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ENTRE RIOS, PRAIAS E PLANETAS: travessias do Congo da Barra do Jucu

MACEDO, I. N. 29 June 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-26T15:19:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_8982_Inara finalizado.pdf: 52595475 bytes, checksum: dfccc2134aa4234eaa3e7aa0f338cec6 (MD5) Previous issue date: 2015-06-29 / O Espírito Santo abriga grande diversidade de expressões populares tradicionais que se dividem em grupos, saberes e celebrações. Uma das práticas mais evidentes são as bandas de Congo que abrangem grande parte do Estado e ganham cada vez mais notoriedade. A Barra do Jucu é uma das comunidades mais antigas do Espírito Santo, uma vila de pescadores que séculos atrás compunha parte da grande fazenda Araçatiba fundada pelos Jesuítas e administrada no século XIX pelo coronel Sebastião Vieira Machado. A diversidade cultural dessa região habitada por africanos, indígenas e europeus, propiciou o surgimento de práticas populares como a Marujada, a Folia de Reis e as Bandas de Congo, que persistem até hoje nos municípios de Cariacica, Vila Velha, Guarapari e Viana, no passado, pertencentes à grande fazenda Araçatiba. A formação do Congo na Barra do Jucu é resultado de rodas informais realizadas por conguistas de comunidades ribeirinhas vizinhas, promovidas principalmente pelo senhor Ignácio Vieira Machado, descendente do coronel Sebastião e lideradas por Alcides Gomes da Silva, descendente de negros africanos e açorianos habitantes da fazenda Araçatiba. Durante muito tempo essa prática foi marginalizada, mas atualmente o Congo é considerado um ícone da cultura capixaba. Essa ressignificação está ligada a um processo de valorização e projeção midiática que se iniciou nos anos 1980 e se intensificou nas décadas seguintes. Boa parte dos movimentos e eventos que estimularam esse processo ocorreu na comunidade da Barra do Jucu. Por outro lado, políticos, empresários, indústria do entretenimento e outros setores sociais, aproveitam cada vez mais dessa ascensão do Congo utilizando os grupos tradicionais para fins lucrativos e promocionais. De prática marginal até se tornar ícone cultural, o Congo da Barra do Jucu passou por fazendas, rios, praias e planetas. E sobre essas travessias não só geográficas, mas sociais, culturais e políticas é que este trabalho pretende refletir, além das práticas tradicionais dos grupos e seus usos, buscando trazer à tona as relações entre conguistas, instituições públicas e privadas, mídia e público.
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A Identidade Profissional do Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil no Estado do Espírito Santo - do Projeto de Reforma do Estado à Super Receita.

Silva Neto, Augusto Oliveira da 14 July 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T14:09:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_578_.pdf: 990742 bytes, checksum: 133ef68fe0e6f02221b701a279bf88a6 (MD5) Previous issue date: 2008-07-14 / A Identidade Profissional do Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil no Estado do Espírito Santo do Projeto de Reforma do Estado à Super-Receita. RESUMO As transformações no contexto social e profissional ocorridas no mundo nas últimas décadas do século XX, aliadas ao grande incremento tecnológico, provocaram reações na sociedade brasileira e culminaram com tentativas de modificação da lógica burocrática, a partir das reformas administrativas, que é fortemente arraigada nas instituições do setor público. Estas transformações provocaram alterações na trajetória profissional dos servidores públicos, com reflexos para sua identificação profissional e na forma de execução das tarefas a eles delegadas. A atividade profissional dos servidores da Secretaria da Receita Federal denominados Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil sofreu mutações advindas deste novo contexto, criando uma nova forma de exercício profissional. A identidade profissional dos AFRFB, lotados no estado do Espírito Santo, passa a ser investigada a fim de se caracterizar uma possível identidade própria dos auditores, que fortaleça o seu sentimento de pertencimento a uma carreira típica de Estado, distanciando de uma identidade comum a todos os servidores públicos, ou de sua identidade profissional anterior a entrada na Receita Federal. A análise dos discursos dos auditores fiscais propiciou o conhecimento de parte das aspirações da categoria e as ambigüidades que levam a uma identificação profissional maior com o serviço público do que com a carreira de AFRFB propriamente dita. O trabalho abre novas perspectivas de pesquisa, com a formulação de questões que possibilitem o aprofundamento do estudo da identidade profissional dos AFRFB, bem como das suas implicações nos processos de gestão pública. / The changes in the social and professional context occurred in the world in the last decades of the twentieth century, allied to the large technological increase, caused reactions in brazilian society and culminated in attempts to alter the bureaucratic logic, from administrative reforms, which is strongly rooted in the institutions of the public sector. These changes have caused modifications in the path of professional public servants, with consequences for their professional identification and in the form of implementation of the tasks delegated to them. The professional activity of the servers from Secretaria da Receita Federal called Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil has undergone changes stemming from this new context, creating a new form of professional practice. The professional identity of AFRFB will be investigated in order to characterize the possible identity of its own auditors, that strengthens their sense of belonging to a State typical career, apart from a common identity for all public servants, or their professional identity prior to entry into the Receita Federal. The analysis of speeches of auditors provided the knowledge of some of the aspirations of the class and the ambiguities that lead to a greater identification with the professional public service than with the career of AFRFB itself. The work opens up new prospects for research, with the wording of questions that allow the deepening of the study of professional identity of AFRFB and its implications in the processes of public management. Keywords: Administrative reforms. Bureaucracy. Professional identity. Public servants. Auditor Fiscal. Receita Federal.
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Uma Vida Chamada Luta, Um Sonho Chamado Terra: Juventude Rural e Processos Identitários

