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Identificação do vírus Epstein-Barr (EBV) e do papiloma vírus humano (HPV) através da técnica de hibridização in situ em hiperplasias gengivais medicamentosas de pacientes transplantados renais / In situ hibridization for Epstein-Barr virus (EBV) and Human Papiloma virus in drug-induced gingival overgrowth in renal transplantation patientsNathalie Pepe Medeiros de Rezende 03 April 2007 (has links)
A fim de prevenir a rejeição do órgão transplantado pelo hospedeiro, se faz necessário o uso de drogas imunossupressoras, como a ciclosporina, que pode levar ao aparecimento de efeitos colaterais como hipertensão arterial, nefrotoxicidade, hepatotoxicidade, e hiperplasia gengival medicamentosa (HGM), que pode ser potencializada se bloqueadores de canal de cálcio como a nifedipina forem associados a fim de controlar a pressão arterial. A patogênese da HGM ainda é incerta, entretanto fatores como a presença de cálculo e placa, concentração plasmática da droga, idade e fatores hormonais podem influenciar as características clínicas e o desenvolvimento da HGM. Recentemente, alguns vírus têm sido associados com a HGM. O HPV (Papiloma Vírus Humano) tem sido associado com casos severos de HGM, enquanto que o EBV (Vírus Epstein-Barr) é associado ao aparecimento de desordens linfoproliferativas pós transplante, que se apresentam como HGM. O objetivo deste trabalho foi avaliar a freqüência e o grau da HGM em pacientes transplantados renais (TR), identificar o EBV e HPV na HGM destes pacientes, e correlacionar a HGM, índice de placa, presença de cálculo e presença do EBV e HPV nos pacientes TR. Foram examinados os prontuários de 58 pacientes TR atendidos no CAPEFOUSP, e os dados com relação à medicação imunossupressora em uso e presença ou ausência de HGM foram registrados. Foram contatados 15 pacientes TR, dos quais foram colhidos dados demográficos, história médica, drogas em uso e história dental. No exame intra-oral foram observados o índice de placa, grau da HGM e presença de cálculo. A HGM foi removida e enviada a Disciplina de Patologia Bucal para análise microscópica. Os espécimes removidos foram comparados com um grupo controle composto por 20 casos de hiperplasia gengival inflamatória. Ambos os grupos foram submetidos ao exame de rotina, enfatizando a presença de coilócitos e a análise molecular, com hibridização in situ para o EBV (sondas EBER e Lytic) e HPV (sonda de amplo espectro e tipos 6/11, 16/18 e 31/33 nos casos positivos para a sonda de amplo espectro). 42% dos pacientes apresentaram HGM grau 1, 50% grau 2 e 8% grau 3. Cálculo estava presente em 50% dos pacientes. O índice de placa médio encontrado foi de 72%. Todas as amostras gengivais removidas cirurgicamente apresentaram um quadro histopatológico compatível com HGM. Os coilócitos estavam presentes em 100% dos casos do grupo de estudo e em 80% dos casos do grupo controle. O HPV esteve presente em 20% dos casos do grupo de estudo e em 10% do grupo controle. O EBV estava presente em 100% dos casos do grupo de estudo e em 90% dos casos do grupo controle, para ambas as sondas, entretanto no grupo de estudo foi observada uma expressão maior do EBV, tanto em quantidade de células marcadas, como em áreas mais profundas. Concluímos que a maioria dos pacientes TR apresentou HGM leve a moderada; EBV foi encontrado em todos os pacientes TR, caracterizando uma infecção oportunista, enquanto que o HPV foi encontrado nas mesmas proporções nos pacientes TR e no grupo controle; não foi encontrada correlação entre índice da HGM, índoce de placa, presença de cálculo e presença do EBV e HPV. / In order to prevent graft rejection in organ transplantation, is necessary the use of immunosuppressive drugs, as cyclosporin, that has several side effects, such as high blood pressure, nephrotoxicity, hepatotoxicity and gingival overgrowth (GO), that can be increased if calcium channel blockers, such as nifedipine, are associated in order to control de blood pressure. The pathogenesis of GO is still uncertain, but some factors such as the presence of calculus and plaque, drug plasmatic concentration, age and hormonal factors can influence the clinical aspects and development of GO. Recently some virus have been associated to GO as well. HPV (Human Papilloma Virus) have been associated to severe cases of GO and EBV (Epstein-Barr Virus) have been associated to posttransplantation lymphoproliferative disorders presenting as GO. The aim of this work was to evaluate GO incidence and score in renal transplant patients (RTP), identify EBV and HPV in GO from RTP, and correlate GO, plaque score, presence of calculus, and presence of EBV and HPV in RTP. We reviewed 58 charts from RTP attending to Special Care Dentistry Center (CAPE-FOUSP). Immunosuppressant drugs and presence or absence of GO were registered. 