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[en] BUT THEN WHAT?: NARRATIVES AND MEMORIES OF GRANDDAUGHTERS AND GRANDCHILDREN OF HOLOCAUST SURVIVORS / [pt] MAS E DEPOIS?: NARRATIVAS E MEMÓRIAS DE NETAS E NETOS DE SOBREVIVENTES DO HOLOCAUSTO

BRUNO MORGADO BOTELHO 15 February 2022 (has links)
[pt] Mas e depois? Narrativas e memórias de netas e netos de sobreviventes do Holocausto, tem como tema central as narrativas de netas e netos de sobreviventes do Holocausto que nasceram e/ou residem na cidade do Rio de Janeiro. O estudo se debruçou sobre as narrativas de quatro netas e três netos de sobreviventes do Holocausto, pessoas que se encontram dentro da faixa etária aproximada de 35 a 40 anos e que conviveram com avós vítimas da perseguição e extermínio nazista. Escutá-los trouxe fragmentos de histórias do passado ressignificados no tempo presente. O objetivo central foi ouvir as narrativas de netas e netos de sobreviventes deste evento para compreender o que conhecem e falam sobre o Holocausto. Foram perguntas orientadoras da pesquisa: (a) netas e netos de sobreviventes ouviram histórias sobre o Holocausto? (b) por quais experiências, relacionadas ao Holocausto, passaram junto de seus avós? O que aprenderam com eles? (c) há relevância dessas narrativas para além da esfera familiar? A memória de um evento traumático contribui para a formação humana? (d) existem tensões entre a voz e o silêncio – falar e calar - diante da lembrança do Holocausto? (e) existem e, se existem, quais são os impactos dessas narrativas para uma educação que caminhe na dimensão contrária à barbárie? A pesquisa teve como estratégia metodológica entrevistas semiestruturadas, individuais. Em função da pandemia de COVID-19, as entrevistas foram todas realizadas no formato online, através da plataforma google meet, gravadas em áudio e transcritas em sua íntegra. Foi escrita em pandemia. Desafiador. Possui como central aporte teórico-metodológico Walter Benjamin (1892-1940) e Zygmunt Bauman (1925-2017), dois importantes pensadores que foram escolhidos em função da relevância de seus conceitos e obras para o tema. Muitos outros autores chegam no decorrer de toda a dissertação com amplas contribuições e interlocuções teóricas. As análises indicam que ser terceira geração de sobrevivente do Holocausto traz o sentido de ser parte direta dessa história; carrega segredos, mistérios e sentimentos entrecruzados de singularidade e coletividade histórica. Medo, coragem, decisão, sustentação, luta, são sentimentos que as pessoas entrevistadas nesta pesquisa trouxeram entrelaçadas às suas memórias do que ouviram de seus avós e às suas reflexões no tempo presente. Rememorar os avós como exemplo, força e resistência, foram dados que apareceram de forma recorrente nas narrativas. Os achados ainda dizem de avós que falavam e não falavam sobre as experiências vividas no Holocausto; que narrar fazia bem a alguns e não necessariamente a outros; e que sentirem-se próximos das experiências vividas por seus avós se correlaciona com lugares geográficos e museus visitados, filmes, palestras ouvidas, além do que ouviram de seus pais, membros da segunda geração, e outros familiares. / [en] But then what? Narratives and memories of granddaughters and grandchildren of Holocaust survivors, has as its central theme the narratives of granddaughters and grandchildren of Holocaust survivors who were born and/or reside in the city of Rio de Janeiro. The study focused on the narratives of four granddaughters and three grandchildren of Holocaust survivors, people within the approximate age range of 35 to 40 years old and who lived with grandparents who were victims of Nazi persecution and extermination. Listening to them brought fragments of past stories reinterpreted in the present time. The main objective was to listen to the narratives of the granddaughters and grandchildren of survivors of this event in order to understand what they know and say about the Holocaust. The research guiding questions were: (a) granddaughters and grandchildren of survivors heard stories about the Holocaust? (b) what experiences, related to the Holocaust, did you have with your grandparents? What did you learn from them? (c) are these narratives relevant beyond the family sphere? Does the memory of a traumatic event contribute to human formation? (d) are