351 |
Uso de serviços segundo a posse de plano privado de saúde no município de São Paulo / Health insurance and health services utilization in Sao Paulo, BrazilOlsen, Julia Maria 29 August 2014 (has links)
Introdução - O sistema de saúde brasileiro é composto por um segmento público universal e por um segmento privado. Grande parte da população do município de São Paulo está coberta por planos privado de saúde, porém existem poucos estudos locais explorando a influência desse fator no uso dos serviços de saúde. O estudo de unidades geográficas menores permite um melhor entendimento da realidade local. Objetivo Analisar o uso dos serviços de saúde segundo a posse de plano privado de saúde no município de São Paulo. Métodos - Estudo transversal com base nos dados obtidos no Inquérito de Saúde no Município de São Paulo de 2008. Analisamos o uso de serviços na resolução das condições agudas de saúde, no acompanhamento de doenças crônicas, no rastreamento de neoplasias e na hospitalização. Primeiro realizamos uma análise descritiva dos dados, com estimativa das prevalências. Então, verificamos a associação de cada um dos desfechos com a posse de plano privado de saúde, por meio da regressão logística múltipla, com ajuste para variáveis demográficas, socioeconômicas e da condição de saúde, estimando o Odds Ratio. Resultados As pessoas sem plano privado de saúde apresentaram maior chance de uso de serviços de urgência e emergência. As pessoas com plano apresentaram maior chance de uso de serviços ambulatoriais, de acompanhamento da hipertensão arterial sistêmica, de rastreamento de neoplasias e de hospitalização. Conclusões A posse de plano privado de saúde determinou diferenças no uso dos serviços de saúde no município de São Paulo, havendo iniquidades relacionadas às condições socioeconômicas. / Introduction The Brazilian health system is constituted by a universal public system and a private system. The city of São Paulo has a large insurance coverage but there are few local studies on the influence of this factor on health services utilization. Smaller geographic area research allows for better understanding of the local setting. Objective To analyze health services utilization according to private health insurance ownership in São Paulo. Method We performed a trans-sectional study, based on data from a health household survey performed in 2008 in São Paulo. We analyzed health services utilization in acute health issues, chronic disease followup, cancer early detection and hospitalization. We verified the association between each outcome and the ownership of private health insurance using multiple logistic regression, taking in account adjustment factors as demographic and socioeconomic characteristics and health condition. We estimated the Odds Ratio. Results People without private health insurance had bigger chances of using emergency services. People owning insurance had bigger chances of using ambulatory services and bigger chances of using services for hypertension follow-up and for cancer early detection and hospitalization. Conclusions Private health insurance ownership engendered differences in health services utilization and there are socio-economic related inequalities in São Paulo.
|
352 |
Morbidade hospitalar por causas externas no Sistema Único de Saúde em São José dos Campos, SP / Hospital morbidity due to external causes via Sistema Único de Saúde in São José dos Campos, SPMelione, Luís Paulo Rodrigues 14 August 2006 (has links)
Objetivos. Realizou-se uma pesquisa com o objetivo de conhecer a qualidade dos dados de internação, os gastos diretos e a morbidade hospitalar por causas externas em São José dos Campos, São Paulo. Material e Métodos. Foram estudadas as internações pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por lesões decorrentes de causas externas no primeiro semestre de 2003, no Hospital Municipal Dr. José de Carvalho Florence. Este hospital é referência para o atendimento ao trauma no Município. Foram analisados os prontuários de 990 internações. A concordância das variáveis relativas à vítima, à internação e ao agravo foi avaliada pela taxa bruta de concordância e pelo coeficiente Kappa. As lesões e as causas externas foram codificadas segundo a 10ª revisão da Classificação Internacional de Doenças. Resultados. A taxa de concordância bruta entre os dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS e a avaliação do pesquisador foi de boa qualidade para as variáveis relativas à vítima e à internação, variando de 89,0% a 99,2%. As lesões tiveram concordância ótima, exceto os traumatismos do pescoço (k=0,73), traumatismos múltiplos (k=0,67), e fraturas do tórax (k=0,49). As causas externas tiveram concordância ótima para acidentes de transporte e quedas. A confiabilidade foi menor para agressões (k=0,50), causas indeterminadas (k=0,37), e complicações da assistência médica (k=0,03). Houve concordância ótima nos acidentes de transporte em pedestres, ciclistas e motociclistas. Após ajuste do coeficiente Kappa para vieses e prevalência, os resultados mais baixos do coeficiente mudaram para melhor, exceto as causas indeterminadas. O maior gasto médio de internação foi por acidentes de transporte (R$ 614,63) seguido das agressões (R$ 594,90). As lesões com maior gasto médio foram às fraturas de pescoço (R$ 1.191,42) e traumatismo intracraniano (R$ 1.000,44). As internações com maior custo-dia foram às fraturas do crânio e dos ossos da face (R$ 166,72) e traumatismo intra-abdominal (R$ 148,26). A taxa de mortalidade hospitalar por causas externas foi de 4%, sendo maior entre pedestres (12,2%) e vítimas de agressões (8,2%). As principais causas externas de internação foram às lesões por acidentes de transporte (31,8%) e quedas (26,7%). A razão de masculinidade foi 3,1:1 e a faixa etária predominante foi 20-29 anos (23,3%). As partes do corpo mais atingidas foram membros inferiores (24,6%) e cabeça (22,0%). As lesões mais freqüentes foram às fraturas (49,8%) e o traumatismo intracraniano (13,5%). A maior taxa de internação ocorreu na região Norte do Município. Conclusões. As variáveis de estudo tiveram boa qualidade no nível de agregação analisado. Algumas variáveis relativas à vítima e alguns tipos de causas externas necessitam de aperfeiçoamento da qualidade dos dados. O perfil da morbidade hospitalar encontrado confirmou os acidentes de transporte como importante causa externa de internação hospitalar no Município. / Objectives. The objectives of the research were to identify the quality of admission data, direct expenditures, and external-cause hospital morbidity in the city of São José dos Campos, São Paulo, Brazil. Materials and Methods. Admissions to the Municipal Hospital Dr. José de Carvalho Florence via Sistema Único de Saúde (Unified Health System) resulting from external-cause injuries were analyzed during the first semester of 2003. This Hospital is a reference for trauma care in the city. Nine hundred and ninety patient admission charts were analyzed. Agreement between variables regarding victim, admission and the offence was analyzed by rate of rude agreement and by Kappa coefficient. The injuries and the external causes were codified according to the International Classification of Diseases, 10th revision. Results. The rate of rude agreement between the data registered in the Information System and the researchers evaluation was very good for variables regarding victim and admission with an 89.0% to 99.2% variation. Injuries had very good agreement, except for neck traumas (k=0.73), multiple traumas (k=0.50), and chest fractures (k=0.49). External causes had very good agreement for land transportation accidents and falls. Reliability was smaller for assaults (k=0.50), undetermined intent events (k=0.37), and medical care complications (k=0.03). There was very good agreement for transportation accidents involving pedestrians, cyclists, and motorcyclists. After adjusting the Kappa coefficient for bias & prevalence, the lowest coefficient results changed for better, except for undetermined intent events. The highest external cause average cost for hospital admission was due to land transportation accidents (R$ 614.63) followed by assaults (R$ 594.90). The highest injury average cost for hospital admission was neck fractures (R$ 1,191.42) and intracranial trauma (R$1,000.44). Admissions with higher daily cost were skull and face fractures (R$ 166.72) and intraabdominal trauma (R$ 148.26). External-cause hospital mortality rate was 4%, being higher among pedestrians (12.2%) and assault victims (8.2%). The main external cause for admissions was due to injuries from land transportation accidents (31.8%) and falls (26.7%). The male ratio was 3.1:1 and the predominant age was 20-29 years of age (23.3%). The most affected parts of the body were the lower limbs (24.6%) and the head (22.0%). The most frequent injuries were fractures (49.8%) and intracranial traumas (13.5%). The highest admission rate occurred in the north-side of the city. Conclusions. The study variables were good in the aggregation level analyzed. Some variables regarding the victim and some types of external cause require data quality improvement. The profile of hospital morbidity found in this study has confirmed that land transportation accidents are an important external cause for admission in the city.