15 RTP were asked to show up in order to be examined. We collected demographic data, medical history, drugs in use and dental history. In intra-oral exam we observed plaque score, GO score and presence of calculus. GO were removed and sent to Oral Pathology Department for microscopic analysis. GO was compared to a control group composed by 20 cases of inflammatory gingival hyperplasia and both groups were submitted to routine exam emphasizing the presence of koilocytes and to molecular analysis with in situ hybridization for EBV (EBER and Lytic probes) and for HPV (wide spectrum probe and 6/11, 16/18, 31/33 types in cases where wide spectrum were positive). 42% of the patients presented GO score 1, 50% score 2 and 8% score 3. Calculus were presented in 50% of the patients. The average of plaque score was 72%.All GO specimens removed had a histopathological exam compatible with drug induced gingival overgrowth. Koilocytes were presented in 100% of study group (SG) and in 80% of control group (CG). HPV were presented in 20% of the SG and in 10% of the CG. EBV was presented in 100% of SG and in 90% of CG, for both probes, but in SG it could be observed in deeper areas of the epithelium and in a more pronounced expression. We concluded that most RTP presented mild to moderate GO, EBV were found in all RTP, characterizing an opportunistic infection, while HPV were found in the same proportions than in the control group and there were no statistical correlation between GO, plaque score, presence of calculus and presence of EBV and HPV.
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Tolerância operacional no transplante renal humano: repertório de linfócitos B e de alo e autoanticorpos / Operational tolerance in human kidney transplantation: repertoire of B lymphocytes and alo and autoantibodiesHernandez Moura Silva 25 April 2011 (has links)
A indução de tolerância imunológica ao aloenxerto, no contexto clínico, permanece um grande desafio para pesquisa científica de tradução. A retirada da imunossupressão em indivíduos transplantados leva à rejeição do enxerto, na grande maioria dos casos. Entretanto, um grupo muito raro de indivíduos transplantados, chamados de tolerantes operacionais (TO), consegue manter a função estável do enxerto após a retirada dos imunossupressores. O estudo desses indivíduos pode contribuir para melhor compreensão dos mecanismos envolvidos na tolerância ao enxerto em humanos, assim como, para a determinação de biomarcadores desse estado de homeostase. Nosso objetivo foi determinar se o estado de tolerância operacional no transplante renal induz um perfil diferencial do componente humoral da resposta imune. Para tal, analisamos o perfil de reatividade de autoanticorpos dirigidos a peptídeos da proteína de choque térmico 60 (HSP60), de alo e autoanticorpos dirigidos às moléculas HLA, o repertório do receptor de células B (BCR) e o perfil funcional de células B supressoras CD19+CD24hiCD38hi (Bregs), comparativamente, nos indivíduos com: TO (n=5), Rejeição Crônica (RC, n=13), função estável do enxerto usando doses habituais de imunossupressores (Est, n=19) e nos indivíduos saudáveis (Sau, n=11). Não observamos um perfil diferencial claro de alo/autorreatividade de anticorpos dirigidos aos peptídeos da HSP60, nem às moléculas HLA, que diferenciasse os grupos do estudo. O estado de tolerância operacional apresentou uma diversidade do repertório do receptor de células B similar à observada em Sau e Est, enquanto o grupo RC teve uma menor diversidade desse repertório. Além disso, o grupo TO apresentou uma expansão de clones linfócitos B com expressão de 2 tamanhos distintos de CDR3 (de 16aa, família VH3 isotipo IgM, e de 5aa, família VH1 isotipo IgG), diferenciando-os dos grupos Sau, RC e Est (p<0,01 e p<0,05; e p<0,01, respectivamente para VH3M e VH1G). Os números de células B com fenótipo imunorregulador CD19+CD24hiCD38hi (Bregs) circulantes, no grupo TO e Sau, foram similares, enquanto o grupo RC apresentou menores números (p<0,05). Funcionalmente, após estímulo via CD40, o grupo TO teve capacidade de gerar células Breg ativadas para STAT3 semelhante ao grupo Sau, enquanto na rejeição crônica esta capacidade foi menor (p<0,05). Concluímos que o estado de tolerância operacional envolve, principalmente, a manutenção do perfil do componente imune humoral, similar ao apresentado por indivíduos saudáveis, em contraste com o estado de rejeição crônica. Além disso, o estado de tolerância foi o único que apresentou expansões expressivas de determinados tamanhos de CDR3, se destacando de todos os grupos. A expansão diferencial desses clones de células B pode ter uma relevância funcional no estado de tolerância operacional, além de potencial valor para o diagnóstico desse estado. Esses dados, em conjunto, nos indicam que a preservação do componente humoral da resposta imune desempenha um papel importante neste estado de homeostase no transplante humano / Operational tolerance in human kidney transplantation: repertoire of B lymphocytes and alo and autoantibodies Sta individuals (p<0.01 and p<0.05; and p<0.01, respectively for VH3M and VH1G). The circulating B cell numbers with the suppressive phenotype CD19+CD24hiCD38hi (Bregs) were similar between the OT and HI groups, while CR presented lower numbers (p<0.05). In addition, the OT group exhibited a similar capacity of generate activated cells for STAT3 to HI, whereas