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Prevalência do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) em uma População de Crianças e Adolescentes Índias da Etnia Karajá. / Prevalence of the disorder attention-deficit Hyperactivity disorder (ADHD) in a Population of Children and Adolescents of ethnic Karajá Indies.AZEVÊDO, Paulo Verlaine Borges e 04 February 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2014-07-29T15:29:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Dissertacao Paulo Verlaine.pdf: 2471983 bytes, checksum: 2b5b94d2bdbc742306bf943ccad71d80 (MD5)
Previous issue date: 2009-02-04 / Few studies have been carried out worldwide about ADHD among
indigenous children and no study has been conducted in Brazil so far. This study
aims to evaluate the estimated prevalence of ADHD among the indigenous
populations of Karajá children and adolescents aged 7 to 14 years old. Three of
the largest settlements pertaining to this ethnic group were investigated and a
sample of 144 subjects of a total population of 350 individuals was collected.
The sample was randomly collected and stratified according to the age bands
and gender (male and female) proportionally to the size of each participating
settlement.
Both the CBCL/6-18 (Child Behavior Checklist for ages 6 18) and the
TRF (Teacher s Report Form 6-18) were used as instruments of epidemiological
tracking of behavioral and emotional problems. Of these instruments, the data
used were those compatible with the DSM-IV and ADHD diagnoses as well as
Affective Disorder, Anxiety Disorders, Oppositional Defiant Disorders and
Conduct Disorders comorbidities.
The results indicate a prevalence of 10.4% (95% CI 6.6 14.2) when the
respondents are either the parents or the guardians and 2.8% (95% CI 0.7
4.8) when the respondents are the teachers. Of the 144 interviewed participants,
30 had ADHD and comorbidities were 86.7% (95% CI 74.5 98.8) for conduct
disorders, 86.7% (95% CI 74.5 98.8) for oppositional defiant disorders, 83.3%
Abstract xxviii
(95% CI 70.0 96.7) for anxiety disorders and 60% (95% CI 42.5 77.5) for
affective disorders. ADHD is then concluded to exist in a population so culturally
diverse from that of the east white and to have a high prevalence rate and the
comorbidities routinely found in all populations of children from a number of
diverse cultures around the globe. / Poucos estudos foram realizados no mundo sobre o TDAH em crianças
indígenas, e nenhum no Brasil, até o momento. O objetivo deste estudo é
avaliar a prevalência estimada do TDAH na população de crianças e
adolescentes índias Karajá, na faixa etária dos 07 aos 14 anos de idade. Três
das maiores aldeias dessa etnia foram investigadas, tendo-se colhido de uma
população total de 350 indivíduos na faixa de estudo uma amostra de 144
sujeitos. A amostra foi colhida de forma aleatória, com estratificação conforme
as faixas etárias e o sexo (feminino e masculino), proporcionalmente ao
tamanho de cada aldeia participante. Foram empregados os instrumentos de
rastreamento epidemiológico de problemas comportamentais e emocionais
CBCL/6-18 (Inventário de Comportamentos para Crianças e Adolescentes de 6
a 18 anos) e TRF (Inventário de Comportamentos Referidos pelo Professor
para Alunos de 6 a 18 anos). Desses instrumentos utilizaram-se os dados
compatíveis com os diagnósticos pelo DSM-IV do TDAH, bem como para os
Transtornos Afetivos, Transtornos de Ansiedade, Transtorno Opositor
Desafiante e o Transtorno de Conduta. Os resultados obtidos indicam uma
prevalência de 10,4% (IC 95% 6,6 14,2) quando os respondentes são os pais
ou responsáveis e de 2,8% (IC 95% 0,7 4,8) quando os respondentes são os
professores. Dos 144 entrevistados, 30 eram portadores do TDAH, e as
Resumo xxvi
comorbidades foram de 86,7% (IC 95% 74,5 98,8) com transtorno de conduta,
86,7% (IC 95% 74,5 98,8) com transtorno opositor desafiante, 83,3% (IC 95%
70,0 96,7) com transtornos de ansiedade e 60% (IC 95% 42,5 77,5) com
transtornos afetivos. Conclui-se que o TDAH existe numa população
culturalmente tão diversa da branca ocidental, bem como com uma alta taxa de
prevalência, com as comorbidades habitualmente encontradas em todas as
outras populações de crianças das mais variadas culturas ao redor do mundo.
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Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade em superdotados: um estudo de frequência de sintomas e alterações físicas menores / Attention deficit and hyperactivity disorder in intellectually gifted individuals: a study of frequency of symptoms and minor physical alterationsDaniel Minahim Araujo da Silva 16 January 2014 (has links)
INTRODUÇÃO: Os dados anteriores sobre a frequência de sintomas de TDAH na população de alto QI ainda são escassos e contraditórios, principalmente no topo da curva. OBJETIVO: Avaliar a frequência e o padrão de sintomas de TDAH em indivíduos superdotados durante dois momentos distintos do ciclo de vida, aplicando escalas padronizadas. Além disso, testamos se uma associação entre anomalias físicas menores e TDAH pode ser encontrada em adultos superdotados. MÉTODOS: Dois estudos transversais foram realizados em indivíduos previamente avaliados para QI com as Matrizes Progressivas de Raven: (1) Mensa: Este estudo incluiu 77 participantes adultos (22% mulheres) recrutados a partir dos registros de membros ativos da Mensa Brasil que vivem em São Paulo. A escala ASRS-18 e uma versão modificada da escala Waldrop para pequenas anomalias físicas foram aplicadas; (2) Colégio Objetivo: Foram incluídas todas as crianças do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental (6-11 anos de idade) que estavam acima do percentil 99 para o QI (n = 39). O grupo controle incluiu 39 colegas de classe selecionados aleatoriamente entre aqueles abaixo do percentil 90 para QI pareados por idade e sexo. Os professores avaliaram os participantes usando o MTA-SNAP-IV. RESULTADOS: (1) Mensa: A frequência estimada do TDAH foi de 37,8 %. O número total de anomalias físicas menores foi significativamente associado com TDAH (p < 0,001) e 8 dos 36 sinais avaliados apresentaram esta associação individualmente (p < 0,05); (2) Colégio Objetivo: Obtivemos uma frequência de TDAH de 25,6% no grupo controle e 17,9% no grupo de indivíduos de alto QI (OR = 0,64, p = 0,58).CONCLUSÃO: Embora nossos dados não confirmem inequivocamente a maior prevalência de TDAH em indivíduos de alto QI durante o ciclo de vida, eles sugerem a validade do diagnóstico nesta população. Na população da Mensa, foi encontrada uma associação entre os casos de TDAH e anomalias físicas menores, apoiando ainda mais a noção de que o TDAH é um transtorno do neurodesenvolvimento / INTRODUCTION: Previous data on the frequency of symptoms of ADHD in high IQ population are still scarce and contradictory, especially at the top of the curve. OBJECTIVE: To evaluate the frequency and pattern of symptoms of ADHD in intellectually gifted individuals during two distinct moments of their life cycle, using standardized scales. In addition, we tested whether an association between minor physical anomalies and ADHD may be found in intellectually gifted adults. METHODS: Two cross-sectional studies were conducted in participants who had been previously evaluated for IQ\'s with Raven\'s Progressive Matrices: (1) Mensa: This study included 77 adult participants (22% women) recruited from the records of active members of Mensa Brazil living in