there tensions between voice and silence – speaking and being silent – in the face of the memory of the Holocaust? (e) are there and, if so, what are the impacts of these narratives for an education that walks in a dimension contrary to barbarism? The research had as a methodological strategy semi-structured individual interviews. Due to the COVID-19 pandemic, the interviews were all conducted online, through the google meet platform, recorded in audio and transcribed in their entirety. It was written in pandemic. Challenger. Its central theoretical-methodological contribution is Walter Benjamin (1892-1940) and Zygmunt Bauman (1925-2017), two important thinkers who were chosen due to the relevance of their concepts and works to the theme. Many other authors arrive throughout the dissertation with extensive contributions and theoretical dialogues. Analyzes indicate that being a third generation Holocaust survivor makes the sense of being a direct part of this story; it carries secrets, mysteries and intertwined feelings of uniqueness and historical collectivity. Fear, courage, decision, support, struggle, are feelings that the people interviewed in this research brought intertwined to their memories of what they heard from their grandparents and to their reflections in the present time. Remembering grandparents as an example, strength and resistance were data that appeared recurrently in the narratives. The findings also tell of grandparents who talked and did not talk about the experiences lived in the Holocaust; that narrating was good for some and not necessarily for others; and that feeling close to the experiences lived by their grandparents correlates with geographical places and museums visited, movies, listened to lectures, in addition to what they heard from their parents, members of the second generation, and other family members.
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Ética de la mirada: Imágenes de Sonderkommando

Medina Jiménez, José Miguel 16 June 2021 (has links)
El presente texto analiza el uso de las imágenes tomadas por las fuerzas del Sonderkommando en agosto de 1944 como formas de dar a conocer, denunciar, resaltar la existencia de los campos de concentración de Auschwitz y Birkenau. El objetivo de este análisis es volver a abrir el debate sobre la finalidad memorial, política y de denuncia de las imágenes, a partir de dos posturas representadas por Georges Didi-Huberman y Claude Lanzmann. El autor busca replantear el debate sobre la relación entre la ética y fotografía en la historia del siglo XX, vinculándolo con el contexto peruano de la post-guerra del Conflicto Armado (1980- 2000)
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A poética multifacetada de Jerome Rothenberg / The multifaceted poetic of Jerome Rothenberg

Mateus, Andrea Martins Lameirao 18 August 2014 (has links)
A Poética Multifacetada de Jerome Rothenberg investiga o modo operacional da poética de Jerome Rothenberg (1931). Nascido em Nova York, em 1931, Rothenberg fez parte de uma geração intermediária entre movimentos poéticos bastante conhecidos de público e crítica: a poesia beatnik dos anos 1950 e 1960 e a language poetry do início da década de 1970. Junto com o poeta Robert Kelly, Rothenberg concebe a deep image nos anos 1960, movimento de curta duração, mas essencial para seu desenvolvimento poético. Rothenberg é conhecido principalmente por ter criado o termo etnopoesia e por seus experimentos com o que chamou tradução total, ao traduzir a poesia indígena norteamericana. A tradução total foi um método inovador de considerar a musicalidade, a presença de distorções de palavras ou palavras sem sentido, e outros mecanismos poéticos das artes verbais indígenas como parte integrante da composição. Dessa forma, o resultado da tradução deveria necessariamente contemplar todos esses aspectos. A partir de seu dito o primitivo é complexo Rothenberg passa a considerar aspectos poéticos da produção oriunda de culturas orais, ditas primitivas, como a base de seu conceito de etnopoesia. Sua busca pelo primitivo também o conecta diretamente com outros autores lidos como experimentais na poesia, de William Blake e Walt Whitman a Allen Ginsberg, passando por uma tríade modernista: Ezra Pound, William Carlos Williams e Gertrude Stein. A hipótese desta tese é