the CR group exhibited an impaired capacity (p<0.05). We conclude that the operational tolerance state involves the maintenance of the B cell compartment profile similar to the one observed in healthy individuals, in contrast with chronic rejection. In addition, the state of operational tolerance was the only one exhibiting expressive expansions of specific CDR3 lengths, which differentiated OT from all other groups. This indicates that the expansion of B cell populations expressing specific CDR3 lengths could play a relevant role in operational tolerance and may be potential biomarkers for OT. Taken together, we suggest that the preservation of the B cell component of the immune response can play an important role in this homeostatic state in human transplantation
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Doação renal: experiências de pessoas doadoras à luz da psicologia fenomenológica-existencialMagalhães, Luana de Carvalho 23 May 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:38:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013-05-23 / With the great achievements of biotechnology, there has been an increase in the
number of kidney transplantations with live donors in Brazil. In the past decade, several
studies focused in quantifying, analysing and describing the aspects of live kidney donation.
Due to its complexity, it has conflicts in psychic, social, spiritual and existential aspects. The
present study aims to describe the fantastic world of donors with the choice of donating a
kidney and understand the possible choices of those who have performed the transplant.
Meaning to describe the life of each donor, this is a phenomenologic qualitative research with
an interview with six kidney donor adults living in São Paulo. The interviews were performed
by questions followed by a trigger question considering the participant s answer and
following its phenomenologic flow. For data analysis and synthesis, the following steps were
put into practice: description, reduction and phenomenon interpretation. The lack of a
psychological work on the donors was noticed before, during and after donation. Finally, this
essay reveals being a kidney donor has new challenges and confrontations to save the life of a
family member, in addition to the subjective aspects in the choices and decisions of being a
donor / Com o grande avanço da biotecnologia foi possível observar um crescente número de
transplantes renais com doadores vivos no Brasil. Na última década, muitos estudos têm se
preocupado em quantificar, analisar e descrever os aspectos do fenômeno da doação renal
intervivos. Por sua complexidade, envolve conflitos nas suas dimensões psíquicas, sociais,
espirituais e existenciais. Este estudo teve como objetivo descrever o que aconteceu no mundo
fenomenal de pessoas doadoras com a escolha de doar um rim e apreender as possibilidades
de escolhas dessas pessoas que realizaram o transplante. Com a intenção de descrever a
vivência interna de cada doador, foi realizada uma pesquisa qualitativa de abordagem
fenomenológica entrevistando seis participantes adultos que realizaram a doação renal na
cidade de São Paulo. Foram realizadas entrevistas através da construção de perguntas
seguidas à pergunta disparadora, a partir do discurso do doador participante, seguindo o seu
fluxo de sentido fenomenológico. Para a análise e síntese dos dados, seguiu-se as seguintes
etapas: descrição, redução e interpretação fenomenológica. Apurou-se a insuficiência do
trabalho psicológico realizado com os doadores, que deve abranger as fases pré, durante e pós
doação. Por fim, o presente estudo revelou que a experiência de ser um doador renal apresenta
novos desafios e enfrentamentos em prol do desejo de salvar a vida de um familiar enfermo e
ainda reflete aspectos subjetivos que permeiam nas escolhas e decisões de ser doador renal
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Estudo comparativo da resposta protetora do tecido renal em rins de doadores vivos submetidos à nefrectomia laparoscópica ou aberta na doação de órgãos / Comparative study of renal tissue protective response in living donors kidneys that undergone laparoscopic or open nephrectomy in organ donationMachado, Christiano 13 February 2012 (has links)
INTRODUÇÃO: Estudos iniciais observaram um funcionamento mais lento do enxerto renal na primeira semana em rins retirados por laparoscopia. Todavia, a sobrevida do enxerto de cirurgia laparoscópica a longo prazo parece ser semelhante quando comparada à cirurgia aberta. Estudos experimentais sugerem que a cirurgia laparoscópica possa exercer uma ação sobre a lesão de isquemia e reperfusão, porém até o momento seus efeitos na expressão tecidual de fatores protetores e inflamatórios são pouco conhecidos. OBJETIVO: Avaliar a expressão tecidual de fatores protetores e inflamatórios em rins extraídos de doadores vivos, por cirurgia laparoscópica ou aberta, em dois diferentes momentos da cirurgia do transplante: após a retirada do rim e após a reperfusão e correlacionar estes achados com a função do enxerto renal por meio da medida da creatinina sérica no pósoperatório. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Foram analisados pacientes transplantados renais submetidos a biópsias renais em 2 momentos, logo após a retirada do rim (T-1) e 45 min após reperfusão (T+1). Compararamse dois grupos: pacientes que receberam rins de nefrectomia laparoscópica e receptores de rins provenientes de cirurgia aberta. Foram analisados os dados clínicos e a função renal através da medida da creatinina sérica do 1º ao 7º dia, 30º dia, 3º e 6º mês pós-operatório. A expressão de RNAm de Bcl- 2, Hsp70, HO-1, VEGF, TNF, IL-6 e HIF1 foi quantificada por PCR em tempo real, e a expressão protéica de HO-1, Bcl-2, Caspase 3 e BAx foram analisadas por imunoistoquímica. RESULTADOS: Foram analisados 55 receptores renais, dos quais em 29 pacientes o enxerto era proveniente de nefrectomia aberta e em 26 pacientes o rim doado foi retirado por via laparoscópica. O tempo de isquemia quente foi maior no grupo laparoscópico (p=0,005). A função renal medida pela área sob a curva de creatinina (ASCcr) e a incidência de retardo de função do enxerto renal no pós-operatório foi semelhante entre os grupos. Com relação à expressão dos fatores protetores ou inflamatórios não houve diferença entre os grupos aberta e laparoscópica. Porém, houve uma menor expressão gênica no grupo laparoscópico no momento após a reperfusão (T+1) dos fatores Bcl-2 (p=0,007) e VEGF (p=0,034). Observou-se uma correlação de VEGF e ASCcr (Pearson r=0,885; p=0,019) e de HO-1 e tempo de isquemia quente (Pearson r=0,773; p=0,042).CONCLUSÕES: Não houve diferença entre o grupo aberta e laparoscópica com relação à expressão de fatores protetores e inflamatórios da lesão de isquemia e reperfusão. No grupo laparoscópica, houve redução da expressão gênica de Bcl-2 e VEGF após reperfusão. Além disso, a expressão gênica de VEGF após reperfusão está associada a um declínio mais lento da creatinina / INTRODUCTION: Laparoscopically harvested kidneys regain normal function slowly than open recruited organs. However, long term graft survival seems to be similar between two approaches. Experimental studies suggest that laparoscopic surgery may play a role in ischemia reperfusion injury, but at this moment its effects in tissue expression of protective and inflammatory factors are unknown. OBJECTIVES: Evaluate tissue expression of protective and inflammatory factors in living donor kidneys harvested by laparoscopic or open surgery at two time points: after kidney retrieval and after reperfusion and correlate these findings with renal allograft function through postoperative serum creatinine level. METHODS: It was analyzed live renal recipients submitted to renal biopsies at two time points, after kidney retrieval (T-1) and 45 min after reperfusion (T+1). Two groups were compared: patients that received kidneys from laparoscopic nephrectomy and recipients of kidneys from open surgery. It was analyzed clinical data and renal function through serum creatinine level of 1st to 7th day, 30th day, 3rd and 6th postoperative month. The mRNA expression of Bcl-2, Hsp70, HO-1, VEGF, TNF, IL-6 e HIF1 were quantified by real time PCR, and protein expression of HO-1, Bcl-2, Caspase 3 and Bax were analyzed by immunohistochemistry. RESULTS: Fifty five recipients were analyzed, twenty nine patients from open nephrectomy and twenty six patients from laparoscopic nephrectomy. We observed warm ischemia time was longer in laparoscopic donor nephrectomy than open donor nephrectomy (p=0,005). The renal function measured by area under curve of creatinine and incidence of delayed graft function were similar in laparoscopic and open groups. There was no difference in protective and inflammatory gene expression between groups, but in laparoscopic group, mRNA expression of Bcl-2 and VEGF have been decreased after reperfusion in comparison to moment T-1(p=0,007, p=0,034, respectively). Furthermore, HO-1 was correlated with warm ischemia time (Pearson r=0,773, p=0,042) and VEGF was correlated with creatinine AUC (Pearson r=0,885; p=0,019).CONCLUSION: Protective and inflammatory factors of ischemia reperfusion injury were not different between open and laparoscopic groups. In laparoscopic group, there was a lower gene expression of Bcl-2 and VEGF after reperfusion. The mRNA expression of VEGF after reperfusion was correlated with slow decline of creatinine
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Tolerância operacional no transplante renal humano: repertório de linfócitos B e de alo e autoanticorpos / Operational tolerance in human kidney transplantation: repertoire of B lymphocytes and alo and autoantibodiesSilva, Hernandez Moura 25 April 2011 (has links)