ARIDE, F. R. A. 30 August 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T14:10:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_3973_Dissertacao_normas_PPGP_conferida.pdf: 789077 bytes, checksum: d1a724baf56d832806d49935d4d9bf19 (MD5) Previous issue date: 2011-08-30 / No momento em que as fronteiras entre o rural e o urbano diminuem cada vez mais e diferentes universos culturais se interpenetram, as dificuldades socioeconomicas dificultam a vida de quem vive da agricultura, emerge a juventude rural como uma população profundamente afetada por estes processos. População esta que, por muito tempo, passou despercebida das pesquisas acadêmicas brasileiras. Tendo como base a Teoria das Identidade SociaL esta pesquisa, portanto, busca conhecer as possíveis diferenças dos processos identitários entre os jovens rurais residentes em um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e os jovens rurais, filhos de pequenos produtores rurais, e residentes no interior de Castelo. Foram entrevistados vinte alunos do Programa ProJovem Campo Saberes da Terra Capixaba, com idade entre quatorze e vinte e cinco anos. Os resultados indicaram que o contato dos jovens rurais com diferentes realidade, e grupos sociais influencia diretamente na formação de suas identidades e de estereótipos. Conclui-se também que muitos são os fatores que contribuem para o anseio de mudança dos jovens do campo para a cidad, como por exemplo, a oportunidade de dar continuidade aos estudos, de ter opções de lazer, de buscar uma vida melhor.
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Latino-Americanos e Europeus no Brasil: Analisando Processos Migratótios e Identitários no Estado do Espírito Santo

BRASIL, J. A. 19 April 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T14:10:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_4797_Dissertação Julia Alves Brasil.pdf: 1364711 bytes, checksum: f1f32ba7d3f2a45b6dbeb624c62aa4cd (MD5) Previous issue date: 2012-04-19 / Atualmente, com o fenômeno da globalização, presenciamos diversas mudanças em termos globais, a exemplo da maior conexão entre as diferentes regiões e países do mundo. Um dos aspectos mais relevantes deste processo é a migração de pessoas entre diferentes países. Dessa forma, considerando-se a importância dos fluxos migratórios para a constituição da população brasileira, esta pesquisa objetivou conhecer os processos identitários vinculados a imigrantes latino-americanos e europeus que migraram para o Brasil e também descendentes de pessoas dessas nacionalidades, que vivem atualmente no estado do Espírito Santo. Para tanto, a partir do referencial da Teoria da Identidade Social, foram realizadas 37 entrevistas (14 latino-americanos, 6 descendentes de latino-americanos, 12 europeus e 5 descendentes de europeus), com sujeitos de ambos os sexos e com idade acima de 18 anos. Utilizou-se roteiro semiestruturado, contendo dados sócio-demográficos, bem como questões sobre as razões da migração, o processo de adaptação ao Brasil e os estereótipos acerca da sociedade brasileira e do país de origem dos migrantes. Os dados foram organizados através do software ALCESTE e da Análise de Conteúdo. Os resultados evidenciam que a migração para o Brasil possui um caráter diferenciado para latino-americanos e europeus, visto que, para estes, sua vinda ao país foi decorrente dos relacionamentos amorosos que aqui estabeleceram e, já para aqueles, foi motivada pela existência de recursos disponíveis no país, como as bolsas de estudo. A inserção e adaptação destes estrangeiros ao Brasil também é diferenciada, de modo que os europeus experimentam uma valorização por parte dos brasileiros, enquanto muitos latino-americanos relataram ter passado por situações de discriminação. Tanto imigrantes quanto descendentes vivenciam um constante diálogo entre diferentes culturas e tendem a valorizar positivamente o seu grupo de pertença, considerando-se que esta pertença pode ser múltipla e variar segundo os diferentes contextos de inserção. Nesse sentido, sejam imigrantes ou descendentes, europeus ou latino-americanos, o objetivo maior dos indivíduos com relação ao processo de construção identitária é manter sua distintividade social positiva, utilizando-se das estratégias que considerarem pertinentes em cada situação a fim de atingir este propósito. Destaca-se a importância da realização de mais estudos, especialmente na área da Psicologia Social, que envolvam migrações internacionais e considerem a complexidade deste fenômeno, abordando-o de forma ampliada e multidisciplinar, a fim de contribuir para a construção de políticas públicas mais coerentes com a realidade vivida por imigrantes e descendentes, não apenas no estado do Espírito Santo, mas em todo o Brasil.
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Identidade Social e Represesntações Sociais de Rural e Cidade em um Contexto Rural Comunitário: Campo de Antinomias

