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Pythium insidiosum: avaliação de imunoterápicos para eqüinos, utilizando-se coelhos como modelo experimental.

Santúrio, Jânio Morais January 2004 (has links)
A pitiose é uma doença granulomatosa, tendo como agente etiológico Pythium insidiosum De Cock, 1987, que atinge eqüinos, provocando quadro infeccioso na pele e tecido subcutâneo , caninos com apresentação gastrintestinal e cutânea , bovinos com doença cutânea , felinos e humanos, com quadro clinico de arterite, queratite e celulite periorbital. Esta enfermidade é mais prevalente em áreas tropicais, subtropicais ou temperadas. Também animais silvestres podem se infectar pela doença. O gênero Pythium pertence ao Reino Stramenopila, Filo Oomycota, cujos membros caracterizam-se por produção de zoósporos biflagelados durante a reprodução assexuada. O desenvolvimento de pitiose experimental nas espécies naturalmente infectadas não foi ainda relatado, mas os coelhos são sensíveis à inoculação de zoósporos e podem ser usados como modelo experimental para estudo da pitiose. Este trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência de 3 processos de produção de imunoterápicos contra pitiose, produzidos a partir do cultivo e posterior maceração ou sonicação, em coelhos infectados experimentalmente com 17.500 zoósporos do oomiceto Pythium insidiosum (cepa CBS 101555). Todos os coelhos foram inoculados com zoósporos 1 mês antes da aplicação dos imunoterápicos. Para avaliação dos imunoterápicos, os coelhos que desenvolveram lesões foram divididos em 4 grupos de 5 animais: Grupo 1 – Tratado com placebo; grupo 2 – tratado com o imunoterápico sonicado; grupo 3 – tratado com o imunoterápico misto e o grupo 4 - Imunoterápico macerado mecanicamente. Todos os animais receberam 8 doses do imonoterápico ou placebo com intervalos de 14 dias. Um mês após a inoculação dos zoósporos móveis, foram iniciadas as medições das áreas inoculadas. Os resultados indicaram que o imunoterápico macerado, utilizado no grupo 4, foi estatisticamente (P<0.001) mais eficiente que os demais, diminuindo em até 71,8% a área dos nódulos provocados pelo Pythium insidiosum, após 26 semanas de avaliação. Neste período 2 coelhos deste grupo foram curados. Os animais do Grupo 2 que receberam o imunoterápico sonicado, não mostraram nenhuma reação, detectando-se aumento de até 221% no tamanho das lesões. Nos coelhos do grupo 3, imunoterápico misto, houve aumento das lesões em 50%. A provável causa deste insucesso com o grupo 2, está na desnaturação dos antígenos protetores através dos processos de sonicação. Os dados gerados nesta tese podem inferir que, futuramente, novas perspectivas se abrem para o estudo da pitiose e seu controle.
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Pesquisa sorológica de Aspergillus fumigatus e cultivo fúngico de amostras obtidas de cães com descarga nasal. / Serological analysis of Aspergillus fumigatus and fungal culture from dogs with nasal discharge

Ferreira, Rafael Rodrigues January 2008 (has links)
Aspergilose é a doença fúngica mais comum em cães com alterações clínicas nasais e Aspergillus fumigatus é a espécie mais encontrada em animais com envolvimento primário do trato respiratório superior. Por serem agentes cosmopolitas, diversas espécies de Aspergillus estão freqüentemente presentes na biota anemófila e, portanto, estão também comumente presentes no trato respiratório superior de cães sadios. Devido a isto, resultados positivos no exame de cultivo não são suficientes para firmar o diagnóstico de aspergilose nasal. Já o exame sorológico, serve de bom suporte ao clínico para o diagnóstico de aspergilose nasal canina, principalmente com o emprego da técnica de eletrosinerese, a qual apresenta alta sensibilidade e especificidade. Apesar da aspergilose nasal canina ser relatada com relativa freqüência em diversos países, a literatura veterinária brasileira não registra a ocorrência desta doença. Esta situação sugere que a mesma não está sendo colocada como casuística diferencial no diagnóstico das prováveis moléstias de cães portadores de descarga nasal em âmbito nacional. Os objetivos principais deste trabalho foram a pesquisa de anticorpos circulantes anti-Aspergillus fumigatus através do teste sorológico de eletrosinerese e o cultivo fúngico de amostras obtidas de 83 cães com descarga nasal, atendidos no Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no período de agosto de 2006 a julho de 2007. O objetivo secundário foi verificar uma possível concordância entre os resultados obtidos por estas duas técnicas laboratoriais. Doze cães (14,4%) tiveram resultados positivos no teste sorológico de eletrosinerese. Não houve nenhuma associação significativa entre a variável sorologia (positiva e negativa) com as demais variáveis (raça, sexo, conformação craniana e faixa etária). Quatorze gêneros foram isolados no cultivo fúngico. Não houve concordância entre os exames sorológico e cultivo, posto que dos 12/83 animais que tiveram exame sorológico positivo, apenas 2/12 (16,6%) cães tiveram cultivo fúngico positivo para Aspergillus fumigatus. Cultivo fúngico realizado a partir de amostras colhidas por swab direto da descarga nasal deve ser analisado com cautela para se estabelecer o diagnóstico de aspergilose nasal canina. A partir dos resultados obtidos neste trabalho e dos relatos encontrados em vários outros países, pode-se concluir que a doença provavelmente não seja rara no Brasil, e que os clínicos veterinários deveriam incluir esta entidade nosológica como casuística potencial no diagnóstico diferencial das doenças do trato respiratório superior de cães, o que certamente possibilitará estudos comparativos (clínicos e epidemiológicos) de dados obtidos de diversas regiões do Brasil. / Aspergillosis is the most