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Sintomas vasomotores e associação entre adipocinas séricas (adiponectina e PAI-1), moléculas de adesão (ICAM-1 E VCAM-1) e estado nutricional de mulheres peri e pós-menopáusicas

Menna Barreto, Ana Lúcia V. January 2013 (has links)
Introdução: O climatério é definido como a fase que compreende a transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo da vida da mulher. Durante esse período e, principalmente, no período pós-menopáusico as mulheres tendem a ganhar mais peso e modificar o padrão de distribuição de gordura corporal. Sabe-se que adipocinas liberadas pelo tecido adiposo, que têm ações diversas como função imunológica, cardiovascular, metabólica e endócrina, podem contribuir para o desenvolvimento de comorbidades, como aterosclerose e diabetes melitus tipo 2. Outras moléculas estão envolvidas nos processos metabólicos, como as moléculas de adesão celular (CAM), que já foram estudadas como preditoras de eventos cardiovasculares. Sabe-se ainda que na mulher pós-menopausa há uma relação inversa entre o exercício praticado regularmente e as principais causas de comorbidades. Objetivos: Analisar os sintomas vasomotores e sua associação com os níveis séricos de adipocinas( ADIPONECTINA E PAI- 1), moléculas de adesão (ICAM-1 e VCAM-1) e a relação com o estado nutricional em um grupo de mulheres peri e pós-menopáusicas atendidas no ambulatório de Climatério do Serviço de Ginecologia do HCPA. Métodos: Estudo transversal com 102 mulheres pré e pósmenopáusicas, com idade entre 40 e 65 anos, atendidas no Ambulatório de Climatério do Serviço de Ginecologia do HCPA. Todas participantes foram avaliadas quanto a massa corporal massa, estatura, circunferência da cintura IMC, circunferência da cintura, determinação de percentual de gordura através da mensuração das dobras cutâneas: triciptal, supra-ilíaca e coxa. Níveis séricos de colesterol total, HDL colesterol, LDL colesterol e triglicerídeos, glicose, adipocinas (ADIPONECTINA E PAI-1), moléculas de adesão (ICAM-1 e VCAM-1) foram investigados. Resultados: A média de idade foi 53,8 ± 5,4 anos, mediana de tempo de menopausa 48 (10-96) meses, e 68 (66,7 %) das mulheres estava na pósmenopausa. A avaliação antropométrica mostrou que 42 (41,2 %) delas tinham sobrepeso segundo Índice de masa corporal (IMC), e 51 (50,0 %) apresentaram risco cardiovascular muito elevado para circunferência de cintura, a média de % de massa gorda era de 33,3 ± 5,3 e 38 (37,25%) delas eram hipertensas. Os valores médios (± DP) dos exames laboratoriais foram: colesterol total de 214,4 (±42,3), glicose 91,9 (± 37,8), adiponectina 22,5 (± 11,8), PAI-1 284,9 (± 134,1), ICAM 1 457,0 (± 210,6) e VCAM 1 202,0 (± 61,3). Em relação aos sintomas, 76 (74,5%) delas tinham fogachos, 45 (44,1 %) depressão leve a moderada segundo escore de Beck, e 79 (77,5 %) tinham insônia conforme escore de Pisttburg (PSQI). Setenta e três das pacientes (71,6 %) foram classificadas como ativas segundo escore de atividade física IPAQ. Não foi observada relação estatisticamente significativa entre os níveis de adipocinas ou moléculas de adesão e fogachos. A adiponectina foi negativamente e inversamente associada com o IMC. Houve uma correlação inversa estatisticamente significativa entre idade e intensidade dos fogachos. Conclusão: As alterações em vários parâmetros estudados como a presença de sobrepeso/obesidade, circunferência de cintura e % de massa gorda aumentados e hipercolesterolemia contribuem para um maior risco de doença cardiovascular nesta amostra de mulheres peri e pós-menopáusicas, apesar de não termos encontrado correlação entre os fogachos e adipocinas ou moléculas de adesão. / Backgroud: Climacteric is defined as the phase comprising the transition between reproductive and non-reproductive life of women. Besides vasomotor symptoms, mood swings and sleep at this time, women tend to gain more weight and modify the pattern of body fat distribution. It is known that adipokines released by adipose tissue, which have different actions as a function of immune, cardiovascular, metabolic and endocrine function may contribute to the development of comorbidities, such as atherosclerosis and type 2 diabetes mellitus. Other molecules are involved in metabolic processes such as cell adhesion molecules (CAM), which have been studied as predictors of cardiovascular events. It is known that in postmenopausal women, an inverse relationship between exercise practiced regularly and the main causes of comorbidities. Objectives: To analyze the association between climacteric vasomotor symptoms (VMS) and adiponectin, plasminogen activator inhibitor 1 (PAI-1), intercellular adhesion molecule 1(ICAM-1), vascular cell adhesion molecule 1 (VCAM-1), lipid profile and nutritional status. Methods: This was a cross sectional study with 102 peri- and postmenopausal