|
353 |
Morbidade de crianças com baixo peso ao nascer durante o primeiro ano de vida na cidade de Sobral, Ceará / Morbidity of children with low birth weight during the first year of life in the city of Sobral, CearáPinto, Juliana Rodrigues 13 September 2010 (has links)
INTRODUÇÃO: O baixo peso ao nascer representa fator de risco importante para a morbidade e mortalidade neonatal e infantil, sendo acompanhado por prematuridade, retardo de crescimento intra-uterino, ou ambos os fatores. OBJETIVO: Estudar as características maternas, perinatais, ambientais, econômicas, evolução ponderoestatural e alimentação das crianças nascidas com baixo peso e sua interação no aumento da morbidade durante o primeiro ano de vida. MÉTODOS: Estudo de coorte retrospectivo realizado na cidade de Sobral, Ceará, no período de três anos (2005 a 2007) onde foram incluídas 261 crianças nascidas com baixo peso (BP) e acompanhadas pelo Programa de Saúde da Família. Foi utilizado a Base de Dados do Sistema de Informações de Nascidos Vivos e revisão de prontuários hospitalares e ambulatoriais destas crianças para coleta de dados, quantificação e causa das consultas e internações. Para análise das variáveis foram realizadas distribuições de freqüência, Odds Ratio (OR), respectivos intervalos de confiança (95%) e significância estatística das associações. A análise final de associação utilizou modelo de regressão multivariado para avaliar os fatores de risco relacionados com o aumento da morbidade. RESULTADOS: Entre as 261 crianças estudadas, a média da idade materna foi de 24 anos, sendo que 29,12% das mães eram adolescentes. Cerca de 41,76 % das mães eram solteiras e 31,42% casadas ou com união estável, e 24,14% eram sem escolaridade. Quanto às características perinatais, 52,11% das crianças nasceram de parto vaginal, 52,49% pré-termos; 55,56% eram do sexo feminino, 98,08% das crianças obtiveram Apgar de 5 minutos maior que 6. O peso médio de nascimento foi de 2140 g, sendo que 72,03% das crianças nasceram com peso entre 2000 e 2500 g. Houve incremento do escore-z de peso até os quatro meses de idade cronológica para crianças nascidas a termo e idade gestacional corrigida para os pré-termo em cerca de 87% das crianças e 45% do escore-z do comprimento. O índice de aleitamento materno exclusivo foi de 26,05% e 8,43% até os 4 e 6 meses de idade respectivamente. Observou-se que 13,97% das crianças residiam em casa de taipa, 36,49% dos domicílios utilizavam fogão a lenha e 36,11% viviam com renda familiar inferior a um salário mínimo. Quanto a morbidade, as 261 crianças nascidas com baixo peso realizaram 1103 consultas por motivo de doença no Programa de Saúde de Família, tendo como causa principal infecções respiratórias agudas. Ocorreram 469 consultas ocorreram em emergência pediátrica e 156 internações hospitalares, principalmente no período neonatal. Foram identificados como fatores de risco para maior morbidade: a) Interrupção do aleitamento materno exclusivo antes dos quatro meses o qual esteve associado a presença de consulta em emergência (OR 3,07; p<0,001); b) Idade gestacional e peso de nascimento baixos, com maior probabilidade de internação no período neonatal (OR 6,26; p<0,001); c) Prematuridade e a ausência de recuperação de peso até os 4 meses estiveram associados a internação por pneumonia, diarréia aguda e outros motivos (OR 5,15 e 0,65; p = 0,036 e 0,013, respectivamente). As demais variáveis não tiveram relação com a morbidade estudada. CONCLUSÃO: A prematuridade, a interrupção do aleitamento materno exclusivo antes dos quatro meses e a ausência do incremento de peso estiveram associadas a maior morbidade nas crianças de baixo peso ao nascer. Nesta população atendida pelo PSF, as características maternas, ambientais e econômicas não estiveram associadas à maior morbidade / BACKGROUND: Low birth weight represents an important risk factor for neonatal and infant morbidity and mortality, accompanied by prematurity, intrauterine growth restriction, or both. OBJECTIVE: To study maternal, perinatal, environmental, economic characteristics, growth and feeding of children with low birth weight and their interaction in the increased morbidity during the first year of life. METHODS: A retrospective cohort study conducted in the city of Sobral, Ceará, in the period of three years (2005-2007) which included 261 children with low birth weight (LBW) and followed by the Family Health Program. We used the database of the Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC) and review data collection of hospital and ambulatory records of these children, quantification and causes of emergency room visits and hospitalizations. For analysis of the variables, were used frequency distributions, odds ratio (OR), confidence intervals (95%) and statistical significance of associations. The final analysis of association used logistic regression analysis to assess the risk factors associated with increased morbidity. RESULTS: Among 261 children studied, the average maternal age was 24 years, and 29.12% of mothers were teenagers. Approximately 41.76% were single mothers and 31.42% were married or with a stable union, and 24.14% were uneducated. Regarding perinatal characteristics, 52.11% were born vaginally, 52.49% were preterm, 55.56% were female and 98.08% of the children had Apgar 5 minutes greater than 6. The average birth weight was 2140 g, and 72.03% of children born weighing between 2000 and 2500 g. There was catch up in weight to four months of chronological age for children born at term and corrected gestational age for preterm at around 87% and 45% in height. The rate of exclusive breastfeeding was 26.05% and 8.43% to 4 and 6 months of age respectively. It was observed that 13.97% of children lived in wattle and daub house, 36.49% of households used wood stoves, and 36.11% lived with less than one minimum wage. As for morbidity, the 261 children born with low birth weight were 1103 visits due to illness in the Family Health Program, with the main cause was acute respiratory infections. There were 469 emergency visits and 156 pediatric emergency hospital admissions, especially in the neonatal period. Were identified as risk factors for increased morbidity: a) interruption of exclusive breastfeeding before 4 months which was associated with the presence of emergency consultation (OR 3.07, p <0.001), b) low gestational age and birth weight, with a greater likelihood of hospitalization in the neonatal period (OR 6.26, p <0.001), c) Prematurity and the no catch up in weight at to 4 months of age were associated with hospitalization for pneumonia, diarrhea and other reasons (OR 5, 15 and 0.65, p = 0.036 and 0.013, respectively). The other variables were not associated with morbidity study. CONCLUSION: Prematurity, interruption of exclusive breastfeeding before four months and no catch up growth were associated with greater morbidity in children with low birthweight. In the population served by the PSF, maternal characteristics, environmental and economic were not associated with increased morbidity
