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O mundo moderno e a educação: uma reflexão acerca das contribuições de Hannah Arendt / The modern world and the education: a reflection on Hannah Arendt\'s contributions

Oliveira, Larissa Patrício Campos de 19 March 2019 (has links)
A presente dissertação visa a pesquisar o sentido atribuído pela filósofa judia de origem alemã Hannah Arendt à educação no contexto por ela analisado da crise do mundo moderno, intencionando identificar e aprofundar os conceitos centrais que embasam a autora em suas reflexões. Mergulhando na vasta produção bibliográfica de Arendt, bem como em sua própria biografia e no devastador panorama histórico do século XX ocidental que emoldura a produção de suas obras, buscamos compreender qual o significado da educação para a filósofa e os motivos pelos quais ela afirma estar esta esfera pré-política tão cara e essencial à manutenção do mundo público e comum em uma crise profunda na modernidade. A recusa dos representantes do mundo adulto, pais e professores, em assumir a sua responsabilidade face à natalidade, ao nascimento de novos seres que devem ser introduzidos e apresentados ao tesouro do conhecimento humano produzido pelas gerações anteriores e a nós legado pela tradição, leva, na perspectiva arendtiana, a um deflacionamento desastroso da espessura simbólica que outrora revestia a fala dos docentes nas salas de aula. Com a quebra da tradição na época moderna, fruto dos eventos catastróficos do século passado, e a ascensão no cotidiano escolar de modernas teorias pedagógicas pautadas na psicologia, vemos a autoridade professoral, elemento sine qua non para o ensino e para a aprendizagem, naufragar a olhos vistos. / This dissertation aims at investigating the meaning given by German-born Jewish philosopher Hannah Arendt to education in the context of the modern world crisis which she analyzed, and intends to identify and further the key concepts that underpin her ideas. Poring over her vast bibliographical output as well as her personal biography, and the devastating historical scenario of the 20th century in the Western world, which frame her work, the study seeks to understand the meaning of education for the philosopher and the reasons why she states that such pre-political instance, so dear and crucial for the maintenance of the public and shared world, is in such a deep crisis in the modern world. The refusal of members of the adult world, parents and teachers, to assume their responsibility in the face of nativity, the birth of young beings that must be introduced and presented to the treasure of human knowledge produced by previous generations and which we have traditionally inherited, leads, in the authors perspective, to a disastrous deflation of the symbolic layers that once were associated with teachers discourse in the classroom. After the collapse of tradition in modern days, result of catastrophic events in the 20th century, and the rise of modern pedagogical theories based on psychology, it is noticeable that the teachers authority, a sine qua non element for teaching and learning, is rapidly disappearing.
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Educação e política em Hannah Arendt: um sentido político para a separação / Education and Politic in Hannah Arendt: a political sense to separate

Benvenuti, Erica 25 June 2010 (has links)
Este trabalho apresenta uma reflexão sobre a relação entre a educação e a política a partir do pensamento de Hannah Arendt. Em seus escritos encontramos afirmações de separação radical entre a educação e a política, algo incomum nos discursos correntes de ambas as áreas. Apesar dessas afirmações, Arendt reflete sobre a crise da educação a partir de suas considerações sobre a política e a crise do mundo moderno, afirmando que a situação da educação é um problema político. Além disso, a autora considera a natalidade a essência da educação, conceito que também é central em sua compreensão sobre a política. Outro elemento que encontramos em seus escritos é o uso da expressão pré-política para referir-se à educação. Algumas perguntas, então, motivam as reflexões neste trabalho: o que significam, no pensamento da autora, as afirmações que distanciam tão fortemente a educação da política? Como a crise na educação pode ser tida como um problema político se estes são dois âmbitos separados? Como a natalidade conceito político em Arendt pode ser considerada por ela a essência da educação? Por que Arendt se refere a ela como sendo um âmbito prépolítico? Este trabalho, portanto, se traduz numa reflexão sobre a ideia de educação em Hannah Arendt realizada a partir do conjunto de seu pensamento político, sempre preservando a distinção estabelecida entre estes âmbitos. São apresentadas relações entre a educação e a política a partir da responsabilidade que ambas assumem pelo mundo (de maneira complementar e distinta), identificando também a condição de antecedência necessária da educação em relação à política na medida em que, ao apresentar o mundo, o conserva (para que este possa seguir sendo o palco e o centro da política). Por fim, apresentamos reflexões que revelam as razões de a crise na educação ser um problema político e que, portanto, envolve discussões de ordem política em função da abertura que a atual crise do mundo provoca. / This work introduces a reflection about the relationship between education and politics coming from the teachings of Hannah Arendt. In her writings one finds statements about a