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[fr] LNULLATELIER DES INSTITUTEURS DU DISTRIET FE´DE´RAL: HISTOIRE, ME´MOIRE ET SILENCE SUR I E´COLE DE PROFESSEURS D EDUCATION DU RIO DE JANEIRO / [pt] A OFICINA DE MESTRES DO DISTRITO FEDERAL: HISTÓRIA, MEMÓRIA E SILÊNCIO SOBRE A ESCOLA DE PROFESSORES DO INSTITUTO DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO (1932-1939)SONIA MARIA DE CASTRO NOGUEIRA LOPES 08 January 2004 (has links)
[pt] Este é um trabalho construído nos limites entre a memória
e
a história. Diante das recentes discussões sobre a
exigência de um curso de nível superior para a formação
dos
professores da educação infantil e das séries iniciais do
ensino fundamental, conforme postula a atual LDBEN (Lei
nº
9394 / 96), procurou-se refletir, à luz dos referenciais
da
História Cultural e das questões presentes no contexto da
época, sobre a primeira experiência de formação de
professores primários no Brasil em nível superior: a
Escola
de Professores do Instituto de Educação do Rio de
Janeiro.
A partir da idéia de que era preciso investir na
qualidade dos cursos de formação de professores para
solucionar os problemas educacionais do país, Anísio
Teixeira, diretor da Instrução Pública do Distrito
Federal, transformou em 1932 a Escola Normal em Instituto
de Educação. Tratava-se de um centro educacional que se
compunha de pré-escola, escola primária, escola
secundária
e a Escola de Professores, um curso em nível superior
pouco depois vinculado à Universidade do Distrito Federal
(UDF) também criada por Anísio em 1935. Com a criação
daquela universidade, de breve existência (1935-39), a
Escola de Professores seria transformada em Escola de
Educação, principal razão de ser de sua proposta
pedagógica. A primeira parte do trabalho revela como a
memória institucional foi construída pelos agentes
responsáveis pela implementação desse novo projeto
político-
pedagógico. Entretanto, se num primeiro momento foi
possível a produção dessa memória, os acontecimentos
ocorridos a partir de 1935 revelaram os limites da obra
desenvolvida pelos Pioneiros do Movimento da Escola Nova,
desmontada pela ação da política educacional autoritária
do
governo federal, sobretudo durante o período do Estado
Novo. A extinção da Universidade do Distrito Federal e o
desligamento do Instituto de Educação do âmbito
universitário fizeram com que a formação de professores
primários voltasse a ser realizada em curso normal de
nível
médio. Esta tese procura ainda explicar o silêncio e o
esquecimento a que essa experiência foi relegada e
identificar o Instituto de Educação como um lugar de
memória da formação docente, bem como refletir sobre as
políticas públicas de formação de professores para além
do
que dispõe a legislação a esse respeito. / [fr] Ce travail se situe aux limites entre la mémoire et l histoire. Face aux discussions récentes sur l exigence
d un degré supérieur pour la formation des instituteurs postulée par l actuelle LDBEN (Loi n. 9394/96), on a cherché à réfléchir sur la première expérience au Brésil de formation des instituteurs au dégré supérieur, à la lumière de l Histoire Culturelle et des questions de l époque : L École de Professeurs de l Institut d Éducation du Rio de Janeiro. À partir de l idée qu il faut investir sur la qualité des cours de formations de professeurs pour résoudre les problémes de l Éducation, Anísio Teixeira, em tant que directeur de l Instruction Publique du District Fédéral, a transformé, en 1932, l École Normale en Institut d Éducation. Il s agissait d un centre éducationel avec jardin d enfants, école primaire, école secondaire et l École de Professeurs, un cours de niveau supérieur, un peu de temps lié à l université du District Fédéral (UDF), crée aussi par Anísio Teixeira. Avec la création de cette Université de bref existence (1935-1939), l École de Professeurs a dévenu École d Éducation, raison d être de sonpropos pédagogique. La première partie du travail révéle comment la mémoire institutionelle a été construite par les agents responsables pour la mise en place de ce nouveau projet politique-pédagogique. Cependant, si d abord la production de cette mémoire a été possible, à partir de 1935 les événements ont révélé les limites de l oeuvre développée par les Pionniers du Mouvement de l École Nouvelle, que a eté detruite pendant la période de l État Nouveau (Estado Novo). L extinction de l Université du District Fédéral et la séparation de l Institut d Éducation
de la sphère universitaire ont fait retourner la formation des instituteurs aux Écoles Normales de niveau secondaire. Cette thèse cherche encore à expliquer le silence et l oubli sur cette expérience et identifier l Institut d Éducation comme lieu de mémoire de la formation des enseignants, de même que réfléchir sur les politiques publiques de formations des instituteurs au-delá de ce que dispose la législation spécifique.