demonstrar que o impulso etnopoético, aparentemente restrito ao seu trabalho como antologista e suas traduções, na realidade é mais abrangente e inclui sua própria produção poética. A etnopoesia se torna o conceito pelo qual podemos ler o seu retorno à sua ancestralidade judaica e seus poemas que tratam de temas como a vida dos judeus na Polônia dos anos 1930, a tradição mística da cabala e o Holocausto. A tese aborda também questões como inserção no meio poético, autoria, influência e originalidade / The Multifaceted Poetry of Jerome Rothenberg deals with the methods applied by Jerome Rothenbergs poetics. Born in New York, in 1931, Rothenberg was part of a generation in between well known poetic movements: the beatnik poetry from the 1950s e 1960s and the language poetry of the 1970s. With fellow poet Robert Kelly, Rothenberg starts the deep image in the 1960, a short-lived movement, yet an essential one for his poetic development. Rothenberg is better known for having coined the term etnopoetry and for his experimentations with what he called total translation, while working with North-American Indian poetry. Total translation was an innovative method in considering musicality, the presence of word distortions or meaningless words and other poetic mechanisms of Indian poetry as an integral part of a poem or song, so that the resultant translation would necessarily contemplate all these aspects. From the perspective of his saying primitive is complex, Rothenberg starts considering the characteristics of poetry from oral culture, or those called primitive, as the basis for his concept of an etnopoetics. His search for the primitive also connects him with authors read as experimental in poetry, from William Blake and Walt Whitman to Allen Ginsberg, passing through the modernist triad Ezra Pound, William Carlos Williams and Gertrude Stein. The hypothesis of this thesis is to show how the etnopoetic impulse, apparently restricted to his work as anthologist and translator, is, in reality, much more broad in its spectrum and includes his own poetic production. Etnopoetry then becomes the concept we can use to read his return to his Jewish ancestrality and the poems dealing with topics such as the life of Jews in Poland in the 1930s, the mystical kabbalah and the Holocaust. This thesis also shows his insertion in the poetic scene, and debates questions like authorship, influence, and originality
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Teatro de Sami Feder: espaço poético de resistência nos tempos do holocausto (1933-1950) / Sami feder\'s theater: poetic space of resistance during the Holocaust (1933-1950)

Marko, Leslie Evelyn Ruth 25 April 2016 (has links)
Esta tese reconstitui a trajetória de Sami Feder (1906-2000), diretor de teatro judeu polonês que atuou no contexto do movimento de resistência artística e emocional sustentado por artistas, atores, diretores, autores e espectadores durante o período em que o nazifascismo dominou grande parte da Europa (1933-45). Estendemos a análise para o período imediatamente após a liberação dos campos de concentração, especialmente o de Bergen-Belsen, por ser o Campo onde Feder permaneceu dias antes e 5 anos no final da Segunda Guerra. A relevância deste estudo está em resgatar e analisar historiograficamente o percurso e a atuação de Feder, que, por meio da arte teatral, aliada à música, literatura e poesia, buscou o exercício ético do acolhimento coletivo e da cidadania. O artista desenvolveu um teatro, pouco documentado devido às circunstâncias de reclusão e proibição e, ao mesmo tempo, de denúncia, crítica e reflexão subterrâneas durante a vigência do regime nazista. Mais tarde, com o fim da guerra, institucionalizou-se este teatro, com maior registro, criando-se a Companhia Kazet Theater, no Campo de deslocados DP Camp Bergen-Belsen (1945-50), onde a reabilitação e recuperação da dignidade humana tornou-se uma urgência frente ao desenraizamento e ao trauma. Ações intervencionistas como estas se propagaram pelas cidades ocupadas, guetos e campos de concentração, enquanto reação ao processo de desumanização sustentado pelo Estado nacional-socialista e países colaboracionistas. Posteriormente, significaram também uma forma de participar da reconstrução de uma identidade, de um povo, de uma cultura. / This thesis restores