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O \"torpe Ismaelita cavalleiro\": um estudo sobre a presença dos mouros em Os Lusíadas / Le \" chevalier maladroit Ismaili\": une étude sur la présence des Maures das Le Lusiadas

Amanda Azis Alexandre 15 March 2011 (has links)
Les Maures sont des personnages blamés dans plusieurs textes produits par des chrétiens, au XVIe ibérique. Cette recherche a pour but montrer et analyser les blâmes présentes chez Les Lusiades. Pour ce faire, nous utiliserons les oeuvres qui régissent la production lettrée de la période, surtout la Rhétorique dAristote et lInstitutio Oratoria de Quintilien, a fin de faire voir les aspects qua considérée le poète pour composer les blâmes aux Maures dans son épique. / Os mouros são personagens vituperados em vários textos produzidos por cristãos, no século XVI ibérico. Esse trabalho tem como objetivo destacar e analisar os vitupérios presentes nOs Lusíadas. Para isso, utilizaremos as preceptivas que regulam a produção letrada do período, sobretudo a Retórica de Aristóteles e a Institutio Oratoria de Quintiliano, a fim de demonstrarmos quais aspectos considerou o poeta para vituperar os mouros em seu épico.
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O \"torpe Ismaelita cavalleiro\": um estudo sobre a presença dos mouros em Os Lusíadas / Le \" chevalier maladroit Ismaili\": une étude sur la présence des Maures das Le Lusiadas

Alexandre, Amanda Azis 15 March 2011 (has links)
Os mouros são personagens vituperados em vários textos produzidos por cristãos, no século XVI ibérico. Esse trabalho tem como objetivo destacar e analisar os vitupérios presentes nOs Lusíadas. Para isso, utilizaremos as preceptivas que regulam a produção letrada do período, sobretudo a Retórica de Aristóteles e a Institutio Oratoria de Quintiliano, a fim de demonstrarmos quais aspectos considerou o poeta para vituperar os mouros em seu épico. / Les Maures sont des personnages blamés dans plusieurs textes produits par des chrétiens, au XVIe ibérique. Cette recherche a pour but montrer et analyser les blâmes présentes chez Les Lusiades. Pour ce faire, nous utiliserons les oeuvres qui régissent la production lettrée de la période, surtout la Rhétorique dAristote et lInstitutio Oratoria de Quintilien, a fin de faire voir les aspects qua considérée le poète pour composer les blâmes aux Maures dans son épique.
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Os Lusíadas para os \'lusitos\': o destino do épico camoniano no liceu português e a interferência do Estado Novo / The Lusiads for lusitos: the fate of the camonian epic at the Portuguese lyceum and the interference of the Estado Novo

Vichinsky, Flávio Garcia 08 October 2015 (has links)
Com este trabalho pretendemos mostrar que durante o período do Estado Novo em Portugal o estado operou uma dinâmica de inculcação de valores e ideologias extremamente nacionalistas, determinada por um processo de cerceamento e controle das individualidades. E isso se mostrou de forma especial no ensino literário, chegando a atingir o monumento épico da cultura portuguesa, Os Lusíadas, cuja recepção vigiada e orientada pode ser percebida através dos documentos oficiais, dos métodos e dos materiais pedagógicos em uso no período. Nesse sentido, buscamos apresentar as principais concepções pedagógicas ligadas ao ensino literário, delatadas implícita ou explicitamente através dos discursos oficiais, da legislação a respeito do ensino secundário, dos programas escolares e de outros elementos ligados à educação, dentro de um cenário que remonta à época de criação dos liceus (século XIX), para que se possa compreender a opção de leitura conservadora, utilitarista e nacionalista que o regime estado-novista impingiu ao poema de Camões. / With this paper, we intend to show that during the period of Estado Novo in Portugal the state operated a dynamic of inculcation of values and ideologies extremely nationalist, determined by a process of retrenchment and control of individualities. Moreover, it was showed especially in literary education, reaching the \"epic monument\" of Portuguese culture, The Lusiads, which guarded and guided reception can be perceived through the official documents, the methods and teaching materials in use in the period. In this sense, we present the main pedagogical concepts that was linked to the literary education, which are revealed, implicitly or explicitly, through the official speeches, the legislation concerning secondary education, school programs and other education-related elements, within a scenario that dates back to the time of creation of lyceums (nineteenth century), to let us understand the conservative, utilitarian and nationalistic reading option the Estado Novo imposed to the Camões poem.
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Os Lusíadas para os \'lusitos\': o destino do épico camoniano no liceu português e a interferência do Estado Novo / The Lusiads for lusitos: the fate of the camonian epic at the Portuguese lyceum and the interference of the Estado Novo

