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O processo de construção da leitura e da escrita como mediador para a desconstrução da "deficiencia"

Tanaka, Geruza Ferreira de Lima 15 August 2001 (has links)
Orientador: Maria Laura Trindade Mayrink-Sabinson / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-07-28T11:06:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tanaka_GeruzaFerreiradeLima_M.pdf: 4826761 bytes, checksum: 7ac373d629db56beeaa8a7a258b7cd28 (MD5) Previous issue date: 2001 / Resumo: Nesta pesquisa, tenho como objetivo analisar textos produzidos em situação intra e extraescolar de um aluno multi-repetente, "diagnosticado" pela escola como portador de "dificuldades de aprendizagem". Na análise, busco resgatar as possíveis reflexões empreendidas pelo sujeito no processo de produção textual. Além disso, analiso carta da professora do aluno, enviada como resposta à solicitação de uma psicóloga que o atendeu em um serviço de saúde, para onde foi encaminhado em função de problemas escolarescom a leitura e a escrita.A tentativa é mostrar que o aluno é capaz de ler e produzir textos escritos, embora as instituições que acompanham e/ou acompanharam o seu percurso escolar (escola, psicólogos, médicos) apontem que ele tem dificuldades para aprender, o que teria motivado a série de reprovações. Fundamentada em uma teoria da linguagem como atividade constitutiva no processo de aprendizado dos sujeitos, parto da possibilidadede que as dificuldades poderiam ser sanadas no próprio contexto escolar e que, portanto, nãojustificam as seguidas retenções do aluno. Para tanto, privilegio a perspectiva de Vigotsky (1930) e Bakhtin (1929), trazendo para a discussão a importância do "Outro", além do meio sociaL para a constituição o conhecimento e dos sujeitos. A metodologia utilizada na pesquisa baseia-se no paradigma indiciário de investigação das ciências humanas,visto que tal instrumento de análise possibilita resgatar, através de dados muitas vezes considerados marginais, indícios que apontam para importantes reflexões no processo de trabalho do sujeito com a construção da representação da língua escrita / Abstract: The principal objective of this dissertation is to analyze texts written, both in and out of school by a student diagnosed as having leaming deficits with multiple repetitions of the school year. The analysis captures possible reflections on textual elaboration on the part of the student. Also analyzed is a letter written by the student's teacher at the request of a psychologistat a public health clinic where the student was sent for treatment for difficulties at school with reading and writing. We wish to show that the student is capable of reading and writing texts, despite the institutions that have accompanied his education (teachers, psychologists, doctors). Based on the theory that understands language as a constitutive in the learning process, we suggest that difficulties might be taken care of within the school context itself,and that grade repetitions are not justified. To this end, we favor a Vigotskian and Bakhtinian perspective that brings to the fore, in addition to the social milieu, the "Other", inn the construction of knowledge and the individual. The methodology used in this study is based on the indiciary paradigm for investigation in the Humanities, given that this paradigm takes into account data often considered marginal in studies not preoccupied with a subject's "work" in the representational construction of written language / Mestrado / Ensino-Aprendizagem de Lingua Materna / Mestre em Linguística Aplicada
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Atendimento a crianÃas e adolescentes em situaÃÃo de abuso sexual: o discurso dos profissionais da saÃde / Attendance to the children and adolescents in situation of sexual abuse: the speech of the health proffessionals.

Lygia Maria Pereira da Silva 28 July 2006 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / O abuso sexual de crianÃas e adolescentes representa uma situaÃÃo de risco e uma violaÃÃo de direitos humanos sexuais e particulares da pessoa em desenvolvimento. No atendimento Ãs vÃtimas, os profissionais de saÃde precisam atuar com recursos instrumentais e teÃricos que estÃo alÃm do que os cursos de graduaÃÃo oferecem. Objetivou-se analisar as aÃÃes desenvolvidas pelos profissionais de saÃde no atendimento a crianÃas e adolescentes que sofreram abuso sexual. Buscou-se conhecer os significados atribuÃdos pelos profissionais de saÃde a esse problema. O local onde se deu a pesquisa foi um hospital geral pediÃtrico da cidade de Fortaleza â CE. Realizou-se pesquisa de cunho qualitativo e os sujeitos foram 21 profissionais de saÃde. Os dados foram obtidos atravÃs de entrevista semi-estruturada, gravada. Para anÃlise e organizaÃÃo, utilizou-se a tÃcnica do Discurso do Sujeito Coletivo. Os profissionais foram enfermeiros, mÃdicos, assistentes sociais, psicÃlogas, psicopedagogas. A maioria jamais participou de qualquer treinamento sobre o tema. Constatou-se que os sujeitos entendem o abuso sexual como uma violaÃÃo, uma experiÃncia de sofrimento para a crianÃa, que se apresenta de vÃrias formas. A identificaÃÃo do abuso se dà atravÃs dos sinais e sintomas especÃficos e inespecÃficos, da suspeita a partir do comportamento e do relato da crianÃa e da investigaÃÃo para comprovaÃÃo material. As condutas, apÃs a investigaÃÃo, sÃo encaminhamentos dentro da instituiÃÃo, notificaÃÃo ao Conselho Tutelar, prevenÃÃo e tratamento dos agravos resultantes do abuso e o cuidado com a crianÃa e o adolescente. A existÃncia de uma rotina prÃpria à percebida por alguns atravÃs da atuaÃÃo da ComissÃo de PrevenÃÃo aos Maus-tratos, enquanto outros percebem a existÃncia de uma rotina no hospital em geral e outros afirmam nÃo existir uma rotina. O envolvimento das categorias à percebido a partir da atuaÃÃo na ComissÃo. Alguns sujeitos nÃo sabem como sua categoria està envolvida, enquanto outros entendem que nÃo hà envolvimento, por nÃo haver uma rotina prÃpria. As estratÃgias para qualificaÃÃo dos profissionais adotadas pela instituiÃÃo sÃo consideradas como atividades regulares, esporÃdicas ou inexistentes. O atendimento no serviÃo e na rede de saÃde à visto como possÃvel, a partir dos recursos jà existentes no serviÃo, possÃvel a partir da atuaÃÃo da ComissÃo de PrevenÃÃo aos Maus-tratos e difÃcil, devido ao descrÃdito na rede de assistÃncia. As dificuldades identificadas para o atendimento sÃo a falta de preparo do profissional, emocional, a omissÃo da famÃlia e a insuficiente estrutura do serviÃo. As sugestÃes para melhorar a atuaÃÃo dos profissionais no tema sÃo a capacitaÃÃo e a estruturaÃÃo do serviÃo. Conclui-se que os profissionais de saÃde no serviÃo pesquisado apresentam dificuldades para o atendimento no tocante à capacitaÃÃo, à estruturaÃÃo dos serviÃos e à articulaÃÃo da rede de saÃde e da rede intersetorial. Hà necessidade de fortalecer a ComissÃo, criar normas e rotinas de atendimento, planejar treinamento sobre abuso sexual e sobre outras formas de violÃncia contra crianÃas e adolescentes e implementar parcerias com instituiÃÃes afins, visando à formaÃÃo de redes. / The sexual abuse of children and adolescents consists of a risk situation and a violation of sexual and particular human rights of the person in development. In the attendance to the victims, the health professionals need to act with instrumental and theoretical resources that are beyond what undergraduate courses offer. One aimed to analyze the actions developed by health professionals in the attendance to children and adolescents who suffered sexual abuse. One aimed to know the meanings attributed by health professionals to this problem, considering the subjectsâ context through the Social Representations Theory. The institution where the research was conducted was a pediatric general hospital in the city of Fortaleza â CE. One conducted a qualitative research and the subjects were 21 health professionals. The data were obtained through a recorded semi-structured interview, and for analysis and organization, the Collective Subject Discourse technique was used. The professionals were nurses, doctors, social workers, psychologists and pedagogues, most of them had never taken any training about the theme. One noticed that