common fungal disease in dogs with nasal disorders and Aspergillus fumigatus is the most often specie found in animals with primary involvement of the upper respiratory tract. As cosmopolitans agents, diverse species of Aspergillus are frequently found in the anemophilous biota, therefore, it is also found in the upper respiratory tract of healthy dogs. Due this, fungal culture positive results are not sufficient to confirm nasal aspergillosis in dogs. Nevertheless, serological tests can serve as a good support to the clinicians for the diagnosis of canine nasal aspergillosis, specially with electrosyneresis technique, which presents high sensitivity and specificity. Despite canine nasal aspergillosis have been frequently described in different countries, in the Brazilian veterinary literature does not register any occurrence. This finding can suggest that nasal aspergillosis has not been included in the differential diagnosis of dogs with nasal discharge in this country. The main aims of this study were the search for the presence of anti-Aspergillus fumigatus circulating antibodies means electrosyneresis of technique and to obtain positive cultures of Aspergillus fumigatus from 83 dogs with nasal discharge, presented at the Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, from August, 2006 to July, 2007. Another purpose of this study was to observe whether a correlation could be established between the methods. Twelve dogs (14,4%) were identified as serological positive. No significant association was observed among the serological test (positive and negative) and dog’s features (breed, sex, head conformation and age). Fourteen fungi genus were isolated in cultures. There was no correlation between the serological test and the culture. Only 2 from a contingent of 12 dogs with positive serological test had simultaneous positives cultures to Aspergillus fumigatus. Cultures obtained from samples collected with swab from nasal discharge must be analyzed with caution to establish the diagnosis of canine nasal aspergillosis. Taken into account the herein presented results and looking into the results from reports elsewhere, we conclude that canine nasal aspergillosis probably is not rare in our environment, and veterinarians must include this entity in the differential diagnosis of dog´s upper respiratory tract disorders. The data generated by the present dissertation will undoubtedly contribute to further studies and for comparative trials about the frequency of the disease in dogs from other regions of Brazil.
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Caracterização morfológica e molecular de fungos micorrízicos de sete espécies de orquídeas neotropicais / Morphological and molecular characterization of mycorrhizal fungi from seven Neotropical orchid species

Pereira, Olinto Liparini 29 November 2001 (has links)
Submitted by Reginaldo Soares de Freitas (reginaldo.freitas@ufv.br) on 2017-07-26T18:03:53Z No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 899403 bytes, checksum: c823fcf0bff59d4a76305a21f7cf1ec6 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-07-26T18:03:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 899403 bytes, checksum: c823fcf0bff59d4a76305a21f7cf1ec6 (MD5) Previous issue date: 2001-11-29 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Sete fungos micorrízicos foram isolados de “pelotons” das orquídeas Epidendrum rigidum , Isochillus lineares , Maxillaria marginata , Oncidium flexuosum, Oncidium varicosum, Oceoclades maculata e Polystachia concreta. Todas essas orquídeas são nativas do Brasil, sendo O. maculata de habitat terrestre e as demais epífitas. Três isolados fúngicos foram classificados como Epulorhiza e quatro como Ceratorhiza, ambos pertencentes ao grupo Mycelia sterilia, basidiomicetos similares a Rhizoctonia. O fungo isolado de O. maculata foi classificado como sendo E. repens e os dois outros isolados classificados como Epulorhiza são idênticos entre si e diferenciaram-se das espécies já relatadas para esse gênero, podendo ser considerados como uma nova espécie. Dois isolados classificados como Ceratorhiza são idênticos e provavelmente pertencentes a uma mesma espécie, enquanto os outros dois diferem desses e também entre eles. Assim, esses isolados parecem pertencer a três espécies distintas de Ceratorhiza. Os agrupamentos efetuados após a caracterização morfológica e pelas técnicas moleculares de PCR-RFLP da região ITS do rDNA e de RAPD, foram condizentes. Este é o primeiro relato taxonômico da caracterização morfológica e molecular de fungos micorrízicos isolados de orquídeas brasileiras. / Seven mycorrhizal fungi were isolated from pelotons of the orchids Epidendrum rigidum, Isochillus lineares, Maxillaria marginata, Oncidium flexuosum, Oncidium varicosum, Oceoclades maculata and Polystachia concreta. All of these species are Brazilian native orchids. Only O. maculata is a terrestrial species while the others are all epiphytic. These isolates were morphologically classified as Epulorhiza or Ceratorhiza (Mycelia sterilia: anamorphic basidiomycetes) known as Rhizoctonia-like. The isolate from O. maculata was classified as E. repens and the two others isolates belonging to this genus were morphologically identical but distinct from known species of Epulorhiza, and are describing as representing a new species. Two isolates classified as Ceratorhiza are identical and may belong to the same species, while two others appear to belong to two different taxa. So, they can belong to three distinct species of Ceratorhiza. The results of PCR-RFLP from ITS region of rDNA and RAPD analysis are in accordance to the morphological taxonomy. This is the first report of the morphological and molecular characterization of mycorrhizal fungi isolated from Brazilian orchids.
