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Para além do sufragismo : a contribuição de Júlia Lopes de Almeida à história do feminismo no Brasil (1892-1934) /Costruba, Deivid Aparecido. January 2017 (has links)
Orientadora: Zélia Lopes da Silva / Banca: Tânia Regina de Luca / Banca: Lídia Maria Vianna Possas / Banca: Roseli Terezinha Boschilia / Banca: Priscila David / Resumo: O objetivo desta pesquisa é analisar a trajetória feminista de Júlia Lopes de Almeida no complexo cenário de luta pela emancipação da mulher, na virada do século XIX até o início da década de 1930. A escritora, não raro, foi caracterizada pela cordialidade e afabilidade de suas posturas, ao julgar pela sua atitude de não confronto ao status quo. Por pertencer a um grupo de mulheres letradas e ricas, na condição de filhas, esposas, mães de homens poderosos, que integravam altas esferas políticas, conquistou crescente aceitação e reconhecimento social, ensejo dedicado a alargar e tencionar os limites do feminino, radicalizando seu pensamento e atitudes de maneira progressiva. A trajetória de manifestações dessas mulheres de elite, entretanto, originou-se na década de 1830. No decorrer de tal século, de ações isoladas de diferentes protagonistas ou grupo de mulheres que reivindicaram o direito à instrução e ao trabalho, passou-se no século seguinte à criação de instituições que acarretaram, em meio a ações de um novo tipo de filantropia a um incipiente e organizado movimento feminista. Este contou com a liderança de figuras que marcaram a cena política e cultural do país. Neste cenário de luta pela independência, pelo trabalho, pelo divórcio e pelo sufrágio feminino, pode-se destacar a escritora Júlia Lopes de Almeida (1862-1934), que fazia parte de um grupo que se empenhou pelo ―progresso‖ da mulher brasileira. Cabe destacar, que outra vertente do movimento contava com mulheres... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: The objective of this research is to analyze the feminist trajectory of Júlia Lopes de Almeida in the complex scenario of the struggle for the emancipation of women, in the turn of the nineteenth century until the beginning of the 1930s. The writer was often characterized by the cordiality and affability of their positions, judging by their attitude of non-confrontation with the status quo. Because they belonged to a group of literate and wealthy women, as daughters, wives, mothers of powerful men, who integrated high political spheres, they gained increasing acceptance and social recognition, an opportunity dedicated to extending and intending the limits of the feminine, radicalizing their thinking and attitudes in a progressive way. The trajectory of manifestations of these elite women, however, originated in the 1830s. In the course of that century, of isolated actions of different protagonists or group of women who demanded the right to education and to work, it happened in the century following the creation of institutions that entailed, in the midst of actions of a new type of philanthropy in which they were involved, in an incipient and organized feminist movement. This one counted on the leadership of figures who marked the political and cultural scene of the country. In this scenario of struggle for independence, work, divorce and female suffrage, we can highlight the writer Júlia Lopes de Almeida (1862-1934), who was part of a group that worked for the "progress" of... (Complete abstract click electronic access below) / Doutor
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O reconhecimento da diferença como garantia da igualdade para afirmação do direito e da identidade da mulherSousa, Eliane Ferreira de 17 March 2016 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, Programa de Pós-Graduação em Direito, 2016. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-05-18T18:26:16Z
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2016_ElianeFerreiradeSousa_Parcial.pdf: 1909936 bytes, checksum: c9a6e66f00af6663397129aaedef976c (MD5) / Esta tese busca investigar os mecanismos de poder que colocam a igualdade como a antítese da diferença, bem como reconhecer que o contrário da igualdade não é a diferença, mas a desigualdade, que afirma direitos iguais. Parte-se do pressuposto de que o direito à diferença é o verdadeiro sentido da igualdade. Para tanto, reflete-se sobre o processo de auto aprendizado das mulheres ao longo da luta feminista em que historicamente se engajaram pela afirmação de direitos, o qual passa a ser visto como passível de uma abordagem recorrentemente mais complexa, crítica e plural com vistas à construção identitária pelo reconhecimento das diferenças. Nesse sentido, é de todo pertinente pensar como uma perspectiva crítica contribui para o delineamento das bases atuais de discussão acerca da identidade feminina e para a transformação de possíveis enganos de agenda em conquistas evolutivas ou aquisições cognitivas, bem como pensar uma teoria política e crítica que promova o engajamento e o fortalecimento das mulheres. Indaga-se sobre as supostas conquistas institucionais das mulheres na luta por direitos nos paradigmas jurídicos (liberal, social e democrático), no sentido de compreender a dicotomia igualdade / diferença. Como consequência, levanta-se uma discussão em torno de como o reconhecimento do direito à igualdade como diferença abre um caminho para se pensar a igualdade voltada para o direito das minorias e para o tipo de reconhecimento