the subjects understand sexual abuse as a violation, a suffering experience for the children and that has several forms. The identification of the abuse happens through the signals, specific and non-specific symptoms, through the suspect starting from the childâs behavior, through the investigation for material prove and through the childâs report. The conducts after investigation are forwarding inside the institution, notification to the Guardianship Council, prevention and treatment of the traumas resulting from the abuse and the care to the child and the adolescent. The existence of an own routine is noticed by some through the actions of the Mistreatment Prevention Commission, while others notice the existence of a routine in the hospital in general and others argue that there is not a routine. The involvement of the categories is noticed starting from the actions of the Commission. Some subjects do not know how their category is involved, while others understand that there is not involvement, as there is not an own routine. The strategy for qualification of the professionals adopted by the institution is considered as regular, sporadic and non-existent activities. The attendance in the institution and in the health system is seen as possible starting from the resources existing in the service, possible from the actions of the Mistreatment Prevention Commission and hard due to the discredit in the assistance system. The difficulties identified for the attendance are the lack of emotional preparation of the professional, the omission of the family and the insufficient structure of the service. The suggestions to enhance the professionalsâ actions in the theme are the preparation of the professionals and the enhancement of the serviceâs structure. One concludes that the health professionals in the service researched show difficulties for the attendance concerning the preparation, structure of the services and articulation of the health and intersection systems. It is necessary to empower the Commission, create rules and attendance routines, to plan trainings about sexual abuse and other forms of violence against children and adolescents and implement partnerships with similar institutions, aiming to form nets.
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A pré-escola em São Paulo (das origens a 1940) / The preeschol in São Paulo (from the origins to 1940)

Tizuko Morchida Kishimoto 28 August 1986 (has links)
Trata-se de um estudo na perspectiva da história da educação infantil para identificar as organizações públicas e privadas que mantinham educação para crianças de 0 a 6 anos no Estado de São Paulo, desde o aparecimento da primeira instituição em 1877 até os anos 1940, bem como as propostas de educação que orientavam a educação dessas crianças. Foram identificadas várias organizações privadas, filantrópicas, estaduais e, outras em parceria com o governo do Estado de São Paulo como mantenedores das instituições de educação infantil. Instituições denominadas asilos infantis, creches, escolas maternais e jardins de infância ofertavam educação infantil, em sua maioria, na forma de assistência às famílias e crianças exceto no jardim de infância anexo à Escola Normal Caetano de Campos criada em 1896. / This is a study from the perspective of the history of early childhood education, to identify public and private organizations that held education for children 0-6 years in the state of São Paulo, since the appearance of the first institution in 1877 until the 1940s, as well as the educational proposals that guided education of these children. We identified several private organizations, philantropic, state and other in partnership with the government of the State of called asylums, kindergartens, nursery schools and kindergartens offer children´s education, mostly in the form of assistance to families and children, except in kindergarten attached to the Normal School Caetano de Campos created in 1896.
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Estudo das relações entre maus tratos na infância, prejuízo em funções executivas e transtornos do comportamento disruptivo em uma amostra comunitária de crianças / Relationships between childhood maltreatment, impairment in executive functions and disruptive behavior disorders in a community sample of children

Elisa Teixeira Bernardes 17 March 2016 (has links)
Evidências apontam para forte relação independente entre maus tratos na infância, comportamentos disruptivos e prejuízos em funções executivas. No entanto, ainda não é completamente compreendido como estes três fatores se relacionam entre si. Esta pesquisa avaliou a relação entre maus-tratos na infância e transtornos do comportamento disruptivo, testando desempenho em funções executivas como possível mediador e moderador desta relação. A presente pesquisa está inserida no estudo \"Coorte de escolares de alto risco para o desenvolvimento de psicopatologia e resiliência na infância e adolescência - projeto Prevenção\", projeto integrante do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Psiquiatria do Desenvolvimento para Infância e Adolescência (INCT-INPD), o qual incluiu 2500 crianças em idade escolar de São Paulo e Porto Alegre (Brasil). As crianças foram extensamente avaliadas com entrevistas diagnósticas, relatos de pais e da própria criança sobre maus tratos e com testes neuropsicológicos. Resultados indicam associação de maus tratos na infância e transtornos do comportamento disruptivo, porém não foi encontrada associação entre maus tratos e funções executivas. Crianças com transtornos do comportamento disruptivo apresentaram pior desempenho em teste específico para avaliação de flexibilidade cognitiva. Desempenho em funções executivas não agiu como mediador ou moderador da associação entre maus tratos e transtornos do comportamento disruptivo. Desta forma, os resultados indicam que a associação entre experiências de maus tratos e transtornos do comportamento disruptivo ocorre independentemente do desempenho em funções executivas. Futuros estudos longitudinais são fundamentais para confirmar estes resultados e elucidar os mecanismos cognitivos envolvidos nesta associação causal / Empirical evidences point to a strong independent relationship between maltreatment in childhood, disruptive behaviors and impairments in executive functions. However, how these three factors are interrelated it is not completed understood yet. This study evaluated the relationship between childhood maltreatment and disruptive behavior disorders, testing performance in executive functions as possible mediator and moderator factor in this relationship. This research is part of the study \"Cohort of high-risk students for the development of psychopathology and resilience in childhood and adolescence - Prevention Project\", a member project of the National Institute of Science and Developmental Psychiatry Technology for Children and Adolescents (INCT -INPD) in which is included 2,500 schoolchildren from São Paulo and Porto Alegre (Brazil). The children were evaluated with diagnostic interviews, reports of parents and children themselves about maltreatment and with neuropsychological tests, which included evaluation of inhibitory control, working memory, cognitive flexibility and planning. Results indicate association of childhood maltreatment and disruptive behavior disorder, but no association was found between maltreatment and executive functions. Children with Disruptive Behavior Disorders showed worse performance in specific task for assessment of cognitive flexibility. Performance in executive functions didn\'t work as a mediator or modifier variable in the association between childhood maltreatment and disruptive behavior disorder. Thus, the study results indicate that the association between experiences of maltreatment and disruptive behavior disorder occurs regardless of the performance in executive function in a community sample. Future longitudinal studies are essential to confirm these findings and elucidate the cognitive mechanisms involved on this causal association
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Análise da Ocorrência de Estresse Precoce em Pacientes Psiquiátricos Adultos / Analysis of the Occurrence of Early Life Stress on Adult Psychiatric Patients.