BONOMO, M. 18 October 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T14:10:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_2477_.pdf: 3262939 bytes, checksum: 3bf9a5ec78090bcaa177725be1fc76f3 (MD5) Previous issue date: 2010-10-18 / A cena contemporânea coloca em relevo o avanço do processo de globalização, cujas características principais são o intenso fluxo de capitais e a exploração econômica, bem como pressões para uma cultura hegemônica. Como resultado deste processo os grupos tradicionais e suas vivências, considerados atrasados e representantes de uma temporalidade a ser superada, são lançados à margem das sociabilidades consideradas legítimas. Entender como as minorias têm vivenciado esse quadro de crescente pressão à hegemonia mostrou-se uma relevante tarefa, especialmente no que se refere ao modo de vida rural, simbolizado como contrário ao que é urbano, moderno e civilizado. O objetivo do trabalho consistiu em identificar, descrever e analisar a identidade social de membros de uma comunidade rural do ES a partir dos processos identitários e das representações sociais vinculadas às categorias rural e cidade, o que requisitou o aporte teórico-conceitual da Teoria das Representações Sociais e da Teoria da Identidade Social. Referenciada na confluência das citadas teorias, a pesquisa foi desenvolvida em duas etapas: (E1): realização de um censo comunitário com representantes de 167 famílias da localidade a fim de conhecer a organização comunitária e familiar; e (E2): investigação da composição do campo representacional e dos processos de identificação e diferenciação sociais no contexto de comparação rural-cidade, tendo sido entrevistados 200 integrantes de quatro gerações da comunidade. O tratamento dos corpora de dados foi realizado através dos softwares EVOC-2003, SPAD-T, SPSS-17 e ALCESTE, bem como da Análise de Conteúdo, segundo os objetivos da pesquisa e a natureza dos dados. Os resultados referentes ao contexto comunitário evidenciaram uma organização social alicerçada no modo de vida rural, sistema de produção da agricultura familiar e no investimento em espaços para a interação entre as famílias. No plano constitutivo das representações sociais e das dimensões identitárias de rural e cidade observou-se a composição de um campo semântico regido pela valência positiva do endogrupo e negativa da cidade. Os significados de rural se apóiam na ideia de harmonia e vida feliz e estão associados a sentimentos de alegria e bem-estar, enquanto a cidade é representada como caótica, onde a vida é triste, provocando medo e desconforto nos componentes do grupo rural. A dinâmica subjacente a esse quadro de antinomias mobiliza e sustenta as representações dos referidos objetos de acordo com valores humanitários e coletivistas para o endogrupo vs. valores capitalistas para a sociabilidade urbana. As ambiguidades e tensões identificadas nos processos abordados ganham maior visibilidade no contexto de mobilidade e resistência sociais, os quais revelam a complexidade do fenômeno identitário, confirmam a força do imaginário na tomada de posição dos indivíduos, bem como destacam a função do grupo social na inserção de seus membros na estrutura e dinâmica da sociedade e da cultura. Palavras-chave: ruralidade; urbanidade.
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Ecos do Silêncio: Juízos de Surdos no Âmbito da Formação Superior sobre Projetos de Vida e Humilhação nas Perspectivas Moral e Ética