São Paulo. The ASRS-18 and a modified version of Waldrop\'s scale for minor physical anomalies were applied; (2) Elementary school: All children from first to fifth year of elementary school (6-11 years old) who were above the 99th IQ percentile (n=39) were included. The control group included 39 classmates randomly selected among those below the 90th IQ percentile matched for age and sex. Teachers rated participants using MTA-SNAP-IV. RESULTS: (1) Mensa: The estimated frequency of ADHD was 37.8%. The total number of minor physical anomalies was significantly associated with ADHD (p < 0.001) and 8 of the 36 evaluated signs showed this association individually (p < 0.05). (2) Elementary school: A Rate of 25.6% of ADHD was found in the control group and 17.9% in the group of talented individuals (OR=0.64, p=0.58). CONCLUSION: Although our data do not unequivocally confirm the higher prevalence of ADHD in gifted individuals throughout their life cycles, they suggest the validity of the diagnosis in this population. An association between ADHD cases and minor physical anomalies was found in the Mensa population, further supporting the notion that ADHD is a neurodevelopmental condition
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O uso da atenção como classificador diagnóstico em crianças e adolescentes com transtorno do humor bipolar e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade / Attention-based classification pattern in youths with bipolar disorder and attention-deficit/hyperactivity disorderAna Kleinman 14 August 2013 (has links)
O desenvolvimento de novas tecnologias vem contribuindo para um conhecimento mais aprofundado da fisiopatologia dos transtornos psiquiátricos, mas os resultados ainda são controversos e não parecem ser específicos para cada diagnóstico. As altas taxas de comorbidade também questionam as características principais de um diagnóstico específico. Em 2009, o Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA iniciou um projeto chamado Research Domain Criteria (RDoC) com o objetivo de desenvolver novas classificações para a pesquisa baseadas em dimensões de comportamentos observáveis associadas a medidas neurobiológicas. Para o estudo da fisiopatologia da comorbidade entre duas doenças mentais, esta proposta sugere que se execute o estudo de sintomas compartilhados e não partir de dois grupos diagnósticos distintos. Na psiquiatria infantil, as altas taxas de comorbidade entre o transtorno do humor bipolar (THB) e o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) são um tema controverso. O prejuízo na atenção é um forte candidato para um estudo com a metodologia proposta pelo RDoC visto que os poucos estudos que avaliaram concomitantemente a atenção em jovens com THB e TDAH apresentaram resultados contraditórios. Um dos testes mais utilizados para o estudo da atenção em THB e TDAH é o Continuous Performance Test (CPT). Nossos objetivos foram: 1.Verificar qual é o melhor agrupamento dos sujeitos através dos resultados do Conner\'s Continuous Performance Test (CPT II) independentemente do grupo de origem (THB, TDAH, THB+TDAH, controles); 2. Construir um classificador baseado nos resultados do CPT II; 3com THB+TDAH e 18 controles com idades entre 12 e 17 anos. A melhor divisão dos sujeitos, baseada nos resultados do CPT II, foi em dois novos subgrupos. Grupo A com 35 sujeitos composto de: 30% THB, 52,2% TDAH, 51,5% THB+TDAH, e 16,7% controles. Grupo B com 49 sujeitos: 70% THB, 47,8% TDAH, 48,5% THB+TDAH, e 83,3% controles. O grupo A comparado com o B apresentou um prejuízo funcional maior evidenciado por médias significativamente mais altas no CPT II, com uma diferença significativa em oito das 12 variáveis do CPT II: omissão (p=0,0003), comissão (p=0,00000002), erro padrão (EP) do tempo de reação (TR) (p=1,7x10-20), variabilidade do EP (p=4,3x10-22), detectabilidade (p=0,000008), perseveração (p=0,0000001), TR por intervalo interestímulo (IIE) (p=4,7x10-10) e TR(EP)IIE (p= 1,5x10 -13). Foi possível construir um classificador baseado nas doze variáveis do CPT II, sendo sua acurácia de 98,8% em relação a nossa amostra e 95,2% em relação à validação cruzada confirmando a consistência desses novos grupos. As principais variáveis do CPT II usadas na função discriminante desses novos agrupamentos foram: variabilidade do erro padrão, erro padrão de TR e erro padrão de TR por intervalo interestímulo. Não houve diferença estatística em nenhuma das variáveis do CPT II quando realizamos a comparação tradicional entre THB, TDAH, THB+TDAH, e controles; e a acurácia do classificador para esses grupos foi mais baixa, de 40,5% na nossa amostra e 23,8% na validação cruzada. Discussão: Esses resultados evidenciam a heterogeneidade encontrada nas respostas do CPT II pelos grupos THB, TDAH, THB+TDAH, e controles. As três medidas que mais influenciaram a diferenciação entre os novos agrupamentos A e B foram as que medem a variação no tempo de resposta, que é um dos prejuízos mais replicados no TDAH e também está associada com THB. Essa variabilidade de resposta aumentada é sugerida como um marcador endofenotípico inespecífico de psicopatologia. Conclusão: Nossos achados refletem a heterogeneidade encontrada em pacientes classificados através de categorias diagnósticas vigentes e sugerem que a abordagem da metodologia do RDoC pode ser de grande valia para a melhor compreensão dos transtornos psiquiátricos que acometem crianças e adolescentes. Essa metodologia pode identificar subgrupos com diferenças relevantes do ponto de visto neurobiológico contribuindo para a melhor compreensão da fisiopatologia dos transtornos e promovendo caminhos nos quais a pesquisa pode trazer benefícios para decisões clínicas / The better understanding of psychiatric disorders\' pathophysiology is undeniable. Yet, the results are still replete of controversy and are not diagnostic specific. Categorical approach analysis implicitly involves the notion of a unitary entity, not taking into account the acknowledged heterogeneity present in clinical diagnoses. High comorbidity rates also raises questions about the core features of a specific diagnosis. For this purpose, the National Institute of Mental Health has initiated the Research Domain Criteria (RDoC) project. Instead of using disorders categories as the basis for grouping individuals, RDoC suggests to find relevant dimensions that can cut across traditional disorders. The starting point suggested to study comorbid disorders should be shared symptoms and behaviors, instead of two distinct diagnostic groups. One of the strongest controversies in child psychiatry is the high comorbidity rate between bipolar disorder (BD) and attention-deficit/hyperactivity disorder (ADHD). Distractibility, one of the most common symptoms in BD and ADHD could be a good candidate for an RDoC unit of analysis. Our aim was first to study the patterns of attention based on the Conners\' Continuous Performance Test (CPTII) results in youth with BD, ADHD, BD+ADHD and controls; followed by developing a classifier to compare the classification accuracy of this new formed groups and the original diagnostic ones. Results: 18 healthy controls, 23 patients with ADHD, 33 BD+ADHD and 10 BD were assessed. Using cluster analysis, the entire sample was best clustered in two new groups, A and B, based on the twelve CPT II variables performance, independently of the original diagnoses. 35 subjects in group A: 30% BD, 52.2% ADHD, 51.5% BD+ADHD and 16.7% controls. 