Camila Maria Severi Martins 27 April 2012 (has links)
Introdução: Evidências recentes indicam que situações de abandono, negligência e abusos são fatores de risco para desencadeamento de psicopatologias na vida adulta. Esta associação ocorre na medida em que eventos traumáticos, nas fases iniciais do desenvolvimento podem desencadear transtornos psiquiátricos graves e incapacitantes no adulto. Objetivo: O presente estudo objetivou avaliar a associação entre a ocorrência e a gravidade do Estresse Precoce (EP) e o desencadeamento de transtornos psiquiátricos em pacientes adultos em seguimento no Hospital Dia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP). Metodologia: A amostra foi composta por 81 pacientes psiquiátricos avaliados através de Entrevista Clínica, de acordo com os critérios do DSM-IV, para confirmação diagnóstica, divididos em 2 grupos: 58 pacientes com presença de EP e 23 com ausência de EP. A presença de EP foi confirmada através da aplicação do Questionário Sobre Traumas na Infância (QUESI). Os pacientes também foram avaliados quanto à gravidade da sintomatologia psiquiátrica através do Inventário de Depressão de Beck (BDI), Inventário de Ansiedade de Beck (BAI), Escala de Desesperança de Beck (BHS), Escala de Ideação Suicida de Beck (BSI), Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HAD) e da Escala de Impulsividade de Barratt (BIS-11). Resultados: Na amostra avaliada, 71.6% dos pacientes sofreram algum tipo grave de EP comparados a 28.4% dos pacientes que não sofreram. Considerando-se os subtipos de Estresse Precoce avaliados, os pacientes com história de trauma apresentaram escores maiores em todos os subtipos de Estresse Precoce em comparação aos pacientes sem história de abuso. A pontuação total do QUESI também foi significativamente diferente 66.05 vs. 34.78 (p<0.001) entre os grupos. A maioria dos pacientes avaliados (n=35; 60.4%) sofreu de 3 a 5 subtipos de Estresse Precoce. Os resultados indicam que o EP está associado principalmente com o desenvolvimento de transtornos de humor e também com o aumento da gravidade dos sintomas psiquiátricos, principalmente dos sintomas depressivos, sintomas de desesperança, de ideação suicida e de impulsividade. Com relação ao diagnóstico de eixo II, o EP está associado com o desenvolvimento de transtorno de personalidade (p=0.03). Pacientes com história de abuso emocional (OR: 5.2; 95% IC, 1.9-13.5), negligência emocional (OR: 4.02; 95% IC, 1.6-10.2) e negligência física (OR: 4.0; 95% IC, 1.6-10.1) apresentam um risco de 4 a 5 vezes maior de desenvolver transtorno de personalidade. Além disso, indivíduos que sofreram abuso físico (OR: 2.46; 95% IC; 0.89-6.78), abuso sexual (OR: 2.87; 95% IC; 0.86-9.57) e negligência física (OR: 2.50; 95% IC; 0.95-6.55) possuem de 2 a 3 vezes mais chances de cometer tentativas de suicídio. Nossos dados também demonstram que entre os subtipos de EP, o abuso emocional foi associado ao desencadeamento de psicopatologias na vida adulta, principalmente com os transtornos depressivos. Além disso, pacientes com presença de abuso emocional, tiveram maior gravidade em todos os sintomas psiquiátricos, tais como: sintomas de depressão, desesperança, ideação suicida, ansiedade e impulsividade. Também foram encontradas correlações positivas entre impulsividade, ideação suicida e desesperança com os escores totais do QUESI. Conclusões: Os dados apontam para a importância do Estresse Precoce como fator desencadeante de transtornos psiquiátricos, bem como indicam que a gravidade do Estresse Precoce está associada com a gravidade dos sintomas psiquiátricos.Dessa forma, há necessidade de mais estudos que avaliem a importância dos subtipos de Estresse Precoce como fator de risco para desencadeamento de psicopatologias graves no adulto. / Introduction: Recent evidences suggest that situations of abandonment, neglect and abuse are risk factors for onset of psychopathology on adulthood. This association occurs in that traumatic events in the early stages of development and may trigger severe and disabling psychiatric disorders in adults. Objective: The present study aimed to evaluate the association between the occurrence and severity of early life stress (ELS) and the development of psychiatric disorders in adult patients of the Day Hospital Unit of the Hospital das Clinicas, Faculty of Medicine of Ribeirão Preto University of São Paulo (HCFMRP- USP). Methodology: The sample was consisted of 81 psychiatric patients evaluated by Clinical Interview according to the DSM-IV criteria for the diagnosis, divided into two groups: 58 patients with presence of ELS and 23 with absence of ELS. The presence of ELS was confirmed by the Childhood Trauma Questionnaire (CTQ). Patients also were evaluated for severity of psychiatric symptoms by the Beck Depression Inventory (BDI), the Beck Anxiety Inventory (BAI), the Beck Hopelessness Scale (BHS), the Beck Scale for Suicide Ideation (BSI), the Hospital Anxiety and Depression Scale (HAD) and the Barratt Impulsiveness Scale (BIS-11). Results: In the sample studied, 71.6% of patients with some type of severe ELS compared to 28.4% of patients without ELS. Considering the subtypes of ELS evaluated, patients with a history of trauma showed higher scores in all subtypes of ELS compared to patients without a history of abuse. The total score of QUESI was also significantly different 66.05 vs. 34.78 (p<0.001) between groups. Most patients (n = 35, 60.4%) suffered 3-5 subtypes of ELS. The results indicate that ELS is associated mainly with the development of mood disorders and also with increasing severity of psychiatric symptoms, especially the depressive symptoms, hopelessness, suicidal ideation and impulsivity. Regarding the diagnosis of axis II, ELS is associated with personality disorder (p=0.03). Patients with emotional abuse (OR: 5.2, 95% CI, 1.9-13.5), emotional neglect (OR: 2.4, 95% CI, 1.6-10.2) and physical neglect (OR: 4.0, 95% CI, 1.6-10.1) at 4-5 fold higher risk of personality disorder. In addition, individuals who suffered physical abuse (OR: 2.46, 95% CI, 0.89-6.78), sexual abuse (OR: 2.87, 95% CI, 0.86-9.57) and physical neglect (OR: 2.50; 95% CI, 0.95-6.55) at 2-3 fold higher to commit suicide attempts. Our data also showed that among the subtypes of ELS, emotional abuse was associated with the onset of psychopathology in adulthood, especially in depressive disorders. Furthermore, patients with presence of emotional abuse, had more severe psychiatric symptoms at all, such as depressive symptoms, hopelessness, suicidal ideation, anxiety and impulsivity. We also found positive correlations between impulsivity, suicide ideation and hopelessness with the total scores of the QUESI. Conclusions: These data demonstrate the importance of ELS as a trigger for psychiatric disorders, and indicate that the severity of ELS is associated with the severity of psychiatric symptoms. Therefore, further studies are needed to assess the importance of subtypes of ELS as a risk factor for onset of severe psychopathology in adults.