|
354 |
Impacto da hospitalização no equilíbrio postural e na qualidade de vida de pacientes adultos e idosos num hospital público de nível terciário / Hospitalization impact on postural balance and health related quality of life of adults and elderly inpatients in a tertiary level public hospitalLavoura, Patrícia Harry 18 August 2016 (has links)
Introdução: A imobilização prolongada no leito, como ocorre durante a hospitalização, pode desencadear alterações em diferentes sistemas do corpo e na capacidade funcional. Estas alterações podem levar a mudanças no equilíbrio postural e na qualidade de vida, porém estes efeitos são pouco compreendidos. Objetivos: Quantificar as mudanças no equilíbrio postural e na qualidade de vida relacionada à saúde de pacientes após um período de hospitalização e verificar a ocorrência de quedas e seus preditores e re-internações após a alta. Método: Trata-se de um estudo transversal observacional que incluiu 250 pacientes internados em enfermarias de um hospital público terciário. Foram incluídos pacientes de ambos os sexos, com idade >= 50 anos e foram excluídos pacientes com déficits cognitivos, com delirium e aqueles que não foram capazes de realizar os testes propostos. Dados clínicos e sociodemográficos foram obtidos do prontuário médico. Os pacientes foram avaliados até, no máximo, 48 horas da admissão hospitalar e reavaliados no dia da alta. O Mini-BESTest foi utilizado para avaliar o equilíbrio postural e o Short Form 12 para qualidade de vida relacionada à saúde. Para verificar a ocorrência de quedas e re-internações, foi realizado um acompanhamento por telefone de 1, 3 e 6 meses pós-alta. Análise estatística: Foi realizada uma análise descritiva e comparação entre as pontuações da admissão e alta hospitalar dos instrumentos Mini-BESTest e SF-12 através do teste T pareado e/ou Wilcoxon Signed Rank Test. Foram realizados os testes T de student e/ou Mann-Whitney Rank Sum Test para comparar as pontuações do Mini-BESTest entre os grupos que apresentaram e não apresentaram quedas e re-internações. Foi utilizado o teste Qui-quadrado para avaliar a proporção entre eventos de queda e internação pré-hospitalização. Os eventos queda e re-internação pós-alta estão apresentados em valores absolutos e percentual (%), e para análise de preditores de quedas foram utilizados correlação de Pearson, regressão stepwise backward e regressão logística múltipla. Foi adotado p <= 0,05. Resultados: Não foi observado um impacto negativo da hospitalização na população total do estudo, contudo os pacientes que perderam equilíbrio apresentaram um tempo maior de hospitalização. Quanto à qualidade de vida relacionada à saúde os pacientes apresentaram melhora avaliada pelo SF-12. Observou-se uma elevada incidência de quedas e re-internação pós-alta hospitalar, e foram preditores destas quedas: histórico de queda prévia à hospitalização, pontuação do Mini-BESTest na alta, número total de comorbidades e idade. Conclusão: A hospitalização não foi capaz de gerar modificações negativas na qualidade de vida relacionada à saúde ou no equilíbrio postural dos pacientes. Foi verificada uma elevada ocorrência de quedas e seus preditores / Background: Prolonged bed rest during hospitalization can trigger changes in different body systems and functional capacity. These changes can lead to impairment in postural balance and quality of life, but these effects are poorly understood. Objectives: To quantify possible changes in postural balance and health related quality of life of patients after a period of hospitalization and check the occurrence of falls and their predictors and hospital readmissions. Method: This was an observational cross-sectional study that included 250 patients admitted to wards of a tertiary public hospital. Were included patients of both genders aged >= 50 years and were excluded patients with cognitive deficits, delirium and those who were not able to perform the tests proposed. Clinical and sociodemographic data were obtained from medical records. Patients were evaluated by a maximum of 48 hours of hospital admission and reassessed at discharge. The Mini-BESTest was used to assess postural balance and the Short Form 12 for health related quality of life. To check the occurrence of falls and readmissions a telephone follow-up of 1, 3 and 6 months after discharge was conducted. Statistical analysis: A descriptive analysis was performed and comparison between the scores of hospital admission and discharge of Mini-BESTest and SF-12 through the paired t test and/or Wilcoxon Signed Rank Test. The Student\'s t-test and/or Mann-Whitney rank sum test were performed to compare the scores of Mini-BESTest between the groups with and without falls and readmissions. The Chi-square test was used to evaluate the ratio between falls and pre-hospital admission. Fall events and hospital re-admission are presented in absolute and percentage values (%) and Pearson correlation, stepwise regression and backward multiple logistic regression were used for analysis of falls predictors. P <= 0.05 was adopted. Results: There was no negative impact of hospitalization in the total study population however patients who lost balance presented a longer hospitalization. The health related quality of life showed an improvement assessed by the SF -12. There was a high incidence of falls and post-discharge rehospitalization and were predictors of these falls: previous fall, Mini-BESTest score at discharge, total number of comorbidities and age. Conclusion: Hospitalization was not able to generate negative changes in health related quality of life or in the postural balance of the patients and a high incidence of falls and their predictors was verified
|
355 |