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[fr] LA JUSTICE TRANSITIONELLE AU BRÉSIL: LE CAS DU DEPARTAMENTO DE ORDEM POLÍTICA E SOCIAL (DOPS) DE RIO DE JANEIRO / [pt] A JUSTIÇA DE TRANSIÇÃO NO BRASIL: O CASO DO DEPARTAMENTO DE ORDEM POLÍTICA E SOCIAL (DOPS) DO RIO DE JANEIROFERNANDA FERREIRA PRADAL 24 January 2019 (has links)
[pt] Este trabalho aborda a disputa de memórias, usos e projetos entorno do edifício do antigo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) no quadro do processo da chamada justiça transicional no Brasil. O foco do trabalho é a dinâmica do conflito pelo lugar de memória no contexto das lutas sociais protagonizadas por ex-presos políticos e familiares de mortos e desaparecidos da ditadura militar (1964-1985). O confronto entre os projetos Espaço Cultural Memória e Direitos Humanos e Museu da Polícia Civil revela o que está em jogo em termos simbólicos, ideológicos e pedagógicos. É apresentado e problematizado o lugar ocupado pela polícia política na estrutura do aparato repressivo da ditadura, assim como pela Polícia Civil na segurança pública em
situação de democracia no Brasil. / [fr] Ce travail se penche sur le conflit de mémoires, les usages et les projets autour de l immeuble de l ancien Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), dans le cadre du processus de ce qu on appelle la justice transitionnelle au Brésil. Le centre de l étude est la dynamique de la dispute pour ce lieu de mémoire, dans le contexte des luttes sociales menées par des ex-prisonniers politiques et des parents des morts et des disparus de la dictature militaire (1964-1985). La confrontation entre les projets Espaço Cultural Memória e Direitos
Humanos et Museu da Polícia Civil en révèle les enjeux symboliques, idéologiques et pédagogiques. En outre, le travail expose et questionne les fonctions imparties à la police politique dans la structure de l appareil répressif de la dictature, et à la police civile dans la sécurité publique en situation démocratique au Brésil.
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Le Trésor et ses mondes (1966-1995) : contribution à une sociologie relationnelle de l'État / The Treasury and its worlds (1966-1995) : towards a relational sociology of the stateKolopp, Sarah 30 November 2017 (has links)
Entre histoire du capitalisme, sociologie des élites et sociologie de l’État, cette thèse prend pour objet le rôle de la direction du Trésor – direction phare du ministère des Finances – dans la fabrique de « mondes » à la fois hybrides et intégrés d’institutions, de réseaux et d’acteurs, aux sommets du pouvoir et au croisement entre État et affaires, administration et économie, public et privé. A partir d’une enquête mêlant entretiens biographiques, base prosopographique et fonds d’archives publics et privés, elle explore les mécanismes concrets par lesquels la direction du Trésor produit du flou, du flux et de la hiérarchie au sein de ses mondes, dans une configuration historique précise (milieu des années 1960- milieu des années 1990). La thèse est organisée selon trois niveaux d’analyse des relations entre le Trésor et ses mondes. Au niveau écologique – celui des alliances – elle montre la transformation des coalitions de soutien du Trésor pour peser dans l’État, du Plan à la « place », organisant les modalités du ralliement de la direction aux réformes libérales à partir des années 1960. Au niveau institutionnel, elle analyse les échanges qui forgent la porosité entre le Trésor et ses mondes, et les contraintes institutionnelles qui leur donnent sens et forme, et montre que la direction du Trésor fonctionne alors comme une entreprise de placement. Au niveau individuel, elle analyse la construction des carrières dominantes (de la « grandeur ») au sein des mondes du Trésor, et les liens d’obligation, de cooptation et de parrainage sur lesquelles elles s’appuient. La thèse contribue, ainsi, à documenter les formes d’indifférenciation des activités qui caractérisent les sommets de l’État. / Between history of capitalism, sociology of elites and public administration, this PhD thesis explores how the French Treasury Department brings together gravitating financial institutions, networks and actors into integrated and hybrid "worlds", situated at the "heights of power" and between administration and business, public and private interests. Drawing on biographical interviews, prosopographical data and public and private archival collections, it focuses on the concrete mechanisms through which the Treasury both blurs boundaries inside its worlds, and re-create hierarchies between the agents who circulate