49 individuals in group B: 70% BD, 47.8% ADHD, 48.5% BD+ADHD and 83.3% controls. Group A presented a greater impairment exhibited by higher means in all CPTII variables, SNAP-IV means, and lower CGAS means. When we compared the CPT II variables performance between the new clustered groups A and B we found eight out of the twelve CPT II measures that were statistically significant: omission (p=0.0003), commission (p=0.00000002), standard error (SE) of hit reaction time (RT) (p=1.7x10-20), variability of SE (p=4.3x10 -22), detectability (p=0.000008), perseveration (p=0.0000001), hit RT by interstimulus interval (ISI) (p=4.7x10 - 10) and hit RT SE ISI. We found high cross-validated classification accuracy for A and B groups: 95.2%. The stronger CPT II variables in the discriminative pattern were: variability of standard error ranking first, followed by hit RT SE, hit RT SE ISI. There were no statistically significant differences in any of the CPT II measures when comparing the four original groups (BD, ADHD, BD+ADHD, controls). The cross-validated classification accuracy based on the CPT II measures performance in order to classify subjects in the original four groups was much lower (23.8%). Discussion: These results highlight the heterogeneity of CPT II responses among each of the four original groups: BD, ADHD, BD+ADHD and controls. The three variables that most influenced the new clustered groups were the ones that measure and adolescents may share this attentional trait marker. Conclusion: In summary, our findings highlighted the heterogeneity of patients clustered by categorical diagnostic classification. In addition, our classificatory exercise supports the concept behind new approaches like the RDoC framework for child and adolescent psychiatry. It can define meaningful clinical subgroups for the purpose of pathophysiological studies and treatment selection, and provide a pathway by which research findings can be translated into changes in clinical decision making
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Acurácia diagnóstica em sujeitos adultos com TDAH e transtorno bipolar: classificação individual de imagens de ressonância magnética de crânio / Diagnostic accuracy in adults with ADHD and bipolar disorder: high-dimensional MRI pattern classificationTiffany Moukbel Chaim Avancini 16 March 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: O transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) persistente em adultos apresenta prevalência significativa na população geral. Nota-se também uma alta taxa de comorbidade com outros quadros psiquiátricos, especialmente o transtorno bipolar (TB). Entretanto, ainda hoje discutem-se as próprias definições do TDAH e os limites da comorbidade TDAH+TB, que poderia ser uma extensão dos sintomas do espectro bipolar, uma sobreposição dos dois transtornos ou uma entidade separada com substrato neurobiológico distinto. Impõe-se, assim, a pesquisa de biomarcadores válidos com potencial aplicação na prática clínica. O surgimento recente de técnicas de classificação de padrões morfológicos cerebrais complexos possibilita uma investigação mais direcionada de biomarcadores, buscando em cada indivíduo um conjunto de características que seja capaz de classificá-lo como pertencente a um determinado grupo. OBJETIVOS: Aplicar, de maneira inédita, a técnica de reconhecimento automatizado de padrão aos dados de neuroimagem de pacientes adultos sem tratamento prévio com diagnóstico de TDAH com início na infância, TB, TDAH+TB e controles saudáveis (CS), em busca de assinaturas neuroanatômicas associadas a estes transtornos. MÉTODOS: Três grupos de adultos nunca tratados compostos de 67 sujeitos com TDAH, 30 sujeitos com TB e 16 sujeitos preenchendo critérios diagnósticos para ambos os transtornos; e uma amostra de CS (n=66), foram submetidos ao exame de ressonância magnética (RM) estrutural e de imagem por tensor de difusão (diffusion tensor imaging; DTI). Através de um método automatizado, regiões de interesse foram posicionadas ao longo de todo o cérebro e através destas foram obtidas medidas cerebrais a partir das imagens multimodais. Tais medidas foram usadas como dados de entrada para um classificador não-linear baseado em support vector machine (SVM). Comparações entre todos os pacientes e CS foram feitas através de subgrupos pareados individualmente para gênero e idade e pareados entre os grupos para nível socioeconômico e escolaridade. As medidas de desempenho diagnóstico foram analisadas com o auxílio de curvas receiver operating characteristic (ROC). RESULTADOS: As análises de classificação entre todos os subgrupos apresentaram resultados expressivamente acima do acaso, com exceção da comparação entre os pacientes com TB e os CS (p=0,09). A comparação entre os subgrupos com TDAH e CS apresentou medidas de área sob a curva (AUC) e acurácia diagnóstica de até 0,71 e 66,2% (p=0,003). A comparação entre os subgrupos com TDAH e TB obteve AUC e acurácia diagnóstica de até 0,78 e 70,2% (p=0,01). As análises de classificação entre os pacientes TDAH+TB e todos os outros subgrupos resultaram em valores de até 0,89 e 80,5% (p=0,0009) de AUC e acurácia diagnóstica respectivamente. CONCLUSÃO: Os resultados fornecem endosso neurobiológico para a validade do diagnóstico clinico de TDAH em adultos. As características cerebrais mostraram-se suficientemente fortes para o diagnóstico diferencial entre o TDAH e o TB e também reforçam a hipótese de que a associação TDAH+TB deve ser compreendida como uma entidade neurobiológica distinta. Restam ainda relevantes dificuldades na busca de biomarcadores para a caracterização do TB. As assinaturas neuroanatômicas identificadas neste estudo podem fornecer informações objetivas adicionais e valiosas, servindo como base para estudos futuros que avaliem sua possível influência em decisões terapêuticas dos pacientes apresentando sintomas do espectro TDAH e da comorbidade TDAH+TB / INTRODUCTION: Attention-deficit/hyperactivity disorder (ADHD) is a highly prevalent condition in the general adult population. Also important is its high rate of comorbidity with other psychiatric disorders, particularly bipolar disorder (BD). However, not only the definition of ADHD is still a matter of discussion but also the limits of the ADHD+BD comorbidity; such comorbidity may be interpreted as a continuum spectrum of BD, an overlap of symptoms, or a separate diagnostic entity with a distinct neurobiological substrate. Therefore, further search for valid biomarkers with potential application in clinical practice is still required. The recent development of high-dimensional pattern recognition techniques has allowed targeted investigations of biomarkers, searching for sets of characteristics that could be used to classify each patient in a particular group. OBECTIVES: To apply, for the first time in the literature, machine learning-based pattern recognition methods to neuroimaging data obtained in never-treated adults with childhood-onset ADHD, BD, ADHD+BD and healthy controls (HC), searching for different neuroanatomical signatures associated with each disorder. METHODS: Three groups of never treated adults as following: 67 ADHD patients, 30 BD patients, 16 patients fulfilling diagnostic criteria for both disorders; and a sample of HC (n=66) underwent structural magnetic resonance imaging (MRI) and diffusion magnetic resonance imaging (DTI) acquisitions. A support