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Maus-tratos infantis: o impacto da negligência no desenvolvimento psicossocial e acadêmico de crianças em fase inicial de escolarização / Child abuse: the impact of neglect on academic and psychosocial development of children in early schooling

Mara Silvia Pasian 05 April 2012 (has links)
Crianças e adolescentes de todo o mundo são vítimas de maus-tratos domésticos, sendo a negligência, a modalidade mais recorrente e que se apresenta associada a inúmeras consequências negativas para o desenvolvimento infantil. O presente trabalho teve como objetivo estudar o fenômeno da negligência infantil e suas consequências no plano do desenvolvimento psicossocial e acadêmico de crianças em fase inicial de escolarização no contexto brasileiro, bem como os fatores de risco associados. Para isso, foram investigadas características dos cuidadores e das crianças com idade variando entre seis e oito anos, organizados em três grupos. O primeiro grupo (GRUPO 1) foi formado por casos notificados por negligência ao Conselho Tutelar; o GRUPO 2 foi formado por casos suspeitos de negligência, porém não notificados, tendo por base observações de professores no contexto escolar; o GRUPO 3 foi formado também a partir de indicações de professores de crianças sem suspeitas de maus-tratos/negligência (grupo de referência). Cada grupo foi constituído por 30 díades de crianças-cuidadores. Realizados os procedimentos relativos às normas éticas, foi efetuado o contato com o Conselho Tutelar, as escolas e as famílias. Obtidas as devidas autorizações, procedeu-se à coleta de dados, utilizando-se os instrumentos: Questionário de Caracterização Sociodemográfica; Inventário de Potencial de Maus-tratos Infantis (CAP); Child Neglect Index; Inventário de Comportamentos da Criança e Adolescente - 6 a 18 anos (CBCL); Inventário de Comportamentos da Criança e Adolescente/ Relatório para Professores - 6 a 18 anos (TRF) e Teste de Desempenho Escolar (TDE). Para descrever o perfil da amostra por grupos realizaram-se análises estatísticas. Os resultados mostraram diferença significativa entre os GRUPOS 1 e 2 (similares entre si) com relação ao GRUPO 3 no plano de diversas variáveis de caracterização, concebidas como fatores de risco, destacando-se mais baixo status socioeconômico das famílias, menor nível de escolaridade dos cuidadores, e a menor idade em que as mães teriam tido o primeiro filho. No mais, os cuidadores dos GRUPOS 1 e 2 também apresentaram maior potencial de risco para o abuso/negligência e suas práticas parentais caracterizam-se pela presença de mais indicadores de negligência, em comparação ao GRUPO 3. Com relação aos aspectos do desenvolvimento infantil e do desempenho escolar, as crianças dos GRUPOS 1 e 2 apresentaram, em sua maioria, escores similares que, de modo geral, indicaram déficits em diversos aspectos desenvolvimentais e dificuldades de aprendizagem no início da escolarização. Com base nesses resultados, pode-se concluir que as crianças notificadas por negligência, bem como as suspeitas de viverem essa problemática, manifestam igualmente problemas desenvolvimentais significativos em uma etapa muito sensível, o início da escolarização, o que suscita enorme preocupação, pois a não superação destes aumenta a possibilidade dessas crianças enfrentarem desafios cada vez maiores. O cenário descrito pelo presente estudo impõe a necessidade de investimentos na prevenção da negligência infantil, seja em termos de investigação científica, seja no que se refere às medidas de proteção. / Children and youths around the world are victims of domestic abuse, negligence being the most recurring category, which is associated with several harmful consequences for childhood development. The aims of this thesis were to investigate the phenomenon of childhood neglect and its consequences to the psychosocial and academic development of children in the initial stage of schooling in Brazil as well as the associated risk factors. To accomplish these objectives, the features of the caregivers and children with ages ranging from six to eight, were investigated which was organized in three groups. The first group (group 1) was formed by cases of neglect notified to the Child Protection Council; the second group (group 2) was formed by suspect cases of neglect, but not notified to the Child Protection Council, based on their school teachers´ observation; the third group (group 3) was also formed by indications of the school teachers, but by children not suspected to be neglected (reference group). Each group consisted of thirty dyads of child- caretaker. After carrying out all the relative procedures to the ethical issues, the Child Protection Council, schools and children were contacted. After obtaining the necessary authorizations, the data collection was accomplished, through the following instruments: Questionário de Caracterização Sociodemográfica (socio-demographic questionnaire); Child Abuse Potential Inventory - CAP; Child Neglect Index; Child and Youth Behavior Inventory, 6-18 years - CBCL; Child and Youth Behavior Inventory, 6-18 years/Teacher Report Form -TRF and Teste de Desempenho Escolar - TDE (School performance test). To describe the sample\'s profile of the groups, statistical analyses were performed. The results show similarities between groups 1 and 2, which, in contrast, are quite different from group 3 concerning several characterization variables. They are conceived as risk factors, highlighting families with lower socioeconomic status, lower education level of the caregivers and the lowest age of the mothers when the first child was born. Moreover, the caregivers of groups 1 and 2 also show higher potential risks for abuse than those of group 3. Furthermore, more neglect indicators were found in groups 1 and 2 than in group 3. Concerning the childhood development aspects and academic performances, children of groups 1 and 2, in general, show similar results, having shortfalls in several developmental aspects and learning difficulties at the beginning of the literacy stage. Based on these results, one can conclude that children notified as neglected and those of suspect cases expressed equally significant developmental problems during a sensitive period of their lives, the beginning of the literacy, giving rise to a huge concern since failure at this stage increases the chances of major drawbacks in their future. The scenario revealed by the present study points out the necessity of investments in children negligence prevention, supporting both scientific investigations and protective actions.
