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O hospício como morada: capturas e resistências nas práticas de cuidado em saúde mental / The asylum as residence: captures and resistances in mental health care practice

Lívia Cretton Pereira 19 March 2014 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Esta pesquisa é disparada a partir do encontro da pesquisadora com as chamadas moradias dentro de hospitais psiquiátricos no Estado do Rio de Janeiro. No seio da reforma psiquiátrica e da instalação de uma rede de assistência substitutiva ao hospício, ocorrem transformações também no interior deste último: humanizam-se as práticas, retirando de cena o eletrochoque, a lobotomia, a camisa-de-força, fazendo documentos como CPF, RG e etc. Contudo, a edificação manicomial permanece de pé com os seus grandes pavilhões, alguns agora travestidos em moradias, que tanto podem operacionalizar uma passagem de dentro para fora dos muros como perpetuar o hospício. O texto indaga por que motivo, a partir de um certo momento, inaugura-se um novo modo de organização em saúde mental, em que a antiga centralidade hospitalar se fragmenta em moradias internas e se difundem os novos serviços, ditos abertos, para em seguida afirmar que a construção de uma rede substitutiva não assegura, definitivamente, o fim da relação manicomial. Com o suporte teórico de Foucault e Deleuze, propõe uma discussão acerca da biopolítica da espécie humana, da coexistência de tecnologias disciplinares e regulamentadoras e da inauguração, na sociedade de controle, de um exercício de poder difuso, a céu-aberto, dispensando a coação física e a instituição da reclusão. O texto, entretanto, não se deixa abater por essas análises, mantendo suas apostas numa Reforma Psiquiátrica que propõe como um campo de disputas, de embates cotidianos. É então que a temática do cuidado entra em cena. Para tanto, faz-se uma releitura do período helenístico-romano através dos olhos de Foucault. O Cuidado de Si é apresentado ao leitor para, em seguida, ser estabelecido um contraponto entre o mesmo e o modo de ser sujeito moderno e cristão, com exercícios de renúncia a si e práticas de sacrifício, que em muito se assemelham à maneira como os trabalhadores vêm atuando, hoje, no campo da saúde mental. O texto procura dar pistas e visibilizar as resistências presentes em meio às tantas capturas postas em análise. Trata-se de uma experimentação de práticas de liberdade que se atualizem na operação de cuidado. / This research comes by the encounter with the researcher calls dwellings within Psychiatric Hospital in the State of Rio de Janeiro. Within the psychiatric reform and the establishment of a network of substitutive of hospice care, changes also occur in the interior of the latter: humanize yourself practices, removing scene electroshock, lobotomy, straitjacket, making documents, etc. However, the asylum building still stands with its large pavilions, some masquerading as houses, that can either operate a passage from inside to outside the walls as perpetuating hospice. The text asks why, from a certain point, opens up a new way of organization in mental health, where the old hospital centrality fragments into domestic dwellings and diffuse new services, said open, then to say that the construction of a replacement network ensures not definitely the end of the asylum relationship. With the technical support of Foucault and Deleuze, proposes a discussion on biopolitics of a human species, the coexistence of disciplinary and regulatory Technologies and the inauguration, in control society, a pervasive exercise of power, visible, eliminating the coercion physical and the institution of imprisonment. The text, however, does not leave surrender through these analyzes, keeping its bets in a psychiatric reform proposes that as a battleground, with daily clashes. It is then that the theme of care comes into play. To do so, it is a retelling of the hellenistic roman period through the eyes of Foucault. Care of itself is presented to the reader,then a contrast between himself and the way of being christian and modern subject with exercises and practical renunciation of self-sacrifice that much resemble the way to be established as workers are acting today in the field of mental health. The text seeks to give clues and visualize the resistances present in the midst of so many catches put into analysis. This is a trial of practices of freedom that the update care.
