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Avaliação do processo de consentimento de participantes de pesquisa clínica / Evaluation of the consent process of clinical research participantsNascimento, Talita Garcia do 25 August 2017 (has links)
O consentimento informado consiste em um processo capaz de informar o participante de pesquisa sobre as intervenções médicas previstas a serem aplicadas no decorrer do estudo e faz com que este participe ativamente no processo de tomada de decisão. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) caracteriza-se por ser um documento explicativo, de forma escrita, no qual são abordadas informações referentes ao projeto de pesquisa, com o objetivo de garantir a voluntariedade do indivíduo. A qualidade do TCLE em pesquisa clínica é determinada pelo grau de compreensão que os participantes desenvolvem durante o processo de consentimento informado. O objetivo deste estudo consiste em avaliar o processo de consentimento dos participantes de pesquisa clínica. Trata-se de um estudo híbrido, com coleta prospectiva. Para o seu desenvolvimento dividiu-se nas seguintes fases: Elaboração e validação do formulário, Treinamento da Equipe de Entrevistadores, Estudo Piloto, Coleta de Dados e Avaliação da Legibilidade dos TCLEs. Foi realizada análise descritiva dos dados e comparação entre as variáveis por meio de análises univariadas. Dos 70 participantes que compuseram a amostra, 83% eram mulheres, a média de idade foi de 46,7 anos (S ±13.99 anos), 55,7% eram brancos, 45,75% casados, 52,9% analfabetos ou com ensino fundamental, 49,3% economicamente ativos e renda média de 1496,2 reais. Dos participantes, 35,7% desconheciam o tipo de estudo que participavam 38,6% não sabiam contar sobre a pesquisa que participavam, 64,7% não receberam informações referentes a outros tipos de tratamento, 62,7% não tinham informações sobre indenização, 66,2% não leram todo o TCLE antes de assinar, 86,8% relataram que o documento foi fácil de ser lido, 62,2% acharam o documento longo. Após o cálculo do ILFK dos 12 TCLEs analisados, 100% apresentaram valor de 0 a 30, considerado como leitura muito difícil. É de suma importância incentivar o desenvolvimento de estudos nacionais que avaliem a percepção dos participantes de pesquisa quanto aos seus direitos e a criação de instrumentos que possibilitem essa verificação na população brasileira / Informed consent consists a process that is able to inform, the research participant, of the planned medical interventions to be apply during the course of the study, and actively participate in the decision-making process. The Informed Consent Form (ICF) characterized by being an explanatory document, in written form, in which information about the research project is addressed, with the purpose of guaranteeing the individual\'s willingness. The quality of ICF in clinical research determined by the degree of understanding that participants develop during the informed consent process. The objective of this study is to evaluate the consent process of clinical research participants. It is a hybrid study, with prospective collection. For its development, it divided into the following phases: Elaboration and validation of the form, Training of the Team of Interviewers, Pilot Study, Data Collection and Evaluation of the Readability of ICF. A descriptive analysis of the data and a comparison between the variables performed using univariate analyses. Of the 70 participants, 83% were women, mean age was 46,7 years (S ± 13.99 years), 55,7% were white, 45,75% married, 52,9% illiterate or basic education, 49,3% economically active and average income of 1496,2 Reais. Of the participants, 35,7% didn\'t know the type of study they participated in, 38,6% didn\'t know about the research they participated, 64,7% didn\'t receive information regarding other types of treatment, 62,7% didn\'t have information about compensation, 66,2% didn\'t read the entire ICF before signing, 86,8% reported that the document was easy to read, 62,2% found the document long. After the ILFK calculation of the 12 ICF analysed, 100% presented values from 0 to 30, considered as very difficult reading. It is extremely important to encourage the development of national studies that evaluate the perception of research participants regarding their rights and the creation of instruments that enable such verification in the Brazilian population
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O cuidado em saúde mental para pessoas com necessidades decorrentes do uso de álcool, crack e outras drogas / The mental health care for people seeking care for substance useLago, Rozilaine Redi 24 November 2016 (has links)
Introdução: No Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro, o Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e Drogas de nível III (CAPSad III) protagoniza o cuidado em saúde mental oferecido para pessoas com necessidades decorrentes do uso de álcool, crack e outras drogas. A compreensão deste cuidado pode favorecer o desenvolvimento da autonomia e cidadania desta população. Objetivo: Descrever e interpretar o cuidado em saúde mental em um serviço público de saúde para pessoas com necessidades decorrentes do uso de álcool, crack e outras drogas. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa crítica, da qual participaram profissionais, usuários do serviço e respectivos familiares, diretamente envolvidos em um CAPSad III localizado na capital de um Estado situado na região Norte do Brasil. Os dados foram obtidos por meio de observação participante do cuidado em saúde desenvolvido, estudos de casos de usuários atendidos, bem como por entrevistas em grupo com profissionais e entrevistas individuais com usuários e respectivos familiares. Os dados foram analisados abordando a dimensão ética da relação de cuidado. Todos os aspectos éticos foram resguardados. Resultados e Discussão: O cuidado em saúde foi explorado a partir de três aspectos nele implicados: 1) A compreensão do relacionamento entre profissionais de saúde, usuários e respectivos familiares com respeito à perspectiva da redução de danos; 2) O uso do conceito de autonomia relacional na compreensão do exercício de autonomia de usuários; e 3) A compreensão do manejo do conhecimento por uma equipe interdisciplinar de profissionais de saúde na relação de cuidado estabelecida com usuários no tocante às dimensões éticas de confiança e autonomia relacional deste cuidado. Conclusões: Apontamos a necessidade de se avançar em uma abordagem mais relacional da autonomia de pessoas com necessidades decorrentes do uso de álcool, crack e outras drogas, considerando, principalmente, as estruturas sociopolíticas, culturais e programáticas que limitam o exercício da capacidade pessoal de autonomia destes sujeitos. Evidenciamos