women from 40 and 65 years old that evaluated VMS, body mass index (BMI), waist circumference (WC), body fat percentage (BF%), adiponectin, PAI-1, ICAM-1 e VCAM-1, lipid profile, and glycemia. Results: Mean age 53.8 (± 5.4) years, median 48 (10.96) months from the last menstrual period. Overweight was observed in 41.2% of women, very high cardiovascular risk (WC ≥ 88 cm) in 50.0%, and BF% (mean ± standard deviation) was 33.3 ± 5.3%. Mean values were 22.5 (± 11.8) ng/dL for adiponectin, 284.9 (± 134.1) ng/dL for PAI-1, 457.0 (± 210.6) ng/dL for ICAM-1, 202.0 (± 61.3) ng/dL for VCAM-1, 214.4 (±42.3) mg/dL for total cholesterol, 51.0 (± 2.8) mg/dL for high-density level cholesterol (HDL-c), 138.8 (± 2.2) mg/dL for lowdensity level cholesterol (LDL-c), and 129.4 (± 67.8) mg/dL for triglycerides. 76 (74.5%) had hot flashes, 45 (44.1%) mild to moderate depression according Beck’s score, and 79 (77.5%) had insomnia according Pisttburg’s score (PSQI). 73 (71.6%) were classified as active according physical activity’s (IPAQ) score. No significant relationship was observed between adipokine or CAM levels and VMS. Adiponectin was negatively inversely associated with BMI. There was a statistically significant inverse correlation between age and hot flash intensity. Conclusions: VMS intensity was inversely related with age, and VMS were not associated with adiponectin, PAI- 1, ICAM-1 and VCAM-1. Changes in several study parameters, such as presence of overweight/obesity, increased WC and BF%, and hypercholesterolemia contribute to a higher risk for cardiovascular disease in this sample of peri and postmenopausal women, although we found no correlation between hot flashes and adipokines or adhesion molecules.
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Uso de sulpirida versus placebo na redução de fogachos durante o climatério : ensaio clínico randomizado

Borba, Clarissa Moreira January 2017 (has links)
Objetivo: Avaliar os efeitos da Sulpirida 50mg/dia comparado a placebo sobre os sintomas vasomotores (frequência e intensidade) e na qualidade de vida de mulheres climatéricas. Métodos: Mulheres climatéricas (N=28), idade entre 47 e 62 anos, com pelo menos cinco episódios de sintomas vasomotores por dia, foram recrutadas em uma clínica especializada de um hospital terciário no sul do Brasil e através de chamamentos na mídia; após os critérios de inclusão e de exclusão, elas foram randomizadas. Placebo (n=14) e Sulpirida 50mg/dia (n=14) foram administrados durante o ensaio. O número e a intensidade dos fogachos foram registrados 1 semana antes e ao longo de 8 semanas após intervenção. Aplicou-se o WHQ – 36 itens para avaliação da qualidade de vida. Resultados: As frequências e as intensidades dos fogachos/dia foram similares em ambos os grupos, observando-se uma redução em ambos os parâmetros durante as semanas de follow-up após a intervenção com Sulpirida (p=0,019 e p=0,009, respectivamente). Quanto à qualidade de vida das mulheres, Sulpirida 50mg/dia reduziu os escores dos problemas com o sono após 8 semanas de tratamento, quando comparada ao grupo placebo (p=0,017). Conclusions: Nossos resultados sugerem que o tratamento com a Sulpirida 50mg/dia se apresentou com tendências significativas na redução dos sintomas climatéricos, se justificando a replicação e outros estudos que investiguem os possíveis mecanismos pelos quais a Sulpirida poderia reduzir os fogachos, de forma segura. / Objective: To assess the effects of Sulpiride 50mg/day compared with placebo on vasomotor symptoms (frequency and intensity) and on quality of life of climacteric women. Methods: Climacteric women (N=28), aged between 47–62 years, with at least five episodes of vasomotor symptoms per day were recruited from a specialized outpatient clinic at a tertiary hospital in the south of Brazil and through a media call after inclusion and exclusion criteria were ensured. Placebo (n=14) and Sulpiride 50mg/day (n=14) were administrated during all trial period. The number and intensity records of hot flushes were evaluated for 1 week before and along 8 weeks after the intervention. The 36-item version Women’s Health Questionnaire (WHQ) was applied to assess the quality of life. Results: The frequencies and the intensities of hot flushes /day happened in a similar way in both groups, with an observed reduction of both parameters during the weekly follow up after the Sulpiride intervention (p=0.019 and p=0.009, respectively). Regarding women’s quality of life, Sulpiride 50mg/day reduced sleep problems scores after 8 weeks of treatment, when compared to placebo group (p=0.017. Conclusions: Our results suggest that the Sulpiride 50mg/day treatment showed significant trends on reducing climacteric vasomotor symptoms, justifying replication and further studies addressing the possible mechanisms by which Sulpiride could safely reduce hot flushes.