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O hospício como morada: capturas e resistências nas práticas de cuidado em saúde mental / The asylum as residence: captures and resistances in mental health care practice

Lívia Cretton Pereira 19 March 2014 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Esta pesquisa é disparada a partir do encontro da pesquisadora com as chamadas moradias dentro de hospitais psiquiátricos no Estado do Rio de Janeiro. No seio da reforma psiquiátrica e da instalação de uma rede de assistência substitutiva ao hospício, ocorrem transformações também no interior deste último: humanizam-se as práticas, retirando de cena o eletrochoque, a lobotomia, a camisa-de-força, fazendo documentos como CPF, RG e etc. Contudo, a edificação manicomial permanece de pé com os seus grandes pavilhões, alguns agora travestidos em moradias, que tanto podem operacionalizar uma passagem de dentro para fora dos muros como perpetuar o hospício. O texto indaga por que motivo, a partir de um certo momento, inaugura-se um novo modo de organização em saúde mental, em que a antiga centralidade hospitalar se fragmenta em moradias internas e se difundem os novos serviços, ditos abertos, para em seguida afirmar que a construção de uma rede substitutiva não assegura, definitivamente, o fim da relação manicomial. Com o suporte teórico de Foucault e Deleuze, propõe uma discussão acerca da biopolítica da espécie humana, da coexistência de tecnologias disciplinares e regulamentadoras e da inauguração, na sociedade de controle, de um exercício de poder difuso, a céu-aberto, dispensando a coação física e a instituição da reclusão. O texto, entretanto, não se deixa abater por essas análises, mantendo suas apostas numa Reforma Psiquiátrica que propõe como um campo de disputas, de embates cotidianos. É então que a temática do cuidado entra em cena. Para tanto, faz-se uma releitura do período helenístico-romano através dos olhos de Foucault. O Cuidado de Si é apresentado ao leitor para, em seguida, ser estabelecido um contraponto entre o mesmo e o modo de ser sujeito moderno e cristão, com exercícios de renúncia a si e práticas de sacrifício, que em muito se assemelham à maneira como os trabalhadores vêm atuando, hoje, no campo da saúde mental. O texto procura dar pistas e visibilizar as resistências presentes em meio às tantas capturas postas em análise. Trata-se de uma experimentação de práticas de liberdade que se atualizem na operação de cuidado. / This research comes by the encounter with the researcher calls dwellings within Psychiatric Hospital in the State of Rio de Janeiro. Within the psychiatric reform and the establishment of a network of substitutive of hospice care, changes also occur in the interior of the latter: humanize yourself practices, removing scene electroshock, lobotomy, straitjacket, making documents, etc. However, the asylum building still stands with its large pavilions, some masquerading as houses, that can either operate a passage from inside to outside the walls as perpetuating hospice. The text asks why, from a certain point, opens up a new way of organization in mental health, where the old hospital centrality fragments into domestic dwellings and diffuse new services, said open, then to say that the construction of a replacement network ensures not definitely the end of the asylum relationship. With the technical support of Foucault and Deleuze, proposes a discussion on biopolitics of a human species, the coexistence of disciplinary and regulatory Technologies and the inauguration, in control society, a pervasive exercise of power, visible, eliminating the coercion physical and the institution of imprisonment. The text, however, does not leave surrender through these analyzes, keeping its bets in a psychiatric reform proposes that as a battleground, with daily clashes. It is then that the theme of care comes into play. To do so, it is a retelling of the hellenistic roman period through the eyes of Foucault. Care of itself is presented to the reader,then a contrast between himself and the way of being christian and modern subject with exercises and practical renunciation of self-sacrifice that much resemble the way to be established as workers are acting today in the field of mental health. The text seeks to give clues and visualize the resistances present in the midst of so many catches put into analysis. This is a trial of practices of freedom that the update care.
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Vozes sociais em construção: dialogismo, bivocalidade polêmica e autoria no diálogo entre Diário do hospício, O cemitério dos vivos, de Lima Barreto, outros enunciados e outras vozes sociais / Social voices in construction: dialogism, polemical double-voiced discourse and authorship in the dialogue between Diário do hospício, O cemitério dos vivos, of Lima Barreto, other utterances and other social voices

Melo, José Radamés Benevides de [UNESP] 20 April 2017 (has links)
Submitted by JOSÉ RADAMÉS BENEVIDES DE MELO null (radamesbenevides@hotmail.com) on 2017-06-19T03:23:07Z No. of bitstreams: 1 TESE - JOSÉ RADAMÉS BENEVIDES DE MELO Final.pdf: 2615521 bytes, checksum: 233b3ef29e09e466ce63b5e68e8095c4 (MD5) / Approved for entry into archive by Luiz Galeffi (luizgaleffi@gmail.com) on 2017-06-19T14:43:46Z (GMT) No. of bitstreams: 1 melo_jrb_dr_arafcl.pdf: 2615521 bytes, checksum: 233b3ef29e09e466ce63b5e68e8095c4 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-06-19T14:43:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 melo_jrb_dr_arafcl.pdf: 2615521 bytes, checksum: 233b3ef29e09e466ce63b5e68e8095c4 (MD5) Previous issue date: 2017-04-20 / Diário do hospício e O cemitério dos vivos são textos escritos por Lima Barreto durante sua segunda internação no Hospício Nacional de Alienados, e a partir dela, no Rio de Janeiro, entre 25 de dezembro de 1919 e 2 de fevereiro de 1920. O primeiro é tido como anotações