que lhe é próprio, ou seja, da sua diferença, do seu modo de ser, da sua identidade. O tema aqui investigado leva à análise de propostas interpretativas e de racionalidades comunicativas que discutem, em uma perspectiva jurídico-discursiva atrelada ao contexto da pós-modernidade e da sociedade em rede, os mecanismos institucionais de avanço da igualdade de direitos para as mulheres, como no caso de julgados pelo Supremo Tribunal Federal brasileiro, e o que se aprende racional e cognitivamente, a partir dos seus construtos teórico-metodológicos, sobre a identidade da mulher na relação igualdade / diferença. / This thesis seeks to investigate the mechanisms of power that place equality as the antithesis of difference, and to recognize that the opposite of equality is not difference but inequality, which affirms equal rights. The thesis assumes that the right to being different is the true meaning of equality. Therefore, it reflects on the process of women’s learning of oneself throughout the feminist struggle in which, historically, women have engaged in affirming their rights, which is seen now as an amenable approach recurrently more complex, critical and plural in relation to the construction of identity through the recognition of differences. In this sense, it is more than pertinent to consider how a critical perspective contributed to forming the current bases of discussion regarding women’s identity and to transforming possible misconceptions in evolutionary achievements or cognitive acquisitions, as well as to consider a political and critical theory that promotes the engagement and strengthening of women. It questions the supposed institutional achievements of women in this struggle for rights in legal paradigms (liberal, social and democratic) to understand the dichotomy equality/difference. Consequently, it raises discussion on how the recognition of the right to equality as difference opens a way to thinking about equality geared toward minority rights and to the type of recognition it deserves, that is, of one’s difference, way of being, or identity. The theme investigated leads to the analysis of interpretive proposals and communicative rationalities that argue, from a legal-discursive perspective, connected to the context of post-modernity and the networked society, the institutional mechanisms of the advancement of the equality of rights for women, as in the cases tried by the Brazilian Supreme Court, and what we learn rationally and cognitively from their theoretical-methodological constructs regarding the identity of women in relation to equality/difference.
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A construção da verdadeira religiosa no século XIII : o caso de Clara de AssisSilva, Valéria Fernandes da 31 October 2008 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Departamento de História, 2008. / Submitted by Fernanda Weschenfelder (nandaweschenfelder@gmail.com) on 2009-09-23T19:46:03Z
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Previous issue date: 2008 / Este estudo tem como objetivo pensar a construção de um modelo de religiosa ideal no século XIII a partir do caso das Clarissas, o ramo feminino da Ordem Franciscana. A partir dos indícios presentes nos discursos de época e da historiografia sobre a vida religiosa feminina e os movimentos ligados a chamada vita vera apotolica, discutimos a partir do referencial
teórico dos estudos feministas como se deu a criação dos gêneros no século XIII. Esta nova configuração, pressionada pelos poderes eclesiásticos e por discursos misóginos,
estabeleceu a separação da vida religiosa feminina e masculina, agora hierarquizadas e
norteadas por valores diferentes que representaram uma eliminação da multiplicidade de arranjos possíveis dentro da vida religiosa medieval e a limitação do exercício da espiritualidade feminina com a imposição da clausura. Assim, a diversidade é apagada e se instalam no imaginário social representações do feminino pensadas a partir da limitação, da falta e da inferioridade. Ao criar a “religiosa ideal”, enclausurada, silenciosa e submissa, o que se está configurando é a “verdadeira mulher”, singular, marcada pelo seu sexo biológico. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT / This study intend to think about the construction of a model of ideal female religious in the thirteenth century taking the case of the Poor Clares, the women's branch of the Franciscan Order. From the traces in the sources of the period and the historiography on the female religious life and the so called vita vera apotolica movements, we discussed the creation of gender roles a in the thirteenth century using the theoretical framework of feminist studies. This new configuration was pressured by the Catholic Church and misogynist discourses that created and established the separation of the female religious life from the male one, based on
hierarchy and guided by different values which represented an elimination of the multiple arrangements within the medieval religious life and restricting the exercise of women’s spirituality with the imposition of enclosurement. Thus, the diversity was erased and social representations of women based on the limitation, the lack and the inferiority were set in the social imaginary. Creating the "ideal female religious", enclosed, silent and submissive, what was in construction was the "real women", in the singular, and determined by her biological sex.