que o reconhecimento das tensões e potencialidades envolvendo a confiança e a mobilização de conhecimento nesta relação de cuidado são elementos que podem auxiliar no desenvolvimento de um cuidado em saúde mental promotor de autonomia, abordando suas dimensões relacionais. / Introduction: The Psychosocial Care Center (CAPSad III) is the main service providing care in mental health for people seeking care in substance use in the Brazilian Public Health System (SUS). The understanding of mental health care can foster the development of autonomy and citizenship for people in substance use. Goals: To describe and interpret health care in a mental health service for people seeking care in substance use. Methods: This is a qualitative research, using a critical approach. Participated in this research professionals, service users and their families directly involved in a CAPSad III located in the capital of a State situated in the North of Brazil. Data were collected through participant observation of the health care developed, cases studies of assisted users as well as group interviews with professionals and individual interviews with users and their families. Data were analyzed addressing the ethical dimension of the relationship of care. All ethical aspects were respected. Results and Discussion: The health care was explored from three aspects involved in it: 1) understanding of the relationship between health care providers, users, and their relatives with respect to the perspective of harm reduction; 2) the use of the concept of relational autonomy in understanding the exercise of users autonomy; and 3) the understanding of the knowledge management by an interdisciplinary team of health care providers in the relationship of care with service users in relation to the ethical concepts of trust and relational autonomy. Conclusions: We point out the need to move forward in a more relational approach to autonomy of people seeking care in substance use, considering mainly the socio-political, cultural and programmatic structures which limit the exercise of personal autonomy ability of these subjects. We showed that the recognition of the tensions and potential involving trust and mobilization of knowledge in the care relationship are elements that can assist in the development of a mental health care that promotes autonomy, addressing its relational dimensions.
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Lógica médico-sanitária e lógica do senso comum: um estudo de representação social de profissionais e pacientes de uma Unidade Básica de Saúde em Campinas, SP / Medico-sanitary logic and the logic of common sense: a study of social representation of professionals and patients user of a basic health unit in Campinas, SPCavalcanti, Carla Cristina Tze Jú 15 May 2015 (has links)
Introdução - A Saúde Pública é um campo complexo de atuação e reflexão, onde existem dois grandes grupos sociais o primeiro formado por acadêmicos e técnicos (especialistas, a quem é atribuída a lógica sanitária, dotada de todo peso legal e técnico) e o segundo por pessoas da população em geral (leigos, a quem cabe a lógica de senso comum, do cotidiano). A ideia de que há necessidade de aperfeiçoar a relação entre especialistas e leigos é aceita e acredita-se que seja possível por meio de políticas e práticas cujo objetivo final é sensibilizar a ambos para que contribuam de maneira mais ativa e autônoma colaborando no processo de alcance de ações mais eficientes e eficazes na Saúde Pública. Objetivo - Conhecer a representação social de profissionais e pacientes de uma unidade de saúde, para saber o que cada um desses grupos pensa a respeito da relação profissional de saúde-paciente. Métodos - Pesquisa qualiquantitativa, com uso do Discurso do Sujeito Coletivo. Resultados - Os entrevistados, de maneira geral, acreditam que o diálogo é fundamental para melhorar os resultados da assistência à saúde, já que é possível, como consequência, uma ganho tanto no que tange à otimização de recursos quanto na qualidade e resultados do atendimento à população. Porém, para uma parcela dos profissionais, este diálogo deve se dar por meio da educação em saúde, entendida como aquela na qual a população deva ser \"educada\" exatamente na direção que o técnico tem interesse, sem levar em consideração a autonomia deste paciente, seus conhecimentos e seus anseios. Conclusões Recomenda-se a implantação de um conjunto de ações coordenadas dos diversos atores envolvidos no processo, para se conseguir colocar as duas lógicas em diálogo, com resultados que possam ser considerados promissores para a saúde pública, utilizando-se dos conteúdos narrativos dos discursos para elaboração de materiais didáticos e de divulgação destinados a especialistas e ao público em geral com o objetivo de fazer avançar a proposta do compartilhamento. / Introduction - Public Health is a complex field of action and reflection, where there are two major social groups the first made up of academics and technicians (specialists, to whom is attributed to sanitary logic, with all legal and technical weight) and the second by people from the general population (laypeople, who fits the logic of common sense, of everyday life). The idea that there is a need to improve the relationship between experts and lay people is accepted and is believed to be possible through policies and practices whose ultimate goal is to sensitize both for contributing in a more active and autonomous collaborating in the process of achieving more efficient and effective actions in public health. Objective - Meet the social representation of professionals and patients of a health unit, to learn what each of these groups think about the health professional-patient relationship. Methods Qualiquantitative research with use of the collective subject discourse. Results Interviewees generally believe that dialogue is critical to improving healthcare outcomes, since it is possible, as a result, a gain both in terms of resource optimization and the quality and outcomes of care to the population. However, for a portion of the professionals, this dialogue must go through health education, understood as that on which the population should be \"educated\" exactly in the direction that the coach has interest, without taking into account the autonomy of the patient, their knowledge and their yearnings. Conclusions - It is recommended the implementation of a set of coordinated actions of the various actors involved in the process, to get the two logics in dialogue, with results that can be considered promising for public health, using the narrative content of the speeches for the preparation and dissemination of teaching materials intended for experts and the general public with the goal of advancing the proposal of sharing.