para a elaboração do segundo, um romance inacabado, cujo processo de produção foi interrompido pela morte do autor (1/11/1922). O objetivo geral desta pesquisa é analisar a constituição de vozes sociais sobre a loucura e a psiquiatria – por meio das relações dialógicas, do discurso bivocal (polêmicas aberta e velada) e do autor – no diálogo entre Diário do hospício, O cemitério dos vivos, de Lima Barreto, outros enunciados e outras vozes sociais. Os objetivos específicos são: 1) identificar as vozes sociais com as quais dialoga Lima Barreto no processo de constituição dos enunciados que integram o corpus de pesquisa e descrever como se estabelece o diálogo entre esses enunciados limabarretianos; 2) examinar a bivocalidade polêmica no diálogo entre Diário do hospício e O cemitério dos vivos, no que diz respeito: i) à polêmica aberta estabelecida entre esses enunciados e os discursos da ciência psiquiátrica de sua época; e ii) à polêmica velada entre a fala limabarretiana e outras falas literárias do início do século XX; 3) perscrutar, ao compreendermos o autor como posição de autor, autor-criador/atividade de autor, autor puro e posicionamento de autor, os movimentos desses diálogos no processo de constituição autoral e das diversas vozes sociais sobre a loucura e a psiquiatria, no diálogo dos enunciados objetos deste estudo. Esta pesquisa está fundamentada nos pressupostos teórico-metodológicos propostos e desenvolvidos pelo Círculo de Bakhtin, Medviédev e Volochínov e nos desdobramentos teórico-metodológicos que a eles se coadunam. Os resultados mostram que a constituição das vozes sociais sobre a loucura e a psiquiatria no diálogo entre Diário do hospício, O cemitério dos vivos, outros enunciados e outras vozes sociais se dá por meio de alguns processos complexos como a autoria e a polêmica. Isso quer dizer que a constituição dessas vozes sociais é mediada pelo processo de autoria, cujas quatro dimensões (auto puro, autor criador, posição de autor e posicionamento autoral) exercem papel fundamental. Além disso, como a autoria, nesses enunciados, se dá de modo significativo por meio da bivocalidade polêmica, entende-se que as polêmicas aberta e velada são partes constitutivas do processo de formação dessas duas vozes sociais. Mas não é só isso, falar em autoria e em bivocalidade polêmica como processos constituidores de vozes sociais é tocar, necessariamente, na questão da atividade humana e de seus vínculos com a linguagem. A constituição dessas duas vozes mobiliza ainda duas esferas de criação ideológica, a literária e a psiquiátrica. Na relação com as esferas, o posicionamento de autor é construído num movimento direcionado para o interior da própria esfera literária e num movimento direcionado para uma outra esfera, a psiquiátrica. / Diário do hospício and O cemitério dos vivos are texts written by Lima Barreto during his second admission in Hospício Nacional de Alienados, , and from there respectively, in Rio de Janeiro, between December 25, 1919 and February 2, 1920. The first is taken as annotations to development of the second, an unfinished novel, whose production was interrupted by the death of the author (1/11/1922). The overall objective of this research is to analyze the constitution of social voices about madness and psychiatry – through dialogical relations, polemical double-voiced discourse and the author-creator – in the dialogue between Diário do hospício and O cemitério dos vivos, works of Lima Barreto. The specific objectives are: 1) identify the social voices with which Lima Barreto dialogues in the process of formation of statements that make up the corpus of this research and describe how the dialogue between these limabarretianos statements is established; 2) examine the polemical double-voiced in the dialogue between Diário do hospício and O cemitério dos vivos, regarding to: i) the open polemic established between these statements and speeches of psychiatric science of his day; and ii) the veiled polemic between limabarretiana speech and other literary discourse of the early twentieth century, through his utterances; 3) search, to understand the author as an author’s position, author-creator/ author’s activity, pure author and author’s positioning, the movements of these dialogues on process of authorial formation procedures and the different social voices about madness and psychiatry, in the dialogue utterances of objects of this study, other utterances and other social voices. This research is grounded in the theoretical and methodological principles proposed and developed by Circle of Bakhtin, Medvedev and Voloshinov and the theoretical and methodological developments regarding to them. The results show that the constitution of social voices about madness and psychiatry in the dialogue between Diário do hospício, O cemitério dos vivos, other utterances and other social voices occurs through some complex processes such as authorship and polemic. This means that the constitution of these social voices is mediated by the process of authorship, whose four dimensions (pure author, author-creater, author’s position and author’s positioning) play a fundamental role. Moreover, as authorship in these statements occurs in a significant way through polemical double-voiced discourse, it is understood that the open and veiled polemics are part of the process of formation of these two social voices. But it is not only this, to speak in authorship and in polemical double-voiced discourse as processes that constitute social voices is to touch, necessarily, on the question of human activity and its links with language. The constitution of these two voices still mobilizes two spheres of ideological creation, literary and psychiatric. In relation to the spheres, the author's positioning is constructed in a movement directed to the interior of the literary sphere itself and in a movement directed to another sphere, the psychiatric.