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Mulheres em movimento mudam o mundo : educativo NA/DA marcha mundial das mulheresGil, Vanessa Nesbada da Silva January 2015 (has links)
Esta dissertação investiga o educativo na Marcha Mundial de Mulheres, partindo da premissa de que os movimentos sociais populares são também espaços de educação. A opção pelo materialismo histórico dialético, como método, não é nada fácil no atual momento histórico. Isso porque este método exige uma rigorosa análise das múltiplas determinações que atravessam a sociedade de classes, mormente a atual. Assim, buscar condicionamentos e rupturas torna-se difícil num mundo acadêmico que busca fatiar o conhecimento e negar a possibilidade de captar a totalidade do real. Foram adotadas como metodologia: a observação participante, a pesquisa bibliográfica em materiais impressos e a análise de instrumentos audiovisuais. Análises de entrevistas semi-estruturadas também se fizeram necessárias. Como referência teórica fundamental trabalhou-se com os conceitos de anúncio e denúncia, de Paulo Freire, permitindo concluir, com isso, que a Marcha Mundial das Mulheres educa suas militantes em todos os aspectos da vida, além de alfabetizá-las politicamente para intervenção no mundo, incluindo os espaços públicos e privados. E com este movimento de anúncio e denúncia, proposto por Freire, observa-se que é possível construir o inédito viável, ou, mais propriamente, uma utopia realizável. / This dissertation investigates the educational at the World March of Women, on the premise that popular social movements are also educational spaces. The choice of dialectical historical materialism as a method, it is not easy in the current historical moment. That's because this method requires a rigorous analysis of multiple determinations that cross class society, especially the current one. So look for conditions and disruptions becomes difficult in academia that seeks slice knowledge and deny the possibility of grasping the totality of reality. They were adopted as methodology: participant observation, the literature in printed materials and analysis of audiovisual instruments. Analysis of semi-structured interviews also were required. As a fundamental theoretical reference work was done with advertising concepts and denunciation of Paulo Freire, allowing to conclude, therefore, that the World March of Women educates its militants in all aspects of life, as well as literate them politically for intervention world, including public and private spaces. And with this announcement motion and complaint, proposed by Freire, it is observed that it is possible to build viable unpublished, or, more properly, an achievable utopia.
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Resistência Cor-de-rosa-choque militância feminina no Recife, nos anos 1960Bandeira, Andréa January 2012 (has links)
207f. / Submitted by Oliveira Santos Dilzaná (dilznana@yahoo.com.br) on 2013-10-10T18:33:03Z
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Tese Final Andréa Bandeira.pdf: 4984354 bytes, checksum: b0303cc05e91e2a5b141209647f3dab4 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-10-29T19:16:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Tese Final Andréa Bandeira.pdf: 4984354 bytes, checksum: b0303cc05e91e2a5b141209647f3dab4 (MD5) / Resistência cor-de-rosa-choque narra a experiência de mulheres nos movimentos de contraposição ao padrão sócio-político-econômico-cultural de uma época, em que o pensamento corrente conduzia à luta desarmada da “consciência de classe”. Essa consciência de classe podia ser pensada nesses termos por causa do uso vulgar da expressão, observados, inclusive, nos noticiários impressos, à época, bem como, pela proximidade do debate político, largamente, apresentado nos diversos veículos de comunicação de massas, em que preponderava a difusão radiofônica. Ainda que o termo “classe” tivesse o significado de pertencimento a um lugar social e uma necessidade de ser sujeito de ação, interferindo nesse lugar, numa conquista de vida, esse discernimento possibilitou a integração no espaço público e um tipo de “empoderamento” de si, no sentido de ocupar espaços de “poder”, dentro da ideia foucaultiana de “teia de poder”, pelas mulheres, colocando-as na vanguarda dos movimentos sociais. Esta tese trata sobre essa participação significativa do feminino na resistência ao regime imposto, não motivado, ainda, pelos discursos de Gênero, que se afirmou, uma década depois, nos anos 1970, resultado do avanço do Movimento Feminista no país, mas fundamentada num entendimento mais amplo de luta de classes, corrente no período em tela. Essas mulheres são militantes e/ou simpatizantes, que atuaram nas organizações de esquerda, no Recife, nos anos iniciais da década de 1960. Esta narrativa se formatou observando a necessidade de deslizar sobre o passado dessas mulheres, para situá-las no presente histórico, do corte, e notar suas aspirações, como projetos individuais e coletivos, no qual se inseriram e fizeram suas próprias memórias, fonte principal com que se escreveu esta