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A filha da mãe: a transgeracionalidade do incesto / Mother\'s daughter: transgenerationality of incest

Livia Lemos Zanin 01 September 2017 (has links)
O abuso sexual no Brasil tornou-se um problema de saúde pública não só pelos altos índices de ocorrência desse tipo de violência, mas também pelos efeitos que essa prática causa no corpo e no psiquismo de quem o sofre. O incesto é a forma mais comum de abuso sexual e suas consequências podem alcançar futuras gerações. Há poucos estudos brasileiros que investigam o histórico de experiências abusivas em pais de crianças e adolescentes que sofreram violência sexual. Esta pesquisa realizou o levantamento de 346 prontuários das famílias com histórico de abuso sexual intrafamiliar atendidas no Centro de Estudos e Atendimento Relativos ao Abuso Sexual (CEARAS), entre 1993 e 2016, com o objetivo de caracterizar a população da instituição e verificar a repetição do abuso sexual na história do grupo familiar, em especial na história de vida da mãe. A metodologia quantitativa foi utilizada e conceitos psicanalíticos de abordagem freudiana foram apresentados para embasar a discussão. O levantamento revelou que a denúncia do abuso sexual intrafamiliar aconteceu em maior frequência nas meninas (82%) quando comparada aos meninos (17%). A maior incidência desta forma de violência ocorreu na infância (0 a 12 anos), tanto para meninas (61,1%) quanto para meninos (80%). Na maioria dos casos, durante o período da infância, a denunciante, em ambos os sexos, foi a mãe (44,2%). Porém, no período da adolescência da menina, a mãe (29,6%) e a própria adolescente (29,6%) denunciaram em igual proporção. Nenhum adolescente do sexo masculino realizou a denúncia. Grande parte do abuso sexual aconteceu durante longa duração (42%). O tipo de abuso sexual mais comum nas meninas foi o ato libidinoso (73,3%), comparado com a conjunção carnal (14%). Os perpetradores da violência sexual foram, na maioria dos casos, do sexo masculino (97,6%). Na infância da menina, o abuso sexual foi perpetrado em sua maioria pelo pai (51,5%), seguido de parentes (17%) e padrasto (14%). Na infância dos meninos, o pai (56,3%), parentes (12,5%) e a mãe (8,3%) foram as pessoas que mais cometeram o abuso. Os resultados também revelaram que em mais da metade da população do CEARAS (60%), outros casos de abusos sexuais aconteceram em gerações anteriores e com outras pessoas da mesma família. A ocorrência de experiências sexuais abusivas não denunciadas no histórico de vida dos pais foi encontrada em 87 (25%) casos. O histórico de abuso nos pais de crianças ou adolescentes que sofreram violência sexual sugere a existência do fenômeno da transgeracionalidade do incesto. Na nossa amostra total, 71 mães (20%) revelaram experiências abusivas na infância ou adolescência. O histórico de abuso sexual na mãe foi considerado um forte potencial para a transmissão geracional do abuso sexual na filha. Considera-se o incesto um ciclo, que tende a se repetir se não for interditado / Sexual abuse in Brazil has become a public health problem not only because of the high incidence of this type of violence, but also because of its effects on the body and the psyche of those who suffer it. Incest is the most common form of sexual abuse and its consequences can reach future generations. There are few Brazilian studies that investigate sexually abusive experiences in parents of children and adolescents who have experienced sexual violence. This research carried out the survey of 346 medical records of families with a history of intrafamily sexual abuse supported at the Center for Studies and Attendance Related to Sexual Abuse (CEARAS), between 1993 and 2016, with the purpose of characterizing the population of the institution and verifying the repetition of the sexual abuse in the history of the family group, especially in the mother\'s life history. The quantitative methodology was used and psychoanalytic concepts of Freudian approach were presented to support the discussion. The survey revealed that the complaint of intrafamily sexual abuse occurred more frequently in girls (82%) when compared to boys (17%). The highest incidence of this form of violence occurred in childhood (0 to 12 years) for both girls (61.1%) and boys (80%). In most cases, during the childhood, the complainant, in both sexes, was the mother (44.2%). However, in the adolescence period of the girl, the mother (29.6%) and the adolescent herself (29.6%) reported in equal proportion. No male adolescent has made any reports. A great part of the sexual abuse occurred during a long period of time (42%). The most common type of sexual abuse was the libidinous act (73.3%), compared to the carnal conjunction (14%). The perpetrators of sexual violence were, in most cases, males (97.6%). In the girl\'s childhood, sexual abuse was perpetrated mostly by the father (51,5%), followed by relatives (17%) and stepfather (14%). In the boys\' childhood, the father (56.3%), relatives (12.5%) and the mother (8.3%) were the people who most committed abuse. The results also revealed that in more than half the population of CEARAS (60%) other cases of sexual abuse occurred in previous generations and with other people of the same family. The occurrence of abusive sexual experiences not reported in the parents\' life history was found in 87 (25%) cases. The history of abuse in parents of children or adolescents who have suffered sexual violence suggests the existence of the transgenerational phenomenon of incest. 71(20%) mothers, from our total sample, revealed to be victims of sexual abuse during their childhood or adolescence. Thus, the history of sexual abuse in the mother was considered a strong potential for the generational transmission of sexual abuse in the daughter. Incest is considered a cycle, which tends to repeat itself if it is not interdicted
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Violência contra menores de 15 anos no município de Londrina, Paraná: análise epidemiológica de suas notificações / Violence against children under age 15 in the county of Londrina, Paraná: epidemiologic analysis of its notifications

Christine Baccarat de Godoy Martins 04 July 2008 (has links)