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Camisa de força para menores : a patologização de crianças e adolescentes (Hospício São Pedro, 1884-1929)

Trevizani, Tiago Marcelo January 2013 (has links)
Esta dissertação busca problematizar a patologização dos modos de ser criança e adolescente que vem se proliferando na atualidade, devido à pulverização dos diagnósticos e à banalização das terapêuticas corretivas. Para isso, recorre à história como uma estratégia metodológica de problematização do presente. Inspirado em uma perspectiva genealógica, tal como propõe Michel Foucault, realizou-se uma análise de prontuários de crianças e adolescentes internados no Hospício São Pedro em Porto Alegre/RS entre os anos de 1884 e 1929. Outras fontes históricas que subsidiaram a pesquisa foram relatórios administrativos dos médicos-diretores desse mesmo estabelecimento, além de livros e artigos científicos escritos por alienistas e psiquiatras no período em questão, publicados, especialmente, nos Archivos Brasileiros de Hygiene Mental e nos Archivos Rio Grandenses de Medicina. Analisaram-se os diagnósticos atribuídos às crianças e adolescentes nessa época; as estratégias disciplinares de normalização dos corpos anômalos e das condutas desviantes; assim como os modelos explicativos da etiologia da alienação mental. Entende-se que os acontecimentos históricos e políticos estão diretamente implicados na produção dos discursos e das práticas em torno das patologias das crianças e adolescentes, pois as fronteiras da anormalidade estão circunscritas num determinado regime de verdade e emergem num determinado campo de relações de poder. / This dissertation aims to problematize the pathologization of the modes of being child and adolescent that comes proliferating today, due to the pulverization of diagnostics and the banalization of corrective therapies. In this way, it uses story as a methodological strategy of questioning the present. Inspired by a genealogical perspective, as proposed by Michel Foucault, an analyze of medical records of children and adolescents admitted into Hospício São Pedro in Porto Alegre/RS between the years 1884 to 1929 was made. Other historical sources that support the research were administrative reports of the medical directors of that establishment. Books and scientific articles written by alienists and psychiatrists in the period in question, published, especially in the Archivos Brasileiros de Hygiene Mental and the Archivos Rio Grandenses de Medicinina have also been used. Were analyzed the diagnostics attributed to children and adolescents at the time; strategies disciplinary of normalization of the bodies anomalous and the deviant behaviors, even as the explicative models of the etiology of mental alienation. Is understood that the historical and political events are directly involved in the production of discourses and practices around the pathologies of children and adolescents, because the borders of the abnormality are circumscribed in a determined regime of truth and emerge in a particular field of power relations.
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Camisa de força para menores : a patologização de crianças e adolescentes (Hospício São Pedro, 1884-1929)

Trevizani, Tiago Marcelo January 2013 (has links)
Esta dissertação busca problematizar a patologização dos modos de ser criança e adolescente que vem se proliferando na atualidade, devido à pulverização dos diagnósticos e à banalização das terapêuticas corretivas. Para isso, recorre à história como uma estratégia metodológica de problematização do presente. Inspirado em uma perspectiva genealógica, tal como propõe Michel Foucault, realizou-se uma análise de prontuários de crianças e adolescentes internados no Hospício São Pedro em Porto Alegre/RS entre os anos de 1884 e 1929. Outras fontes históricas que subsidiaram a pesquisa foram relatórios administrativos dos médicos-diretores desse mesmo estabelecimento, além de livros e artigos científicos escritos por alienistas e psiquiatras no período em questão, publicados, especialmente, nos Archivos Brasileiros de Hygiene Mental e nos Archivos Rio Grandenses de Medicina. Analisaram-se os diagnósticos atribuídos às crianças e adolescentes nessa época; as estratégias disciplinares de normalização dos corpos anômalos e das condutas desviantes; assim como os modelos explicativos da etiologia da alienação mental. Entende-se que os acontecimentos históricos e políticos estão diretamente implicados na produção dos discursos e das práticas em torno das patologias das crianças e adolescentes, pois as fronteiras da anormalidade estão circunscritas num determinado regime de verdade e emergem num determinado campo de relações de poder. / This dissertation aims to problematize the pathologization of the modes of being child and adolescent that comes proliferating today, due to the pulverization of diagnostics and the banalization of corrective therapies. In this way, it uses story as a methodological strategy of questioning the present. Inspired by a genealogical perspective, as proposed by Michel Foucault, an analyze of medical records of children and adolescents admitted into Hospício São Pedro in Porto Alegre/RS between the years 1884 to 1929 was made. Other historical sources that support the research were administrative reports of the medical directors of that establishment. Books and scientific articles written by alienists and psychiatrists in the period in question, published, especially in the Archivos Brasileiros de Hygiene Mental and the Archivos Rio Grandenses de Medicinina have also been used. Were analyzed the diagnostics attributed to children and adolescents at the time; strategies disciplinary of normalization of the bodies anomalous and the deviant behaviors, even as the explicative models of the etiology of mental alienation. Is understood that the historical and political events are directly involved in the production of discourses and practices around the pathologies of children and adolescents, because the borders of the abnormality are circumscribed in a determined regime of truth and emerge in a particular field of power relations.