vector machine (SVM) classifier with non-linear kernel was applied on multi-modal image features extracted on regions-of-interest placed across the whole brain. Comparisons among all patients and controls were carried out through subgroups individually matched for gender and age, and group-matched for years of education and socio-economic status. Diagnostic performance measures were evaluated by computing receiver operating characteristic (ROC) curves. RESULTS: All results on classification analyses were clearly significant above chance level, except in the comparison analysis between BD patients and HC (p=0.09). The comparison between ADHD and HC subgroups afforded area under the curve (AUC) measures and diagnostic accuracy of up to 0.71 and 66.2% (p=0.003). Comparison between ADHD and BD subgroups achieved AUC and diagnostic accuracy of up to 0.78 and 70.2% (p=0.01). Classification analysis between ADHD+BD patients and the other subgroups yielded AUC and diagnostic accuracy values of up to 0.89 and 80.5% (p=0.0009). CONCLUSION: The present study provides neurobiological endorsement to the validity of the clinically-based diagnosis of ADHD in adults. Brain features were strong enough to the differential diagnosis between ADHD and BD, as well as to reinforce the hypothesis that ADHD+BD may represent a distinct neurobiological entity. However, relevant challenges persist regarding the search for biomarkers for BD. The neuroanatomical signatures identified herein may provide additional, objective information, paving the way for future studies assessing its influence in treatment decisions in adults with ADHD and ADHD+BD spectrum symptoms
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Envolvimento do núcleo accumbens e da amígdala na neurobiologia dos transtornos do comportamento disruptivo e do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade: um estudo de conectividade funcional de repouso em crianças / Involvement of the nucleus accumbens and the amygdala in the neurobiology of disruptive behavior disorders and of attention deficit/hyperactivity disorder: a resting-state functional connectivity study in childrenTaciana Gontijo da Costa Dias 09 November 2017 (has links)
Os transtornos do comportamento disruptivo (TDC), representados pelo transtorno de oposição desafiante e pelo transtorno de conduta, e o transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) são transtornos intimamente relacionados. Teorias e estudos sugerem o envolvimento de regiões relacionadas ao processamento de emoções e de recompensas, entre elas a amígdala e o núcleo accumbens (NAcc), em ambos os transtornos. Avaliar as conexões cerebrais do NAcc e da amígdala nos TCD e no TDAH pode contribuir para a elucidação da neurobiologia dos transtornos e de comportamentos relacionados. O objetivo do presente estudo foi caracterizar a conectividade funcional do NAcc e da amígdala em crianças com TDAH e com TCD e avaliar a relação entre a conectividade funcional destas regiões e comportamentos atípicos característicos e comuns a ambos os transtornos. Neste estudo, crianças (idade média = 11,28 anos) classificadas como apresentando TCD (n=22), TDAH (n=25) ou desenvolvimento típico (DT; n=236) foram submetidas a sessão de ressonância magnética funcional de repouso. Foi avaliada a conectividade funcional de repouso de 2 regiões de interesse (NAcc e amígdala) ao restante do cérebro. Em uma abordagem categórica, os mapas de conectividade foram comparados entre os grupos. Além disto, em uma abordagem dimensional, conectividade funcional do NAcc e da amígdala foi correlacionada a pontuações em 3 dimensões de comportamento: desatenção/hiperatividade, agressividade e problemas de conduta, gerando 3 mapas de correlação (conectividade x comportamento) para cada região. Nesta etapa toda a amostra foi incluída (n=283). Os resultados da abordagem categórica mostraram algumas conexões específicas do TCD e do TDAH. As conexões do NAcc à insula posterior e ao precuneus diferenciaram os TCD do DT e do TDAH. A conexão entre amígdala e giro lingual diferenciou TDAH de DT e de TCD. O TDAH também exibiu conectividade atípica da amígadala com o giro pré-central e com o lóbulo parietal inferior, comparado a crianças com DT. Não foi encontrada conectividade funcional alterada do NAcc em crianças com TDAH ou da amígdala em crianças com TCD, comparadas a crianças com DT. A abordagem dimensional demonstrou um padrão diferente de resultados. Pontuações de desatenção/hiperatividade e agressividade estiveram associadas a conectividade do NAcc ao giro fusiforme e ao córtex pré-frontal dorso-medial. Desatenção/ hiperatividade esteve correlacionada com conectividade da amígdala ao lóbulo parietal inferior, ao giro temporal médio e ao sulco pré-central superior. Agressividade esteve correlacionada com conectividade da amígdala ao precuneus e ao giro frontal superior. Problemas de conduta estiveram correlacionados com a conectividade NAcc-giro frontal superior e com a conectividade da amígdala ao giro cingulado posterior, ao precuneus, ao córtex pré-frontal medial e ao giro lingual. Os resultados indicam, portanto, que existem conexões funcionais do NAcc e da amígdala especificamente associadas aos TCD ou ao TDAH e que comportamentos atípicos comuns a ambos os transtornos estão relacionados a alterações na conectividade funcional do NAcc e da amígdala. Concluindo, a abordagem dimensional pode complementar a abordagem categórica na avaliação da neurobiologia dos TCD e do TDAH / Disruptive behavior disorders (DBD), represented by oppositional defiant disorder and conduct disorder, and attention deficit/hyperactivity disorder (ADHD) are intrinsically related disorders. Theories and studies suggest the involvement of regions related to emotional and reward processing, among them the amygdala and the nucleus accumbens (NAcc), in both disorders. Evaluating brain connections of the NAcc and of the amygdala in DBD and in ADHD may contribute to elucidate the neurobiology of the disorders and of related behaviors. The objective of this study was to characterize functional connectivity of the NAcc and of the amygdala in children with ADHD and with DBD, and to evaluated the relationship between functional connectivity of those regions and atypical behaviors characteristic and common to both disorders. In this study, children (mean age= 11.28 years) classified as DBD (n=22), ADHD (n=25), or typical development (TD; n=236) underwent resting-state functional magnetic resonance imaging session. Whole-brain resting-state functional connectivity of 2 regions of interest (NAcc and amygdala) was evaluated. In a categorical approach, connectivity maps were compared between groups. Furthermore, in a dimensional approach, functional connectivity of the NAcc and of the amygdala was correlated to scores in 3 behavior dimensions: inattention/hyperactivity, aggressiveness, and conduct problems, producing 3 correlation maps (connectivity vs. behavior) for each region. For this phase the entire sample was included (n=283). Results from the categorical approach showed some connections specific to DBD and to ADHD. NAcc connections to posterior insula and to precuneus differed DBD from TD and from ADHD. The connection between amygdala and lingual gyrus differed ADHD from TDC and from DBD. ADHD also exhibited atypical amygdala connectivity with precentral gyrus and with inferior parietal lobule, compared to children with TD. There