Epidemiologia da hipertensão e diabetes em São José do Rio Preto, 2002 a 2012.Reis, Andréia Francesli Negri 17 October 2014 (has links)
Submitted by Fabíola Silva (fabiola.silva@famerp.br) on 2017-02-07T13:15:31Z
No. of bitstreams: 1
andreiafnegrireis_dissert.pdf: 1178480 bytes, checksum: 7000c51344165ffa70c37fc568765768 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-02-07T13:15:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1
andreiafnegrireis_dissert.pdf: 1178480 bytes, checksum: 7000c51344165ffa70c37fc568765768 (MD5)
Previous issue date: 2014-10-17 / Introduction: Chronic conditions have gained a special place among the public health problems around the world, with high morbidity and mortality rates, mainly related to systemic arterial hypertension (SAH) and diabetes mellitus (DM). Objectives: To identify sociodemographic variables, risk factors and complications of the users registered in the Registration and Monitoring System of Hypertensive and Diabetic Patients (HIPERDIA) in São José do Rio Preto; to identify the main causes of hospitalizations and mortality due to SAH and DM and to analyze the morbidity and mortality tend, comparing the triennia 2002-2004 and 2010-2012. Methods: Cross-sectional and descriptive study that used secondary data from: users registered in HIPERDIA; deaths from the Mortality Information System and hospitalizations from the Datasus Hospital Information System. Univariate (tests: chi-square, t-test for independent samples, variance analysis and Tukey’s test) and multivariate (Multiple Correspondence Analysis) statistical analyses were applied. Results: 45,723 patients registered in HIPERDIA between 2002 and 2012 were studied. In this group, 31,547(69%) were hypertensive, 2,867(6.27%) diabetic and 11,309 (24.73%) hypertensive and diabetic. The majority was female, mean age 59 ± 13.8 years, unfinished primary education, white, lived with a partner and children, 59.57% presented risk factors and 16.58% complications. A statistically significant association was observed between the clinical conditions and: risk factors; smoking and sedentariness (p<0.0001) with diabetes and hypertension, with diabetes; Overweight (p<0.0001) in the three clinical conditions and family antecedents (p<0.0001) with hypertension and diabetes; with the complications: other heart diseases, stroke and kidney diseases (p < 0.01) with the three clinical conditions; and cerebrovascular accident (p<0.0001) with diabetes and diabetes and hypertension. Between 2002 and 2012, 325,439 hospitalizations took place, 14.7% due to diseases of the circulatory system (DCS) and 0.7% due to DM. The deaths corresponded to: 29,027, 31.5% DCS, 8.06% cerebrovascular diseases (CVD) and 2.75% DM. A significant association was found between the causes of hospitalization and deaths in terms of the patients’ sex and age in both triennia (p<0.001). The highest lethality in the hospitalizations was due to CVD (10%). The trend showed a drop in mortality rates and younger patients being hospitalized due to DM, advanced ages due to CVD, with higher frequencies among women. Conclusions: These study data will support the elaboration of intervention strategies to improve care for hypertensive and diabetic patients, thus preventing the complications and strengthening the course started towards the construction of Regional Care Networks, which are horizontally structured, integrated, problem-solving and coordinated at the primary care level, using clinical management tools and care line organization. / Introdução: As condições crônicas passaram a ocupar lugar de destaque entre os problemas de saúde pública em todo o mundo com elevadas taxas de morbimortalidade relacionadas principalmente à Hipertensão arterial sistêmica (HAS) e ao Diabetes mellitus (DM). Objetivos: Identificar variáveis sociodemográficas, fatores de risco e complicações dos usuários cadastrados no Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos (HIPERDIA) de São José do Rio Preto; identificar as principais causas de internações e mortalidade por HAS e DM e analisar a tendência de morbimortalidade comparando os triênios de 2002-2004 e 2010-2012. Métodos: Estudo descritivo transversal que utilizou dados secundários de: usuários registrados no HIPERDIA; óbitos do Sistema de Informação sobre Mortalidade e as internações do Sistema de Informação Hospitalar do Datasus. A análise estatística foi realizada de forma univariada (testes: qui quadrado, teste t amostras indenpendentes, análise de variância e teste de Tukey) e multivariada (Análise de Correspondência Múltipla). Resultados: Foram estudados 45.723 cadastrados no HIPERDIA de 2002 a 2012. Destes, 31.547(69%) eram hipertensos, 2867(6,27%) diabéticos e 11.309 (24,73%) hipertensos e diabéticos. A maioria era feminina, idade média 59 ± 13,8 anos, ensino fundamental incompleto, branca, conviviam com companheiro(a) e filhos, 59,57% apresentavam um fator de risco e 16,58% complicações. Observou-se associação estatisticamente significante das condições clinicas com: fatores de risco; tabagismo e Sedentarismo (p<0,0001) com Diabetes e Hipertensão, com diabetes; Sobrepeso (p<0,0001) nas três condições clínicas e antecedentes Familiares (p<0,0001) com hipertensão e diabetes; com as complicações: Outras coronariopatias, Infarto Agudo do Miocárdio e Doença Renal (p < 0,01) com as três condições clínicas; e Acidente Vascular Cerebral (p<0,0001) na diabetes e diabetes com hipertensão. De 2002 a 2012 ocorreram 325.439 internações, 14,7% por doenças do aparelho circulatório (DAC) e 0,7% devidas a DM. Os óbitos foram: 29.027, 31,5% DAC, 8,06% doenças cerebrovasculares (DCV) e 2,75% DM. Houve associação significativa entre as causas da internação e dos óbitos em relação ao sexo e idade dos pacientes nos triênios (p<0,001). A maior letalidade das internações foi por DCV(10%). A tendência mostrou que houve queda da mortalidade e pacientes mais novos foram internados devido à DM, idades avançadas à DCV, com maior frequência no sexo feminino. Conclusões: Os dados deste estudo darão subsídios para elaborar estratégias de intervenções na melhoria do atendimento aos hipertensos e diabéticos prevenindo assim, as complicações e reforça o caminho iniciado de construção de redes regionais de atenção, estruturadas horizontalmente, integradas, resolutivas e coordenadas pela atenção primária, utilizando ferramentas de gestão da clínica e organização das linhas de cuidado.