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Camisa de força para menores : a patologização de crianças e adolescentes (Hospício São Pedro, 1884-1929)

Trevizani, Tiago Marcelo January 2013 (has links)
Esta dissertação busca problematizar a patologização dos modos de ser criança e adolescente que vem se proliferando na atualidade, devido à pulverização dos diagnósticos e à banalização das terapêuticas corretivas. Para isso, recorre à história como uma estratégia metodológica de problematização do presente. Inspirado em uma perspectiva genealógica, tal como propõe Michel Foucault, realizou-se uma análise de prontuários de crianças e adolescentes internados no Hospício São Pedro em Porto Alegre/RS entre os anos de 1884 e 1929. Outras fontes históricas que subsidiaram a pesquisa foram relatórios administrativos dos médicos-diretores desse mesmo estabelecimento, além de livros e artigos científicos escritos por alienistas e psiquiatras no período em questão, publicados, especialmente, nos Archivos Brasileiros de Hygiene Mental e nos Archivos Rio Grandenses de Medicina. Analisaram-se os diagnósticos atribuídos às crianças e adolescentes nessa época; as estratégias disciplinares de normalização dos corpos anômalos e das condutas desviantes; assim como os modelos explicativos da etiologia da alienação mental. Entende-se que os acontecimentos históricos e políticos estão diretamente implicados na produção dos discursos e das práticas em torno das patologias das crianças e adolescentes, pois as fronteiras da anormalidade estão circunscritas num determinado regime de verdade e emergem num determinado campo de relações de poder. / This dissertation aims to problematize the pathologization of the modes of being child and adolescent that comes proliferating today, due to the pulverization of diagnostics and the banalization of corrective therapies. In this way, it uses story as a methodological strategy of questioning the present. Inspired by a genealogical perspective, as proposed by Michel Foucault, an analyze of medical records of children and adolescents admitted into Hospício São Pedro in Porto Alegre/RS between the years 1884 to 1929 was made. Other historical sources that support the research were administrative reports of the medical directors of that establishment. Books and scientific articles written by alienists and psychiatrists in the period in question, published, especially in the Archivos Brasileiros de Hygiene Mental and the Archivos Rio Grandenses de Medicinina have also been used. Were analyzed the diagnostics attributed to children and adolescents at the time; strategies disciplinary of normalization of the bodies anomalous and the deviant behaviors, even as the explicative models of the etiology of mental alienation. Is understood that the historical and political events are directly involved in the production of discourses and practices around the pathologies of children and adolescents, because the borders of the abnormality are circumscribed in a determined regime of truth and emerge in a particular field of power relations.
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O cemitério dos vivos: a experiência manicomial de Lima Barreto / The cemetery of the living: the experience of Lima Barreto asylum

Barros, Adeliana Alves January 2016 (has links)
BARROS, Adeliana Alves. O cemitério dos vivos: a experiência manicomial de Lima Barreto. 2016. 170f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em História, Fortaleza (CE), 2016. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2016-08-05T13:45:22Z No. of bitstreams: 1 2016_dis_aabarros.pdf: 1191002 bytes, checksum: bc5410cc6e62b845e390e1bce5ee6f6e (MD5) / Approved for entry into archive by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2016-08-05T14:59:23Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2016_dis_aabarros.pdf: 1191002 bytes, checksum: bc5410cc6e62b845e390e1bce5ee6f6e (MD5) / Made available in DSpace on 2016-08-05T14:59:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2016_dis_aabarros.pdf: 1191002 bytes, checksum: bc5410cc6e62b845e390e1bce5ee6f6e (MD5) Previous issue date: 2016 / The starting point of this investigation is the asylum experience of writer Lima Barreto, admitted as a psychiatric patient in 1914 and 1919, to the Hospício Nacional de Alienados do Rio de Janeiro. From the writer’s analysis of the “asylum spectacle”, described as “a place that sentences to social death”, that appears on Diário do Hospício and O Cemitério dos Vivos, this paper reviews the beginning of psychic science and its assumptions originated mostly from Europe and performed in Brazil, presuming madness as an inseparable medical and social problematic. An analysis will be made based on the “self-writing” of Lima Barreto, from the documents produced by the institution responsible for this admission (medical charts) and the works toward thinking psychiatry and madness as a mental disease. The asylum experience from the insane himself, the history of psychiatry theories that defined and legitimated what were normal and pathological, the classification and creation of the medical institutional space, the routine of the asylum and the medical specialization towards healing insanity. From those resources, was considered the imposition of a power relation between the doctor and the sick individual, the practices around the “insane”, the confiscation of “madness” through the physician’s specialist point of view, and the subjects that were part of the psychiatry theory research, exposed to their therapy and practices, that, in most part, were poor, black and handymen, from a perspective that comprehends an eminently social topic, although elaborated as a disease. / O ponto de partida desta investigação é a experiência manicomial do escritor Lima Barreto, internado como paciente psiquiátrico, em 1914 e 1919, no Hospício Nacional de Alienados do Rio de Janeiro. A partir da análise do escritor acerca do “espetáculo do hospício”, descrito como “lugar que condena os sujeitos à morte em