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Ressignificando-se como mulher na experiência do parto: experiência de participantes de movimentos sociais pela humanização do parto / Reframing herself as a woman in childbirth experience: experience of participants in social movements for the humanization of birthCastro, Miriam Rêgo de 21 March 2014 (has links)
Introdução: A medicalização do parto é uma transformação cultural que influenciou a capacidade de enfrentamento autônomo da experiência de parir. As redes e movimentos sociais pela humanização do parto são apontados como promotores da autonomia no exercício do direito à saúde, na medida em que possibilitam apoio mútuo, compartilhamento de experiências e mobilização coletiva das mulheres para reivindicarem seus direitos no parto. Objetivos: 1) Compreender o significado para a mulher de sua participação nos movimentos sociais pela humanização do parto, a trajetória de gestação e parto dessa mulher e como essa participação influencia sua experiência de gestação e parto; 2) Elaborar um modelo teórico explicativo da experiência de gestação e parto da mulher que participa de movimentos sociais pela humanização do parto. Método: Pesquisa qualitativa, conduzida pelo referencial teórico do Interacionismo Simbólico e referencial metodológico da Teoria Fundamentada nos Dados. O cenário do estudo foi constituído por grupos de usuárias do movimento pela humanização do parto, em Belo Horizonte (MG). Os sujeitos foram 15 mulheres e os dados foram obtidos por meio de observação participante, entrevistas intensivas e análise textual de relatos de parto. Resultados: Foram construídas as categorias Rompendo barreiras em busca de uma experiência de parto normal, Conquistando o protagonismo no processo do parto e Ressignificando a experiência vivida, que permitiram compreender a trajetória de gestação e parto da mulher que integra os movimentos sociais pela humanização do parto. A análise e o modo como estas categorias interagem possibilitaram identificar a categoria central Ressignificando-se como mulher na experiência do parto. O modelo teórico explicita o movimento da mulher de ressignificar-se na experiência do parto, participando de uma engrenagem capaz de ressignificar culturalmente o parto, na medida em que cada mulher compartilha sua experiência e convida outras mulheres para participarem dos movimentos sociais pela humanização do parto. Deste modo, contribui para uma ressignificação cultural do parto como experiência fortalecedora para a mulher e com significado de superação e prazer. Ao ressignificar-se como mulher, ela se considera uma pessoa mais forte, capaz de cuidar de si e dos filhos, capaz de tudo o que desejar e transformada por sua experiência de parto. Mesmo quando não consegue parir, considera que a mulher tem direito de viver o parto como um evento que fortalece sua feminilidade e deseja lutar por esse direito, para que outras mulheres se superem e experimentem o prazer de parir. Conclusão: De modo consensual, as mulheres que participam de movimentos sociais pela humanização do parto compartilham entre si o significado do parto como experiência de superação e prazer. Esse processo contínuo, ao longo do tempo, é capaz de modificar a estrutura social que sustenta o significado do parto como sofrimento e risco e de ressignificar culturalmente o parto, sendo de grande relevância para países como o Brasil, com elevadas taxas de intervenções no parto, em especial, de cesarianas desnecessárias e indesejadas. / Introduction: The medicalization of childbirth is a cultural change that has affected womens empowerment to face their childbirth experience. Social networks and consumer movements for childbirth humanization are seen as promoters of womens autonomy on health right performance as they provide mutual support, the sharing of experiences and social mobilization of women to claim their rights in childbirth. Aims: 1) To understand the meaning according to womans perspectives on her involvement in social movements for the humanization of childbirth, her pathway during pregnancy and childbirth and how her own participation in the social movement have influenced pregnancy and birth experiences; 2) To develop a theoretical model in order to explain the experience of pregnancy and childbirth of woman participating in social movements for the humanization of childbirth. Method: Qualitative research carried out using the theoretical framework of Symbolic Interactionism and the methodological framework of Grounded Theory. The study setting consisted of consumer health groups connected to the childbirth humanization movement in Belo Horizonte (MG), Brazil. Data were collected through participant observation of the social movements groups as well as intensive face to face interviews and textual birth reports with fifteen women. Results: Analysis of the data elicited a number of themes. These included \"Breaking barriers searching for an experience of normal childbirth\", \"Conquering to place herself at the centre of her process of childbirth\" and \"Reframing the experience\" which allowed us to understand the pregnancy and childbirth stories of the woman who engaged in the movement for the humanization of childbirth. Further analysis of the interaction of these categories identified a core category: \"Reframing herself as a woman in the experience of childbirth\". The theoretical model explains how woman reframed herself in the experience of childbirth as each woman shares her experience and invites other women to join the movement to humanize childbirth. The movement therefore contributed to a cultural redefinition of childbirth as an empowering experience for woman and a source of resilience and pleasure. By reframing herself as a woman she considered herself a stronger person, able to care for herself and her children, able to make whatever she wants, and transformed by her experience of childbirth. Even when she can\'t give birth, believes that women have a right to live childbirth as an event that strengthens their femininity and want to fight for this right, in order that other women might also experience the pleasure of giving birth. Conclusion: Women who participate in social movements for the humanization of childbirth share among themselves the meaning of the childbirth as an experience of overcoming and pleasure. Over time, this process is able to change the dominant notion of childbirth as suffering and risky and to culturally reframe childbirth. This process is of great relevance in countries like Brazil, with high rates of intervention in childbirth, specially, unnecessary and unwanted caesarean section.