ANDRADE, A. N. 30 August 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T14:10:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_3519_TESE_ALLINE N ANDRADE 2012.pdf: 2698729 bytes, checksum: 99faf4141b3a8219ca7e2871ffb38408 (MD5) Previous issue date: 2012-08-30 / Investigamos as perspectivas moral e ética de pessoas surdas por meio da análise da possível relação entre as características da vida presente, as projeções de si no futuro e a experiência pessoal de humilhação no passado. Participaram da pesquisa 16 surdos que haviam se matriculado no ensino superior, divididos igualmente quanto ao sexo, distribuídos nas seguintes faixas etárias: 21 25 anos (n=4); 26 30 anos (n=8); 31-35 anos (n=1); 36-40 anos (n=3). Realizamos entrevistas individuais por meio do método clínico piagetiano em língua de sinais, as quais foram filmadas na íntegra para posterior transcrição dos dados. A discussão dos resultados foi composta por cinco estudos interdependentes que dizem respeito a: 1) características que compõem a identidade surda; 2) opções morais e éticas sobre a atuação profissional e a formação acadêmica; 3) projeções de si no futuro; 4) exemplos de humilhação pessoal; 5) influência da humilhação nos projetos de vida. Cada um dos estudos apresentados nessa tese, com exceção do primeiro, contemplou o Grau de Consideração de Si e do Outro (GCSO), à medida que se verificavam explicações baseadas na conexão com o outro, na desconexão do outro e na inclusão de si, conforme a natureza do objeto investigado. Considerando as respostas e as justificativas mais frequentes, constatamos que, dentre as características dos participantes, todos são surdos pré-linguísticos, sendo que a maioria conhece a causa da surdez, referindo-se a doenças, hereditariedade e intervenção médica mal sucedida. Apenas uma entrevistada adquiriu a língua de sinais sem atraso por ser filha de pais surdos, enquanto para sete participantes houve atraso de 17 a 19 anos. Esta aquisição tardia foi beneficiada principalmente pelo contato com amigos surdos e com pessoas da comunidade surda, contribuindo para a constituição da identidade de transição. O relacionamento afetivo é, em especial, com pessoas surdas, posto que seis solteiros e três casadas estavam com um(a) parceiro(a) surdo(a). Em relação às opções morais e éticas sobre a atuação profissional e a formação acadêmica, a maior parte dos universitários atua na divulgação da língua de sinais como instrutores de LIBRAS e na educação como professores de surdos devido à conexão com a comunidade surda; no entanto, também foram apresentados argumentos do tipo autocentrado, com elementos de reconhecimento de si com valor positivo. Sobre os cursos em que ingressaram, há matrículas em mais de uma graduação por participante, prevalecendo escolhas em Letras-LIBRAS e em Pedagogia. Quanto à situação do primeiro curso, sete participantes concluíram, sete estavam cursando e dois participantes abandonaram a primeira graduação. A escolha por esse curso foi baseada em argumentos conectados com a comunidade surda e autocentrados com base no reconhecimento positivo de si. Esse tipo de argumento foi principalmente mencionado pelos entrevistados que cursavam a segunda graduação. A investigação sobre os projetos de vida revela que os participantes se interessam pela própria atividade profissional bem como pelo investimento na formação acadêmica, seguido pelo relacionamento afetivo e pela aquisição de bens materiais. Todavia, argumentos do tipo autocentrado são especialmente considerados em relação às próprias características, necessidades e potencialidades para atuar sobre o mundo, mas também há menção a conteúdos hedonistas. A conexão está presente, sobretudo em relação a uma coletividade, pois há argumentos conectados com a comunidade surda e com a sociedade. No estudo sobre as experiências de humilhação, constatamos que esta é tema reconhecido pelos participantes, sendo igualmente as experiências frequentes, exceto para uma universitária em cuja história de vida inexistem situações de rebaixamento. Os demais relatam situações de exclusão, com destaque para a educacional, injúria, calúnia e difamação e impossibilidade de comunicação, justificadas por meio de conteúdos de impotência e de condição. Dentre os argumentos, foi nítida a desconsideração do outro pelos participantes, sendo que o principal tipo diz respeito a pessoas próximas desconectadas de si e à sociedade desconectada de si. Os exemplos de humilhação considerados como os mais importantes pelos entrevistados são de exclusão, injúria, impossibilidade de comunicação, incompreensão e/ou intolerância e ausência de apoio. Para investigar a relação de influência entre humilhação e projetos de vida, primeiramente verificamos que o tema da influência vincula-se à ideia de algo positivo. Assim, para a maioria, a humilhação, cujo teor é negativo, não poderia influenciar os projetos de vida valorizados pelos participantes como planos de transformação positiva de si e de uma coletividade. Dentre os que não reconheceram tal influência, os argumentos foram principalmente autocentrados com aspectos do reconhecimento de si com valor positivo. Entretanto, nesses casos constatamos a influência ao comparar os tipos de humilhação e os tipos de projetos elencados. Quanto àqueles que identificaram relação entre a humilhação e os projetos de vida, há destaque para os planos de atividade profissional, inclusão social dos surdos e relacionamento afetivo como alvos de influência, sendo as principais justificativas de conexão. A análise do GCSO nos estudos em que se aplicou possibilita a constatação de que o mundo dos possíveis se revela vasto quando sondamos as projeções de si no futuro, pois é nesse âmbito que se encontra o número mais significativo de justificativas. Os argumentos conectados aparecem em maior número quando se trata de explicar a atuação profissional e a formação acadêmica no presente, e aparecem em segundo lugar entre os argumentos dos projetos de vida. Atuar no presente e projetar-se no futuro são formas de cooperar com os seus iguais, reforçando principalmente a educação de surdos e a divulgação da língua de sinais para a sociedade. Os argumentos autocentrados são imediatamente mencionados ao se tratar de atividade profissional e da formação superior em curso, ganhando destaque nas justificativas dos projetos de vida, especialmente no que diz respeito ao reconhecimento de si como um ser capaz de agir no mundo. Os argumentos conectados, por sua vez, são menos expressivos na humilhação pessoal; no rebaixamento, as justificativas são principalmente caracterizadas pela desconexão de si. Os resultados indicam que os participantes elaboram projetos de vida em uma perspectiva ética, incluindo a si próprios como também o outro, com especial atenção para a comunidade surda, mas também com pretensão de inclusão da sociedade. Há ligação entre o presente, o passado e o futuro, considerando que a experiência humilhante de exclusão educacional ainda se reproduz no presente, quando os participantes investem na própria formação superior para futura atuação profissional, mas enfrentam o despreparo dos professores ouvintes quanto a adequar seu método de trabalho à inclusão de surdos no ensino superior. Esperamos que esse estudo seja útil à discussão sobre políticas públicas na área da educação especializada para surdos, como também contribua com a ampliação do conhecimento científico sobre a perspectiva moral e ética desse público.
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Entre o pranto e a mofa, a pátria idolatrada em triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto: sob a égide do arrivismo, a nação em seu rolar de Sísifo