radical separation of education and politics, something unusually found in the discourse of both fields. Despite these assertions, Arendt reflects about the crisis of education from her considerations about politics and the crisis of the modern world, claiming that the current educational situation is a political problem. In addition to this, the author considers natality to be the essence of education, a concept which is also central in her understanding of politics. Another element we find in her writings is the use of the expression pre-politics to refer to education. Some questions, then, motivate the inquiries in this work: what do the assertions which so strongly set politics and education apart mean in the authors thinking? How can the crisis in education to be considered a political problem if these are two separate areas? How can natality a political concept for Arendt be considered the essence of education? Why does Arendt refer to it as being a pre-political realm? This investigation, therefore, can be translated into an inquiry about the idea of education in Hannah Arendt realized from the conjunction of her political thought, preserving the distinction between these two fields. There are considerations about the relationship between education and politics from the responsibility both take for the world (in distinct and complementary ways), respecting the precedent condition of education in relation to politics, as the former introduces the world, conserving it ( so that it can be the stage and the center of politics). Lastly, there are reflections which present the reasons why the crisis of education is indeed a political problem and henceforth involves political discussions in function of the opening promoted by the current crisis of the world.
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A narrativa cativa / The captive narrative

Augusto, Mauricio Liberal 07 November 2013 (has links)
Nas décadas de 1980 e 1990, no Brasil, desenvolveu-se nos meios acadêmicos de História um amplo consenso para o combate a um suposto ensino tradicional, que deveria ser substituído por um processo de renovação. Como um eco tardio, o debate em torno do assunto foi claramente permeado pelo fervor militante presente nas duas décadas de ditadura militar e pelos bem-sucedidos esforços em prol da redemocratização. Seus proponentes tomaram a Nova História como fonte primordial para canalizar os esforços em prol da renovação do ensino de História. Esta tese toma como referência a obra de Hannah Arendt, que não era historiadora, tampouco educadora em sentido estrito talvez por essa razão seu olhar seja fecundo para se contrapor àquele consenso renovador , e procura mostrar que, nas circunstâncias em que se deu, tal consenso inclinou-se para a rejeição pura e simples do dito ensino tradicional e para o uso recorrente do pressuposto de que só é possível conhecer e compreender aquilo que nós mesmos fizemos. Ao mesmo tempo, e contrariando seus propósitos libertários, aquele consenso renovador procurava, sem o admitir, substituir a iniciação dos jovens nos meandros da História por uma oficina da História com vistas a transformá-los em pequenos historiadores. Ao revelar esse conjunto de atitudes, tomadas por uma comunidade autorreferente, o presente trabalho pretende reforçar a indiscutível distinção entre universidade e escola implicitamente negada pelos referidos renovadores, além de recuperar o sentido formativo da História à luz da obra de Hannah Arendt, sobretudo no que diz respeito ao significado que a autora confere à narrativa histórica. Do mesmo modo, procura mostrar que a pretendida renovação, ao transportar a teoria e a prática historiográficas para as práticas de ensino dessa disciplina, acarretou o obscurecimento do sentido formativo da História. Partindo de uma metáfora musical utilizada por Arendt no prefácio de Entre o passado e o futuro, a tese se emoldura tal qual uma suíte. A política, a história e a educação representam três vozes distintas e relacionadas da reflexão teórica de Arendt que convergem, ao final, para iluminar o sentido formativo do ensino de História. / During the 1980s and 1990s, in Brazil, a widespread consensus has been developed inside the academic community of History against a supposed traditional teaching, which should be replaced by a renovation process. As a late echo, the discussions about this issue were clearly influenced by the militant fervor characteristic of the two decades of military dictatorship and by the successful initiatives for the reestablishment of democracy. The proposers adopted the Nouvelle Histoire as the primal source to conduct the efforts in favor of the History teaching renovation. This thesis takes as an important reference the work of Hannah Arendt, who was not a historian, neither an educator in a strict meaning perhaps this is the reason why her perspective is so fertile to make an opposition to that renovator consensus , and intends to demonstrate that, in the circumstances in which it happened, the consensus tended to the simple and pure rejection of the so-called traditional teaching and to the recurrent use of the conjecture that only is possible to know and understand what we did by ourselves. At the same time, and contradicting its libertarian purposes, that renovator consensus looked for although it did not admit replacing the initiation of young people in the meanders of History by a workshop of History in order to convert them into small historians. By revealing this