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Associação entre o nível de escolaridade e a idade da menopausa: uma revisão sistemática / Association between educational level and age menopause: a systematic review

Felipe Simões Canavez 27 June 2007 (has links)
O século XX foi marcado por significativa transformação social, que se refletiu em rápido aumento da expectativa de vida da população mundial. Nesse contexto, é cada vez mais significativa a parcela de mulheres que atingem a menopausa. Doenças cardiovasculares, que representam a principal causa de morte entre os adultos, e a osteoporose, apresentam uma relação nítida com a antecipação da menopausa, isto é, aquela que ocorre abaixo da média esperada para uma população. As pesquisas na área, antes praticamente relacionadas ao tratamento dos efeitos causados pelo climatério, se voltam cada vez mais para entender como os hábitos ou estilos de vida podem influenciar a fisiologia ovariana e, conseqüentemente, alterar o momento da menopausa. A relação com alguns destes hábitos, como o fumo, já apresenta forte embasamento na literatura. Entretanto, a correlação com o nível socioeconômico, seja pelas dificuldades de se medir adequadamente esse constructo, ou talvez pela quantidade insuficiente de trabalhos de qualidade, não se apresenta de forma tão evidente. O nível de escolaridade, considerado um dos melhores indicadores do nível socioeconômico, tanto pela maior facilidade de obtenção da informação, como pelo já demonstrado grau de associação com diversos desfechos em saúde, foi avaliado nesta revisão sistemática como fator de exposição para a antecipação da idade da menopausa. Este trabalho se alinha com a crescente tendência de se entender como os determinantes sociais podem influenciar nos desfechos em saúde, e de se buscar estratégias eficazes em prol da diminuição das desigualdades em saúde. A estratégia de busca eletrônica foi desenvolvida de forma específica para as diferentes bases (MEDLINE [PubMed] e LILACS) e através de consulta a referências cruzadas. Somente foram incluídos estudos observacionais pela natureza da questão, já que não seria possível, neste caso, a realização de estudos experimentais. Após a identificação inicial de 776 artigos, 40 deles foram selecionados para apreciação do texto completo. No final, esta revisão sistemática englobou 30 artigos, relatando resultados de 32 estudos. Como resultado, verificou-se que estudos que não demonstram associação significativa do nível de educação com a idade da menopausa formaram a maioria da amostra. A forma como nível de escolaridade foi medida e a metodologia para comparação entre os estratos se mostraram largamente heterogêneas. Não se encontraram evidências inequívocas sobre a existência de associação entre o nível de escolaridade e a idade da menopausa através desta revisão. / The 20th century was marked by significant social changes that reflected on a fast increase of life expectancy of the worldwide population. In this context, the portion of women that attain menopause is increasingly more significant. Cardiovascular diseases, that represent the main cause of death among adults, and osteoporosis, present a clear relation with the anticipation of menopause, that is, that one that occurs below the expected average to a certain population. Initially, studies in this area were practically restricted to treatment of effects caused by the climateric period. Currently, they are more and more concerned to understand how habits or life styles can influence the ovarian physiology and, consequently, how they can alter the age at menopause. Association with some of these habits, such as smoking tobacco, already presents a strong foundation in the literature. However, the correlation with socioeconomic level, maybe due to difficulties concerning how to measure this concept properly or to the insufficient amount of qualified papers, is not so clearly presented. Educational level, considered as one of the best socioeconomic indicators, both due to the greater facility to obtain information and already the demonstrated degree of association with several outcomes in health, was evaluated in this systematic review as an exposure factor to the anticipation of the age at menopause. This work is lined up an increasing tendency to understand how social determinants can influence health outcomes and how effective strategies could be built to decrease health inequalities. The strategy of electronic search was developed in a specific way to different basis considered (Medline [PubMed] and Lilacs) and complemented with cross-reference search. Only observational studies were included by the nature of the question, since it would not be possible, in this case, to perform experimental studies. After initial identification of 776 articles, in which 40 out of them were selected for evaluation of the complete text. In the end, our systematic review included 30 articles, giving an account of 32 studies. As a result of the review, it was noticed that studies not showing a significant association between educational level and the age at menopause formed the most part of the sample. The way by which the educational level was measured as well as the methods used for comparing strata, were largely heterogeneous, This review did not find strong evidences about the existence of an association between educational level and age at menopause.
