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O controle coordenado da reserva do possível para o atendimento do mínimo existencial: o papel dos tribunais de contasGonçalves, André Luiz de Matos 09 December 2015 (has links)
Esta dissertação tem como objetivo demonstrar, por meio da pesquisa bibliográfica, a
importância do trabalho coordenado entre as estruturas de controle, v.g., Tribunais de
Contas, Ministério Público, Defensoria, Judiciário e sociedade civil organizada, para
exame preciso da Reserva do Possível como instrumento para consecução do Mínimo
Existencial. Busca-se defender a premissa de que a dicotomia Reserva do Possível e
Mínimo Existencial tem como razão precípua o difícil exame do orçamento enquanto
peça autorizativa do dispêndio público e também de arrecadação de recursos. Parte-se
da premissa de que os Tribunais de Contas têm o encargo, por determinação
constitucional, de acompanhar o orçamento, sendo, portanto, o maior detentor de meios
técnicos para o exame da questão. É feita uma breve análise da natureza jurídica do
direito à saúde, bem como da estrutura do Sistema Único de Saúde, de suas políticas e
protocolos. É também discutida a adequação do processo coletivo como principal meio
para consecução da macrojustiça, em detrimento do exame pontual das demandas na
área da saúde, o que compromete sensivelmente as políticas de saúde como um sistema.
Em complemento, abordam-se conceitos de Mínimo Existencial e de Reserva do
Possível, enquanto teses postas a deliberação do Judiciário, e examinam-se aspectos
relativos às leis orçamentárias e sua interpenetração com a alocação de recursos. Ao
final, adentra-se na estrutura dos Tribunais de Contas, em suas potencialidades e,
principalmente, nas informações produzidas nas Cortes de Contas que seriam
fundamentais para que a intervenção nas políticas públicas levadas a efeito no Judiciário
fosse promovida com o máximo de precisão e proveito para os interesses coletivos. A
metodologia de pesquisa utilizada buscou extrair da bibliografia disponível excertos que
convalidem a ideia proposta nesta dissertação. Para isso, foram reunidas obras de
diversos doutrinadores brasileiros que abordam temas relacionados à matéria em
discussão, além de jurisprudências e leis, obtidas por meio de acesso ao banco de
julgados dos tribunais superiores e dos bancos de dados do Senado Federal e da
Assembleia Legislativa Estadual / This study aims to demonstrate, using bibliographic researches, the importance of
coordinated work between the control structures, eg, Audit Courts, Prosecutors, Public
Defenders, Judiciary and civil society, need to take Reserve of the Possible as a means
of achieving the Minimum Existential. The aim is to defend the premise that the
dichotomy presented above the Reserve of the Possible and Minimum Existential has
the main reason the difficult exam of the budget as part of authorizing public spending
as well as fundraising. It starts with the premise that the Audit Courts have the burden,
by constitutional provision, to monitor the budget and is therefore the largest holder of
technical means to examine the case. It made a brief analysis of the legal nature of the
right to health, as well as of the Unified Health System structure, policies and protocols.
It also discussed the adequacy of the collective process as the primary means for
achieving macro-justice at the expense of timely examination of the demands in health
care, which significantly compromise the health policies as a system. In addition, we
discuss further the Minimum Existential of concepts and booking possible, while theses
put the decision of the judiciary, and examine the aspects of the budget laws and their
interpenetration with the allocation of resources. Finally, we enter the structure of the
Audit Courts, their potential and especially the information gathered in the accounts that
would be fundamental cuts for the intervention in public policies implemented in the
judiciary, were promoted with maximum precision and advantage for collective
interests. The research methodology sought excerpts drawn from the literature available
who engage into the idea proposed of this dissertation. For this, works have been
gathered from several Brazilian scholars that address issues related to the matter under
discussion, as well as jurisprudence and laws, obtained through access to the trial bench
of the superior courts, and the databases of the Senate and the State Legislative
Assembly.