vida”, presente nas obras Diário do Hospício e O Cemitério dos Vivos, dedicamo-nos à observância e à análise do surgimento da ciência psiquiátrica e de seus pressupostos, advindos, sobretudo, da Europa, e executados no Brasil, pensando a loucura como uma problemática indissociavelmente médica e social. Analisaremos, portanto, a partir da “escrita de si” de Lima Barreto, dos documentos produzidos pela instituição responsável pela sua internação (prontuários médicos) e dos trabalhos voltados a pensar a psiquiatria e a loucura como doença mental, a experiência manicomial a partir do próprio louco, a história das teorias psiquiátricas definidoras e legitimadoras daquilo que era normal e patológico, a classificação e a criação do espaço institucional medicalizado, o cotidiano no espaço asilar e a especialização médica voltada a curar a loucura. A partir desses materiais, pensamos sobre a imposição de uma relação de poder entre o médico e o doente, as práticas em torno dos “insanos”, o confisco da “loucura” pelo olhar especialista do médico e os sujeitos que compunham o arsenal teórico da psiquiatria, expostos às suas terapias e práticas, que, na maioria das vezes, eram pobres, negros e trabalhadores braçais, perspectiva que compreende uma questão iminentemente social, muito embora elaborada como doença.
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Loucura: a temática que constrói o discurso da obra Hospício é Deus, de Maura Lopes Cançado

Batista, Daniele Aparecida [UNESP] 06 July 2010 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:26:52Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2010-07-06Bitstream added on 2014-06-13T19:55:17Z : No. of bitstreams: 1 batista_da_me_assis.pdf: 276498 bytes, checksum: 929e6f707bf0ba2c78d3cd2b5368a565 (MD5) / A palavra do louco, que por muito tempo fora renegada à marginalidade e ao silêncio, passa a ser agora, com o estudo da obra Hospício é Deus, evidenciada. A partir do título, o leitor já infere toda a dramática experiência vivida por uma mulher, a personagem narradora Maura, e por outras que povoavam o cenário social da década de 60. Na construção de seu diário, a escritora mineira Maura Lopes Cançado utiliza-se da memória para recriar o passado e para buscar elementos que justifiquem os desatinos vividos. Deste modo, pode-se conceber a obra como uma criação literária cuja verdade, aos poucos, turva-se com a construção artística que transforma tudo em ficção. Na obra Hospício é Deus, falar em recriação faz com que tenhamos que nos remeter à sua biografia, pano de fundo de sua obra, marcada, sobretudo pelo caos da rebeldia, da intolerância e da loucura. Como seria abordar sua própria vida em matéria literária? Esse é o assunto que abordamos no primeiro capítulo deste trabalho, que procura compilar os principais dados biográficos da autora, bem como de sua produção, como meio de resgatá-la do esquecimento e inseri-la no panorama literário brasileiro. Maura empenhou-se na tarefa de retratar a loucura, investigando indistintamente o caráter benévolo e malévolo que inspira os atos humanos. De fato, a obra abre uma grande polêmica pela forma radical com que retrata as atrocidades e descasos vivenciados pelas pacientes do hospício. Imbuída dessa consciência crítica de oposição aos valores vigentes no Brasil da década de 60, a narradora faz sua denúncia social e critica sobretudo a pecha que lhe imputavam de ser mulher e louca. Hospício é Deus atrai a atenção pelos recursos estilísticos utilizados por Maura para a criação da obra... / The mad´s word was for such a long time, renegade to marginality and silence. But now, through the study of Hospício é Deus, the mad´s word is evidenced. From the title, the lector can understand the whole dramatic experience lived by a woman, the narrator character Maura, and others women that filled the social scenario of 60´s. In the organization of her diary, mineira writer Maura Lopes Cançado used her memory to recreate the past and to search elements to justify the lived follies. Thereby, we can conceive the work like a literary creation in fact truth, bit by bit, is blurred with the artistic construction that transforms all in fiction. Hospício é Deus, talks about recreation, it makes us to refer to her biography, background of her work, that was marked by chaos of rebellion, intolerance and insanity. How can she approach her own life as literary material? This is the main subject that we study in the first chapter of this work, that compiles the Maura´s biographical data and her literature, as a way to rescues her from forgetfulness and introduce her in the Brazilian literary scene. Maura committed herself to the task of portraying the madness, investigating the equally benevolent and malevolent character that inspires the human acts. Indeed, the works opens up a huge row with the radical way that portrays the atrocities and neglect experienced by patients in hospice. Imbued with this critical awareness of the opposition of the values prevailing in Brazil of the 60´s, the narrator makes her social critique and criticism mainly imputed to her the taint of being a woman and mad. Hospício é Deus draws attention to the stylistic features used by Maura for the creation of her work. Identification of these resources was essential for the recognition of literary values of the text... (Complete abstract click electronic access below)
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O patrimônio arquitetônico da saúde : discussões sobre a história da arquitetura hospitalar do século XIX

Monteiro, Flávia de Azevedo 30 September 2014 (has links)