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Malassezia spp. na pele de cães: frequência, densidade populacional, sinais clínicos, identificação molecular e atividade fosfolipásica

Machado, Mauro Luis da Silva January 2010 (has links)
Malassezia pachydermatis pode ser isolada da pele de cães saudáveis e daqueles com dermatites, porém, os critérios para o diagnóstico da malasseziose cutânea ainda não estão padronizados e a intensidade das lesões de pele entre portadores ou não dessas leveduras nunca foi investigada. O mecanismo que promove a mudança de status de organismo comensal para patógeno, também, ainda não está totalmente elucidado, embora fatores como diversidade genética e atividade enzimática sejam citados como possíveis causas. A presença de outras espécies de Malassezia na pele de cães já foi relatada, porém sem confirmação molecular. Este estudo objetivou identificar e quantificar a presença de Malassezia na pele de cães com e sem dermatopatias; avaliar a possível associação entre a presença e a quantidade destas leveduras na pele de cães dermatopatas e o grau de intensidade das lesões cutâneas; identificar os isolados por PCR-REA; identificar genótipos e subtipos genéticos de M. pachydermatis através do sequenciamento parcial do gene chs-2, e das regiões LSU e ITS-1 do rDNA, e avaliar sua possível associação com graus de comprometimento cutâneo e atividade fosfolipásica. Amostras para citologia e cultivo fúngico foram obtidas de 297 cães (180 saudáveis e 117 com lesões de pele), dentre os quais 28 (15,6%) dos animais saudáveis e 62 (52,9%) daqueles com dermatite foram isoladas colônias de Malassezia spp. (P 0,001). O cultivo fúngico apresentou maior sensibilidade para a detecção de leveduras na pele do que a citologia. A avaliação do grau de intensidade das lesões de pele nos cães com dermatite revelou que animais positivos e com maior densidade populacional de Malassezia spp. apresentaram maior grau de comprometimento cutâneo. A análise por PCR-REA identificou M. pachydermatis em 100% dos isolados de cães saudáveis e em 98,4% daqueles com dermatites. Em somente um cão com dermatite foi identificada M. furfur. Cento e sessenta e oito isolados de M. pachydermatis de 56 cães (28 saudáveis e 28 com dermatites – três isolados de cada animal) foram analisados por sequenciamento parcial do gene chs-2, e das regiões LSU e ITS-1 do rDNA. Foram identificados os genótipos e subtipos classificados como “A” e “C”. As diferenças de genótipos ou subtipos não foram significativas entre cães saudáveis e com dermatites, nem com a atividade fosfolipásica ou com grau de intensidade das lesões de pele nos cães com dermatite. O número de isolados de M. pachydermatis produtores de fosfolipase foi estatisticamente significante nos animais com dermatite. / Malassezia pachydermatis can be isolated from the skin of healthy dogs and those with dermatitis, but the diagnostic pattern to Malassezia dermatitis has been not yet established and the severity of skin damage between carriers or not of these yeasts was never investigated. The mechanisms that allow the normally commensal yeast to become a pathogen are not also yet understood, although factors as genetic diversity and enzymatic activity have been cited as possible causes. The presence of other Malassezia species on dog skin have been related, but without molecular confirmation. The purpose of this study was to identify and quantify Malassezia yeasts on the skin of dogs with and without dermatitis; to evaluate the association between the presence and population size of theses yeasts with the severity of skin damage in dogs with dermatitis; to identify the isolates by PCR-REA; to identify M. pachydermatis genotypes and subtypes by partial sequencing of chs-2 gene and the LSU and ITS-1 of rDNA sequences; and to evaluate the possible association between genotypes/subtypes and severity of skin damage and phospholipase activity. Samples to cytology and fungal culture were taken from 297 dogs (180 healthy and 117 with skin lesions), from witch 28 (15.6%) healthy and 62 (52.9%) with skin lesions dogs were positive to Malassezia spp. (P 0,001). Fungal culture showed more sensitivity to detect yeasts on the skin than cytology. The evaluation of severity of skin damage in dogs with dermatitis showed that dogs with positive cultures and higher population sizes presented higher grades of skin damage than dogs with negative cultures. From healthy dogs all isolates were identified as M. pachydermatis and from dogs with dermatitis 98.4% were identified as M. pachydermatis, and one isolate yielded a restriction pattern compatible with M. furfur. One hundred-sixty-eight Malassezia isolates from 56 dogs (28 healthy; 28 with dermatitis - three from each dog) were analyzed by partial sequencing of chs-2 gene and LSU and ITS-1 of nuclear ribosomal DNA sequences. Genotypes and subtypes A and C were identified. No significant difference between genotypes/subtypes and healthy and diseased dogs, nor with severity of skin damage or phospolipase activity in dogs with dermatitis were found. The number of Malassezia pachydermatis isolates producing phospholipase was statistically significant in dogs with dermatitis.