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A APLICAÇÃO DA RESERVA DO POSSÍVEL EM FACE DO DIREITO SOCIAL FUNDAMENTAL DA SAÚDE E DO MÍNIMO EXISTENCIALMedeiros Filho, Valdir José de 14 March 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-03-14 / The right of health was raised by the National Constitution of 1988
for the category of fundamental rights with immediate applicability
as shown in the first paragraph of the fifth article of our
Constitution. The immediate applicability of these fundamental
social rights annihilated the programmatic character of these
constitutional laws that establish the right to health. In this way,
from a systemic view of the Brazilian legal system, balancing the
nature of the principles laws that establish these fundamental
social rights, can confirm that the principle of human dignity and
of the minimum existential are discarded the thesis of the reserve
for the possible advocated by the State, for not to put into practice
the public health services that do grow these social rights.
Because of the inertia of the State for to provide the public health
services by the reason of insufficient funds to provide these
services, the protection exercised in relation to decisions and
interpretations of laws made by higher courts take energetic and
active position in defense of society, and these are public services
that guarantee the social rights, ordered and implemented by the
Judiciary. Judges of first instance and superior courts, replacing
the representatives of government, constitutionally responsible for
the effectiveness of these fundamental rights, started to determine
the respect to the commands of the Federal Constitution regarding
the rights of health, invoking in opposition to the thesis of reserve
for the possible or insufficiency of funds, the principle of human
dignity and the minimum existential. / O direito social da saúde foi alçado pela Constituição Federal de 1988,
à categoria de direito fundamental com aplicabilidade imediata,
conforme prescreve o parágrafo primeiro do artigo quinto de nosso
texto constitucional. Esse viés da aplicabilidade imediata desse direito
fundamental social contribuiu para aniquilar o caráter programático das
normas constitucionais que estabelecem o direito fundamental à saúde.
Por essa via, a partir de uma visão sistêmica do ordenamento jurídico
brasileiro sopesando a natureza principiológica das normas que
estabelecem esse direito social fundamental, verifica-se que o princípio
da dignidade da pessoa humana e do mínimo existencial vêm
afastando a tese da reserva do possível defendida pelo Estado, para
não implementação e entrega dos serviços públicos de saúde que
densificam esse direito social. Em razão dessa inércia do Estado
(Poder Executivo) prestar serviços públicos de saúde alegando a
insuficiência de verba (reserva do possível), a tutela jurisdicional
assume posição enérgica e atuante em defesa da sociedade, sendo
esses serviços públicos que garantem o direito à saúde, ordenados e
implementados pelo Poder Judiciário. Juízes de primeiro grau e dos
tribunais superiores, em substituição aos representantes do poder
Executivo, responsáveis constitucionalmente pela efetividade desses
direitos fundamentais determinam o respeito aos mandamentos da
Constituição Federal relativos ao direito social da saúde, invocando em
contra-argumentação a tese da reserva do possível, o princípio da
dignidade da pessoa humana e o mínimo existencial.
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O benefício assistencial de prestação continuada: uma análise sob a ótica dos deveres fundamentais e dos custos dos direitosBuarque, Rodrigo Costa 08 August 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-08-08 / A Assistência Social consiste em importante política pública de transformação social, realizada por ações integradas entre o Estado e a sociedade, na busca pela igualdade material dos cidadãos, para redução das desigualdades sociais, da pobreza e da marginalização, com o escopo de se atingir a universalização dos direitos fundamentais sociais. Como política de proteção social, reverbera o princípio da dignidade humana como fundamento da República
Federativa do Brasil e princípio que rege o Estado Democrático de Direito. Entretanto, as necessidades sociais são infinitas e os recursos públicos são escassos, razão pela qual é imprescindível que, no contexto das políticas assistenciais, sejam coerentemente delimitados os papéis do Estado e da sociedade, visando ao bem comum. O presente estudo, desenvolvido dentro da linha de pesquisa "Democracia, Cidadania e Direitos Fundamentais", aborda o
benefício assistencial previsto no art.203, V, da Constituição Brasileira, e disciplinado na Lei Orgânica de Assistência Social, Lei 8.742/1993, sob a ótica dos custos dos direitos e dos deveres fundamentais. Analise-se se os critérios adotados na legislação ordinária, quanto ao
conceito de família e de renda per capita são adequados para assegurar, de maneira justa, o direito à percepção do referido benefício. Para o desenvolvimento deste trabalho, a abordagem a respeito dos custos dos direitos e dos deveres fundamentais abrange a análise do princípio da subsidiariedade - que envolve a atuação do Estado, da iniciativa privada e dos cidadãos - e da atuação do Poder Judiciário na implementação de políticas públicas. Adotouse técnica de pesquisa bibliográfica exploratória. Como referencial teórico, foram utilizadas as obras de José Casalta Nabais, quanto aos deveres fundamentais, e de Stephen Holmes e Cass Sunstein, quanto aos custos dos direitos. Percebe-se, neste trabalho, que a análise da