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No. of bitstreams: 2 license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) Dissertacao Flavia de Azevedo Monteiro.pdf: 6609563 bytes, checksum: 6a6b3332b76e9c4fc71cc21a9ef75cf2 (MD5) Previous issue date: 2014 / O Patrimônio Cultural da Saúde consiste nos bens materiais e imateriais que expressam o processo da saúde individual e coletiva nas suas dimensões científica, histórica e cultural. Com a inserção do Brasil, através da COC-Fiocruz e do Ministério da Saúde, na Rede Latino-americana de Patrimônio Cultural da Saúde, iniciou-se o incentivo ao estudo da história da medicina e da arquitetura hospitalar, buscando também a proteção e a salvaguarda da memória das edificações hospitalares históricas. O século XIX foi marcado pela construção de várias edificações voltadas para o controle e reclusão dos pobres, essas instituições eram: a Casa de Correção, a Santa Casa da Misericórdia, o Hospício de Pedro II, o Asilo da Mendicidade e as Instituições de acolhimento de Menores. Dessas edificações destacam-se a Santa Casa da Misericórdia, o Hospício de Pedro II e o Asilo da Mendicidade que formam o Patrimônio Arquitetônico da Saúde tombado em nível federal. O Hospital da Santa Casa da Misericórdia foi construído em 1840-1852 sob os modernos preceitos da medicina do século XIX. A edificação até hoje mantém o uso hospitalar e apresenta um estado de conservação bom em seu exterior. Porém as condições internas foram consideradas ruins devido à falta de salubridade e higiene nos ambientes. O Hospital da Santa Casa é um Hospital de Referência, realiza atendimentos ambulatoriais, cirúrgicos e de internação. O Hospício de Pedro II foi criado para atender exclusivamente os alienados do Império. O estilo neoclássico e a monumentalidade da edificação o fizeram ser reconhecido como Palácio dos Loucos. O hospício funcionou até 1944 e quatro anos depois a edificação foi cedida à Universidade do Brasil, que adaptou sua arquitetura ao uso educacional. A edificação apresenta estado de conservação regular, com exceção da área central composta pela Capela que está ruim, devido ao incêndio de 2011. O Palácio dos Loucos tornou-se Palácio Universitário, modificando sua identidade através das mudanças que foram feitas em sua arquitetura. O Asilo da Mendicidade foi criado em 1876 para fechar o pentágono asilar. A edificação panóptica buscava a efetiva observação e controle dos internos. A edificação funcionou como Asilo para mendigos até 1920, quando transformou-se em Hospital de São Francisco de Assis. Posteriormente o hospital seria transferido para a Universidade do Brasil, que funcionou como hospital escola até 1978. O Hospital foi desativado e ficou sem uso por dez anos, quando enfim voltou a funcionar como um estabelecimento destinado aos mais pobres. O conjunto da edificação é o que apresenta o pior estado de conservação, considerado de ruim a péssimo. Comprovou-se com essa pesquisa que o mais importante para a preservação das características arquitetônicas e artísticas do bem é a manutenção do uso, seja ele qual for. Os novos usos devem ser adequados também às características e à capacidade da arquitetura em questão. Através de reformas e planos adequados, os hospitais oitocentistas, que hoje se apresentam como Patrimônio Arquitetônico da Saúde, podem manter um uso similar para o qual foi construído, como uma edificação voltada à promoção da saúde da população. / The History and Heritage of health is every material or immaterial assets that can express the individual and collective health process, in its scientific, historic and cultural dimensions. When Brazil became one of the members of the Latin-America Network of Health’s Heritage and History, through the Health Ministry and the Oswaldo Cruz’s House, it began the improvement of the studies about the history of medicine and hospital architecture, seeking also the protection and preservation of these memories. The 19th century is characterized by the construction of buildings designated to control and to exclude the poverty. These buildings were: the Correction House, the Hospital of Mercy, the Pedro Second’s Hospice, the Mendicants Asylum and Abandoned Children’s Institutes. The buildings mentioned above, it was selected three of them to study in this research. These three, the House of Mercy, the Pedro Second’s Hospice and the Mendicants Asylum, are protected by the Heritage federal law. The House of Mercy was constructed in 1840-1852 by the medicine’s modern concepts. The building still has the healthy use and has a good condition in the front of the hospital. Although, its internal conditions are very bad, with lack of healthiness and hygiene. The House of Mercy is a grand Hospital that does a lot of ambulatory care, surgeries and hospitalization. The Pedro Second’s Hospice was created to take care of the 19th crazies. The neoclassical style and the buildings monumental transformed the Hospice into de Palace of Fools. The hospice worked until 1944 and four years later the building was transferred to the Brazilian University, which changes the hospice to educational use. The construction has a good condition, except for the Chapel that was destroyed on fire in 2011. The Palace of Fools became the University Palace, changing its identity through the architectural changes. The Mendicants Asylum was created in 1876 to close and finish the healthcare pentagon. The Panoptic building seeks the perfect observation of the interns. The construction was an Asylum through the end of 19th century and the beginning of 20th century, when it was transformed in the San Francisco de Assis Hospital. Later, in that century, the hospital became a Teaching Hospital, connected to the Brazilians University. The Teaching hospital worked until 1978, when it was closed. The building lost its use, until 1988, when the Hospital became to work again, as a public hospital to the poverty. This Hospital is the one that has the worst architectural condition. This research proved that the most important thing in the preservation subject is the uninterrupted use of the architecture, whatever the use is. The new uses must be suitable with the building characteristics and abilities. Through the renovations and appropriated architectural plans, the 19th century hospitals, that today are the heath heritage, can be a technological health building, holding to its original or similar use. The old hospitals can be buildings focused on the people’s health.
