading them to another way of being in and feeling the group situation, which was then perceived as welcoming and facilitator for the expression of sufferings and feelings. Such motion provided participants to understand manifested complaint, enabling their feelings to be appropriated with the thematization of other comprehensive possibilities, allied to the movement of openness towards the other, at the same time that allowed the decentralization in each one s problems, previously considered as unique. At last, the narrative of experiences is highlighted as a facilitator for the appropriation of the way in which participants took care of themselves and of others in this case, their families. It was noticed that the appropriation of an affective and singular experience could put in motion other ways of being and relating with the world and with others, ways of their own, less orientated by the public. / Este estudo parte das inquietações vividas pela autora a partir da experiência na modalidade de prática psicológica do Psicodiagnóstico Colaborativo com pais e crianças em grupo, numa perspectiva fenomenológica existencial. Objetiva compreender a experiência de grupo de pais em tal modalidade de prática psicológica. Sua base fenomenal reside em quatro relatos de experiências de pais que vivenciaram o atendimento em grupo no processo do Psicodiagnóstico Colaborativo realizado na clínica-escola da Universidade Católica de
Pernambuco UNICAP, entre 2010 e 2011. Como acesso à experiência dos sujeitos colaboradores lançou-se mão da entrevista narrativa. Enquanto instrumento, a entrevista
narrativa se fundamenta na ideia do narrador de Walter Benjamim (1994) que, ao articular narrativa e experiência, possibilita ao narrador (participante) elaborar e transmitir suas
experiências acerca da temática pesquisada. Outro instrumento utilizado foi o Diário de Bordo (ou Diário de Campo), que se constitui da narrativa-escrita dos sentimentos e impressões vivenciadas pelo pesquisador nos atendimentos aos clientes. A análise das narrativas fundamentou-se na proposta da filosofia hermenêutica de Gadamer considerada
como uma das epistemologias privilegiadas para pesquisa qualitativa. O diálogo, a conversação entre psicólogo e clientes e entre clientes, dispostos a se colocarem nesse jogo
compreensivo, possibilitou a ampliação da queixa trazida como motivo da consulta, permitindo a explicitação e a apropriação da demanda via a fusão de horizontes dos sujeitos
colaboradores. A situação de grupo de pais no Psicodiagnóstico Colaborativo, num primeiro momento, possibilitou a apropriação e expressão da disposição afetiva de medo e resistência diante de uma situação não conhecida. A vivência da experiência grupal afetou cada um e permitiu outro modo de estar e sentir a situação de grupo, a qual passou a ser percebida como acolhedora e facilitadora da expressão dos sofrimentos e sentimentos. Tal movimento possibilitou, aos participantes, compreender a demanda manifesta, permitindo uma apropriação dos seus sentimentos com a tematização de outras possibilidades compreensivas aliadas ao movimento de abrir-se para o outro, ao mesmo tempo em que permitiu um não centrar-se em seus problemas, considerados, inicialmente, como únicos. Por último, destaca-se a narrativa das experiências como facilitadora da apropriação do modo como cada um cuidava de si e dos outros no caso, da família. Percebeu-se que, a apropriação da vivência afetiva e singular da experiência, pode colocar em movimento outros modos de estar e se relacionar com o mundo e com os outros mais próprios, menos gerenciados pelo público.
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