Introdução - No Brasil, o conhecimento sobre a dimensão da violência é ainda escasso, não sendo possível conhecer a freqüência exata dos casos de abuso contras criança e adolescentes. Mediante a importância epidemiológica da violência contra esse grupo e mediante, ainda, as conseqüências biopsicossociais desta violência, torna-se fundamental conhecê-la, no esforço de mapear sua morbidade ainda desconhecida no município de estudo. Objetivo - Estudar a ocorrência e as características da violência contra menores de 15 anos, residentes no município de Londrina, Estado do Paraná, atendidos nos anos de 2002 e 2006 pelos Conselhos Tutelares de Londrina e serviços de atendimento às crianças e adolescentes vitimizados. Métodos - Os dados foram obtidos junto aos registros dos Conselhos Tutelares, Programa Sentinela da Prefeitura Municipal de Londrina (atendimento das crianças e adolescentes vítimas de violência sexual), Projeto de Extensão "De Olho no Futuro" da Universidade Estadual de Londrina (atendimento multidisciplinar às crianças e adolescentes vítimas de violência) e Fórum de Londrina (Vara da Infância e da Juventude). A coleta de dados consistiu em duas etapas: 1) coleta de dados junto aos Conselhos Tutelares e serviços de atendimento - atendimentos de 2002 e 2006 com a finalidade de análise comparativa. 2) seguimento dos casos encaminhados ao Fórum em 2002 (decorridos cinco anos da denúncia). Foi utilizado um formulário previamente testado. Os casos de violência, bem como as lesões decorrentes, foram classificados segundo o Capítulo XX e XIX da Classificação Internacional de Doenças - CID, 10ª revisão. Foram analisadas variáveis quanto à denúncia, ao atendimento, à vítima, à família, ao agressor, à violência praticada, às conseqüências da violência, às reincidências e ao desfecho dos casos encaminhados ao Fórum. Para processamento e tabulação dos dados foi utilizado o programa computacional Epi Info - versão 6.0. Resultados - Foram estudados 1620 casos notificados de violência contra menores de 15 anos (607 em 2002 e 1013 em 2006), o que representa uma taxa de incidência de 0,5% e 0,8% nos respectivos anos. Os denunciantes mais freqüentes foram a mãe (21,1% em 2002 e 24,2% em 2006), os profissionais de saúde (19,9 em 2002 e 23,7% em 2006) e a escola (15,2% em 2002 10,3% em 2006). Os maiores coeficientes de incidência foram observados na idade de 2 anos para as meninas (coeficiente de 13,5 por 1000) e na idade de 6 anos para os meninos (12,7 por 1000) em 2002. No ano de 2006, os coeficientes mais elevados se deram aos 4 anos para as meninas (26,4) e aos 5 anos para os meninos (16,5). Observou-se que a violência foi mais freqüente nas famílias com 3 a 4 membros (46,4% em 2002 e 54,2% em 2006). O número de vítimas na casa foi de duas vítimas em 38,8% (em 2002) e 37,6% (em 2006) dos casos. Grande parte das famílias das vítimas foi constituída de pais separados (51,9% em 2002 e 65,1% em 2006). A idade do agressor (tanto em 2002 como em 2006) foi de 20 a 24 anos para o sexo feminino (46,9% em 2002 e 41,6% em 2006) e de 30 a 34 anos para os agressores masculinos (34,7% em 2002 e 32,9% em 2006). A grande maioria dos agressores possuía ensino fundamental incompleto (79,7% em 2002 e 82,8% em 2006) e situação ocupacional ativa (empregados) (50,6% em 2002 e 58,8% em 2006). A violência foi praticada pela mãe (33,6% em 2002 e 27,6% em 2006), pai (32,4% em 2002 e 27,1% em 2006), padrasto (10,4% em 2002 e 15,7% em 2006) e madrasta (5,3% em 2002 e 15,5% em 2006). Foi observado o alcoolismo como situação de risco do agressor masculino (53,4% dos casos de 2002 e 61,3% em 2006). Entre as mulheres agressoras, o alcoolismo aliado à crise conjugal e problemas de maternidade foram os riscos mais freqüentes (26,0% em 2002 e 34,9% em 2006). Grande parte dos atos violentos foram praticados mais de 4 vezes (77,1 % em 2002 e 85,1% em 2006) e por um período de 1 a 2 anos antes da denúncia (36,3% em 2002 e 20,7% em 2006). As violências ocorreram com maior freqüência na residência da vítima (82,0% em 2002 e 86,0% em 2006). Na grande maioria dos casos, a vítima sofreu mais de um tipo de violência (67,9% em 2002 e 72,5% em 2006), sendo a violência física (49,1% em 2002 e 47,3% em 2006), a negligência e abandono (24,7% em 2002 e 30,4% em 2006) e a sexual (19,8% em 2002 e 18,4% em 2006) as mais freqüentes. Houve presença de lesão corporal em 90,4% dos casos em 2002 e em 92,0% das vítimas em 2006. A presença de seqüelas ocorreu em 99,3% (em 2002) e 99,0% (em 2006) da população estudada, sendo a seqüela física a de maior predomínio (94,2% em 2002 e 97,0% em 2006), acompanhada pela seqüela psicológica em 89,5% (em 2002) e 95,6% (em 2006) dos casos com presença de seqüela. Houve reincidência em 10,6% dos casos. Entre os casos de 2002 encaminhados ao Fórum, 40,0% dos processos foram arquivados e 31,7% encontravam-se em andamento, dos quais 38,4% estavam em acompanhamento social, em 26,0% desses processos a criança vítima encontrava-se em abrigo-lar com acompanhamento social e 20,5% tinham a guarda provisória com os avós enquanto os pais estavam em tratamento. Conclusões - Pretendeu-se com o estudo, contribuir para tornar mais visíveis os atos violentos praticados contra a criança e o adolescente, fornecendo subsídios para ações preventivas e de atendimento. / Introduction: In Brazil, data on the dimension of violence are still sparse, precluding the detection of the exact frequency of child and adolescent abuse. In face of both the epidemiological importance of violence against a child or adolescent and the biopsychosocial consequences of this violence, it becomes essential to know it in order to map its morbidity, still unknown in the county under study. Aim - to study the occurrence and the characteristics of violence against children under age 15 who live in the county of Londrina, Paraná State, and were attended by the Tutelary Councils of Londrina and victimized child and adolescent care services in 2002 and 2006. Methodology: Data were obtained from the records of the Tutelary Councils, the county's program "Sentinela" (Watcher) - that attends child and adolescent victims of sex abuse -, the Londrina State University extension project "De Olho no Futuro" (Watch the Future) - that offers multidisciplinary attendance to child and adolescent victims of violence -, and Londrina's Juvenile Court. Data collection comprised two steps: 1) data collection from the Tutelary Councils and care services on the attendances in 2002 and 2006 for comparative analysis. 2) follow up of the cases delivered to Court in 2002 (five years past denunciation). A previously tested form was used. Both the cases of violence and the decurrent lesions were classified in accordance to Chapter XX and XIX of the International Classification of Diseases (ICD), tenth revision. Variables as to denunciation, care attention, victim, family, aggressor, violence inflicted, consequences of violence, recidivism and final results of cases delivered to Court have been analyzed. Data processing and diagramming was accomplished with the software Epi Info, version 6.0. Results: 1620 notified cases of violence against youth under age 15 were studied (607 in 2002 an 1013 in 2006), which represent an incidence rate of 0.5% and 0.8% respectively. Denunciators were most frequently the mother (21.1% in 2002 and 24.2% in 2006), the school (15.2% in 2002 and 10.3% in 2006) and health professionals (19.9% in 2002 and 23.7% in 2006). Highest incidence coefficients were observed at the age of 2 for girls (coefficient of 13.5 per 1000 children) and at the age of 6 for boys (12.7 per 1000) in 2002. In 2006, highest coefficients for girls were observed at the age of 4 (26.4) and for boys at the age of 5 (16.5). Violence was more frequent in families of 3 to 4 members (46.4% in 2002 and 54.2% in 2006). The number of 2 victims in the house occurred in 38.8% of the cases in 2002 and in 37.6% of the cases in 2006. 