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Fumar antecipa a menopausa ? Evidências do Estudo Pró-Saúde / Smoking anticipates menopause? Evidence of Pro-Saúde Study

Paula de Holanda Mendes 12 January 2009 (has links)
A menopausa é definida pelo momento em que a menstruação cessa permanentemente como conseqüência da falência ovariana. Uma vez estabelecida, há um aumento no risco de doença coronariana, doença de Alzheimer, osteoporose e fraturas e sua antecipação está relacionada a maiores índices de mortalidade. Com o envelhecimento geral da população mundial, as mulheres passaram a viver de um terço a metade de suas vidas no período pós-menopáusico e, conseqüentemente, a pesquisa de condições associadas à menopausa ganham importância. A idade da menopausa e os fatores que a influenciam variam entre os diversos estudos e poucos estudos brasileiros abordam o tema. O fumo tem sido associado à Antecipação da idade da menopausa. O objetivo deste estudo é analisar as diversas dimensões de associação entre o fumo e a idade da menopausa, levando em consideração possíveis relações de dose-resposta. Com base em dados do Estudo Pró-Saúde, foi realizado um estudo seccional utilizando-se para a análise o modelo de sobrevida paramétrico de riscos proporcionais com distribuição de Weibull. Os resultados apontam para uma redução em 32% do risco de menopausa entre fumantes ativas, que a alcançam 2,5 anos mais tarde que nunca fumantes, ajustando-se para escolaridade e paridade. Entre fumantes ativas, no entanto, foram sugeridos aumentos de risco de 123% e 192% para fumantes de 10 a 20 cigarros por dia e de mais de 20 maços-ano respectivamente, quando comparadas às fumantes de menos de 10 cigarros por dia e menos de 10 maços-ano. Nesses grupos, a menopausa foi antecipada em 3,3 anos e 4,4 anos, respectivamente. Em relação ao tempo decorrido entre cessar o tabagismo e a idade menopausa, duração do fumo ou idade de início, não foram encontradas associações. Neste estudo, em possíveis efeitos de dose-resposta, o fumo apresenta-se como fator associado à antecipação da idade da menopausa em alguns aspectos, embora não em outros. / The definition of menopause is the moment when the ovarian function stops definitively. Once occurred, there is an increased risk of cardiovascular disease, Alzheimer disease, osteoporosis and bone fractures. When anticipated, menopause is related with higher risk of all-cause mortality and several serious illnesses. Because of the increasing population life expectancy, women may spend between one third to one half of their lives after menopause, and thats why postmenopausal health condition studies are important. There are many studies of factors that influence the age at menopause which have many different results and few of them are Brazilian ones. Smoking has been associated with earlier menopausal age. This studys aims are to analyses different aspects of the associations between smoking and the age of menopause, considering possible effects of smoking dose. The Pró-Saúde study data base was utilized with sectional analyses and a parametric proportional hazard survival regression model with a Weibull distribution. Our results point to a reduction of the menopause risk related to current smoking about 32% with active smokers achieving menopause 2,5 years latter than nonsmokers, adjusted to education and parity. However among current smokers, this study suggests a higher risk of 132% and 192% to those women who smoke about 10 to 20 cigarettes a day and those who smoke more than 20 pack-years, respectively, compared to those smokers of less than 10 cigarettes a day and less than 10 pack-years. Those groups achieved menopause 3.3 and 4.4 years earlier than controls, respectively. There was no evidence of association relating age at menopause with age at start smoking, time since stopped smoking or smoking duration. In this study, considering possible dose-response effects, smoking is shown as a factor related to anticipation of menopausal age in some aspects, although not in others.
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Síndrome metabólica em mulheres na pós-menopausa tratadas de câncer de mama

Buttros, Daniel de Araújo Brito [UNESP] 24 February 2012 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:26:18Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2012-02-24Bitstream added on 2014-06-13T19:33:58Z : No. of bitstreams: 1 buttros_dab_me_botfm.pdf: 3554053 bytes, checksum: 32ce78bf9c93ed276bbb11b35bcb75ab (MD5) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Avaliar o risco de síndrome metabólica (SM) em mulheres na pós-menopausa tratadas de câncer de mama, comparadas às mulheres na pós-menopausa sem câncer de mama. Realizou-se estudo clínico, analítico e transversal, com 104 mulheres tratadas de câncer de mama comparadas a 208 mulheres na pós-menopausa (controle), atendidas em Hospital Universitário. Foram incluídas no grupo de estudo mulheres com amenorréia >12 meses e idade ≥45 anos, tratadas de câncer de mama e livre de doença há pelo menos cinco anos. O grupo controle foi constituído de mulheres com amenorréia >12 meses e idade ≥45 anos sem câncer de mama, pareadas pela idade, na proporção 1:2. Por meio de entrevista foram coletados dados clínicos e antropométricos. Na análise bioquímica foram solicitadas dosagens de colesterol total (CT), HDL, LDL, triglicerídeos (TG), glicemia e proteína C-reativa (PCR). Foram consideradas com SM as mulheres que apresentaram três ou mais critérios diagnósticos: circunferência da cintura (CC) > 88 cm; TG ≥ 150 mg/dL; HDL colesterol < 50 mg/dL; pressão arterial ≥ 130/85 mmHg; glicemia de jejum ≥ 100 mg/dL. Para análise estatística foram empregados o teste t-student, o teste do Qui-Quadrado e a regressão logística (odds ratio-OR). A média de idade da pacientes tratadas de câncer de mama foi de 60,6 ± 8,6 anos com tempo médio de seguimento de 9,4 ± 4,4 anos. Maior porcentagem de pacientes tratadas de câncer de mama (46,2%) era obesa quando comparadas ao controle (32,7%) (p<0,05). E menor porcentagem de mulheres tratadas de câncer apresentou valores