Flávio Garcia Vichinsky 08 October 2015 (has links)
Com este trabalho pretendemos mostrar que durante o período do Estado Novo em Portugal o estado operou uma dinâmica de inculcação de valores e ideologias extremamente nacionalistas, determinada por um processo de cerceamento e controle das individualidades. E isso se mostrou de forma especial no ensino literário, chegando a atingir o monumento épico da cultura portuguesa, Os Lusíadas, cuja recepção vigiada e orientada pode ser percebida através dos documentos oficiais, dos métodos e dos materiais pedagógicos em uso no período. Nesse sentido, buscamos apresentar as principais concepções pedagógicas ligadas ao ensino literário, delatadas implícita ou explicitamente através dos discursos oficiais, da legislação a respeito do ensino secundário, dos programas escolares e de outros elementos ligados à educação, dentro de um cenário que remonta à época de criação dos liceus (século XIX), para que se possa compreender a opção de leitura conservadora, utilitarista e nacionalista que o regime estado-novista impingiu ao poema de Camões. / With this paper, we intend to show that during the period of Estado Novo in Portugal the state operated a dynamic of inculcation of values and ideologies extremely nationalist, determined by a process of retrenchment and control of individualities. Moreover, it was showed especially in literary education, reaching the \"epic monument\" of Portuguese culture, The Lusiads, which guarded and guided reception can be perceived through the official documents, the methods and teaching materials in use in the period. In this sense, we present the main pedagogical concepts that was linked to the literary education, which are revealed, implicitly or explicitly, through the official speeches, the legislation concerning secondary education, school programs and other education-related elements, within a scenario that dates back to the time of creation of lyceums (nineteenth century), to let us understand the conservative, utilitarian and nationalistic reading option the Estado Novo imposed to the Camões poem.
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As Coordenadas da Viagem no Tempo : Uma contribuição para a teoria da ficção histórica baseada em alguns textos portugueses dos séculos XVI, XIX e XX

Cavaliere, Mauro January 2002 (has links)
In Portugal, as in other countries, a common characteristic of many of the novels published in the past twenty years is the recourse to a repertoire of literary devices that recall those of the historical novel.                 On the basis of critical studies published in the 1990’s, and in particular Fernández Prieto’s Poética de la Novela Histórica, this thesis undertakes a study of the Portuguese historical novel with the aim of defining, to the extent possible, the limits of this literary genre, and to examine in detail some of its intrinsic—and pertinent—semantic and pragmatic traits: the setting of a fictional narrative in the past, the introduction of historical persons and events and, not the least, the transtextual relationship between the fictional and the historiographic text.        Special attention is given to some of the more innovative forms of the contemporary historical novel, to highlight how by emphasising certain generic traits —that refer to the reader’s acquired knowledge— the author can compensate for the absence of others. Despite the inherent ”heterodoxy”, this device justifies grouping these novels under the general heading of the historical novel. The thesis explores the analogies between some of these innovative narrative strategies of the contemporary historical novel with transtextual practices characteristic of literature predating the 19th Century and by which a certain ”historical knowledge” is requisite for decoding the text. The thesis also establishes a set of generic traits that the historical novel shares with epic poetry. In light of these analogies, the thesis proposes a reading of Os Lusíadas as a historical poem. With this the author hopes to provide a contribution to a theory of historical fiction, understood as a genre encompassing, in addition to the novel, all forms of fictionalisation that rely on the historical discourse. © Mauro Cavaliere                                           ISBN  91-7265-442-2
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Uma leitura simbólica do espírito empreendedor / A symbolic reading of the entrepreneurial spirit