the path followed by Sami Feder (1906-2000), the Polish Jewish theater director, who worked during the resistance art and emotional movement supported by artists, actors, directors, authors and audiences during the period in which Nazi fascism dominated most of Europe (1933-45). We extend to the time immediately after the concentration camp liberation, stressing on the Bergen-Belsen camp, where Feder stayed some days during World War II and up to five years after its end. The relevance of this study is to retrieve and perform a historiographic analysis of Feders path and performance, that by theatrical art together with music, literature and poetry searched the ethical work of collective refuge and citizenship. The artist developed a poorly documented theater, due to reclusion and prohibition, not to mention underground complaint, criticism and reflection during the Nazi regime. Later, following the end of the World War, this theater was established, therefore better documented, and the Kazet Theater Company was founded in the Bergen-Belsen Displaced Persons Camp (1945-50), where rehabilitation and recuperation of human dignity became a matter of urgency, owing to the rootlessness and trauma. Interventionist actions like that were disseminated in occupied cities, ghettos and concentration camps as a reaction to the dehumanization sustained by the national socialist state as well as collaborationist countries, and afterwards, as a way to participate in the reconstruction of an identity, people and culture.
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Imagens da Shoah em livros didáticos do ensino fundamental II: uma análise multimodal

Azevedo, Rosa Abaliac 08 March 2016 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-29T13:31:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Rosa Abaliac Azevedo.pdf: 4485263 bytes, checksum: 63a8266e58e25a304758dd2479cb695c (MD5) Previous issue date: 2016-03-08 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This study aims to analyze in which way the images of the Shoah and consequently the anti-Semitism are broadcasted in History elementary schools textbooks approved by the Ministry of Education of Brazil. This study assumes that textbooks are valuable tools to question various forms of discrimination, including anti-Semitism. Given the current tension between the need to preserve the memory of the Holocaust and the efforts aimed to deny it, contents related to the Second World War were chosen for this work. In the adopted perspective, images are social discourses that can perpetuate the process of the naturalization of some inequalities. Discursive practices are leveraged by cohesion between texts and pictures, as the proposed multimodal analysis embraced at the Núcleo de Práticas Discursivas e Produção de Sentidos, to which this research is assimilated. Three best-selling History books of the 2014 National Textbook Program were chosen, and the images were selected based on the use of glossaries. The main conclusion heads to the poor visibility of the victims and to the reproduction of stereotypical images of Jews as a result of the Nazi propaganda at that time / Este estudo objetiva analisar como as imagens da Shoah e, consequentemente, do antissemitismo, são veiculadas em livros didáticos de história do ensino fundamental II, aprovados pelo Ministério da Educação do Brasil. Partimos do pressuposto de que os livros didáticos são valiosos instrumentos para questionar diversas formas de discriminação, entre elas, o antissemitismo. Elegemos os conteúdos relativos à Segunda Guerra Mundial, dada a tensão atual entre a necessidade de preservar a memória do Holocausto e os esforços voltados a negá-lo. Na perspectiva adotada, as imagens são discursos sociais que podem perpetuar processos de naturalização das desigualdades. São práticas discursivas potencializadas pela coesão entre textos e imagens, conforme a proposta de análise multimodal adotada no Núcleo de Práticas Discursivas e Produção de Sentidos, ao qual esta pesquisa se integra. Foram escolhidos os três livros de história mais vendidos do Programa Nacional do Livro Didático de 2014, e as imagens foram selecionadas, tomando por base o uso de glossários. A principal conclusão foi a pouca visibilidade das vítimas e a reprodução de imagens estereotipadas dos judeus, resultado da propaganda nazista da época