set of attitudes, adopted by a self-referential community, this work aims to emphasize the unquestionable distinction between university and school implicitly denied by the mentioned renovators; it also aims to recover the formative sense of History in light of Hannah Arendts work, particularly in relation to the meaning that the author attributes to the historical narrative. Furthermore, it attempts to show that the desired renewal, by carrying the historiographical theory and practice to the teaching practices of this discipline, led to the obscuration of the formative sense of History. Based on a musical metaphor used by Arendt in the preface to Between past and future, the thesis is framed just like a suite. Politics, history and education represent three distinct and related voices of Arendts theoretical reflection which converge, at the end, to illuminate the formative sense of History teaching.
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O velho, o novo e a educação em um mundo em transformação: reflexões a partir do pensamento de Hannah Arendt / The old, the new and the education in a transforming world: reflections based on the thoughts of Hannah Arendt

Ferraz, Renata de Oliveira 06 March 2017 (has links)
Este trabalho apresenta uma reflexão sobre as relações entre educação, mundo comum, modernidade, natalidade e lembrar no pensamento de Hannah Arendt. A autora aborda o mundo humano como artifício criado por mulheres e homens plurais, por meio da fabricação de obras e da manifestação de atos e palavras. É na esfera pública gerada por este mundo que as pessoas se encontram, revelando suas singularidades e descobrindo-se plurais. A problemática apresentada no pensamento arendtiano, contudo, reside no fato de que a modernidade marca um movimento, de um lado, de constante de esfarelamento das coisas do mundo (mundo deserto), e, de outro, da permanente iminência de revoluções. Assim, a modernidade é um tempo de crises e transformações profundas e aceleradas de tudo o que existe entre nós. Nesse cenário, a educação passa a ser vista como um problema político de primeira grandeza. Compreendida como a forma humana de acolher os mais novos no mundo, a educação se encontra num vácuo: como acolher os mais novos num mundo que não é mais como era antes, mas tampouco é já como será quando as crianças e adolescentes se tornarem adultas? O caminho escolhido por este trabalho para refletir sobre essa pergunta foi o pensamento a partir das categorias apresentadas por Arendt, tecendo possíveis relações entre a educação e um mundo que fica imediatamente velho, e a educação e um mundo que precisa urgentemente de renovação. Nesse sentido, diante de um mundo caduco, cabe à educação despertar um olhar profundo capaz de dar vida às ruínas de nossa república, de nossas cidades, permitindo alguma compreensão diante dos acontecimentos que se amontoam na nossa frente. Quanto ao novo, se cabe à educação preparar os novos para a renovação do mundo, é preciso saber que a responsabilidade pelo mundo e pelas crianças, no presente, é dos adultos, que precisam agir no âmbito da política e fazer escolhas no âmbito da educação. Se a finalidade da educação é a liberdade, num sentido público, ela precisa ser conservadora, pois aos adultos cabe somente apresentar o mundo que conhecem, deixando aberto o caminho do futuro para que as novas gerações realizem aquilo que é impossível de prever. / This study presents a reflection on the connections among education, common world, modernity and remember in Hannah Arendts thought. The author approaches the human world as a human artificiality created by plural men and women through the production of works and the display of acts and words. People meet each other in the public context created by this world, revealing their singularities and finding themselves plural. However, the issue shown in the Arendtian conception lies on the fact that modernity sets apart a movement, on one hand, of constant crumbling of the things of the world (the desert world), and, on the other hand, of permanent imminence of revolutions. Therefore, modernity is a time of crises and deep, swift transformations of everything there is among us. In this context, education begins to be seen as a critical political problem; understood as the human way of sheltering the youth in the world, it is found in a vacuum: how to shelter the youth in a world that is not what it used to be, but nor is at the moment what it will be when children and teenagers become adults? The path chosen by this paper to reflect on such a question was the reasoning based on the categories proposed by Arendt, setting forth possible connections between education and a world that turns old immediately, and education and a world that desperately needs renovation. In a stale world, education has the role of awakening a deep attitude, able to bring life to the ruins of our republic, our cities, allowing some understanding in light of the events that pile up before us. As for the new, if it is the role of education to prepare the youth for the renovation of the world, it is necessary to be aware that the responsibility for the world and the children, at present, belongs to adults, who must act within politics and make choices in education. If the goal of education is freedom, in a public sense, it needs to be conservative because adults shall only present the world they know, leaving the path of future open so that new generations accomplish what is impossible to predict.