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Biocontrole de Aspergillus flavus e Fusarium verticillioides por Bacillus spp. isolados de plantas de milho / Biocontrol of Aspergillus flavus and Fusarium verticillioides by Bacillus spp. isolated from maize root system

Einloft, Tiago Centeno January 2016 (has links)
Os fungos toxigênicos Aspergillus flavus e Fusarium verticillioides podem colonizar plantas de milho em todas as etapas do cultivo, através da contaminação fúngica presente no solo, levando a queda de produtividade e qualidade do grão. Em adição, estes fungos podem produzir micotoxinas que põem em grande risco a saúde de humanos e animais que consomem os grãos contaminados. O controle biológico é um método de controle fúngico alternativo ao uso de fungicidas químicos e o uso de bactérias provenientes do sistema radicular de plantas de milho é extremamente promissor em função da capacidade competitiva e de sobrevivência destes micro-organismos. O objetivo deste trabalho foi selecionar bactérias do sistema radicular de plantas de milho com potencial para o biocontrole de Aspergillus flavus e Fusarium verticillioides no agroecossistema de cultivo do milho. Foram isolados 1283 colônias bacterianas do sistema radicular de plantas de milho e destas 24 apresentaram atividade antifúngica e 3 foram selecionados para o restante do trabalho. Os três isolados selecionados foram identificados como Bacillus safensis RF69, B. amyloliquefaciens RP103 e B. subtilis RP242. Os isolados foram capazes de reduzir a taxa de crescimento micelial in vitro dos dois fungos, assim como foram capazes de reduzir a produção, germinação e sobrevivência de conídios. Foi detectada a produção de iturina A pelos isolados B. amyloliquefaciens RP103 e B. subtilis RP242, caracterizando este metabolito como um dos responsáveis pela atividade antifúngica. Os isolados B. amyloliquefaciens RP103 e B. subtilis RP242 demonstraram a manutenção da dominância frente a A. flavus e F. verticillioides in vitro em diferentes condições ambientais, caracterizando alta eficácia no controle fúngico em situações de stress hídrico e de térmico. A bacterização de sementes com os três isolados foi efetiva na proteção radicular frente aos dois fungos, assim como levou ao aumento do comprimento e peso das plântulas, da taxa de emergência de plântulas e na germinação de sementes. Os isolados foram capazes de reduzir drasticamente as contagens fúngicas em solo não-rizosférico e no grão de milho, reduzindo também a concentração de aflatoxina B1 e fumonisina B1 nos grãos. Os isolados demonstraram-se extremamente promissores para serem utilizados em um bioformulado objetivando o controle micotoxigênico em plantas de milho em diferentes etapas da produção de grãos. / Toxigenic fungi Aspergillus flavus and Fusarium verticillioides may colonize maize grains on the field and during storage, leading to yield and quality losses, mainly by the production of aflatoxin B1 and fumonisin B1, carcinogenic and potentially carcinogenic mycotoxins, respectively. Biological control is a promising alternative control method and the usage of soil bacteria as biocontrol agents has great potential due to survival and competitive characteristics of those microorganisms. The objective of this study was to select bacteria from maize root system with potential to biocontrol Aspergillus flavus and Fusarium verticillioides on the agroecosystem of maize. We isolated 1283 bacterial colonies from maize root system, 24 of them presented antifungal activity and three were selected for the rest of the study. Selected isolates were identified as Bacillus safensis RP69, B. amyloliquefaciens RP103 and B. subtilis RP242. The isolates were capable to reduce in vitro mycelial growth rate of both fungi and reduce conidial production, germination and survival. Iturin A production was detected by B. amyloliquefaciens RP103 and B. subtilis RP242, characterizing this metabolite as one of the responsible for the antifungal activity. Isolates B. amyloliquefaciens RP103 and B. subtilis RP242 maintained in vitro dominance towards A. flavus and F. verticillioides in different environmental conditions, characterizing high efficacy on fungal control even in water and temperature stress situations. Seed bacterization was effective on root protection towards both fungi, as well as increased seedling length and weight, emergency rate and seed germination percentage. The isolates were able to reduce fungal counts on non-rhizospheric soil and on grain, and were able to decrease aflatoxin B1 and fumonisin B1 final concentrations on maize grain. The selected isolates shown extremely promising to be used as biocontrol agents on a bioformulated product aiming mycotoxigenic control on maize plants during different steps of grain production.
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Eficácia de sais imidazólicos sobre espécies micotoxigênicas de Fusarium spp. que contaminam grãos de trigo / Eficacy of imidazolium salts against mycotoxigenic Fusarium spp. affecting wheath grains

Ribas, Aícha Daniela Ribas e January 2015 (has links)
Os membros do complexo de espécies Fusarium graminearum (CEFG) estão entre os mais importantes fungos micotoxigênico que infectam tecidos florais e interferem no desenvolvimento dos grãos de cereais resultando na redução da produtividade e qualidade dos grãos. Sais imidazólicos (SI) são compostos orgânicos constituídos por um grande cátion orgânico em conjunto com um ânion e alquilo substituintes. Os cátions e ânions constituintes modificam as propriedades químicas e físicas resultando no surgimento de características interessantes destes compostos, que incluem natureza anfifílica e baixa toxicidade para as células humanas. Recentemente, SI foram testados contra fungos e bactérias patogênicas para o homem com resultados promissores. O objetivo deste estudo foi investigar a atividade antifúngica de SI contra o CEFG que afetam grãos de trigo. A sensibilidade de F. graminearum, F. asiaticum e F. meridionale foi avaliada frente a três SI, que variaram quanto aos ânions substituintes (C16MImCl, C16MImMeS e C16MImNTf2), e um fungicida comercial (tebuconazol). A avaliação foi realizada com base na germinação dos esporos e na inibição efetiva de 50% do micélio. A concentração inibitória mínima (CIM) variou de 1,56 a 6,25 μg/mL, e o CIM mais frequente foi determinado em 3,12 μg/mL. Apenas um SI, cloreto de 1-n-hexadecil-3-metilimidazolio - C16MImCl, foi capaz de reduzir 50% do crescimento micelial in vitro (CE50) para todos os isolados, a uma concentração de 0,321 g/L. As curvas de tempo de morte indicaram que o SI C16MImCl apresenta efeito fungicida significativo na concentração de 12,48 μg/mL, com a ação iniciada desde a primeira hora de incubação, que foi mantida durante o desenvolvimento do ensaio. O SI C16MImCl foi pulverizado sobre as espigas de trigo durante a floração suprimindo com sucesso os sintomas e controlando F. graminearum