|
356 |
Perfil da população atendida e notificada por tuberculose em um hospital escola de 2010 a 2014.Santos, Mariana Bertolino Fioramonti dos 20 May 2016 (has links)
Submitted by Fabíola Silva (fabiola.silva@famerp.br) on 2017-05-19T13:00:21Z
No. of bitstreams: 1
marianabertolinofdossantos_dissert.pdf: 1379801 bytes, checksum: 57460c23ef00a3dae03bd82b2e746131 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-05-19T13:00:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1
marianabertolinofdossantos_dissert.pdf: 1379801 bytes, checksum: 57460c23ef00a3dae03bd82b2e746131 (MD5)
Previous issue date: 2016-05-20 / Introduction: Tuberculosis (TB) is an infectious disease of chronic development, which mainly affects the lungs and it is caused by Mycobacterium tuberculosis. Currently it remains on the list of health problems both at the global level, as the national. According to the World Health Organization estimated that in 2014 there were 9.6 million people sick with tuberculosis in the world. In 2014 they were diagnosed in Brazil 67,966 new cases of tuberculosis, heterogeneously distributed in the Federative Units and the Federal District, with average incidence rate around 33.5 cases per 100 thousand inhabitants. The State of São Paulo has rates around 36.9 cases / 100,000 inhabitants, in addition, it is important the incidence of the disease on populations of lower economic and social power. In 2014, in the city of São José do Rio Preto were reported 136 cases of tuberculosis with an incidence of 32.7 cases per 100 thousand inhabitants, rate lower than the national average, but very significant for the region. Objectives: Analyze the sociodemographic and epidemiological characteristics and identify the factors associated with TB patients reported in Hospital School in São José do Rio Preto. Materials and methods: This is a descriptive and retrospective study performed transversely held in a hospital in the state of São Paulo, from January 2010 to December 2014. Data were collected from the reporting forms of cases of TB for Epidemiological Surveillance Center of the service. The population was submitted to the pairing process records followed by purification of duplicate records. The data were stored in spreadsheets, through these data were constructed tables and frequency graphs. Qualitative data were associated through the application of Chi-Square test and quantitative data were compared using the Kruskal-Wallis test with subsequent application of the multiple comparison test of Dunn. It performed multiple correspondence analysis and all statistical tests were applied with a 0.05 significance level. The software used for analysis were Minitab 17 (Minitab Inc.) and Statistica 10 (StatSoft Inc.).Results: The data show that the socio-demographic and epidemiological aspects of tuberculosis incidence in the population is consistent with most studies in other regions, the hospitalization data was shorter compared to other research. It was also observed that there is a strong association between the population affected by TB and HIV coinfection. Conclusion: The results of study represent the most susceptible people to TB infection in the area, with no great differences between the world known population. The co-infection of TB / HIV must remain as a constant research target, especially because of the immense mortality of these individuals. / Introdução: A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa de evolução crônica, que compromete principalmente os pulmões, sendo o agente etiológico, o Mycobacterium tuberculosis. Atualmente mantém-se no topo da lista dos agravos de saúde tanto no âmbito mundial, quanto no nacional. Segundo a Organização Mundial da Saúde estima-se que em 2014 havia 9,6 milhões de pessoas doentes por tuberculose no mundo. Em 2014 foram diagnosticados no Brasil 67.966 casos novos de tuberculose, distribuídos de forma heterogênea pelas Unidades da Federação e Distrito Federal, com taxa média de incidência em torno dos 33,5 casos para cada 100 mil habitantes. O Estado de São Paulo apresenta taxas em torno de 36,9 casos/100 mil, além disso, é importante a incidência da doença sobre populações de poder econômico e social mais baixos. Em 2014, no município de São José do Rio Preto foram notificados 136 casos de tuberculose com uma incidência de 32,7 casos para cada 100 mil habitantes, taxa menor do que a média nacional, porém bastante expressiva para a região. Objetivos: Analisar as características sociodemográficas, epidemiológicas e identificar os fatores associados á tuberculose em pacientes notificados em Hospital Escola no município de São José do Rio Preto. Materiais e métodos: Trata-se de uma pesquisa descritiva e retrospectiva, efetuada de forma transversal realizado em instituição hospitalar do interior do Estado de São Paulo, no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2014. Os dados foram coletados a partir das fichas de notificação dos casos de tuberculose notificados pelo Núcleo de Vigilância Epidemiológica do serviço. Essa população foi submetida ao processo de pareamento de registros seguido de depuração de registros repetidos. Os dados foram armazenados em planilhas eletrônicas, através destes dados foram construídos tabelas e gráficos de frequência. Os dados qualitativos foram associados por meio da aplicação do teste qui-quadrado e os dados quantitativos foram comparados por meio da aplicação do teste de Kruskal-Wallis com posterior aplicação do teste de comparação múltipla de Dunn. Foi realizada Análise de Correspondência Múltipla e todos os testes estatísticos foram aplicados com nível de significância de 0,05. Os softwares utilizados para análise foram o Minitab 17 (Minitab Inc.) e o Statistica 10 (StatSoft Inc.). Resultados: Os dados mostraram que nos aspectos sóciodemográficos e epidemiológicos a incidência de tuberculose na população condiz com a maior parte dos estudos realizados em outras regiões, nos dados de internação foi identificado menor tempo de permanência em relação à outras pesquisas. Observou-se ainda que existe grande associação entre a população afetada pela TB e a coinfecção pelo HIV. Conclusão: Os resultados obtidos no estudo representam a população mais susceptível à infecção por TB na região estudada, não havendo grandes diferenças com a população mundialmente conhecida. A coinfecção entre TB/HIV precisa se manter como alvo de constantes pesquisas, sobretudo pela imensa taxa de mortalidade destes indivíduos
|
357 |
Óbitos, internações e custos das doenças crônicas não transmissíveis no estado de Goiás no período de 2006 a 2012Lima, Helen de 17 September 2013 (has links)
Submitted by Cássia Santos (cassia.bcufg@gmail.com) on 2014-10-17T12:52:33Z
No. of bitstreams: 2
Tese - Helen de Lima 2013.pdf: 9777714 bytes, checksum: cc6650482217d50ed3a20d235b2fe54a (MD5)
license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Approved for entry into archive by Jaqueline Silva (jtas29@gmail.com) on 2014-10-17T20:38:40Z (GMT) No. of bitstreams: 2
Tese - Helen de Lima 2013.pdf: 9777714 bytes, checksum: cc6650482217d50ed3a20d235b2fe54a (MD5)
license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-10-17T20:38:40Z (GMT). No. of bitstreams: 2
Tese - Helen de Lima 2013.pdf: 9777714 bytes, checksum: cc6650482217d50ed3a20d235b2fe54a (MD5)
license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5)
Previous issue date: 2013-09-17 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás - FAPEG / The aim of this study was to analyze the prevalence and distribution of mortality
hospitalizations and costs for non-communicable chronic diseases (cardiovascular
diseases, cancer, chronic respiratory diseases and diabetes mellitus ) in the State
of Goiás, from 2006-2012 about the epidemiological dimension and proposed
strategic actions. Methodological procedures included descriptive statistics with
frequency analysis, absolute and percentage, and frequency conversion rate of
deaths per 10 000 inhabitants, for all of the municipalities and their distribution in
the large and small regions of health. We used the databases of deaths and
hospitalizations from national health information by selecting admissions frequently
occurring above 100 in 2011, according to the International Classification of
Diseases (ICD-10). Copied these databases. It was created an environment tab,
using TabWin Exploratory Analysis applicative, version 3.6. The process of
extracting the data consisted in taking some filters so that the extracted data were
only and exclusively of non-communicable chronic diseases and disabled residents
in the state of Goiás and only during the selected period. The findings show that, for
the variable death, the most frequent cause was the circulatory system diseases.