Dado, Salem, 26 May 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:39:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertacao Carlos Eduardo Alves de Lima Salem.pdf: 1541016 bytes, checksum: 3801f8d0673b638483ec34ed15df46c8 (MD5) Previous issue date: 2006-05-26 / nenhum / This study investigates the symbolic meaning of the entrepreneurial spirit by means of the interpretation of The Lusiads by Luis de Camões, a poetic work piece that examines the Portuguese enterprise through the opening of a commercial route with the Orient. The work begins with an elucidation of the character of the entrepreneur through various perspectives: etymology, characterization, participation in the capitalist economic policy and motivation. Following this, as a justification to the utilization of a poetic work for the investigation of the theme, an exploration of poets and their interpretation of reality is undergone. Camões work is divided in to five episodes: The Departure; Adamastor, the Giant; The Path of Trials and the Divine Interference; Arrival at the Orient; The Return - The Island of Loves. The interpretation is accomplished through the use of central concepts of analytical psychology such as the process of individuation and the heroes journey. Finally, the author raises issues quoting practical cases of his professional experience, demonstrating that businesses work as projective field of the psyche of the entrepreneurs who unconsciously seek individuation within their enterprises. Furthermore, a few typical collective behaviors of economies centered in the capitalist entrepreneurial spirit are presented / Este estudo investiga o significado simbólico do espírito empreendedor por meio da interpretação de Os Lusíadas de Luis de Camões, obra poética que versa sobre a abertura de uma rota comercial com o Oriente. O trabalho inicia com uma explanação sobre a figura do empreendedor em diversas perspectivas: etimologia, caracterização, participação na política econômica capitalista e motivação. Em seguida, como justificativa da utilização de uma obra poética neste estudo, é feita uma explanação sobre os poetas e a leitura que fazem da realidade. A obra de Camões é dividida em cinco episódios: A partida; O gigante Adamastor; O caminho de provas e a interferência divina, Chegada ao Oriente; O retorno a ilha dos amores. A interpretação é feita utilizando conceitos centrais da psicologia analítica, como o processo de individuação e a jornada do herói. No final, o autor levanta questões e cita casos práticos de sua experiência profissional, demonstrando que as empresas funcionam como campo projetivo da psique dos empreendedores, que buscam, inconscientemente, a individuação em seus empreendimentos. Além disso, são apresentados alguns comportamentos coletivos característicos de economias centradas no espírito empreendedor capitalista
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A epopeia o oriente, de José Agostinho de Macedo, enquanto releitura de Os Lusíadas, de Luís De Camões