considerados ótimos de LDL, glicemia e PCR quando comparadas ao controle (p<0,05). A SM foi diagnosticada em 50% das mulheres tratadas de câncer de mama e 37,5% no grupo controle (p<0,05). Entre os critérios... / To assess the risk of metabolic syndrome (MetS) in postmenopausal women breast cancer survivors compared to postmenopausal women without breast cancer. In this cross-sectional study, 104 women breast cancer survivors were compared with 208 postmenopausal women (control), seeking healthcare at a University Hospital. Eligibility criteria included women with amenorrhea > 12 months and age ≥ 45 years, treated for breast cancer and no recorrences for at least five years. The control group consisted of women with amenorrhea >12 months and age ≥ 45 years without breast cancer matched by age, in proportion 1:2. Dates on clinical antecedents and anthropometric indicators were collected. The biochemical parameters, including total cholesterol, HDL, LDL, triglycerides, glucose and C-reactive protein (CRP), were measured. MetS was diagnosed as the presence of at least three components among: waist circumference (WC) >88cm, blood pressure ≥130/85mmHg, triglycerides ≥150mg/dl, HDL <50mg/dl and glucose ≥100mg/dl. For statistical analysis were used: Student t-test, Chi-square test, and logistic regression method (odds ratio-OR). The mean age of women breast cancer survivors was 60.6 ± 8.6 years with a mean follow-up of 9.4 ± 4.4 years. A higher percentage of women breast cancer survivors (46.2%) were obese compared to control (32.7%) (p <0.05). And a smaller percentage of women breast cancer survivors had optimal values of LDL, glucose and CRP compared to controls (p <0.05). MetS was diagnosed in 50% of women breast cancer survivors and 37.5% in the control group (p <0.05). The most prevalent diagnostic criteria of MetS was abdominal obesity (WC> 88 cm) affecting 62.5% of women breast cancer survivors and 67.8% of control group. Women breast cancer survivors had a higher risk for metabolic syndrome... (Complete abstract click electronic access below)
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Investigação do consumo alimentar e dos indicadores da composição corporal das mulheres na pós-menopausa

Tardivo, Ana Paula [UNESP] 28 February 2008 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:26:18Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2008-02-28Bitstream added on 2014-06-13T20:07:35Z : No. of bitstreams: 1 tardivo_ap_me_botfm.pdf: 1077694 bytes, checksum: 57e3978e7fcac10ecc9d0405496b1af5 (MD5) / Investigar o consumo alimentar e os indicadores da composição corporal de mulheres na pós-menopausa. Métodos: Trata-se de estudo clínico, transversal, com amostra de conveniência composta por 173 mulheres na pós-menopausa, seguidas no Ambulatório de Climatério e Menopausa do Hospital das Clínicas-Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP no período de junho de 2005 a junho de 2006. Foram incluídas no estudo mulheres com data da última menstruação há pelo menos 12 meses, usuárias e não usuárias de terapia hormonal (TH). Os hábitos alimentares foram avaliados por meio do recordatório de 24 horas e pelo Índice de Alimentação Saudável (IAS). Para avaliação antropométrica foram obtidos peso, estatura, índice de massa corpórea (IMC=peso/altura2), circunferência abdominal (CA), relação cintura-quadril (RCQ), gordura corporal (%GC) e massa magra (%MM). Foram mensurados colesterol total, HDL, LDL, triglicerídios e glicemia. Na análise estatística utilizou-se o teste t de Student e a Correlação de Pearson. Resultados: A média de idade foi de 54±7,6 anos. O sobrepeso e a obesidade estiveram presentes em 76% das participantes. De acordo com o IAS, 91% das mulheres apresentaram alimentação de má qualidade. O consumo de proteínas e carboidratos estava adequado, entretanto, a qualidade de lipídios ingerida foi inadequada, com gorduras saturadas acima de 7% e poliinsaturadas acima de 10%. Somente 9% das participantes tiveram consumo adequado de cálcio e 7% de ferro. Pela medida da RCQ, o risco para a doença cardiovascular foi considerado alto Resumo em 39% e muito alto 36% das mulheres. Cerca de 89% das mulheres apresentaram CA elevada (>80 cm) contribuindo para complicações metabólicas. Os valores médios de colesterol total, LDL e triglicerídios estavam acima do recomendável em 46%, 55% e 79% das mulheres, respectivamente, com HDL baixo em 55%. / To investigate the food consumption and indicators of body composition in post-menopausal women. Methods: This cross-sectional, clinical study was undertaken in a convenience sample consisting of 173 were at menopause and registered, as well as followed up, at the Menopause and Climacterium Outpatient Clinic of Botucatu Medical School Hospital- São Paulo State University/UNESP between June/2005 and June/2006. All women without menstruation for at least 12 months, users and non-users of hormone therapy (HT), were included in the study. The food consumption was assessed by the 24h-record food inquiry and the healthy eating index (HEI). The anthropometric indicators included: weight, height, body mass index (BMI= weight/height2), abdominal circumference (AC), waist/hip ratio (WHR), body fat (%BF) and lean mass (%LM). Data on total cholesterol, HDL, LDL, triglycerides and glycemia were also collected. The nonparametric t test of Student and Pearson’s correlation were used in the statistical analysis. Results: Mean age was 54 years ± 7.6. Overweight and obesity were observed in 76% of the patients. Based on the HEI values obtained, diet quality was poor in 91% of the cases. Protein and carbohydrate intakes were adequate, but the quality of the lipids consumed was inadequate in relation to saturated fat >7% and polyunsaturated fat > 10%. Calcium and iron intakes were adequate in only 9% and 7% of the cases, respectively. The risk of cardiovascular disease, as determined by the waist/hip ratio, was considered high in 39% and very high in 36% of the women. Abdominal circumference was Summary elevated (> 80 cm) in 89% of the patients, which contributed for the occurrence of metabolic complications.