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Lógica médico-sanitária e lógica do senso comum: um estudo de representação social de profissionais e pacientes de uma Unidade Básica de Saúde em Campinas, SP / Medico-sanitary logic and the logic of common sense: a study of social representation of professionals and patients user of a basic health unit in Campinas, SPCarla Cristina Tze Jú Cavalcanti 15 May 2015 (has links)
Introdução - A Saúde Pública é um campo complexo de atuação e reflexão, onde existem dois grandes grupos sociais o primeiro formado por acadêmicos e técnicos (especialistas, a quem é atribuída a lógica sanitária, dotada de todo peso legal e técnico) e o segundo por pessoas da população em geral (leigos, a quem cabe a lógica de senso comum, do cotidiano). A ideia de que há necessidade de aperfeiçoar a relação entre especialistas e leigos é aceita e acredita-se que seja possível por meio de políticas e práticas cujo objetivo final é sensibilizar a ambos para que contribuam de maneira mais ativa e autônoma colaborando no processo de alcance de ações mais eficientes e eficazes na Saúde Pública. Objetivo - Conhecer a representação social de profissionais e pacientes de uma unidade de saúde, para saber o que cada um desses grupos pensa a respeito da relação profissional de saúde-paciente. Métodos - Pesquisa qualiquantitativa, com uso do Discurso do Sujeito Coletivo. Resultados - Os entrevistados, de maneira geral, acreditam que o diálogo é fundamental para melhorar os resultados da assistência à saúde, já que é possível, como consequência, uma ganho tanto no que tange à otimização de recursos quanto na qualidade e resultados do atendimento à população. Porém, para uma parcela dos profissionais, este diálogo deve se dar por meio da educação em saúde, entendida como aquela na qual a população deva ser \"educada\" exatamente na direção que o técnico tem interesse, sem levar em consideração a autonomia deste paciente, seus conhecimentos e seus anseios. Conclusões Recomenda-se a implantação de um conjunto de ações coordenadas dos diversos atores envolvidos no processo, para se conseguir colocar as duas lógicas em diálogo, com resultados que possam ser considerados promissores para a saúde pública, utilizando-se dos conteúdos narrativos dos discursos para elaboração de materiais didáticos e de divulgação destinados a especialistas e ao público em geral com o objetivo de fazer avançar a proposta do compartilhamento. / Introduction - Public Health is a complex field of action and reflection, where there are two major social groups the first made up of academics and technicians (specialists, to whom is attributed to sanitary logic, with all legal and technical weight) and the second by people from the general population (laypeople, who fits the logic of common sense, of everyday life). The idea that there is a need to improve the relationship between experts and lay people is accepted and is believed to be possible through policies and practices whose ultimate goal is to sensitize both for contributing in a more active and autonomous collaborating in the process of achieving more efficient and effective actions in public health. Objective - Meet the social representation of professionals and patients of a health unit, to learn what each of these groups think about the health professional-patient relationship. Methods Qualiquantitative research with use of the collective subject discourse. Results Interviewees generally believe that dialogue is critical to improving healthcare outcomes, since it is possible, as a result, a gain both in terms of resource optimization and the quality and outcomes of care to the population. However, for a portion of the professionals, this dialogue must go through health education, understood as that on which the population should be \"educated\" exactly in the direction that the coach has interest, without taking into account the autonomy of the patient, their knowledge and their yearnings. Conclusions - It is recommended the implementation of a set of coordinated actions of the various actors involved in the process, to get the two logics in dialogue, with results that can be considered promising for public health, using the narrative content of the speeches for the preparation and dissemination of teaching materials intended for experts and the general public with the goal of advancing the proposal of sharing.
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Promo??o da sa?de: estrat?gias para a autonomia e qualidade de vida do sujeito com diabetes / Health promotion : strategies for autonomy and quality of life for a person with diabetesSilva, Jos? Adailton da 30 January 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-01-30 / O diabetes ? uma doen?a cr?nico-degenerativa de grande preval?ncia na popula??o mundial
configurando-se enquanto s?rio problema de sa?de p?blica. Por ser cr?nico exige dos sujeitos
autocuidado e autogoverno longitudinal. A autonomia, por sua vez, ? um direito fundamental e
tamb?m um dos princ?pios da bio?tica mais discutidos na atualidade. Seu conceito ? complexo
e leva em conta a vida experimentada ao longo dos anos. Quando a discuss?o sobre autonomia
se trata de diabetes, a depend?ncia do outro e os conflitos no controle da doen?a, diante de
novas regras e estilos de vida, nem sempre condizentes com os valores dos pacientes, torna-a
fragilizada. Embora a autonomia seja claramente parte integrante do tratamento e alicerce para
uma vida digna e de qualidade, observamos que os sujeitos se tornam ainda mais dependentes
dos servi?os de sa?de, quando se deparam com o diagn?stico e n?o t?m confian?a para tomar
suas pr?prias decis?es diante da patologia limitadora. Por isso, h? a necessidade dos servi?os
de aten??o prim?ria ? sa?de tra?arem estrat?gias para promover a sa?de desses sujeitos. Os
Grupos de Promo??o da Sa?de s?o estrat?gias recentemente utilizadas para influenciar no n?vel
de autonomia dos sujeitos, pois possibilitam, respeitando os limites ?ticos, a garantia de
participa??o decis?ria no grupo, atrav?s de estrat?gias e treinamentos de habilidades com
compet?ncias claramente definidas, que favorecem o empowerment e o protagonismo dos
sujeitos. Desse modo, este trabalho objetiva identificar estrat?gias no ?mbito da promo??o da