A indução de tolerância imunológica ao aloenxerto, no contexto clínico, permanece um grande desafio para pesquisa científica de tradução. A retirada da imunossupressão em indivíduos transplantados leva à rejeição do enxerto, na grande maioria dos casos. Entretanto, um grupo muito raro de indivíduos transplantados, chamados de tolerantes operacionais (TO), consegue manter a função estável do enxerto após a retirada dos imunossupressores. O estudo desses indivíduos pode contribuir para melhor compreensão dos mecanismos envolvidos na tolerância ao enxerto em humanos, assim como, para a determinação de biomarcadores desse estado de homeostase. Nosso objetivo foi determinar se o estado de tolerância operacional no transplante renal induz um perfil diferencial do componente humoral da resposta imune. Para tal, analisamos o perfil de reatividade de autoanticorpos dirigidos a peptídeos da proteína de choque térmico 60 (HSP60), de alo e autoanticorpos dirigidos às moléculas HLA, o repertório do receptor de células B (BCR) e o perfil funcional de células B supressoras CD19+CD24hiCD38hi (Bregs), comparativamente, nos indivíduos com: TO (n=5), Rejeição Crônica (RC, n=13), função estável do enxerto usando doses habituais de imunossupressores (Est, n=19) e nos indivíduos saudáveis (Sau, n=11). Não observamos um perfil diferencial claro de alo/autorreatividade de anticorpos dirigidos aos peptídeos da HSP60, nem às moléculas HLA, que diferenciasse os grupos do estudo. O estado de tolerância operacional apresentou uma diversidade do repertório do receptor de células B similar à observada em Sau e Est, enquanto o grupo RC teve uma menor diversidade desse repertório. Além disso, o grupo TO apresentou uma expansão de clones linfócitos B com expressão de 2 tamanhos distintos de CDR3 (de 16aa, família VH3 isotipo IgM, e de 5aa, família VH1 isotipo IgG), diferenciando-os dos grupos Sau, RC e Est (p<0,01 e p<0,05; e p<0,01, respectivamente para VH3M e VH1G). Os números de células B com fenótipo imunorregulador CD19+CD24hiCD38hi (Bregs) circulantes, no grupo TO e Sau, foram similares, enquanto o grupo RC apresentou menores números (p<0,05). Funcionalmente, após estímulo via CD40, o grupo TO teve capacidade de gerar células Breg ativadas para STAT3 semelhante ao grupo Sau, enquanto na rejeição crônica esta capacidade foi menor (p<0,05). Concluímos que o estado de tolerância operacional envolve, principalmente, a manutenção do perfil do componente imune humoral, similar ao apresentado por indivíduos saudáveis, em contraste com o estado de rejeição crônica. Além disso, o estado de tolerância foi o único que apresentou expansões expressivas de determinados tamanhos de CDR3, se destacando de todos os grupos. A expansão diferencial desses clones de células B pode ter uma relevância funcional no estado de tolerância operacional, além de potencial valor para o diagnóstico desse estado. Esses dados, em conjunto, nos indicam que a preservação do componente humoral da resposta imune desempenha um papel importante neste estado de homeostase no transplante humano / Operational tolerance in human kidney transplantation: repertoire of B lymphocytes and alo and autoantibodies Sta individuals (p<0.01 and p<0.05; and p<0.01, respectively for VH3M and VH1G). The circulating B cell numbers with the suppressive phenotype CD19+CD24hiCD38hi (Bregs) were similar between the OT and HI groups, while CR presented lower numbers (p<0.05). In addition, the OT group exhibited a similar capacity of generate activated cells for STAT3 to HI, whereas the CR group exhibited an impaired capacity (p<0.05). We conclude that the operational tolerance state involves the maintenance of the B cell compartment profile similar to the one observed in healthy individuals, in contrast with chronic rejection. In addition, the state of operational tolerance was the only one exhibiting expressive expansions of specific CDR3 lengths, which differentiated OT from all other groups. This indicates that the expansion of B cell populations expressing specific CDR3 lengths could play a relevant role in operational tolerance and may be potential biomarkers for OT. Taken together, we suggest that the preservation of the B cell component of the immune response can play an important role in this homeostatic state in human transplantation
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Mechanisms and treatment options of chronic graft dysfunction : Experimental and clinical studiesZezina, Lilija January 2001 (has links)
Chronic graft dysfunction (CGD) is an important post-transplant complication. CGD can be considered as an impaired repair process, which ultimately leads to the loss of graft function.To study non-immunological factors contributing to the development of CGD in kidney grafts we used in vitro and in vivo models, and clinical studies. We studied the actions of hyperlipidemia in vitro. LDL induced increased expression of TGF-β1 and TGF-β receptors type I and type II. Smad2 phosphorylation could be induced by conditioned medium from mesangial cells incubated with LDL. The effects of Fluvastatin and AT1 receptor blocker Candesartan cilexetil on aortic graft arteriosclerosis in the rat were evaluated. Fluvastatin neither alone nor in combination with Cyclosporine A affected allograft remodelling, but reduced neointima formation in isografts. Candesartan cilexetil treatment reduced graft arteriosclerosis. The effect is explained by the reduction of TGF-β1 expression. We investigated the effects of Carvedilol in patients with CGD. Carvedilol failed to alter the CGD progression