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« Un oggetto considerabile di mondana politica » : Celibato del clero e critica illuminista in Europa nel XVIII secolo / Un objet considérable de politique mondain : Célibat du clergé et critique éclairée en Europe au XVIIIe siècle

Doria, Alessandra 16 April 2013 (has links)
L'obligation de célibat imposée aux ecclésiastiques catholiques fait l'objet de discussions depuis le début de l'église chrétienne, mais au cours du XVIIIe siècle, elle est de plus en plus considéré d'un point de vue politique plutôt que théologique. Le but de cette thèse est de reconstruire la naissance, le développement et la diffusion en Europe de la nouvelle perspective - laïque et séculière - d'envisager l'interdiction au clergé de se marier, née de la «crise de la conscience européenne" et sous l'impulsion des Lumières radicales. Grâce à l'analyse et l'étude de la littérature philosophique et politique européenne, cette thèse reconstruit le débat sur le célibat ecclésiastique dès la fin du XVIIe siècle et jusqu'à la Révolution française, lorsque la laïcisation du mariage permit aux ecclésiastiques, hommes et femmes, de se marier. Cette approche a permis de rendre compte de la complexité d'une question qui sous-tend le problème des rapports entre l'état et l'église, et de l'articulation des différentes positions critiques et orientations idéologiques : de la critique des Lumières radicales à la critique modérée, de l'approche d'observateurs ecclésiastiques intérieurs - clercs et experts en droit canon - qui proposent des prudentes réformes du célibat, à la fermeture complète des conservateurs. Les accusations portées par les révolutionnaires à la chasteté et au célibat, la question de «mariage des prêtres» et la plupart des critiques qui recouvrent encore le célibat ecclésiastique ont leurs racines dans le débat du XVIIIe siècle et dans l'émancipation du regard critique avec lequel les Lumières radicales ont prirent à considérer l'église et ses règles. / Mandatory clerical celibacy for all clergy within catholic countries has been discussed since the beginning of the Christian church. During the eighteenth century, it was increasingly taken into consideration from a political rather than strictly theological point of view. The purpose of this thesis is to reconstruct the creation, development and dissemination in Europe of a new way - secular and lay – of considering the obligation of the clergy to be unmarried that arose from the "crisis of the European conscience" and developed thanks to radical Enlightenment.Through the analysis and study of philosophical and political literature, this thesis reconstructs the debate on clerical celibacy which arose within the European Republic of Letters from the late seventeenth century up until the French Revolution, when the secularization of marriage allowed secular and regular clergy, women and men to get married. This approach has made it possible to account for the complexity of a debate that underlies the problem of the relationship between church and state and the articulation of the different ideological positions: from radical to moderate criticism; from the approach of observers inside the church – clerics or experts in canon law - who proposed cautious reforms to the complete refusal of the conservatives.The accusations levelled against chastity and celibacy by revolutionaries, the issue concerning "married priests" and many criticisms that still invest ecclesiastical celibacy have their roots in the eighteenth-century debate and the secular emancipation of the critical perspective from which radical Enlightenment started to consider the church and its rules.