Struck both sexes in the age groups in their extreme stratification. These diseases
are also prevalent when analyzing hospital admissions, and the majority occur in
women. When assessing the cost of hospital admissions, there is a growing
expense, in general, for all causes. The large region health, the Midwest has the
highest death rates and higher expenses, R$ 182.84 million in the period. The
causes cancer affects men more than 60 years of age or above with the death rate
was 3.6 cases per 10 000 inhabitants. Chronic respiratory diseases and diabetes
mellitus occur respectively in men aged 70 and above and women 50 years of age
or above. The study also revealed that, for large region health, death rates had
great variation. The highest rate corresponds to the large region Midwest, which
has characteristics of great development. The study revealed the presence of
significant and diverse death rate in the large regions of health. The findings
indicate the need for consideration of the possibilities and limits of punctual
interventions, compensatory cyclical character, and the importance of intersectoral
interventions, integral for amending the conditions of life of the whole population. It
also demonstrates the importance of the adoption of public policies and
intersectoral actions guided by the community – based approach, amplifying the
reach of intervention of public agencies in the prevention and control of NCDs, one
of the large, if not the biggest, challenge for the public health of the XXI century. / O objetivo deste trabalho foi analisar a prevalência e distribuição da mortalidade, das
internações e dos custos por doenças crônicas não transmissíveis (doenças do
aparelho circulatório, câncer, doenças respiratórias crônicas e diabetes mellitus) no
Estado de Goiás, no período de 2006 a 2012 no tocante a dimensão epidemiológica e
a propostas de ações estratégicas. Os procedimentos metodológicos incluíram
estatística descritiva com análise de frequência, absoluta e percentual, e conversão da
frequência em taxa de óbitos para cada 10 mil habitantes, para o conjunto de
municípios e a distribuição destes nas macrorregiões e microrregiões de saúde.
Foram utilizadas as bases de dados de óbitos e de internações hospitalares dos
sistemas nacionais de informação em saúde, selecionando-se as internações com
frequência de ocorrência acima de 100 no ano de 2011, segundo a Classificação
Internacional de Doenças (CID-10). Copiadas essas bases de dados, criou-se um
ambiente de tabulação, com o uso do aplicativo de Análise Exploratório TabWin,
versão 3.6. O processo de extração dos dados consistiu em assumir alguns filtros de
forma que os dados extraídos fossem únicos e exclusivamente de doenças crônicas
não transmissíveis e os enfermos residentes no Estado de Goiás e apenas no período
selecionado. Os achados demonstram que, para a variável óbito, a causa de maior
ocorrência foi doenças do aparelho circulatório. Acometeu ambos os sexos nas faixas
etárias em seus extremos de estratificação. Esses agravos também predominam
quando da análise das internações, sendo a maior ocorrência em mulheres. Ao avaliar
o custo das internações, observa-se um crescente gasto, de forma geral, para todas
as causas. A macrorregião de saúde, Centro Oeste, tem as maiores taxas de óbitos e
os maiores gastos, R$ 182,84 milhões, no período. A causa câncer acomete mais
homens de 60 anos de idade ou acima com taxa de óbito de 3.6 casos por 10 mil
habitantes. As doenças respiratórias crônicas e o diabetes mellitus ocorrem,
respectivamente, em homens de 70 anos ou acima e mulheres de 50 anos de idade
ou acima. O estudo revelou ainda que, por macrorregião de saúde, as taxas de óbito
tiveram grande variação. A maior taxa corresponde à macrorregião Centro Oeste, que
tem característica de grande desenvolvimento. O estudo evidenciou a presença
relevante e diversificada de taxa de óbitos nas microrregiões de saúde. As
conclusões indicam a necessidade de ponderação acerca das possibilidades e
limites das intervenções pontuais, de caráter conjuntural e compensatório, bem
como a relevância de intervenções intersetoriais, integrais que visem modificar as
condições de vida do conjunto da população. Demonstra ainda a importância da
adoção de políticas públicas e ações intersetoriais orientadas pela abordagem de
base comunitária amplificando a capilaridade de intervenção dos órgãos públicos na
prevenção e controle das DCNT um dos grandes, senão o maior, desafio para a
saúde pública do século XXI.
|
358 |
O significado do diagnÃstico do diabetes mellitus gestacional na perspectiva de um grupo de grÃvidas hospitalizadas / The significance of the diagnosis of gestational diabetes mellitus in the perspective of a group of pregnant hospitalizedSarah Maria Fraxe Pessoa 27 June 2008 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / O diabetes mellitus gestacional (DMG) à uma das sÃndromes metabÃlicas mais freqÃentes, e muitas vezes exige internaÃÃo. O exercÃcio profissional dedicado ao cuidado das gestantes com DMG mostrou problemas sociais e psicolÃgicos acarretados pelo diagnÃstico e a obrigatoriedade da internaÃÃo hospitalar, dando origem ao seguinte pressuposto: o diagnÃstico de DG inesperado e a internaÃÃo prolongada trazem sentimentos de medo de nÃo conseguir chegar ao termo da gravidez e ter um bebà saudÃvel. Esses momentos tambÃm sÃo permeados de preocupaÃÃes com relaÃÃo ao afastamento dos filhos que ficaram em casa. As experiÃncias compartilhadas com essas mulheres incentivaram o desenvolvimento da presente investigaÃÃo, que se propÃs a compreender o significado do diagnÃstico e da internaÃÃo hospitalar na perspectiva de um grupo de grÃvidas com DMG. Estudo fenomenolÃgico, realizado na clÃnica obstÃtrica da Maternidade Escola Assis Chateaubriand, Universidade Federal do CearÃ, localizada no municÃpio de Fortaleza. Participaram da investigaÃÃo 12 gestantes hospitalizadas pela primeira vez durante a gravidez. As informaÃÃes obtidas no perÃodo de abril a outubro de 2007 foram extraÃdas de prontuÃrios, de entrevistas semi-estruturadas, de prÃticas de arte-terapia e de anotaÃÃes de diÃrio de campo. Foram ainda organizadas à luz do mÃtodo de Colaizzi e analisadas com base nos estudiosos da fenomenologia existencial, da arte-terapia e do diabetes gestacional. O estudo evidenciou que ter diabetes gestacional significa: 1. vivenciar experiÃncias que trazem felicidade, bem-estar e mudanÃas de atitude como o sentimento prazeroso de gestar e ser mÃe; o sentimento de felicidade devido Ãs chances de tratamento, controle e atà cura da doenÃa, e a oportunidade de ser-com-o-outro durante a hospitalizaÃÃo e 2. vivenciar experiÃncias de sofrimento decorrentes do diagnÃstico e da internaÃÃo hospitalar, como o medo da morte, desespero, tristeza, angÃstia, inseguranÃa e depressÃo. A compreensÃo do fenÃmeno em questÃo confirmou o pressuposto formulado e acrescentou outras facetas ao fenÃmeno, revelando a necessidade de um novo olhar para o cuidado Ãs gestantes internadas com diabetes mellitus gestacional, que priorize a utilizaÃÃo de recursos lÃdicos e expressivos; a permissÃo para que filhos menores possam visitar as mÃes durante a hospitalizaÃÃo; e a implementaÃÃo de aÃÃes educativas no interior das unidades de internaÃÃo. A partir dos discursos das gestantes apreendeu-se que tais estratÃgias tornam o perÃodo de hospitalizaÃÃo mais tranqÃilo e acolhedor, o que ajudarà essas