despite the efficient control of blood pressure, and a beneficial effect on lipid pattern and oxidation. Close control of CyA blood levels is recommended due to interaction between CyA and Carvedilol. Measurement of Ab-oxLDL in kidney graft recipients demonstrated that these patients had lower Ab-oxLDL levels as compared with the control group. Decreased Ab-oxLDL levels were associated with graft loss due to acute rejection and with ischemic heart disease. In this thesis we have addressed several important complex issues, which are interconnected: (1) development of chronic graft dysfunction (2) lipoproteins and their role in inducing pathological conditions like atherosclerosis and graft damage, (3) oxidation, (4) TGF-β and its' role in different pathological conditions, including renal and vascular damage.
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Estudio de los efectos de los inhibidores de mTOR en el trasplante renalRuiz San Millán, Juan Carlos 15 February 2010 (has links)
Los resultados del trasplante renal a largo plazo están limitados por la pérdida a largo plazo del injerto y la muerte con injerto funcionante. Los inmunosupresores tienen gran importancia por su efecto sobre el injerto (control de la respuesta inmunológica y nefrotoxicidad) y sobre los factores de riesgo cardiovascular y el desarrollo de neoplasias. Los nuevos inmunosupresores apuntan a un mejor perfil en este sentido para reducir estos dos tipos de complicaciones y prolongar la supervivencia del injerto y del paciente, siendo los fármacos del grupo mTOR los más prometedores en este sentido. La presente tesis doctoral analiza los efectos de este grupo de fármacos inmunosupresores (Sirolimus y Everolimus) en pacientes trasplantados renales.Se analizan los efectos del uso de inhibidores de mTOR en pacientes trasplantados renales sobre el daño crónico del injerto en biopsias de protocolo, sobre la aparición de proteinuria como complicación de su uso en pacientes estables y sobre la formación de células T reguladoras circulantes en sangre periférica. / Long-term results of kidney transplantation are limited by the chronic graft failure and the death of the patient with a functioning kidney. Immunosuppressive drugs have an important role due to its effects on the graft (control of immune response and nephrotoxicity) and on vascular risk factors and the development of neoplasms. New immunosuppressive drugs, specially mTOR inhibitors have a better profile and are able to reduce both types of complications, increasing graft and patient survival. The present doctoral thesis analyzes the effects of this group of immunosuppressive drugs (Sirolimus and Everolimus) in renal transplant recipients.The effects of mTOR inhibitors over chronic graft damage in protocol kidney biopsies, on the appearance of proteinuria as a complication of its use in stable patients and on the formation of circulating regulatory T-cells in renal transplant patients are analyzed
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[en] ANALYSIS AND PROPOSITIONS FOR THE OPERATION MODEL DESIGN OF A TRANSPLANTATION UNIT INSERTED IN THE KIDNEY TRANSPLANT NETWORK OF THE STATE OF RIO DE JANEIRO / [pt] ANÁLISE E PROPOSIÇÕES PARA O PROJETO DO MODELO DE OPERAÇÃO DE UMA UNIDADE TRANSPLANTADORA INSERIDA NA REDE DE TRANSPLANTE RENAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIROANA CAROLINA PEREIRA DE V SILVA 14 June 2018 (has links)
[pt] As doenças do rim e trato urinário contribuem com cerca de 850 mil mortes a cada ano, sendo a décima segunda causa de morte do mundo. No Brasil, a diálise ainda é o procedimento mais utilizado, apesar de o transplante ser a modalidade mais recomendada, por oferecer melhor qualidade de vida ao paciente, uma possível redução do risco de mortalidade e menor custo que a diálise. Uma vez na fila, o paciente ainda se depara um conjunto de ineficiências do Sistema Nacional de Transplante. A presente pesquisa identifica que uma delas é o desalinhamento entre os atores do transplante (doador, receptor e unidade transplantadora) e que há um gap no que tange às atividades do ator unidades transplantadoras. Dessa forma, o objetivo da presente pesquisa é investigar, à luz da gestão de operações, o modelo de uma unidade transplantadora de referência, inserida na rede de transplante renal do estado do Rio de Janeiro. A partir do levantamento da literatura e de campo, são realizadas modelagens do processo de transplante renal, descrição e diagnóstico do modelo de operação da unidade transplantadora e proposições acerca do projeto de operação da unidade estudada / [en] Diseases of the kidney and urinary tract contribute about 850,000 deaths each year, being the 12th leading cause of death in the world. In Brazil, dialysis is still the most used procedure, although transplantation is the most recommended modality, because it offers a better quality of life for the patient, a possible reduction of mortality risk and lower cost than dialysis. Once in the queue, the patient still faces a set of inefficiencies of the National Transplant System. The present research identifies that one of them is the misalignment between the actors of the transplant (donor, receiver and transplantation unit) and that there is a gap with respect to the activities of the transplantation unit actors. Thus, the objective of this research is to investigate, in the light of operations management, the model of a reference transplantation unit, inserted in the kidney transplant network of the state of Rio de Janeiro. From the literature and field survey, modeling of the renal transplantation process, description and diagnosis of the operation model of the transplantation unit and propositions about the operation project of the studied unit are performed.