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A dignidade do ofício de professor. Três atos a partir da literatura / The dignity of teacher\'s trade. Three acts from the literature

Evangelista, Mariana Silva 18 November 2016 (has links)
Este estudo tem por objetivo compreender a dignidade do exercício docente e os possíveis sentidos que podemos encontrar nessa profissão. Para tanto, partimos de dois romances: O primeiro homem, de Albert Camus e Diário de escola, de Daniel Pennac - para neles indicar a potencialidade da atuação docente. A literatura é neles tratada como fonte de onde emanam episódios que convidam à reflexão e como reorganização do mundo em termos de arte, uma vez que, a partir do que foi lido nessas narrativas, certos conceitos teóricos foram se engendrando. A filosofia da educação como principal aparato para analisar as cenas dos romances, sendo Fernando Bárcena um dos referenciais teóricos. Essa filosofia é tomada como forma de analisar e buscar os sentidos do que singularmente ocorre nas narrativas. A educação, que é a acolhida das crianças a este mundo comum, como uma relação entre a experiência, o sentido e o tempo. Assim, a atenção se volta para as cenas únicas, para as experiências individuais e, embasado nelas, pode-se dar sentido ao que ali se identifica. Esta questão sobre a unicidade das pessoas, como a singularidade dos fatos e certas reflexões sobre o que é o pensar, a natalidade, a responsabilidade de um docente, a necessidade de se encontrar um lugar no mundo para ali viver e se responsabilizar por ele, dentre outras, são fundamentadas em Hannah Arendt. Dessa maneira, o estudo se divide em três partes autônomas e, quando lidas em conjunto, podem contemplar as inquietações tecidas nesta pesquisa. São elas: a relação do professor com certos alunos que podem ser salvos, por ele, de algum infortúnio e outros aspectos do docente em relação às crianças; a relação do educador com o mundo e os possíveis milagres que ele pode viabilizar na vida de seus alunos e como esses podem eclodir ou não; e, por último, como a relação do professor consigo próprio pode ajudá-lo a se guiar em um ofício tão cheio de paradoxos como é a docência. Para concluir, buscamos identificar a dignidade da docência em seus possíveis sentidos. Como a experiência de ler dois romances pode indicar uma orientação para se chegar à resposta para tal procura. Que certa luz encontrada nessas experiências dignas possa nos iluminar. / The objective of this study is to understand the dignity of teaching practices and the possible depth of significance that can be found in this profession. With that, we start with two novels: Le premier homme by Albert Camus and Chagrin décole by Daniel Pennac for within them is indicated the potentiality of teaching performance. Literature is considered as sources from which emanate conditions which invite reflection as well as for which to reorganize the world in terms of art; considering from what was read there certain theoretical concepts were engendering. The philosophy of education is the basis upon which to analyze the scenes of the novels, and Fernando Bárcena as one of the theoretical frameworks; this philosophy could also be seen as a way to analyze and seek the senses of what uniquely occurs in the narratives. Education assimilates children into this common world as a relationship between experience, significance and time. Thus, our attention focuses on unique scenes and on individual experiences, therefore, based on them, we make sense of what we see. This question about the uniqueness of the individual is akin to a singularity of the facts and/or some reflections on what the thinking is. These questions in regards to birth, the responsibility of a teacher, the need to find a place in the world to live there and take responsibility for it, among others, are all based on Hannah Arendt. Thus, the study is divided into three autonomous parts and, when read together, should make the concerns integrated into this research. These parts are: the teacher\'s relationship with certain students who can be saved by him from some misfortune and other aspects of teaching in relation to children; the educator\'s relationship with the world and the possible miracles that he could enhance in the lives of their students and how these can break out or not; and finally, the relation of the teacher with themselves can help them in a trade so full of paradox as teaching is. Upon conclusion, we seek to identify the dignity of teaching within its significance. The experience of reading these two novels may indicate a direction leading to an answer on this quest; certain light found in these worthy experiences could enlighten us.