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O judaismo em Philip Roth: um conceito às avessas / The judaism in Philip Roth: a concept in reverse

Landa, Dora 26 March 2010 (has links)
O objetivo desse trabalho é analisar algumas das obras de Philip Roth em que a temática judaica é o eixo principal. Meu interesse reside especialmente nos romances em que o Holocausto Judeu na Segunda Grande Guerra e o Estado de Israel com sua complexa situação no Oriente Médio são abordados. Baseei minha análise dessas obras na seguinte hipótese: para se aproximar de recentes situações traumáticas da história judaica, Philip Roth precisou adotar recursos narrativos que lhe permitissem ampliar seu raio de visão, evitando estereótipos e generalizações infrutíferas. Assim, o estilo rothiano carregado de ironia e humor foi alterado. Em O Avesso da Vida parte-se de uma situação absurda: um personagem judeu morto nos Estados Unidos ressurge vivo num assentamento judaico na Cisjordânia e lutando pelo Grande Israel. Esse recurso possibilitou uma abordagem inusitada da tensa relação árabe-israelense. Em Operação Shylock encontramos um duplo impertinente e exasperante, proclamando uma absurda solução para o conflito no Oriente Médio. Finalmente em Complô contra a América o autor adota o recurso da distopia com os Estados Unidos elegendo um presidente nazista, em 1940, com todas as funestas consequências para a comunidade judaica. Entrevistas do autor assim como livros em que analisa extensamente sua própria produção literária e a de outros autores, especialmente Primo Levi e Aharon Appelfeld, também mostraram-se fontes valiosas para a análise do sempre polêmico posicionamento do autor diante de sua condição judaica. / This paper aims to analyse some of Philip Roths work, in which the Jewish subject is the main axis. My greater interest lies basically upon the romances in which the Jewish Holocaust, during the Second World War and the State of Israel with its complex situation in Middle East are aproached. I have based my analysis of his works on the following hipothesis: in order to get closer to recent traumatic situations of the Jewish history, Philip Roth had to use narrative resources that allow him to enlarge his point of view, avoiding stereotypes and fruitless generalizations. Therefore, the Rothian style, highly ironic and humorous, has been altered. In The Counterlife the point of departure is an absurd situation: an American Jewish dead character resurges alive at a Jewish settlement on Cisjordanie, and fighting for the Great Israel. Such resourse enabled a unusual aproach of the tense Arab-Israeli relationship. In Operation Shylock we find an impertinent and exasperating double, that heralds an absurd solution for the Middle East conflict. Eventually, in The Plot Against America, the author adopts distopy as a resource, having the U.S. elect a Nazi president, in 1940, with all the appaling consequences for the Jewish community. Interviews with the author, as well as books in which he extensively analyses his own and other authors literary production, specially Primo Levi and Aharon Appelfeld, also acted as valuable sources for the analysis of the ever polemic positioning of the author towards his Jewish condition.
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A modernidade como violência e horror : a burocratização e a desumanização da vida em É isto um homem?, de Primo Levi /

Afonso, Elaine. January 2017 (has links)
Orientador: Márcio Scheel / Banca: Arnaldo Franco Júnior / Banca: Cláudia Fernanda de Campos Mauro / Resumo: Este trabalho consiste no estudo das relações entre modernidade, racionalização e violência no livro É isto um homem?, de Primo Levi. Este autor é um judeu italiano, personagem central de sua obra, que consiste no testemunho daquilo que viveu em Auschwitz, um dos maiores campos de concentração nazista. No livro, o autor recria, por meio da linguagem, um mundo extraliterário, o do campo, com sua arquitetura própria, sua organização interna e suas formas de controle e extermínio. Primo Levi narra as atrocidades cometidas por seres humanos contra outros seres humanos, de uma forma bárbara, deixando claro que, quando a luta é pela sobrevivência, os valores éticos e morais são postos à prova; ao mesmo tempo