Fagundes, Eduardo de Souza January 2017 (has links)
A epopeia Os Lusíadas (1572), de Luís de Camões, estrutura-se, historicamente, sobre o achamento da Índia e, miticamente, sobre as mitologias greco-latina e judaico-cristã. A presença dessas mitologias divergentes em Os Lusíadas estimula a elaboração de uma epopeia portuguesa chamada O Oriente (1814), cujo autor é o padre português José Agostinho de Macedo. O Oriente é uma releitura de Os Lusíadas, e seu processo composicional caracteriza-se por negar e remover a sacralidade da representação dos deuses greco-latinos, substituindo-os pelas divindades judaico-cristãs, que Macedo exaltará, e por representar a Vasco da Gama como um herói genuinamente cristão, pois, segundo Macedo, Camões não o fizera. O narrador de O Oriente substitui as divindades representadas por Camões, tais como Júpiter, Baco, Vênus, Marte, Morfeu e Tétis, por figuras tais como Deus, Satanás, o Serafim e São Tomé. O narrador aceita e mantém, no entanto, determinados personagens da mitologia greco-latina em sua epopeia, tais como Luso, Lisa e Ulisses, por exemplo. Nesse sentido, José Agostinho de Macedo alinha-se à representação de Os Lusíadas. O narrador de O Oriente filia seu herói, Vasco da Gama, ao cristianismo, e representa-o como o eleito de Deus para a difusão da fé cristã no Oriente. O narrador, portanto, pretende emendar esses aspectos da representação de Os Lusíadas. / The epic poem Os Lusíadas (1572), by Luís de Camões, is based on the historical discovery of India and on the Greco-Roman and Judeo-Christian mythologies. The presence of these divergent mythologies in Os Lusíadas stimulates the elaboration of a Portuguese epic poem entitled O Oriente (1814), by the Portuguese priest José Agostinho de Macedo. O Oriente is a rereading of Os Lusíadas, and its compositional process is characterized by denying and removing the sacredness of the representation of the Greco-Roman gods, who are replaced by the Judeo-Christian deities the autor intends to exalt, and for representing Vasco da Gama as a genuine Christian hero, because, according to Macedo, Camões had not done that. The narrator of O Oriente replaces the deities represented by Camões, such as Jupiter, Bacchus, Venus, Mars, Morpheus and Thetis, with figures such as God, Satan, Seraphim, and St. Thomas. The narrator accepts and maintains, however, certain characters from Greco-Roman mythology in his epic poem, such as Luso, Lisa and Ulysses. In this regard, José Agostinho de Macedo aligns himself with the representation of Camões. The narrator of O Oriente associates his hero, Vasco da Gama, with Christianity and represents him as the chosen of God in order to spread the Christian faith in the East. The narrator, therefore, intends to fix aspects of the representation of Os Lusíadas.
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A epopeia o oriente, de José Agostinho de Macedo, enquanto releitura de Os Lusíadas, de Luís De Camões

Fagundes, Eduardo de Souza January 2017 (has links)
A epopeia Os Lusíadas (1572), de Luís de Camões, estrutura-se, historicamente, sobre o achamento da Índia e, miticamente, sobre as mitologias greco-latina e judaico-cristã. A presença dessas mitologias divergentes em Os Lusíadas estimula a elaboração de uma epopeia portuguesa chamada O Oriente (1814), cujo autor é o padre português José Agostinho de Macedo. O Oriente é uma releitura de Os Lusíadas, e seu processo composicional caracteriza-se por negar e remover a sacralidade da representação dos deuses greco-latinos, substituindo-os pelas divindades judaico-cristãs, que Macedo exaltará, e por representar a Vasco da Gama como um herói genuinamente cristão, pois, segundo Macedo, Camões não o fizera. O narrador de O Oriente substitui as divindades representadas por Camões, tais como Júpiter, Baco, Vênus, Marte, Morfeu e Tétis, por figuras tais como Deus, Satanás, o Serafim e São Tomé. O narrador aceita e mantém, no entanto, determinados personagens da mitologia greco-latina em sua epopeia, tais como Luso, Lisa e Ulisses, por exemplo. Nesse sentido, José Agostinho de Macedo alinha-se à representação de Os Lusíadas. O narrador de O Oriente filia seu herói, Vasco da Gama, ao cristianismo, e representa-o como o eleito de Deus para a difusão da fé cristã no Oriente. O narrador, portanto, pretende emendar esses aspectos da representação de Os Lusíadas. / The epic poem Os Lusíadas (1572), by Luís de Camões, is based on the historical discovery of India and on the Greco-Roman and Judeo-Christian mythologies. The presence of these divergent mythologies in Os Lusíadas stimulates the elaboration of a Portuguese epic poem entitled O Oriente (1814), by the Portuguese priest José Agostinho de Macedo. O Oriente is a rereading of Os Lusíadas, and its compositional process is characterized by denying and removing the sacredness of the representation of the Greco-Roman gods, who are replaced by the Judeo-Christian deities the autor intends to exalt, and for representing Vasco da Gama as a genuine Christian hero, because, according to Macedo, Camões had not done that. The narrator of O Oriente replaces the deities represented by Camões, such as Jupiter, Bacchus, Venus, Mars, Morpheus and Thetis, with figures such as God, Satan, Seraphim, and St. Thomas. The narrator accepts and maintains, however, certain characters from Greco-Roman mythology in his epic poem, such as Luso, Lisa and Ulysses. In this regard, José Agostinho de Macedo aligns himself with the representation of Camões. The narrator of O Oriente associates his hero, Vasco da Gama, with Christianity and represents him as the chosen of God in order to spread the Christian faith in the East. The narrator, therefore, intends to fix aspects of the representation of Os Lusíadas.
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A epopeia o oriente, de José Agostinho de Macedo, enquanto releitura de Os Lusíadas, de Luís De Camões