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Relações entre Igreja e Estado: secularização, laicidade e o lugar da religião no espaço público

Milani, Daniela Jorge 19 August 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-26T20:23:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Daniela Jorge Milani.pdf: 1520868 bytes, checksum: c0a968beaa186ad6ff2ddc803fb24700 (MD5) Previous issue date: 2014-08-19 / O presente trabalho pretende elucidar as origens das relações entre o poder temporal e o espiritual, assim entendidos como Estado e Igreja genericamente. Deste modo, faz-se uma retrospectiva dessas relações, desde a época primitiva em que as sociedades eram clãs familiares nas quais a posição de chefe supremo se confundia com a de líder religioso, até os tempos modernos, passando pelas correntes racionalistas naturalistas até a situação atual, buscando esclarecer o real sentido do fenômeno da secularização e a consequente laicidade do Estado, que não deve ser confundida com laicismo ou antirreligiosidade. Deve ser entendida, na verdade, como pressuposto de uma relação de autonomia, independência e cooperação entre as instâncias administrativa e religiosa. Nota-se que, do ponto de vista da Igreja Católica, ao contrário do que se poderia pensar, o Estado deve ser laico, visto que, invariavelmente, as relações de interdependência acarretaram desmandos de parte a parte, desvirtuando o verdadeiro escopo de cada esfera de atuação. E mais, demonstra-se que, não obstante a promessa de irrestrita independência e autossuficiência da razão e a previsão de decadência e até de aniquilamento da fé, das mais radicais correntes iluministas do século XVIII, a pós-secularização se caracterizou pela persistência da religiosidade na sociedade, seja nas formas mais tradicionais ou de modo mais individualista. Neste cenário de laicidade e pós-secularização se questiona se haveria lugar para a religião no espaço público ou lhes caberia somente a atuação em seu mundo interior, privado, restrita aos seus templos e cultos? Haveria uma posição a assumir perante a sociedade e especialmente no debate político necessário ao jogo da democracia? Juntamente de Habermas, o filósofo alemão agnóstico, se conclui pela participação das religiões e suas cosmovisões particulares, não apenas para a necessária legitimidade do processo político democrático, que deve incluir a todos, mas pela abertura ao diálogo entre fé e saber, que são complementares um à outra, levando a sociedade a um progresso científico e tecnológico, sem abrir mão da ética e da moral, onde o ser humano é compreendido como a razão de ser do mundo e não como mero objeto de estudo e manipulação / O presente trabalho pretende elucidar as origens das relações entre o poder temporal e o espiritual, assim entendidos como Estado e Igreja genericamente. Deste modo, faz-se uma retrospectiva dessas relações, desde a época primitiva em que as sociedades eram clãs familiares nas quais a posição de chefe supremo se confundia com a de líder religioso, até os tempos modernos, passando pelas correntes racionalistas naturalistas até a situação atual, buscando esclarecer o real sentido do fenômeno da secularização e a consequente laicidade do Estado, que não deve ser confundida com laicismo ou antirreligiosidade. Deve ser entendida, na verdade, como pressuposto de uma relação de autonomia, independência e cooperação entre as instâncias administrativa e religiosa. Nota-se que, do ponto de vista da Igreja Católica, ao contrário do que se poderia pensar, o Estado deve ser laico, visto que, invariavelmente, as relações de interdependência acarretaram desmandos de parte a parte, desvirtuando o verdadeiro escopo de cada esfera de atuação. E mais, demonstra-se que, não obstante a promessa de irrestrita independência e autossuficiência da razão e a previsão de decadência e até de aniquilamento da fé, das mais radicais correntes iluministas do século XVIII, a pós-secularização se caracterizou pela persistência da religiosidade na sociedade, seja nas formas mais tradicionais ou de modo mais individualista. Neste cenário de laicidade e pós-secularização se questiona se haveria lugar para a religião no espaço público ou lhes caberia somente a atuação em seu mundo interior, privado, restrita aos seus templos e cultos? Haveria uma posição a assumir perante a sociedade e especialmente no debate político necessário ao jogo da democracia? Juntamente de Habermas, o filósofo alemão agnóstico, se conclui pela participação das religiões e suas cosmovisões particulares, não apenas para a necessária legitimidade do processo político democrático, que deve incluir a todos, mas pela abertura ao diálogo entre fé e saber, que são complementares um à outra, levando a sociedade a um progresso científico e tecnológico, sem abrir mão da ética e da moral, onde o ser humano é compreendido como a razão de ser do mundo e não como mero objeto de estudo e manipulação