em que, no caso do carrasco, verdadeiras faces se revelam, trazendo à tona a força da barbárie e sua capacidade de ultrapassar todos os limites humanos. Primo Levi narra os fatos sentindo-se como que incumbido de um dever moral para com a sociedade, dever de falar em nome daqueles que não sobreviveram. Apesar da dificuldade de representação de sua experiência traumática, Levi expõe todo um sistema burocraticamente organizado que possibilitou que Auschwitz chegasse a ser o próprio horror; lugar onde a razão instrumentalizada desfez os princípios iluministas de progresso e animalizou os homens, condenados a uma violência destrutiva e mortífera, que, por sua vez, foi subsidiada pela própria noção de progresso e desenvolvimento técnico que marcou os ideais da modernidade. / Mestre
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Tempos sombrios : Karl Jaspers, Norbert Elias e a culpa alemã

Medeiros, Débora de Araújo 10 October 2011 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Departamento de Filosofia, Programa de Pós-Graduação, 2011. / Submitted by Tania Milca Carvalho Malheiros (tania@bce.unb.br) on 2012-04-12T12:11:31Z No. of bitstreams: 1 2011_DéboraAraújoMedeiros.pdf: 877223 bytes, checksum: 371ed693feb23423e463e08c087ccec4 (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2012-04-12T12:33:56Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2011_DéboraAraújoMedeiros.pdf: 877223 bytes, checksum: 371ed693feb23423e463e08c087ccec4 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-04-12T12:33:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2011_DéboraAraújoMedeiros.pdf: 877223 bytes, checksum: 371ed693feb23423e463e08c087ccec4 (MD5) / O período de dominação do Nacional-Socialismo inaugurou um mal sem precedentes na História. As barbaridades cometidas pelo regime, destacadamente contra o povo judeu, provocaram uma ruptura com os todos os padrões morais, pairam no ar questões fundamentais que nos atormentam a todos, velhas e novas gerações: como a nação alemã civilizada fora capaz de deixar-se seduzir por uma crença tão delirante e criminosa como a de Hitler? Como foi possível o Holocausto ser perpetrado em uma sociedade desenvolvida, entre pessoas civilizadas? Com o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, os alemães, derrotados, eram acusados de terem sido cúmplices dos representantes nazistas, responsáveis pelo extermínio de milhões de seres humanos indefesos. Diante da possibilidade de autoextermínio dos homens aberta pelo ideário nazista, a culpa alemã surge como uma marca aparentemente indelével de toda uma nação. Uma herança passada de geração para geração. Tão importante quanto entender como as pessoas mergulharam nos horrores do nazismo e da guerra é compreender como emergiram, como conseguiram superar o passado e lidar com a própria culpa. Para auxiliar-nos nesta investigação sobre a culpa alemã, convidamos dois grandes pensadores da existência humana do século XX que viveram aqueles tempos sombrios: Karl Jaspers e Norbert Elias. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / The period of domination of the National Socialism introduced an unprecedented evil in History. The atrocities committed by the regime, notably against the Jewish people, caused a rupture with all the current moral standarts; promoted "the collapse of civilization". Even today, core issues that stun us all, old and new generations, still hang in the air: how could the civilized German nation be seduced by a belief as How could the Holocaust be perpetrated in a developed society, among civilized people? By the end of World War II, in 1945, the Germans, defeated, were accused of being accomplices of the Nazi leaders, who were responsible for the extermination of millions of helpless human beings. Faced with lf-extermination introduced by Nazi ideology, German guilt emerges as an apparently indelible mark of an entire nation. A legacy passed down from generation to generation. As important as understanding how people plunged into the horrors of Nazism and the war is understand how they emerged, how they managed to overcome the past and deal with their own guilt. To assist us in our research about German guilt, we invite two great twentieth century thinkers of the human existence who lived through those dark times: Karl Jaspers and Norbert Elias.