repercussão orçamentária e dos deveres dos atores sociais – família, sociedade e Estado – em escala de subsidiariedade, não pode ser esquecida quando se busca implementar a política pública de concessão do benefício assistencial de maneira eficiente. / La Asistencia Social consiste en una importante política pública de transformación social, realizada por acciones integradas entre el Estado y la sociedad, en la búsqueda por la igualdad material de los ciudadanos, para reducción de las desigualdades sociales, de la pobreza y de la marginalización, con el objetivo de alcanzarse la universalización de los derechos fundamentales sociales. Como política de protección social, reverbera el principio de la dignidad humana como fundamento de la República Federativa de Brasil y principio que rige el Estado Democrático de Derecho. Sin embargo, las necesidades sociales son infinitas y los recursos públicos son escasos, razón por la cual es imprescindible que, en el contexto de las
políticas asistenciales, sean coherentemente delimitados los papeles del Estado y de la sociedad, enfocados al bien común. El presente estudio, desarrollado dentro de la línea de investigación "Democracia, Ciudadanía y Derechos Fundamentales", aborda el beneficio asistencial previsto en el art.203, V, de la Constitución Brasileña, y disciplinado en la Ley Orgánica de Asistencia Social, Ley 8.742/1993, desde la perspectiva de los costes de los derechos y de los deberes fundamentales. Debe analizarse si los criterios adoptados en la
legislación ordinaria, en relación al concepto de familia y de renta per capita son adecuados para asegurar, de manera justa, el derecho a la percepción de dicho beneficio. Para el desarrollo de este trabajo, el planteamiento al respecto de los costes de los derechos y de los
deberes fundamentales incluye el análisis del principio de la subsidiariedad - que involucra la acción del Estado, de la iniciativa privada y de los ciudadanos – y de la acción del Poder Judicial en la implementación de políticas públicas. Se adoptó una técnica de investigación bibliográfica exploratoria. Como referencial teórico, fueron utilizadas las obras de José Casalta Nabais, en cuanto a los deberes fundamentales, y de Stephen Holmes y Cass Sunstein,
en cuanto a los costes de los derechos. Se percibe, en este trabajo, que el análisis de la repercusión presupuestaria y de los deberes de los actores sociales – familia, sociedad y Estado – en escala de subsidiariedad, no puede ser olvidada cuando se busca implementar la
política pública de concesión del beneficio asistencial de manera eficiente.
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Direito subjetivo ao mínimo existencial: uma análise comparativa entre Brasil e MéxicoGomes, Natascha Alexandrino de Souza 14 March 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-03-14 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O objetivo deste trabalho foi analisar o que se entende por mínimo existencial/mínimo vital no México, partindo-se do referencial brasileiro, uma vez que, no Brasil, a despeito de ainda algumas imprecisões e divergências, seu conteúdo já é razoavelmente delimitado. As poucas alusões ao direito ao mínimo existencial/vital na jurisprudência da Corte Constitucional mexicana relacionam-se a aspectos tributários e fiscais, muito embora a doutrina daquele país possua avanços na abordagem do tema. Destarte, partindo-se do conceito de mínimo existencial formulado pelo jusfilófoso alemão Robert Alexy – qual seja, conjunto de direitos fundamentais sociais mínimos para a garantia de nível elementar de dignidade humana - o trabalho definiu qual é o conteúdo atual do mínimo existencial no Brasil e realizou um paralelo entre este e a realidade mexicana. O estudo também trata de questões centrais e intrinsecamente relacionadas ao tema, tais como a justiciabilidade dos direitos fundamentais sociais, o princípio da dignidade humana, o argumento da reserva do possível e colisões de princípios que abrigam direitos fundamentais. / The objective of this study was to analyze what is meant by existential minimum in Mexico, starting from the Brazilian reference, since, in Brazil, despite still some inaccuracies and differences, its content is already reasonably delimited. The few references to the right to existential minimum level in the Mexican Constitutional Court's jurisprudence relate to tax and fiscal aspects, although the doctrine of that country have advances in approach to the subject. Thus, starting from the minimum existential concept formulated by jusfilófoso Robert Alexy - namely, minimum set of fundamental social rights for the elementary level of assurance of human dignity - the work has defined what the current contents of the existential minimum in Brazil and We conducted a parallel between this and the Mexican reality. The study also addresses key issues and intrinsically related to the theme, such as the justiciability of social rights, the principle of human dignity and collisions principles.