within them. The thesis analyzes the relationships between the Treasury and its worlds at three distinct levels. At the ecological level — that of the Treasury alliances in policy-making — it highlights the Treasury’ changing coalitions of support, from the Great planning coalition of the 1950s to the "place financière" of the 1970s, and shows how this transformation helps us account for the Treasury’ embrace of financial reforms in the 1970s. At the institutional level, it analyzes how various organizational constraints at the Treasury shape exchanges between the Department and its worlds. Finally, at the individual level, it looks at the construction of dominant careers ("grandeur") inside the worlds of the Treasury, and at the interpersonal ties and decentralized logics of co-optation, patronage and moral indebtedness they draw on.
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Le confort du personnel soignant : étude comparative dans deux hôpitaux tunisiens / The comfort of professional care providers : comparative study in two tunisian hospitalsMenif Masmoudi, Imen 13 December 2016 (has links)
Le confort est devenu un enjeu major dans le monde de travail. Parmi les diverses disciplines qui s’intéressent à ce concept, nous avons choisi d’articuler deux disciplines, l’architecture et la psychologie environnementale, pour mieux le cerner. Ainsi nous nous sommes appuyés sur les travaux de Vischer (2004) et Rioux (2013) en psychologie environnementale et ceux de « la démarche HQE » en architecture pour définir le confort par deux dimensions : physique et psycho-environnemental (évaluatif et psychologique). La dimension physique sera cernée par « la démarche HQE » et la dimension psycho-environnementale par la satisfaction environnementale au travail (confort évaluatif) et l’attachement au lieu de travail (confort psychologique). Notre travail de doctorat se propose de comparer le confort psycho-environnemental des soignants dans deux structures hospitalières tunisiennes se différenciant par leur architecture (pavillonnaire et monobloc) et de cerner l’impact des variables psycho-organisationnelles (épuisement professionnel, stress au travail et stratégies de coping) sur le confort psychologique dans ces deux hôpitaux. Une enquête par questionnaire a été menée auprès de 297 soignants travaillant dans les deux hôpitaux. Les résultats montrent notamment que les soignants de l’hôpital monobloc sont plus attachés mais moins satisfaits de leur environnement de travail que ceux de l’hôpital pavillonnaire ; ils se sentent plus épuisés et stressés et utilisent davantage de stratégies de coping centré sur l’émotion. L’impact des variables psycho-organisationnelles sur le confort psychologique des soignants diffèrent en fonction du type d’hôpital. / Comfort has become a major issue in the world of work. Among the various disciplines that have been interested in this concept, we have chosen to articulate two disciplines, notably architecture and environmental psychology. As such, this research relies on the work of Vischer (2004) and Rioux (2013) in environmental psychology and those of the « HQE Approach » in architecture in order to define comfort in terms of two dimensions: physical and psycho-environmental (evaluative and psychological). The physical dimension will be identified through the « HQE Approach » while the psycho-environmental dimension will be detected via the environmental satisfaction in the workplace (evaluative comfort) and via the attachment to the workplace (psychological comfort).Our research is meant to compare the psycho-environmental comfort of professional care providers in two different Tunisian hospital structures and whose difference lies in the architecture (pavilion and monobloc). The research attempts to detect the impact of psycho-organisational variables (professional burn out, perceived occupational stress and coping strategies) on the psychological comfort of professional care providers in these two different hospitals. Therefore, a questionnaire survey covering 297 professional care providers working in the two hospitals has been relied upon as a research tool. The findings of the analysis tend to indicate that monobloc professional care providers are more attached to their workplace but they are less satisfied with their working environment than those working in the pavilion hospital. They are more exhausted and more stressed and they rather use the coping strategies which is centred on emotions. The impact of psycho-organisational variables on the psychological comfort of professional care providers depends on the type of hospital.