was no altered NAcc functional connectivity in children with ADHD or altered amygdala functional connectivity in children with DBD, compared to children with TD. The dimensional approach showed a different pattern of results. Inattention/hyperactivity and aggression scores were associated with NAcc connectivity to fusiform gyrus and dorsomedial prefrontal cortex. Inattention/hyperactivity was correlated with amygdala connectivity to inferior parietal lobule, middle temporal gyrus, and superior precentral sulcus. Aggression was related with amygdala connectivity to precuneus and superior frontal gyrus. Conduct problems were correlated with NAcc-superior frontal gyrus connectivity, and with amygdala connectivity to posterior cingulate cortex, precuneus, medial prefrontal cortex, and lingual gyrus. Results indicate, therefore, that there are NAcc and amygdala functional connections specifically associated with DBD or with ADHD, and that atypical behaviors common to both disorders are related to changes in functional connectivity of the NAcc and of the amygdala. In conclusion, the dimensional approach may complement the categorical approach in evaluating the neurobiology of DBD and of ADHD
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Avaliação da atenção em crianças do ensino fundamental I: comparação de procedimentos tradicionais e computadorizadosLellis, Vera Rocha Reis 23 February 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-03-15T19:39:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Vera Rocha Reis Lellis.pdf: 3028729 bytes, checksum: 995a8687ff78d6788c884890cf7a3ba1 (MD5)
Previous issue date: 2011-02-23 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Attention can be understood as a group of neural processes that allow an adequate selection of information from the environment, in this way orienting adaptive responses. Thus, its study is made necessary so that cognitive processes and how their alterations express themselves through adaptive difficulties can be comprehended, such as it is observed in cases of Attention Deficit Disorder and/or Hyperactivity (ADDH). This study aims at performing a neuropsychological and behavioral evaluation, centered in the analysis of the attentional process of 78 junior high children, enrolled in a private school, with ages between 6 and 11. Traditional manuscript tests and computer-based tests were employed for the evaluation of attention. The instruments used were: WISC-III; Wisconsin; Focused Attention (AC and TECON) and Diffuse Attention (TEDIF) In behavioral evaluation the Behavioral Scale (CBCL/6-18), applied to parents, was used. For the teachers, the Signs of Disattention and Hyperactivity Scale (Benzic) was employed, along with the Behavioral Scale (TRF). The computer-based tests evaluated the voluntary and automatic orientation, temporal direction an attention management. The results from the computer-based instruments were compared to the results from the traditional pencil and paper tests, along with the behavioral and the Signs of Disattention and Hyperactivity scales. No indicators of behavioral problems were observed, and there was no report from either parents (CBCL) or teachers (TRF) on that matter. The results of the traditional tests related to Focused Attention (FC, TECON-1 and TECON-2, TEDIF 1 and TEDIF-3) showed significantly higher scores and points related to schooling. The computer-based tests, on the other hand, showed a systematic lowering of the reaction time related to the increase in schooling. However, as schooling increases, there is a decrease in the differences between the valid and the invalid conditions, making participants more efficient in perceiving stimuli outside the indicated location. Another factor that presented significant difference was the Clue Target relation factor, in which it is possible to observe that the reaction time for the condition in which the target and the clue come from the same side (ipsolateral condition) is lower than the reaction time for the condition in which the target and the clue come from opposite sides (contralateral condition). With the Wisconsin test is possible to verify that with the increase in schooling there is a decrease in the number of tests administered and also an increase in the number of categories completed, as well as a decrease on the total amount of errors and the number of preservative answers, and that this fact correlates with the decrease in the reaction time in computer-based tests, demonstrating that the skills that were evaluated by each one of this tests are also correlated. / A atenção pode ser compreendida enquanto conjunto de processos neurais que possibilitam a seleção adequada de informações do ambiente e que por isso orientam respostas adaptativas. Desse modo, seu estudo é necessário para a compreensão dos processos cognitivos e de como suas alterações se expressam por dificuldades adaptativas, tais como as observadas em casos de Transtorno de Déficit de Atenção e/ou Hiperatividade (TDAH). O objetivo deste estudo foi o de fazer uma avaliação neuropsicológica e comportamental centrada na análise do processo atencional de 78 crianças do Ensino Fundamental I, matriculadas em uma escola particular e com idade entre 6 e 11 anos. Foram empregados testes tradicionais de realização em lápis e papel e testes computadorizados para avaliação da atenção. Os instrumentos utilizados foram: WISC-III; Wisconsin; Atenção Concentrada (AC e TECON) e Atenção Difusa (TEDIF). Na avaliação comportamental foi utilizada a Escala Comportamental (CBCL/6 18) aplicada aos pais. Para os professores foram empregadas a Escala de Sinais de Desatenção e Hiperatividade (Benczik), além de Escala Comportamental (TRF). Os testes computadorizados avaliaram a orientação voluntária e automática, o direcionamento temporal e a manutenção da atenção. Foram comparados os resultados dos instrumentos computadorizados com os resultados dos testes tradicionais de respostas em lápis e papel e com as escalas comportamentais e de sinais de desatenção e hiperatividade. Não foram observados nos participantes indicadores de problemas de comportamento relato dos pais (CBCL) ou pelos professores (TRF). Os resultados dos testes tradicionais relacionados à Atenção Concentrada (AC, TECON-1 e TECON -2, TEDIF-1 e TEDIF-3) demonstram aumento significativo de acertos e pontos em função da escolaridade. Já nos testes computadorizados houve uma diminuição sistemática do tempo de reação em função do aumento da escolaridade. Entretanto, à medida que a escolaridade aumenta há uma diminuição das diferenças entre a condição válida e inválida, tornando os participantes mais eficientes em perceber estímulos fora dos locais indicados. Outro fator que apresentou diferença significativa foi quanto ao tempo de reação para a condição aonde pista alvo vêm na mesma posição (condição ipsolateral) é menor do que o tempo de reação para a condição na qual a pista e o alvo vêm em lados opostos (condição contralateral). No teste Wisconsin é possível verificar que com o aumento da escolaridade há uma diminuição no número de ensaios administrados e também um aumento de número de categorias completadas bem como diminuição no total de erros e de número de respostas perseverativas, e que tal fato se correlaciona com a diminuição do tempo de reação nos testes computadorizados, demonstrando que as habilidades avaliadas por cada um desses testes também estão correlacionadas.