história. Resistência cor-de-rosa-choque is about the experience of women in opposition movements to the dominant social-economic-political-cultural standard of a specific time, in which the mainstream led to the unarmed struggle of the “class consciousness”. That consciousness could be thought in these terms due to the popular use of this expression taking into account the newspapers of the time and the proximity of the political debate that used to be presented in many vehicles of mass communication, especially on the radio broadcast. Although the term "class" had the meaning of belonging to a social place and the need of the subject of action to interfere in this place, an achievement of life, this insight enabled the integration in the public space and a kind of "empowerment" of it, in order to occupy spaces of "power" within the Foucaultian idea of "web of power" by the women, placing them at the forefront of social movements. It’s about the significant participation of women in the resistance of the imposed regime, not yet influenced by gender discourses that a result of advancing the feminist movement in the country was affirmed, a decade later, in 1970, but based in a broader understanding of class struggle, during the analyzed period. These women are members and/or sympathizers who worked in the leftist organizations in Recife, in the early years of the decade of 1960. And this narrative took into account the need to understand the past of these women, to situate them in the historical present, and to note their aspirations, as individual and collective projects, in which they were inserted and had made their own memories, primary source through which this essay was written. / Salvador
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O discurso feminista criminalizante no Brasil :Campos, Carmen Hein de January 1998 (has links)
Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Jurídicas. / Made available in DSpace on 2012-10-17T08:15:18Z (GMT). No. of bitstreams: 0Bitstream added on 2016-01-09T00:05:54Z : No. of bitstreams: 1
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Mulheres rosianas /Neitzel, Adair de Aguiar January 1998 (has links)
Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. / Made available in DSpace on 2012-10-17T09:14:56Z (GMT). No. of bitstreams: 0Bitstream added on 2016-01-09T01:01:07Z : No. of bitstreams: 1
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Dizeres e fazeres feministasWoitowicz, Karina Janz 25 October 2012 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T02:54:03Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / Historicamente, as lutas das mulheres pela igualdade de gênero se delinearam a partir de embates políticos com diferentes campos de saber/poder e também por meio de batalhas discursivas. Nesta disputa simbólica, a mídia produzida pelo movimento feminista ocupa um relevante papel, na medida em que participa do processo de construção de discursos contra-hegemônicos e de identidades de resistência. Com base no potencial da mídia - aqui entendida como alternativa - na articulação e visibilidade dos direitos das mulheres, a presente pesquisa busca discutir as estratégias de tematização dos direitos reprodutivos no movimento feminista brasileiro, desvendando variados modos de dizer e fazer feminismo através da comunicação.
A pesquisa, que tem como referenciais teóricos os estudos de gênero e os estudos culturais, contempla aspectos históricos e atuais sobre o movimento feminista brasileiro e ainda uma aproximação com o feminismo e a comunicação alternativa no Chile, que constitui um contraponto para as questões observadas. Como recorte temático, são enfocadas as lutas pelos direitos reprodutivos e as estratégias de comunicação que integram as ações políticas do movimento.
Para a realização da pesquisa, foram selecionadas oito organizações identificadas como feministas, com atuação no campo dos direitos reprodutivos: Transas do Corpo, SOS Corpo, CEMINA, ECOS - Comunicação em Sexualidade, CFEMEA - Centro Feminista de Estudos e Assessoria, Católicas pelo Direito de Decidir, Comissão de Cidadania e Reprodução e Rede Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos. O corpus da pesquisa compreende a produção de mídia recente das organizações elencadas, totalizando 42 materiais (4 impressos periódicos, 9 impressos educativos, 6 impressos de divulgação, 7 produções sonoras, 7 produções audiovisuais e 9 espaços on-line), que foram analisados a partir dos seus aspectos técnicos, temáticos e editoriais.
Com base em uma abordagem interdisciplinar, a questão central da pesquisa está focada nos modos como a produção de mídia alternativa materializa as 'referências identitárias' que norteiam as ações das organizações feministas, em suas lutas contra-hegemônicas. Neste sentido, indica-se a necessidade de pensar a comunicação como espaço estratégico de ação política, reconhecendo que a mídia alternativa feminista ajuda a redescobrir formas de resistência e, conseqüentemente, a fortalecer as lutas pela igualdade de gênero, que passam pela efetivação dos direitos reprodutivos.