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Les mathématiques dans la formation des ingénieurs et sur leur lieu de travail : études et propositions (cas de la France) / Mathematics in the training of engineers and in their workplace : study and proposals (case of France)Quéré, Pierre-Vincent 28 June 2019 (has links)
Dans cette thèse, nous poursuivons deux principaux objectifs : comparer l’utilisation des mathématiques par les ingénieurs sur leur lieu de travail avec la formation de mathématiques qu’ils reçoivent en France, et proposer un enseignement innovant qui pourrait permettre de rapprocher la formation des besoins révélés. Nous utilisons le cadre de la Théorie Anthropologique du Didactique et nous commençons par définir la notion de « praxéologie mathématique » pour analyser l’activité mathématique des ingénieurs dans les institutions qu’ils sont amenés à fréquenter. Nous classons en deux catégories les six types de praxéologies relevées sur le lieu de travail : praxéologies « propres » (bases, statistiques, spécifiques) et « transversales » (modélisation, raisonnement, communication). Dans la formation initiale en France, il semble que les bases et le raisonnement soient prises en charge essentiellement par le cycle préparatoire. En cycle ingénieur, les statistiques et les enseignements spécifiques sont le plus souvent proposés, mais la formation semble manquer d’applications et de connexions avec la réalité du quotidien des ingénieurs. Face à ces constats, nous proposons la mise en place, en cycle ingénieur, d’un Parcours d’Étude et de Recherche codisciplinaire en statistiques et chimie. Nous observons que la question génératrice permet aux étudiants d’avancer sur un chemin balisé tout en leur permettant de développer des échanges ainsi que leur autonomie. Ce dispositif semble placer les futurs ingénieurs dans des situations où les mathématiques jouent un rôle de premier plan, offrant une bonne approche des praxéologies professionnelles. / In this thesis, we pursue two main objectives: compare the use of mathematics by engineers in their workplace with the mathematics training they receive in France, and propose innovative teaching that could bring training closer together to the needs revealed.We use the framework of the Anthropological Theory of Didactics and we begin by defining the notion of "mathematical praxeology" to analyse the mathematical activity of engineers in the institutions they attend. We classify in two categories the six types of praxeologies identified in the workplace: "proper" praxeologies (basics, statistics, specific) and "transversal" (modelling, reasoning, communication).In initial training in France, it seems that the bases and the reasoning are mainly taught in the preparatory cycle. In the engineering cycle, statistics and specific courses are most often offered, but the training seems to lack of applications and connections with the everyday reality of engineers.Faced with these observations, we propose the establishment, in the engineering cycle, of a Study and Research Path in statistics and chemistry. We observe that the generative question allows students to advance on a signed route while allowing them to develop exchanges along with their autonomy. This device seems to place future engineers in situations where mathematics play a leading role, offering a good approach to professional praxeologies.