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Modélisation conjointe pour données longitudinales et données de survie : analyse des facteurs prédictifs du devenir de la greffe rénale / Joint modelling of longitudinal and time-to-event data : analysis of predictive factors of graft outcomes in kidney transplant recipientsStamenic, Danko 18 September 2018 (has links)
La prédiction du devenir du greffon et de sa survie permettrait d’optimiser la prise en charge des patients transplantés. Le suivi des patients transplantés rénaux inclue des mesures répétées de marqueurs longitudinaux tels que la créatinine sérique et l’exposition aux médicaments immunosuppresseurs. L’approche statistique récemment proposée des modèles conjoints permet d’analyser la relation entre un processus longitudinal et la survenue d’un événement clinique. Dans la première partie de ce travail de thèse, nous avons utilisé les modèles conjoints à classes latentes pour étudier l’impact du profil de créatinine sérique au cours des 18 premiers mois post-greffe sur la survie du greffon à long terme. Dans la cohorte étudiée, trois groupes homogènes caractérisés par une trajectoire spécifique de l’évolution de la créatinine sérique en fonction du temps et un risque d’échec de greffe spécifique ont été identifiés. Les probabilités individuelles de l’échec de greffe pendant les 10 premières années post-transplantation ont été calculées sur la base du modèle conjoint développé. Chez les patients qui n’avaient pas développé d’anticorps anti-HLA spécifiques du donneur, le risque d’échec de greffe en fonction du temps était prédit avec un niveau de performance satisfaisant en termes de spécificité, sensibilité et précision.L’utilité clinique de cet outil devra être évaluée avec une approche dynamique. Dans une seconde partie, les modèles non linéaires à effets mixtes combinés avec l’approche des modèles de mélange a été utilisée pour analyser (i) l’association entre la variabilité de l’exposition au tacrolimus au cours du temps et l’adhésion au traitement rapportée par le patient et (ii) l’impact de cette variabilité d’exposition sur le risque de rejet aigu. Ce modèle a montré un effet significatif de la variabilité de l’exposition au cours du temps du tacrolimus sur la survenu de rejet aigu au-delà de 3 mois post-transplantation. Au contraire, aucune association entre l’adhésion et la variabilité de l’exposition au tacrolimus d’une part, et le risque de rejet aigu d’autre part n’a été observée dans cette étude qui n’incluait que des patients modérément non-adhérents. Ce résultat pose la question de l’impact d’une non adhésion modérée sur le devenir du greffon. / Prediction of graft outcome would be useful to optimize patient care. Follow-up of kidneytransplant patients include repeated measurements of longitudinal markers, such as serum creatinine and immunosuppressive drug exposure. Recently proposed joint models areappropriate to analyze relationship between longitudinal processes and time-to-event data. In the first part of present work, we used the approach of joint latent class mixed models tostudy the impact of time-profiles of serum creatinine collected within the first 18 months after kidney transplantation on long-term graft survival. The studied cohort was parted into three homogenous classes with a specific time-evolution of serum creatinine and a specific risk of graft failure. The individual predicted probabilities of graft failure up to 10 years posttransplantation, calculated from this joint model were satisfying in terms of sensitivity, specificity and overall accuracy, for patients who had not developed de novo donor specificanti-HLA antibodies. The clinical usefulness of developed predictive tooI needs to beevaluated with a dynamic approach. In the second part, non-linear mixed effects models witha mixture of distribution for random effects were used to investigate (i) the associationbetween variability over time of tacrolimus exposure and self-reported drug adherence and(ii) the impact of this variability on the acute rejection risk. This model found a significantimpact of tacrolimus time-exposure variability on acute rejection onset beyond 3 months posttransplantation. On the contrary, no association between adherence and (i) variability oftacrolimus time-exposure and (ii) acute rejection was observed in our study which included moderate non-adherent patients only. This result questions the impact of moderate nonadherence on graft outcome.