nas espigas e grãos quando aplicado de forma preventiva (antes da inoculação fúngica) e na dose mais elevada (2 g/L), não diferindo do fungicida usual tebuconazol. Os dados sugerem o uso potencial do SI C16MImCl para o controle do fungo micotoxigênico F. graminearum em doenças que afetam o trigo especialmente quando aplicados antes da infecção fúngica. / Members of the Fusarium graminearum species complex (FGSC) are among the most important mycotoxigenic fungi that infect floral tissues and developing kernels of cereal crops, and lead to reduced grain yield and quality. Imidazolium salts (IMSs), are organic compounds composed entirely of a large organic cation together with an anion and alkyl substituents. The cation and/or anion constituents modifiy the chemical and physical properties which may result in the emergence of interesting properties of these compounds that include an amphiphilic nature, low toxicity to human cells . Recently, IMSs have been tested against fungi and bacteria that are pathogenic to humans with promising results. The aim of this study was to investigate the antifungal activity of imidazolium salts (IMS) against FGSC which affects wheat grains. The sensitivity of F. graminearum, F. asiaticum and F. meridionale isolates to three IMS, which vary in substituent anions (C16MImCl, C16MImMeS and C16MImNTf2), and one commercial fungicide (tebuconazole) was evaluated based on spore germination and mycelial growth inhibition. The minimum inhibitory concentration (MIC) ranged from 1.56 to 6.25 μg/mL, with 3.12 μg/mL as the most frequent MIC. Only one IMS, 1-n-Hexadecyl-3-methylimidazolium chloride (C16MImCl), was able to reduce 50% of the in vitro mycelial growth (EC50) for all isolates at a concentration of 0.321g/L. The time-kill curves indicated a significant fungicidal effect at the concentration of four times the MIC (12,48 μg/mL), starting since one hour after incubation, which was maintained during the course of the experiment. The IMS C16MImCl sprayed onto the wheat spikes during flowering succesfully supressed symptoms and control of the disease in the spikes and kernels when applied preventatively (before fungal inoculation) at the highest dosage (2 g/L), not differing from tebuconazole. The data suggests the potential of using an IMS for controlling mycotoxigenic Fusarium and the resulting disease affecting wheat, especially when applied prior to fungal infection.
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Avaliação da atividade anti-aspergillus do óleo essencial de Origanum vulgare L. In vitro e in vivo em frangos / Evaluation of the in vitro and in vivo anti-Aspergillus activities of Origanum vulgaris essential oil in poultry

Osório, Luiza da Gama January 2014 (has links)
O Origannum vulgare L. (orégano) é uma erva com potencial terapêutico, havendo, entre seus extratos, maior atividade detectada no óleo essencial (OEO). Dentre os constituintes estudados neste extrato estão monoterpenos responsáveis por atividades farmacológicas, incluindo ação antibiótica sobre diversos organismos, entre os quais, Aspergillus spp, os mais importantes fungos em medicina veterinária. A aspergilose é a micose de maior morbimortalidade em aves, e a principal doença respiratória nesses animais. A espécie mais envolvida em casos clínicos é o A. fumigatus, devido principalmente à sua ampla capacidade de disseminação ambiental, ao reduzido tamanho de seus propágulos e à produção de metabólitos secundários. O tratamento da micose é considerado pouco eficiente, devido, entre outros fatores, ao número limitado de antifúngicos, à alta toxicidade destes fármacos, e à resistência por parte do Aspergillus spp. Em vista desta realidade o presente estudo objetivou avaliar o potencial terapêutico do OEO no tratamento e prevenção da aspergilose crônica experimental por A. fumigatus em frangos (Gallus gallus). Para tanto realizou-se, primeiramente testes de sensibilidade in vitro de Aspergillus spp. frente ao OEO; de toxicidade do óleo e desenvolvimento experimental de aspergilose em frangos. Os testes de sensibilidade in vitro foram ensaiados com A. fumigatus, A. flavus e A. niger, iniciando com OEO na concentração 900mg/mL (6%) passando por dez diluições seriadas com base log2. Foram realizados testes de toxicidade aguda sistêmica (24h de exposição) e toxicidade subcrônica sistêmica (30 dias de exposição) com OEO nas concentrações 225mg/mL (1,5%), 450mg/mL (3,0%) e 675mg/mL (4,5%). A infecção experimental foi realizada em três etapas, utilizando para tanto diferentes concentrações, volumes e números de inoculações. E tanto para tratamento quanto para profilaxia da aspergilose utilizou-se grupo tratado com OEO (O), com o antifúngico padrão itraconazol (I), com ambos os produtos associados (I+O), e grupo sem tratamento (C). A partir da análise química do óleo foram observados 15 diferentes compostos ativos, sendo 4-terpineol (18.4%), hidrato de sabinene (15,6%) e timol (13,6%), os componentes majoritários. No teste de sensibilidade in vitro o óleo essencial apresentou tanto atividade fungicida quanto fungistática frente a Aspergillus spp., com CIM variando entre 28,125mg/mL (0,1875%) e 450mg/mL (3,0%) e CFM entre 112,5mg/mL (0,75%) e 450mg/mL (3,0%). E CIM 50 de 112,5 mg/mL (0,75%) e CIM 90 de 450mg/mL (3,0%). Observouse que em todas as concentrações testadas, o óleo essencial de O. vulgare não causou nenhuma alteração clínica nem anatomopatológica. Para reproduzir aspergilose experimental crônica A. fumigatus em frangos de 15 dias definiu-se que deve-se utilizar concentração de 12x108 UFC/mL em três inoculações seriadas, com intervalos de 24h. O primeiro dia de infecção foi considerado o dia três. Na avaliação do uso d OEO para tratamento e profilaxia da aspergilose, I+O apresentou melhores resultados, com menos sinais clínicos, anatomopatológicos, microscópicos e menor contagem de Unidades Formadoras de Colônia/g/órgão. I e O apresentaram resultados, de forma geral, inferiores à I+O, porém superiores à C, não sendo possível avaliar qual grupo obteve maior eficácia no tratamento e/ou profilaxia da micose. / Origannum vulgare L. (oregano) is a herb with therapeutic properties. In its extract, higher activity is detected on the essential oil (OEO). Among the extract components are monoterpenes with pharmacological properties, e.g. antibiotic action over several microorganisms, including Aspergillus spp., which are fungi of great importance in veterinary medicine. Avian aspergillosis is a mycosis causing the highest morbidmorbidity in captive birds. It is also the main respiratory disease observed on this group. A. fumigatus is the pathogen more commonly detected in clinical cases, mainly due to its high capacity of being environmentally disseminated and producing secondary metabolites, as well as due to its reduced propagule size. The mycosis treatment is inefficient mainly due to the limited availability of antifungal compounds, the high toxicity