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L'hypothétique construction des lieux ordinaires entre agriculteurs et non-agriculteurs en Dordogne : de l'idéologie patrimoniale à la recherche des échappés du territoireBanos, Vincent 10 December 2008 (has links) (PDF)
Ce travail de recherche prend sa source dans l'actuelle renégociation du lien social entre les agriculteurs et le reste de la société civile mais l'aborde sous l'angle plus précis de l'ouverture des espaces ruraux au nom, notamment, d'un intérêt patrimonial et environnemental. Nous avons fait l'hypothèse que ce processus de publicisation des campagnes ne saurait se résumer à l'irruption d'une diversité d'usages, mais constituerait également l'occasion de construire la campagne comme espace public, c'est-à-dire un espace politique où pourrait s'élaborer de nouvelles légitimités d'action. En nous appuyant sur une lecture pragmatique et interactionniste du lien social, nous avons alors proposé une grille analytique composée de trois topiques de l'urbanité (espace ouvert, lieu et espace public) afin de saisir comment les spatialités sociales ordinaires participent de manière différenciée à la redéfinition des modalités du « vivre ensemble ». Cette inventivité normative graduelle des interactions sociales serait notamment fonction du caractère inter-individuel des investissements conjoints et de la visibilité des espaces d'énonciation. L'étude de multiples situations de coprésence entre agriculteurs et non-agriculteurs en Dordogne ainsi que l'analyse contextuelle des processus de requalification à l'oeuvre sur ce département ont permis de confirmer l'opérationnalité de la notion d'espace ouvert et de faire ressortir le rôle ambigu joué par le faisceau normatif de la patrimonialisation dans la mise en ordre des territoires. Cependant, nous avons également trouvé la trace de moments de lieux et de « mondes communs », prémisses potentielles à l'avènement d'un espace public. À l'heure de l'accentuation de la pluralité culturelle, y compris à l'échelle locale, cette réflexion vise donc à affiner la compréhension de la dimension spatiale des processus normatifs en mettant l'accent sur les relations sociales ordinaires et sur un espace conçu comme contexte d'action.
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Les 'brumes de la mémoire'. Expérience migratoire et quête identitaire de descendants de Portugais de France.Dos Santos, Irène 05 February 2010 (has links) (PDF)
À partir d'une étude ethnographique menée auprès d'une cinquantaine de descendants de Portugais de France entre 2000 et 2006, à la fois dans la société de résidence et dans celle d'origine, cette thèse explore la problématique mémorielle en contexte migratoire. Elle interroge la continuité sociale et la construction de soi, dans le cadre d'une migration caractérisée par l'absence de rupture spatiale définitive avec le lieu d'origine et par une politique diasporique envers les " luso-descendants ". La réflexion s'articule autour de l'examen du sens donné à l'expérience migratoire, à partir d'une analyse des récits de vie et des pratiques de va-et-vient entre la France et le Portugal et celui des pratiques associatives dans la société française. Elle montre les tensions entre la construction d'une mémoire familiale, encore tournée vers le lieu d'origine, et l'affirmation d'une mémoire identitaire collective en France. L'étude de différentes situations de liminalité pose, finalement, la question du franchissement de seuils symboliques et sociaux dans la double appartenance.
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La Représentation de soi à travers la textualisation de l'espace insulaire réunionnais : étude de l'oeuvre de Jean LodsGendre, Annick 08 June 2007 (has links) (PDF)
Cette thèse de doctorat présente une monographie qui porte sur l'œuvre romanesque de Jean Lods. Sans être autobiographique, ni autofictionnelle, rigoureusement, elle relève des littératures personnelles (dominante de la première personne, irruption de la bio de l'auteur, identification captatrice). L'île de la Réunion des années 1940-1950, dans laquelle l'auteur a passé son enfance, fait l'objet d'une représentation singulière, liée à l'exil de l'écrivain. Sa mise en scène, dans le prisme que réalisent l'Europe, l'océan Indien et l'espace nordique, donne lieu à une géographie imaginaire originale et à une écriture-espace dont nous relevons les héritages et les dépassements inédits caractéristiques de la post-modernité. La scénographie de cet espace donne à lire un « enspacement multiple », expression grâce à laquelle nous désignons le parcours que signifie la quête subjective de la place, et qui, profondément marquée par les lisières que sélectionnent les narrateurs-personnages, est ici solidaire d'un lieu d'autant plus aliénant qu'il est inaccessible. Que doit cette spatialité au traumatisme dû aux contradictions propres à la colonialité des « grands blancs » qui ont ouvert leur foyer à cette enfance ? Comment, tout en s'efforçant de le surmonter, porte-t-elle les stigmates de la fin de l'impérialisme français et manifeste-t-elle les déchirements post-coloniaux / postcoloniaux ? Nos analyses littéraires du texte croisent plusieurs démarches (comparatisme, interdisciplinarité qui allie l'histoire, la psychanalyse, l'ethnopsychanalyse et la philosophie) afin d'exposer des éléments et des perspectives qui permettent une approche pertinente et nuancée de ces questions.