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Avaliação das infecções de sítio cirúrgico e do trato urinário em pacientes submetidos a transplante simultâneo de rim-pâncreas / Evaluation of urinary tract and surgical site infections in patients undergoing simultaneous pancreas-kidney transplantationPerdiz, Luciana Baria [UNIFESP] January 2008 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2008 / Objetivos: 0 estudo procurou determinar os fatores de risco associados a infeccao de sitio cirurgico e do trato urinario pos-transplante simultaneo de rim-pancreas. Foi tambem estudada a incidencia de infeccao de sitio cirurgico e infeccao do trato urinario nesta coorte de pacientes e os principais patogenos causadores destas infeccoes. Metodo: 0 estudo foi realizado no Hospital São Paulo, hospital terciario de ensino da Universidade Federal de São Paulo. 0 estudo utilizou uma coorte de pacientes que incluiu todos os pacientes que realizaram transplante simultaneo de rim-pancreas no periodo de 01 de dezembro de 2000 a 31 de dezembro de 2006 (119 receptores). Estes pacientes foram acompanhados atraves do prontuario, por um periodo de um mes pos-transplante, para desenvolvimento de infeccao de sitio cirurgico, e durante todo 0 periodo de internacao apos 0 transplante para 0 desenvolvimento de infeccao do trato urinario hospitalar. Os criterios usados para 0 diagnostico de infeccao hospitalar foram definidos pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC). E foram realizados dois estudos tipo caso-controle aninhado (do ingles Nested Case Control), onde foram avaliados os fatores de risco para infeccao de sitio cirurgico e infeccao do trato urinario nesta coorte de pacientes. A analise multivariada foi realizada pela tecnica de regressao logistica multipla, utilizando as variaveis com p≤ 0,05 na analise univariada. 0 metodo utilizado foi 0 Stepwise forward. Resultados: A mortalidade nos primeiros 30 dias apos 0 transplante foi 11,8%. A infeccao de sitio cirurgico ocorreu em 55 (46,2%) pacientes submetidos ao transplante. Os principais microrganismos foram: Klebsiella pneumoniae, 10 (28%); Staphylococcus aureus, 8 (22%); Pseudomonas aeruginosa, 8 (22%); Acinetobacter baumannii, 4 (11 %). Ap6s a regressao logistica multivariada, as variaveis independentemente associadas a ISC foram: necrose tubular aguda (OR=4,4; IC95%= 1,77 - 10,99; p=0,001); fistula renal ou pancreatica pos-transplante (OR=7,25; IC95%= 1,35 - 38,99; p=0,02) e rejeicao do enxerto (OR=4,28; IC95%= 1,59 - 11,48; p=0,004). A infeccao do trato urinario ocorreu em 29 (24,4%) pacientes submetidos ao transplante. Os principais microrganismos foram: Klebsiella pneumoniae 13 (43,5%), Acinetobacter baumannii 7 (23,5%), Enterobacter spp 2(7%), Pseudomonas aeruginosa 2 (7%).Apos a regressao logistica multivariada, as variaveis independentemente associadas a ITU foram: tempo de hipertensao arterial (OR=1, 1; IC95%= 1,00 - 1,02; p=0,01); uso de alcool pelo doador (OR=7,49; IC95%= 1,01 - 55,66; p=0,04) e uso de drogas vasoativas no doador (OR=0,08; IC95%= 0,01 - 0,84; p=0,03) e, como fator protetor: diurese residual pre-transplante (OR=0,16; IC95%= 0,04 - 0,59; p=0,006). Conclusao: Nosso estudo demonstrou que variaveis relacionadas ao procedimento cirurgico estao mais relacionadas ao desenvolvimento de infeccao de sitio cirurgico e que variaveis relacionadas ao receptor e doador estao mais relacionadas ao surgimento de infeccao do trato urinario em pacientes submetidos a transplante simultaneo rim-pancreas. Nosso estudo e um dos primeiros a avaliar fatores de risco para essas duas importantes infeccoes nosocomiais nessa coorte de pacientes. / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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