SILVA, C. M. C. 10 December 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T14:11:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_4398_.pdf: 1028948 bytes, checksum: fbe84442c20e9cc079f45c807b141798 (MD5) Previous issue date: 2010-12-10 / O mote desta pesquisa é apontar os (des)caminhos que a obra do escritor Afonso Henriques de Lima Barreto percorreu, ressignificando sua importância na esfera literária. Por meio de uma análise que se intercala entre o histórico, o social e o ficcional, serão expostas sínteses que versarão sobre as configurações da República Velha chão histórico do literato, o plano estético do autor, além das projeções sobre as quais sua produção intelectual foi interpretada. Com o intuito de desmitificar sua classificação como autor de uma literatura menor, buscou-se revelar o quão moderna foi sua produção, uma vez que simbolizou uma ruptura com a estrutura academicista que vigia à época e com os ideais focados nos parâmetros europeus. Perpassando as nuances da identidade nacional que confrontam o Brasil formal do real, foi eleito o romance Triste fim de Policarpo Quaresma com vistas a expor como as prerrogativas de tom irônico do narrador transfiguraram as mazelas do país comandado por uma elite que visa(va) aos seus próprios interesses. Ao dar sentido ao romance em especial, intencionou-se desvelar o enigma brasileiro ali imaginado e ao mesmo tempo configurar o eixo fundamental sobre o qual se funda o discurso crítico do escritor mulato.
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MITO E PROCESSOS DE IDENTIFICAÇÃO CULTURAL EM ÓRFÃOS DO ELDORADO, DE MILTON HATOUM