found on these compounds and the resistance of Aspergillus species. Thus, the aim of this work was to evaluate the therapeutic potential of OEO in both the treatment and prevention of experimental chronic aspergillosis, caused by A. fumigatus in poultry (Gallus gallus). Initial experiments were carried out to test the in vitro OEO-sensitivity of Aspergillus spp., oil toxicity, and the experimental progression of disease in poultry. In vitro sensitivity testes were carried out with A. fumigatus, A. flavus and A. niger, starting with a concentration of 900mg/mL (6%) OEO, going through ten serial dilutions (log2 scale). Systemic acute toxicity (24h of exposure) and systemic subchronic toxicity (30h of exposure) tests were carried out, with OEO concentrations of 225mg/mL (1.5%), 450mg/mL (3.0%) and 675mg/mL (4.5%). The experimental infection was accomplished in three stages, with diverse inoculation concentrations, volumes and frequencies being tested. Both in aspergillosis treatment and prevention, groups tested were either treated with OEO (O), with the standard anti-fungal itraconazol (I), with both products combined (I+O), or with none of them (C). Fifteen different active compounds were observed in the chemical analysis of the oil, being 4- terpineol (18.4%), sabinene hydrate (15.6%) and thymol (13.6%) the major components found. At the in vitro sensitivity test, the essential oil displayed both fungicide and fungistatic effect towards Aspergillus spp., with MIC varying between 28.125mg/mL (0.1875%) and 450mg/mL (3%) and MFC varying between 112.5mg/mL (0.75%) and 450mg/mL (3%). In all concentrations tested, the essential oil from O. vulgare did not cause any clinical or anatomopathologic alteration. Experimental reproduction of chronic A. fumigatus aspergillosis in 15 day-old poultry was achieved by using an inoculum concentration of 12x108 Colonies Forming Units/mL (CFU) in three serial inoculations at 24h intervals, being day three considered the first day of infection. The use of OEO in aspergillosis treatment and prevention was best observed in I+O, resulting in less clinical, anatomopathologic and microscopic signs, as well as a smaller count of CFU/g/organ. Overall, I and O were less effective than I+O, but more effective than C. Nevertheless, it was not possible to evaluate which group increased the mycosis treatment and/or prevention efficacy.
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Funcionalidade das proteínas EF-Tu e 14-3-3 na virulência de Paracoccidioides brasiliensis

Marcos, Caroline Maria [UNESP] 30 April 2015 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-12-10T14:24:31Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2015-04-30. Added 1 bitstream(s) on 2015-12-10T14:30:44Z : No. of bitstreams: 1 000851710_20160722.pdf: 735546 bytes, checksum: 011c591d928a97fba211a8ca067ba722 (MD5) Bitstreams deleted on 2016-07-25T13:17:40Z: 000851710_20160722.pdf,. Added 1 bitstream(s) on 2016-07-25T13:18:47Z : No. of bitstreams: 1 000851710.pdf: 5518013 bytes, checksum: 8a378cf5a8a0a17841f43b423f397e01 (MD5) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da UNESP (PADC) / Paracoccidioides brasiliensis é o agente causador da paracoccidioidomicose (PCM), micose sistêmica com ampla distribuição na América Latina. A adesão e invasão de células do hospedeiro são eventos cruciais envolvidos na infecção e disseminação do patógeno. Além disso, estes utilizam suas moléculas de superfície para se ligar aos componentes da matriz extracelular para estabelecer a infecção. O sucesso de colonização dos tecidos do hospedeiro pelo fungo é um evento complexo, geralmente envolvendo um ligante codificado pelo patógeno (adesinas) e um receptor da célula (freqüentemente um componente da matriz extracelular). A identificação de mecanismos de adesão, invasão ou evasão imune por Paracoccidioides é extremamente relevante e tem sido alvo de pesquisas recentes desenvolvidas por vários grupos. Neste intuito o estudo dos passos envolvidos desde o contato inicial de P. brasiliensis até os que culminam com a sua entrada na célula através da caracterização funcional de proteínas de membrana de P. brasiliensis, principais alvos de interação com moléculas do hospedeiro, é de grande importância. O Fator de elongação Tu, pertence ao grupo de proteínas denominadas moonlighting, tais moléculas possuem a capacidade de exercer mais de uma função e, normalmente, localizam-se em diferentes compartimentos da célula. Há relatos que EF-Tu de agentes patogênicos possa atuar como um fator de virulência. Previamente esta proteína foi identificada em P. brasiliensis por análise proteômica, sendo diferencialmente expressa quanto o fungo foi cultivado na presença de sangue de carneiro, porém esta ainda não foi caracterizada sendo interessante então a elucidação do seu papel na interação deste fungo às células epiteliais. O objetivo deste estudo foi produzir a proteína EF-Tu recombinante e seu respectivo anticorpo policlonal, verificar... / Paracoccidioides brasiliensis is the causative agent of paracoccidioidomycosis (PCM), a systemic mycosis with broad distribution in Latin America. The adhesion and host cell invasion are critical events involved in the infection and dissemination of the pathogen. Furthermore, they use their surface molecules to bind to extracellular matrix components to establish infection. The successful colonization of host tissues by the fungus is a complex event, usually involving a linker encoded by the pathogen (adhesins) and a cell receptor (often an extracellular matrix component). The identification of adhesion mechanisms, invasion or immune evasion by P. brasiliensis is extremely important and has been investigated in recent studies developed by several groups. In order to study the steps involved from the initial contact of P.brasiliensis until the culminating in its entry into the host cell through the functional characterization of P. brasiliensis membrane proteins, the main targets of interaction with host molecules, is of great importance. The elongation factor Tu (EF-Tu) belongs to the group of proteins called moonlighting such molecules have the ability to perform more than one function, and typically are located in different compartments of the cell. There are reports that EF-Tu of pathogens can act as a virulence factor. This protein has been previously identified in P. brasiliensis by proteomic analysis, but this has not yet been characterized as being interesting then the elucidation of its role in interacting of the fungus with epithelial cells. For this purpose the aim of this study was to produce the recombinant protein and its respective polyclonal antibody, verify your role in the fungus interaction with pneumocytes, extracellular matrix and plasminogen. Also in order to characterize the EF-Tu protein the present study aimed to obtain isolated with low expression of the gene encoding EF-Tu and with this verifies the role of EF-...