sa?de na ESF, que contribuam para melhor autonomia e qualidade de vida dos sujeitos com
diabetes mellitus, a partir de sua percep??o. E, mais especificamente, analisar o perfil cl?nico e
socioecon?mico dos portadores de diabetes da ESF; identificar as experi?ncias, necessidades e
expectativas dos sujeitos com diabetes sobre autonomia, autocuidado e qualidade de vida; e
realizar um levantamento em conjunto com os sujeitos com diabetes, sobre aspectos que sirvam
de evid?ncias para constru??o de propostas para implanta??o de um Grupo Estrat?gico de
Promo??o da Sa?de GEPS, com foco na autonomia. Para isto, foi realizada uma pesquisa
explorat?ria descritiva de abordagem qualitativa e quantitativa, com 65 sujeitos com diabetes
acompanhados por uma Unidade de Sa?de da Fam?lia do Munic?pio de Santa Cruz/RN. A
pesquisa foi realizada em tr?s etapas interdependentes: 1) coleta de dados cl?nicos e
socioecon?micos, para o qual foi utilizado entrevista estruturada e an?lise retrospectiva dos
registros feitos em seu prontu?rio; 2) a an?lise das experi?ncias, necessidades e expectativas
dos sujeitos sobre autonomia, autocuidado e qualidade de vida, que se utilizou de entrevista
semiestruturada com 6 sujeitos, sendo 3 com mais e 3 com menos complica??es autorreferidas
e verificadas no prontu?rio; e 3) a constru??o coletiva de propostas para melhor autonomia e
qualidade de vida dos pr?prios participantes do estudo, por meio de roda de conversa. Para a
an?lise dos dados utilizamos software de estat?sticas simples para os dados das quest?es
fechadas de cunho quantitativo e os dados qualitativos foram analisados atrav?s da an?lise de
conte?do. Observamos que o perfil cl?nico e socioecon?micos dos sujeitos com diabetes
aproximam-se das estat?sticas nacionais, embora existam vari?veis, como cor da pele, com
varia??o significativa. A autopercep??o dos sujeitos diante de algumas complica??es divergem
de registros encontrados em seu prontu?rio o que aponta uma poss?vel desvaloriza??o de
queixas como hipoglicemia e disfun??o sexual, como tamb?m baixa ades?o ao tratamento por,
muitas vezes, n?o terem suas opini?es valorizadas. As categorias encontradas: vida, qualidade
de vida, diagnostico e enfrentamento do problema, autonomia, limites e depend?ncia assim
como as pr?ticas coletivas de promo??o da sa?de, apontam para a necessidade de estrat?gias
por meio de grupos que considerem as cren?as e valores dos sujeitos, favore?am sua
emancipa??o e torne-os protagonistas de sua pr?pria hist?ria e de seu processo sa?de doen?a.
A autonomia ? fundamental para o exerc?cio da cidadania efetiva. ? por meio dela que os
sujeitos transformam sua realidade e a si mesmo. A contribui??o desta pesquisa consiste em
identificar estrat?gicas que se prop?e a potencializar a autonomia dos sujeitos, atrav?s dos
GEPS, norteando a atua??o dos profissionais na aten??o prim?ria ? sa?de, que deve sustentarse
em a??es de preven??o e promo??o da sa?de e tamb?m no incentivo ? participa??o popular
e protagonismo dos sujeitos
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MANUTENÇÃO DA AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA: O CUIDADO DE SI DE IDOSOS COM ÚLCERA VENOSA / AUTONOMY AND INDEPENDENCE MAINTENANCE: ELDERLY SELF-CARE WITH VENOUS ULCERCasarolli, Ana Cristina Geiss 17 June 2016 (has links)
Venous ulcer is a health public problem;itis an important chronic health problem and negative biopsychosocial impact on the lives of the elderly people. Human aging is accompanied by functional and cognitive decline, which can be enhanced in presence of disease situations.The health care for the elderly should appreciate the early identification of factors that may interfere in their independence and autonomy, through multidimensional assessment in order to plan actions that contribute to the self-care. In this context, elderly that living with venous ulcer are include. The question of this research was: how the elderly with venous ulcers in outpatient follow-uphave developed the self-care? This had the general aim:to understand the self-care of elderly patients with venous ulcer in outpatientfollow-up, from a teaching hospital, in the active aging perspective. The specific objectives were: to identify the functional and cognitive capacity and social support of elderly patients with venous ulcers in outpatient follow-up; and to describe how elderly who have venous ulcers, with outpatient follow-up, take care of themselves. This is a field research, exploratory and descriptive, with a qualitative approach. Ten elderly patients with venous ulcers, who were in outpatient follow-up at a University Hospital, participated. Data collection occurred from February to April 2015 through semi-structured interview. Katz and Lawton s scale and Brody s scalewere applied to assess the functional aspects; Mini Mental State Examinationwas used to assess the cognitive aspects; Inventory of Social Support Networkwas applied to evaluate social support. The data of the interview, after transcripts, were submitted to thematic content analysis. In assessing the functionality of the elderly, it was observed that they have independence for most of their daily activities, but have partial dependence for some. By analyzing the cognitive capacity, it was obtained predominance of elderly people without cognitive impairment and through social support, low number of components in the social networkwas observed, but with good quality in their relations. The family was considered the main source of support for the elderly, it helps in achieving the injury and health care, but there were times that the elderly had to demonstrate their capacity to autonomy, rejecting family interference. Self-care is evidenced in the care practice for the body, concern with cognitive capacity, leisure activities and care of venous ulcer. This causes several limitations in their daily routines, among them stood out the restriction to keep work and social relations, dependence for daily activities, body care and the psychological and emotional impact. It considers that this study allows us to support nursing care to recognize the self-care as acare object, which means favoring independence, autonomy and freedom of the individual, encouraging their participation and expression of the health needs and decision making about care practices. / A úlcera venosa é um