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Loucura : a temática que constrói o discurso da obra Hospício é Deus, de Maura Lopes Cançado /

Batista, Daniele Aparecida. January 2010 (has links)
Orientador: Ana Maria Carlos / Banca: Altamir Botoso / Banca: Cleide Antonia Rapucci / Resumo: A palavra do louco, que por muito tempo fora renegada à marginalidade e ao silêncio, passa a ser agora, com o estudo da obra Hospício é Deus, evidenciada. A partir do título, o leitor já infere toda a dramática experiência vivida por uma mulher, a personagem narradora Maura, e por outras que povoavam o cenário social da década de 60. Na construção de seu diário, a escritora mineira Maura Lopes Cançado utiliza-se da memória para recriar o passado e para buscar elementos que justifiquem os desatinos vividos. Deste modo, pode-se conceber a obra como uma criação literária cuja verdade, aos poucos, turva-se com a construção artística que transforma tudo em ficção. Na obra Hospício é Deus, falar em recriação faz com que tenhamos que nos remeter à sua biografia, pano de fundo de sua obra, marcada, sobretudo pelo caos da rebeldia, da intolerância e da loucura. Como seria abordar sua própria vida em matéria literária? Esse é o assunto que abordamos no primeiro capítulo deste trabalho, que procura compilar os principais dados biográficos da autora, bem como de sua produção, como meio de resgatá-la do esquecimento e inseri-la no panorama literário brasileiro. Maura empenhou-se na tarefa de retratar a loucura, investigando indistintamente o caráter benévolo e malévolo que inspira os atos humanos. De fato, a obra abre uma grande polêmica pela forma radical com que retrata as atrocidades e descasos vivenciados pelas pacientes do hospício. Imbuída dessa consciência crítica de oposição aos valores vigentes no Brasil da década de 60, a narradora faz sua denúncia social e critica sobretudo a pecha que lhe imputavam de ser mulher e louca. Hospício é Deus atrai a atenção pelos recursos estilísticos utilizados por Maura para a criação da obra... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: The mad's word was for such a long time, renegade to marginality and silence. But now, through the study of Hospício é Deus, the mad's word is evidenced. From the title, the lector can understand the whole dramatic experience lived by a woman, the narrator character Maura, and others women that filled the social scenario of 60's. In the organization of her diary, mineira writer Maura Lopes Cançado used her memory to recreate the past and to search elements to justify the lived follies. Thereby, we can conceive the work like a literary creation in fact truth, bit by bit, is blurred with the artistic construction that transforms all in fiction. Hospício é Deus, talks about recreation, it makes us to refer to her biography, background of her work, that was marked by chaos of rebellion, intolerance and insanity. How can she approach her own life as literary material? This is the main subject that we study in the first chapter of this work, that compiles the Maura's biographical data and her literature, as a way to rescues her from forgetfulness and introduce her in the Brazilian literary scene. Maura committed herself to the task of portraying the madness, investigating the equally benevolent and malevolent character that inspires the human acts. Indeed, the works opens up a huge row with the radical way that portrays the atrocities and neglect experienced by patients in hospice. Imbued with this critical awareness of the opposition of the values prevailing in Brazil of the 60's, the narrator makes her social critique and criticism mainly imputed to her the taint of being a woman and mad. Hospício é Deus draws attention to the stylistic features used by Maura for the creation of her work. Identification of these resources was essential for the recognition of literary values of the text... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre

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