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Para além das cercas de arame farpado : o Holocausto em Maus, de Art Spiegelman, e em Os emigrantes, de W. G. Sebald

Nascimento, Larissa Silva 28 March 2012 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, Programa de Pós-Graduação em Literatura, 2012 / Submitted by Alaíde Gonçalves dos Santos (alaide@unb.br) on 2012-04-18T14:08:53Z No. of bitstreams: 1 2012_LarissaSilvaNascimento.pdf: 3069035 bytes, checksum: 95f66d67a6c2b2cafacbf7aeea0962ae (MD5) / Approved for entry into archive by Leila Fernandes (leilabiblio@yahoo.com.br) on 2012-04-18T17:29:22Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2012_LarissaSilvaNascimento.pdf: 3069035 bytes, checksum: 95f66d67a6c2b2cafacbf7aeea0962ae (MD5) / Made available in DSpace on 2012-04-18T17:29:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2012_LarissaSilvaNascimento.pdf: 3069035 bytes, checksum: 95f66d67a6c2b2cafacbf7aeea0962ae (MD5) / Esta dissertação tem por objetivo evidenciar a expansão das possibilidades representativas que ocorre na literatura sobre o Holocausto. Para tanto, analisam-se dois livros – a obra Maus, escrita por Art Spiegelman, um romance gráfico no qual há uma inexorável interação entre imagem e texto, e o romance Os emigrantes, de W. G. Sebald, no qual também existe um diálogo entre fotografias selecionadas pelo autor e prosa literária – procurando-se investigar como esses textos ultrapassam aqueles discursos padronizados, o lugar-comum, que rondam as representações do Holocausto. Apesar de reconhecer e, ainda, de analisar os discursos que ressaltam os aspectos irrepresentáveis do evento em questão, este trabalho caminha em sentido contrário ao assinalar as novas possibilidades de representação do tema que surgem com a atualização dos meios de comunicação e das mídias na sociedade ocidental contemporânea. Essas mudanças notórias, como a ascensão da imagem como uma forma de expressão que antecipa o declínio da leitura linear da escrita, acontecem desde o imediato pós-guerra (meados de 1940), e isso se reflete na expressão da literatura que tem o Holocausto como objeto de representação. Graças a este estudo, pode-se notar que a ampliação das formas de representação do Holocausto se dá de forma mais evidente a partir da inclusão da imagem junto ao texto literário. É importante compreender também que, assim como se deu a expansão da forma literária, com a inserção de imagens, seu conteúdo, ou seja, a referência a sentimentos, tempos, espaços e vítimas do Holocausto, sofreu, igualmente, evidente ampliação. No que se refere às obras estudadas, Maus e Os emigrantes demonstram que o Holocausto ultrapassa o período da Segunda Guerra Mundial, de 1939-1945. Além disso, elas põem em evidência outros lugares em que a repressão nazista esteve presente que não só os campos de concentração, como também ressaltam a existência de inusitadas vítimas, por exemplo, emigrantes que fugiram da perseguição hitlerista. ____________________________________________________________________________ ABSTRACT / This work aims to evidence the expansion of representative possibilities that occurs in the literature about the Holocaust. For this, two books will be analyzed – the book Maus, written by Art Spiegelman, a graphic novel in which there is an inevitable interaction between image and text, and the novel The emigrants, written by W. G. Sebald, in which there is also a dialogue between photographs selected by the author and literary prose – seeking to investigate how these texts beyond those standardized discourse, the commonplace, that surround the representations of the Holocaust. Despite of recognize and, also, analyze the discourses that highlight aspects unrepresentable of the Holocaust, this work is moving in the opposite direction to signal the new possibilities of representation of the theme that come with the update of media of the contemporary occidental society. These remarkable changes, as the rise of the image as a form of expression that anticipates the decline of reading linear writing, have been held since the immediate post-war (Mid 1940), and this reflects in the expression of literature that has the Holocaust as representation object. Thanks to this study, it may be noted that the expansion of forms of representation of the Holocaust takes more evident from the inclusion of the image with the literary text. It is also important to understand that just as the expansion of the literary form with the inclusion of the image, the content, namely, the reference to feelings, time, space and Holocaust victims, suffered equally clear magnification. With regard to the works studied, Maus and The emigrants show that the Holocaust exceeded the period of World War II, of 1939-1945. Moreover, they highlight other places where the Nazi repression was present that not only the concentration camps, they also show the existence of unexpected victims, for example, immigrants who fled Hitler persecution.