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Amor mundi e educação: reflexões sobre o pensamento de Hannah Arendt / Amor mundi and education: reflections on the thought of Hannah Arendt

Almeida, Vanessa Sievers de 30 September 2009 (has links)
Esta tese assinala, com base na obra de Hannah Arendt, a fundamental importância do amor ao mundo para a educação. A filósofa explica que por meio da educação introduzimos as crianças no mundo humano e aponta o impasse que surge com a perda da tradição e o desmantelamento desse espaço comum na Era Moderna. Partindo desse problema, a questão central deste trabalho é: como despertar nos alunos o apreço pelo mundo que nos une com os diferentes, encorajá-los a encontrar seu lugar nele num momento em que a ausência de sentido e a preocupação com a sobrevivência se impõem, de modo que qualquer compromisso com o comum parece ser uma exigência deslocada e anacrônica? Arendt não propõe soluções, mas é rigorosa ao afirmar que quem educa é duplamente responsável: pelo mundo e pelas crianças na educação decidimos se amamos o mundo e seus novos habitantes. Posto que a autora não explicita o que vem a ser esse amor, investiga-se a noção do amor mundi, recorrendo ao conjunto de suas reflexões. Entende-se que, se o mundo é o lugar das histórias humanas no qual podemos estabelecer relações e nos revelar como pessoas, o amor a ele é uma resposta à destruição totalitária desse espaço humano e ao não-mundo da sociedade moderna organizada em torno do processo vital de produção e consumo. Com recurso a diversos conceitos de Arendt, principalmente os de ação e pensamento, aborda-se e discute-se a difícil tarefa educativa de acolher os jovens no mundo, de mostrar-lhes que, apesar de este lugar estar fora dos eixos, ainda vale a pena apostar nele, e de encorajá-los para que, por sua vez, estabeleçam seu vínculo singular com esse espaço comum e seu legado, pelo qual futuramente serão responsáveis. / This thesis, based on the work of Hannah Arendt, points out the fundamental importance which the love of the world has for education. The philosopher explains that we introduce the children into the human world through education and shows the impasse that arises from the loss of tradition and the disintegration of that common space in the modern age. Starting from that problem the central question of this work is: how to arouse in the students an appreciation of the world that joins us to different ones and how to encourage them to find their place in it in a moment in which meaninglessness and the preoccupation with survival impose themselves, so that any commitment to the common seems to be an out of place or anachronistic request? Arendt does not propose solutions, but is rigorous in asserting that whoever educates is doubly responsible in education we decide whether or not we love the world and its new inhabitants. Since the author does not explain what that love is, the notion of amor mundi is investigated having recourse to many of her reflections. The understanding achieved provided that the world is the place of human stories where we can establish relations and reveal ourselves as persons is that the love of it is an answer to the totalitarian destruction of that human space and to the wordlessness of the modern society organized around the vital process of production and consumption. Based on diverse concepts of Arendt, especially on those of action and thinking, we approach and discuss the difficult educational task of receiving the younger ones into the world, of showing them that, although this place is out of joint, it is still worth relying on it, and of encouraging them to establish by themselves their singular bond with this common space and its legacy, for which they will be responsible in the future.
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A educação na esteira da crise política da modernidade: uma análise a partir das reflexões de Hannah Arendt / Problems of Education in the Political Crisis of Modernity: an analysis from the reflections of Hannah Arendt.