PENALVA, L. K. C. 09 October 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T14:11:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_8171_Dissertação PENALVA, Kauana (FINAL).pdf: 785932 bytes, checksum: 7ba06dabb01dfdfe5c7f49b6146b2ecf (MD5) Previous issue date: 2014-10-09 / Neste trabalho propomos uma discussão sobre a construção de identidades na Amazônia brasileira, a partir da novela Órfãos do Eldorado, de Milton Hatoum. Essa narrativa está mergulhada em um contexto de convivência entre múltiplas e complexas culturas, que deslizam por fronteiras móveis, instáveis e indeterminadas. A proposta é observar como acontecem as relações de identidades e diferenças na complexidade da formação cultural amazônica e contribuir para que sejam consideradas vozes, estórias e mitos soterrados pela ótica ocidental. Para isso, destacamos as teorias de Homi K. Bhabha, Stuart Hall, Jacques Derrida, Walter Mignolo e Ana Pizarro, que têm ajudado a pensar a identidade cultural não como uma essência fixa e homogênea, que se mantém imutável, fora da história e da cultura, mas como um processo que se encontra em constante diálogo e transformação, principalmente no mundo atual, em que a globalização, os meios midiáticos e a tecnologia exigem cada vez mais dos sujeitos um movimento maior de intersecção e troca de valores e experiências. Portanto, o objetivo principal deste trabalho é repensar os processos de identidades, distanciando-nos do olhar exótico, selvagem e incivilizado que a literatura de viagem dos cronistas europeus, em sua maioria, nos concebeu em seus relatos, assim como em outros textos que objetivaram pensar a cultura amazônica. A partir das experiências vividas pelo narrador da obra analisada, elaboramos uma discussão sobre como culturas distintas se olham em suas diferenças, misturam-se, às vezes se chocam, mas também se complementam.
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Religião, Identidade e Estigmatização: Agostinho e os pagãos na obra De civitate Dei

COELHO, F. S. 06 April 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T14:12:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_4646_Fabiano_de_Souza_Coelho.pdf: 802454 bytes, checksum: 5f093fb9a61c615d5e9bbcfb129e116a (MD5) Previous issue date: 2011-04-06 / Em 24 de agosto de 410 d.C., a cidade de Roma foi saqueada, por três dias e três noites, pelos visigodos comandados por Alarico. Tal episódio contribuiu para que os pagãos questionassem a nova ordem política e religiosa vigente no Império Romano a tempora christiana. Naquele tempo, Agostinho (354-430 d.C.), bispo da cidade de Hipona, norte da África romana, foi um dos principais personagens do debate entre cristãos e pagãos, além de também ter sido um dos maiores personagens da história da Igreja cristã e da humanidade. Este acontecimento em Roma levou o bispo Agostinho de Hipona a elaborar sua réplica aos pagãos uma apologia ao Cristianismo feita por meio dos XXII Livros da De Civitate Dei. A réplica foi dirigida aos aristocratas pagãos defensores do mos maiorum, em especial, àqueles que faziam parte do círculo intelectual liderado por Volusiano, cônsul de Cartago, e que resistiram à difusão da nova organização religiosa no Império Romano. Tendo como documentação primária a obra A Cidade de Deus, apresentaremos na presente dissertação a análise dos discursos do bispo Agostinho de Hipona, os quais redimensionaram a estrutura identitária cristã e, consequentemente, sintetizaram o processo social de estigmatização e exclusão dos pagãos.
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No soy um aculturado: identidade nacional e indigenismo nas obras de José María Arguedas

JESUS, G. M. 22 October 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T15:07:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_8065_tese graziela menezes.pdf: 1074378 bytes, checksum: 88abf66dc4c3e9d660983e97e0eb9f47 (MD5) Previous issue date: 2015-10-22 / O debate sobre a identidade nacional peruana, iniciado no século XIX, teve como ponto central a discussão do papel dos indígenas, considerado por alguns um problema e, por outros, a verdadeira fonte da cultura nacional. Nesse contexto, destacou-se o pensamento do escritor e etnógrafo José Maria Arguedas, conhecido por representar em suas obras a cultura andina e os conflitos sociais na relação entre brancos e índios. Por essa característica, seus trabalhos foram considerados como parte da corrente literária Indigenista. Em nossa pesquisa temos como objetivo analisar a construção da identidade nacional peruana nos textos de Arguedas, partindo do pressuposto que sua concepção é em um primeiro momento filiada a concepção indigenista, para em seguida apresentar-se como um projeto político baseado na mestiçagem cultural. Nossas fontes serão, em sua maioria, os romances do autor.

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