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Comprendre l'image de Mérida vue par ses habitants : un lieu et ses représentationsTorres Davila, Katy V. 08 1900 (has links)
Cette recherche vise à connaître et comprendre la province de Mérida au Venezuela, en analysant l’image que ses habitants construisent de celle-ci à l’aide de photographies de promotion touristique de la province, issues du matériel produit par l’office de tourisme de Mérida, CORMETUR. La recherche est conçue dans une perspective de méthodologie créative. Les participants ont été invités à élaborer –et à commenter- un collage en se servant, à leur guise, des photos fournies pour récréer leur image de leur province. C’est sur la base de ce travail que je cherche à comprendre la manière dont Mérida est perçue par ses habitants. Mon questionnement est théoriquement supporté par la notion d’ « image » ainsi que par le concept de « représentation », entendue dans l’approche constructiviste de Hall (1997), qui me permet ultérieurement d’interpréter les propos des Merideños rencontrés. Dans et à travers les représentations qu’ils construisent, il est possible de comprendre Mérida en tant qu’un « lieu », tel que défendu par Escobar (2001), au sein duquel convergent le « milieu de vie » et le « milieu touristique » qui le composent. De même, il est possible de saisir des enjeux identitaires, tels que Cuche (1996) et Hall (2007) entendent l’ « identité culturelle », dans leurs représentations. / This research looks forward to knowing and understanding the state of Mérida – Venezuela through the analysis of the image that its residents build of Mérida. The project proposes to use some promotional touristic photographs taken from promotional material produced by Mérida’s tourism office, CORMETUR. This research is designed based on a creative methodology. The participants were invited to make –and to comment- a collage by using a selection provided of photos, in order to recreate the image they have of their state. My aim is to understand how its residents consider Mérida. This research is theoretically supported by the definition of “image” and by the concept of “representation”, in specific through Hall’s (1997) constructivist approach. This last one particularly allows me to interpret what the participant Merideños express in their collage. The analysis of the representations they construct allows to understand Mérida as a “place” (Escobar, 2001) that is composed by an “everyday-life context” and a “touristic context” that integrate each other. Additionally, it is possible to grasp in their representations a question of “cultural identity”, as Cuche (1997) and Hall (2007) understand it. / La presente investigación propone conocer y comprender el estado Mérida - Venezuela à través del análisis de la imagen que sus habitantes construyen de ella mediante fotografías de promoción turística del estado, tomadas del material de promoción producido por la coordinación de turismo de Mérida, CORMETUR. Esta investigación es concebida bajo una perspectiva de metodología creativa. A los participantes se les pidió elaborar –y comentar- un collage utilizando a su gusto una selección de fotos para recrear de esta manera la imagen que tienen de su propio estado. A partir del trabajo que elaboraron, se busca entender la manera como sus habitantes conciben Mérida. La investigación se constituye sobre la base de la noción de “imagen”, pero sobretodo del concepto de “representación”, en su perspectiva constructivista propuesta por Hall (1997), el cual me permite interpretar con mayor profundidad lo que los Merideños entrevistados manifestaron. A través de las representaciones que ellos construyeron, es posible comprender Mérida como un « lugar », entendiéndose este en los términos de Escobar (2001); un lugar en el cual convergen el contexto cotidiano y el contexto turístico que lo componen. Igualmente, se reconoce en sus representaciones una cuestión de “identidad cultural”, tal como la definen Cuche (1996) y Hall (2007).