Deina, Wanderley José 29 August 2012 (has links)
Esta tese aborda alguns problemas da Educação Moderna apontados nas reflexões de Hannah Arendt em seu artigo A Crise da Educação, um texto relativamente sucinto, mas que remete a praticamente toda a sua produção teórica no campo da Filosofia e da Política. O objetivo é esclarecer as principais críticas que a autora dirige à educação moderna, a partir de seu próprio referencial teórico. Para Arendt, a crise da educação é uma manifestação particular da crise política que aflige a civilização ocidental desde o início da modernidade. Apesar da relação entre a crise política e a crise na educação, ela defende a separação entre ambas, de modo que a política não determine (em absoluto) a educação e a educação não seja utilizada como instrumento da política, algo que se tornou bastante corriqueiro nas sociedades modernas. A pedagogia, imbuída do espírito científico característico da Era Moderna, apesar dos grandes avanços que trouxe para o campo da educação, não é poupada pela autora, na medida em que colaborou para a ruptura com a tradição, um fenômeno que marcou a perda do senso comum que orientava a vida humana na Terra. A falta de um sentido comum em relação ao mundo é apontada como um dos fundamentos da alienação moderna, que se relaciona diretamente com o problema da falta de responsabilidade dos adultos em relação às crianças, os recém-chegados ao mundo pelo nascimento. Analisamos o artigo de Arendt, buscando subsidiar a sua leitura a partir, também, dos demais autores e teorias com quem ela se defronta em A Crise da Educação. / This thesis approaches the problem of the modern education from the reflections of Hannah Arendt in her article The crisis of the Education, a text relatively summarized, but in which involves practically all of her theoretical production in the fields of Philosophy and Politics. The goal is to clarify the main critics that the author directs to the modern education, from her own theoretical references. For Arendt the crisis of the education is a particular manifestation of the political crisis that affects the western civilization since the beginning of the modern times. Despite the relationship between the political crisis and the educational crisis, Arendt defends the separation between the two, in a way that the political matter would not determine the educational, and that the education would not be utilized as a tool of the political, something that have turned very common in the modern societies. The pedagogy has the goal of the scientifical spirit, a characteristic of the modern era, despite the great evolution that this brought for the educational field, this is not spared by the author, in that it collaborated to break with tradition, a phenomenon that marked the lost of common sense that used to orient the human life on Earth. The lack of a common sense in relation to the world is appointed as one of the fundaments of the modern alienation, that relates directly with the problem of the lack of responsibility of adults in relation to children, the newborns. We have analyzed the article of Arendt searching to subsidize her readings and also the others authors and theories in which Arendt faces in The crisis of the Education.
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As narrativas da Vida do Espírito e educação em Hannah Arendt / The narratives of the Life of the Mind and Education in Hannah Arendt

Crivorncica, Roberta 27 November 2017 (has links)
O escopo desta pesquisa de doutorado é examinar as narrativas que Hannah Arendt elabora em A vida do espírito (1992). A partir dessas narrativas, busca-se pensar e dar significado a cada atividade das faculdades do espírito e de compreender a relação de cada uma delas com o âmbito da política, do viver junto uns aos outros. Para tal análise, tem-se por fio condutor os eventos que a autora vivencia durante o totalitarismo, um acontecimento central no mundo e que desencadeia em Arendt o desejo de compreender e de se reconciliar com este mundo. Tal aspiração leva Arendt a se direcionar para as atividades do espírito, isto é, para as faculdades do pensar, do querer e do julgar; e também, da compreensão dessas faculdades em relação ao domínio público, o espaço da política e da pluralidade humana. Para compreender as três faculdades do espírito, a autora destaca da história da filosofia três filósofos não profissionais que se relacionaram com o mundo em que viveram, manifestando um cuidado com o mundo e com a pluralidade humana. Quer dizer, são três modelos que servem como exemplo do entrelaçamento para aquilo que Arendt investiga: a relação entre as faculdades do espírito e o âmbito da política. Por fim, esta pesquisa apresenta uma possibilidade de pensar a educação das faculdades do espírito para um cuidado do mundo. Isso quer dizer: uma educação que acolhe os recém-chegados no mundo e se responsabiliza por eles. Uma educação como tentativa de despertar o desejo de tais alunos de se relacionar neste mundo e de pertencer a ele. Visto que este é o local em que, futuramente, este novo chegante por nascimento será inserido e no qual a tríade das faculdades do espírito - pensar-querer-julgar - será fundamental para que seja possível a manutenção e preservação do mundo para as futuras gerações. / The aim of this doctoral research is to examine the narratives that Hannah Arendt sets out on The Life of the Mind (1992). From these narratives, we try to think and give meaning to each with perspective of politically living together with others. For this analysis, we have to thread the events that the author experiences during totalitarianism, a central event in the world and sets off on Arendt\'s desire to