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Pesquisa sorológica de Aspergillus fumigatus e cultivo fúngico de amostras obtidas de cães com descarga nasal. / Serological analysis of Aspergillus fumigatus and fungal culture from dogs with nasal discharge

Ferreira, Rafael Rodrigues January 2008 (has links)
Aspergilose é a doença fúngica mais comum em cães com alterações clínicas nasais e Aspergillus fumigatus é a espécie mais encontrada em animais com envolvimento primário do trato respiratório superior. Por serem agentes cosmopolitas, diversas espécies de Aspergillus estão freqüentemente presentes na biota anemófila e, portanto, estão também comumente presentes no trato respiratório superior de cães sadios. Devido a isto, resultados positivos no exame de cultivo não são suficientes para firmar o diagnóstico de aspergilose nasal. Já o exame sorológico, serve de bom suporte ao clínico para o diagnóstico de aspergilose nasal canina, principalmente com o emprego da técnica de eletrosinerese, a qual apresenta alta sensibilidade e especificidade. Apesar da aspergilose nasal canina ser relatada com relativa freqüência em diversos países, a literatura veterinária brasileira não registra a ocorrência desta doença. Esta situação sugere que a mesma não está sendo colocada como casuística diferencial no diagnóstico das prováveis moléstias de cães portadores de descarga nasal em âmbito nacional. Os objetivos principais deste trabalho foram a pesquisa de anticorpos circulantes anti-Aspergillus fumigatus através do teste sorológico de eletrosinerese e o cultivo fúngico de amostras obtidas de 83 cães com descarga nasal, atendidos no Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no período de agosto de 2006 a julho de 2007. O objetivo secundário foi verificar uma possível concordância entre os resultados obtidos por estas duas técnicas laboratoriais. Doze cães (14,4%) tiveram resultados positivos no teste sorológico de eletrosinerese. Não houve nenhuma associação significativa entre a variável sorologia (positiva e negativa) com as demais variáveis (raça, sexo, conformação craniana e faixa etária). Quatorze gêneros foram isolados no cultivo fúngico. Não houve concordância entre os exames sorológico e cultivo, posto que dos 12/83 animais que tiveram exame sorológico positivo, apenas 2/12 (16,6%) cães tiveram cultivo fúngico positivo para Aspergillus fumigatus. Cultivo fúngico realizado a partir de amostras colhidas por swab direto da descarga nasal deve ser analisado com cautela para se estabelecer o diagnóstico de aspergilose nasal canina. A partir dos resultados obtidos neste trabalho e dos relatos encontrados em vários outros países, pode-se concluir que a doença provavelmente não seja rara no Brasil, e que os clínicos veterinários deveriam incluir esta entidade nosológica como casuística potencial no diagnóstico diferencial das doenças do trato respiratório superior de cães, o que certamente possibilitará estudos comparativos (clínicos e epidemiológicos) de dados obtidos de diversas regiões do Brasil. / Aspergillosis is the most common fungal disease in dogs with nasal disorders and Aspergillus fumigatus is the most often specie found in animals with primary involvement of the upper respiratory tract. As cosmopolitans agents, diverse species of Aspergillus are frequently found in the anemophilous biota, therefore, it is also found in the upper respiratory tract of healthy dogs. Due this, fungal culture positive results are not sufficient to confirm nasal aspergillosis in dogs. Nevertheless, serological tests can serve as a good support to the clinicians for the diagnosis of canine nasal aspergillosis, specially with electrosyneresis technique, which presents high sensitivity and specificity. Despite canine nasal aspergillosis have been frequently described in different countries, in the Brazilian veterinary literature does not register any occurrence. This finding can suggest that nasal aspergillosis has not been included in the differential diagnosis of dogs with nasal discharge in this country. The main aims of this study were the search for the presence of anti-Aspergillus fumigatus circulating antibodies means electrosyneresis of technique and to obtain positive cultures of Aspergillus fumigatus from 83 dogs with nasal discharge, presented at the Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, from August, 2006 to July, 2007. Another purpose of this study was to observe whether a correlation could be established between the methods. Twelve dogs (14,4%) were identified as serological positive. No significant association was observed among the serological test (positive and negative) and dog’s features (breed, sex, head conformation and age). Fourteen fungi genus were isolated in cultures. There was no correlation between the serological test and the culture. Only 2 from a contingent of 12 dogs with positive serological test had simultaneous positives cultures to Aspergillus fumigatus. Cultures obtained from samples collected with swab from nasal discharge must be analyzed with caution to establish the diagnosis of canine nasal aspergillosis. Taken into account the herein presented results and looking into the results from reports elsewhere, we conclude that canine nasal aspergillosis probably is not rare in our environment, and veterinarians must include this entity in the differential diagnosis of dog´s upper respiratory tract disorders. The data generated by the present dissertation will undoubtedly contribute to further studies and for comparative trials about the frequency of the disease in dogs from other regions of Brazil.