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Influência dos níveis plasmáticos de estrógeno na resposta ao tratamento periodontal relacionado à causa em mulheres na fase de menopausa

Traverso Martínez, Aurora Esmeralda [UNESP] 16 February 2005 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:33:28Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2005-02-16Bitstream added on 2014-06-13T20:45:00Z : No. of bitstreams: 1 traversomartinez_ae_dr_arafo.pdf: 265959 bytes, checksum: 4d4ed4b0dacd2d55f96b02084a0d8a78 (MD5) / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / O estudo teve como objetivo avaliar em mulheres menopáusicas, com e sem reposição hormonal, possíveis diferenças na resposta inicial ao tratamento periodontal básico, assim como determinar se a reposição hormonal com estrógeno influencia na estabilidade das condições clínicas periodontais após tratamento periodontal e terapia de manutenção. Foram selecionadas 38 mulheres na fase da menopausa com periodontites crônica, sendo divididas em dois grupos segundo seus níveis plasmáticos de estrógeno: 18 mulheres no grupo estrógeno-suficiente (>40 pg/ml) e 20 mulheres no grupo estrógeno-deficiente (<30 pg/ml). Todas as pacientes fizeram exame de sangue para avaliar os níveis plasmáticos de 17-beta estradiol, no início e no final do estudo, também foi feito o exame dos níveis de FSH só no início do estudo, para comprovação da menopausa. Os parâmetros clínicos de avaliação foram: índice de placa visível, índice de sangramento marginal, sangramento à sondagem, profundidade de sondagem e nível de inserção clínico. Um operador calibrado (Kappa 0.711) e cego para os grupos experimentais realizou todas as avaliações. Todos os parâmetros clínicos foram avaliados em 6 momentos: inicial, reavaliação (após 40 dias do tratamento básico), avaliações sucessivas a cada 3, 6 , 9, e 12 meses do final do tratamento. O tratamento periodontal básico foi realizado por dois pesquisadores segundo a necessidade individual de cada paciente. O grupo estrógeno-suficiente apresentou maior proporção de sítios com placa visível em todos os períodos de avaliação. Após sessão inicial houve reduções significativas dos níveis de placa visível tanto para o grupo estrógeno-deficiente como para o grupo estrógeno-suficiente. Em relação ao sangramento (marginal e a sondagem) ambos os grupos apresentaram uma tendência de redução dos níveis de sangramento... . / The aim of the present study was investigated if estrogen replacement therapy influences the response to the active periodontal therapy (scaling and root planning), or stability of clinical periodontal conditions in women during menopause. Thirty-eight menopausal women with chronic periodontitis were recruited and divided in two groups according serum estrogen levels: 1) estrogen-sufficient (> 40 pg/ml, n = 18) or 2) estrogen-deficient (< 30 pg/ml, n = 20). At the beginning and at the end of the study the women suffer blood exam to evaluate the serum levels of 17-ß-estradiol, and at the beginning of the study the FSH levels was examined to prove the menopausal period. Clinical measurements for evaluation were: visible plaque, marginal bleeding, bleeding on probing, probing depths and clinical attachment level. An examiner (Kappa 0.711), blind to the experimental groups, made the evaluations. Clinical measurements were taken in 6 times: initial, reevaluation (40 days after the basic treatment) and successive evaluations in each 3, 6, 9 and 12 months from the final treatment. The active periodontal therapy was made for two researchers according to the individual needs of each patient. The estrogen-sufficient group presented bigger proportions of supragingival plaque in all periods of evaluation. After the first section there was significant reduction of supragingival plaque for both estrogen-sufficient and estrogen-deficient groups. Concern about the bleeding (marginal or on probing) both groups presented a tendency to reductions on bleeding levels after the periodontal treatment, however the estrogen-deficient group presented greater percentiles of visible plaque sites in all periods after initial evaluation. The clinical attachment level was different between the groups... (Complete abstract, click electronic address below).