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Falar de si, falar de nósJacomel, Gabriel Felipe January 2011 (has links)
Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História, Florianópolis, 2011 / Made available in DSpace on 2012-10-25T15:19:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1
289797.pdf: 927544 bytes, checksum: 76686aea5fa7b983a7b78d34774864d9 (MD5) / As décadas de ditadura militar no Brasil (1964-1985) e no Chile (1973-1990) foram palco para intensas mudanças políticas cuja abrangência alcançou a vida de um expressivo número de pessoas. Além da pesada especificidade ditatorial, esses países mencionados também lidavam, à época, com uma lógica dual de sociedade internacional, em que EUA ("capitalista") e URSS ("comunista") continuavam a lutar pela hegemonia global no contexto pós-II Guerra Mundial. Disputa (inter)planetária que, em contrapartida, se tornou cenário para a emergência de uma série de movimentos sociais - organizados no intuito de reivindicar direitos em prol de determinado grupo, resistir perante atrocidades cometidas pelo aparato estatal, propor novas estéticas artísticas, etc. Em meio a essa multiplicidade de grupos e propostas, os movimentos feministas, a partir da segunda metade do século XX, voltaram a se expandir e a se articular de maneira bem estruturada em muitos países, numa nova onda que ficou conhecida como Segunda Onda dos movimentos feministas. Agrupações formadas, em sua grande maioria, por mulheres que passaram a se utilizar das diversas mídias possibilitadas pela sociedade contemporânea, para propagandear as discussões feministas em voga. Dentre essas mídias, o teatro passou a ser uma poderosa ferramenta para o ativismo desses grupos. Esta dissertação consiste no estudo das práticas teatrais feministas em meio às realidades ditatoriais de dois países pertencentes à América Latina: Brasil e Chile - países que, a partir da chamada Segunda Onda dos Feminismos, foram palco para uma intensa transformação do "ser mulher".
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História de uma boa feministaZomer, Lorena January 2011 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História, Florianópolis, 2011 / Made available in DSpace on 2012-10-26T03:59:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1
298652.pdf: 990293 bytes, checksum: cbfd7b8e584a2e090071c4e2ccdaa99b (MD5) / A trajetória intelectual da funcionária pública e escritora Leonor Castellano (1899-1969) é o fio condutor deste trabalho, que procura investigar os espaços de atuação das intelectuais do sexo feminino em Curitiba (Paraná) entre as décadas de 20 e 60 do século XX. Os debates sobre os temas das identidades "brasileira" e "paranaense" são fios condutores deste trabalho e aparecem fortemente na atuação de Castellano como intelectual entre 1924 (ano em que publica seu primeiro artigo conhecido) e 1969 (ano em que encerra sua atuação). A atuação de Castellano nos círculos intelectuais curitibanos (como o Centro de Letras do Paraná e o Centro Paranaense Feminino de Cultura) é estudada de perto, bem como sua colaboração com publicações. Temas como o "feminismo", a puericultura, a ideia de identidade (nacional e estadual) e os papéis designados às mulheres são discutidos através dos textos de Castellano, sobretudo as homenagens publicadas por ela. Outras fontes utilizadas na dissertação são os relatórios e revistas publicadas pelos centros literários, além de livros de atas, de contabilidade e outros, os quais nos permitem compreender as diversas áreas de atuação de Castellano. Através da trajetória desta intelectual e de seu papel de liderança nos Centros literários de Curitiba, este trabalho procurou explorar também os espaços de atuação pública das mulheres letradas e de elite no Paraná no período estudado. / The intellectual trajectory of public employee and writer Leonor Castellano (1899-1969) is the thread of this work, which aims to investigate the spaces of actuation of female intellectuals in Curitiba (Paraná) between the decades of 20 and 60 of the 20th Century. The discussions about the topics of "brazilian" and "paranaense" identities are threads of this work and appear strongly by the actions of Castellano as intellectual between 1924 (the year in which she published her first known article) and 1969 (the year she finishes her activities). The Castellano#s performance in intellectual curitibanos circles (such as the Center of Letters of Paraná and the Paranaense Female Culture Center) is studied closely, as well as its collaboration with publications. Themes such as "feminism", the child care, the idea of identity (national and state) and the roles assigned to women are discussed through the texts of Castellano, especially the tributes published by her. Other sources used in dissertation are the reports and journals published by literary centers, in addition to books of minutes, accounting and others, which allow us to understand the different areas of expertise in Castellano. Through the trajectory of this intellectual and of her leadership role in literary Centers of Curitiba, this study sought to explore also the spaces of public activity of literate and elite women in Paraná during the studied period.
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