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Considering daily mobility in contextual studies of social inequalities in health : conceptual and empirical insightsShareck, Martine 12 1900 (has links)
Les études sur les milieux de vie et la santé ont traditionnellement porté sur le seul quartier de résidence. Des critiques ont été émises à cet égard, soulignant le fait que la mobilité quotidienne des individus n’était pas prise en compte et que l’accent mis sur le quartier de résidence se faisait au détriment d’autres milieux de vie où les individus passent du temps, c’est-à-dire leur espace d’activité. Bien que la mobilité quotidienne fasse l’objet d’un intérêt croissant en santé publique, peu d’études se sont intéressé aux inégalités sociales de santé. Ceci, même en dépit du fait que différents groupes sociaux n’ont pas nécessairement la même capacité à accéder à des milieux favorables pour la santé. Le lien entre les inégalités en matière de mobilité et les inégalités sociales de santé mérite d’être exploré.
Dans cette thèse, je développe d'abord une proposition conceptuelle qui ancre la mobilité quotidienne dans le concept de potentiel de mobilité. Le potentiel de mobilité englobe les opportunités et les lieux que les individus peuvent choisir d’accéder en convertissant leur potentiel en mobilité réalisée. Le potentiel de mobilité est façonné par des caractéristiques individuelles (ex. le revenu) et géographiques (ex. la proximité des transports en commun), ainsi que par des règles régissant l’accès à certaines ressources et à certains lieux (ex. le droit). Ces caractéristiques et règles sont inégalement distribuées entre les groupes sociaux. Des inégalités sociales en matière de mobilité réalisée peuvent donc en découler, autant en termes de l'ampleur de la mobilité spatiale que des expositions contextuelles rencontrées dans l'espace d'activité. Je discute de différents processus par lesquels les inégalités en matière de mobilité réalisée peuvent mener à des inégalités sociales de santé. Par exemple, les groupes défavorisés sont plus susceptibles de vivre et de mener des activités dans des milieux défavorisés, comparativement à leurs homologues plus riches, ce qui pourrait contribuer aux différences de santé entre ces groupes.
Cette proposition conceptuelle est mise à l’épreuve dans deux études empiriques. Les données de la première vague de collecte de l’étude Interdisciplinaire sur les inégalités sociales de santé (ISIS) menée à Montréal, Canada (2011-2012) ont été analysées. Dans cette étude, 2 093 jeunes adultes (18-25 ans) ont rempli un questionnaire et fourni des informations socio-démographiques, sur leur consommation de tabac et sur leurs lieux d’activités. Leur statut socio-économique a été opérationnalisé à l’aide de leur plus haut niveau d'éducation atteint. Les lieux de résidence et d'activité ont servi à créer des zones tampons de 500 mètres à partir du réseau routier. Des mesures de défavorisation et de disponibilité des détaillants de produits du tabac ont été agrégées au sein des ces zones tampons.
Dans une première étude empirique je compare l'exposition à la défavorisation dans le quartier résidentiel et celle dans l'espace d’activité non-résidentiel entre les plus et les moins éduqués. J’identifie également des variables individuelles et du quartier de résidence associées au niveau de défavorisation mesuré dans l’espace d’activité. Les résultats démontrent qu’il y a un gradient social dans l’exposition à la défavorisation résidentielle et dans l’espace d’activité : elle augmente à mesure que le niveau d’éducation diminue. Chez les moins éduqués les écarts dans l’exposition à la défavorisation sont plus marquées dans l’espace d’activité que dans le quartier de résidence, alors que chez les moyennement éduqués, elle diminuent. Un niveau inférieur d'éducation, l'âge croissant, le fait d’être ni aux études, ni à l’emploi, ainsi que la défavorisation résidentielle sont positivement corrélés à la défavorisation dans l’espace d’activité.
Dans la seconde étude empirique j'étudie l'association entre le tabagisme et deux expositions contextuelles (la défavorisation et la disponibilité de détaillants de tabac) mesurées dans le quartier de résidence et dans l’espace d’activité non-résidentiel. J'évalue si les inégalités sociales dans ces expositions contribuent à expliquer les inégalités sociales dans le tabagisme. J’observe que les jeunes dont les activités quotidiennes ont lieu dans des milieux défavorisés sont plus susceptibles de fumer. La présence de détaillants de tabac dans le quartier de résidence et dans l’espace d’activité est aussi associée à la probabilité de fumer, alors que le fait de vivre dans un quartier caractérisé par une forte défavorisation protège du tabagisme. En revanche, aucune des variables contextuelles n’affectent de manière significative l’association entre le niveau d’éducation et le tabagisme.