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A poética multifacetada de Jerome Rothenberg / The multifaceted poetic of Jerome Rothenberg

Andrea Martins Lameirao Mateus 18 August 2014 (has links)
A Poética Multifacetada de Jerome Rothenberg investiga o modo operacional da poética de Jerome Rothenberg (1931). Nascido em Nova York, em 1931, Rothenberg fez parte de uma geração intermediária entre movimentos poéticos bastante conhecidos de público e crítica: a poesia beatnik dos anos 1950 e 1960 e a language poetry do início da década de 1970. Junto com o poeta Robert Kelly, Rothenberg concebe a deep image nos anos 1960, movimento de curta duração, mas essencial para seu desenvolvimento poético. Rothenberg é conhecido principalmente por ter criado o termo etnopoesia e por seus experimentos com o que chamou tradução total, ao traduzir a poesia indígena norteamericana. A tradução total foi um método inovador de considerar a musicalidade, a presença de distorções de palavras ou palavras sem sentido, e outros mecanismos poéticos das artes verbais indígenas como parte integrante da composição. Dessa forma, o resultado da tradução deveria necessariamente contemplar todos esses aspectos. A partir de seu dito o primitivo é complexo Rothenberg passa a considerar aspectos poéticos da produção oriunda de culturas orais, ditas primitivas, como a base de seu conceito de etnopoesia. Sua busca pelo primitivo também o conecta diretamente com outros autores lidos como experimentais na poesia, de William Blake e Walt Whitman a Allen Ginsberg, passando por uma tríade modernista: Ezra Pound, William Carlos Williams e Gertrude Stein. A hipótese desta tese é demonstrar que o impulso etnopoético, aparentemente restrito ao seu trabalho como antologista e suas traduções, na realidade é mais abrangente e inclui sua própria produção poética. A etnopoesia se torna o conceito pelo qual podemos ler o seu retorno à sua ancestralidade judaica e seus poemas que tratam de temas como a vida dos judeus na Polônia dos anos 1930, a tradição mística da cabala e o Holocausto. A tese aborda também questões como inserção no meio poético, autoria, influência e originalidade / The Multifaceted Poetry of Jerome Rothenberg deals with the methods applied by Jerome Rothenbergs poetics. Born in New York, in 1931, Rothenberg was part of a generation in between well known poetic movements: the beatnik poetry from the 1950s e 1960s and the language poetry of the 1970s. With fellow poet Robert Kelly, Rothenberg starts the deep image in the 1960, a short-lived movement, yet an essential one for his poetic development. Rothenberg is better known for having coined the term etnopoetry and for his experimentations with what he called total translation, while working with North-American Indian poetry. Total translation was an innovative method in considering musicality, the presence of word distortions or meaningless words and other poetic mechanisms of Indian poetry as an integral part of a poem or song, so that the resultant translation would necessarily contemplate all these aspects. From the perspective of his saying primitive is complex, Rothenberg starts considering the characteristics of poetry from oral culture, or those called primitive, as the basis for his concept of an etnopoetics. His search for the primitive also connects him with authors read as experimental in poetry, from William Blake and Walt Whitman to Allen Ginsberg, passing through the modernist triad Ezra Pound, William Carlos Williams and Gertrude Stein. The hypothesis of this thesis is to show how the etnopoetic impulse, apparently restricted to his work as anthologist and translator, is, in reality, much more broad in its spectrum and includes his own poetic production. Etnopoetry then becomes the concept we can use to read his return to his Jewish ancestrality and the poems dealing with topics such as the life of Jews in Poland in the 1930s, the mystical kabbalah and the Holocaust. This thesis also shows his insertion in the poetic scene, and debates questions like authorship, influence, and originality

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