51.9% (2002) and 65.1% (2006) of the victims were children of separated parents. The aggressor's age for both 2002 and 2006 was 20 to 24 years old for female (46.9% in 2002 and 41.6% in 2006) and 30 to 34 years old for male aggressors (34.7% in 2002 and 32.9% in 2006). Most of the aggressors had not finished basic education (79.7% in 2002 and 82.8% in 2006) and were employed (50.6% in 2002 and 58.8% in 2006). Violence was inflicted by the mother (33.6% in 2002 and 27.6% in 2006), by the father (32.4% in 2002 and 27.1% in 2006), stepfather (10.4% in 2002 and 15.7% in 2006) and stepmother (5.3% in 2002 and 15.5% in 2006). Alcoholism was observed to be a risk situation for the male aggressor (53.4% of the cases in 2002 and 61.3% in 2006). Among female aggressors, alcoholism together with a conjugal crisis and maternity problems were the most frequent risks (26.0% in 2002 and 34.9% in 2006). Most of the violent acts were inflicted more than four times (77.1% in 2002 and 85.1% in 2006) and during a period of 1 to 2 years prior to denunciation (36.3% in 2002 and 20.7% in 2006). Violence occurred most frequently at the home of the victim (82.0% in 2002 and 86.0% in 2006). In most of the cases, the victim suffered more than one type of violence; most frequent types were physical violence (49.1% in 2002 and 47.3% in 2006), negligence and abandonment (24.7% in 2002 and 30.4% in 2006) and sexual violence (19.8% in 2002 and 18.4% in 2006). Corporal lesions were present in 90.4% of the cases in 2002 and 92.0% in 2006. Presence of sequelae occurred in 99.3% (2002) and 99.0% (2006) of the studied population, being physical sequela of highest prevalence (94.2% in 2002 and 97.0% in 2006), of which 89.5% (2002) and 95.6% (2006) came together with psychological sequela. Recidivism occurred in 10.6% of the cases. Among the cases forwarded to Court, 40.0% of the lawsuits had been dismissed and 31.7% were on, 38.4% of which had social assistance, in 26.0% of such the child victim was in a foster home with social assistance and in 20.5% the child's custody was temporarily awarded to grandparents whilst the parents remained under treatment. Conclusions: the intention of this study is to help make violent acts against children and adolescents more visible by providing data based on which preventive actions and assistance can take place.
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VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR: PERCEPÇÕES DE CRIANÇAS ESCOLARES QUE VIVEM EM ABRIGO / DOMESTIC VIOLENCE IN THE CHILD S WORLD WHO LIVES IN INSTITUTION.

Gabatz, Ruth Irmgard Bärtschi 28 November 2008 (has links)
Domestic violence against children represents an important issue in public health due to its higher taxes of morbidity and mortality. At the same time it constitutes a social and professional challenge. Familiar violence that is continuous throughout the generation, reinforcing it in the culture as a normal thing. Thus, we aimed understand how the institutionalized children experience the domestic violence in order to reach subsides to face it and prevent it. It is a qualitative research with a descriptive-exploratory approach which applied the Creative and Sensitive Method. The study was carried out in two institutions where living children and adolescents that suffered domestic violence in the southern Brazil. The study participants were 4 children, 2 girls and 2 boys between 8-11 years-old. 2 dynamics of creativity and sensibility were conducted with 4 participants each one: Playing in Act and Body Knowledge. In the first one aimed know how was the children s life in the familiar home environment that they came from. In the second one, the objective was known how the children s bodies were cared in the familiar home environment under their perspective. The institution ethical committee approved this study. In order to understand the abused children s language the analytical tools of the French Discourse Analysis were applied to the data. The findings pointed at several motives to children s institutionalization such as: mother s mental disorders, alcohol abuse and physical aggression. Mothers were the main aggressor. The types of violence founded the physical, sexual and negligence. The head, arms, legs and buttock were indicated by children as main points to physical violence. The boys discourses revealed feelings as love and affection by relative that take care of them. At the same time, they revealed the disregard by relative that practiced violence against them. The girls discourses pointed out the hygiene care as the unique kind of care that they received in their family. We recommend that the domestic violence are emphasized in the teaching, clarifying it causes, consequences and recognize it as a public health issue. The professionals must to know how to direct victims and aggressors. We believe in a preventive work developed together families since the reproductive plan, pre-natal care and delivery. We suggest a humanizing policy centered in actions that are possible the bond between mother-child and the familial relationships in the daily life. So, this study intends to contribute to minimize the domestic violence occurrences. / A violência intrafamiliar contra crianças, além de representar uma importante questão de saúde pública devido a seu alto índice de morbimortalidade, também se constitui em desafio social e profissional. A violência que se apresenta nas relações familiares, perpassa os tempos, reforçando uma cultura que a mostra como algo normal, perpetuando-se através das gerações. Dessa forma, objetivou-se compreender como as crianças abrigadas vivenciam a violência intrafamiliar a fim de buscar subsídios para o seu enfrentamento e prevenção. Trata-se de uma pesquisa qualitativa do tipo descritivo-exploratória, utilizando-se o Método Criativo Sensível. A pesquisa foi desenvolvida em duas instituições que abrigam crianças e adolescentes vítimas de violência familiar, que não podem permanecer com as suas famílias, localizadas em município do Estado do Rio Grande do Sul. Os participantes do estudo foram 4 crianças, dois meninos e duas meninas, com idade entre 8 e 11 anos. Como técnica de coleta de dados, utilizou-se as dinâmicas de criatividade e sensibilidade (DCS) que constituem o eixo central do Método Criativo Sensível. As DCSs desenvolvidas nesse estudo foram: O Brincar em cena e Corpo Saber. Na DCS O Brincar em cena, buscou-se conhecer como era a vida das crianças no ambiente da família de origem. Na DCS Corpo Saber buscou-se, conhecer