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Malassezia spp. na pele de cães: frequência, densidade populacional, sinais clínicos, identificação molecular e atividade fosfolipásica

Machado, Mauro Luis da Silva January 2010 (has links)
Malassezia pachydermatis pode ser isolada da pele de cães saudáveis e daqueles com dermatites, porém, os critérios para o diagnóstico da malasseziose cutânea ainda não estão padronizados e a intensidade das lesões de pele entre portadores ou não dessas leveduras nunca foi investigada. O mecanismo que promove a mudança de status de organismo comensal para patógeno, também, ainda não está totalmente elucidado, embora fatores como diversidade genética e atividade enzimática sejam citados como possíveis causas. A presença de outras espécies de Malassezia na pele de cães já foi relatada, porém sem confirmação molecular. Este estudo objetivou identificar e quantificar a presença de Malassezia na pele de cães com e sem dermatopatias; avaliar a possível associação entre a presença e a quantidade destas leveduras na pele de cães dermatopatas e o grau de intensidade das lesões cutâneas; identificar os isolados por PCR-REA; identificar genótipos e subtipos genéticos de M. pachydermatis através do sequenciamento parcial do gene chs-2, e das regiões LSU e ITS-1 do rDNA, e avaliar sua possível associação com graus de comprometimento cutâneo e atividade fosfolipásica. Amostras para citologia e cultivo fúngico foram obtidas de 297 cães (180 saudáveis e 117 com lesões de pele), dentre os quais 28 (15,6%) dos animais saudáveis e 62 (52,9%) daqueles com dermatite foram isoladas colônias de Malassezia spp. (P 0,001). O cultivo fúngico apresentou maior sensibilidade para a detecção de leveduras na pele do que a citologia. A avaliação do grau de intensidade das lesões de pele nos cães com dermatite revelou que animais positivos e com maior densidade populacional de Malassezia spp. apresentaram maior grau de comprometimento cutâneo. A análise por PCR-REA identificou M. pachydermatis em 100% dos isolados de cães saudáveis e em 98,4% daqueles com dermatites. Em somente um cão com dermatite foi identificada M. furfur. Cento e sessenta e oito isolados de M. pachydermatis de 56 cães (28 saudáveis e 28 com dermatites – três isolados de cada animal) foram analisados por sequenciamento parcial do gene chs-2, e das regiões LSU e ITS-1 do rDNA. Foram identificados os genótipos e subtipos classificados como “A” e “C”. As diferenças de genótipos ou subtipos não foram significativas entre cães saudáveis e com dermatites, nem com a atividade fosfolipásica ou com grau de intensidade das lesões de pele nos cães com dermatite. O número de isolados de M. pachydermatis produtores de fosfolipase foi estatisticamente significante nos animais com dermatite. / Malassezia pachydermatis can be isolated from the skin of healthy dogs and those with dermatitis, but the diagnostic pattern to Malassezia dermatitis has been not yet established and the severity of skin damage between carriers or not of these yeasts was never investigated. The mechanisms that allow the normally commensal yeast to become a pathogen are not also yet understood, although factors as genetic diversity and enzymatic activity have been cited as possible causes. The presence of other Malassezia species on dog skin have been related, but without molecular confirmation. The purpose of this study was to identify and quantify Malassezia yeasts on the skin of dogs with and without dermatitis; to evaluate the association between the presence and population size of theses yeasts with the severity of skin damage in dogs with dermatitis; to identify the isolates by PCR-REA; to identify M. pachydermatis genotypes and subtypes by partial sequencing of chs-2 gene and the LSU and ITS-1 of rDNA sequences; and to evaluate the possible association between genotypes/subtypes and severity of skin damage and phospholipase activity. Samples to cytology and fungal culture were taken from 297 dogs (180 healthy and 117 with skin lesions), from witch 28 (15.6%) healthy and 62 (52.9%) with skin lesions dogs were positive to Malassezia spp. (P 0,001). Fungal culture showed more sensitivity to detect yeasts on the skin than cytology. The evaluation of severity of skin damage in dogs with dermatitis showed that dogs with positive cultures and higher population sizes presented higher grades of skin damage than dogs with negative cultures. From healthy dogs all isolates were identified as M. pachydermatis and from dogs with dermatitis 98.4% were identified as M. pachydermatis, and one isolate yielded a restriction pattern compatible with M. furfur. One hundred-sixty-eight Malassezia isolates from 56 dogs (28 healthy; 28 with dermatitis - three from each dog) were analyzed by partial sequencing of chs-2 gene and LSU and ITS-1 of nuclear ribosomal DNA sequences. Genotypes and subtypes A and C were identified. No significant difference between genotypes/subtypes and healthy and diseased dogs, nor with severity of skin damage or phospolipase activity in dogs with dermatitis were found. The number of Malassezia pachydermatis isolates producing phospholipase was statistically significant in dogs with dermatitis.

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