problema de saúde pública, representa importante agravo crônico à saúde e impacto biopsicossocial negativo na vida da pessoa idosa. O envelhecimento humano é acompanhado de declínio funcional e cognitivo, que pode ser potencializado na presença de situações de adoecimento. A assistência à saúde do idoso deve prezar pela identificação precoce de fatores, que possam intervir na sua independência e autonomia, por meio da avaliação multidimensional, no intuito de planejar ações que contribuam para o cuidado de si. Neste contexto, estão incluídos os idosos que convivem com úlcera venosa. A pergunta desta pesquisa foi: como os idosos com úlcera venosa em acompanhamento ambulatorial têm desenvolvido o cuidado de si? Teve como objetivo geral: compreender o cuidado de si de idosos com úlcera venosa acompanhados no ambulatório de um hospital de ensino, na perspectiva do envelhecimento ativo. Os objetivos específicos foram: identificar a capacidade funcional e cognitiva e o apoio social de idosos com úlcera venosa acompanhados em um ambulatório; e, descrever como idosos que possuem úlcera venosa, com acompanhamento ambulatorial, cuidam de si. Trata-se de uma pesquisa do tipo exploratória e descritiva, com abordagem qualitativa. Participaram dez idosos com úlcera venosa que se encontravam em acompanhamento ambulatorial de um Hospital Universitário. A coleta de dados foi realizada no período de fevereiro a abril de 2015 no Hospital Universitário de Santa Maria (UFSM), por meio de entrevista semiestruturada. Para a avaliação funcional foi aplicada a escala de Katz e de Lawton e Brody; para avaliar os aspectos cognitivos utilizou-se o Mini Exame do Estado Mental; o apoio social foi avaliado por meio do Inventário da Rede de Suporte Social. Os dados da entrevista, depois de transcritos, foram submetidos à análise de conteúdo temática. Ao avaliar a funcionalidade dos idosos, foi possível observar que eles apresentam independência para a maioria de suas atividades cotidianas, entretanto apresentam dependência parcial para algumas. Ao analisar a capacidade cognitiva, obteve-se predomínio de idosos com déficit cognitivo. Quanto ao apoio social, observou-se baixo número de componentes na rede social, porém com boa qualidade nas suas relações. A família foi considerada a principal fonte de apoio aos idosos, auxiliando na realização dos cuidados com a lesão e com a saúde. Entretanto, ocorreram momentos que os idosos precisaram demonstrar sua capacidade de autonomia, rejeitando a ingerência da família. O cuidado de si evidenciou-se nas práticas de cuidado com o corpo, preocupação com a capacidade cognitiva, atividades de lazer e cuidados com a.lesão. A úlcera venosa inflige limitações na vida do idoso, dentre elas destacaram-se: a restrição para manter o trabalho e as relações sociais, a dependência para atividades cotidianas, o cuidado com o corpo e as repercussões psicológicas e emocionais destas. O estudo contribui com o cuidado de enfermagem ao reconhecer o cuidado de si como objeto da assistência, o que significa favorecer a independência, a autonomia e a liberdade do idoso, estimulando a sua participação e expressão das necessidades de saúde na tomada de decisão acerca das práticas de cuidado.
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Avaliação do conhecimento, formação e capacitação do TSB e ASB no desenvolvimento das atividades no serviço público de saúdeFreire, Ana Carolina da Graça Fagundes [UNESP] 22 February 2011 (has links) (PDF)
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freire_acgf_me_araca.pdf: 755676 bytes, checksum: 7a092fa66a756e57e901651ea75ca554 (MD5) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / O trabalho executado pelos profissionais auxiliares da odontologia constitui uma ferramenta diferenciada para se obter um aumento de produtividade, principalmente no que se refere ao serviço público de saúde. Para o cirurgião-dentista alcançar a produtividade máxima, os auxiliares precisam ter conhecimento de suas funções segundo as legislações vigentes. Esses conhecimentos abrangem a parte técnica e as posturas éticas desses profissionais, buscando uma humanização dos serviços na odontologia e a promoção dos direitos dos pacientes. Sendo assim, o consentimento informado e o sigilo profissional devem ser respeitados na prática odontológica, não apenas como uma doutrina legal, mas como um direito moral dos pacientes e que gera obrigações morais para os Cirurgiões- Dentistas e pessoal auxiliar. O objetivo foi avaliar o conhecimento dos Técnicos em Saúde Bucal (TSB) e Auxiliar de Saúde Bucal (ASB) quanto à realização de suas funções regulamentadas pela Lei Nº 11.889, de 24 de dezembro de 2008, assim como a formação destes e capacitação recebida antes de exercerem suas funções no sistema publico de saúde; avaliar também o conhecimento destes em relação aos conceitos bioéticos, no que diz respeito ao consentimento informado e sigilo profissional, aprendidos durante os cursos de formação ou prática profissional dentro do sistema público de saúde. A população alvo do presente estudo foram os TSB e ASB (N=76) que atuam no sistema público de 5 municípios da área de abrangência do DRS II-SP. A coleta dos dados foi realizada através de questionários semiestruturados e auto-administrados, com questões abertas e fechadas. A taxa resposta foi de 90,79% (n= 69). Os resultados mostraram que a maioria dos profissionais conhece parte de suas funções (56%). Quase metade dos profissionais tem curso de formação (47,8%). Quanto às... / The work made by dental auxiliaries is a different tool to obtain an increase of productivity, principally about public health service. It’s necessary that auxiliaries have knowledge about their role according current Law, and so, dental surgeon get the maximum productivity. This knowledge involves techniques and ethical postures of them, aiming humanization on dental services and promotion of patient’s rights. So, informed consent and professional secrecy should be respected on dental practice, not only like a legal doctrine, but like a moral right of patients and that cause moral duties for dental surgeons and dental auxiliaries. The aim of this study was to evaluate the knowledge of hygienists (TSB) and dental auxiliaries (ASB) about performance of their roles regulated by Law number 11.889, December 