de que forma o corpo das crianças era cuidado/tratado no ambiente da família de origem sob a perspectiva das mesmas. Todos os preceitos éticos foram mantidos, e o protocolo de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição. Para compreender a linguagem utilizada pelas crianças vitimizadas e significar seu discurso foram aplicadas as ferramentas da análise de discurso francesa. Os resultados apontaram como motivos para a institucionalização problemas mentais da mãe, uso abusivo de álcool e a agressão. A mãe foi identificada como principal agressora. Os principais tipos de violência encontrados foram: físicas, sexuais e de negligência. A identificação da violência no corpo indicou a cabeça, os membros superiores e inferiores e nádegas como locais mais atingidos. Os discursos dos meninos revelaram o sentimento de amor e carinho pelo familiar que prestava o cuidado e o sentimento de desprezo pelo familiar que agredia. O discurso das meninas apontou os cuidados básicos de higiene, como a única forma de cuidado que elas referem ter recebido em sua família. Recomenda-se que, a violência intrafamiliar contra crianças seja abordada enfaticamente no ensino, explicitando causas, conseqüências e reconhecimento dessa, a fim de fornecer subsídios para os futuros profissionais no encaminhamento de vítimas e agressores. Acredita-se em um trabalho preventivo, realizado junto às famílias desde o planejamento reprodutivo, cuidados no pré-natal e parto. Sugere-se uma política de humanização que tenha seu foco em ações que propiciem o apego, o fortalecimento do vínculo mãe-filho e das relações familiares no cotidiano da convivência. Tudo isso com vistas a possibilidade de contribuir para minimizar a ocorrência da violência intrafamiliar.
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Atenção à saúde materno-infantil no Programa Saúde da Família (PSF): limites e possibilidades para a prevenção de deficiências na infância

Batista, Carina Pimentel Souza 03 1900 (has links)
Sabemos que a grande maioria dos casos de deficiência na infância pode ser evitada ou atenuada e que embora suas causas sejam multifatoriais, muitas vezes, eles são decorrentes da falta de acesso, qualidade ou organização das práticas e dos serviços de saúde. Este estudo sobre a prevenção de deficiências na infância a partir da atenção à saúde -materno – infantil, no Programa Saúde da Família, pelas Equipes Saúde da Família, do Distrito Sanitário Cabula - Beiru, em Salvador-BA, teve como objetivos: analisar as ações desenvolvidas pelas Equipes Saúde da Família (ESF) desenvolvidas no pré-natal e no Acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento (ACD) infantil para a prevenção de deficiências na infância e apontar seus limites e possibilidades. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, tendo como técnicas de coletas de dados: a entrevista com roteiro semiestruturado e a observação sistemática. Os sujeitos do estudo foram os 15 profissionais que compõem as ESF (médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e agentes comunitários de saúde) e 10 usuárias (genitoras em serviços de pré-natal e mães das crianças do ACD). Para a análise dos dados utilizamos a técnica de análise de conteúdo de Bardin. O estudo sinaliza que embora seguindo os mesmos princípios e orientações de organização dos serviços e das práticas, as equipes se distinguem no modo de organização das práticas e nas atividades desenvolvidas em atenção à saúde materno-infantil, destarte para o trabalho multiprofissional, colaborativo, com antecipação das demandas e intervenções articuladas nas ações de promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde a partir das necessidades da população. Como limites para a prevenção de deficiências são apontados a necessidade de uma organização da rede de serviços, a corresponsabilidade, a necessidade de Educação Permanente, a falta de unicidade da ESF e o contexto sócio-econômico das famílias. Já como possibilidades são apontados os Testes do Pezinho, do Olhinho e da Orelhinha, as ações de educação em saúde, o vínculo e o trabalho dos agentes comunitários de saúde (ACS). Concluímos o estudo, reafirmando a existência de possibilidade de prevenção de deficiências na infância e destacando que a integralidade constitui-se no maior desafio para que de fato deficiências na infância possam ser prevenidas perpassando pela prática, organização do trabalho e organização das políticas públicas de saúde, mediante ações intersetoriais._________________________________________________________________________________________ ABSTRACT: It is known that most cases of deficiency in childhood can be avoided or attenuated and, although the causes are related to several factors, most of the times, they are due to lack of access, quality or organization of health practices and services . This study about deficiency prevention on childhood from attention to maternal - infant health, in the Family Health Program, by Family Health Teams (FHT) of Sanitary District Cabula - Beiru, in Salvador, Bahia, has the purpose of analyze the actions developed by Family Health teams in prenatal and infant Growing and Development Accompaniment (GDA) to prevent childhood deficiencies and point their limits and possibilities. It is a qualitative research that uses as techniques of data collection interviews with semistructured guide and systematic observation. The subjects of the study were the fifteen professionals that form the FHTs (doctors, nurses, nurse technicians and auxiliary and communitary health agents) and sixteen users (genitors in prenatal services and mothers from the GDA children). The technique of content analysis from Bardin was used to the analysis of data. The study signals that although the teams follow the same principles and orientations to the services and practices organization, they distinguish from each other in the manner they organize practices and in the activities developed in attention to maternal - infant health, this manner multiprofessional work, collaborative, with demand anticipation and articulated interventions in health promotion, prevention, assistance and recovery actions from people needs. The limits to deficiency prevention pointed out are the need of organization of services network, coresponsibility, the need of permanent education, the lack of unity of FHT and the socioeconomic context of families. The possibilities pointed out are the foot, eye and ear tests, the actions of health education, the community health agents link and work. The study finishes reaffirming the existence of possibility of prevention of childhood deficiencies and pointing that integrality constitutes the major challenge in order to make effective childhood deficiencies prevention, traversing practices, work and public health politics organization, from intersectoral actions.

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