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Controle jurisdicional de políticas públicas e a inserção das pessoas com deficiência no mercado formal de trabalhoJardim, Lícia Bonesi 26 March 2013 (has links)
Submitted by Leticia Alvarenga (leticiaalvarenga@fdv.br) on 2018-09-03T12:22:10Z
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Previous issue date: 2013-03-26 / A presente pesquisa, inserida na linha de pesquisa “Jurisdição constitucional e concretização dos direitos e garantias fundamentais” do Programa de Mestrado em Direitos e Garantias Fundamentais da FDV, analisa as limitações que o Judiciário deve observar ao controlar políticas públicas já implantadas que objetivem a inserção dos deficientes no mercado formal de trabalho. Para a apreciação do problema, utiliza-se o método dialético. O trabalho é dividido em três capítulos. No primeiro, analisa-se a nomenclatura utilizada para tratamento das pessoas com deficiência, o conceito de deficiência, os direitos desses trabalhadores, em especial o direito ao trabalho como forma de inclusão social. Também é feita uma análise da eficácia da política pública de cotas, prevista no art. 93 da Lei 8.213/91, através do sistema de reserva de vagas, focando sobre a questão da qualificação das pessoas com deficiência. No segundo capítulo, analisa-se o controle judicial de políticas públicas, destacando-se o conceito de políticas públicas e os controles que podem ser realizados dos atos da Administração Pública, em especial o judicial, que, diante do cenário brasileiro atual, é necessário para a concretização de direitos, desde que feito com limites; por fim, analisa-se tal controle frente ao art. 2º da CF/88. No terceiro capítulo, discorre-se sobre os limites a que o Judiciário se sujeita ao controlar políticas públicas, em especial a política pública de cotas pelo sistema de reserva de vagas. Para isso, discorre-se sobre o mínimo existencial, pressuposto a essa intervenção, e sobre os limites gerais da razoabilidade e da reserva do possível. Posteriormente, verificam-se quais os limites que o Judiciário deve enfrentar ao realizar eventual controle da política pública de cotas para inserção das pessoas com deficiência no mercado formal de trabalho. Por fim, são apresentadas as conclusões da pesquisa. / The current research, following the research line “Constitutional jurisdiction and the effectiveness of fundamental rights and guarantees” of the FDV Master in Fundamental Rights and Guarantees Program, analyzes the limitations to be observed by the Judiciary branch when it controls public policies already implemented for inserting people with disabilities in the formal market work. For studying such problem was elected as the dialectical methodology. The work is divided into three chapters. In the first, it is made an analyzes of the employed nomenclature for the people with disability, the concept of disability, the rights of such workers, in special the right to work as a kind of social inclusion. Besides it analyzes the effectiveness of the quota public policy fixed in the art. 93 of the Law 8,213/91, through vacancy reserve system, focusing the question of people with disabilities qualification. In the second chapter, it is analyzed the public policies judicial control. For this it is detached the concept of public policies and the types of controls that can be employed over the Public Administration acts, specially the judicial one, which, before the Brazilian current scenario, it is necessary for realizing rights, since some restrictions are observed. Finally, it is analyzed if such control violates the Brazilian Constitution of 1988, art. 2nd. In the third chapter are faced the limitations which the Judiciary must face when controlling public policies, specially the quota ones since the vacancies reserve system. For this, it discusses on the existential minimum, presupposition to the intervention, and on the general limits of reasonability and the reserve of the possible. After such analyses, are verified the limits that the Judiciary must face
in an eventual control over the quota public policy for the inclusion of people with disabilities on the formal work‟s market. At the end, the conclusions of such thematic are presented.