Fagundes, Eduardo de Souza January 2017 (has links)
A epopeia Os Lusíadas (1572), de Luís de Camões, estrutura-se, historicamente, sobre o achamento da Índia e, miticamente, sobre as mitologias greco-latina e judaico-cristã. A presença dessas mitologias divergentes em Os Lusíadas estimula a elaboração de uma epopeia portuguesa chamada O Oriente (1814), cujo autor é o padre português José Agostinho de Macedo. O Oriente é uma releitura de Os Lusíadas, e seu processo composicional caracteriza-se por negar e remover a sacralidade da representação dos deuses greco-latinos, substituindo-os pelas divindades judaico-cristãs, que Macedo exaltará, e por representar a Vasco da Gama como um herói genuinamente cristão, pois, segundo Macedo, Camões não o fizera. O narrador de O Oriente substitui as divindades representadas por Camões, tais como Júpiter, Baco, Vênus, Marte, Morfeu e Tétis, por figuras tais como Deus, Satanás, o Serafim e São Tomé. O narrador aceita e mantém, no entanto, determinados personagens da mitologia greco-latina em sua epopeia, tais como Luso, Lisa e Ulisses, por exemplo. Nesse sentido, José Agostinho de Macedo alinha-se à representação de Os Lusíadas. O narrador de O Oriente filia seu herói, Vasco da Gama, ao cristianismo, e representa-o como o eleito de Deus para a difusão da fé cristã no Oriente. O narrador, portanto, pretende emendar esses aspectos da representação de Os Lusíadas. / The epic poem Os Lusíadas (1572), by Luís de Camões, is based on the historical discovery of India and on the Greco-Roman and Judeo-Christian mythologies. The presence of these divergent mythologies in Os Lusíadas stimulates the elaboration of a Portuguese epic poem entitled O Oriente (1814), by the Portuguese priest José Agostinho de Macedo. O Oriente is a rereading of Os Lusíadas, and its compositional process is characterized by denying and removing the sacredness of the representation of the Greco-Roman gods, who are replaced by the Judeo-Christian deities the autor intends to exalt, and for representing Vasco da Gama as a genuine Christian hero, because, according to Macedo, Camões had not done that. The narrator of O Oriente replaces the deities represented by Camões, such as Jupiter, Bacchus, Venus, Mars, Morpheus and Thetis, with figures such as God, Satan, Seraphim, and St. Thomas. The narrator accepts and maintains, however, certain characters from Greco-Roman mythology in his epic poem, such as Luso, Lisa and Ulysses. In this regard, José Agostinho de Macedo aligns himself with the representation of Camões. The narrator of O Oriente associates his hero, Vasco da Gama, with Christianity and represents him as the chosen of God in order to spread the Christian faith in the East. The narrator, therefore, intends to fix aspects of the representation of Os Lusíadas.
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Os Lusíadas e Paraíso Perdido : dois momentos estéticos da poesia épica