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Comparação de padrões comportamentais referidos por múltiplos informantes e desempenho neuropsicológico na caracterização de sinais de desatenção e hiperatividade em adolescentes / Comparisons of behavior pattern referred by multiple informants and neuropsychological performance in the characterization of inattention and hyperactivity in adolescentsRibeiro, Adriana de Fátima 13 February 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-02-13 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Attention Deficit Disorder and Hyperactivity (ADHD) is characterized by a pattern of persistent inattention and/ or hyperactivity that it is more severe than normally observed in individuals with an equivalent level of development. It is a disorder in which the symptoms are varied and may interfere in different degrees according to the environment in which the individual is inserted. The identification of the signs of this disorder must take into consideration an assessment of the neuropsychological functions and of the behavioral indicators, preferably from multiple informants such as parents or guardians, teachers and the adolescent itself. This project aims to identify the main agreements relating to the behaviors of adolescents complaining of symptoms of ADHD observed by multiple informants, and correlate them to their performance on neuropsychological tests. It was used the inventories CBCL/6-18, TRF/6-18 and YSR/11-18 belonging to the Achenbach System of Empirically Based Assessment (ASEBA) and WISC-III, Wisconsin and the Concentrated Attention Test (AC). Twenty adolescents participated in this study aged between 11 and 16 years, divided into two groups, ten with diagnostic (ADHD group) and ten without ADHD (control group). All participants were part of the protocol of neuropsychological, behavioral and clinical assessment to identify signs of inattention and hyperactivity/ impulsivity of the Developmental Disorders Post-Graduation Program at Mackenzie Presbyterian University. The results for the concordance rates in the answers provided by multiple informants in the correlation between CBCL versus TRF, CBCL versus YSR and TRF versus YSR, through values of reference (Q corr), according to the ADM program version 7, were high for both groups. In the comparison of the scales of Internalizing, Externalizing and Total Problems in function of the groups and instruments, as much as for the scales of problems of attention and attention deficit disorder and hyperactivity, it was observed in the ADHD group that the parents reported more problems than the teachers and in the control group the teachers reported significantly greater number of problems. In the comparison of the scales of Sluggish Cognitive Tempo in function of the groups and instruments it was verified that the parents also perceive more alterations in the behavior in different instruments constituents of this scale than the teachers. Regarding to correlations of neuropsychological tests and behavioral indicators of problems of behavior in different instruments, no significant differences were observed. It is therefore concluded the need to compose procedures of assessment of people with the complaint of ADHD with different reporting instruments by multiple informants, besides other procedures such as direct observation or neuropsychological testing for the establishment of a cognitive profile as an aid in the process of assessment. / O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) se caracteriza por um padrão de desatenção e/ou hiperatividade persistente e mais grave do que o normalmente observado em indivíduos com nível equivalente de desenvolvimento. Trata-se de um transtorno cujos sintomas são variados e podem interferir em graus diversos conforme o ambiente no qual o indivíduo está inserido. A identificação dos sinais desse transtorno deve levar em consideração uma avaliação das funções neuropsicológicas e de indicadores comportamentais, preferencialmente a partir de múltiplos informantes como pais ou responsáveis, professores e o próprio adolescente. Este projeto tem como objetivo identificar as principais concordâncias referentes aos comportamentos dos adolescentes com queixa dos sintomas de TDAH, observados pelos múltiplos informantes e posteriormente correlacioná-los ao seu desempenho nos testes neuropsicológicos. Foram usados os inventários CBCL/6-18, TRF/6-18 e YSR/11-18 que pertencem ao Sistema de Avaliação Baseado em Evidência do Achenbach (ASEBA) e WISC-III, Wisconsin e Teste de Atenção Concentrada (AC). Participaram desse estudo 20 adolescentes com idades entre 11 a 16 anos, divididos em dois grupos, 10 com diagnóstico (grupo TDAH) e 10 sem TDAH (grupo controle).Todos os participantes fizeram parte do protocolo de avaliação neuropsicológica, comportamental e clínica para identificar sinais de desatenção e hiperatividade/impulsividade do Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento, da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Os resultados para os índices de concordância nas respostas fornecidas pelos múltiplos informantes na correlação entre CBCL versus TRF, CBCL versus YSR e TRF versus YSR, pelo meio dos valores de referência (Q corr), de acordo com o programa ADM versão 7, mostrou-se alta para os dois grupos. Na comparação das escalas de Problemas Internalizantes, Externalizantes e Totais em função dos grupos e instrumentos tanto quanto para as escalas de Problemas de atenção e Problemas de déficit de atenção e hiperatividade, observou-se no grupo TDAH que os pais relataram mais problemas que os professores e no grupo controle os professores é quem relataram um número significativamente maior de problemas. Na comparação das escalas de Ritmo Cognitivo Lento em função dos grupos e instrumentos, verificou-se que os pais também perceberam mais alterações nos comportamentos constituintes dessa escala que os professores. Com relação às correlações dos testes neuropsicológicos e dos indicadores comportamentais de problemas de comportamento nos diferentes instrumentos, não foram observadas diferenças significativas. Conclui-se, assim, a necessidade de compor procedimentos de avalição de pessoas com queixas de TDAH com diferentes instrumentos de relato por múltiplos informantes, além de outros procedimentos como observação direta ou testagem neuropsicológica para o estabelecimento de um perfil cognitivo para auxiliar no processo de avaliação.