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Direito à moradia: uma antinomia entre a garantia do mínimo existencial e a cláusula da reserva do possível / Housing rights: an antinomy between minimum for the existence and reserve for contingenciesSantos, Sabrina Zamana dos 21 March 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-03-21 / The purpose of this dissertation is to check the opening of social rights in the Brazilian Federal Constitution, such as civil liberties that protect the less advantaged individuals, providing special attention to housing rights. The original Constitution text did not put the housing rights among the social rights. With the enactment of Constitutional Amendment No. 26/2000, the Article 6 of the Constitution was amended, and housing was included among those rights. Part of the doctrine, then, began to question the efficacy and effectiveness of housing rights understanding that, despite being formally constitutional, they are regulated by program standards and therefore can not be immediately required by the citizen. For these authors the housing rights are, necessarily, dependent on a positive activity of the State, which should create programs that are able to make them effective. Because the implementation of social rights require legal and material provisions by the Government, in many cases, it depends on the existence of budget resources, which is usually called reserve for contingencies. In this context, ensuring the minimum for the existence is a logical corollary of the human dignity principle, representing a minimum set of social, economic and cultural factors that may indeed be required from the State. However the Government has the duty to formulate and implement public policies, individuals often face the state inertia in promoting such minimum guarantee, which justifies the possibility of the Judiciary intervention. / O intuito da presente dissertação é verificar a abertura dos direitos sociais na Constituição Federal, como liberdades públicas que tutelam os menos favorecidos, oferecendo destaque especial ao direito à moradia. O texto constitucional originário não trouxe o direito à moradia entre os direitos sociais. Com a promulgação da Emenda Constitucional nº 26/2000 houve a alteração do artigo 6º da Carta Magna, e a moradia foi incluída entre àqueles direitos. Parte da doutrina passou, então, a questionar a eficácia e a efetivação do direito à moradia entendendo que, apesar de ser formalmente constitucional, ele é regulado por normas programáticas e, portanto, não pode ser imediatamente exigido pelo indivíduo. Para esses autores o direito à moradia depende, obrigatoriamente, de uma atividade positiva do Estado, o qual deve criar programas capazes de efetivá-lo. Em razão de os direitos sociais exigirem prestações materiais e jurídicas por parte do Poder Público a sua implementação, em muitos casos, fica condicionada à existência de recursos orçamentários, o que convencionou-se chamar de reserva do possível. Diante desse contexto, a garantia do mínimo existencial exsurge como corolário lógico do princípio da dignidade humana, representando um conjunto mínimo de direitos sociais, econômicos e culturais que podem, efetivamente, ser exigidos do Estado. Não obstante o Poder Público tenha o dever de formular e executar políticas públicas, os indivíduos muitas vezes se deparam com a inércia estatal na promoção dessa garantia mínima, o que justifica a possibilidade de intervenção do Poder Judiciário
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Dever e responsabilidade civil do estado por omissão no atendimento de pretensões fundamentais na área social: quando ignorar a reserva do possível significaria admitir o risco integralCarneiro Neto, Durval January 2017 (has links)
Submitted by Ana Valéria de Jesus Moura (anavaleria_131@hotmail.com) on 2017-03-28T17:48:19Z
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DURVAL CARNEIRO NETO.pdf: 2238516 bytes, checksum: 2e1df4a12a4bec2dda7d24fcb9db6793 (MD5) / A presente tese envolve uma análise crítica acerca do conteúdo dos deveres do Estado na efetivação de direitos sociais, correlacionando o âmbito de proteção das normas constitucionais de direitos fundamentais com os parâmetros jurídicos da sua responsabilidade civil por omissão. Partindo da premissa de que a efetivação de direitos fundamentais demanda o fornecimento de uma série de prestações positivas a cargo do Estado na área social, sob a forma de bens e serviços públicos postos à disposição da coletividade, a pesquisa visa demonstrar que somente se poderá afirmar um direito subjetivo de determinado indivíduo a uma prestação concreta por parte do Poder Público quando, sob as mesmas contingências circunstanciais, for admissível reconhecer que o não fornecimento dessa prestação implicará sacrifício do direito fundamental, com o condão de gerar um direito de reparação por danos materiais e/ou morais sofridos pelo indivíduo e fazendo configurar hipótese de responsabilidade civil do Estado por omissão. Do contrário, uma vez identificada alguma excludente do nexo causal afastando a responsabilidade civil do Estado pelo não fornecimento da prestação concretamente pretendida, significa dizer que a pretensão individual terá esbarrado em limites ou restrições ao direito fundamental. Tanto as pretensões voltadas ao cumprimento dos deveres estatais quanto as direcionadas à reparação por danos decorrentes do seu descumprimento integram a ampla esfera de proteção dos direitos fundamentais, havendo entre elas uma relação de grau, daí porque refutar incondicionalmente a reserva do possível em matéria de deveres estatais significaria acolher o risco integral quanto à responsabilidade civil por omissão. Isto posto, a tese busca alinhar a dogmática da efetividade dos direitos fundamentais com a dogmática da responsabilidade civil do Estado, proclamando que se leve a sério o princípio da reserva do possível na apuração do conteúdo dos direitos subjetivos públicos, sob pena de se admitir que o Estado figure como um segurador universal.