Gois, Gisela Reis de 24 February 2016 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This dissertation aims mainly to make a comparative study of the renaissance and baroque aesthetic resources in epics, using, therefore, The Lusiads (1572), which is a heroic poem on the Portuguese maritime expansion, and Paradise Lost (1667), by John Milton, better known and studied as a protestant humanist epic about the fall of the first human couple. The main theoretical basis for this study is the formulations of Gilbert Highet (1954), Anazildo Vasconcelos da Silva (1984, 1987, 2007) and Christina Ramalho (2013) on the epic genre and the classical tradition. There were also major contributions to this work: Joaquim Nabuco (1872), Bowra (1950), Metzer and Coogan (2002) and Saraiva and Lopes (2010). The aspect of comparison between the works is the permanence of classical mythology in the literary plan of the works. Therefore, it was adopted Hesiod (1995, 1996) as a mythographic source, because of the educational intentions of his works. The Lusiads are considered, according to the theory of literary speech and semiotization of Anazildo Vasconcelos da Silva, a renaissance epic and, thus it contains the reference to authors, works and pagan mythology present in the classic epic model (Iliad, Odyssey), besides the balance between thought and emotion and the formulation of universalizing concepts. While Paradise Lost is understood as a work of baroque epic model, which proposes the projection of the poetic persona in the narrative, the narrator as agent of the character subjective logic and sentimentalization of the epic proposition. Although, both have what Gilbert Highet calls classic influence. In other words, they are impregnated by classical thought, whose presence in the body of the poems varies in strength, importance and penetration. Consequently, this research will specifically treat the ways how the classic influence manifests in Camões and John Milton epics. / Esta dissertação tem como objetivo principal fazer um estudo comparado dos recursos estéticos em épicos renascentistas e barrocos, utilizando-se, para tanto, das obras Os Lusíadas (1572), poema heroico de Camões sobre a expansão marítima portuguesa, e Paraíso Perdido (1667), de John Milton, mais conhecida e estudada como uma epopeia humanista protestante sobre a queda do primeiro casal humano. A base teórica principal para esse estudo são as formulações de Gilbert Highet (1954), Anazildo Vasconcelos da Silva (1984, 1987, 2007) e Christina Ramalho (2013) a respeito do gênero épico e a tradição clássica. Também foram contribuições importantes: Joaquim Nabuco (1872), Bowra (1950), Metzer e Coogan (2002) e Saraiva e Lopes (2010). O aspecto de comparação entre as epopeias da era moderna é a permanência da mitologia clássica no plano literário das obras. Para tanto, adotou-se Hesíodo (1995, 1996) como fonte mitográfica, tendo vista as intenções didáticas de suas obras. Os Lusíadas é considerada, segundo a teoria da semiotização literária do discurso de Silva, uma epopeia renascentista e, portanto, apresenta referências a autores e obras e à mitologia pagã presentes no modelo épico clássico (Ilíada e Odisseia), além do equilíbrio entre pensamento e emoção e a elaboração de conceitos universalizantes. Já Paraíso Perdido é entendida como uma obra do modelo épico barroco, que propõe a projeção do eu-lírico no relato; o narrador como agente de uma lógica subjetiva do personagem e a sentimentalização da proposição épica. Contudo, ambas apresentam o que Gilbert Highet chama de influência clássica. Em outras palavras, são obras impregnadas pelo pensamento clássico, cuja presença no corpo dos poemas varia em força, importância e penetração. Por conseguinte, esta pesquisa tem como objetivo específico tratar dos modos como a influência clássica se manifesta nas epopeias de Camões e John Milton.

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