24th, 2008, evaluate the formation of them and capacitating received before they had executed their roles on Public Health System; to evaluate the knowledge of them about bioethical means, in relation to informed consent and professional secrecy, learned during courses of formation or professional practice into public health system. The target population of this study were TSB and ASB (N=76) that work on public health system from 5 cities belong to DRS II-SP. Data collection was performed through semi-structured questionnaire and self-applied, with opened and closed questions. The answer rate was 90,79% (n=69). The results showed that the majority of professionals know part of their roles (56%). Near half of them has formation course (47,8%). About received information during current course, 80% affirmed had received all information that are necessary for their formation, however, 84% affirmed feel necessity of actualization of their knowledge to develop their works. 58% of researched professionals said that they didn’t receive capacitating after ... (Complete abstract click electronic access below)
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"HIPERTENSÃO: EU APRENDI A VIVER COM ELA" - RELATOS DO SABER CONSTRUÍDO COMO EMANCIPAÇÃO DOS SUJEITOS / HYPERTENSION: I LEARNED TO LIVE WITH IT REPORTS FROM THE KNOWLEDGE BUILT AS THE EMANCIPATION OF THE SUBJECTSSilva, Fernanda Machado da 26 February 2010 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Systemic Arterial Hypertension (SAH) is presented as an important problem of public health, in the national and world scenery, for its epidemiologic and social relevance, evidenced by the high prevalence, by the indexes of mortality and by the fragility in the life of its bearers. Among the public policies for the SAH control, the education in health has been pointed out as a tool for social health promotion. Lined in the health promotion, the educational process in health, as a social practice, brings up a concern with the emancipation development of the subjects faced with the health/disease/care, in an individual and collective environment. It is a qualitative research, of the observational and descriptive type, whose objective was to know how the education in health influences in the lives of bearers of SAH, accompanied by a family health team. For the data collecting a semi-structured interview, document observation and analysis, in the period from February to August 2009 were used. Nine people bearers of SAH participated in the research, accompanied by Urlandia Family Health Team. The data underwent the theme analysis proposed by Minayo, from which four analytical categories emerged. It was observed that the interview, carried out in the home environment, enabled a moment of reflection to the subjects, what allowed that they reassessed and re-elaborated their conceptions about the meaning of the SAH and how they manage their lives towards the chronicity . This reflection was permeated by the way they noticed or experienced the health/disease/care process, lined in their life experiences in the social-cultural context to which they belong. Thus, it was evidenced that it pervaded in the speeches of the subjects the reflexes of their own health education, in relation to what they understand, how they live and manage their lives, in the living with SAH. With that, this study revealed that the repercussion of education in health, in the lives of these people, was intimately articulated with their conceptions and attitudes about this action and with the position taken by them towards their health/disease/care process. It is understood, thus, that the knowledge in health, built in the education actions in health represents the first step in the emancipation process of the subjects. / A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) apresenta-se como um importante problema de saúde pública, no cenário nacional e mundial, por sua relevância epidemiológica e social, evidenciada pela alta prevalência, pelos índices de morbimortalidade e pela fragilidade na qualidade de vida de seus portadores. Dentre as políticas públicas para o controle da HAS, a educação em saúde tem sido apontada como uma ferramenta para promoção social de saúde. Pautado na promoção da saúde, o processo educativo em saúde, como prática social, traz uma preocupação com o desenvolvimento da emancipação dos sujeitos frente ao processo saúde/doença/cuidado, em âmbito individual e coletivo. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo observacional e descritivo, cujo objetivo foi conhecer como a educação em saúde influencia na vida das pessoas portadoras de HAS, acompanhadas por uma equipe de saúde da família. Para coleta de dados utilizou-se a entrevista semiestruturada, observação e análise documental, no período de fevereiro a agosto de 2009. Foram participantes desta pesquisa nove pessoas portadoras de HAS, acompanhadas pela Equipe de Saúde da Família Urlândia. Os dados foram submetidos à análise temática proposta por Minayo, da qual emergiram quatro categorias analíticas. Observou-se que a entrevista, realizada no ambiente domiciliar, proporcionou um momento de reflexão aos sujeitos, o que permitiu que reavaliassem e reelaborassem suas concepções acerca do significado da HAS e sobre como administram suas vidas frente à cronicidade . Essa reflexão foi permeada pela forma como percebiam e vivenciavam o processo saúde/doença/cuidado, pautados nas suas experiências de vida e no contexto sociocultural a que pertencem. Assim, evidenciou-se que a HAS não representa uma condição de doença na vida dos sujeitos desta pesquisa, sendo apontada com uma condição que exige cuidados em vários âmbitos da vida. Dessa forma, constatou-se que perpassam nas falas dos sujeitos os reflexos da própria educação em saúde, em relação ao que entendem, como vivenciam e como administram suas vidas, na convivência com a HAS. Com isso, este estudo revelou que a repercussão da educação em saúde, na vida dessas pessoas, estava intimamente articulada com suas concepções e atitudes sobre essa ação e com o posicionamento assumido pelas mesmas perante o seu processo saúde/doença/cuidado. Entende-se, assim, que o saber em saúde, construído nas ações de educação em saúde representa o primeiro passo no processo de emancipação dos sujeitos.