understand and be in harmony with this world. Such an aspiration lead Arendt to direct herself to the activities of the mind, in the same way, to the faculties of thinking, of will, and of judging; and also the understanding of these faculties in relation to the public domain, the space of politics and human plurality. For a deeper understanding and a greater perception of the three mind faculties, the author highlights from the history of philosophy, three philosophers non-professionals For whom the world, they lived in, was related to. Equally important, is the theory of expressing care for the world and for human plurality. Consequently, there are three models served as an example of intertwining for what Arendt investigates: the relationship between the faculties of the mind and the scope of politics Accordingly, this research presents a possibility of thinking the education of mind faculties for a care of the world. This means: an education that welcomes newcomers to the world and takes responsibility for them. Education as an attempt to awaken the desire of such students to relate to and belong to this world. Since this is the place where, in the future, this new arrival by birth will be inserted and in which the triad of the faculties of the mind: think, will and judge; - will be essential if the world is to be maintained and preserved for future generations.
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Educação e mundo comum em Hannah Arendt: reflexões e relações em face da crise do mundo moderno / Education and common world in Hannah Arendt: reflections and relations in light of the crisis of the modern world.

Custodio, Crislei de Oliveira 13 May 2011 (has links)
Este trabalho apresenta uma reflexão sobre as relações entre educação e mundo comum no pensamento de Hannah Arendt. A autora concebe o mundo comum como artificialismo humano e palco das aparências, instância que abriga o cabedal de conhecimentos, instituições, significados, virtudes, linguagens, histórias e costumes de uma comunidade. O mundo, na concepção arendtiana, abarca a esfera pública dos negócios humanos, na qual se dão as ações políticas e onde a visibilidade e a presença dos outros constituem o palco em que os homens podem revelar sua singularidade. Nessa concepção, o mundo é tido como o sentido último da formação de jovens e crianças, dado que, de acordo com Arendt, a essência da educação é a natalidade. Assim, partindo da ideia de que o sentido da educação é o nascimento e a chegada de crianças a um mundo humano que transcende nossa existência no tempo e no espaço, tivemos como objetivo pensar sobre as relações entre a formação dos novos e o mundo, bem como refletir sobre a tarefa educativa diante da perda da tradição e da autoridade em nossos tempos. Desse modo, a presente dissertação dispôs-se a analisar a seguinte problemática: diante de um mundo esfacelado e tomado pela esfera social, é possível conceber uma educação que se constitua como um elo de aproximação entre o velho e o novo, os jovens e o mundo? E, ainda, qual é o sentido de inserir os novos em um mundo em ruínas, haja vista que a salvaguarda deste mundo da total destruição é o ineditismo e a renovação que as crianças e os jovens podem oferecer-lhe? Diante desse contexto, discutimos as relações de inserção, conservação e renovação entre a educação e o mundo na tentativa de examinar e debater um possível significado para a ação educativa em face da crise do mundo moderno. Em nossa análise, consideramos que o mundo é, para a educação, o significado fundamental de seus esforços e o legado que uma comunidade concebe como digno de ser deixado como herança para as novas gerações. / The present work puts forward a discussion on the relations between education and the common world in Hannah Arendts thought. The author conceives of the common world as human artificiality and space of appearances, a framework which holds a communitys heritage of knowledge, institutions, meanings, virtues, languages, stories and customs. The Arendtian conception of the world comprehends the public realm of human affairs, where political actions are carried out and where visibility and the presence of others form the stage upon which men can reveal their singularity. Under that conceptualization the world is understood as the ultimate meaning of the formation of children and youth, since, according to Arendt, the essence of education is natality. Thus, departing from the idea that the meaning of education is birth and the arrival of children to a human world which transcends our existence in time and space, our purpose has been to ponder on the relations between the world and the formation of the young, as well as to reflect on the task of education in our days, when tradition and authority have been lost. The present dissertation therefore proposes to analyze the following questionings: before a world shattered and taken by the social sphere, is it possible to conceive of education as a link bringing closer the old and the new, youth and the world? Still, what does it mean to introduce the young into a world in ruins, considering that the safeguard this world has against its utter destruction is the very novelty and renovation children and youth can offer it? Within that context we have discussed the relations of insertion, conservation and renovation between education and the world, as we attempt to examine and debate a possible meaning for educational activity in light of the crisis of the modern world. In our analysis we have considered that, in what regards education, the world is the fundamental meaning of its efforts and the legacy a community considers worthy of being left as a heritage to new generations.