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A judicialização de políticas públicas de saúde referentes ao fornecimento de medicamentos de alto custo e a reserva do possívelSouza Júnior, Gerson Almeida Gusmão 07 April 2015 (has links)
Submitted by Jean Vagner Silva de Oliveira (jean.oliveira@ucsal.br) on 2016-09-14T19:58:56Z
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Previous issue date: 2015-04-07 / A presente dissertação tem como objetivo analisar a problemática que envolve as necessidades de equilíbrio financeiro da nação e de obrigação de cumprimento das normas legais por parte dos poderes instituídos, em contraposição às necessidades particulares dos cidadãos, especificamente relacionadas à área da saúde e ao fornecimento gratuito de medicamentos de alto custo, o que coloca em linha de choque as teorias do mínimo existencial e a da reserva do possível. Para tanto, partiu-se da ideia geral do pacto social que criou os estados e da evolução dos direitos sociais em âmbito universal, notadamente influenciada pelas Revoluções Francesa e Norte Americana, a partir das quais as relações entre governantes e governados transformaram-se, passando os cidadãos a exigirem posturas cada vez mais atuantes dos governos, com atenção especial para a evolução do assunto nas nossas Constituições. Atentou-se ainda para o sistema de repartição dos poderes e para a aparente superioridade do Judiciário em relação aos demais, sendo este o Poder ao qual o cidadão recorre em caso de que o Executivo não atenda às suas necessidades. / This thesis aims to analyze the problems involved in the needs of the nation's financial stability and legal obligation to comply with these standards by the powers that be, as opposed to the particular needs of citizens, specifically relating to health and the free supply of high-cost drugs, which puts in the shock line theories ande xistential minimum booking as possible. So, we started from the general idea of the social pact that created the states and the evolution of social rights in a universal context, notably influenced by the North American and French revolutions, from which the relations between rulers and ruled have become, passing citizens to demand increasingly active postures of governments, with special attention to the evolution of matter in our Constitutions. Still paida ttention to the system of division of powers and the apparent superiority of the judiciary in relation to the other, which is the branch of power to which the citizen recourse in the event that the Administration does not meet your needs.
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A posição jurídica dos usuários e os aspectos econômicos dos serviços públicos / The legal position of the users and the economic aspects of the public utility servicesPereira, Cesar Augusto Guimarães 30 November 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005-11-30 / This work is based on a certain conception of users of public services, defined
here as participants in a specific legal relationship binding them to the service
provider. This idea stems from the Celso Antonio Bandeira de Mello's proposition of
2002 that public utility services are only those apt to be used individually by specific
users.
Chapter 2 examines the legal system and deepens the theoretical
consequences of this proposition. It compares the user to similar individual positions.
Chapter 3 is dedicated to the legal situation of the user vis-a-vis the service provider.
They are linked by a predominately statutory bound that allows however certain
spaces of freedom to be filled by consensus. This is an important condition for
Chapter 4, which analyzes the relationship between consumer law - under the
Consumer Protection Code - and the public utility services. It intends to clear certain
mistakes by identifying boundaries and grounds for the limited application of
consumer law. These three chapters form the part of the work dedicated to the legal
position of the user.