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Jean Etxepareren "Beribilez" (1931) : bidaia eta ideologia / "Beribilez" (En voiture) (1931) de Jean Etchepare : voyage et idéologie / "Beribilez" (By car) (1931) de Jean Etxepare : travel and ideology

Ortiz de Pinedo, Aitor 05 July 2018 (has links)
Dans cette thèse est analysé le deuxième et dernier livre Beribilez (En voiture) de Jean Etchepare (1877-1935). Le but de la recherche est d’établir l'idéologie de l'auteur à l’âge adulte et l’image qu’il donne tout au long de ce récit de voyage, fait en voiture à travers le Pays Basque. On a utilisé deux méthodologies principalement : la sémiotique (Philippe Hamon) et l´imagologie (Daniel-Henri Pageaux). On a relu les critiques portant sur l´œuvre de cet auteur pour les comparer avec nos intuitions. Nous avons sondé la formation intellectuelle de Jean Etchepare, et nous avons vu qu'au Pays Basque du Nord, il était confronté à la pensée traditionnelle, dominante à cette époque. Durant la confrontation entre l'État et l'Église autour de la laïcisation, Etchepare a choisi une voie indépendante inspirée souvent par la philosophie allemande. Dans le domaine de la pensée esthétique, la vision du paysage basque est plutôt économiciste, l'appréciation des terres rurales se combine avec un mysticisme poétique. Au sein des beaux-arts, il critique l'enthousiasme théâtral du luxe religieux baroque qu'il voit dans le Sanctuaire de Loyola; dans l´aspect du savoir-vivre il s'éloigne modérément de l'ascétisme confessionnel traditionnel, donnant dans le texte une place inhabituelle jusqu’alors, aux petits plaisirs des sens (gastronomie, danse…). Dans le domaine de l'éthique, il critique la croissance urbaine de Saint-Sébastien : il proclame la spiritualité laïque contre le matérialisme et la dégénérescence de la haute bourgeoisie. Il prophétisa la Seconde Guerre mondiale qui s´approchait, parce qu'il voyait les êtres humains sans respect mutuel. En tant que positiviste, il critique aussi toute croyance irrationnelle. Enfin, il indique qu'à l'âge adulte il s'est aligné sur la philosophie grecque de la mesure. A propos du Pays Basque, il entend promouvoir la solidarité entre les deux versants basques des Pyrénées, en réinterprétant les avatars de l'Histoire de manière diplomatique. L'attitude envers le Sud-est de filia (Pageaux). En conclusion, on peut dire que l'écrivain dans ce livre a modélisé soigneusement l´expression de sa pensée, car il ne voulait pas que l´ouvrage soit rejeté, comme ce fut le cas avec le premier (Glanes, 1910). / The second book ((original Basque title) Beribilez; (engl.) By car) by Jean Etxepare (1877-1935) is analysed in this doctoral thesis. The aim of this research is to define the author’s ideology/ in his intellectual maturity and his image of the Basque Country, along the journey made by car through the Southern Provinces. Semiotic Methodology (Philippe Hamon) and Imagology (Daniel-Henri Pageaux) have been used as a study method. We have looked at the academic training of Jean Etxepare, and we have seen that in the Northern Basque Country he was confronted with the hegemonic traditional catholic way of thinking. During the years of dissent between the State and the Church, Etxepare chose the free-thinking path, inspired by German philosophy. In the area of aesthetics, his view of the Basque landscape is mostly economicist. His perspective of the appreciation of rural lands combines with a poetic mysticism. He considers the display of Baroque religious luxury that he sees in the Sanctuary of Loyola, spiritually deficient; we can see that, on the one hand, we are dealing with an intellectual author of petit bourgeois standing and sound artistic judgement... On the other hand, even if he proves to be a knowledgeable person, he is very capable of enjoying the small pleasures of life as gastronomy, wines, dances and eroticism in a harmonious and measured way. He moves moderately away from traditional confessional asceticism, giving in his book to the pleasures of the body an unusual and enlightening place unknown to the catholic dominant literature. In the field of ethics, he criticizes the urban growth of San Sebastian: he proclaims secular spirituality against the materialism and degeneration of the high bourgeoisie. He prophesied that there would be the Second World War, because he saw the human beings lacking mutual respect. As a positivist, he criticizes any irrational belief. Finally, he indicates that in adulthood he has been aligned with the Greek philosophy of measure, in spite of his non-conformist youth. About the Basque Country, he intends to promote solidarity between the two sides of the frontier, reinterpreting the history passages in a diplomatic way. His attitude towards the South is of a philia one (Pageaux). As a conclusion, we can say that the writer measured the expression of his dissident way of thinking, because he did not want his second book to be rejected as had been the case with the first one (Buruxkak, 1910).

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