mulheres a se perceberem como Seres Humanos de mÃltiplas possibilidades. / Gestational Diabetes Mellitus is one of the most frequent metabolic syndromes and often requires hospitalization.The professional exercise dedicated to the care of pregnant women with DMG showed social and psycological problems caused by diagnosis and obligation of hospitalization, leading to the following assumption: the diagnosis of DG unexpected and prolonged hospitalization bring feelings of fear of not reaching the end of pregnancy and have a healthy baby. These moments are also permeated of concerns regarding to the absence of the children who stayed at home. The experiences shared with these women encouraged the development of this research, which is proposed to understand the meaning of the diagnosis and hospitalization in the perspective of a group of pregnant women with GDM.The phenomenological study was conducted in the obstetrical clinic of Maternidade Escola Assis Chateaubriand, Federal University of CearÃ, in Fortaleza/CearÃ. Twelve women hospitalized for the first time during pregnancy participated in the research. Information obtained between April and October, 2007, were extracted from medical records, semi-structured interviews, practice of art-therapy and daily notes from a field diary. Such information was also organized on the method of Colaizzi and analyzed based on the scholars of existential phenomenology, art-therapy and gestational diabetes. The study showed that to have gestational diabetes means: 1. living experiences that bring happiness, welfare and changes in attitude, as the pleasant feeling of pregnancy and be a mother; the sense of happiness due the chances of treatment, control and even cure of the disease, and the opportunity to be with each other during hospitalization and 2. living experiences of suffering emerged from the impact of diagnosis, as the fear of death, despair, sadness, anxiety, distress, insecurity and depression. The comprehension of the phenomenon confirmed the assumption formulated and added other facets to the same phenomenon, revealing the need for a new look to the care of pregnant women hospitalized with gestational diabetes mellitus which prioritize the use of entertainment and expressive resources; the permission for the children to visit their mothers during hospitalization; and implementation of educational activities within the units of hospitalization. From the speeches of the women it was observed that such strategies make the period of hospitalization more quiet and receptive, which would help these women to realize themselves as Human Beings with multiple possibilities.
|
359 |
Eventos adversos médicos em idosos hospitalizados: frequência e fatores de risco em enfermaria de geriatria / Medical adverse events in hospitalized elderly patients: frequency and risk factors in a geriatric wardCláudia Szlejf 04 November 2010 (has links)
Introdução: idosos hospitalizados apresentam maior risco de sofrer eventos adversos na internação que adultos jovens, com consequências mórbidas significativas. O objetivo deste estudo é estimar prospectivamente a freqüência de eventos adversos médicos, os fatores de risco para sua ocorrência e sua relação com óbito intrahospitalar em idosos admitidos aos leitos destinados a cuidados de descompensações clínicas agudas de uma enfermaria de geriatria. Métodos: estudo de coorte prospectivo incluindo as admissões de pacientes com 60 anos ou mais aos leitos destinados a cuidados de descompensações clínicas agudas da Enfermaria de Geriatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, com duração maior de 24 horas, entre abril de 2007 e julho de 2008. Na admissão foram obtidos dados sobre sexo, idade, número de drogas utilizadas, presença de síndromes geriátricas (imobilidade, instabilidade postural, incontinência esfincteriana, demência, depressão e delirium), comorbidades, status funcional (índice de Katz) e gravidade de doença (SAPS II). Durante o período de internação avaliou-se a ocorrência de delirium, infecção, a prescrição de medicamentos inapropriados ao idoso (critérios de Beers) e óbito intrahospitalar. Um observador não envolvido nos cuidados dos pacientes relatou a ocorrência de eventos adversos médicos. Resultados: foram incluídas 171 admissões de pacientes, com idade média de 78,12 anos ± 9,27, sendo 101 do sexo feminino. Ocorreram 187 eventos adversos médicos em 94 admissões (55%), com 2,01 eventos por admissão. Não foi possível identificar fatores preditores da ocorrência de eventos adversos médicos. As admissões com ocorrência de eventos adversos apresentaram maior tempo de internação na enfermaria de geriatria (21,41 dias ± 15,08 X 10,91 dias ± 7,21, p<0,001) e maior mortalidade intra-hospitalar que as admissões onde não houve eventos. Como fatores preditores de mortalidade intra-hospitalar após análise multivariada identificou-se o SAPS II (Razão de chances (OR)=1,13, intervalo de confiança (IC) 95% 1,07-1,20, p<0,001), índice de Katz na admissão (OR=1,47, IC 95% 1,18-1,83, p=0,001) e ocorrência de eventos adverso médico (OR=3,59, IC 95% 1,55-8,30, p=0,003). Conclusões: Eventos adversos médicos devem ser considerados em todo idoso hospitalizado uma vez que são bastante frequentes nessa população. Não há um perfil de risco para indivíduos suscetíveis. Estes eventos apresentam impacto na mortalidade e no tempo de internação. / Introduction: hospitalized seniors are at higher risk of adverse events than young adults and it is a morbid condition. The aim of this study is to prospectively estimate the frequency of medical adverse events in elderly patients admitted to an acute care geriatric ward, the predictive factors to its occurrence, and their implication in death during hospitalization. Methods: prospective cohort study including the admissions of elderly patients that lasted more than 24 hours to the acute care session of the geriatric ward in Hospital das Clínicas of Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, between 2007 and 2008. At admission the variables assessed were age, gender, number of drugs, geriatric syndromes (immobility, postural instability, dementia, depression, delirium and incontinency), comorbidities, functional status (Katz Score), and severity of illness (SAPS II). During hospitalization, the occurrence of delirium, infection, the prescription of potentially inappropriate medications according to Beers criteria and death were assessed. An observer not involved in the patients care reported the medical adverse events. Results: 171 admissions were enrolled in the study, mean age 78.12 ± 9.27 years, 101 females. 187 medical adverse events occurred in 94 admissions (55%), with 2.01 events per admission. Predictors to medical adverse events were not found. Time of hospitalization (21.41 days ± 15.08 X 10.91 days ± 7.21, p<0.001) and mortality (39 (41.5%) X 17 (22.1%), p=0.007) were respectively longer and higher in the admissions with medical adverse events. Death was independently predicted by SAPS II (Odds-ratio (OR)=1.13, Confidence interval (CI) 95% 1.07-1.20, p<0.001), Katz score (OR=1.47, CI 95% 1.18-1.83, p=0.001), and medical adverse events (OR=3.59, CI 95% 1.55-8.30, p=0.003). Conclusion: Medical adverse events shall be sought in every hospitalized older adult since there is not a risk profile of susceptible patients, and its burden is high, leading to death and longer hospital stays.