The following chapters deal with certain economic aspects of the service and
their implications. Chapter 5 examines the creation of utility services as linked to the
coming-of-life of constitutional fundamental rights and values. It examines the
economic constraints to the provision of services. It establishes the rights of
(hypothetical or potential) users with regard to the creation and organization of utility
services. This is a supply-based analysis. Chapter 6 proposes a demand-oriented
approach: it examines the position of the users and the remuneration of utility
services (by taxes or user fees). The work reviews deeply entrenched opinions and
proposes pragmatic and flexible criteria for the creation of user fees unlike those
applicable under tax regulations.
By proposing that the user should be placed in the center of any analysis of
public utility services, this dissertation aims at abandoning a view of mere protection
of the user and enhances the idea of individual responsibility. The first step towards
that goal is to acknowledge that the service is provided always to a certain specific
user. This person is entitled to individual rights and can claim his satisfaction. It
proposes that the user be seen as a citizen, not a subject. He should not be guarded,
but entitled and encouraged to exercise individually or collectively his rights with
regard to public utility services / O estudo baseia-se na caracterização do usuário do serviço público como participante de uma relação jurídica concreta que o liga ao prestador. A idéia deriva da restrição do conceito de serviço público às utilidades fruíveis singularmente pelos usuários, proposta por Celso Antônio Bandeira de Mello em 2002.
O Capítulo 2 examina o direito positivo e aprofunda as conseqüências teóricas dessa redução, comparando o usuário com figuras próximas. O Capítulo 3 é dedicado ao exame da situação jurídica do usuário em face do prestador do serviço. Conclui-se pela existência de um vínculo predominantemente estatutário, embora com espaços de liberdade para preenchimento consensual.
Essa constatação é importante como pressuposto para o Capítulo 4, no qual se analisam os termos em que o direito do consumidor tal como veiculado pelo CDC pode ser aplicado ao serviço público. Pretende-se desfazer equívocos, identificando os limites e fundamentos dessa aplicação. Esses três capítulos compõem a parte do estudo dedicada à posição jurídica do usuário.
Os capítulos seguintes relacionam-se com os aspectos econômicos do serviço e suas relações com essa posição jurídica. O Capítulo 5 examina as condições para a criação dos serviços públicos, a partir de sua vinculação à realização dos direitos fundamentais e demais valores constitucionais. Analisa-se a chamada reserva econômica do possível e se estabelecem os direitos dos usuários (hipotéticos ou potenciais) em face da criação e organização do serviço. Faz-se aí a análise de aspectos econômicos do serviço sob o prisma da oferta. O Capítulo 6 tem um enfoque de demanda: examina-se a posição do usuário frente à remuneração do serviço (taxa ou tarifa). São revistas posições consolidadas sobre o tema, propondo-se critérios pragmáticos e flexíveis para a instituição de tarifas, apartados dos critérios próprios do regime tributário.
Ao defender-se que o usuário deve ser posto no centro da análise do serviço público, busca-se abandonar uma visão de tutela do usuário e reforçar a idéia de sua responsabilidade individual. O primeiro passo para esse objetivo é reconhecer que o serviço é prestado sempre em favor de um usuário determinado, que detém direitos subjetivos e pode reclamar sua satisfação. Pretende-se que o usuário seja cidadão, não súdito; que não seja tutelado, mas que tenha condições formais e materiais para exercer individual ou coletivamente seus direitos subjetivos em relação ao serviço público
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O controle judicial e o papel das funções essenciais à Justiça para a efetivação das políticas públicas / The judicial control and the role of the Justice s essential activities for the effectiveness of public policiesMurda, Paula Fernanda Vasconcelos Navarro 15 May 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-05-15 / The present dissertation is about the judicial control and the role of the Justice s
essential activities for the effectiveness of public policies and the role of the other
institutions considered essential for the effectiveness of Justice. This work has as
starting point an overview on the State functions and the criteria used to distinguish
one from each other. Following this, an analysis over the concepts and
characteristics surrounding the notion on public policies is carried on, among which
special emphasis is given to the State s commisive and ommisive programs, stability,
the possibility of judicial control, the teleological element and the conditions regarding
the existence of public policies, that are the political decisions, the creation of laws
and the execution of technical acts. In the sequence, the judicial control over public
policies is analyzed, starting from the analysis of the grounds under which the judicial