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Cognitive Changes Across the Menopause Transition: A Longitudinal Evaluation of the Impact of Age and Ovarian Status on Spatial Memory

January 2015 (has links)
abstract: Aging and the menopause transition are both intricately linked to cognitive changes during mid-life and beyond. Clinical literature suggests the age at menopause onset can differentially impact cognitive status later in life. Yet, little is known about the relationship between behavioral and brain changes that occur during the transitional stage into the post-menopausal state. Much of the pre-clinical work evaluating an animal model of menopause involves ovariectomy in rodents; however, ovariectomy results in an abrupt loss of circulating hormones and ovarian tissue, limiting the ability to evaluate gradual follicular depletion. The 4-vinylcyclohexene diepoxide (VCD) model simulates transitional menopause in rodents by selectively depleting the immature ovarian follicle reserve and allowing animals to retain their follicle-deplete ovarian tissue, resulting in a profile similar to the majority of menopausal women. Here, Vehicle or VCD treatment was administered to ovary-intact adult and middle-aged Fischer-344 rats to assess the cognitive effects of transitional menopause via VCD-induced follicular depletion over time, as well as to understand potential interactions with age, with VCD treatment beginning at either six or twelve months of age. Results indicated that subjects that experience menopause onset at a younger age had impaired spatial working memory early in the transition to a follicle-deplete state. Moreover, in the mid- and post- menopause time points, VCD-induced follicular depletion amplified an age effect, whereby Middle-Aged VCD-treated animals had poorer spatial working and reference memory performance than Young VCD-treated animals. Correlations suggested that in middle age, animals with higher circulating estrogen levels tended to perform better on spatial memory tasks. Overall, these findings suggest that the age at menopause onset is a critical parameter to consider when evaluating learning and memory across the transition to reproductive senescence. From a translational perspective, this study informs the field with respect to how the age at menopause onset might impact cognition in menopausal women, as well as provides insight into time points to explore for the window of opportunity for hormone therapy during the menopause transition to attenuate age- and menopause- related cognitive decline, and produce healthy brain aging profiles in women who retain their ovaries throughout the lifespan. / Dissertation/Thesis / Masters Thesis Psychology 2015
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Associação entre o nível de escolaridade e a idade da menopausa: uma revisão sistemática / Association between educational level and age menopause: a systematic review

Felipe Simões Canavez 27 June 2007 (has links)
O século XX foi marcado por significativa transformação social, que se refletiu em rápido aumento da expectativa de vida da população mundial. Nesse contexto, é cada vez mais significativa a parcela de mulheres que atingem a menopausa. Doenças cardiovasculares, que representam a principal causa de morte entre os adultos, e a osteoporose, apresentam uma relação nítida com a antecipação da menopausa, isto é, aquela que ocorre abaixo da média esperada para uma população. As pesquisas na área, antes praticamente relacionadas ao tratamento dos efeitos causados pelo climatério, se voltam cada vez mais para entender como os hábitos ou estilos de vida podem influenciar a fisiologia ovariana e, conseqüentemente, alterar o momento da menopausa. A relação com alguns destes hábitos, como o fumo, já apresenta forte embasamento na literatura. Entretanto, a correlação com o nível socioeconômico, seja pelas dificuldades de se medir adequadamente esse constructo, ou talvez pela quantidade insuficiente de trabalhos de qualidade, não se apresenta de forma tão evidente. O nível de escolaridade, considerado um dos melhores indicadores do nível socioeconômico, tanto pela maior facilidade de obtenção da informação, como pelo já demonstrado grau de associação com diversos desfechos em saúde, foi avaliado nesta revisão sistemática como fator de exposição para a antecipação da idade da menopausa. Este trabalho se alinha com a crescente tendência de se entender como os determinantes sociais podem influenciar nos desfechos em saúde, e de se buscar estratégias eficazes em prol da diminuição das desigualdades em saúde. A estratégia de busca eletrônica foi desenvolvida de forma específica para as diferentes bases (MEDLINE [PubMed] e LILACS) e através de consulta a referências cruzadas. Somente foram incluídos estudos observacionais pela natureza da questão, já que não seria possível, neste caso, a realização de estudos experimentais. Após a identificação inicial de 776 artigos, 40 deles foram selecionados para apreciação do texto completo. No final, esta revisão sistemática englobou 30 artigos, relatando resultados de 32 estudos. Como resultado, verificou-se que estudos que não demonstram associação significativa do nível de educação com a idade da menopausa formaram a maioria da amostra. A forma como nível de escolaridade foi medida e a metodologia para comparação entre os estratos se mostraram largamente heterogêneas. Não se encontraram evidências inequívocas sobre a existência de associação entre o nível de escolaridade e a idade da menopausa através desta revisão. / The 20th century was marked by significant social changes that reflected on a fast increase of life expectancy of the worldwide population. In this context, the portion of women that attain menopause is increasingly more significant. Cardiovascular diseases, that represent the main cause of death among adults, and osteoporosis, present a clear relation with the anticipation of menopause, that is, that one that occurs below the expected average to a certain population. Initially, studies in this area were practically restricted to treatment of effects caused by the climateric period. Currently, they are more and more concerned to understand how habits or life styles can influence the ovarian physiology and, consequently, how they can alter the age at menopause. Association with some of these habits, such as smoking tobacco, already presents a strong foundation in the literature. However, the correlation with socioeconomic level, maybe due to difficulties concerning how to measure this concept properly or to the insufficient amount of qualified papers, is not so clearly presented. Educational level, considered as one of the best socioeconomic indicators, both due to the greater facility to obtain information and already the demonstrated degree of association with several outcomes in health, was evaluated in this systematic review as an exposure factor to the anticipation of the age at menopause. This work is lined up an increasing tendency to understand how social determinants can influence health outcomes and how effective strategies could be built to decrease health inequalities. The strategy of electronic search was developed in a specific way to different basis considered (Medline [PubMed] and Lilacs) and complemented with cross-reference search. Only observational studies were included by the nature of the question, since it would not be possible, in this case, to perform experimental studies. After initial identification of 776 articles, in which 40 out of them were selected for evaluation of the complete text. In the end, our systematic review included 30 articles, giving an account of 32 studies. As a result of the review, it was noticed that studies not showing a significant association between educational level and the age at menopause formed the most part of the sample. The way by which the educational level was measured as well as the methods used for comparing strata, were largely heterogeneous, This review did not find strong evidences about the existence of an association between educational level and age at menopause.