|
360 |
Morbidade de crianças com baixo peso ao nascer durante o primeiro ano de vida na cidade de Sobral, Ceará / Morbidity of children with low birth weight during the first year of life in the city of Sobral, CearáJuliana Rodrigues Pinto 13 September 2010 (has links)
INTRODUÇÃO: O baixo peso ao nascer representa fator de risco importante para a morbidade e mortalidade neonatal e infantil, sendo acompanhado por prematuridade, retardo de crescimento intra-uterino, ou ambos os fatores. OBJETIVO: Estudar as características maternas, perinatais, ambientais, econômicas, evolução ponderoestatural e alimentação das crianças nascidas com baixo peso e sua interação no aumento da morbidade durante o primeiro ano de vida. MÉTODOS: Estudo de coorte retrospectivo realizado na cidade de Sobral, Ceará, no período de três anos (2005 a 2007) onde foram incluídas 261 crianças nascidas com baixo peso (BP) e acompanhadas pelo Programa de Saúde da Família. Foi utilizado a Base de Dados do Sistema de Informações de Nascidos Vivos e revisão de prontuários hospitalares e ambulatoriais destas crianças para coleta de dados, quantificação e causa das consultas e internações. Para análise das variáveis foram realizadas distribuições de freqüência, Odds Ratio (OR), respectivos intervalos de confiança (95%) e significância estatística das associações. A análise final de associação utilizou modelo de regressão multivariado para avaliar os fatores de risco relacionados com o aumento da morbidade. RESULTADOS: Entre as 261 crianças estudadas, a média da idade materna foi de 24 anos, sendo que 29,12% das mães eram adolescentes. Cerca de 41,76 % das mães eram solteiras e 31,42% casadas ou com união estável, e 24,14% eram sem escolaridade. Quanto às características perinatais, 52,11% das crianças nasceram de parto vaginal, 52,49% pré-termos; 55,56% eram do sexo feminino, 98,08% das crianças obtiveram Apgar de 5 minutos maior que 6. O peso médio de nascimento foi de 2140 g, sendo que 72,03% das crianças nasceram com peso entre 2000 e 2500 g. Houve incremento do escore-z de peso até os quatro meses de idade cronológica para crianças nascidas a termo e idade gestacional corrigida para os pré-termo em cerca de 87% das crianças e 45% do escore-z do comprimento. O índice de aleitamento materno exclusivo foi de 26,05% e 8,43% até os 4 e 6 meses de idade respectivamente. Observou-se que 13,97% das crianças residiam em casa de taipa, 36,49% dos domicílios utilizavam fogão a lenha e 36,11% viviam com renda familiar inferior a um salário mínimo. Quanto a morbidade, as 261 crianças nascidas com baixo peso realizaram 1103 consultas por motivo de doença no Programa de Saúde de Família, tendo como causa principal infecções respiratórias agudas. Ocorreram 469 consultas ocorreram em emergência pediátrica e 156 internações hospitalares, principalmente no período neonatal. Foram identificados como fatores de risco para maior morbidade: a) Interrupção do aleitamento materno exclusivo antes dos quatro meses o qual esteve associado a presença de consulta em emergência (OR 3,07; p<0,001); b) Idade gestacional e peso de nascimento baixos, com maior probabilidade de internação no período neonatal (OR 6,26; p<0,001); c) Prematuridade e a ausência de recuperação de peso até os 4 meses estiveram associados a internação por pneumonia, diarréia aguda e outros motivos (OR 5,15 e 0,65; p = 0,036 e 0,013, respectivamente). As demais variáveis não tiveram relação com a morbidade estudada. CONCLUSÃO: A prematuridade, a interrupção do aleitamento materno exclusivo antes dos quatro meses e a ausência do incremento de peso estiveram associadas a maior morbidade nas crianças de baixo peso ao nascer. Nesta população atendida pelo PSF, as características maternas, ambientais e econômicas não estiveram associadas à maior morbidade / BACKGROUND: Low birth weight represents an important risk factor for neonatal and infant morbidity and mortality, accompanied by prematurity, intrauterine growth restriction, or both. OBJECTIVE: To study maternal, perinatal, environmental, economic characteristics, growth and feeding of children with low birth weight and their interaction in the increased morbidity during the first year of life. METHODS: A retrospective cohort study conducted in the city of Sobral, Ceará, in the period of three years (2005-2007) which included 261 children with low birth weight (LBW) and followed by the Family Health Program. We used the database of the Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC) and review data collection of hospital and ambulatory records of these children, quantification and causes of emergency room visits and hospitalizations. For analysis of the variables, were used frequency distributions, odds ratio (OR), confidence intervals (95%) and statistical significance of associations. The final analysis of association used logistic regression analysis to assess the risk factors associated with increased morbidity. RESULTS: Among 261 children studied, the average maternal age was 24 years, and 29.12% of mothers were teenagers. Approximately 41.76% were single mothers and 31.42% were married or with a stable union, and 24.14% were uneducated. Regarding perinatal characteristics, 52.11% were born vaginally, 52.49% were preterm, 55.56% were female and 98.08% of the children had Apgar 5 minutes greater than 6. The average birth weight was 2140 g, and 72.03% of children born weighing between 2000 and 2500 g. There was catch up in weight to four months of chronological age for children born at term and corrected gestational age for preterm at around 87% and 45% in height. The rate of exclusive breastfeeding was 26.05% and 8.43% to 4 and 6 months of age respectively. It was observed that 13.97% of children lived in wattle and daub house, 36.49% of households used wood stoves, and 36.11% lived with less than one minimum wage. As for morbidity, the 261 children born with low birth weight were 1103 visits due to illness in the Family Health Program, with the main cause was acute respiratory infections. There were 469 emergency visits and 156 pediatric emergency hospital admissions, especially in the neonatal period. Were identified as risk factors for increased morbidity: a) interruption of exclusive breastfeeding before 4 months which was associated with the presence of emergency consultation (OR 3.07, p <0.001), b) low gestational age and birth weight, with a greater likelihood of hospitalization in the neonatal period (OR 6.26, p <0.001), c) Prematurity and the no catch up in weight at to 4 months of age were associated with hospitalization for pneumonia, diarrhea and other reasons (OR 5, 15 and 0.65, p = 0.036 and 0.013, respectively). The other variables were not associated with morbidity study. CONCLUSION: Prematurity, interruption of exclusive breastfeeding before four months and no catch up growth were associated with greater morbidity in children with low birthweight. In the population served by the PSF, maternal characteristics, environmental and economic were not associated with increased morbidity
|
Page generated in 0.0373 seconds