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Ressignificando-se como mulher na experiência do parto: experiência de participantes de movimentos sociais pela humanização do parto / Reframing herself as a woman in childbirth experience: experience of participants in social movements for the humanization of birthMiriam Rêgo de Castro 21 March 2014 (has links)
Introdução: A medicalização do parto é uma transformação cultural que influenciou a capacidade de enfrentamento autônomo da experiência de parir. As redes e movimentos sociais pela humanização do parto são apontados como promotores da autonomia no exercício do direito à saúde, na medida em que possibilitam apoio mútuo, compartilhamento de experiências e mobilização coletiva das mulheres para reivindicarem seus direitos no parto. Objetivos: 1) Compreender o significado para a mulher de sua participação nos movimentos sociais pela humanização do parto, a trajetória de gestação e parto dessa mulher e como essa participação influencia sua experiência de gestação e parto; 2) Elaborar um modelo teórico explicativo da experiência de gestação e parto da mulher que participa de movimentos sociais pela humanização do parto. Método: Pesquisa qualitativa, conduzida pelo referencial teórico do Interacionismo Simbólico e referencial metodológico da Teoria Fundamentada nos Dados. O cenário do estudo foi constituído por grupos de usuárias do movimento pela humanização do parto, em Belo Horizonte (MG). Os sujeitos foram 15 mulheres e os dados foram obtidos por meio de observação participante, entrevistas intensivas e análise textual de relatos de parto. Resultados: Foram construídas as categorias Rompendo barreiras em busca de uma experiência de parto normal, Conquistando o protagonismo no processo do parto e Ressignificando a experiência vivida, que permitiram compreender a trajetória de gestação e parto da mulher que integra os movimentos sociais pela humanização do parto. A análise e o modo como estas categorias interagem possibilitaram identificar a categoria central Ressignificando-se como mulher na experiência do parto. O modelo teórico explicita o movimento da mulher de ressignificar-se na experiência do parto, participando de uma engrenagem capaz de ressignificar culturalmente o parto, na medida em que cada mulher compartilha sua experiência e convida outras mulheres para participarem dos movimentos sociais pela humanização do parto. Deste modo, contribui para uma ressignificação cultural do parto como experiência fortalecedora para a mulher e com significado de superação e prazer. Ao ressignificar-se como mulher, ela se considera uma pessoa mais forte, capaz de cuidar de si e dos filhos, capaz de tudo o que desejar e transformada por sua experiência de parto. Mesmo quando não consegue parir, considera que a mulher tem direito de viver o parto como um evento que fortalece sua feminilidade e deseja lutar por esse direito, para que outras mulheres se superem e experimentem o prazer de parir. Conclusão: De modo consensual, as mulheres que participam de movimentos sociais pela humanização do parto compartilham entre si o significado do parto como experiência de superação e prazer. Esse processo contínuo, ao longo do tempo, é capaz de modificar a estrutura social que sustenta o significado do parto como sofrimento e risco e de ressignificar culturalmente o parto, sendo de grande relevância para países como o Brasil, com elevadas taxas de intervenções no parto, em especial, de cesarianas desnecessárias e indesejadas. / Introduction: The medicalization of childbirth is a cultural change that has affected womens empowerment to face their childbirth experience. Social networks and consumer movements for childbirth humanization are seen as promoters of womens autonomy on health right performance as they provide mutual support, the sharing of experiences and social mobilization of women to claim their rights in childbirth. Aims: 1) To understand the meaning according to womans perspectives on her involvement in social movements for the humanization of childbirth, her pathway during pregnancy and childbirth and how her own participation in the social movement have influenced pregnancy and birth experiences; 2) To develop a theoretical model in order to explain the experience of pregnancy and childbirth of woman participating in social movements for the humanization of childbirth. Method: Qualitative research carried out using the theoretical framework of Symbolic Interactionism and the methodological framework of Grounded Theory. The study setting consisted of consumer health groups connected to the childbirth humanization movement in Belo Horizonte (MG), Brazil. Data were collected through participant observation of the social movements groups as well as intensive face to face interviews and textual birth reports with fifteen women. Results: Analysis of the data elicited a number of themes. These included \"Breaking barriers searching for an experience of normal childbirth\", \"Conquering to place herself at the centre of her process of childbirth\" and \"Reframing the experience\" which allowed us to understand the pregnancy and childbirth stories of the woman who engaged in the movement for the humanization of childbirth. Further analysis of the interaction of these categories identified a core category: \"Reframing herself as a woman in the experience of childbirth\". The theoretical model explains how woman reframed herself in the experience of childbirth as each woman shares her experience and invites other women to join the movement to humanize childbirth. The movement therefore contributed to a cultural redefinition of childbirth as an empowering experience for woman and a source of resilience and pleasure. By reframing herself as a woman she considered herself a stronger person, able to care for herself and her children, able to make whatever she wants, and transformed by her experience of childbirth. Even when she can\'t give birth, believes that women have a right to live childbirth as an event that strengthens their femininity and want to fight for this right, in order that other women might also experience the pleasure of giving birth. Conclusion: Women who participate in social movements for the humanization of childbirth share among themselves the meaning of the childbirth as an experience of overcoming and pleasure. Over time, this process is able to change the dominant notion of childbirth as suffering and risky and to culturally reframe childbirth. This process is of great relevance in countries like Brazil, with high rates of intervention in childbirth, specially, unnecessary and unwanted caesarean section.
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