Les résultats de cette thèse soulignent l’importance de considérer non seulement le quartier de résidence, mais aussi les lieux où les gens mènent leurs activités quotidiennes, pour comprendre le lien entre le contexte et les inégalités sociales de santé. En discussion, j’élabore sur l’idée de reconnaître la mobilité quotidienne comme facteur de différenciation sociale chez les jeunes adultes. En outre, je conclus que l’identification de facteurs favorisant ou contraignant la mobilité quotidienne des individus est nécessaire afin: 1 ) d’acquérir une meilleure compréhension de la façon dont les inégalités sociales en matière de mobilité (potentielle et réalisée) surviennent et influencent la santé et 2) d’identifier des cibles d’intervention en santé publique visant à créer des environnements sains et équitables. / In place and health research the exclusive focus on the residential context has been criticized for overlooking individuals’ daily mobility and the activity settings where they work, study or play, i.e. their activity space. While researchers are increasingly considering daily mobility in health studies, few have been concerned with social inequalities in health. This is so despite evidence suggesting that different social groups may not have the same capacity to reach healthy and favourable settings. Whether social inequalities in daily mobility contribute to social inequalities in health remains to be explored.
In this thesis I first develop a conceptual proposition that anchors daily mobility in the concept of mobility potential. Mobility potential encompasses the opportunities and places that individuals can choose to access by converting their potential into realized mobility. Mobility potential is shaped by individual characteristics (e.g. income), geographic circumstances (e.g. proximity to public transit), and rules regulating access to certain places and resources (e.g. rights). All of these have been shown to be socially-patterned. It follows that social inequalities in realized mobility may result, both in terms of the extent of spatial movement and of contextual exposures in the activity space. I discuss various pathways linking inequalities in realized mobility to health inequalities. For example, lower social classes may be more likely to live and conduct activities in disadvantaged areas, compared to their more affluent counterparts, and this may contribute to health differentials between these groups.
This conceptual proposition is then tested in two empirical studies conducted using cross-sectional data from the Interdisciplinary Study on Inequalities in Smoking (ISIS), Montreal, Canada (2011-2012). In this study 2,093 young adults (18-25 years-old) provided socio-demographic, smoking and activity location data in a self-completed questionnaire. Their highest education level attained was used as a proxy for their socio-economic status. Residential and activity locations were used to create 500-meter road-network buffer zones and to derive measures of area-level disadvantage and tobacco retailer availability.
In a first empirical study I compare social inequalities in exposure to area-level disadvantage measured in the residential area and non-residential activity space. I also identify individual- and area-level correlates of non-residential activity space disadvantage. I find that there is a social gradient, across educational categories, in both residential and non-residential activity space disadvantage: the level of disadvantage experienced increases as education level decreases. Social inequalities in exposure to area-level deprivation are slightly larger in the non-residential activity space than in the residential neighbourhood for the least educated, but smaller for the intermediate group. Lower educational attainment, increasing age, not being in education nor in employment, and higher residential disadvantage are correlated with conducting activities in more disadvantaged areas.
In the second empirical study I investigate the association between smoking status and two contextual exposures (area-level disadvantage and tobacco retailer availability) in both the residential neighbourhood and non-residential activity space. I also assess whether inequalities in these exposures help explain inequalities in smoking. I find that smoking is positively associated with conducting activities in the second least deprived areas and with tobacco retailer counts in residential and non-residential areas. Living in the second most deprived areas is protective of smoking. However, none of the contextual variables significantly affect the education-smoking association.
Findings from this thesis advance conceptual reflection and empirical knowledge regarding the importance, in contextual studies of social inequalities in health, of not only considering where people live but also where they conduct daily activities. I discuss daily mobility as a factor of social differentiation among young adults. Furthermore, I conclude that identifying factors enabling or constraining individuals’ daily mobility is required to: 1) gain a better understanding of how social inequalities in mobility (potential and realized) arise and influence health; and 2) identify entry points for public health interventions aimed at creating healthy and equitable environments.
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