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Dislexia: a produção do diagnóstico e seus efeitos no processo de escolarização / Dyslexia: the production of diagnosis and its effect on the schooling processSabrina Gasparetti Braga 31 August 2011 (has links)
Atualmente, a temática da dislexia e do transtorno déficit de atenção/hiperatividade passou a ocupar os mais diversos espaços acadêmicos e políticos, com manchetes de especialistas nos programas de televisão, rádio, jornais, e criação de diversos projetos de lei que se propõem a criar serviços de diagnóstico e tratamento nas secretarias de educação. Em todos esses espaços sociais, estes supostos distúrbios são apresentados como doenças neurológicas, que explicariam dificuldades encontradas pelas crianças em seu processo de escolarização. Se, por um lado, temos este quadro de afirmação da suposta doença; por outro há um conjunto de autores que têm questionado tais distúrbios e reiterado a necessidade de compreender a complexidade do processo de alfabetização das crianças iniciantes (no caso da dislexia) e todo o contexto sociocultural que envolve o comportamento das crianças na atualidade (no caso do TDAH). O presente trabalho, por meio de uma abordagem qualitativa de estudo de caso, investiga a história do processo de escolarização, a produção do diagnóstico de dislexia e seus efeitos nas relações escolares de crianças em fase inicial de aquisição da leitura e da escrita. Foram realizadas entrevistas com a mãe, coordenadora pedagógica, professoras e criança diagnosticada, além da análise do laudo realizado por equipe multidisciplinar. No discurso da mãe sobre a história escolar do filho surge o tema das dificuldades escolares trazido como um problema da criança, que teria algo a menos ou em quem faltaria algo a mais. Esta concepção instaura um processo diagnóstico, gerando um tratamento que constitui o processo de medicalização e de culpabilização da criança e de sua família pelo não aprender na escola. As vozes das professoras, não escutadas durante o processo diagnóstico, denunciam que diferentes concepções de desenvolvimento, de aprendizagem e crenças sobre os alunos resultam em relações, ações pedagógicas e, portanto, possibilidades de aprendizagem também distintas. O diagnóstico encontrado, foi realizado ao largo da escola o que evidencia a concepção de desenvolvimento humano na qual se pauta, partindo do pressuposto que a dificuldade pertence à criança. A avaliação incluiu apenas aplicação de testes de diversas áreas tais como psicologia, fonoaudiologia e neurologia, ignorando resultados de pesquisas recentes que inviabilizam o uso de alguns deles por não estarem relacionados ao alegado distúrbio e utilizando outros relacionados exatamente ao motivo do encaminhamento para a avaliação: questões de leitura e escrita. Ter um diagnóstico de dislexia cristaliza um movimento, um processo dinâmico que é o de aprendizagem e desenvolvimento. Desta forma o diagnóstico segue orientado somente para a falta e para as dificuldades estabelecendo limites a priori para o desenvolvimento do sujeito. Além desses efeitos relacionados à aprendizagem, existem outros decorrentes da medicação que parecem inerentes ao diagnóstico de dislexia acompanhado de TDAH. A criança vive na escola relações estigmatizadas que contribuíram na constituição de sua subjetividade, pautada na doença e nas limitações impostas pelo rótulo diagnóstico / Nowadays dyslexia and ADDH (Attention Deficit Disorder with Hyperactivity) topics are gaining larger place in the media. This stimulates a series of law projects intended to create public services of diagnosis and treatment. In this attempt of controlling and managing the problem, these so called \"disorders\", are rather quickly defined by operators and specialists as neurological diseases, which would logically explain the difficulties incurred by children during their schooling process and partially solve teachers and parents headaches on that matter. If practitioners now tend to legitimate this supposed illness, on the other hand, there are many serious authors questioning such straight definition, empathizing two ideas: the urgent necessity of fully understand the complexity of literacy process in beginner children and the necessity to grasp the sociocultural context that surrounds children education and behavior in the present time. This work investigates, by means of a qualitative case study, the diagnosis dyslexia of a child during the schooling process acquiring reading and writing abilities, and consequences of this diagnosis on his relations at school. We hereby present interviews with the mother, the pedagogical coordinator, with the teachers and with the diagnosed child himself. The study also presents the analysis of the report made by the multidisciplinary team responsible for evaluation. The mother of the child that is object of the study presents her sons problems as a lack of something that differentiates him from others in the educational process. This conception establishes the base for the diagnosis process, and results in a treatment that starts medicalization, blaming the child and his family and justifying the inability to learn at school. The voice of the teachers, unheard during the diagnosis process, denounces that different conceptions of development and learning as well as different beliefs about the students end up in distinguished relations, pedagogical actions and learning possibilities for the pupils. The diagnosis found was achieved without considering the school, which highlights the idea of human development on the basis of this approach, assuming as its starting point that the difficulty belongs to the child. The evaluation included tests in many areas such as psychology, phonoaudiology and neurology; ignoring the results of recent researches that discredit some of these methods for not being related with dyslexia. They also use other methods, which are connected exactly to the motifs why the evaluation was requested at the first place: questions referring to reading and writing ability. Declaring dyslexia crystallizes a movement, a dynamic process that is learning and developing. By this way the diagnosis focuses on the difficulties building up barriers to growth of the subject. Besides those effects related to learning, there are other effects, due to medication, that seems inherent to the diagnosis of dyslexia followed by the one of ADDH. The child lives stigmatized relations at school that contribute to the constitution of his subjectivity, based on the illness and limitations imposed by the diagnostic label
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Distúrbios da linguagem falada no transtorno do déficit de atenção/hiperatividade / Distúrbios da linguagem falada no transtorno do déficit de atenção/hiperatividadeMaria Cecilia Periotto 27 May 2009 (has links)
O TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO /HIPERATIVIDADE (TDA/H) afeta memória operacional, planejamento, auto-regulação de motivação e limiar para a ação dirigida, alterando funções executivas, inclusive linguagem. Crianças com TDA/H apresentam distúrbios da linguagem, mostrando baixo rendimento nos testes de vocabulário, sintaxe, fluência, memória operacional e discurso. OBJETIVOS: avaliar tipo e freqüência das alterações da linguagem oral em crianças com TDA/H; verificar a evolução desses distúrbios após dois meses de tratamento com metilfenidato; correlacionar produção do discurso do tipo recontagem com memória operacional. MÉTODOS: trinta e seis pacientes de sete a 14 anos de idade com diagnóstico de TDA/H pelos critérios do DSM-IV, QI 85, sem co-morbidades definidas, sem déficits sensoriais e com avaliação neuropsicológica prévia foram submetidos à seguinte avaliação fonoaudiológica: anamnese; avaliação clínica do sistema estomatognático; função respiratória; discriminação auditiva; praxias orais; teste de imitação do protocolo ABFW; teste de vocabulário Boston Naming test; discurso narrativo e análise da recontagem de estória (gramática da história, número de frases, freqüência e tipo de erros). A avaliação fonoaudiológica foi aplicada antes do início do tratamento com metilfenidato sendo que seus resultados foram comparados com o grupo controle. Após dois meses de tratamento medicamentoso as crianças foram reavaliadas e os resultados foram comparados com a avaliação inicial. Verificou-se evolução da linguagem falada após dois meses de tratamento com medicamento estimulante. RESULTADOS: Os pacientes mostraram comprometimento no sistema estomatognático, na respiração, na discriminação auditiva, no acesso lexical, na fluência, na compreensão e na organização do discurso narrativo em tarefa de recontagem de estória. Na reavaliação os resultados mostraram melhora significante nos seguintes aspectos da linguagem falada. CONCLUSÃO: nos pacientes com TDA/H, os distúrbios da linguagem falada são freqüentes, podendo estar diretamente associados às dificuldades de aprendizado, já que o desenvolvimento da linguagem falada é pré-requisito importante para a aquisição da linguagem escrita. / OBJECTIVE: ATTENTION-DEFICIT HYPERACTIVITY DISORDER (ADHD) exists alone in approximately 30-40% of the children diagnosed with it , and frequently are documented high rates of one or more comorbidities, pointing out the language disabilities. The patients present poor performance in tests of vocabulary, syntax, fluency, working memory and speech. The present study evaluate the type and incidence of oral language disabilities in children with ADHD. MATERIAL AND METHOD: Thirty and six children (aged 7-14) with ADHD, IQ 85, without psychiatric comorbid conditions or sensorial deficits are matched for age and level of education to thirty and four control subjects. The two groups were assessed by a speech pathology evaluation including: history, clinical examination of stomatognathic system; respiratory function; hearing discrimination; oral praxis; imitation for the protocol of the Test of Childlike Language ABFW; vocabulary for the Boston Naming Test; narrative speech in a task of recounting of story - analysis of the grammar of the history, of the number of sentences, of the frequency and of the types of mistake and, of the fluency for the ABFW. RESULTS: The children with ADHD showed compromising in the stomatognathic system, in the breathing, in the hearing discrimination, in the lexical access, in the fluency, in the understanding and in the organization of the narrative speech in task of recounting of story. Compared with the control group, the patients with ADHD perform significantly slower and were less efficient . CONCLUSION: The presence of faults in several areas of the language spoken in patients with TDAH is a frequent find and this fact can be straightly associate with learning disabilities, which are frequent in these patients, since the development of the well-known language is essential for fully acquiring written language.