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Educação e política em Hannah Arendt: um sentido político para a separação / Education and Politic in Hannah Arendt: a political sense to separate

Erica Benvenuti 25 June 2010 (has links)
Este trabalho apresenta uma reflexão sobre a relação entre a educação e a política a partir do pensamento de Hannah Arendt. Em seus escritos encontramos afirmações de separação radical entre a educação e a política, algo incomum nos discursos correntes de ambas as áreas. Apesar dessas afirmações, Arendt reflete sobre a crise da educação a partir de suas considerações sobre a política e a crise do mundo moderno, afirmando que a situação da educação é um problema político. Além disso, a autora considera a natalidade a essência da educação, conceito que também é central em sua compreensão sobre a política. Outro elemento que encontramos em seus escritos é o uso da expressão pré-política para referir-se à educação. Algumas perguntas, então, motivam as reflexões neste trabalho: o que significam, no pensamento da autora, as afirmações que distanciam tão fortemente a educação da política? Como a crise na educação pode ser tida como um problema político se estes são dois âmbitos separados? Como a natalidade conceito político em Arendt pode ser considerada por ela a essência da educação? Por que Arendt se refere a ela como sendo um âmbito prépolítico? Este trabalho, portanto, se traduz numa reflexão sobre a ideia de educação em Hannah Arendt realizada a partir do conjunto de seu pensamento político, sempre preservando a distinção estabelecida entre estes âmbitos. São apresentadas relações entre a educação e a política a partir da responsabilidade que ambas assumem pelo mundo (de maneira complementar e distinta), identificando também a condição de antecedência necessária da educação em relação à política na medida em que, ao apresentar o mundo, o conserva (para que este possa seguir sendo o palco e o centro da política). Por fim, apresentamos reflexões que revelam as razões de a crise na educação ser um problema político e que, portanto, envolve discussões de ordem política em função da abertura que a atual crise do mundo provoca. / This work introduces a reflection about the relationship between education and politics coming from the teachings of Hannah Arendt. In her writings one finds statements about a radical separation of education and politics, something unusually found in the discourse of both fields. Despite these assertions, Arendt reflects about the crisis of education from her considerations about politics and the crisis of the modern world, claiming that the current educational situation is a political problem. In addition to this, the author considers natality to be the essence of education, a concept which is also central in her understanding of politics. Another element we find in her writings is the use of the expression pre-politics to refer to education. Some questions, then, motivate the inquiries in this work: what do the assertions which so strongly set politics and education apart mean in the authors thinking? How can the crisis in education to be considered a political problem if these are two separate areas? How can natality a political concept for Arendt be considered the essence of education? Why does Arendt refer to it as being a pre-political realm? This investigation, therefore, can be translated into an inquiry about the idea of education in Hannah Arendt realized from the conjunction of her political thought, preserving the distinction between these two fields. There are considerations about the relationship between education and politics from the responsibility both take for the world (in distinct and complementary ways), respecting the precedent condition of education in relation to politics, as the former introduces the world, conserving it ( so that it can be the stage and the center of politics). Lastly, there are reflections which present the reasons why the crisis of education is indeed a political problem and henceforth involves political discussions in function of the opening promoted by the current crisis of the world.

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