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Fumar antecipa a menopausa ? Evidências do Estudo Pró-Saúde / Smoking anticipates menopause? Evidence of Pro-Saúde Study

Paula de Holanda Mendes 12 January 2009 (has links)
A menopausa é definida pelo momento em que a menstruação cessa permanentemente como conseqüência da falência ovariana. Uma vez estabelecida, há um aumento no risco de doença coronariana, doença de Alzheimer, osteoporose e fraturas e sua antecipação está relacionada a maiores índices de mortalidade. Com o envelhecimento geral da população mundial, as mulheres passaram a viver de um terço a metade de suas vidas no período pós-menopáusico e, conseqüentemente, a pesquisa de condições associadas à menopausa ganham importância. A idade da menopausa e os fatores que a influenciam variam entre os diversos estudos e poucos estudos brasileiros abordam o tema. O fumo tem sido associado à Antecipação da idade da menopausa. O objetivo deste estudo é analisar as diversas dimensões de associação entre o fumo e a idade da menopausa, levando em consideração possíveis relações de dose-resposta. Com base em dados do Estudo Pró-Saúde, foi realizado um estudo seccional utilizando-se para a análise o modelo de sobrevida paramétrico de riscos proporcionais com distribuição de Weibull. Os resultados apontam para uma redução em 32% do risco de menopausa entre fumantes ativas, que a alcançam 2,5 anos mais tarde que nunca fumantes, ajustando-se para escolaridade e paridade. Entre fumantes ativas, no entanto, foram sugeridos aumentos de risco de 123% e 192% para fumantes de 10 a 20 cigarros por dia e de mais de 20 maços-ano respectivamente, quando comparadas às fumantes de menos de 10 cigarros por dia e menos de 10 maços-ano. Nesses grupos, a menopausa foi antecipada em 3,3 anos e 4,4 anos, respectivamente. Em relação ao tempo decorrido entre cessar o tabagismo e a idade menopausa, duração do fumo ou idade de início, não foram encontradas associações. Neste estudo, em possíveis efeitos de dose-resposta, o fumo apresenta-se como fator associado à antecipação da idade da menopausa em alguns aspectos, embora não em outros. / The definition of menopause is the moment when the ovarian function stops definitively. Once occurred, there is an increased risk of cardiovascular disease, Alzheimer disease, osteoporosis and bone fractures. When anticipated, menopause is related with higher risk of all-cause mortality and several serious illnesses. Because of the increasing population life expectancy, women may spend between one third to one half of their lives after menopause, and thats why postmenopausal health condition studies are important. There are many studies of factors that influence the age at menopause which have many different results and few of them are Brazilian ones. Smoking has been associated with earlier menopausal age. This studys aims are to analyses different aspects of the associations between smoking and the age of menopause, considering possible effects of smoking dose. The Pró-Saúde study data base was utilized with sectional analyses and a parametric proportional hazard survival regression model with a Weibull distribution. Our results point to a reduction of the menopause risk related to current smoking about 32% with active smokers achieving menopause 2,5 years latter than nonsmokers, adjusted to education and parity. However among current smokers, this study suggests a higher risk of 132% and 192% to those women who smoke about 10 to 20 cigarettes a day and those who smoke more than 20 pack-years, respectively, compared to those smokers of less than 10 cigarettes a day and less than 10 pack-years. Those groups achieved menopause 3.3 and 4.4 years earlier than controls, respectively. There was no evidence of association relating age at menopause with age at start smoking, time since stopped smoking or smoking duration. In this study, considering possible dose-response effects, smoking is shown as a factor related to anticipation of menopausal age in some aspects, although not in others.

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