control is authorized, and over the acts of the other Powers, until the constitutional
basis for the control over public policies. The assessment procedural study proposed
by Robert Alexy, as well as the analysis of some of the guiding constitutional
principles of judicial decisions are carried on. Following this, the author studies the
favorable and non-favorable arguments regarding the judicial intervention over public
policies and the required compatibility between the arguments, among which the
highest effectiveness of constitutional rules, the minimal existentialism, the theory of
happiness, the theory of regression blockage, the possible reservation and budget
issues. In terms of instruments for the effectiveness of public policies, the
constitutional control, the legislative omission and the control over administrative acts
are assessed. The comprehension of illegal removal powers for the effectiveness of
public policies is carried out pursuant to the analysis of judicial measures of coercion,
among which mandatory rulings demanding actions, the sanctioning of daily
penalties, federal or state intervention and the liability of the public agents. The
alternative methods for conflict s resolution are examined. Finally, an analysis over
the role of the other essential judicial activities for the effectiveness of public policies
is carried on. The author assesses the activities of the Public Prosecutor Office on
the control over the budget implementation, as well as the available tools given for
that, among which the public civil lawsuit (class action), the civil investigation, the
term of adjustment of conduct and the ministry recommendation. The role of the
Public Defense Office is analyzed under the standpoint of the required structuring of
the career in all Federative States, as well as under the protection of the interests of
careless individuals, not only in Courts, but also through a global legal orientation. On
the role of the Public Advocacy, the assessment of the public attorneys behavior in
taking care of such procedures, the functional independence and the orientation from
the federative body for the collaboration for the effectiveness of public policies is
carried on / A presente dissertação trata do controle judicial das políticas públicas e do papel das
demais instituições essenciais à justiça para sua efetivação. Para tanto, parte-se da
abordagem da divisão das funções estatais e dos critérios para sua distinção. A
seguir, analisam-se os conceitos e as características das políticas públicas. Dentre
estas últimas destacam-se os programas comissivos ou omissivos do Estado, a
noção de estabilidade, a possibilidade de controle judicial, o elemento teleológico e
as condicionantes de existência das políticas públicas, que são a deliberação
política, a atividade normativa e os atos de execução com conhecimento técnico.
Após, examina-se o controle judicial das políticas públicas, inicialmente pelos
fundamentos que autorizam o controle judicial sobre os atos dos demais Poderes,
até o fundamento constitucional para o controle das políticas públicas. É realizado o
estudo do procedimento de ponderação proposto por Robert Alexy, bem como a
análise de alguns princípios constitucionais como norteadores das decisões judiciais.
Após, passa-se ao estudo dos argumentos favoráveis e contrários à intervenção
judicial nas políticas públicas e da necessária compatibilização dos argumentos,
dentre eles a máxima efetividade das normas constitucionais, o mínimo existencial, a
teoria da felicidade, a teoria da vedação do retrocesso, a reserva do possível e as
questões orçamentárias. Em termos de instrumentos para a efetividade das políticas
públicas, abordam-se o controle da constitucionalidade, da omissão legislativa e o
controle dos atos administrativos. A compreensão das tutelas de remoção de ilícito
para a efetividade das políticas públicas é feita mediante a análise das medidas
judiciais de coerção, dentre elas a condenação em obrigação de fazer, a aplicação
de multa diária, a intervenção federal ou estadual e a responsabilização do agente
público. Examinam-se os métodos alternativos de solução de conflitos. Por fim,
aborda-se o papel das demais funções essenciais à justiça para a efetivação das
políticas públicas. É feita a análise da atividade do Ministério Público como
controlador da implementação do orçamento, bem como dos instrumentos colocados
à sua disposição, dentre eles a ação civil pública, o inquérito civil, o termo de
ajustamento de conduta e a recomendação ministerial. O papel da Defensoria
Pública passa pela necessária estruturação da carreira em todos os Estados da
federação, bem como pela defesa dos interesses das pessoas carentes, não apenas
no âmbito judicial, mas por meio de uma orientação jurídica global. Sobre a atuação
da Advocacia Pública traz-se a verificação da postura dos advogados públicos na
condução dos processos, a independência funcional e a forma de orientação do ente
federativo para colaboração com a efetivação das políticas públicas
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