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Dificuldades aritméticas em indivíduos com transtorno do déficit de atenção/hiperatividade: avaliação clínica e por neuroimagem funcional / Arithmetic difficulties in children with attention deficit hyperactivity disorder: clinical evaluation and functional neuroimagingAngelo Raphael Tolentino de Rezende 18 October 2013 (has links)
Objetivo. Avaliar a função aritmética em crianças com Transtorno do Déficit de Atenção / Hiperatividade (TDAH) e determinar se o tratamento com psicoestimulante afeta seu desempenho (braço clínico), além de verificar o padrão de ativação neural em um subgrupo desta amostra durante tarefas de cálculos aritméticos (braço neuroimagem). Métodos. Quarenta e duas crianças (de 9 a 12 anos) participaram do braço clínico: 20 com TDAH segundo os critérios do DSM-IV e 22 controles. Estas crianças foram classificados com ou sem dificuldades aritméticas com base em seu desempenho em três testes aritméticos utilizados no Brasil. Todos os participantes do braço clínico foram avaliados em dois momentos: tempo 1 e no tempo 2 quando as crianças com TDAH estavam em uso de metilfenidato (MTF) a uma dose de 0,3-0,5 mg/kg. Foi avaliado o desempenho global em aritmética e, especificamente, exploramos a subtração nos dois tempos. Foram também estudadas 10 crianças com TDAH (seis das quais participaram do braço clínico) que participaram com uso de metilfenidato e 10 crianças saudáveis (oito das quais participaram do braço clínico) que realizaram exame de ressonância magnética funcional (RMf) em duas tarefas (cálculos exatos e aproximados ) utilizando paradigma com desenho em bloco em aparelho de 3.0 Teslas. Resultados. O grupo TDAH, quando não medicado (tempo 1) cometeu mais erros aritméticos que os controles (p < 0,001). No entanto, quando em uso de MTF, o grupo TDAH (tempo 2) fez significativamente menos erros quando comparado com a sua linha de base (tempo 1) e quando comparados aos seus controles (tempo 2). Em exercícios de subtração que requerem procedimentos de empréstimos (subtração complexo), o grupo de TDAH (tempo 1) cometeu mais erros do que nos controles, melhorando significativamente quando em uso da medicação (p = 0,039). Em relação à RMf não houve diferenças específicas entre os grupos em cada tarefa isoladamente. Entretanto, houve interação entre o tipo de cálculo (aproximado vs. exato) e grupo (controle vs. TDAH): as crianças com TDAH mostraram atividade diferente do grupo controle na região do cíngulo posterior e pré-cúneo, considerando as duas formas de cálculo. Conclusões. O uso de vários testes aritméticos validados permite uma avaliação abrangente e eficaz de crianças em risco de dificuldades de aprendizagem. Assim, fomos capazes de mostrar que o nosso grupo de crianças com TDAH tinha dificuldades aritméticas significativas, mas o tratamento com MTF trouxe melhoras substanciais. A melhora observada foi no desempenho geral e, especificamente, para o desempenho em subtração complexa. Esta melhora pode ter sido devido ao aumento de habilidades de memória de trabalho, gerando menos erros involuntários. Em relação aos resultados de RMf mostramos um resultado ainda não descrito na literatura: a alteração na região posterior do giro do cíngulo e pré-cúneo que possivelmente se deve a alteração funcional intrínseca do TDAH na vigência de medicação com metilfenidato, uma área que já foi descrita na literatura sobre TDAH porém não nessa condição / Objective. To evaluate arithmetic function in children with Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) and to determine whether stimulant treatment affects their performance (clinical arm), besides verifying the patterns of neural activation on a subgroup from this sample during trials testing arithmetical calculation (neuroimaging arm). Methods. Forty-two kids (from 9 to 12 years old) took part in the clinical arm: 20 with ADHD diagnosed according DSM-IV criteria and 22 from control group. These children were classified with or without arithmetic difficulties based on their performance on three arithmetic tests used in Brazil. All participants from the clinical arm were evaluated at 2 time points: time 1 and time 2 when ADHD children were on methylphenidate (MPH) at a dose of 0,3/0,5 mg/kg. Global performance in arithmetic, and specifically, subtraction in these two times was explored. We also evaluate 10 ADHD children (6 of these from the clinical arm) on MPH and 10 healthy control children (8 of these from the clinical arm) using fMRI (Functional Magnetic Resonance Imaging) during two trials testing approximate and exact arithmetical calculation using a block design paradigm in a 3.0 Teslas device. Results. The ADHD group, when unmedicated (time 1) made more arithmetic errors than controls (p < 0,001). However, when on MPH, ADHD group (time 2) made significantly fewer errors when compared to their baseline (time 1) and when compared to their controls (time 2). On subtraction exercises that require borrowing procedures (complex subtraction), the ADHD group (time 1) committed more errors than controls, while significantly improvement in the medicated state (p = 0,039). Regarding the fMRI there was no specific difference between groups on each task isolated. However, there was an interaction between the type of calculation (approximate vs. exact) and group (control vs. ADHD): children with ADHD showed different activity from the control group in the posterior cingulate and precuneus, considering both forms of calculation. Conclusions. The use of multiple validated arithmetic tests enables a comprehensive and effective assessment of children at a risk for learning difficulties. Thus, the study was able to show that the ADHD group had significant arithmetic difficulties; on the other side MPH treatment brought substantial improvement. This mentioned improvement was observed in general development, and specifically on complex subtraction performance, what could have been caused by the increase of working memory skills, generating less involuntary errors. Regarding the fMRI, it brought up results not yet described by literature: the alterations of the posterior cingulate gyrus and precuneus what is possibly due to the intrinsic functional alteration of ADHD on MPH, an area that has already been described by ADHD literature nevertheless not on under this condition
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